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Sinval Pereira

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Tudo que Sinval Pereira postou

  1. Com certeza. A região das Dolomitas era a que estava com a expectativa mais alta para conhecer e valeu super a pena. Gostaria de ter tido a oportunidade de ficar mais dias por lá, ainda ficou muita coisa de fora. Essa questão do clima é complicada mesmo. Mas mesmo as "más" experiencias durante a viagem depois são lembradas com saudosismo e viram boas histórias Abraço!
  2. CONTINUAÇÃO... Peguei o trem cedo em Napoles, chegando em Milão por volta de 13h. Me hospedei no hostel Otello Bello Grande, que fica bem próximo à estação central. Decidi ficar lá, pois tinha lido que promoviam um pub crawl bem agitado. Deixei minha mochila na sala de bagagens, e procurei um restaurante próximo para almoçar até dar o horário do check-in. Voltando para o hostel, toda a galera do meu quarto fez o check-in na mesma hora. Nos apresentamos, e combinamos de ir todos no pub crawl mais tarde. Cada um seguiu um rumo para conhecer a cidade. Fui caminhando em direção à Duomo di Milano, região que concentra os principais pontos turísticos da cidade. A primeira parada foi a Galleria Vittorio Emanuele, uma espécie de shopping de diversas marcas de grife. O prédio da Gallerria é uma atração à parte, com seu teto de vidro por toda a extensão da construção. Depois tirei algumas fotos da Catedral e fui até o Castello Sforzesco. Na entrada do castelo tem uma fonte, onde a galera tira os sapatos e refresca os pés na água fresca. Existe um parque bem grande depois das muralhas do castelo, procurei uma sombra, tirei o livro da mochila e fiquei um bom tempo por lá. Ruas de Milão Galleria Vittorio Emanuele Duomo di Milano Castello Sforzesco Final do parque do Castello Sforzesco Quando fiz o caminho de ida para a Duomo tinha avistado alguns prédios bem bonitos um pouco distantes. No caminho de volta resolvi mudar o trajeto para passar por aquela região. Cruzei a Chinatown (que diga-se de passagem tinha um restaurante de “comida japonesa estilo brasileiro”, achei curioso . A região dos prédios diferentes que tinha visto se chama Isola. Além dos prédios modernos espelhados, tinha alguns mais peculiares: cheios de árvores nas sacadas. Cheguei no hostel e a galera que tinha conhecido mais cedo estava saindo para comer alguma coisa. Fui com eles a um restaurante próximo da estação central, e logo voltamos para tomar banho e preparar para sair. Região de Isola Ainda na recepção do Hostel o pessoal que iria no Pub Crawl começou a se reunir e trocar ideia, pois as 20h o evento teria início. Cada pessoa tinha direito a uma bebida no bar do hostel, e antes de sairmos para o primeiro bar também rolou um shot para cada. Quem estava conduzindo o Pub Crawl era uma argentina muito animada. A “guia”, aliada a quantidade de pessoas (por volta de 40), os bares bem escolhidos, shots de boa qualidade na entrada e na saída de cada bar e ao fato de todos estarem interagindo bastante, tornaram desse um dos melhores Pub Crawls que já fui. Para encerrar a noite fomos a um club, também bastante agitado e com direito ao primeiro drink grátis. Quando o álcool desceu um pouco e vi que já era tarde da madrugada, chamei um uber para o hostel. No outro dia teria que acordar antes das 07h da manhã para pegar o carro alugado na locadora às 08h. Pub Crawl Acordei, peguei o metro e cheguei na locadora no horário. Porém estava fechada. Chequei no google e lá dizia que deveria estar aberto. Esperei mais um tempo e chegou um inglês para devolver o carro. Ficamos os dois esperando, até que 08:30 a dona do salão de beleza ao lado chegou. Fui pergunta-la o horário que eles eram acostumados a abrir, e ela me informou que eles estavam de férias e não retornariam nas próximas duas semanas. Eu e o gringo começamos a ligar para todas as outras agencias da Avis/Budget de Milão, mas não conseguimos contato com nenhuma. Por sorte, ele tinha uma amiga de milão, e ligou para ela o socorrer. Chegando lá, ela disse que guiaria ele até o aeroporto para tentar resolver a questão na agencia de lá. Aproveitaram e me deram uma carona. Lá, tudo foi resolvido, e peguei o carro para o rolê em direção às dolomitas. A caminho das Dolomitas As estradas, como era de se esperar, são super bem cuidadas. Mesmo com as várias curvas, subidas e descidas, foi uma viagem tranquila. A primeira cidade que fiquei hospedado se chama Bolzano, levei cerca de 4 horas para chegar, com pausa para o almoço, e toda a região das dolomitas são o atrativo. Cadeias de montanhas para todos os lados, plantações de uva a perder de vista e várias cidades pequenas pelo percurso, com as casas de montanha em arquitetura bem típica. Meu hotel ficava bem no início do centro de Bolzano, onde começava o espaço de tráfego restrito – só vi as placas depois que já tinha parado o carro =/ (estou só esperando a multa chegar). Depois de mudar o carro de lugar, tomei um banho e fui conhecer a cidade. Era bem grandinha, rodeada por montanhas e com bastante opção de bares e restaurantes. Tirei várias fotos nos arredores, depois sentei em um restaurante para jantar e logo voltei ao hotel, para recuperar as energias. Bolzano Escolhi Bolzano como primeira parada pois ficava próxima de algumas atrações que queria conhecer. No dia seguinte acordei bem cedo e dirigi até a primeira delas: o Monte Seceda, que fica na cidade de Ortisei. Deixei o carro no estacionamento do teleférico (€10) e comprei apenas o ticket de subida (a volta faria por uma das trilhas da região), que custou €27. O teleférico começava a funcionar às 08:30h, tinha chegado alguns minutos antes. Todos na minha frente da fila estavam usando blusas corta-vento e calça comprida, já comecei a imaginar que iria passar frio lá em cima – mas foi até de boa, como andei bastante e estava sol, deu para suportar – apesar do suor frio. Quando o teleférico chegou no ponto final, imediatamente me conformei que o preço alto para subir era totalmente justo. Monte Seceda O lugar é fantástico, nem parece real. O monte Seceda em si, e todo o arredor. Lá de cima é possível avistar diversas cadeias de montanhas no horizonte. No momento de comprar o ticket eles dão um mapa impresso com diversas opções de trilha. Fiquei por volta de uma hora e meia lá em cima, e depois comecei a caminhada montanha à baixo – que durou mais três horas. Todo o percurso é bem bonito. Até o ponto onde é feita a troca de teleférico a trilha é larga, aberta e com cascalho. Muitos ciclistas sobem empurrando as bicicletas para depois descerem pedalando. Depois desse ponto as trilhas são em mata fechada, algumas atravessando fazendas pelo caminho. Trilha de volta para Ortisei Cheguei no estacionamento, peguei o carro e fui para a vila de Santa Magdalena, que ficava bem próxima. Parei o carro em um dos estacionamentos públicos, e o valor de €4 era cobrado por diária. Almocei no primeiro restaurante que encontrei, e aproveitei o tempo para dar um descanso para as pernas. Como a vila é bem pequena, de qualquer lugar até o famoso mirante do local é perto. Andei coisa de 1km. A vista parece um cartão postal, e só começa a ser formada no final da caminhada. Quando a montanha vai aparecendo, atrás da pastagem bem verde e entre a torre da igreja da cidade. Em comparação com os outros lugares que passei, essa foi a atração que tinha menos turistas pelo caminho – em sua maioria asiáticos. Santa Magdalena De lá, segui viagem para a cidade que seria minha base nos próximos dois dias: San Vito Cadore. Fiz várias paradas durante o trajeto, pois existem vários passos e montanhas no caminho. Não podia ficar sem registra-los em fotos. Caminho para San Vito Cadore San Vito Cadore é uma cidade bem pequena, vizinha à maior e mais famosa Cortida D'ampazzo. A hospedagem lá estava bem mais barata, e a distância entre as das cidades era muito pequena, coisa de 14km. Cheguei ainda de dia, e depois de fazer check-in no hotel comecei a escutar uma música alta. Olhei pela sacada do quarto, e vi que na pracinha bem abaixo estava tendo um show de artistas locais. Tomei banho e desci para jantar em um restaurante bem de frente ao evento. Muito interessante ver como alguns lugares valorizam a cultura. A cidade provavelmente tem menos de mil habitantes, e mesmo assim o governo estava promovendo esse mini show, com estrutura de palco e iluminação. Show na pracinha de San Vito Cadore O programa do dia seguinte era as trilhas do Tre Cime di Lavaredo. Acordei cedo e fui para o Lago Misurina, na beira da estrada tinha uma cabine para venda de ticket de ônibus até o Rifugio Auronzo, comprei dois [para ir de carro até lá não compensa, pois existe um pedágio beem caro na entrada do rifugio. Depois peguei o carro e andei mais um pouco, até o Lago Antorno, última parada com estacionamento gratuito antes do Rifugio Auronzo. A frequência de ônibus é bem alta, logo ele passou. Depois de chegar fui até o Rifugio Lavaredo, que era o mais próximo. E para minha decepção, o Tre Cime estava completamente tampado por neblina. Mesmo assim, continuei subindo. Chegando no ponto mais alto, vi que o tempo não tinha perspectiva de melhora no horizonte, e resolvi fazer o caminho de volta. Parei para apreciar a bela vista do vale que se forma abaixo do local, onde é possível alcançar a vista até o Lago Misurina. Tre Cime di Lavaredo Vista do vale abaixo do Tre Cime Depois de pegar o ônibus de volta, consultei a previsão do tempo, pois o céu estava bem fechado. Meu plano era fazer outra trilha, que começava no lago Antorno e ia até o Cadini de Misurina. Mas como vi que a previsão era de chuva para as próximas horas, sentei em um banco e comecei a ler um livro, para ver se o tempo abria. O tempo passou e o céu não abriu, resolvi abortar a missão e seguir caminho. Dirigi pelas redondezas de Cortida D'ampazzo e depois parei na cidade para fazer um lanche. Voltei para San Vito Cadore, e prestando bem atenção no mapa reparei que havia um pequeno lago bem próximo de onde estava hospedado. Deixei meu carro no hotel e caminhei até lá. Era um lugar bem aproveitado pela população local, tinha quadra de tênis, um parquinho para crianças, além de um minicampo de golfe. Sentei em um quiosque na beira do lago, e terminei a tarde bebendo algumas cervejas e planejando o próximo dia. Esperando o tempo abrir no Lago Antorno San Vito Cadore Lago de San Vito Cadore No dia seguinte iria para o famoso Lago di Braies. Pesquisando pela internet, vi que o estacionamento tinha que ser reservado com antecedência. Como estava muito em cima, nenhum dos três tinha vaga. A outra opção era deixar o carro em uma das cidades próximas e pegar um ônibus até o lago (que também deveria ser reservado com antecedência). Já comprei o ticket de ônibus para o primeiro horário saindo de uma cidade chamada Dobbiaco. No outro dia, acordei cedo, fiz o checkout do hotel e peguei a estrada para Dobbiaco. Consegui achar um estacionamento público gratuito para deixar o carro. O ônibus passou pontualmente às 08:10 e durante os poucos minutos de trajeto já me bateu um desanimo. Como ainda estava cedo, para todos os lados que eu olhava, só via neblina. Chegando no lago não foi diferente. Comecei a dar a volta no lago e pouco enxergava. Caminho para o Lago di Braies Lago di Braies quando cheguei, pura neblina Antes de chegar na metade do caminho, porém, o pico da montanha começou a aparecer e fiquei animado novamente. Parei em uma “praia” de pedras brancas, me sentei e peguei o livro para esperar o tempo abrir. Dessa vez, ele abriu. E a medida que o sol começou a refletir na água, aquela famosa cor das fotos apareceu. Sol começando a aparecer... Esperando o tempo abrir totalmente... Simplesmente espetacular. Um lago com a água daquela cor, envolto pela floresta e com a montanha bem acima. Fiquei algumas horas por lá, de boca aberta com aquela beleza da natureza. Depois de uma centena de fotos, peguei o ônibus de volta e depois dirigi para a última atração da viagem: o Lago di Garda, maior lago da Itália. Lago di Braies Hotel na entrada do Lago di Braies Como o Lago di Garda é absurdamente extenso, escolhi ficar hospedado em Riva Del Garda, na extremidade norte. Fiz o check-in no hotel e segui para a praia da cidade. Consegui encontrar um estacionamento amplo gratuito. Ao contrário do de Braies, em que o banho não é permitido, no Lago di Garda ele é liberado, junto com vários esportes aquáticos que são praticados por lá, que contam com a ajuda de um vento constante e bem forte. No ápice do calor do verão italiano, lá estava abarrotado de gente, deitados em suas toalhas e tentando pegar um pouco de cor. Me juntei a eles, e fiquei por ali durante o restante da tarde. Estrada para o Lago di Garda Estacionamento em Riva del Garda Praia de Riva del Garda Vista do quarto em Riva del Garda À noite dei uma volta pela cidade, que é bem movimentada. Até achar um bar para beber e comer alguma coisa. Por lá também estava rolando um show no centro da cidade, com artistas locais. Depois de um tempo, fui para o hotel porque no outro dia iria pegar a estrada para Milão. Acordei cedo, fui até o aeroporto local de Milão devolver o carro e depois peguei um ônibus até o centro da cidade. Comprei alguns souvenires e depois peguei o trem para o aeroporto internacional, onde pegaria o voo para Amsterdam, para o ultimo dia na Europa antes do retorno para o Brasil.
