Ir para conteúdo

Américo1502426095

Membros
  • Total de itens

    12
  • Registro em

  • Última visita

Bio

  • Ocupação
    Sombra e água fresca

Últimos Visitantes

O bloco dos últimos visitantes está desativado e não está sendo visualizado por outros usuários.

Conquistas de Américo1502426095

Novo Membro

Novo Membro (1/14)

2

Reputação

  1. Tem só mais um item que eu havia esquecido; no quadro da XT, onde passa a corrente, tem dois roletes guias/limitadores que são de borracha. O rolete de baixo dura muito, mas o de cima não dura nada, e se voce rodar com garupa ele acaba numa unica viagem. Conselho: o de baixo não vai te incomodar, mas o de cima voce pode tratar de tirá-lo fora e passar uma serrinha no pino desse rolete cortando-o bem junto ao quadro. E esquece. Nunca vai te fazer falta alguma, só serve para dar problema na estrada. Se o rolete acaba na viagem, ele vai até o fim e a corrente fica passando direto no maldito pino e duas coisas podem acontecer, ou a corrente decepa o pino ou o pino decepa a corrente. Enquanto eles competem entre si voce vai tendo a sensassão de que a corrente virou um serróte.
  2. Mano, não tem o que decidir. Compre a XT600. Eu possui duas, uma 98 e uma 2002, a que aparece na foto. Virei velocimetro nas duas, fiz dezenas de viagens sozinho, viagens como essa para Palmas TO e outras como Terezina, Natal, Montevidéu etc. Nunca tive nenhuma espécie de problema com a XT600 na estrada. Só tive problemas com consecionárias, principalmente a da minha cidade, Nova Friburgo RJ. Assim como essa da minha cidade, existem muitas oficinas Yamaha com péssimo serviço. Nunca confie. Mas a moto é tudo de melhor para voce ir para muito longe com total confiança. Não posso dizer nada a respeito da Falcon pois nunca tive uma. Se voce for comprar uma XT600 antes de fechar o negócio verifique os seguintes itens: alinhamento visivel das canelas; verifique se já não houve recuperação das canelas. Empeno de rodas, elas são de aluminio e se não tiver sido bem cuidada pode ter epmenos. Ponto de ferrugem no quadro sobre o cabeçote. parafusos espanados na tampa do filtro de óleo. Rosca do eixo onde é fixado o pinhão. Borrachas de alivio de tensão da coroa dentro do cubo da roda traseira. Embuchamento da balança. Bateria original, se comprar a moto com bateria paralela vai levar problema pra casa. Relê de partida, tome cuidado com relês originais substituidos por relês da YBR, nos primeiros dias funciona, daí a um mes voce tem problemas. Filtro de óleo, ao ver a moto que quer comprar, abra a caixa do filtro de ar e verifique se o elemento é original e se está em boas condições, o estado do filtro de ar e principalmente doDRENO da caixa do filtro denunciam o zêlo que o vendedor tem com a moto, passe o dedo no fundo da caixa do filrto de ar, se vier uma massa preta no dedo é sinal que o cara costuma rodar muito sem substituir o filtro de ar e consequentemente o motor não tem vida longa. Confira o que puder em termos de parafusos da moto em geral, cabeças de parafusos muito machucadas são sinal de que a moto não andou em boas oficinas. Procure esperimentar a tensão dos raios das rodas, normalmente não se dá atenção a manutenção da raiação. verifique se o parafuso de esgotamento de óleo não está espanado. Nunca acredite na quilometragem que aparece no odômetro a não ser que voce conheça a moto e o dono . Inspecione a coroa e veja se o desgaste dos dentes esta ovalado para a frente, isso é sinal de que o dono da moto costuma dar arrancadas violentas com a moto. A batida do motor da XT dá impressão de que tem peça frouxa, mas quem conhece XT600 pode dizer se está normal ou não. Para saber se a moto já tomou tombo verifique em ambos os lados as pontas dos manetes, os contrapesos do guidão, as extremidades inferiores dos pedais, extremidades dos piscas e pedal de marchas. Verifique se há residuo de graxa nas pontas dos alimites de lubrificação do monochoque, se estiverem secos é sinal de que o dono da moto não costuma colocar graxa e pode ter certêza de que o embuxamento da balança esta seco e certamente terá folgas para os