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Adriana S Barros

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  1. 5º DIA- TCHAU BOLÍVIA, OI CHILE Acordei um bagaço, parecia que tinha levado uma surra , o corpo todo dolorido ... pior noite de sono da minha vida, muito frio e as cobertas cheirando a mofo, colchão muito fino e com um buraco enorme( imaginam a quantidade de pessoas sortudas que já não dormiram naquela cama?), eu conseguia sentir as armações da cama, cada movimento era um barulho enorme,parecia que só de respirar a cama rangia, tava me irritando e incomodando todas as pessoas no quarto. Levantei com péssimo humor, e quando fui tomar café a galera me atualizou dos acontecimentos da noita passada, e essa foi a grande decepção da viagem. Os meninos foram conferir no boleto o horário do nosso transfer pro Atacama e viram que tava marcada pra de manhã, as 10, se eu não me engano, e com isso não ia da pra ver muita coisa: geysers, laguna colorada, arbol de piedra e outras coisas ficariam fora do nosso roteiro,fiquei muito brava e decepcionada, infelizmente não vi umas das paisagens que eu tanto sonhei, a laguna colorada, não tinha o que fazer, A FDP TRAMBIQUEIRA DA AGÊNCIA NÃO CUMPRIU COM O COMBINADO, e bola pra frente. Entrei no carro super decepcionada e bem triste, tava todo mundo quieto, uns porque beberam a noite toda, a Poli continuava passando mal e minha decepção era tanta que não queria nem saber de nada . A primeira parada foi num lugar que tinha umas pedras enormes, ficamos uns 10 minutos tirando fotos e seguimos, depois paramos em 3 lagunas diferentes, paisagens lindas, muitos flamingos, vulcões,e montanhas cobertos pelas nuvens, e conforme o sol foi surgindo nosso humor também melhorou. Em cada parada dessa eu admirava aqueles lugares e agradecia pelo privilégio de ver tamanha beleza, esquecia os perrengues que passamos e curti muito cada momento, são sensações únicas que só vivendo isso pra saber. ( Ainda nos preparativos da viagem, toda vez que escutava a música paradise do coldplay eu me imaginava nesses lugares, e foram muitos dias sonhando e de repente eu tava la, me sentindo exatamente do jeito que eu tinha sonhado!) Por causa dessa confusão, nosso tempo era muito limitado e não deu pra aproveitar mais, mesmo assim ainda paramos algumas vezes pra tirar fotos das lhamas e das placas de trãnsito na estrada. Tava bem frio e os meninos abriam a janela toda hora pra tirar foto e esqueciam de erguer o vidro novamente, aquele vento cortante vinha bem na nossa cara no fundão, cada flash era uma reclamação e uma ameaça de jogar o Mauro janela a fora hahaha Chegamos na fronteira, tinha uma fila enorme pra passar a imigração e como ja tava na hora do nosso transfer, o Omar foi la dar um jeitinho e conseguimos passar na frente. Documentos na mão e 15 bolivianos de propina ( obrigatória ) demos saída na Bolívia e fomos para a van. O motorista da van nos deu o papel da imigração chilena pra ja ir preenchendo, descemos pra fazer o procedimento e depois pra revista nas mochilas, e eu rezando pro moço não abrir o primeiro zíper da minha mochila porque não ia ser legal ele tirar a mão cheia de calcinhas e soutiens ainda bem que ele abriu outro compartimento e me mandou seguir hahahaha Voltamos pra van que parecia clandestina e trafegava por umas estradas de terra, também clandestinas ... fiquei nos bancos da frente junto com o Paulo e a Poli, e entre um cochilo e outro conversamos bastante, tiramos fotos, e demos muuuuuuuuuuuita risada com a Poli conversando com o motorista, ela chamava ele de " muchaaacho" toda a hora, perguntou da vida dele e começou a latir, isso mesmo, ficou latindo dentro da van, todo mundo rachando o bico e o motorista elogiou ela dizendo que fazia aquilo muito bem Paramos numa cidadezinha pra comer, um rolo danado pra tentar fazer câmbio