Dcassan

Olá pessoal, adorei o depoimento. Em 2005 quando eu ainda morava em São Paulo, tive a oportunidade de fazer uma viagem de carro parecida com a que vocês fizeram: Saí de São Paulo em direção à Joinville, onde fiquei hospedada no Hotel Parthenon por dois dias, adorei a cidade, comida boa, barata, gente bonita, educada e cidade limpíssima. Saindo de Joinville segui direto para São Joaquim pela Serra do Rio do Rastro, onde vi uma das paisagens mais marcantes da minha vida, vale a pena subir por essa Serra, porque a cada curva é uma surpresa, peguei pelo caminho pequenas cachoeiras congeladas, porque no dia anterior havia nevado em São Joaquim, depois de muitos anos sem uma temperatura tão baixa. Sobre São Joaquim, achei tudo muito ruim, na época haviam pouquíssimos lugares para se hospedar, casa moquifo, fiquei num hotel onde só até o 3º andar estava pronto, era o único da cidade, o restante era somente pousadinhas dentro da casa das pessoas. Além disso a cidade cheira fumaça 24 horas em função dos fogões a lenha, pra quem não está acostumado é bem complicado. Depois fui para Bento Gonçalves, e me hospedei na Casa Valduga, dentro do Vale dos Vinhedos, adorei a cidade, tem passeio de Maria Fumaça, rota do vinho por dentro do Vale e a oportunidade de fazer um curso rápido de "enólogo". A cidade possui ótimos restaurantes como o Canta Maria, a Própria Casa de Madeira que fica dentro do Vale. Fiquei lá por dois dias e segui para Gramado e Canela, também achei Gramado uma cidade caríssima, e sem muitos atrativos, a não ser pelos restaurantes que a noite deixam a cidade super charmosa. Não fui ao mini-mundo, mas fui à Casa do Papai Noel, que achei super caída e sem graça, se eu fosse crinça ficaria desanimada. Hotéis e pousada caras. Canela já é uma cidade bem charmosinha, sem o glamour da Gramado, porém bem mais atrativa, pelo parque onde tem a Cachoeira do Caracol e o Vale da Ferradura. Fizemos o passeio de volta, passando por Cambará do Sul, onde tive a oportunidade de conhecer o Canion de Fortaleza, espetacular, porém com uma estradinha complicada para carros baixos que não sejam off-road. Não tive a oportunidade de conhecer o Canion de Itaimbezinho porque era uma segunda-feira e o parque estava fechado. Vale a pena conhecer esses canions de Cambará do Sul. Fiz esse passeio em um dia, mas facaria fácil por lá uns 3 dias para explorar melhor. Ainda voltando, passe por Torres, onde achei sem graça e tive uma dificuldade enorme pra encontrar um local descente para se hospedar, achei a cidade monótona, porém compensou pelo pastel de camarão que comi num restaurante à beira mar, só não me lembro o nome. Seguimos no outro dia para Garopaba, praia linda, com gente bonita e comidinhas gostosinhas e baratas, enfim me hospedei por dois dias em Floripa, fiquei num Hotel próximo à avenida princioal, onde dava para ver a ponte Hercílio Luz, já estava cansada de procurar lugares bons e baratos que resolvi me dar ao luxo de dormir em um bom Hotel. O que achei de Floripa, como não fui em alta temporada, a cidade estava vazia, mas as praias são maravilhosas, principalmente a Joaquina e a praia Mole, rodei, literalmente a ilha de Norte à Sul. Vale a pena conhecer as praias do Sul, onde tem várias vilas de pescadores. Na lagoa da Conceição, comi num lugar ótimo chamado Restaurante Canto da Lagoa. Enfim, moraria tranquilamente lá. Foi isso, minha viagem durou cerca de 15 dias e foi suficiente para conhecer esses lugares, claro, sem se aprofundar em muitos detalhes. Valeu a experiência. Tenho algumas fotos, mas na época foi tirada com filme e escanear não ficxa bem. Denise Salem

É isso mesmo Peter, acampamos no mesmo local, porém não na laje de pedra e sim no alto do morro. Meus amigos que quase foram arrastados pela água, acamparam em cima da laje, onde a água passa por baixo, mas na hora da chuva àquilo tudo virou uma água só. Ano que vem vou tentar ir pra Fumacinha novamente, mas pretendo ir fora do período de chuvas. Abraços

Olá Caio, Três dias são suficientes para conhecer essas duas cachoeiras, porém eles serão gastos integralmente, não tente visitar uma das cachoeiras e fazer a viagem de volta para casa no mesmo dia, pois é muito desgastante. Em relação aos guias "Bicho do Mato", indico o Marconi e o Joel, farei meus contatos e conseguirei o telefone deles para você. O ideal para uma turma de 10 pessoas são 02 guias, menos que isso se torna muito complicado. Você tem a opção de fazer a trilha da fumacima em um ou dois dias, mas com um grupo grande desses, planeje dois dias e evitem levar muitas coisas na mochila, a trilha é extremamente cansativa. Quanto à cachoeira do Buracão, a trilha é super tranquilha e a cachoeira maravilhosa. Assim que eu conseguir o telefone com meu amigo, eu lhe escrevo. Um abraço