lados. Há uma folga normal na balança no sentido vertical, essa folga costuma ser de 2 cm no máximo. O contagiros quando tem cabo original não ocila, é firme na marcaçao do giro. Verifique as luzes do painel, normalmente a do contagiros está queimada. Acho que é só, e ao comprar a sua XT600, antes de viajar, troque o óleo e o filtro mesmo que o vendedor diga que é novo, pode colocar o paralelo, mas troque-o a cada troca de óleo. O original aguenta duas trocas. Não esqueça do estado do filtro de ar e não use paralelo. Eu tenho o endereço de um amigo em Curitiba que fabrica o filtro de ar exatamente igual ao original e é muito confiavel pela metade do preço, te passo mais tarde. Leve a moto a uma oficina de sua confiança e faça uma revisão geral, troque o óleo das canelas, dos freios, engraxe a caixa de direção e a balança. A troca de óleo do motor pode ser feita a cada 4 mil km sem medo desde que voce use o mobil ou yamalube. Não vá na conversa de que tem que trocar com mil ou dois mil, a não ser que voce faça uma viagem com uma perna de seus 2 mil quilometros, aí vale a pena trocar para voltar seguro. O melhor giro para viagem está nos 4.000 Rpm fazendo até 110 kmh com relação original e até 120 com relação de teneré. Esse é o giro mais econômico da XT, e ela não faz 20 22 por litro na estrada como dizem, fica entre os 18 a 20 sem garupa e com pouca bagagem. Pneu traseiro eu gosto do 140 90 17, mas alem de caro é mais duro. Se voce quizer economizar e ter segurança principalmente em pista molhada pode acreditar no levorim equivalente ao 120 90 17. O dianteiro tem que ser o Pirelli 90 90 21 ou algo melhor. Pastilhas de freios paralelas duram a metade, mas custam 4 vezes menos, portanto vale a pena usar as paralelas. A moto não costuma dar problema elétrico, mas se de repente ela começar a cortar motor na estrada verifique se há mal contato no miolo da ignição. Tendo atenção a esses itens voce terá uma moto valente ao extremo, um cavalo brabo, não subestime. Ela é muito boa de curva, acostume-se a fazer curvas em pendulo sem deitar o corpo junto com a moto, mantenha o corpo sempre na vertical levando a moto na curva com leve pressão contrária no guidão. Para acentuar mais a estabilidade nas curvas incline ligeiramente o tronco para a frente quando entrar na curva, isso transfere o centro de equilibrio para mais a frente levando mais peso para a roda dianteira proporcoinando uma inclinação bem segura. Tome sempre muito cuidado com as frenagens de roda trazeira quando estiver sem peso na moto, nesse caso só use o freio traseiro para dosar a frenagem. Se o pneu trazeiro travar voce commpra terreno na primeira tentativa. Ela rebola feio nessa cituação. Pode pegar estrada com ela mano, ela aguenta qualquer viagem. Fiz Atacama com a minha 2002 e todos diziam que ela ia afrouxar nas cordilheiras. Eu adaptei uma garrafa pequena de extintor de incendio carregada com 9 litros de oxigênio comprimido. Fiz um furo no coletor e adaptei um bico de pneu sem camara. Conectei no cilindro um bico de encher pneu e acoplei no coletor. Lá nas alturas do Atacama eu abri um pentelhézimo da torneirinha do cilindro só para ajudar na mistura e não teve esse papo de motor negar fogo nem de fazer 6 km por litro. Fiz a média de 17 numa boa. Confie na XT600, conheça bem ela e sinta do que ela é capaz. Atualmente eu estou rodando com uma Mirage 250 por que tenho um problema sério no joelho e não posso mais me arriscar em moto alta. E se quizer saber sobre a Mirage eu faço outro testamento igual a esse. ESpero ter sido util Um abraço
  3. São esses mesmo. Eu uso o Fenix ambar e incolor e o colibri verde. O ambar me dá muito conforto para viajar a noite; o verde para o sol, ele não cansa a vista e filtra muito bem os rais solares; o incolor eu uso na chuva, quando a viseita embaça eu abro a viseira e vou só com o óculos. Na viseira os pingos de chuva atrapalham muito e é perigoso, mas com os óculos voce pilota normalmente por que os pingos de chuva nas lentes dos óculos não atrapalham em nada, isso por que as lentes estão muito mais próximas dos olhos que a viseira.
