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RafiuskisTrotamundos

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  1. Antigua Guatemala é uma bela capital colonial, como tantas outras do nosso vasto continente americano. Embora muito turística, vale a pena ser visitada. O grande atrativo para mim, no entanto, foram os vulcões que a rodeiam. De qualquer ponto da cidade é possível avistar o cone perfeito do Vulcão Água e quando as buzinas e arrancares de motores silenciam, é possível escutar as frequentes erupções dos Vulcões Pacaya e Fogo. Quem gosta de caminha ao ar livre, certamente não ficará satisfeito apenas com a simples presença das montanhas magmática e precisará subir algum dos intempestivos vizinhos. Como eu estou viajando há quase um ano e não tinha orçamento pra mais de um, optei pela mais difícil e completa das experiências: a subida do inativo Vulcão Acatenango que está maravilhosamente localizado a poucos metros da estrela principal de toda região, o explosivo Vulcão Fogo, um dos mais ativos do mundo. A aventura em si começou às 10h30 com uma subida íngreme e escorregadia, em terreno castigado pela passagem de equinos. Este trecho, o mais difícil de todos, dura cerca de 2 horas, com 3 ou 4 paradas para descanso. Depois seguiu-se uma área de vegetação fechada, felizmente dotada de troncos longitudinais que fazem as vezes de escada, 30 minutos, e uma última etapa de 1 hora que intercalava descidas leves com subidas pouco difíceis. Antes do acampamento base, uma última elevação bastante acentuada de alguns metros. Quando ali chegamos eu e os demais companheiros, nos deparamos com muita neblina, mas o espírito que prevalecia era o de missão cumprida. Completamos o trajeto do dia em 3 horas e meia, às 14h, muito antes dos demais grupos. Alguns chegaram quase ao final da tarde. A visão parcial do Vulcão Fogo surgiu após alguns instantes, como que dando-nos as boas vindas. Era apenas uma prévia do que viria com o cair da noite. Aproveitamos as próximas horas para descansar nas barracas oferecidas pela agência. Ao redor das 19h, quando a luz do sol progressivamente deixava de iluminar os céus, é que a magia aconteceu. Com a escuridão foi possível ver a lava das erupções que ao longo do dia pareciam apenas o sopro de uma fumaça escura vinda da cratera. O espetáculo foi total após as 22h. Quando fui dormir por algumas horas antes do amanhecer, a certeza era de que a experiência já havia valido a pena. Veio então a aurora e com ela surgiu uma cortina de luz alaranjada no Oriente. Certamente que nos meses secos a visão é ainda mais poderosa, mas não diminuo a beleza do que presenciei. Tudo ali era impactante. As luzes dos pequenos povoados aos pés do Acatenango foi o primeiro que vi, ainda com os olhos semiabertos. Já fora da barraca, "acordei" para o que estava diante de mim. Toda a neblina da tarde anterior havia se dissipado e a paisagem que se exibia era um quadro perfeito: vulcões (Água, Pacaya e Fogo), planícies e até mesmo o Oceano Pacífico, distante 65 km dali. Ainda faltava o cume, esforço menos duro que o do dia anterior (principalmente porque as mochilas são deixadas no acampamento), mas com o desafio da altitude. O topo do Acatenango encontra-se a quase 4 mil metros de altitude. No retorno as mochilas estão mais leves, basicamente porque toda água e comido foi consumida, e quase tudo é descida. Muito cuidado pra não torcer o pé, já que em alguns trechos é preciso deslizar no terreno instável, e antes das 10h da manhã a aventura terminava. Emoção enorme e inédita para mim. Fiquei com vontade de repetir a aventura em El Salvador e Nicarágua, no prosseguimento da viagem. Quem quiser acompanhar minha aventura de 400 dias pelas Américas, pode curtir a Fanpage do Facebook e o perfil do Instagram. www.facebook.com/trotamericas www.instagram.com/trotamericas Custo do guia e transporte: 250 quetzales Ingresso ao parque nacional: 50 quetzales Comida (comprada previamente): de 50 a 100 quetzales Partida: às 9h, de Antigua Guatemala Retorno: entre 11h e 13h do dia posterior Avaliação da Agência GT Adventure: mediana, o "guia" era uma menino de 20 anos pouco preparado que sequer levava equipamento de resgate ou rádio-comunicador. Literalmente só fez mostrar o caminho. Na descida, o "guia" de outra agência quase me atropelou quando quis aparecer e descer a ladeira correndo. Pelo que percebi todas agências operam da mesma maneira, então é melhor não esperar muito. As barracas ao menos estavam secas. O que levar: 4 litros de água, comida para duas refeições roupas de frio e lanterna. As agências oferecem "box lunch" (uma banana e dois sanduíches) que não tapa nem o buraco do dente em uma caminhada dessa magnitude. Avaliação da experiência: emocionante e imperdível!