  3. No final de Julho de 2022 fiz essa viagem para a Europa, que se iniciou em Amsterdam. O objetivo principal do rolê era ir ao festival de techno Awakenings, que neste ano foi realizado em uma cidade próxima à Amsterdam e teve duração de três dias. Resolvi pular o relato dos dias iniciais na Holanda, para focar apenas nos destinos que visitei na Itália. Como o país tem vários destinos turísticos, resolvi montar o roteio de uma maneira que conseguisse abranger diferentes experiências de viagem. As cidades iniciais foram focadas mais na parte histórica. Depois, segui em direção à Costa Amalfitana para curtir uns dias no litoral. E por último, para fechar com chave de ouro a trip, conheci um pouco das Dolomitas, a região dos alpes italianos. Viajei sozinho. No total, fiquei na Itália por 15 dias, de 03 a 17 de Agosto. A maior parte dos deslocamentos foi feita de trem. A exceção ficou para o final da viagem, quando aluguei um carro em Milão para otimizar o tempo que teria nas Dolomitas. A sequência de cidades que segui no roteiro, foi levando em conta principalmente que queria passar os finais de semana em lugares que tivessem uma vida noturna mais movimentada (Roma e Milão) – por isso os deslocamentos não ficaram da forma mais eficiente. Comecei no centro do país, depois fui para o sul, depois para o norte. Roma – 03 a 05 de Agosto Pompeia – 06 Agosto Sorrento – 07 de Agosto Positano – 08 de Agosto Capri – 09 de Agosto Amalfi – 10 de Agosto Napoles – 11 de Agosto Milão – 12 de Agosto Bolzano – 13 de Agosto Seceda & St Magdalena – 14 de Agosto Tre Cime & San Vito Cadore – 15 de Agosto Lago de Brais e Riva del Garda – 16 de Agosto Milão – 17 de Agosto Antes de sair do Brasil, abri uma conta na Wise e solicitei um cartão. Fica a dica, foi uma excelente escolha. Ele funciona como um cartão de débito em euros, que você pode transferir dinheiro da conta do brasil, por meio de TED e converter em euros dentro do aplicativo com uma excelente taxa de cambio – bem menor do que as casas de câmbio cobram para dinheiro em espécie ou cartões pré-pagos. Além de tudo, se você precisar de euros em espécie, é só fazer um saque em qualquer ATM. Partindo para o relato em si, cheguei no país por Roma. No aeroporto, segui as indicações para a estação de trem e paguei 14€ no ticket para Roma Termini. Os trens partem com uma frequência alta, então assim que cheguei já entrei em um que estava saindo. Em Roma fiquei no hostel Yellow Square, próximo à estação central. Reservei quatro dias para a cidade, achei que foi exagerado [isso vindo de alguém que não é lá muito fã de ir em museus]. Nos dois primeiros dias conheci as principais atrações de roma, no terceiro fui ao vaticano e no quarto, como já tinha visto tudo o que queria, resolvi ir para Pompeia. No primeiro dia, ao chegar em Roma Termini procurei uma loja da Vodafone para comprar um plano de dados. Paguei 20€ no chip de 50GB, que deu com folga para toda a viagem. Depois de fazer check-in no hostel e tomar banho, fui andar pela cidade. Achei as principais atrações a uma distância tranquila para chegar a pé, nos dois primeiros dias esse foi meu único meio de locomoção. O primeiro monumento famoso, foi a Fontana de Trevi. Acho que de tanto vê-la por fotos, era exatamente o que eu esperava. Grande, rica em detalhes, água de cor bem clara. Bonita pra caramba! Já sabia que teria muitos turistas, mas não vejo isso como um problema. Com certeza vale a visita. Depois segui caminho para a Piazza di Spagna, recarreguei a garrafinha de água e dei uma descansada. Caminhei até a próxima praça, que ficava bem próxima. Piazza del Popolo. Nesse local fiquei curioso, próximo a uma fonte que fica abaixo da entrada para Villa Borghese algumas pessoas estavam com o ouvido encostado na parede e conversando de uma distância bem grande. Não entendi se nos lugares que estavam tinha algum canal de comunicação entre os muros, ou se era pura zoeira. Subindo no caminho lateral à tal fonte, tem um mirante com bancos para sentar na sombra das árvores e fontes de água para hidratar, além de uma vista de cima bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, resolvi andar pelos parques da Villa Borghese, que é um complexo de museus e atrações que ficam esparramados dentro de um parque bem grande. Muitas pessoas praticam esportes, ou simplesmente escolhem um canto para sentar com amigos, beber um vinho e conversar. Depois de passar um bom tempo por lá, resolvi pegar o rumo de volta para o hostel. Não sem antes parar em um barzinho, para beber uma cerveja e jantar enquanto a noite começava a cair. Fontana de Trevi Piazza di Spagna Piazza del Popolo Piazza del Popolo vista de cima Villa Borghese Para o segundo dia, havia agendado um Free Walking Tour para a área da Roma antiga com a empresa New Rome Free Tour. O tour começava às 11h da manhã. Resolvi chegar mais cedo para conhecer a região ao redor do Coliseu com mais tranquilidade. Por voltar de 08h já havia chegado, não havia tantos turistas. Deu para apreciar bem esse monumento gigantesco, que todos conhecemos por fotos na escola, desde crianças. Ainda de manhã aproveitei para comprar o ingresso online para conhecer o interior do Coliseu na parte da tarde, depois que já tivesse terminado o free walking tour. O tour começou pontualmente às 11h e o guia foi perfeito. Conhecia com bastante profundidade sobre toda a história, os monumentos e as personalidades da cidade. Andava em um ritmo tranquilo, mas não devagar. E sempre pela sombra! Que no sol de 37ºC dava um refresco. No final, o tour acaba em um local bem vazio e que possui uma bela vista do Coliseu. Contribui com 10€, dinheiro super bem gasto. Depois de almoçar, me encaminhei para a fila pois já estava quase no horário do meu ticket para o Coliseu. Ao entrar, segui a dica do guia do free walking e fui direto para o primeiro andar, onde há uma exposição gratuita sobre toda a história do monumento, contanto desde o inicio de sua construção até os dias atuais, com grande riqueza de detalhes. Muitas pessoas fazem tour guiado com áudio, não vi nenhuma necessidade depois de ter passado pela exposição. Depois de conhecer toda a parte interna, aproveitei para passar no banheiro gratuito antes de sair. O ingresso do Coliseu também dá direito a visitar o Fórum Romano; andei por lá, mas não achei grande coisa. Para quem estiver com o tempo curto na cidade, recomendo ir em algum outro lugar. De lá, fui até o Altare della Patria. Prédio muito bonito, e com entrada gratuita. A subida até o topo das escadas vale super a pena. Tem uma ótima vista da cidade, além de uma lanchonete e banheiros. A descida fiz passando por dentro do prédio, que possui algumas pinturas e esculturas bem interessantes. A tarde estava acabando, e fui andando de volta para o Hostel. Tomei um banho, e peguei o metro para voltar para o Coliseu. Para a noite havia comprado ingresso para um Pub Crawl que tinha como ponto de encontro a estação de metrô do Coliseu. Apesar da distância ser curta, resolvi pagar €1,50 para andar duas estações e evitar o suor da caminhada. O Pub Crawl em si foi bacana, porém por ser a capital do país esperava que a noite seria mais animada. Na relação dos pub crawls que já estive, ele acabou ficando na última posição [já o de Milão, que não estava com muitas expectativas, encabeçou uma das primeiras posições]. Alguns dos bares durante o percurso estavam bem vazios, com exceção do último, que era bem pequeno e estava abarrotado de gente. Era um bar de karaokê, portanto achei as músicas meio desanimadas, para quem está acostumado a festas à la Brasil. Como estava de madrugada e longe do hostel, pedi um uber para a volta. Chegou em um prazo bem curto e achei o preço ok. No dia seguinte acordei um pouco mais tarde. Por não ser religioso, o dia de visitar o Vaticano não era tão imperdível assim. Peguei o metrô e desci na estação mais próxima. No sol do 12:00h, estava eu na fila dos detectores de metal para entrar na Basílica de São Pedro. Apesar de grande, a fila andava rápido. Em menos de 30min já tinha entrado, e pegado outra fila na sequência. Dessa vez para subir à Cupula da Basílica. Paguei €10 para pegar o elevador até metade do caminho e depois subir o restante dos degraus andando. O caminho até o topo é curto, a falta de ventilação na escada estreita que é o problema. Nesse dia estava fazendo 37 graus. Chegando no destino, a vista vale a pena. É possível ver logo abaixo a Praça de São Pedro e ao horizonte grande parte de Roma; além dos jardins do Vaticano. Depois de fazer o caminho de volta, fui para o térreo da basílica. A igreja tem proporções realmente gigantescas, com muita arte por toda a parte. Ao sair do Vaticano, fui caminhando pela cidade durante o restante do dia. Praça de São Pedro vista de cima da cúpula Jardins do Vaticano vistos de cima da cúpula Interior da Basilica de São Pedro Passando pela Ponte Vittorio Emanuel, procurei um restaurante que estivesse atrativo para almoçar. As opções na região são muitas. Depois do quilo, fui até a Piazza Navona e ao Panteão para conhecer e tirar algumas fotos. O próximo local para conhecer era o Giardino degli Aranci, esse ficava mais distante e as pernas começaram a pedir arrego no meio do caminho. Depois de umas duas paradas, finalmente cheguei. É um jardim amplo e muito bem cuidado, com uma vista da cidade de outro ângulo. Encontrei um banco vazio, tirei o tênis e fiquei ali embaixo da sombra das árvores por algumas horas. Li um livro, entrei nas redes sociais para ficar a par do mundo, até que resolvi deitar no banco escutando músicas e dei uma cochilada. Acordei revigorado. Fiz o caminho de volta até o hostel, tomei um banho e fui procurar um barzinho para jantar e beber algumas cervejas. Ponte Vittorio Emanuel Piazza Navona Giardino degli Aranci Como cheguei ao fim do terceiro dia e não havia mais lugares do meu interesse para conhecer, resolvi comprar uma passagem de trem para o dia seguinte para Pompeia. Peguei um trem bem cedo para Nápoles (€29), e de lá outro para Pompéia (€3). Achei a viagem rápida, às 10h da manhã já estava dentro do sitio arqueológico. Como na noite anterior li sobre o destino, já vi as principais atrações e a história por trás de cada uma delas. Então quando cheguei, fui simplesmente andando pelas ruinas da cidade. Não vi necessidade de contratar algum tour guiado, quando observava uma quantidade maior de gente reunida, seguia na mesma direção. Dessa forma, acabei conhecendo todos os principais pontos e não fiquei preso ao trajeto de nenhum guia. O passeio valeu super a pena. Muito interessante ver como eram as casas e um pouco da rotina dos habitantes da cidade 2.000 anos atrás, quando o Vesúvio fez todo aquele estrago. Achei o sitio arqueológico bem grande, mas em algumas horas já tinha andado por ele todo. Como tinha sobrado bastante tempo no dia, resolvi ir até o topo do Vesúvio. Na saída de Pompéia há um ônibus público que faz o trajeto até o topo com uma frequência grande no verão, precisei esperar poucos minutos. Depois de 40 minutos estava na entrada do parque do Vesúvio (para entrar precisa comprar o ticket online - €10). Da entrada do parque até o final da trilha é uma caminhada curta, coisa de 15-20min. Valeu pela experiência inédita de ter conhecido a cratera de um vulcão desativado, mas as vistas em si do vulcão e dos arredores não é tão impressionante. Para quem está com o tempo curto, não é um passeio imperdível. Logo voltei para o ponto de ônibus e retornei para Pompeia, para pegar o trem para Nápoles. Tinha comprado a passagem de volta do trem de Nápoles para Roma para 20h da noite, porém como cheguei antes das 18h na estação consegui alterar sem custo no próprio site da Trenitalia o horário e pegar um trem que saia dentro de alguns minutos. Consegui chegar mais cedo no hostel para descansar e organizar a mochila para o dia seguinte, pois acordaria cedo para tocar viagem para a Costa Amalfitana. Anfiteatro de Pompeia Thermas de Pompeia Jardim da casa de um cara rico da época Suite de uma casa da época, com as pinturas preservadas Cratera do Vesúvio Caminho para o topo do Vesúvio Durante o período que fiquei na costa amalfitana, tive como base Sorrento. As cidades da costa são bem próximas umas das outras; Sorrento é a que estava com melhor custo benefício e compensou demais. Peguei o trem para Napoles, e de lá peguei outro para Sorrento. Detalhe que a viagem nesse segundo trem não é nada confortável. Os vagões são antigos, e não tem ventilação. Além das dezenas de paradas nas estações durante o percurso. Ficou bem explicado o porquê de a passagem custar só €4,20. Cheguei em Sorrento por volta de 12:00h, depois de fazer o check-in no hotel, fui dar uma volta pela cidade e caminhei até a praia Regina Giovanna que fica a aproximadamente 30min do centro e é totalmente gratuita. Passei a tarde toda dentro da água, me refrescando do calor. Primeiro na piscina natural que fica de um lado, e depois na praia do outro lado, onde há algumas pedras que a galera estende as toalhas. O centro de Sorrento achei bem movimentado à noite. Muitas opções de bares e restaurantes e as ruas lotadas de turistas bem vestidos. Primeira vista da praia de sorrento Praia Regina Giovanna, do lado da piscina natural Praia Regina Giovanna, do lado das pedras Inicio do centrinho de Sorrento à noite No dia seguinte acordei cedo para pegar o Ônibus para Positano. A passagem de ida e volta custou €4,20 e às 08 da manhã já estava na praia. Os tickets entre as cidades da costa são só de ida, então sempre comprava todos os que precisaria no dia de uma só vez. Alguns motoristas vendem o ticket no ônibus, mas a maioria não vende e nem deixam embarcar sem. Em Positano foi o único local que paguei para ficar na área da praia privada. A entrada custou €30, e não é necessário consumir no bar. As cadeiras são numeradas, então é tranquilo ir comer ou beber em outros restaurantes e depois voltar. A praia de Positano foi a que achei mais característica pelo visual que se tem da cidade descendo o morro. Entre um mergulho e outro, decidi ir até a praia de Fornillo andando pela Via Positanesi d’America. O visual do caminho é surreal. Na volta parei em uma padaria e comprei um croissant de pistache, acho que as padarias brasileiras precisam providenciar essa receita nos cardápios o mais rápido possível. Como tinha lido que a tarde os ônibus eram mais concorridos, decidi sair da praia às 16:30h. No caminho para a parada de ônibus, passei por um restaurante chama L’ancora. Ele tem uma vista panorâmica da cidade, não cheguei a entrar, mas fica a recomendação para quem for visitar a cidade. O ônibus que estava no ponto com destino a Sorrento ficou lotado, e quem não conseguiu entrar ficou na fila. Mas menos de 10min depois passou outro ônibus e foi tranquilo de entrar. Já em Sorrento, passei de frente a uma igreja, onde estava acontecendo um casamento. Achei interessante que eles usam limões na decoração. Quando estava fazendo o caminho de volta e passei novamente pela igreja, todos os padrinhos estavam com alguns limões