  4. É tudo uma questão de disponibilidade, né? Tem gente que não gosta de ir muito longe, tem medo do desconhecido ou não acredita que pode fazer isso, e tem gente que não tem disponibilidade para ir longe, gente que trabalha a semana toda e só tem o fim de semana para dar uma esticada. São fatores e limites que eu respeito muito, mas eu não tenho receio de ir longe e tenho tempo para isso, e se tivesse condições finanseiras para passar todo o ano em cima da moto eu o faria. Mas passo um ano guardando grana para fazer uma viagem por ano. 300 km eu faço (ida e volta) toda semana desde Nova Friburgo a Niterói para ver meus velhos. Em relaçao aos óculos, existem óculos de proteção para uso profissional na industria, fabricados em policarbono com lentes incolor, verde, ambar e fumé. Aqui na minha cidade eu pago caro R$ 15,00 e valem a pena, são óculos que suportam impacto e o material é anti-risco. São baratos e seguros. Tem uma ferramenta que eu levo para qualquer viagem, seja de moto ou de canoa; é um alicate multiuso que tem lamiinas, serra, lima, chave de fenda, tesoura, e o esquimbau a quatro. isso voce encontra em todo lugar e custa barato. É uma ferramenta que não pode faltar na bagagem de quem viaja em condições especiais. Uma coisa que é util mas eu não consigo me acostumar a carregar é o tal de telefone celular. Nos dias de hoje isso é uma aberração, não é? Eu já tentei, comprei o talzinho mas sempre esquecia em casa, quando lembrei de levar numa viagem perdi não sei como. Mas isso é uma questão de costume e eu não sinto falta dele.
  5. Uéh Eu só não levo o ar condicionado, mas quando faço viagens como essa para Palmas TO e quando não levo a patroa, aí eu levo farta bagagem. Normalmente viajo só, sem garupa e sem companhia de outros motociclistas. Isso por que os amigos e o pessoal do meu moto clube gostam de viajar somente para encontros de motociclistas e eu tenho mes previsto para viajar todos os anos, que é o mes de agosto. Logico que faço pequenas viagens durante o ano todo, mas em agosto eu vou pra longe. Longe pra mim é acima de 1.000 km, e não importa se tem encontro de motociclista lá ou não. Eu escolho o lugar e vou; e nunca deixei de convidar os amigos para me acompanharem, mas pouquissimas vezes tive companhia. Quanto a bagagem eu vou fazer uma listinha aqui. Material que nunca sai da moto: 2 ampolas de reparo instantaneo de pneus, ferramentas da moto mais uma chave inglesa para até 22 mm, um alicatede pressão medio, um canivete suiço completo, luvas sem dedos, boné, cantil tipo bechiga para água (cheio pega até 2,5 l mas fica vazio), um quitezinho de primeiros socorros com as coisas que eu eventualmente precisaria (coisas de velho) unas 10 abraçadeiras daquelas de nylon (não sei o nome correto). Esses itens nunca saiam da moto enquanto eu estava com a XT600. O que eu adiciono para viajar?: Um necessaire compacto uma daquelas bolsinhas da primeira classe da falecida Varig onde trabalhei por 15 anos. Numa outra bolsinha da mesma origem, um quit de sobrevivência que monto de acordo com o meu destino. Nesse kit normalmente tem: linha de pescar, 3 anzóis, 3 chumbinhos bem pequenos, isqueiro, lanterna de testa com leds, mapa da rota a percorrer, um kit garfo-faca-colher usado em alpinismo, um micro fogão a gás tambem usado em alpinismo. Levo tambem um cilinbdro que acho que não tem no Brasil. É um cilindro de aluminio de paredes finas com 6 estágios como se fossem copos com rosca na borda (um atarracha no outro), que é utilisado por alpinistas para levar alimento desidratado. Em cada sessão cabem 300 ml . Ali eu coloco um pouco de nescafé já misturado com açúcar, um pouco de aveia em farinha já misturada com leite em pó, um pouco de sal, quebro um pacote de miojo que enche um desses copos (as vezes encho dois), bananas passas, e frutas desidratadas picadas, do tipo que vem em granola. As vezes isso tudo vai e volta sem ter utilizado. Levo minha Tupanaroca (que em tupi significa casa dos deuses e é marca de um fabricante de barracas australiano <?