  2. O sabor único do café colombiano atrai turistas de todo mundo para o Eixo Cafeeiro. Como bom cafeinômano que sou, precisei ir lá conferir. Há certas coisas que não se discutem, uma delas é a qualidade do café colombiano. Podemos, nós brasileiros, orgulhar-nos de sermos os maiores produtores mundiais, mas o título de melhor café fica com nosso simpático vizinho. O Eixo Cafeeiro Como em qualquer cultivo, o plantio de café exige algumas características específicas do terreno em que é plantado. No chamado Triângulo do Café – região que compreende os departamentos colombianos de Caldas, Risaralda e Quindío – elas são ideais. O clima varia entre 8 graus Celsius negativos e 29 positivos, a vegetação nativa é de bosque tropical andino e a altitude varia de 800 a 1.800 metros sobre o nível do mar. Combinadas, tais condições resultam em café de alta qualidade, com períodos de colheita relativamente curtos. Os camponeses da região desenvolveram, ademais, técnicas de cultivo e processamento “grão por grão”. Apesar da industrialização agrícola massiva, seus conceitos básicos foram mantidos até os dias de hoje. Em 2011, a UNESCO reconheceu a Paisagem Cultural do Café da Colômbia como um Patrimônio da Humanidade. Salento: um lindo povoado no coração cafeeiro da Colômbia Muitas localidades no Eixo Cafeeiro atraem os turistas estrangeiros. Dentre elas, optei por visitar a pequena Salento por dois motivos: está localizada próxima do belo Vale de Cocora e é bastante tranquila para percorrer a pé. Outras opções para usar como base seriam Manizales (capital de Caldas), Pereira (capital de Risaralda), Armenia (capital de Quindío), ou povoados menores das proximidades. Acredito que a escolha tenha sido feliz, afinal Salento se tornou uma das cidades mais charmosas que já conheci na Colômbia. Nem o grande número de turistas estrangeiros é capaz de diminuir seu encanto de cidade pequena perdida no tempo. Como chegar às fincas produtoras de café Quem quiser visitar de perto uma finca de café em Salento, pode facilmente fazê-lo por conta própria, sem agência. Para chegar até lá, existem três opções de transporte: contratar um dos jipes que abundam na praça central por 3.000 pesos colombianos, um cavalo por 25.000 ou ir a pé. Eu escolhi esta última opção. Saindo do centro, percorri a distância de 5 km em 40 minutos na ida (uma leve descida) e teria levado talvez 1 hora para retornar, mas acabei conseguindo uma carona. O trajeto é muito simples: basta seguir a estrada da famosa ponte amarela. Qualquer morador lhe informará com gosto onde ela se localiza. Finca Las Acácias Por recomendação de um mochileiro que conheci na cidade, visitei a Finca Las Acácias. Trata-se da primeira fazenda a ser avistada na estrada que citei acima. Muito fácil de encontrar. O tour dura 50 minutos e custa 8.000 pesos colombianos, incluindo um café de cortesia ao final (delicioso, diga-se de passagem). Ao longo do passeio, o guia explicará como se dá todo o processo, desde a germinação das sementes até o consumo. Como a finca é familiar, tudo pode ser visto bastante didaticamente com um tour guiado pelos próprios proprietários. Ao final do recorrido, os visitantes são convidados a moer o café que será servido instantes depois. Um pequeno prazer para os apreciadores do grão marrom. Informações úteis Como chegar: é possível chegar a Salento desde Armênia ou Pereira, ambas com conexões de ônibus diretos à Bogota, Cali e Medellín. Pereira conta também com um aeroporto regional com voos da Viva Colombia à capital colombiana. Custo: hospedagens econômicas variam de 15.000 a 30.000 pesos colombianos; refeições básicas entre 8.500 e 15.000 pesos; o transporte em jipe compartilhado trabalha com preço único de 3.000 para distâncias no raio de até 10 km do centro da cidade (quem desejar pode contratar o jipe para um passeio privado ao custo máximo de 30.000 pesos). Duração: como a maior atração do local é o café, vale a pena permanecer um mínimo de 2 dias. Quem gosta de caminhadas pode prolongar a estadia com um trekking no Vale de Cocora. POST COMPLETO COM GALERIA DE FOTOS: http://www.trotamericas.com/blog/visitando-uma-fazenda-de-cafe-organico-em-salento
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      • Amei!