nas mãos para levar para casa. Como no dia seguinte planejava ir para Capri, fui até o píer para tentar já comprar o ticket para o barco que saísse mais cedo. Porém o atendente falou que era melhor deixar para comprar na hora que estivesse saindo, pois o valor da passagem era mais barato. Praia menor de Positano Vista da Via Positanesi d’America Praia principal de Positano Positano No dia seguinte fui para Capri, e a ilha merece a fama que tem viu!? O primeiro atrativo que conheci foi o Giardini di Augusto, um jardim com vista panorâmica da praia. De lá fui andando até o Arco Naturale, que é uma formação rochosa bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, caminhei até a praia Marina Piccola. Achei o espaço da praia publica bem grande. Consegui estender minha toalha na sombra. Comprei uma pizza de almoço no restaurante que tem na praia. Fui até uma agencia de esporte aquáticos chamada Capri Hydro e comprei um tour de caiaque para a parte da tarde. Paguei €40 e compensou demais. No fim da tarde peguei um ônibus para subir para a praça do teleférico. Resolvi descer para o porto pelas escadas, ao invés de pegar o teleférico. Bem no início do caminho começou a cair uma chuva torrencial. Botei a mochila por dentro da camiseta e comecei a correr, já que não tinha nenhum lugar para me esconder da chuva e estava com medo de não dar tempo de chegar a tempo para pegar o barco. Cheguei no porto todo ensopado. Capri vista do Giardini di Augusto / Ruas de Capri Arco Naturale Marina Piccola Passeio de Kaiaque em Capri A chuva quase chegando, no meio do caminho De volta à Sorrento No dia seguinte tive que bolar uma estratégia para ter eficiência logística. Iria para Amalfi, mas queria fazer uma trilha por lá chamada Path of Gods quando estivesse indo embora da cidade. Dividi minhas roupas em duas mochilas, uma que levei para Amalfi apenas com as roupas para passar um dia, bem pequena e leve. E a outra, com o restante das minhas coisas, deixei em um locker de Sorrento, paguei €2 para deixar a mochila lá por 24h. Depois peguei o ônibus para Amalfi. No meio do caminho parei em um ponto pouco antes da cidade, pois queria conhecer a praia Fiordo di Furore, que fica bem abaixo de uma ponte, e tem um visual bem cênico. Fiquei nessa praia por umas duas horas e depois peguei o ônibus novamente com destino à Amalfi. Fiordo di Furore Chegando em Amalfi, fiz check-in no hotel e fui andar pela cidade. Parei em um restaurante para almoçar e cometi o maior arrependimento da viagem: pedir uma limonada! Pelo fato do limão ser tão presente e exaltado na costa amalfitana, pensei que seria coisa de outro mundo. Como a expectativa estava alta, os €7 que paguei em um copo de limonada foram jogados no lixo. A impressão que tive foi de beber um copo de água, com um limão sem gosto exprimido. Posso ter sido azar e apenas naquele restaurante a limonada era tão ruim, enfim. Depois do almoço, andei até a praia de Atrani. Não achei essa praia tão imperdível assim. Dei mais uma volta pela cidade e fui para o hotel, precisava relaxar um pouco no ar condicionado do quarto. Quando começou a anoitecer fui procurar um rango e tive a felicidade de encontrar um restaurante chamado La Galea, na avenida principal do centro. Pedi uma pizza no balcão para levar, o preço estava super ok. Chegando ao quarto, quando dei a primeira mordida fiz a constatação de que era a melhor pizza que comi na viagem (e foram muitas). Amalfi Amalfi Melhor pizza da viagem No dia seguinte acordei cedo, para pegar o primeiro ônibus para Bomerano, que saia às 7h. Era nessa vila que começava a trilha Path of Gods. Pelo que havia pesquisado, a trilha tinha duração de 3h a 4h. Então parei em uma padaria de bomerano para tomar um café mais reforçado. Comecei a trilha às 8h, mas um pouco antes das 10:30h já havia finalizado e estava esperando o ônibus para Sorrento na primeira parada antes de Positano. A trilha é bem tranquila de ser feita, e as paisagens da costa são do caralho. Super valeu a pena. Minha espera pelo ônibus para sorrento foi a única experiência negativa na viagem pela costa (havia lido que o transporte de ônibus era bem estressante, mas tirando essa vez as outras foram tranquilas. Quando estava a 3 minutos da parada, vi que tinha um ônibus saindo... era o dito cujo. Esperei por mais uma hora até passar o próximo, mas ele estava cheio. E depois tive que esperar mais quase uma hora até que passasse outro ônibus. Cheguei em Sorrento, peguei minha outra mochila no locker e organizei minhas coisas em apenas uma. Almocei pela cidade mesmo, e depois fui até a estação de trem pegar a condução para Nápoles. Adicionei Nápoles na viajem apenas para servir como um ponto de apoio, pois no outro dia precisava estar cedo na estação pois pegaria um trem para Milão. Apesar disso, gostei bastante da cidade nas poucas horas que tive para conhecer. Achei que ela me passou um ar de caos organizado. Depois de me instalar no hostel e beber algumas cervejas no bar, sai para procurar um restaurante para jantar. Acordei cedo no outro dia e peguei o trem para Milão. Inicio da trilha Path of Gods Meio da trilha Path of Gods Quase chegando ao fim da trilha, com Positano lá embaixo CONTINUA...
  4. Fala Gustavo, tranquilo? Realmente, do calor vai ser bem dificil de correr em Julho/Agosto. Dentre as opções que você mencionou, Berlim sem sombra de dúvidas é a com maior probabilidade de esbarrar num rolê bacana durante toda a semana. Pela proximidade, talvez compensaria conhecer também Praga e Viena. Que são cidades tranquilas de se conhecer andando e valem super a pena. Se decidir descer para Paris, também vale incluir no roteiro Barcelona que durante o verão tem uma vida noturna mais animada. Também estou indo para o Awakenings esse ano. De lá sigo para a Italia e pego um carro para conhecer a região das Dolomitas, tentar pegar um final de semana em Milão que acho que tem mais chances de encontrar um rolê bom, e depois descer para alguma cidade litorânea que ainda não decidi qual. Se ficar sabendo de algum shutle que faça a viagem de Amsterdam até o festival, depois manda um salve... (fui olhar por transporte público e parece ser bem enrolado)..
  5. Opa, meu ingresso já tá na mão. Bora topar por lá sim.
  6. Depois da trilha já estava ficando tarde, quase escurecendo. Pegamos o carro e fomos para a estrada. Seguimos em direção a Flam. Quando achamos uma cidade um pouco maior paramos em um posto de gasolina, jantamos e acabamos dormindo no estacionamento dentro do carro mesmo. Nesse momento cansaço nos definia. No dia seguinte continuamos seguindo para Flam. Na região existe uma rota histórica, bem sinalizada. Depois de dar uma volta na cidade – que é bem pequena – rodamos pelas redondezas, e fomos até o Stegasten Viewpoint. Que é uma estrutura acima do pico de um dos Fjordes. O local é bem daora, mas por não necessitar de nenhum esforço para chegar, a orda de ônibus turísticos carregados de asiáticos com suas máquinas fotográficas não dava trégua. Mesmo assim deu para curtir o lugar. Também na região tinha uma igreja de madeira. Resolvemos ir ver de qual que era, mas para entrar no jardim/cemitério da igreja precisava pagar. Acabamos dispensando. Tiramos uma foto de longe para registrar mesmo e pegamos a estrada para curtir mais um pouco da região. (Stegasten Viewpoint /Igreja de Madeira) Em Laerdal pegamos um ferry para atravessar o fjorde, e acabamos parando em uma cidade chamada Sogndal. A cidade não tinha nenhuma atração turística, mas curtimos demais o lugar e acabamos passando a tarde inteira andando pela cidade. Fomos ao shopping para aproveitar o banheiro grátis e dar um rolê. Sentamos numa sorveteria na praça da cidade e ficamos vendo o movimento. Não reparamos em nenhum turista estrangeiro enquanto estávamos na cidade. Como as cidades são envoltas por lagos e fjordes, em Sogndal não era diferente. Fomos em uma rua que morria no fjorde e também ficamos observando a rotina e o clima de um interior-desenvolvido da Noruega. Quando foi ficando tarde, pegamos a estrada novamente. Paramos em um camping na comuna de Luster (100 NOK a diária). Tomamos banho, jantamos nosso já de praxe pão com sardinha, e ficamos curtindo o wifi do lobby superconfortável do hostel até o sono bater. (Sogndal /Camping Luster) Depois de acordar decidimos que iriamos para Oslo. Procuramos no mapa uma rota que não tivesse ferrys pelo caminho e fomos. Nesse trecho da viagem, depois de pouco tempo de estrada já nos surpreendemos com uma paisagem totalmente diferente do que tínhamos visto pelo país até aquele momento. Bendita rota essa que escolhemos viu?! Não poderia ter sido melhor. Estávamos passando por dentro de Jotunheimen, as cordilheiras norueguesas. Com as montanhas mais altas do país a região era de tirar o folego. Mesmo no verão o cume das montanhas estava com neve acumulada. A região rendeu muitas fotos e paradas na estrada. Em uma dessas paradas, vimos que tinha um bloco de gelo relativamente próximo da estrada. Saimos da estrada e fomos andando em direção ao bloco. A caminhada foi curta, cerca de 40min. As botas impermeáveis foram uteis nessa caminhada. Uma camada bem espessa de um tipo de musgo se formava no solo por causa da umidade. A cada pisada, o pé afundava quase que pela metade no chão. A caminhada compensou. Depois de curtir um pouco o lugar, voltamos para o carro e continuamos viagem. O bacana de viajar sem roteiro é justamente isso. Em nenhum site/blog vi menções a este lugar, que acabou sendo um dos que mais curtimos em toda a viagem. E que não teria entrado no roteiro, se estivéssemos seguindo algum. Montanhas de Jotunheimen Depois que saímos das cordilheiras paramos em uma cidade chamada Lom para almoçar. Muito bacana a cidade também. Nela também tinha uma igreja de madeira mais conservada que a anterior. Compramos sanduiches em um supermercado e comemos na rua, sentados ao lado da praça central da cidade. Lom Depois de almoçar seguimos estrada rumo à Oslo. Chegamos na cidade por volta de 18h e já paramos o carro direto em um estacionamento ao lado do Vigelandsparken. Foi o único parquímetro que apanhamos. Nada de aceitar as malditas moedas, nem o maldito cartão. Depois de explorar todos os botões da máquina, pedimos arrego e perguntamos pra um cara que estava chegando no prédio vizinho como funcionava. O cartão devia ser inserido e já tirado na hora. O turista quarta feira estava inserindo e deixando ele na máquina esperando que fosse solicitado a senha... Vencida a batalha fomos caminhar pelo parque, que era bem preservado por sinal. Além da arborização em volta do parque com grades espaços vazios no centro pra galera sentar no final da tarde e conversar tomando uma garrafa de vinho, a característica mais marcando do lugar está em suas esculturas. Em todas a peça central eram figuras humanas nus, sempre em conjunto. Quase todas com uma feição de susto/tristeza. A hora do parquímetro estava vencendo. Corremos pra chegar no horário e procurar outro lugar para estacionar próximo aos outros pontos da cidade que queríamos conhecer e ficavam em próximos uns dos outros. (Vigelandsparken) Achamos uma vaga na rua próximo ao Palácio Real. Salvamos 70NOK, essa vaga era free. Andamos em direção ao palácio e logo começou a cair a chuva. Demos um tempo embaixo de uma árvore e quando perdeu um pouco de intensidade continuamos. O palácio estava em reforma. E mesmo se não estivesse, não era grande coisa. Depois de uma olhada expressa, já fomos em direção ao centro. Estava anoitecendo. Chegamos na Opera de Oslo, também estava em reforma. Se tivessem 10 guindastes à vista acredito que era pouco. Continuamos andando pelas ruas do centro, fui convencido a não comprar lembrancinhas em uma loja no centro – e acabei não achando em mais nenhum lugar até o final da viagem. Depois de algum tempo tentando lembrar onde o carro estava estacionado, o encontramos e fomos preparar a janta: mais pão com sardinha. Aproveitamos as mesas na calçada de um café que estava fechado, e ainda pegamos m pouco do wifi do lugar que estava ativado. Parecendo dois mendigos preparando a refeição na rua, fomos abordados por uns caras que pareciam ser indianos, bem vestidos, pedindo direção para o centro. Mostramos o rumo que era e continuamos nossa refeição. Já estava tarde e não queríamos gastar com hostel na cidade. Dirigimos para fora da cidade e logo encontramos um posto com estacionamento grande. Capotamos no carro mesmo e só acordamos com um verdadeiro barraco no meio da madrugada. Digno de Brasil. Tinha um carro parado de travessado bem atrás do nosso. Um casal estava de pé brigando aos berros. Pelo jeito o tema da briga era traição. Eu estava dormindo no banco de trás, me fingi de morto e só dei uma espiada de rabo de olho uma hora para ver quão perto estavam. Estava à postos para caso começasse a rolar tiros ahahaha. Depois de quase uma hora, foram embora.. Amanheceu e a missão do dia era conseguir trocar as coroas que sobraram em euros. Depois de uma verdadeira peregrinação, reviramos duas cidades de ponta cabeça e em nenhum lugar encontrávamos uma casa de câmbio. Na segunda cidade, em um dos bancos que fui pedir informação, uma mulher asiática proferiu a frase mais desanimadora da viagem quando perguntei onde conseguiria trocar o dinheiro: “Just in Oslo!” Puta que o pariu! Pensei comigo mesmo. Em caso nenhum voltaria para a capital só para trocar a grana, no pior dos cenários poderia deixar para trocar quando retornasse para Amsterdam. Porém, quase na fronteira com a Suécia, resolvi fazer mais uma última tentativa. Parei em uma cidade, e por sorte achei um Western Union. Trocaram apenas as notas. Mas já ajudou pra caramba, pois acabaram sobrando muitas coroas. Fiquei apenas com as moedas, que eles não aceitavam. Quando fui contar, vi que ainda tinha mais de 200 coroas em moedas. Comi elas no restaurante de um hotel de beira de estrada, bem na fronteira. Acabou por aí o rolê pela Noruega. Caímos na estrada e fizemos algumas paradas até a volta para Amsterdam, onde devolveríamos o carro. Ficamos um dia em Copenhagem e outro em Hamurgo, na Alemanha. Paramos em um posto a 40km de Amsterdam para almoçar e dar uma geral no carro, que estava podre de sujo. Maldita ideia! Uma van com 4 policiais parou do nosso lado, desceram da viatura e perguntaram o que estávamos fazendo. Explicamos que o carro estava muito sujo e que devolveríamos para a locadora assim que chegássemos na cidade. Não compraram nossa estória. Olhando a cena de fora até imagino o porquê... dois malucos cada um com uma camiseta molhada desesperados tentando tirar a sujeira impregnada no carro. Foram checar nossos passaportes no rádio, fizeram um milhão de perguntas para ver se entravamos em contradição. Depois de uns 20 minutos, nos liberaram. No final, um deles até arranhou umas palavras em português. Resumindo a viagem para a Noruega: vale a pena pra um caralho! E não é tão caro quanto dizem. Se a pessoa estiver disposta a fazer uma viagem econômica, fica inclusive mais barato do que outros países na Europa.