>) uma barraquinha boa para uma pessoa do meu porte (gordo) que parece um pouco com a discovery light da Manaslu, só que bem mais leve,1,8 Kg, um colxonete isolante (se levo barraca não levo saco de dormir, se levo saco não lelvo barraca, isso por que eu tenho um saco de dormir antigo de campanha usado na guerra, acho que é alemão e é impermeável, pode-se dirmir dentro dele até na chuva e ele tem dois tipos de forração interna, uma para verão até 30 graus outra para inverno até 10 gráus negativos. Comprei no Flee Market em Amsterdã acho que em 1987), um kit para fazer comida do tipo alpinista (uma panelinha cuja tampa pode ser utilizada como frigideira e prato e um copo, tudo em aluminio) uma faca tipo Rambo que tem uma porrada de coisa dentro do cabo e que tambem vira uma atiradeira daquelas que lança pedras (usada para caçar em sobrevivência), como é mes de agosto eu não levo capa de chuva dependendo do lugar, não levo celular (nem tenho), mas levo cartão de orelhão, e coisas pessoais: um par de chinelos, uma bermuda de nylon que é facil de secar, uma camisa para cada dia desde a saida até o ultimo dia no destino (sempre e somente camisas do tipo malha fina Hering) uma calça jeans (outra no corpo) um óculos de sol reserva e acho que só. Na XT600, como voce pode ver nas fotos acima, eu tinha um baú givi de 45 litros e duas maletas laterais de 21 litros cada. Raramente carregava coisas fora das maletas e sempre sobrava espaço. Quando fui para Palmas levei tudo isso menos capa de chuva e saco de dormir e antes de partir pesei todas as maletas e deu 23 quilos. Água eu não levo de casa, ou compro na estrada ou pego em bicas nas estradas ou em rios sem contaminação aparente. Ah, não sei se voces conhecem, tem umas toalhas de um material tipo perfex sendo que mais grosso e que são embaladas a vácuo e que ficam do tamanho de um maço de cigarros, são descartáveis e não pesam mais que 40 gr cada, são de marca EQUATE USA e eu compro numa loja de material de alpinismo aqui por R$ 13,00 cada. Costumo levar uma dessas para cada 3 banhos. Elas são descartáveis, mas dá pra se enchugar até 3 vezes. Acho que é só. Levo uma camera digital miudinha que parece um chaveirinho. Tira umas 30 fotos apenas e não tem tela de LCD, mas é super compacta 65 mm x 35 mm x 13 mm com bateria recarregável minuscula tipo celular. Levo sempre uns R$ 200,00 em dinheiro para emergências e procuro fazer tudo com Visa ou Redeshop. Praticamente todo esse equipamento eu uso tambem para fazer algumas expedições de canoa. Se eu lembrar de mais alguma coisa volto a postar.
  6. É como eu disse. Foi por isso que escrevi "na minha experiência"; eu sou motociclista de asfalto, nunca viajei em estrada de terra a não ser em pequenos trechos como por exemplo, para atingir a cidade de Cumuruxatiba BA, que não tem opção, São Tomé das Letras, que na época não tinha estrada asfaltada para chegar lá. Eu passei longa época levando kit de pneu, bolsa de ferramentas etc., isso nos anos 80, mas, acredite, nunca usei nada disso na estrada, a não ser para esticar corrente, ajustar guidão, e uma única vez para trocar o óleo e regular o freio traseiro de uma Teneré na estrada, coisa que bem poderia esperar até chegar na cidade seguinte. Durante anos eu levei mais ou menos 3 quilos de ferramentas nas viagens. Dos anos 90 para cá decidi fazer seguro total da moto e não levar mais nada alem das ferramentas próprias da moto. De 1993 a 2004 não tive sequer um pneu furado. Nesse período adquiri uma XT600 98 e de 98 a 2004 rodei nela 174.000Km pagando seguro total para ficar garantido na estrada. Em Setembro de 2002 enguicei a caminho de Marabá PA por causa da bateria que estava já bem cansada. Essa teria sido a única vez que eu teria acionado o seguro para pedir um reboque, mas cadê que o celular pegava naquele fim de mundo. conclusão; acampei à margem de um rio, passei o resto daquela tarde pescando, pernoitei no local e ao amanhecer fui socorrido por um sujeito do local que pescava em uma canoa. O cara empurrou a moto pra lá e pra cá até ela pegar. Como sempre viajei no asfalto sempre estive entre um ponto e outro de civilização, nunca distante o suficiente para temer qualquer situação de ficar muito tempo parado na estrada.. Em viagens como para Palmas TO ano passado, do norte de Goiás até Porto Nacional TO as distâncias são muito perigosas até em termos de pane seca. Mas como fiz todas as previsões de rota pela Internet, já estava sabendo o que me esperava e sabia todas as distâncias entre postos de abastecimento. Num total de 4.210Km ida e volta tive um pneu furado pela quarta vez em anos de estrada, mas, por que? Negligência minha, achei que daria para ir até Brasília com o pneu traseiro frisado. Mífu. Mas, como eu disse anteriormente, nunca estou tão longe da civilização a ponto de me desesperar nessa hora. Quando eu viajo de moto, levo minha "TUPANAROCA" (minha barraca) e sempre dou alguma atenção para itens de subsistência na estrada. No mais eu não tenho pressa de chegar em lugar algum. Se der algum