  3. Relato de uma visita a La Rinconada, cidade peruana localizada na província de Puno, a 5.100 metros de altitude. Fotos em: http://www.trotamericas.com/blog/la-rinconada-conhecendo-a-cidade-mais-alta-do-mundo/#more-2347 O ouro do glacial La Rinconada está a cerca de 4 horas da margem norte do Lago Titicaca, em uma seção do Andes peruanos conhecida como Cordilheira de Apolobamba. Juliaca é a cidade grande mais próxima. Desde que se descobriu ouro por ali, muitos trabalhadores da província de Puno e do restante do país migraram para a localidade em busca do sonho de enriquecer rapidamente. Afluíram os aventureiros e a cidade cresceu desordenadamente. Com a alta no preço do ouro nos últimos 15 anos, La Rinconada superou os 50 mil habitantes (2012), mas ainda carece de estrutura suficiente para proporcionar bem-estar aos seus moradores. Em 2003, a prestigiada revista National Geographic afirmou que seus 5.099 metros sobre o nível do mar a legitimavam como a cidade mais alta do mundo, superando, assim, a chinesa Wenquan em 80 metros. (veja a lista completa aqui) A fama internacional, no entanto, não modificou a vida local. Tudo segue girando em torno da extração aurífera nas montanhas geladas rinconeiras. O trajeto As paisagens rurais do caminho são belas, como costuma ser no Peru. A cordilheira, quase sempre presente, é um espetáculo que fica ainda mais belo com a presença de campesinos e campesinas cultivando a terra com seus coloridos trajes. No horizonte, à medida que a altitude vai aumentando, a neve começa a se fazer mais e mais presente. A estrada desde Juliaca é relativamente boa durante os primeiros 130 km, até San Antonio de Putina. Dali em diante, acaba o asfalto e não há qualquer sinal de manutenção na pista. Os últimos 50 quilômetros são especialmente duros. O trânsito de caminhões pesados na estrada de chão batido acaba gerando uma sequência interminável de buracos. As primeiras impressões Uma pesquisa prévia no YouTube permitia se ter uma ideia do que é La Rinconada: abundam títulos como O inferno na terra, Lugares mais horríveis do mundo ou A mina do Diabo. Infelizmente, não existe muito exagero em tudo isso. Chegar na localidade está longe de ser algo agradável. Os quilômetros que antecedem a cidade são um verdadeiro lixão a céu aberto. Todos rejeitos da cidade param invariavelmente ali. O odor não chega a ser insuportável porque o frio ajuda a evitar que os resíduos orgânicos de fato apodreçam, mas a visão é horrível e nada receptiva. Ao chegar na cidade, a presença de estrangeiros logo se tornou uma espécie de atração extraordinária. Muitos morados vieram conversar, inclusive crianças interessadas em “aparecer na TV”. Durante cerca de meia hora conversei e entrevistei um mineiro local especialmente interessado em denunciar os ataques do governo peruano que tenta instalar ali uma grande companhia mineradora e acabar com a extração artesanal. Depois da interessante conversa, caminhei um pouco pelas ruas e visitei uma das inúmeras oficinas de limpeza de ouro, onde troquei ideia com outros moradores. A dura vida do rinconeiros Se a vida já não é fácil a 5.000 metros de altitude, pior é dentro dos túneis de uma mina, onde o ar não apenas é rarefeito, mas também extremamente poluído. À noite, para dificultar um pouquinho mais as coisas, as temperaturas podem baixar a 25 graus Celsius negativos. A náusea resultante da atividade física em regiões de montanha castiga o corpo e a mente. Em ambientes fechados, a sensação de sufocamento é muitíssimo pior. Dados da OMS e do Sindicato Nacional de Trabalhadores em Minas afirmam que os mineiros peruanos tem uma expectativa de vida em média 9 