  7. Depois de trocar os euros pelas coroas norueguesas em Drammen, decidimos pegar a estrada e ir rodando em direção à Preikestolen. A qualidade das estradas da Noruega é excelente. Os formatos que as pistas tomam que são de assustar qualquer brasileiro. No interior do país são poucas as estradas duplicadas, para tráfego mais intenso de carros. A maioria das pistas são bastante estreitas, muitas delas não cabem dois carros de uma só vez. É preciso que um carro pare (ou dê ré, até chegar) nos alargamentos da pista próprios para a ocasião de encontro de dois carros. Logo depois de sair de uma das poucas vias duplicadas, de cara já peguei uma dessas pistas super estreitas, que contornam os fjords, sobem montanhas em subidas íngremes e cheias de curvas. A adrenalina vai a milhão. Um fator que ajuda a aumentar ainda mais a emoção são as paisagens, que você não quer parar de ver, mesmo dirigindo nestas pistas malucas. A cada poucos quilômetros parava na beira da estrada, entremeava o mato e deparava com cenários cinematográficos. E isso apenas no primeiro dia no país. O primeiro dia nos levou até a comuna de Seljord. Acampamos no Seljord Camping (140 kr a diária), de frente para o lago. Uma curiosidade é que muitos noruegueses possuem Campervans e saem para acampar pelo país no verão. Em todos os campings que ficamos, as campervans representavam cerca de 90% dos hospedes, poucos acampavam com barracas, como nós. (foto – caminho para Seljord + camping em frente ao lago) No dia seguinte, acordamos e pegamos a estrada novamente. Depois de várias paradas, chegamos no ferry que deveríamos pegar para chegar no estacionamento da Preikestolen. O valor de quase todos os ferrys que pegamos foi o mesmo, entre 110kr e 120kr. O tempo estava nublado, e a cada momento que chegávamos mais perto da trilha, a neblina e a garoa aumentava. Por volta de 19-20h paramos o carro no estacionamento (200kr por 24h), logo já separamos o que levaríamos para fazer a trilha. Incluindo a barraca e sacos de dormir. Sim, iriamos acampar no final do percurso. Por incrível que pareça, estava super animado durante a trilha, mesmo com o tempo fechado e a garoa. Depois de tantas trilhas no sol, foi minha primeira na chuva. A trilha é relativamente tranquila e bem sinalizada. Como estava tarde, acabei encontrando poucas pessoas pelo caminho. Na volta, durante a manhã do dia seguinte estava mais movimentada. Chegando na tão esperada pedra, a surpresa veio naquele tão conhecido “expectativa x realidade” hahaha. Achamos um pedaço com terra entre as rochas no limite de onde era permitido acampar e montamos nossa barraca (se olhar bem, vai achar ela ali no meio da neblina). Depois de curtir um pouco as redondezas, fomos para a barraca bater o rango (pão com sardinha enlatada e suco) e preparar para dormir. Do nada chegou um cara chamando do lado de fora. Também estava acampando com a galera dele e não sabiam como usar um botijão de gás portátil para fazer fogo. Perguntaram pras pessoas erradas. Mas mostramos o rumo de onde havíamos visto uma outra barraca mais cedo e falamos que talvez eles pudessem saber como usar. Pouco tempo depois, começou a chover mais forte e começamos a ouvir choros de criança, tipo bebê mesmo, daqueles de poucos meses... kkkkk. Ficamos sem entender e abrimos a barraca para ver que porra era aquela. Por mais incrível que pareça, um casal montou uma barraca num pedaço de pedra encima da gente (não me perguntem como ele conseguiu essa proeza) e tinha um recém-nascido por lá, certamente com o mesmo frio que estávamos sentindo. Chorou praticamente a noite toda, mas acabou não atrapalhando o sono de quem já estava cansado feito um camelo. Já com o dia raiando lá pelas 06h da manhã, depois de horas de chuva, um evento surpresa para deixar ainda mais emocionante o dia. Começou a minar água por baixo da barraca. A cada movimento mais brusco enquanto dormia, um fio de água gelada corria pelas minhas costas. Até que o fio de água foi aumentando, e qualquer peso sobre o chão da barraca gerava uma mina d’água. Tivemos que recolher as roupas e tudo que estava dentro da barraca, colocar dentro da mochila e ficar agachados de cócoras até que a chuva passasse e pudéssemos sair para desmontar a barraca. Foram bem uns 40 minutos nessa cena, que hoje quando vem à memória é extremamente cômica. Tão logo o tempo acalmou, desmontamos a barraca e fizemos a trilha de volta. Na mesma garoa e neblina que pegamos para ir. Durante a descida de volta, estava rolando algum tipo de evento muito daora que parece acontecer em todo o país, pois também vimos em outras cidades. Todos estavam com o uniforme identificado como “Rockman”, que pelo que deu a entender é uma espécie de competição que eles fazem, que mistura corrida de rua, nado nos lagos, subida correndo nas montanhas e sabe-se lá o que mais. Quando finalmente chegamos no estacionamento e fomos descansar para seguir viagem, um francês que havia acabado de descer também começou a comentar que trabalha com audiovisual e fez a trilha para pegar umas imagens bacanas e tal. Dos três dias que ficou acampado no topo esperando pela ocasião para a filmagem, só pegou 30min de tempo limpo. O que mais impressionava é que ele, tanto quanto eu, não estava importando tanto para isso. Curti toda a experiência mesmo com os eventos adversos. A intenção era fazer a Kjerag, que fica bem próxima da Preikestolen. Depois de secar um pouco das roupas no banheiro do estacionamento, botamos a rota no GPS e seguimos viagem. Chegando no lugar para pegar o ferry, também estava rolando uma galera correndo com as roupas do Rockman. Notamos que além deles, só tinha mais dois carros com dois casais de também turistas. Depois de não entender bem a programação dos ferrys para o dia, um senhor que estava dando apoio para o evento nos lembrou que era domingo, e a escala dos ferrys era reduzida bem como seu preço elevado. O ferry demoraria 5 horas para passar, não havia garantia de vaga e custaria 600kr. Resolvemos desistir da trilha e seguir viagem. O próximo destino seria Odda, cidade que fica próxima do início da Trolltunga, que seria o objetivo do dia seguinte. Colocamos o destino no GPS e fomos rodar, com várias paradas pelo caminho incluindo um ferry. (fotos - caminho para Odda) Em muitas estradas no interior do país elas seguem o contorno de pequenos riachos. No caminho para Odda estávamos sempre cercados por água. Porém, um ponto chamou a atenção quando estávamos nos aproximando da cidade. Uma puta de uma cachoeira passando por baixo da estrada e desaguando nesse riacho. Era a Latefossen. Mais do que na hora paramos o carro e fomos admirar aquele lugar. Depois de tirar algumas fotos, voltamos para a estrada e poucos minutos depois tivemos que fazer outra parada. Avistamos de longe a ponta de um Glacier. Não sei o nome, pois vimos só de longe. Mesmo vendo só sua ponta, bem de longe, a sensação era intimidadora. (Fotos Latefossen) (Foto Ponta Glacier – Zoom máximo do meu Samsung fodido) Chegando na cidade fomos procurar alguma loja que vendesse chip para celular. Pois desde quando sai da Holanda, fiquei sem internet no meu chip da Vodafone. Como era domingo, acabei me dando mal. A única loja da cidade que vendia os benditos chips, só podia vender para cidadãos noruegueses (¯\_(ツ)_/¯). Depois de rodar a cidade toda, fomos procurar um lugar para nos hospedar. Ficamos no Odda Camping, bacana o local. Pagamos 300kr pela diária. Na cozinha fizemos um molho com salsicha e milho, para acompanhar o pão. Aproveitei o WiFi do camping para me inteirar do mundo virtual antes de dormir. Fui atrapalhado pelo meu amigo, que conseguiu fazer a façanha de deixar vazar shampoo no banco do nosso carro alugado - que pela documentação tinha sido comprado à apenas 20 dias e rodado apenas 1300km quando pegamos. Depois de tentarmos limpar, acabamos desistindo quando vimos que não ficaria melhor que aquilo. A mancha não saiu. Logo fui dormir, (rezando para não nos taxarem quando devolvêssemos o carro) pois no dia seguinte acordaríamos cedo para fazer a trilha, que seria longa. Acordamos bem cedo, desmontamos a barraca e arrumamos as coisas. Pegamos a estrada e depois de pouco mais de 20 minutos estávamos no estacionamento da Trolltunga. Nunca paguei um estacionamento tão caro na vida. Foram 500kr. Arrumamos as mochilas que levaríamos para a trilha. Abastecemos com alguns lanches para o caminho – barra de cereal/amendoim/batata frita/ chips de banana, e três garrafas de água para cada. Lá no estacionamento existe uma van que sobe com quem está disposto a pagar até o começo verdadeiro da trilha (os 2 ou 3km iniciais são uma pista subindo em zigue zague de asfalto) cobram acho que 70 NOK. Mas já que vai andar pra caralho, o que são mais uns km a mais?! kkkk A trilha tem 14km para ir e mais 14km para voltar. Apesar de ser longa, é de nível bem leve. A ida achei bem tranquila, demorou cerca de 4,5h. Toda a trilha é espetacular. A cada hora você está em um cenário diferente. Depois de chegar no final, tive que enfrentar a fila de quase 20 minutos para tirar a foto e registrar aquele momento – o maior frio que já senti na vida, fez dar a impressão que fiquei parado naquela fila por 2 longos anos. Tirada a foto, depois de ficar lá em cima o tempo que o frio permitiu - que foi menos de uma hora - já fizemos o caminho de volta, que demorou pouco mais de 4h. Fui parando, curtindo a vista da trilha. Que é sensacional. O que mais pegou foi a volta, que achei bem mais cansativa que a ida. Talvez por ter descansado pouco tempo. Para quem acampa na trilha e faz a volta no outro dia, acredito que deve ser beem mais de boa. Mesmo no verão, o que mais pegou foi o vento gelado durante o caminho todo. Portanto uma dica é ir com roupas corta vento. O brasileiro aqui achava que não precisava, e se lascou (fui com uma camiseta, uma camiseta de manga longa mais uma blusa de frio). (fotos Trolltunga) CONTINUA...
  8. Em Agosto de 2018 durante uma viagem que tive como base Amsterdam, conheci um dos destinos que compunha me lista de países para conhecer: Noruega! Como durante minhas pesquisas para a viagem encontrei poucas informações sobre o país, resolvi criar este tópico com algumas informações que podem ser úteis sobre o país. Eu estava sentindo desde quando decidi por Noruega que essa viagem deveria ser feita de carro. Não poderia ter feito escolha melhor. Quando pesquisei valores de aluguel de carro na Noruega, de cara já levei um susto daqueles. Como estava viajando com um amigo, os custos seriam divididos por 2. Fiz todas as simulações possíveis, indo de Amsterdam para Oslo, e alugando carro lá. Indo de ônibus e alugando carro lá. Indo de ônibus até a Suécia e alugando carro lá. E alugando o carro direto em Amsterdam e ir dirigindo até lá. Esta última opção, acabou sendo a mais viável financeiramente. Enquanto o valor da diária estava em $125 na Noruega, em Amsterdam estava $26 pela mesma locadora. Para 10 dias, o valor total do aluguel ficou em €263 e o seguro total €180 (resolvi fazer o seguro total pois se não o tivesse feito, em caso de alguma avaria deveria pagar a franquia de €1500. Resolvi não arriscar). No total, durante os 10 dias de viagem rodei por 4.750km. Havia feito a Permissão Internacional para Dirigir (PID) antes da viagem, mas acabei não precisando ela em momento nenhum. Nem na locadora, nem nas fronteiras, nem mesmo quando uma viatura me abordou e solicitou o passaporte hahaha. Como a viagem para a Noruega representou menos da metade do total da minha viagem (que incluiu o festival Tomorrowland na Bélgica, que encareceu bastante a viagem) vou colocar os gastos agrupados apenas dos grupos de despesas exclusivos da roadtrip (caso alguém tenha interesse, pode entrar em contato que mando minha planilha com os gastos detalhados): A cotação do euro que paguei estava em R$4,49. Aluguel Carro: €263 Combustível: €485 Seguro: €180 Pedágios: €186 Acabei descobrindo que é possível gastar relativamente pouco em uma viagem para a Escandinávia. Na Noruega acampei durante toda a viagem. Levei barraca e saco de dormir. Não fiquei todos os dias em campings pagos, alguns dias parava nos locais de apoio para campers no acostamento das estradas (que tinham mesas, banheiros, etc). Para se ter uma idéia de custos, nos dias em que paguei para ficar em camping, as diárias eram em torno de R$80. Como fiz a compra de alguns lanches na Alemanha (pães, enlatados, etc), também não tive custo todos os dias com almoço/janta. Porém, quando parava em algum lugar para comer, o valor médio que paguei por refeição foi de R$35 (refeições simples) Como todos os sites/blogs me assustaram com os comentários sobre os preços astronômicos de tudo na Noruega (vi durante a viagem que não é beem assim), a intenção era fazer uma compra em algum mercado na Alemanha para conseguir economizar com comida. Assim feito, seguimos viagem. Como haviam muitas obras nas estradas alemãs, a viagem acabou demorando mais tempo que o planejado. Saímos por volta de 10:00 de Amsterdam, dormimos no carro em algum dos pontos de apoio na estrada da Dinamarca e chegamos na noruega no outro dia por volta de 14:30. Achei incrível a estrutura para camping/descanso nas estradas escandinavas, desde a Dinamarca até os interiores mais pouco povoados da Noruega. Para trocar os euros pela moeda local, paramos em uma cidade chamada Drammen (optamos por não passar por Oslo no inicio da viagem). A cidade foi a melhor vitrine da Noruega que poderiamos ter escolhido. Ela mesclava a simplicidade que os noruegueses trazem consigo na vida cotidiana, o desenvolvimento tecnológico e de transporte e as paisagens naturais que fazem com que cada canto do país se torne um possível cartão postal. (Drammen - 1ª parada na Noruega) Absolutamente toda a população norueguesa fala inglês fluentemente. Até mesmo nas pequenas cidades de 1.000 habitantes. Desenrolar com o pessoal de lá foi bastante tranquilo. Como o objetivo era rodar pelo país e explorar as paisagens naturais e os Fijords, não poderia deixar de fazer as trilhas mais famosas. Entre elas Preikestolen e Trolltunga... (continua)
  9. Olá! Cara, se vocês estiverem pensando em fazer a trilha do lago Gosausse, recomendo que separem um pouco mais de tempo neste trecho. O caminho de Vienna para Hallstatt é de tirar o fôlego, provavelmente vocês irão fazer várias paradas pelo caminho. Se no Gosausse vocês forem fazer a trilha até o lago menor que fica depois dele (que pessoalmente achei ainda mais bonito) vai um tempo bom de ida/volta. Recomendo demais que façam, foi o ponto alto da minha viagem à Áustria.