Olá Caio, acampamos há menos de 50 metros do local das fotos. Em relação ao tempo que a água chegou nesse patamar, não sabemos ao certo, pois atromba d'água ocorreu à noite, porém sabemos que foi muito rápido, em questão de menos de 1 hora a água já estava num nível muito alto. Essa foto foi tirada quando a água já estava começando a baixar, era a hora que estávamos indo embora, mas sabemos que durante a noite o nível estava bem mais alto e a água com muito mais força. Abraços à todos

Antes e Depois da Tromba D'água

Obrigada Peter, Conseguimos tirar fotos antes e depois da tromba dágua, vou tentar postar algumas aqui. Realmente a experiência foi inusitada, mas muito legal. Acampamos exatamente onde você comentou, somente duas barracas ficaram bem próximas ao leito do rio e quase foi arrastada pela força da água. O Joel era um de nossos guias, ele e o Marconi são guias de muita raça, dedicação e comprometimento. Para quem quiser saber eu indico o "Bicho do Mato". Abraços Denise Salem

Pessoal, só queria deixar registrada a minha experiência pessoal e aconselhar os mais ousados a terem cautela nas experiências na Chapada Diamantina. Fui para Ibicoara nesse último feriado de Carnaval (2009), com o intuito de conhecer a Cahoreira da Fumacinha e o Buração, meu grupo era de 13 pessoas + dois guias de Ibicoara que já eram conhecidos de nossa turma do Carnaval de 2008. Subimos a trilha rumo à Cachoeira da Fumacinha, fizemos a trilha numa boa, porém exige muito preparo físico e muita disposição, nossa intenção era dormir no acampamento e depois seguir no dia seguinte até a cachoeira. Durante à noite o inesperado aconteceu, caiu uma chuva torrencial causando uma tromba dágua fenomenal que quase levou metade de nossas coisas, inclusive nossos amigos. Foi tudo muito rápido e se não fosse a experiência e a disposição dos guias, nem sei se nossa galera estaria completa de volta à Salvador. O rio subiu mais de 5 metros em menos de 1 hora, deixando metade da galera de um lado do rio, e a outra metada no outro leito, ficamos Ilhados por mais de 08 horas, até que a experiência dos guias e o tempo ajudaram, foi quando a água começou a baixar, e conseguimos nos juntar novamente, passando por um tronco improvisado por cima do rio (arriscando muito). Infelizmente não conseguimos terminar o trajeto até a Fumacinha, pois conforme os guias nos orientaram, seria suicídio, da forma e força que o rio estava. Voltar pela trilha de 09km era impossível, pois tudo estava cheio, a solução foi subirmos por uma fenda (horrível), no meio do mato fechado. Essa trilha foi interditada pelo Ibama e inclusive todas as escadas de madeira que haviam no meio dela foram tiradas, impossibilitando o acesso à lugares mais altos. Para fazer esse tipo de escalada, foi necessário muita paciência, calma, equipamento básico (facão, corda). A galera arriscou legal, mas era nossa única alternativa, ou subíamos ou ficávamos mais 02 dias por lá, no final tudo deu certo. Subimos 700m pela fenda, depois mais 7km por cima da chapada, onde se faz a trilha da fumacinha por cima, e o pior, sem veículo pra chegar à lugar algum. Ficamos mais de 02 horas no escuro, esperando os guias andarem 5km até encontrar um vilarejo mais próximo e solicitar um veículo para ajuda, já que os nossos haviam ficado na entrada da outra trilha da fumacinha. Meu ponto de vista: não tente fazer essa trilha sem guias, eles conhecem cada pedra e cada buraco da região, e imprevistos como esse acontecem sim e tromba dágua não é brincadeira, é algo muito perigoso, de arrepiar. Veja se você tem um condicionamento físico adequado, pois até os que se consideravam preparados, estavam quase desistindo no meio do caminho, pois é muito puxado. Nunca durmam próximo ao leito do rio, você pode ser surpreendido com a tromba d'áqua e ser arrastado durante à noite. Não subestimem o clima da Chapada, ao mesmo tempo que o céu está limpo e estrelado, em menos de 30 minutos choveu e veio a tromba d'agua. Não levem excesso de peso, senão você vai querer deixar a metade das coisas por lá na volta. E sempre procurem ir acompanhados de um guia, a experiência e o conhecimento deles foi crucial para o nosso retorno em segurança. Valeu Guias do Bicho do Mato. Denise Cassan Salem