anos inferior a do restante da população. Segundo a organização laboral, a totalidade dos trabalhadores de minas sofre de algum grau de silicose, uma inflamação pulmonar provocada pela inalação permanente de cristais de sílica. A triste aceitação da prostituição de menores Provavelmente devido a estas condições tão brutais de trabalho é que tenha se desenvolvido a crença popular de que os mineiros precisam ser mujeriegos y borrachos (mulherengos e bêbados) para obterem sorte na busca por ouro. Esta percepção da atividade mineira é também muito comum na Bolívia. Acredita-se que o Tío de La Mina – espécie de entidade mística andina que controla os portões do mundo subterrâneo – determina a sorte ou azar de todos que ali entram baseado não apenas em suas oferendas (folhas de coca, garrafas de álcool e, sobretudo, cigarros), mas também no estilo de vida. Os mineiros precisam sair da mina e manter uma conduta de excessos nos dias de folga, segundo acreditam. A prostituição é muito comum e o envolvimento de menores é abertamente aceito. Dados da Polícia Nacional Peruana (que pouco se faz presente, diga-se de passagem) estimam em 1.500 o número de meninas de 15 a 17 anos que atuam como imãs humanos em La Rinconada através da prostituição. A mineração não destrói apenas o meio ambiente e a saúde dos mineiros, mas a também a vida de muitas adolescentes em situação de risco. Ninguém é santo na cidade mais alta do mundo…
  4. Olá! Existe maior diversidade de vida marinha em Maragogi... e ela está mais preservada que em Porto de Galinhas.
  5. https://rafatrotamundos.wordpress.com/2016/04/18/de-maragogi-a-joao-pessoa-roteiro-de-14-dias/ Com este roteiro de duas semanas é possível conhecer em uma mesma viagem as paradisíacas Praia dos Carneiros e Tambaba, as consagradas Maragogi e Porto de Galinhas e, como se fosse pouco, toda a efervescência cultural de Recife, Olinda e João Pessoa. O riqueza natural e cultural do Nordeste Brasileiro dispensa introduções. De tão significativa, pode mesmo deixar o viajante bastante perdido sobre um roteiro a escolher. Esse itinerário que montei obviamente não tem a pretensão de abarcar toda a variedade de atrações da região, mas consegue dar uma pequena ideia, incluindo dias de festa em Recife e Olinda, bem como dias de descanso e mergulho para recuperar as energias em praias paradisíacas. https://rafatrotamundos.wordpress.com/2016/04/18/de-maragogi-a-joao-pessoa-roteiro-de-14-dias/
  6. Fala geral! Montei um roteiro de 14 dias por um dos trechos mais lindos do litoral nordestino com algumas infos obtidas aqui no fórum e na internet. Voltei pra contar como foi e mostrar as fotos! Com este roteiro de duas semanas é possível conhecer em uma mesma viagem as paradisíacas Praia dos Carneiros e Tambaba, as consagradas Maragogi e Porto de Galinhas e, como se fosse pouco, toda a efervescência cultural de Recife, Olinda e João Pessoa. https://rafatrotamundos.wordpress.com/2016/04/18/de-maragogi-a-joao-pessoa-roteiro-de-14-dias/ https://rafatrotamundos.wordpress.com/galerias-de-fotos/alagoas-pernambuco-e-paraiba-galeria/
  7. Galera, desculpem a demora pra responder. As agências estavam cobrando entre 140 e 160 por pessoa até a metade do ano passado. Não há necessidade de contratar guia para este roteiro... é só seguir o mapa que fiz e observar as distâncias indicadas. O único trecho que pode gerar alguma dúvida é entre a Pratinha e o Pai Inácio, mas é só sair um pouquinho mais cedo que você chegará tranquilamente. Na dúvida, não hesite em pedir informação. É tanta gente fazendo o mesmo trecho, que basta seguir os outros carros... Fiquem tranquilos que dá pra economizar essa grana.