problema e eu tiver que ficar parado na estrada apelo para os camioneiros que sempre me deram um excelente suporte. Se por exemplo, eu tivesse enguiçado na viagem para Palmas, lá no meio do planalto central, possivelmente teria passado parte do dia sem ver um carro passar, mas nessa hora eu me considero macaco velho e faço do limão uma limonada. Relaxo, estou no asfalto, onde fatalmente vai passar alguém para pelo menos saber se eu estou vivo ou até levar algum recado na cidade mais próxima para vir socorro. Em 2006 viajei com um amigo que tinha uma Vulcan 750 (nunca compre essa moto) e fomos para Capada dos Guimarães. A moto dele deu todo tipo de apurrinhação até que finalmente queimou o estator. Estávamos a mais de 300 km de Chapada, no meio do nada, floresta pra todo lado, aí o cara pirou. Saibamos que teríamos que pernoitar ali e ele ficou no maior cagaço por causa de onça, que ele ouvira histórias que onças naquela região atacavam de graça. O cara entrou em pânico; queria abandonar a moto e seguir na minha garupa a qualquer custa. Enquanto ele chorava, rezava e tudo mais, eu já começava a tirar a tupanaroca do baú para montar meu quartel general e disse pra ele: se vier uma onça e rugir pra você, você berra mais alto que ela. Se ela não se mandar com o seu berro certamente vai se intoxicar com o seu mau hálito. Ali passamos a noite e eu ainda tive que dividir meu QG com o cagão que se recusou a dormir sozinho na barraca dele. Eu relaxei, preparei um miojo pra nós, abri um vidrinho de amónia, espalhei em volta da barraca pro causo da onça realmente aparecer, e me meti no saco para descansar. No dia seguinte (e nada de onça)a gente parecia um casal em lua de mel dentro daquela barraca pra dois faquires, só que eu sou grande para os lados. Imagina o clima. Dois marmanjos acordando ao nascer do sol (lindíssimo, diga-sede passagem) dentro daquela barraquinha que mais parecia um saco de dormir. Bafo matinal, chulé, remela, tudo isso em dobro. Foi um brochante. Nos levantamos, eu fiz um nescafézinho, uma mijadinha aqui outra cagadinha ali, e lá pelas 8 da manhã vem uma puta carreta daquelas de dois reboques, o camioneiro para e... qual a primeira pergunta que o cara fez? "E aí cabritão? Tão passando lua de mel aí? Que que houve? Resumo do final: os três juntos com a ajuda da catraca da carroceria do caminhão conseguimos levantar a quenga da moto do infeliz e colocá-la no fundo da carroceria, e quando eu pensava que finalmente íamos cair na estrada de vez o Catarina (o camioneiro) me abre uma puta cozinha debaixo da carroceria e diz; agora bamo comer um gordurame que nóis não é de ferro né. Final; de lá saímos por volta de duas da tarde, numa boa. No fim da viagem a gente relembra essas coisas e acaba sempre dizendo: valeu, até que foi divertido. Temos história pra contar. Com tudo isso quero dizer que no fundo não é um pneu furado que faz a viagem fracassar, mas sim a falta de espírito de aventura. Eu aprendi a fazer do limão uma limonada. Regra básica. Se vocês acharem que eu escrevo muito, por favor me digam. É que quando eu começo a lembrar das coisas que eu já passei na estrada me dá coceira nos dedos.
  7. Não quero ser cansativo, mas tem uma coisa muito importante que eu não falei. Mano, respondendo ao pé da letra a sua pergunta; O que levar para um possível reparo de pneu; O que eu levo, e sempre, em todas as viagens foi a minha principal ferramenta; meu colete de couro e o brasão do meu moto clube nas costas. Procure afiliar-se a um moto clube, mas procure um moto clube de nome reconhecido, nada de moto clube de bairro. Um motociclista escudado na estrada esta sempre bem acompanhado. Estando você escudado, experimente parar no acostamento de uma rodovia e colocar o seu colete exposto sobre o baú da sua moto. Posso apostar com você que o primeiro motociclista escudado que passar e reconhecer o seu escudo vai parar e perguntar se você precisa de alguma ajuda. Esse é o conceito de motociclismo pregado entre os moto clubes mais conhecidos do Brasil . Um motociclista escudado não está sozinho na estrada.Existe uma irmandade nesse meio. Para uns é quase uma religião. Eu já passei por muitas situações em viagens, e se aqui estou a digitar essas coisas agradeço a um "ABUTRE" a um "DORME SUJO" a um "FALCÃO RAÇA LIBERTA" a um "CAVEIRA" a um "BLACK JAGUAR" a um "MARRECO SOBRE RODAS" e a outros dos quais não me recordo no momento. Já ajudei e já fui muito ajudado na estrada. Só por curiosidade leia uma postagem minha no tópico desse fórum "APRESENTE-SE ....."