  10. Eai cara, beleza? Estou pensando em ir no Ozora em 2019... Achou o festival daora? Se tiver alguma dica pra quem estiver indo pela primeira vez, ajuda nós aí... hahaha
  11. Lembro que o barqueiro falava que deveríamos esperar algum dos barcos que estavam dentro dela, para poder ir. Uma vez que a lagoa não era profunda. Durante todo este passeio, que caiu a ficha que estava na Tailândia, que tanto via por fotos. O mar, as praias e o clima do país são extremamente característicos. Durante a parada na ilha em que seria servido o almoço, fui experimentar a action cam que tinha comprado nas gravações aquáticas. Era uma Xiaomi Yi. Com o snorkel, fui nadando e observando os peixes e as rochas com coráis. Estava achando a visibilidade boa, porém, mal esperava o que estava por vir em Phi Phi. Após um dos mergulhos, fui tirar uma foto. Estava em uma região profunda, porém achei uma rocha para apoiar um dos pés enquanto tirava a foto. Tirei a máscara, e quanto fui posicionar a câmera... adeus snorkel. O bendito escorregou e afundou na água. Como não estava no raso, era impossível vê-lo de fora da água. Na minha mente, só conseguia imaginar a facada que iriam me cobrar para repô-lo. A maioria dos turistas estava na parte rasa. Marquei aproximadamente a área onde ele deveria estar, e nadei até o chinês mais próximo. Ele não falava muito bem inglês, não entendeu que eu estava pedindo sua máscara emprestada, porém, conseguiu compreender que havia perdido a minha. Assim sendo, começou a procurar no local que tinha apontado. Sem sucesso. Sua esposa se aproximou, e em mandarim, conversaram. Ele explicou que estava tentando encontrar minha máscara, e ela rapidamente também tratou de tentar encontrá-la. Sem sucesso. Após mais ou menos 10 minutos, falei que podiam deixar, que provavelmente não conseguiríamos encontrar. Foram para onde seu grupo de quase clones estava. Na mesma pedra que estava apoiado, ainda fiquei por cerca de 10 minutos sozinho. Olhando para a água tentando encontrar qualquer resquício daquele bendito óculos que me custaria o olho da cara. Depois de perder as esperanças, e me preparar para ir almoçar. Vi um pequeno reflexo laranja na água. Logo pensei na pequena listra avermelhada que havia na máscara, e sem titubear, mergulhei e tateei o chão, até sentir a imensa alegria de sentir aquele objeto plástico nas mãos. Subi feliz à superfície e fui para a praia almoçar. De almoço, aquele arroz sem sal e tempero, que já havia até acostumado, com um frango e algumas frutas. Acho que ainda não comentei nesse relato sobre as frutas. Como são boas e abundantes. Serviam sempre de reflexo positivo na consciência, para não pesar muito o fato de estar tendo uma alimentação totalmente desbalanceada. Quem dirá meus companheiros amendoins torrados, e sanduiches de queijo e presunto da 7/11, que eram as refeições matinais, vespertinas e noturnas. O almoço era logo atrás da praia, embaixo da sombra das grandes árvores que a cerceavam. Durante a refeição, um visitante apareceu para alegrar os turistas e ser o centro das fotos por alguns minutos. Um lagarto gigante, da mesma espécie do que havia visto circulando no Lumpini Park em Bangkok. Depois do almoço e das próximas paradas do passeio, fomos embora. Dentro do barco, voltando do alto mar, senti aquela sensação de realização e felicidade que sentiria na volta para os hostels todos os dias da viagem. Após tomar um banho, fui até a orla, que também era o centrinho de Ao nang, ver onde iria almoçar e aproveitar e curtir o pôr do sol. Sentei na mureta que separava a rua da praia, e apreciei por bons minutos aquele belo fim de dia. Voltei para o hostel, para descarregar as fotos da câmera e celular no Drive. Depois de alguns minutos, voltei ao centrinho para almoçar. Fui a um barzinho, pedi uma cerveja Chang, e curtindo o som da banda que estava tocando, num estilo que imagino ser o reggae tailandês, curti a noite sozinho. Chegando ao Hostel, tentei comprar as passagens para a Malásia, onde iria encontrar um grande amigo que estava mochilando pelo sudeste asiático há alguns meses. Tentei comprar as passagens, mas não consegui. Tentei tanto pela AirAsia quanto pela Malaysia Airlines. Após algumas tentativas, consegui em uma delas comprar apenas a passagem de volta. Mandei mensagem no chat do Nubank, relatando o problema, e logo resolveram. Mas já estava tarde e deixaria para tentar comprar no dia seguinte. R$ 39,50 – Jantar + Cervejas R$ 95,00 – Passagem de Volta Malásia 05/02/2017 - Railey Beach – Acordei cedo, passaria o dia na famosa Railay Beach. Me dirigi a orla, de onde saiam os long tail boats para lá. O valor era tabelado em 200baths ida e volta. Em menos de 10 minutos o barco estava lá. Descendo no ponto de parada do barco, precisava atravessar a pequena vila de resorts, por dentro da mata, para chegar até a praia. Como não havia sinalização, fui seguindo o fluxo de pessoas, que naquele horário era bem pequeno. Em um ponto, por algum motivo, achei que deveria virar em lugar, e decidi não continuar os seguindo. Estava certo. Logo cheguei. Que visual. Andei por toda a praia, para reconhecer o local. Passei pelas rochas onde os aventureiros estavam escalando, passei pela Phranang Cave. Onde os locais depositavam seus objetos fálicos, em oferenda a uma princesa que não recordo o nome. Muitos turistas acendiam velas, para desejar fertilidade. Tirei apenas uma foto de longe, para mostrar para os amigos da minha cidade. Logo encontrei uma sombra embaixo de uma árvore, na praia, e tratei de estender minha toalha. Fiquei sentado um bom tempo, admirando o lugar. Próximo a mim, havia um senhor que alugava caiaques. Pedi para que ele olhasse minhas coisas, enquanto entrava na água com o caiaque. Fiquei apenas uma hora, parecia uma eternidade, e gostaria que tivesse durado para sempre. Que sensação fascinante, estar sozinho, do outro lado do mundo, dentro de um barquinho, no meio daquele mar fantástico, olhando de longe aquele visual de tirar o folego. Voltando para minha sombra, liguei o shuffle em minhas músicas no spotify, fechei os olhos e curti o som por algumas horas. Se não me engano, era em Railay beach que haviam vários barquinhos ancorados na praia, vendendo comidas. Fui em um deles e pedi um hambúrguer e um suco. Estavam dignos. Fiquei um bom tempo observando o pessoal fazendo escalada. Retornei para a praia de onde sairia o long tail para voltar à Ao Nang. Essa parte foi complicada. Precisava esperar juntar certa quantidade de pessoas, para que o barco voltasse. Porém, demorei a entender o porque de sempre ficar para trás. Cada ticket de volta tinha uma cor. E os barqueiros trabalhavam como em cooperativas. Só aceitavam passageiros com o ticket da cor daquela cooperativa. Depois de vários minutos, sem que nenhum dos benditos me avisasse, percebi que um casal que perambulava igual a mim de barqueiro em barqueiro, e também nunca eram aceitos, estavam com o ticket igual ao meu. Fiquei de longe observando sua busca. Quando encontraram um barqueiro que pediu que ficassem esperando ao seu lado, logo dei jeito de correr até o mesmo lugar, e também ficar esperando. Logo juntaram mais pessoas e saímos. Já em Ao Nang, no caminho para o hostel, comecei a perguntar em todas as bancas de venda de passeios/vans (são milhares por cidade, ainda bem que não me dei ao trabalho de fazer um roteiro ou reservar nada pela internet antes de sair do brasil) sobre os preços para vans com destino a Koh Lanta. Após perguntar em todas até chegar ao Hostel, tomei um banho, voltei para a cidade, procurando o 7/11 mais próximo para garantir a janta. Voltei a agencia que estava mais barata e comprei o ticket para a van. Retornei ao Hostel, consegui comprar a passagem de ida para a Malásia e lá fiquei até pegar no sono. R$ 11,00 – Café da Manhã R$ 20,00 – Barco Railay Beach R$ 20,00 – Aluguel Caiaque R$ 17,00 – Almoço R$ 280,00 – Passagem de Ida Malásia R$ 35,00 – Van para Koh Lanta R$ 7,60 – Janta 06/02/2017 - Koh Lanta (Long Beach) – Acordei bem cedo, fiz o checkout no hostel, e fiquei aguardando na área comum. Como ainda faltava algum tempo, resolvi ir ao 7/11 comprar algo para comer. Deixei minha mochila lá mesmo e saí (durante toda a viagem, minha mochila ficou jogada pelos cantos, nunca senti apreensão de roubo ou algo do tipo...) comprei um misto e um suco e voltei para a área comum externa do hostel aguardando minha van. Aliás, o misto da seven eleven foi o meu arroz com feijão da Tailândia. Peguei minha condução e parti. Koh Lanta é uma ilha bem grande, praticamente colada no continente. E ali havia paz. Fiquei no hostel mais barato de toda a viagem (Sonya Guesthouse)... O equivalente a R$16,00 a diária (sempre reservava no dia anterior, pelo booking ou hostelworld... quase sempre encontrava o mesmo hostel mais barato em algum deles), era um lugar peculiar, na parte de baixo ficava um restaurante e subindo as escadas ficava o hostel. O lugar era todo de madeira, as camas tinham mosquiteiros (bem úteis, aliás) e logo nos fundos ficavam os bungalows. A pior parte era o banho, frio... mas pelo preço, não dava para se queixar. O local ficava a cerca de 2-3 km da principal praia da ilha, Long Beach. Como a ilha era bem grande, a localização das pousadas, hotéis e hostels era bem privilegiada. Do caminho de meu hostel até long beach, praticamente todas as pousadas tinham sua própria praia particular... pois ficavam logo após a orla. Outra coisa que achei curioso na ilha foi a vegetação. Que cobre grande parte de seu território. Mesmo na orla das praias, e entre os hotéis, a vegetação era densa. O que ajudava a deixar o lugar com uma vibe ainda mais relaxante. No primeiro dia, apesar de ter lido relatos falando que a ilha era bem grande, e andar a pé seria cansativo, resolvi ir até Long Beach andando (andar sempre foi a primeira opção nessa viagem, e com certeza foi uma escolha sábia). Não foi uma caminhada fácil. Afinal, estava sob o sol tailandês das 15:00h. O visual da praia de cara era diferente de todas as que havia passado pelo país. O que havia entre a estrada e a areia da praia era uma espécie de reserva florestal. Com pinheiros gigantes (isso mesmo, pinheiros gigantes na areia). Estendi minha toalha na sombra de um destes pinheiros e fiquei. Ocasionalmente dava um mergulho no mar, e voltava para minha sombra. Era um momento de calma, contemplação e reflexão. Taí, essa tríade resume bem o sentimento de viajar sozinho na maior parte do tempo: CALMA, CONTEMPLAÇÃO E REFLEXÃO. Aquele visual diferenciado, proporcionou uma visão do pôr do sol bem dahora. Quando começou a anoitecer, marchei em direção ao hostel. Agora sim a caminhada foi tranquila, sem que o sol travasse uma batalha comigo a fim de derreter minha pele. Tomei meu banho gelado no hostel, fui a 7/11 comprar comida e escolhi duas variações de refeições congeladas. Como nunca dou sorte, mesmo escolhendo aquelas sem os dizeres de “apimentado” na embalagem, todas tinham pimenta. Dá-lhe refrigerante gelado. R$ 4,00 – Café da Manhã R$ 8,10 – Almoço R$ 9,30 – Janta R$ 48,00 – Hostel Koh Lanta (3 diárias) 07/02/2017 - Koh Lanta (Old Town/ Au Nuy Beach ) – Acordei, e fui comprar meu misto sagrado na 7/11. Saindo da loja, tive uma surpresa que seria meu martírio pelo resto da viagem... Recebi uma mensagem no celular, e adivinhe só? Minha internet ilimitada por 1 mês havia acabado depois de 7 dias. Sim, esse é o resultado de querer economizar e não comprar logo no aeroporto um chip, com pessoas que falam inglês melhor do que os caixas do mercadinho de rua. Perguntei na recepção do hostel onde e como poderia colocar créditos no celular... Me dirigi à 7/11 novamente. Como pode-se esperar, a atendente do supermercado não entendia bulhufas do que eu estava tentando dizer. Precisei mostrar a mensagem no celular (que estava tanto em inglês quanto tailandês) para que ela compreendesse. E agora me diga... quem é que disse que eu sabia qual o meu número? Havia jogado a embalagem do chip fora. Depois da tensão, rolei as milhares de mensagens que recebi quando fui ativar o chip e encontrei entre aquele alfabeto estranho para mim, algo que achei que pudesse ser meu número. E era, felizmente. Passado o drama e o gasto inesperado (que se repetiria mais vezes na viagem) decidi que iria alugar uma moto para rodar a ilha. Lojinhas de aluguel de moto nunca serão uma dificuldade na Tailândia. Estão por todo lugar e a burocracia é zero. Ao lado da 7/11 havia uma. Até então me preocupação era só uma: a última vez que havia sentado em uma moto tinha sido na prova do Detran, 7-8 anos antes. Porém, por toda parte se via idosos e crianças andando tranquilamente pelas ruas pilotando (sim, ver crianças de 9-10 anos pilotando motos vai ser uma imagem normal na Tailândia) e imaginava que não seria possível que eu também não conseguiria. Meu pensamento estava certo... qualquer pessoa que ande de bicicleta pode pilotar aquelas motos. E não, não é uma preocupação do dono da loja que você irá alugar, se você sabe ou não pilotar o veículo. As dicas para alugar moto são as mesmas que todos os relatos já trazem... se a moto estiver mais nova, confira se não há nenhum amassado ou risco e mostre para o cara da lojinha. Quanto mais fudida estiver a moto, melhor... quando você entrega-la não vão nem se dar ao trabalho de conferir. Nas duas ocasiões que aluguei moto, não tive problema algum. Deixei meu passaporte com os carinhas da loja, e ao devolver o veículo, me devolveram o passaporte. Porém, um amigo que encontrei na Malásia e que também tinha alugado moto na Tailândia passou por um perrengue. Em Koh Tao, alugou uma moto mais nova e não conferiu direito quando a retirou. Na hora de devolver, o cara da loja disse que ele a tinha riscado e que deveria pagar $100. Meu amigo ficou puto e falou que não iria pagar (até por que, com $100 você praticamente compra uma moto nova por lá). O cara da loja disse que só iria devolver o passaporte dele quando pagasse. O problema só foi resolvido quando ele chamou a polícia. Então a dica é: vá na moto mais fudida. Ter alugado a moto foi a melhor decisão que poderia ter tomado em Koh Lanta. Inicialmente fui até Old Town, que fica quase do outro lado da ilha. Chegando por lá, estacionei e fui andando pelas redondezas a pé. Nessa parte da ilha foi possível ver um pouco da rotina dos nativos... as crianças indo para a escola, os adultos para o trabalho. Em uma parte mais afastada havia um museu aparentemente abandonado, um templo onde as pessoas da região frequentavam e no início de uma estrada com floresta mais densa, as placas indicando a rota de fuga no caso de tsunamis. Voltei até a moto, e fui seguindo sem rota pelas estradas. Percebi o início de um pequeno trieiro na beira da estrada. Parei a moto, e fui descendo o barranco, seguindo