  8. O post original deste tópico (com FOTOS) está aqui: https://rafatrotamundos.wordpress.com/2016/02/29/roteiro-1-da-chapada-diamantina/ Bom, primeiramente cabe dizer que não adianta ficar procurando na internet onde está o Roteiro 2 e o 3. Eles simplesmente não existem, pelo menos não com estes nomes. O Roteiro 1 é o primeiro e o mais imperdível dos roteiro oferecidos pelas agências de Lençóis. O segundo mais popular é o da Cachoeira da Fumaça, que inclui um longo deslocamento até o Vale do Capão e uma parada para banho do Riachinho, antes de retornar. Provavelmente o terceiro passeio mais vendido é o que inclui os Poços Azul e Encantado, nos municípios de Nova Redenção e Itaetê, respectivamente. Segundamente, você vai precisar de um carro. Alugar veículos em Lençóis é relativamente fácil, mas faça a reserva na véspera, pois você precisará sair muito cedo. Algumas locadoras oferecem a opção de meia-diária, o que é ótimo, pois você precisará do carro justamente durante 12 horas. Terceiramente, este roteiro foi pensado para aproveitar um pouquinho de cada tipo de atração no mesmo dia. Tem cachoeira, rio, gruta e pôr do Sol no alto de um morro com linda vista para os vales diamantinos. E não fica apertado fazer tanta coisa num dia só? Errrr, fica! Já que você tem o carro à disposição, pode fazê-lo com calma, dividindo em dois dias. É bem mais tranquilo para aproveitar as duas oportunidades de banho, no Poço do Diabo e na Fazenda Pratinha. Também é interessante se você for geólogo ou entusiasta e quiser conhecer mais de uma gruta. Acorde suficientemente cedo para sair às 7h30min de Lençóis. Se você for fazer em dois dias, pode dormir mais um pouquinho. Primeira parada: Rio Mucugezinho e Poço do Diabo Saindo de Lençóis, a primeira parada é o Poço do Diabo, que de diabólico só possui a escuridão da água. Vá ate o trevo da BR-242 com a BA-144, também conhecido como “entrada da cidade” e vire à esquerda. Após 7,5 km, você verá alguns carros e vans estacionados em em frente ao Restaurante Mucugezinho. Para descer até a cachoeira você precisa atravessar a loja de artesanato. Não é cobrada entrada. A descida leva cerca de 30 minutos com paradas para fotos. Basta seguir a trilha e na primeira bifurcação (onde existe uma espécie de guarita posto de controle abandonado), pegar à direita, até o rio Mucugezinho. Cruze-o e siga margeando. Cuidado para não escorregar quando o trecho se tornar íngreme: uma queda pode ser fatal. Não preciso, mas vou lembrar que você está no meio do nada e não existe hospital próximo, então seja prudente na hora de tirar fotos também, especialmente se estiver garoando. O caminho é fácil e as pessoas costumam parar para tirar fotos nos mesmo locais, portanto deixe o excesso de confiança na pousada e seja humilde para esperar que os outros terminem suas fotos antes de dividir um espaço limitado com eles. Chegando ao final da trilha, perceberá que a água é gelada, pois o Sol só incide na piscina mais próximo do meio-dia. Mesmo assim, o mergulho vale bastante a pena (leve uma toalha!). Nadando pelo poço até perto da queda da água, você encontrará uma corda submersa (na foto abaixo, é possível ver uma boia laranja flutuando; é ali que fica a corda). Ela ajudará você a nadar contra a correnteza até a lateral da cachoeira. É um lugar muito legal para meditar um pouco e recuperar o fôlego que você perdeu nadando na água gelada. Se você for fazer o Roteiro todo em apenas um dia, não demore para sair da água. Uma meia-hora de banho está de bom tamanho. Segunda parada: Gruta Lapa Doce ou Gruta da Torrinha (ou ambas!) Do Restaurante Mucugezinho, siga até a bifurcação da BR-242 com a BR-122 (exatos 30 km, pra facilitar sua vida) e dali mais aproximados 8 km até as entradas da Gruta Lapa Doce e Gruta da Torrinha. Veja bem, a Lapa Doce é a segunda parada tradicionalmente escolhida pelas agências pelo simples motivo de possuir um belo restaurante (naturalmente os guias preferem levar você para lá, pois o almoço de cortesia é um belo estímulo), porém todo o município de Iraquara, onde estão localizadas é um verdadeiro paraíso para os espeleólogos: são mais de DUZENTAS cavernas. A Gruta da Torrinha, também chamada de “gruta das raridades”, fica um pouco antes. Apesar de não possuir a mesma estrutura turística, é mais interessante do ponto de vista geológico. Eu, pessoalmente não sou muito fã de