  8. Viajo em lombo de moto desde 1984. Já zerei velocímetro de várias motos rodando em estradas tipicamente brasileiras, ou seja, da pior qualidade. Posso contar nos dedos da mão do Lula as vezes em que tive um pneu furado. É isso aí meus senhores, quatro vezes em mais de 500.000 Km rodados só em estradas. Se o amigo está preocupado em se preparar para reparar um pneu furado, está arruando ideia de carregar peso extra na sua viagem. Na minha experiência, a receita é a seguinte: Esqueça o kit reparo de pneu. Dê a sua moto a manutenção adequada; procure não fazer viagens longas com pneu muito rodado; utilize a calibragem adequada para o pneu e o peso que vai carregar. Procure não trafegar pelo acostamento porque nele você encontrará objetos varridos da pista e que certamente trará prejuízo para seus pneus. Esteja sempre atento aos buracos principalmente se você for rodar pelas estradas do RJ e MG. Aprenda a calibrar as suas frenagens evitando arrastar pneus no asfalto. E aqui aponto o mais importante: deixe de lado a preocupação com um possivel reparo de pneu e preocupe-se em aprender sobre como permanecer encima da moto quando um pneu furar de súbito. Te garanto amigo, que depois de comprar terreno a 100 por hora você não vai fazer questão de ter o pêso extra de um kit de reparo de pneus, até porque, nessa hora quanto mais leve a moto estiver maior será a sua chance de equilibrá-la. Fique seguro de que, se você der boa manutenção na moto e no cuidado com os pneus a possibilidade de voce ter um pneu furado "na estrada" vai ficar somente por conta do COCÔ DE URUBÚ É sério; cocô de urubu é danado pra fazer essas coisas acontecerem. Ah, mais uma coisa muito importante; aliás foi um conselho que dei para o meu filho e ele não deu a mínima; capacete é para a cabeça, não para o cotovelo e a cinta do capacete só funciona quando está ajustada ao maxilar. A cinta frouxa facilita tirar e colocar o capacete, e também facilita a despedida dele quando você compra terreno. Assim aconteceu com o meu filho que comprou terreno e antes de bater com a cabeça no asfalto o capacete já estava longe. Nem vou comentar o resultado. Se interessar, mais a frente te passo umas dicas sobre segurar a moto com pneu furado. Meu abraço
  9. Salve meus camaradas. Sou conhecido como Boiadeiro, Moto Clube Jaguar do Asfalto de Nova Friburgo RJ. Motociclista estradeiro desde 1984. Todos os anos faço uma longa viagem para algum lugar do Brasil, normalmente no mes de agosto porque é o mes que tem menos chuva em todas as regiões. Já conheci todos os estados do sul, todos do sudeste, alguns do nordeste do centro oeste e do morte. Ano passado fui a Palmas TO e vou tentar colocar aqui um pouco do que foi esse inesquecivel viagem. Não sei se aqui tem limite de espaço mas vou tentar colocar por página. Portanto aqui vai a primeira página, ou primeiro capitulo. Conhecendo o Planalto Central Dia 12 de agosto - Parti de Nova Friburgo as 05:00 hs. com destino a Palmas TO levando pouca bagagem e muita decisão. Peguei o sentido Teresópolis, Itaipava, e logo estava na BR 40. O primeiro objetivo foi atingido aos 673 km de casa, mas pra ficar mesmo tudo nos “trinks”, aos 340 km de viagem foi-se o pneu traseiro. Isso aconteceu a uns 10 km de Carandaí. Que pesadelo! E eu tinha aplicado a tal de vacina no danado do pneu traseiro justamente porque ele estava frisado. Aproveitei-me da experiência obtida há dois anos atrás quando fui a Urubicí SC com um pneu MT 60 140/90/17 frisado pensando em substituí-lo em Curitiba por um Mittas fabricado lá. A experiência foi que eu fui e voltei com o pneu frisado e ainda rodei mais alguns quilômetros depois da viagem. Só que dessa vez não consegui repetir a façanha. Rodava eu aos constantes 110 kmh quando a tribuzana começou a perder o fôlego. Pensei logo no pneu e imediatamente aliviei a mão. Ela demorou a rebolar, mas logo que começou foi o caos. Nunca vi algo assim, quase comprei terreno. Quando parei vi que a merda estava feita. A câmara de ar foi pra fora do pneu e enrolou no disco de freio. A tal de vacina fez uma desgraça. Parecia que a tribuzana havia tido uma caganeira. O que arrombou o pneu deve ter sido um canivete aberto, e