a trilha, para ver onde daria. E desembocou em uma pequena praia. Fiquei curtindo o lugar por um tempo. Depois de alguns mergulhos, voltei para a moto e segui viagem. Em todos os trieiros que via pelo caminho, sempre parava e os seguia. Não dava outra: sempre tinha uma pequena praia deserta no final. A medida que ia ficando mais tarde, já passava a encontrar mais pessoas nessas praias. Esse dia me dei ao luxo de almoçar em um restaurante bacana, que estava próximo de uma das praias da ilha. O lugar visivelmente era caro... mas se tratando de Tailândia, ainda assim seria barato. Pedi um prato com peixe e um suco de manga. Mal sabia que o bendito curry continuaria me seguindo nas refeições da viagem. Mesmo assim valeu a pena. O garfo foi meu aliado na tentativa de separar o molho picante do peixe. Enquanto estava em uma das praias, resolvi olhar no maps os lugares próximos de Koh Lanta, a fim de decidir para onde seguiria viagem. Quando avistei o parque nacional de Khao Sok senti uma identificação muito grande à primeira vista. Resolvi pesquisar o que havia sobre aquele lugar na internet. Não encontrei muita coisa, praticamente nada. Mesmo assim decidi que aquele seria o próximo destino. R$ 4,60 – Café da Manhã R$ 20,00 – Crédito Celular R$ 31,00 – Aluguel Moto (2 dias) R$ 34,00 – Almoço R$ 11,80 – Janta 08/02/2017 - Koh Lanta (Ócio) – O último dia em Koh Lanta foi basicamente um dia de ócio. Curtindo o vento na cara, ao andar pelas estradas com várias decidas e subidas pelo caminho. Parando nas praias que tinha curtindo e fazendo simplesmente nada. A parte mais movimentada do dia, foi quando da procura por uma van que me levasse ao próximo destino. No fim do dia devolvi minha moto, peguei o passaporte e fui para o hostel, me atualizar sobre o que acontecia no Brasil. R$ 3,70 – Café da Manhã R$ 9,90 – Fone de Ouvido R$ 60,00 – Van para Khao Sok R$ 9,20 – Almoço R$ 3,00 – Picolé R$ 10,70 – Janta 09/02/2017 - Khao Sok – Acordei, tomei meu café da manhã e esperei pela van. Quando chegou, nos levou para uma outra cidade, esperando a baldeação que seria feita para as pessoas que iriam para Khao Sok. Aguardei um bom tempo – realmente não eram muitas as pessoas que procuravam esse destino – até que a van que nos levaria chegou. Partimos rumo à Khao Sok, chegamos já estava tarde... aproximadamente 15:30h. A vila de Khao Sok era minúscula. Só havia uma rua, que poderia ser atravessada em 20min. Quando desci da van, senti que tinha feito a escolha mais certa possível. Apenas de respirar aquele ar, me sentia mais vivo. Como meu protetor solar estava acabando, procurei algum supermercado. Essa vila foi o único lugar em toda a viagem que não encontrei uma 7/11. No único mercadinho do lugar, comprei um protetor solar maior, que durasse para o restante da viagem (Muito estúpido, uma vez que logo iria para a Malásia, e só estava com bagagem de mão). Andei um pouco pela entrada do parque e logo voltei para o hostel. Lá também havia a venda de passeios e todos propiciavam uma imersão diferente no parque (além de possuírem um preço bem salgado). Resolvi escolher o passeio do lago de um dia (também havia as opções de passar dois, três dias no parque), pois deveria estar em Koh PhanNgan no outro dia. Nesse hostel, não havia beliches. O quarto tinha formato de L e era composto por 8 camas simples. No meu, misto, só havia eu e mais duas inglesas. Como o local não tinha muito o que se fazer após o fim dos passeios, ao entardecer, logo ficamos amigos. Jantei no próprio hostel, havia uma sorveteria/restaurante na recepção. Os pratos eram fartos e baratos. Foi um belo achado para estadia nesses dias. R$ 6,00 – Café da Manhã R$ 40,00 – Hostel Khao Sok (2 diárias) R$ 150,00 – Passeio Lago R$ 19,00 – Repelente e Sabonete R$ 52,00 – Protetor Solar R$ 10,00 - Janta 10/02/2017 - Khao Sok (Day Lake Tour) – Logo no início do dia peguei a van para o passeio. Nossa primeira parada foi em uma cidade um pouco maior, paramos para fazer compras em um mercado popular. Aproveitei e comprei uma capa a prova d’agua para o celular... afinal, estava indo para um lago. Chegamos no píer de onde saiam os barcos para o lago. No passeio estava incluso água e frutas à vontade, além do almoço. Ajudei o guia a leva-los da van para o barco. Me sentei na proa do barco, único lugar sem sombra, porém com a visão mais fantástica possível. Partimos. Logo que o barco desatracou, tive a certeza que aquele seria o ponto alto da viagem. Poucos minutos depois, veio a confirmação. Que lugar espetacular. Como pode um lago tão grande possuir uma cor daquelas? E as montanhas rodeando todo o lugar?! Fiquei todo o passeio com um sorriso de criança na cara, de orelha a orelha. Só quem esteve naquele lugar e sentiu a magia daquela vibe, consegue partilhar do sentimento que toma conta de todo o corpo. Depois de quase uma hora navegando pelo lago, chegamos ao local onde iriamos almoçar. É também naquele lugar que dormem as pessoas que escolhem os passeios de maior duração. Existem várias cabaninhas, em ambos os lados do salão central onde ocorrem as refeições. Tudo suspenso, no lago. Após o almoço, calçamos os sapatos emborrachados que estavam à disposição e pegamos outro barco menor e seguimos em direção a uma caverna. Paramos na beira do rio, descemos do barco e seguimos mata a dentro. Passando por brejos (obrigado, sapados emborrachados), pulando troncos de arvore caídos no chão, atravessando cursos d’água pelo caminho. Em um destes cursos d’água, era preciso andar na ponta dos pés, e mesmo assim a água batia no pescoço, isso se a pessoa não pisasse em algum um lugar mais fundo, nesse caso ela afundava toda sobre a água – não é preciso dizer que passei por essa experiência, não é mesmo? Sorte que estava com a capa que havia comprado para o celular. Chegamos na entrada da caverna. O guia foi na frente, e os demais o seguiram. Ele estava com uma lanterna para iluminar o caminho, pois a visibilidade lá dentro era zero. No início sentimos o chão molhado, mas nem demos muita bola. Porém, a água foi aumentando, e logo estava batendo nos joelhos. Peguei o celular e liguei a lanterna. Afinal, não corria o risco de molhá-lo. Percebendo que as mulheres que estavam atrás de mim, estavam com bastante dificuldade, deixei que passassem na frente. Assim, poderia iluminar também o caminho delas. O nível da água foi só subindo, logo estava nos nossos pescoços novamente. Em um dos pontos havia uma elevação, que deveria ser subida com o auxílio de uma corda. A correnteza nesse ponto era maior. Depois disso o nível da água diminuiu um pouco, logo chegamos no final da caverna. E para a minha surpresa, havia uma cachoeira dentro da caverna. Isso mesmo, uma cachoeira descendo da rocha na caverna, com visibilidade zero. Achei aquilo sensacional. Saindo da caverna, pegamos o barco, voltamos para o ponto de apoio, devolvemos os sapatos, pegamos nossos pertences e aguardamos o barco que nos levaria de volta para à terra. Assim que o barco partiu para dentro do lago, me senti completamente realizado por estar naquele lugar, e ter tido a chance de passar por aquela experiência. Até hoje minha vontade é de eternizar esse momento, e fazer uma tatuagem de uma foto que tirei no barco, na volta do passeio. Ao chegar no hostel, comprei o ticket conjunto para Koh Phangnan, tomei banho e fui para o quarto. Não tinha chegado nenhum novo hóspede. Logo as inglesas chegaram e fomos compartilhar os passeios do dia. Elas também tinham achado o passeio delas fora de sério. Após horas de conversa, e graças ao formato bastante favorável do quarto, eu e uma delas tivemos um momento de intimidade para coroar o final da minha estadia nesse lugar fantástico. R$ 15,00 – Capa Celular Água R$ 30,00 – Entrada Lago R$ 65,00 – Van para Koh Phangnan R$10,00 - Janta 11/02/2017 - Koh Phan Ngan – O ticket conjunto que havia comprado, cobria todo o trajeto até Koh PhanNgan. Como a ilha ficava na costa oeste, a viagem foi longa. Quando cheguei o tempo estava fechado, e logo quando saí da balsa começou a chover. Por não achar outra opção, morri em um moto-taxi que queria me cobrar o olho da cara para deixar no hostel. Depois de chorar muito, ele abaixou o preço em 100 baths, mesmo assim ficou bem caro. Chegando no hostel, que com certeza era um local improvisado, fui tomar um banho. Não tenho dúvidas quanto ao caráter provisório do hostel, pois parecia um imóvel comercial que estava desocupado e o dono resolveu transforma-lo em hostel, devido à alta demanda na época da Full Moon Party. Eu tinha uma reserva em outro hostel, do lado da praia onde aconteceria a festa. Mas ela só começava no dia seguinte. Foi a única reserva de hotel que eu fiz no Brasil, pois já sabia que nessa data estaria na cidade para a festa. Terminado o banho, aconteceu o primeiro perrengue nessa ilha. A porta estava emperrada, e não destrancava nem a custo de reza. Como o Wi-Fi do lugar era um lixo, nenhum hóspede ficava no quarto. Só tinha um cara por lá. Mas como o banheiro ficava à parte, demorou uns 3 minutos até conseguir me ouvir chamando. Chegando lá, pedi para que ele falasse com o cara da recepção e trouxesse alguma ferramenta ou algo do tipo, para que eu tentasse abrir a porta (que era de PVC – dá pra imaginar o nível do lugar por aí né... kkkk) O funcionário da recepção entrou no banheiro ao lado e me entregou uma chave de fenda por cima. Tirei a fechadura da porta e consegui sair do bendito banheiro. Saindo de lá, fui agradecer o cara que me escutou e foi lá chamar o cara da recepção. Para minha surpresa, ele era brasileiro. Também estava viajando sozinho, acabamos nos tornando brothers. Já estava começando a entardecer, fomos andar pela cidade e ver como era a praia que no dia seguinte seria palco da festa mais maluca do país. Depois de andar um pouco, recebi a maldita mensagem de falta de créditos, e tive que recarregara o celular novamente. Aproveitamos que já estávamos no mercado para comprar bebidas. A ilha já estava completamente em clima de pré-festa. Por todo lado, turistas bebendo e dançando. A grande maioria dos turistas era de pessoas jovens, com menos de 30 anos. Além dos bares à beira mar, o centrinho ficava repleto de pontos de música, onde o pessoal se reunia e fazia sua própria festa. Os hostels também promoviam festas, e seus hospedes se aglomeravam nas portas. Andando pelos bares da orla, o brasileiro comentou que quando esteve em Phi Phi havia um comercio muito peculiar, de “ervas medicinais”, que ele havia adquirido e trago consigo. Em uma área da praia logo após os bares, nos juntamos a um pessoal que também estava curtindo aquela brisa do mar, para experimentar aquela especiaria. Realmente foi uma experiência muito agradável, tornou o restante da noite em algo do caralho. Andando pelo centro, encontramos um hostel que estava promovendo uma festa com tema latino. Com certeza aquele momento nunca irá sair da minha mente. A rua estava entupida de gente, todas as pessoas muito animadas, dançando bebendo e curtindo a vida. Provavelmente havia mais de 500 pessoas na festa que ocorria na rua em frente a porta do hostel. Ficamos ali curtindo aquela vibe por cerca de uma hora e depois fomos à procura do supermercado mais próximo comprar mais bebida (que ficava bem mais barato do que nos bares). Voltamos a andar pelas ruas da cidade, quando nos demos conta de que não lembrávamos mais onde ficava aquele lugar. Nessa hora olhamos um para o outro e pensamos na mesma coisa... por que diabos fomos sair daquele lugar?! Depois de andar bastante, encontramos a balada latina de rua e ficamos até tarde, depois voltamos andando para o hostel. A noite foi foda, mas precisava descansar para o dia seguinte... a tão falada Full Moon Party. R$ 7,20 – Café R$ 30,00 – Moto-taxi R$ 50,00 – Hostel (1 diária) R$ 20,00 – Crédito celular R$ 7,00 - Almoço R$ 20,00 – Bebidas
  12. 01/02/2017 – Na noite anterior, olhei no Google Maps, com mais detalhes, onde exatamente estava. O que havia por perto, quais as distâncias entre os locais. Dessa vez seria mais esperto. Não queria passar a viagem dentro de carros. Acordei cedo, e decidi ir andando para um parque que estava na região do Silom, parecia ser grande. Bastava ir reto que chegaria até ele. Logo cedo, estranhei bastante os hábitos alimentares daquela população. O cheiro de comida recendia nas ruas. Frango frito, espetinhos de algo parecido com presunto, carne de porco, sopas, chás, leite, tudo aquilo era muito estranho. Resolvi comprar um isotônico em uma 7/11, no caminho também comprei uma fruta. Nós brasileiros deveríamos aprender a ser mais práticos com a comida de rua como os tailandeses. A fruta era cortada em pequenos pedaços, na hora, colocada em um saco plástico e acompanhada de um palito, para não precisar sujar as mãos. Também acompanhava à fruta um alimento não reconhecido, que resolvi não experimentar. Era uma espécie de doce com consistência porosa, rosa. Acredito ter sido uma sábia escolha. Após aproximadamente meia hora de caminhada cheguei ao meu destino: O Parque Lumpini. Bastante utilizado pelos locais para a prática de exercícios e contemplar o passar do tempo. Logo vi que tinha acertado na escolha do tipo de viagem queria fazer. Após dar algumas voltas no parque, decidi ir até um dos maiores shoppings da capital, que estava a poucos quilômetros de distância, o MBK Mall. Seguindo pelo GPS, andei por diversas ruas que eram a real síntese do que era aquela cidade. Ruelas estreitas, pessoas se alimentando. No caminho até o shopping tive a feliz surpresa de passar por dentro de um campus de uma faculdade. O contraste arquitetônico que passeava pelo moderno na faculdade de artes visuais e ao mesmo tempo pelos contornos tradicionais dos templos tailandeses em outro dos prédios. Reparei que os alunos usavam uniformes e que possuem o mesmo conceito de hospitais universitários, como as santas casas no brasil. Chegando ao MBK era bem diferente do que tinha em mente. O local tinha vários andares, sendo que alguns deles eram dominados por quiosques, mais pareciam uma feira. Possuía uma lista de coisas para comprar e me preparar para o restante da viagem. Fui a procura. Após comprar o cortador de unha, fui a procura do Monopod (gasto completamente desnecessário, diga-se de passagem). Para o almoço, fui até um KFC próximo à entrada. Retornando para casa, com muito custo consegui encontrar uma farmácia que vendesse protetor labial (Lip balm - nunca mais esqueço!), também comprei um barbeador e um protetor solar. No caminho também comprei um chinelo, que iria durar até a Full Moon. Chegando em casa dei mais uma olhada no mapa e em recomendações da cidade, e decidi conhecer o templo What Po e na volta passar pela Khao San Road. Nas recomendações vi alguém falando sobre o transporte de barco pelo rio. Logo