cavernas, mas gostei muito das formações minerais exóticas da Torrinha, especialmente da impressionante e minúscula flor de aragonita. Estive na Lapa Doce e achei um pouco desinteressante, talvez por já ter visto formações similares de estalagtites e estalagmites em outros locais. Claro, esta é uma opinião pessoal. Ambas grutas são muito valiosas e se você é fã de cavernas, covas, grutas e afins, poderá parar em ambas. Tenha em mente apenas, que se você for parar nas duas, não será possível descansar com calma na Fazenda Pratinha. Neste caso, será necessário um segundo dia. Atenção! Ambas grutas não são recomendadas para claustrofóbicos ou escotofóbicos. Apesar de ser um passeio super seguro, você precisará passar por locais apertados e escuros, além de caminhar agachado em alguns momentos. Se você tem fobia deste tipo de situação, não apenas não conseguirá aproveitar o passeio, como possivelmente irá atrapalhar o dos demais. Portanto, se você tem problemas com espaços fechados e escuridão, converse antecipadamente com o guia ou siga direto para a próxima atração. Terceira parada: Fazenda Pratinha e Gruta Azul A próxima atração pode ser considerada um dos lugares mais bonitos da Chapada: a Fazenda Pratinha. Saindo da Lapa Doce pelo mesmo caminho que você veio, simplesmente cruze a BR-122 e siga adiante. Quando chegar à pracinha do povoado, contorne-a pela direita e siga adiante, sempre reto até a Fazenda Pratinha. Existem algumas bifurcações que podem confundir, portanto não hesite em pedir informações (ou siga alguma van de agência, elas com certeza estão indo pro mesmo lugar). Na Pratinha também existe uma gruta, que você pode inclusive adentrar pela água (esta flutuação é cobrada à parte), mas mesmo que você não faça o passeio, pode ir até a entrada da “caverna aquática” para dar uma olhadinha e tirar fotos ali e no lindo deck que está próximo. Uma bela pedida para quem quer apenas relaxar, é ficar tomando uma cervejinha gelada enquanto se refresca de tempos em tempo na água do rio. Para isso, vá até a área que os locais chamam de “Prainha”, do outro lado do rio, mas ainda dentro da propriedade. Para quem não é pão-duro como eu gosta de tirolesa, dá pra descer do mirante até a Prainha em cerca de 30 segundos por módicos R$ 25. Up to you! Rio de água cristalina com estrutura de bar. Mais pra quê? Saindo da Fazenda Pratinha antes das 14h40min, é possível visitar a Gruta Azul ainda iluminada e sem grande concentração de pessoas. Esta gruta possui um efeito parecido com o do Poço Azul, com incidência de raio solares que iluminam a água de forma a provocar uma ilusão de ótica: a piscina é muito mais profunda do que parece e o fundo é visível com incrível clareza. O banho não é permitido. Quarta e última parada: Morro do Pai Inácio A última parada do Roteiro 1, já retornando para Lençóis, é o icônico Morro do Pai Inácio e seu lindo pôr do Sol. Para chegar até lá, você pode pegar um atalho por estrada de chão que evita que se faça todo o longo trajeto da vinda. Basta retornar pelo mesmo caminho da vinda por cerca de 500 metros e pegar a primeira estrada à direita. Peça informações aos funcionários da Pratinha a respeito das condições da estrada. Você precisa chegar ao Pai Inácio antes das 17h. Após este horário, não é mais permitida a subida de turistas. Conta a lenda que Inácio era um escravo e pai de santo que se envolvera afetivamente com a filha de seu captor. Diante da “ofensa”, este mandou que seu capazes matassem aquele. Inácio fugiu e subiu o morro que hoje possui seu nome, sendo perseguido. Ao chegar ao cume, não tendo mais para onde correr, Pai Inácio se lançou ao abismo, aparentemente cometendo suicídio. Acontece que ele já conhecia a região e pulou justamente de uma pedra que escondia uma plataforma logo abaixo. Esgueirando-se pela vegetação, Pai Inácio supostamente conseguiu descer o morro pelo outro lado, escapar dos capangas e viver o romance com a filha do escravocrata. A história é muito bonita, mas verídica ou não, o que importa é que a vista do local do “suicídio” de Pai Inácio é fantástica: uma verdadeira panorâmica de 360 graus a 1.120 m de altitude. A subida leva cerca de vinte minutos (300 metros) e de lá pode-se avistar a Serra do Sincorá e os famosos Três Irmãos. Espere pelo indescritível pôr do Sol, que fecha com chave de ouro este dia que certamente você jamais esquecerá.