de ponta pra cima. Dava pra entrar dois dedos no rombo do pneu. Não tive outra alternativa se não de cortar fora a câmara de ar. Me senti como se estivesse cortando as tripas da moto. Ali fiquei por quase uma hora dividindo a sombra de um arbusto com a tribuzana até que parou um cara de azul com capacete amarelo numa moto amarela. Nem carece dizer o que o cara faz né... Bendito carteiro, na hora certa. O cara caiu do céu. Ele foi até a cidade e passou a bola para o Marcelo (marcelo.carandaí@gmail.com) dono de uma loja de moto peças (Motofacil, Rua Cônego Cota, 72, Centro, Carandaí MG) e que também é integrante do moto clube Apaches do Asfalto daquela cidade. Meia hora depois chega o Marcelo com sua camionete para rebocar a tribuzana. Levamos a moto para a cidade e lá resolvemos parte do problema. Pneu não tinha para a XT600, mas conseguimos uma câmara de ar e um belo manchão no pneu. O borracheiro deu a isso o nome de vulcanização e garantiu que eu faria toda a viagem sem risco. Foi realmente suficiente para seguir viagem até muito longe. A duras custas consegui fazer com que o Marcelo recebesse pelo menos o valor da câmara, porque nem o reparo nem o transporte ele quis receber. Feito o reparo voltei para a estrada depois de ter perdido pelo menos 4 horas na jornada. Cheguei a Três Marias já anoitecendo e fui recebido como um irmão de verdade pelos Tubarões do Velho Chico, na pessoa do Toninho ( contatos: TONINHO - PRESIDENTE - 38.9194.8096 - JAIR - RELAÇÕES PUBLICAS - 38-8822.2644. ). Para minha surpresa, fiquei sabendo que o encontro dos Tubarões fora na semana anterior. Logo me foi apresentada a sede do moto clube, simples, mas com muito espaço. Um pátio enorme com uns 700 m² e um galpão em torno de 300 m², mais acomodações tipo sala de som, dois dormitórios, bar, cozinha, e banheiros à vontade. Um painel enorme ilustrava o galpão de reuniões contendo mais de mil adesivos de moto clubes de todo o Brasil. Na estante muitos troféus de encontros inclusive de eventos no RJ. Uma coisa que me chamou a atenção foi a coleção de camisas comemorativas de todos os eventos que eles fizeram. O Toninho me deixou sozinho na sede por algum tempo e foi fechar a sua farmácia. Aproveitei para tomar um banho e colocar roupas limpas. Logo apareceram outros amigos e então fomos para a casa do Toninho a 50 metros dali para degustar uma barriga de leitoa na brasa, regada com muita cerveja e um bate papo da melhor qualidade. Sem duvida, uma recepção de deixar o cabra abestalhado. Depois de tanta cerveja e gordurames à vontade, quem é que acordou de madrugada pra pegar a estrada? Só fui abrir os olhos as oito da manhã. Corri com tudo e antes das nove já estava no tapete mágico. No primeiro posto BR logo saindo da cidade, fui recebido pelo nome – “bom dia seu Boiadeiro”; disse a simpática frentista. Você me conhece? Perguntei surpreso. – “Pessoalmente não, mas o Toninho disse que você viria abastecer aqui e que ainda não tomou café”. E apontando para outras duas moças disse: “Nós também somos do moto clube. Enquanto agente abastece vai lá dentro que tem café e pão fresquinho com manteiga procê”. Perplexo, mas sem saber o que dizer fui à copa dos empregados e lá estava quase uma bisnaga inteira chapada de manteiga e realmente, um café que só em casa mesmo se faz. Matei a bisnaga, tomei o café e pau na estrada. Já havia perdido muito tempo, mas tentei recuperar parando pouco. Passei então a fazer 200 Km de cada vez, mas mesmo assim as paradas contemplativas me atrasaram bastante. Uma parada que me tomou muito tempo foi na cidade de Cristalina GO. Não resisti quando vi na frente de um galpão escrito numa placa gigantesca CENTRO MUNDIAL DOS CRISTAIS. Ali parei e perdi mais uma hora apreciando belíssimos cristais e pedras preciosas de todo tipo. Quando me dei conta já passava das 14 horas. Mas a viagem rendia com a qualidade da estrada. Depois de ter sofrido na tarde anterior atravessando o pior trecho da BR 40 que foi entre Sete Lagoas e Três Marias (300 km de pista ora irregular ora esburacada), só peguei asfalto bom até Palmas. E o que são 300 km quando você tem uma XT600 e 2.000 km de jornada? Diga-se de passagem, e aqui não quero