tratei de procurar no GPS para onde deveria seguir. Ao encontrar um Long Tail disponível, havia um casal no barco que estava indo na mesma direção. Falei o meu destino e o motorista logo tratou de me fazer uma proposta para também ir em outro lugar (o mesmo que o casal iria). Após repetir o local uma dezena de vezes, logo vi que não entenderia o que estava tentando dizer. Aceitei. Durante o passeio me veio uma luz e mentalmente decifrei que o “Camel” que meus ouvidos ouviam, eram na verdade “Canal”. Não me arrependo de ter aceitado, foi um bom passeio. Foi possível perceber como o rio é importante para boa parte da população. Chegando ao templo, o visitei em alguns minutos e me encaminhei a Khao San Road. Ao chegar, achei o local interessante, mas nada de mais. Dei algumas voltas e perguntei no grupo do whatsapp que reunia mochileiros que estavam no país se alguém iria até a rua naquele dia. Após algumas respostas positivas, sentei em um bar – precisava urinar – pedi uma cerveja Chang, fui ao banheiro e logo fui embora. Andei por uma rua que não me recordo o nome, paralela e muito semelhante a Khao San Road. Resolvi sentar em uma calçada, cruzar as pernas e descansar um pouco. Pouco tempo depois uma tailandesa que estava fumando, se sentou ao meu lado. Após poucos segundos, me olhou de forma bastante reprovativa. Estava sem entender o que acontecia. Após me encarar mais um tempo logo, logo apontou para os meus pés, virou a cara, se levantou e foi embora. Com o celular na mão, logo fui pesquisar o que podia ter feito para causar aquela situação. Eram meus benditos pés. As pessoas daquela região os consideram a parte mais suja do corpo. E apontar a sola dos pés para alguém é extremamente ofensivo. Desculpe moça(não tão moça assim)! A primeira pessoa do grupo que estava na rua para nos encontrar se chamava Fernanda. Nos encontramos em um barzinho bacana, bem espaçoso. De longe, quando a reconheci, vi que também havia uma mulher mais velha, na casa dos 50 anos, junto dela. Ao me apresentar, fiquei sabendo que era sua Mãe. A mãe vendeu seu carro para viajar, havia feito um intercambio nos EUA e logo em seguida outro na Nova Zelandia, de onde vinha para encontrar com a filha na Tailândia. Alguns chopes depois, vimos que as outras pessoas do grupo não iriam aparecer. Como as duas no dia seguinte acordariam cedo para ir para outra cidade, foram embora (mal podia imaginar que a próxima vez que conversaria em português de novo seria dali uns 10 dias) . Resolvi andar mais um pouco pela rua. Decidi fazer a tal Thai Massage. Era de fato, bem relaxante. Peguei um Uber para o Hostel e fui descansar (dessa vez, o uber saiu barato e foi rápido). Chegando ao Hostel tratei de utilizar o WIFI do hostel para planejar meu dia seguinte. Iria para Ayutthaya, mas como? Lendo relatos na internet, vi que seria fácil ir por conta própria, sem precisar contratar um tour. R$ 6,00 – Cortador de Unha R$ 6,80 – Frutas e Suco R$12,00 – Almoço R$ 25,00 – Monopod (Bastão Selfie) R$ 3,50 – Suco R$ 6,00 – Barbeador R$ 23,00 – Protetor Solar R$ 10,00 – Chinelo R$ 30,00 – Passeio Barco Canal R$ 59,00 – Bar R$ 15,00 – Protetor Labial R$ 10,00 – Entrada Templo R$ 8,60 – Uber Hostel R$ 16,00 – Massagem 02/02/2017 – Ayutthaya – Acordei bem cedo, para pegar um dos primeiros trens para Ayutthaya. Fui até a estação de trem andando, vi pelo GPS que era perto, algo em torno de 2,5km de distância do meu hostel. Foi possível ver como é a rotina matutina fora do grande centro. Até então só havia observado o movimento durante a manhã no caminho para o Lumpink Park, era um cenário bem mais agitado, com mais carros, cheiros e pessoas. Indo para a estação pude observar os comerciantes começando a abrir seus negócios, os estudantes chegando até a escola, que ficava bem próximo à estação. Além disso, também via alguns poucos viajantes, com suas mochilas nas costas, praticamente as únicas pessoas na rua em alguns trechos do caminho. Comprei a passagem para Ayutthaya e fiquei na espera do trem, que ainda demoraria alguns minutos. Durante minha espera, teve um momento curioso. Começou a passar no telão uma espécie de homenagem à família real e ao rei morto, e todos os nativos ficaram de pé. Acredito ser uma tradição diária, assim como no brasil havia o hino nacional nas escolas. Peguei o trem, cheguei no destino. Durante minha pesquisa sobre a cidade, havia lido algum relato filho da puta, que dizia para não alugar bicicletas próximo à estação, pois eram caras comparadas aos lugares próximo dos monumentos turístico. Sendo assim, liguei o GPS e fui andando em direção ao parque. Depois de aproximadamente meia hora, e reparar que eu estava em um lugar sem nenhum tipo de negócio de veículos, com nenhum outro turista à vista e sem perspectiva de ver algum templo turístico, vi que estava numa latada. Avistei embaixo de uma árvore um ponto de moto-taxistas. Não pensei duas vezes, pedi que um deles me levasse até a estação de trem. E logo em frente, dei jeito de alugar uma bicicleta. Vivendo e aprendendo, não é mesmo? Junto com a bicicleta, recebi um mapa das principais atrações. Mas como o celular estava carregado, ele foi meu principal guia. Acho que ainda não mencionei nesse relato: QUE PUTA SINAL DE 4G, no país inteiro. Nas estradas, cidades pequenas, ilhas, todo lugar. Praticamente todos os templos que visitei na cidade eram bem semelhantes. Sua arquitetura, o desgaste das ruinas que remetiam a muitos anos, e por momentos, trazia a reflexão de quanto o mundo é antigo, e por quantas coisas já passou. Também era interessante reparar na fé das pessoas (que eram poucas, não turistas), que paravam em frente às estatuas centenárias de budas no meio das construções, deixavam suas flores amarelas e faziam suas orações. A caminho de um dos templos mais distante, parei em uma 7/11 para comprar algo para comer. Acho que foi a primeira vez que experimentei os pratos prontos, aquecidos por micro-ondas. Ainda bobo, peguei um prato apimentado, como quase todos. Também comprei um salgadinho com sabor de frutos do mar, que também era picante. Me sentei na calçada em frente a loja para comer. Não consegui terminar nenhum dos dois. Voltei até a loja para comprar doces, e tentar aliviar o ardor da pimenta. Pelo menos os doces eram normais. Joguei-os na cesta da bicicleta, junto com a garrafa de água, e pedalei. Que sol quente. Depois de chegar e encontrar uma árvore, descanei por alguns minutos na sua sombra. Fui ver o local e tirar algumas fotos, neste dia comecei a tentar usar o monopod que havia encontrado, logo vi que não seria de muita utilidade durante a viagem. Encontrei uma gringa branca, que estava da cor de um pimentão. Pedi que tirasse uma foto, e retribui; impressionante como a mesma foto ficou incrivelmente melhor tirada do Iphone dela; foi minha melhor foto dessa cidade. Na volta para a estação, resolvi pegar um caminho diferente daquele por qual tinha ido, para conhecer um pouco mais do lugar. Boa escolha. Como não via mais turistas pelas ruas (o que é difícil de acontecer naquele país), achei que estivesse indo pelo rumo errado. Mas as rotas do meu celular estavam claras, por ali eu também chegaria a meu destino. No caminho vi alguns turistas andando de elefante, dividindo as ruas com os pedestres e ciclistas. Vendo de perto: que animais imensos, que pegadas pesadas e que sensação de que ainda tenho muitas coisas para ver e conhecer no mundo. Voltei para a estação, esperei pelo próximo trem, me estranhei com uma comida parecida com umas palhas secas verdes que algumas pessoas vendiam, voltei para Bangkok, decidi meu próximo destino e comprei a passagem aérea. Meu voo saia de manhã bem cedo. R$ 6,00 – Passagem de Trem Ayutthaya R$ 165,00 – Passagem Avião Krabi R$ 5,00 – Aluguel Bicicleta R$ 10,00 – Entrada Templos R$ 7,20 – Sucos R$ 4,00 – Frutas R$ 21,5 – Almojanta 03/02/2017 - Ao Nang - Ainda de madrugada acordei, arrumei minhas coisas no banheiro do hostel, para não incomodar ninguém, fiz o checkout e peguei um uber para o aeroporto de voos domésticos de Bangkok. No dia anterior tinha visto que o trem para ayutthaia passava em frente ao aeroporto, porém, infelizmente o primeiro trem não chegava até o horário do meu voo. O translado até o aeroporto foi caro, pois era bem distante, mas bastante rápido, uma vez que durante a madrugada as vias de transito rápido não eram cheias. Enquanto aguardava o embarque, fui ao banheiro do aeroporto e comprei um lanche para matar a fome, algumas bolachas, tipo waffer e um suco industrializado. Alô Bauducco! O voo foi rápido, a empresa era a tão falada Air Asia, como não havia marcado assento, me sentei na última fila e tive que sofrer com a falta de espaço para reclinar a poltrona. Chegando em Ao Nang, o aeroporto era pequeno e logo na saída havia algumas vans fazendo os translados para Krabi e Ao Nang. Até chegar ao hostel foram cerca de 40 minutos. Durante todo o percurso já foi possível observar que eu estava em um local totalmente diferente da Tailândia que tinha visto até o momento. O mais impressionante são as formações rochosas, espalhadas por toda a costa. Seus formatos e cores variados são realmente impressionantes. Chegando ao centro da cidade, nas proximidades da orla, foi possível ver como aquele lugar era habitado por turistas, e como estes levavam vida para o local. Como era minha primeira cidade praiana, fui tratar de comprar algumas coisas que não havia levado para economizar espaço na mochila. Um óculos - que vi ser necessário após sair com os olhos fechados em quase todas as fotos por causa da luz do sol – que duraria até a última cidade da viagem, e uma toalha de areia que conseguiu sobreviver à viagem e voltar comigo para o Brasil. A quantidade de variedades de comida era incrível. Restaurantes de todos os tipos de culinária. Resolvi comer alguma coisa da cozinha tailandesa. Entrei em um restaurante, e fiz o pedido de uma comida que pude reconhecer alguns dos ingredientes, tais como arroz, frango, camarão, abacaxi, pepino e outros... Parece que não havia como ser ruim. E realmente não era. Apesar de não ter a forma que havia previamente imaginado – todos os ingredientes se juntavam em um prato único- o sabor de fato era bom. Foi minha primeira experiência comendo polvo e lula. Apesar de não possuírem uma consistência que me agrade, o sabor era bom. O que realmente não consegui ver lado positivo, era em uma espécie de fruto do mar, quase que como um inseto, que vinha inteiro no prato. Com olhos, pernas e tudo mais. Após comer, paguei e falei para a garçonete que poderia ficar com o troco, o equivalente a R$3,00 na época. A felicidade da moça ficou evidente em seu rosto. Resolvi que não queria gastar muito dinheiro naquele dia já fazendo passeios. Já achei aquele lugar o máximo, super bonito. Mal sabia que ainda não havia conhecido nada das belezas naturais da Tailândia. Peguei minha mochila de ataque e minha toalha e dei jeito de ir logo à praia. Procurei uma beirada de sombra, em uma das árvores na beira da areia – que eram muitas. Nas praias do brasil nunca tinha visto vegetação na orla, rente à areia. Aproveitei aquela tarde sozinho, sentindo a brisa no rosto e a calma que o lugar passava. Me dei conta que era disso que eu gostava. E durante toda a viagem esse sentimento sensacional de liberdade ao viajar sozinho me acompanharia. Também nesse primeiro dia, comecei a perceber alguns costumes dos turistas estrangeiros. Tais como quanto gostam de fumar e ler. Meu celular estava carregado. Deitado na orla, liguei o spotify e curti aquele momento ouvindo algumas músicas que me agradavam. Resolvi beber o suco da Dragon Fruit, que havia tanto ouvido falar. Não imaginava que por dentro ela possuía aquela coloração em preto e branco. Não achei lá aquela coisa toda. Dei alguns mergulhos no mar. Que água agradável. Sem ondas, uma temperatura super agradável, e mal dava para perceber o sal na água (quem diria que essa praia fica no mesmo país que abriga Hua Hin, um dos últimos destinos a ser conhecidos e com o mar completamente o oposto deste). No final da tarde decidi ir para o hostel tomar um banho. Ao Nang é pequena, dá para fazer tudo andando. No caminho, fui olhando as agências de viagem/passeio. Que eram centenas, encontradas a cada esquina. Logo percebi o quanto o potencial turístico daquele lugar era bem aproveitado. Um dos passeios que me chamou a atenção foi o Hong Island Tour, que passava por quatro lugares diferentes e tinha almoço incluso. Achei o preço pagável e comprei. Após chegar no hostel e tomar banho, fui novamente para a orla ver o pôr do sol. Um espetáculo à parte. Essa cena se repetiria por todos os dias de estadia nessa cidade. Para a janta, fui a um restaurante de comida ocidental, e comi algo que já estava acostumado. Voltando para o Hostel me atualizei nas redes sociais e noticias do Brasil antes de pegar no sono. R$ 47,00 – Uber Aeroporto R$ 6,50 – Café da Manhã R$ 15,00 – Onibus Aeroporto – Ao Nang R$ 90,00 – Hostel – 88 Ao Nang (3 diárias) R$ 20,00 – Almoço R$ 25,00 – Óculos de Sol R$ 10,00 – Toalha Areia R$ 4,00 – Suco R$ 110,00 – Hong Island Tour R$ 21,70 - Janta 04/02/2017 - Hong Island – O dia amanhecia e já tinha programação para ele. Logo fui para a recepção do hostel aguardar a van que iria me buscar para o passeio. Inicialmente pensei que a saída seria próxima a orla, onde havia visto uma grande movimentação de long tail boats no dia anterior. Porém, após pegar todos os passageiros, o motorista foi saindo da cidade, e andando bastante, cerca de 30min. Chegamos em um píer, no meio do nada, de onde sairia o barco para o passeio. Não era um long tail, o barco era maior. Que dia foi esse. Saindo pelo mar, avistava várias ilhas, em formatos e tamanhos impressionantes. Eram milhares. As águas de uma cor que até então não havia visto. O passeio incluía quatro paradas diferentes, além do almoço em uma delas. Também era disponibilizado snorkels e coletes. A primeira parada era uma ilha com bem poucas pessoas. Era apenas o nosso barco e mais um. Logo quando chegamos os ‘guias’ auxiliavam quem quisesse subir em uma das rochas para tirar fotos. Gentil, um deles se ofereceu para tirar uma foto minha. Infelizmente, seu dedo saiu em todas as fotos. Nesse passeio foi a primeira vez que usei o monopod. Gostei do resultado das fotos. Porém, até o final do dia chegaria a conclusão que era mais prático e o resultado das fotos não ficava tão diferente apenas segurando a câmera normalmente. Na segunda parada do passeio, fomos até um local chamado Hong Lagoon, é uma espécie de lagoa entre as enormes rochas características das praias do país. Lembro que o barqueiro falava que deveríamos esperar algum dos barcos que estavam dentro dela, para poder ir. Uma vez que a lagoa não era profunda.... Continua...