  9. Quando estive em Ibicoara agora em junho, pernoitei em uma Pousada na Rua Principal, depois da praça, anexa a uma Pizzaria. Quase em frente à Associação de Guias... com essas infos, é fácil encontrar... infelizmente não lembro o nome. Era simples, porém "honesta" na relação custo-benefício. Pagamos 120 em três, dividindo um quarto com uma cama de casal e outra de solteiro. Café da manhã incluso, com suco, café, pão, bolo e biju (tapioca).
  10. Gabyfranca, Existem diversas formas pra vocês conciliar Colômbia continental e San Andrés na mesma viagem. O que eu fiz foi aproveitar a promoção pra Colômbia da Lan comprando passagens até Cartagena e voltando por Bogotá. Agora comprei de Medellín a San Andrés com a Viva Colômbia, que é low cost. Paguei 500 reais comprando em cima do laço, com taxas... nas outras cias. aéreas (Lan, Avianca e Copa) ficaria no mínimo 600 reais, sem taxas. A Copa tem a vantagem de voar desde Cartagena... assim você não precisa ir até Medellín para pegar outro voo. E desde Cartagena você também pode navegar até o Panamá, se você realmente quiser. Pelas pesquisas que fiz, a Casa Viena pode te ajudar com este deslocamento. Abs!
  11. Pessoal, Surpreende-me que ninguém tenha recomendado ainda a cia. aérea Viva Colombia (www.vivacolombia.co)... depois da incorporação da Aires pela Lan, é a única low cost da Colombia. Pelo menos ninguém nos tópicos Cartagena, Santa Marte e neste em que escrevo. Consegui ida e volta desde Medellín por 218 USD, mas ainda não confirmei a compra por problemas no itinerário. Acho que está bem mais barato que Copa e Lan, certo? Ah, vale ressaltar que a low cost tem suas peculiaridades: no máximo 6 kg de bagagem e um taxa de 35.000 COP para levar 20 kg extras. No caso, vou tentar encontrar algum lugar em Medellín com conhecidos pra deixar minha bagagem. Sobre hospedagem, eu preciso ficar no lugar mais barato possível e não me importo com conforto... ainda estou pesquisando... Saudações de um mochileiros desesperado com a alta do dólar.
  12. Nanda, muito útil teu post!!! Obrigado!!!
  13. Oi Ana! Estou pensando em algo parecido, mas para trabalhar em fazendas orgânicas através do WWOOF e de um programa que eles têm focado na Ásia (http://wwoofnepal.net/index.php/acep). Queria ficar 2 ou 3 meses no Nepal e depois seguir via terrestre por Índia, Tailândia, Camboja, Vietnã e China (passando por outros países obviamente, mas nos quais não pretendo passar mais que alguns dias como turista mesmo). No caso do WWOOF, não existe despesa com acomodação e alimentação. Paga-se uma taxa válida por um ano na faixa de 50 dólares para cada um dos países. A maior despesa seria transporte realmente. Não conheço a Volunteeringsolutions para emitir opinião. Por curiosidade, entre na página de um programa específico (http://www.volunteeringsolutions.com/nepal/volunteer/volunteer-teaching-english-nepal) e vi que é necessário pagar para fazer o voluntariado. É isso mesmo? Vi que o valor é bastante alto, por sinal... se puderes, me explique melhor se é isso mesmo. Quanto você pretende gastar durante este período de um ano? Vou continuar pesquisando sobre custos de transporte, que é minha preocupação principal. Vamos conversando! Abraços!
  14. Obrigado pela informação, Talles! É exatamente o que eu imaginava... com a forte desvalorização do real perante o dólar, não está valendo tanto a pena fazer a compra antecipada aqui no Brasil.
  15. Ok, entendi. Obrigado!
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