me gabar, mas a minha moto foi inspirada no Paris Dakar, portanto nesse trecho ela se sentiu em seu habitat natural. Havia bastante movimento na estrada, mas posso dizer que em nenhum momento houve situação de risco. Nesse segundo dia de jornada minha intenção era atingir a cidade de Alto Paraíso de Goiás, cidade mística do planalto central, distante 735 km de Três Marias. Mas como ainda parei várias vezes para tirar fotos não deu para chegar lá. Acabei pernoitando em São João da Aliança quase 100 km antes. Lá não tem moto clube, portanto tive que procurar uma pousada e acabei por ficar no Athos hotel cujo endereço é: fim da rua principal lado direito sem número. Fácil de encontrar afinal só tem esse. Trata-se de um típico hotel de viajante. O estacionamento é maior que o prédio. Algo como um pátio enorme com uma ala de apartamentos de cada lado e no fundo. Um porTÃO; quero dizer um portão do tipo forte apache, que permite a entrada de todo tipo de automóvel, até com 7 eixos eu vi estacionado lá. Esse hotel me lembra o quartel do corpo de bombeiros da praça da república no Rio. É mais ou menos aquilo com dois andares de apartamentos de cada lado e aquela varanda circulando todo o prédio em cima e em baixo. Muito limpinho e arrumado. Na recepção (uma pérgula como num forte apache) o gerente faz qualquer negócio. O primeiro preço é 40 reais o quarto, mas se chorar ele abre o bico. 10 pila por cabeça sem ar sem tv e sem ventilador, “mas pode dormir de janela aberta sôr, que aqui não tem muriçoca nem buliçoso não siôr”. 15 pila por cabeça botando a tv ou o ventilador. –Mas o chuveiro tem água quente pelo menos? “Ói, sôr não vai acreditar, mas nem precisa de chuveiro elétrico. A água esquenta no sol durante o dia nas caixa d’água. O sôr só não pode é me pedir pra sair água fria no chuveiro que não tem como”. 20 pila botando os dois (tv e ventilador). 30 pila com ar e tv. -Mas então o que entra no valor de 40 reais? Tem mais algum apetrecho que você não falou? “Bom, por 40 pila o sôr pode levar uma prima pro quarto. É só o sôr ih ali no restaurante do hotel, aqui do lado óh , e escolher uma prima. É tudo limpinha, num róba, é filé. Aí é o sôr qsabe. E o café; tem? “Qualquer preço que eu disse tem café sim”. E lá fui eu pros 20 paus com tv e ventilador. O cansaço era tanto que me esqueci de pedir para me acordarem pela manhã. Mais uma vez acordei tarde. Quando pulei da cama já eram 7 horas. Ainda bem que o café da manhã era só o trivial; café, leite, pão (de sal? Fresquinho? Com manteiga? Errou feio) do tipo nem sal nem doce, muito pelo contrário. Tipo pãozinho de festa de criança. Graças a esse desbrochante eu caí na estrada antes das oito. Agora eu tinha que chegar a Palmas nem que fosse no fim da noite. Quem já foi a Brasília pôde notar que as retas na BR 40 são quase que infinitas. Agora; quem ainda não passou do DF em direção ao planalto central ainda não viu nada. As retas das GO 118, GO 362, TO 050 e TO 280 são de dar medo. Tem reta com mais de 60 km. E tem gente que gasta mais de US$ 5.000,00 fazendo pacotes de viagem de moto pela rota 66. Se você quer cruzar um deserto e pegar retas mais bonitas que as do deserto americano, vá conhecer Palmas. A rota 66 é cocô em se comparando com as estradas do cerrado. E de Brasília para cima o trecho pior de estrada estava ainda melhor que a ponte Rio Niterói. As estradas daquela região são perfeitas, são tudo que um motociclista do sudeste sonha em ver numa BR 101 da vida. Fartas em sinalização, e o mais importante, não se vê lixo às margens da estrada. Bem, por hora deu pra sentir o que ainda vem por aí. Outro dia posto mais algumas páginas.
  10. KARAY mano; tem uma loja aqui na minha cidade que vende essas barracas; e eu não sabia..
  11. Valeu Java, vou ver o site. E a respeito dessa Coleman? Voce sabe onde comprá-la?
  12. Tenho lido sobre as barracas AZTEQ aqui e para minha surpreza não consigo acessar os links aqui postados. Todos aparecem como corrompidos. Tem algum macete para abrí-los? Existe algum outro endereço para ver e comprar barracas AZTEQ? Aproveito para perguntar se alguem sabe onde posso adquirir essa Coleman Novae X2 no Brasil.
×
×
  • Criar Novo...