  13. Comecei a escrever esse relato para futuramente me recordar dos detalhes da viagem. Como ando vendo que minha animação para continuar escrevendo está pequena, resolvi ir compartilhando no fórum à medida que o desenvolvo, talvez possa ter alguma informação que seja útil para alguém. A viagem aconteceu do final de janeiro, até a primeira semana de março, num total de 41 dias. Inicialmente a intenção era conhecer apenas a Tailândia, mas no decorrer da viagem decidi ir à Malásia encontrar um amigo que estava mochilando pela região. A decisão de viajar ocorreu de supetão. No final do ano anterior, me deu na telha de viajar para algum lugar. Na mesma semana Tailândia me veio a cabeça e já comprei a passagem aérea. Detalhe: nunca havia feito nenhuma viagem internacional. Para a viagem usei as economias de muitos anos, que até então só estavam sendo usados para compra de coisas. Decidi que era hora de usa-las para propiciar a vivência de experiências. Já antecipo como foi o roteiro, por ordem: Bangkok Ayutthaya Ao Nang Railey Beach Koh Lanta Khao Sok (* PONTO ALTO DA VIAGEM) Koh Phan Ngan (Full Moon Party) Koh Tao Phuket Kuala Lumpur Kuala Terengganu Phi Phi Hua Hin 29/01/2017 – Saída do Brasil para Bangkok. Incrivelmente, a ansiedade não havia tomado conta, para quem estava fazendo sua primeira viagem internacional, para um destino do outro lado do mundo, a tranquilidade era impressionante. O primeiro voo saia de Goiânia pela manhã. Chegando em Guarulhos, onde aguardaria as mais de dez horas de conexão, me dirigi para o terminal de onde sairia o voo. Com o tempo livre, aproveitei para andar pelo aeroporto. Relembrando alguns fatos prévios à viagem, ainda no final de 2016, havia ingressado em um grupo de Whatsapp de viajantes com destino à Tailândia em Fevereiro/17. Encontrei o grupo por meio do Mochileiros.com, fórum destinado a viagens. Já no início de Janeiro os primeiros viajantes contavam suas experiências e arranjavam encontros, para maior integração durante a viagem. No dia da viagem, havia também um grupo de 03 amigos catarinenses em Guarulhos esperando para o voo. Como no grupo disseram estar em outro terminal, nem me manifestei sobre estar no aeroporto. Passado algum tempo, enquanto curtia o nada, ao som das músicas aleatórias do Spotify, de longe vi um grupo de três jovens que tive a impressão de serem familiares. Coincidentemente, eram os mesmos que disseram estar no outro terminal do aeroporto. Mais coincidentemente ainda, sentaram justamente ao meu lado. Logo, entrei no grupo para verificar as fotos, e lá estava. Eram realmente as mesmas pessoas. Logo perguntei: “Uai, vocês são os malucos lá do grupo da Tailândia ?” E assim, encontrei companhia para algumas das longas horas de espera até o voo. Era um grupo de amigos animados, estavam em uma formatura em Curitiba e saíram de lá direto para o aeroporto. Além da conversa, as inúmeras partidas de Uno ajudaram a fazer com que o tempo passasse mais rápido. Hora do voo. Tudo pronto, lá vamos nós. Gastos: R$38,00 - Almoço Aeroporto R$18,00 - Lanche Aeroporto 30/01/2017 – Após as longas 11 horas de voo, estava em Paris. A conexão era de poucas horas, porém, foi possível perceber o primeiro choque cultural. A diversidade de pessoas totalmente diferentes umas das outras, reconhecíveis parisienses misturados com monges, muçulmanos e pessoas de incontáveis nacionalidades diferentes. Era uma pequena amostra do que estava por vir. Nesse momento a bateria do celular já não tinha muitas forças. Ao procurar uma tomada, a primeira decepção: precisaria de um adaptador. Como já havia dado sinal de vida para meus pais, fiquei sentado, apenas observando o que acontecia a minha volta... a viagem já havia começado. R$ 15,00 – Lanche Aeroporto 31/01 – Mais 12h de voo se foram, e após várias refeições recusadas no voo por não ter a menor ideia do que estaria comendo, cheguei. Ainda no aeroporto, logo procurei algum lugar para trocar dinheiro pela moeda local e em seguida comprar um adaptador de tomadas. A próxima missão seria encontrar uma tomada livre. Perambulando pelo aeroporto, vi algumas lojas vendendo chips para celular. Por pensar que seria bem mais caro do que na cidade, resolvi não comprar. Doce ilusão. Acredito ter sido o primeiro grande erro da viagem. A caminho da saída, encontrei uma estação de carregamento de bateria, logo a usei. Com o Wifi do aeroporto, me conectei e criei uma distração para os minutos que ficaria parado enquanto o aparelho não carregava. A essa hora, estava no fim da manhã. 20% de carga, missão cumprida. Como um bom desavisado, decidi pegar um taxi para o Hostel. Os preços eram tabelados, e foi a primeira grande facada da viagem. O motorista, como viria a ver ser uma característica dos tailandeses em geral, era super gentil e em momento nenhum parava de sorrir. O Inglês era péssimo, mas a comunicação foi estabelecida. Ao deixar o aeroporto a ficha caiu. Estava do outro lado do mundo. As placas de publicidade escritas em um alfabeto nunca antes visto. O transito caótico de Bangkok. As placas dos carros sem nenhum padrão reconhecível. O motorista falando ao telefone palavras indecifráveis. Estava na Tailândia. Chegando ao Hostel (Cocktail Hostel & Bar), na região de Silom, reparei que deveria melhorar o inglês na marra. Apesar de conseguir me comunicar bem, faltava fluência. A pronuncia deficitária também era perceptível a meus próprios ouvidos. Deveria aguardar quase 2 horas até que pudesse fazer o check-in. Perguntei a proprietária do Hostel onde poderia trocar dinheiro (no aeroporto só havia trocado 100 dólares). Claro, após muito andar na direção indicada, não encontrei o lugar. Durante a caminhada pude observar a grande quantidade de turistas, do mundo inteiro, andando nas ruas. Encontrei uma pequena casa de câmbio e retornei para o Hostel. A proprietária informou que já poderia fazer o check-in. Logo tratei de me banhar. Afinal, dois dias sem tomar banho não estava me fazendo muito bem. Com intenção de me prevenir daquele calor extremo, potencializado pelo caos generalizado que era o transito daquele local. QUE CAOS. Vesti logo uma bermuda e saí em busca de algum lugar para comprar um chip com internet. Andei bastante, coisa de 3km. Já havia perdido a referência de para onde era meu Hostel. Encontrei uma 7/11(seven eleven), mal sabia que seria o início de uma relação duradoura. A atendente não compreendia o que eu estava procurando. Chamou um rapaz que falava inglês, que junto comigo começou a procurar um chip que havia internet. Encontramos um. Na embalagem dizia internet ilimitada por 1 mês. Comprei. Parado na rua, segui os passos para instalar o chip, consegui. Agora com internet, chamei o Uber. Logo apareceu uma jovem tailandesa, bastante bonita (para uma tailandesa, fato de se admirar) em um sedã preto super luxuoso, bancos de couro, ar condicionado trincando. Estava à caminho da primeira atração naquele país desconhecido: Grand Palace. O celular já estava com a bateria no fim. Perguntei se havia algum problema em desligar o celular durante a corrida. Ela informou que não, e ainda ofereceu um carregador. Era de Iphone, vida que segue... Em um trajeto de aproximadamente 8km o aplicativo informava que a viagem custaria algo em torno de R$7,00. Estava feliz. Porém, não contava em como seria o transito até o destino. Foram incríveis 1 hora e meia até conseguir chegar. Estava impaciente. Ao observar que estava próximo do local, pedi para descer e ir andando. Com certeza seria mais rápido. Prontamente a motorista aceitou e encerrou a corrida. Foi possível perceber em sua feição que ela também agradeceu. Seriam mais longos minutos naquele carro até chegar no destino final. Logo na entrada observei algo e me lembrei do que havia lido na internet sobre os templos: deveria estar com calças compridas. Perguntei ao segurança onde poderia comprar uma calça que várias pessoas estavam utilizando. Fui no caminho indicado, não era perto. Comprei. Voltando para a primeira entrada, reparei um grupo de tailandeses gigante, com centenas de pessoas, vestidas de preto. Fiquei sem entender do que se tratava, viria a descobrir apenas algum tempo depois. Fui passando pela revista e demais entradas. Estava no templo. No grupo do whatsapp tinham falado que a entrada do templo era paga. Achei estranho não terem me cobrado para acessar o templo em nenhuma das entradas que passei. Continuo achando estranho até hoje, meses depois, pois com certeza deveria ter pago. Andei pelo templo, grandioso, sua arquitetura era interessante, diferente de tudo o que havia visto. Achei estranho não ver nenhum budista rezando. Como em praticamente todos os outros templos que passei, eram feitos quase exclusivamente para apreciação dos turistas. Por não ser lá uma pessoa tão religiosa, não estava vendo muita graça. Vi algumas pessoas retirando os sapatos para adentrar em um dos templos. Não me dei ao trabalho, achei que não valeria o esforço. Continuo achando. Era hora de ir embora. Hora do rush. Bateu a tristeza. Fiz a infeliz escolha de pegar novamente um Uber. Dessa vez foi mais tranquilo, o sono me tomou e dormi durante praticamente toda a demorada viagem. Chegando ao Hostel fui procurar comida. Encontrei uma lanchonete próxima, e logo pude observar o marcante gosto por Chás e Leite daquele povo. Pedi um milk-shake, um dos únicos alimentos que consegui reconhecer. Voltei para o Hostel, aliás, precisava carregar o celular. Passado algum tempo, retornei para a rua à procura de mais comida. Encontrei um Subway. Com certeza, o melhor sanduiche do Subway que já comi. Fiquei um pouco na área comum do hostel, e logo fui dormir. Ao acordar no dia seguinte, não sentia mais nenhum efeito do jet lag. R$ 26,50 - Adaptador de Tomada R$ 78,00 – Taxi Aeroporto – Hostel R$ 60,00 – Hostel BKK (3 diárias) R$ 30,00 – Chip Internet R$ 17,00 – Uber Grand Palace R$ 18,50 – Uber Hostel R$ 15,00 – Calça Templo R$ 17,30 – Sanduíche Subway R$ 11,00 – Lanche
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