e acabamos pagando em dólar, era isso ou bolivianos. Comemos empanadas e pela primeira vez tomamos coca gelada já dava pra perceber o clima diferente no Chile, não só referente a temperatura mas ao jeito das pessoas, muito educadas e simpáticas e isso se confirmou ainda mais quando chegamos em San Pedro de Atacama, me apaixonei por esse lugar assim que desci da van. Ruas de terra, um clima aconchegante. Pegamos as coisas e saímos pra procurar hostel, um cara de bicicleta nos parou e disse que tinha um hostel com quarto compartilhado por 8.000 pesos, fomos lá e lugar é muito bacana, bem rústico, com redes e mesinhas, vimos o quarto e ficamos la mesmo no Hostel Juriques. Saímos pra fechar os passeios, e encontramos muitos brasileiros pelas ruas, um gupo nos indicou a agência de um cara chamado Luiz e elogiaram muito o serviço deles, fomos direto pra lá e o cara era mesmo muito gente fina, ainda procuramos em outras agências mas fechamos com ele mesmo, também pagamos em dólar. Todos os dias de noite rola uma sessão de astronomia num observatório, a Poli e o Mauro resolveram fechar esse passeio pro mesmo dia, nos dividimos e eu fiquei andando pela cidade com o Paulo, e nesse dia eu quebrei meu óculos, não me perguntem como, o jeito era tentar arrumar no outro dia. Descansamos e sai pra jantar com a Ju e o Paulo, ficamos andando e eu fui me encantando cada vez mais por esse lugar, quem for vai ver que é um lugar muito especial. Nas andanças acabamos encontrando um restaurante bacaninha chamado El Taconar, comida gostosa por um preço justo, foi o primeiro dia que eu comi algo decente, jantei um macarrão delicioso acompanhado de um refrigerante bem gelado, ô delícia!!!! ficamos um tempo batendo perna e jogando conversa fora e depois voltamos pro hostel pra dormir, ficamos num quarto só nosso nessa noite, escolhi uma cama de casal com cobertores e lençóis limpinhos, e pela primeira vez na viagem descansei em paz, sem chileno nenhum baforando no meu ouvido, sem suar de tanto calor e sem cama rangendo. A felicidade existe e está nas pequenas coisas, fui dormir em paz e muito feliz!!!!!!!
  2. 4º DIA- SALAR DE UYUNI Acordamos loucos por um banho mas banho era só depois das 10:00hrs, e agora? Felizmente, o Luiz e a Dani tinham ficado num quarto com banho privado e tiveram a gentileza de deixar a galera usufruir do chuveiro quente :'> . Nos reunimos e saímos pra fechar o passeio, numa da ruas nos encontramos com a mulher do dia anterior que disse que tinha uma agência, vimos a proposta e ficamos esperando com as mochilas enquanto os meninos procuravam outras agências.Não acharam nada muito diferente então fechamos com essa, tour de dois dias num 4x4 para 7 pessoas, incluido o transfer pro Atacama, lembro que paguei em dólar mas não me recordo o valor. Como a saída pro passeio era só as 10, sai pra comprar algumas coisas pra comer, e é estressante comprar com os bolivianos, mal deixam pegar nos produtos já achando que ia roubar e como eu ja sou irritada por natureza tive que respirar fundo umas vezes pra não tacar o pacote de salgadinho na cara de um cholita desaforada abasteci a mochila com bastante salgadinhos, coca- cola e um vinho .. procurei uma lan house pra avisar em casa que eu ficaria dois dias no deserto, voltei no hostel e pedi pra usar o banheiro, o moço não gostou mas acabou deixando. Ficamos na frente da agência esperando, esperando e esperando, vários grupos na mesma situação e nada da fdp da mulher aparecer, um tempo depois ela chega com várias caixas de compras e entregando uma pra cada motorista, pegaram nossas mochilas e colocaram em um carro e depois nos avisaram que iríamos em outro, "MOÇO, COMO ASSIM?", achei um absurdo e já bati o pé, o cara me disse que eu pegaria minha mochila no alojamento de noite e eu não aceitei, vai saber o que pode acontecer no meio do deserto e se esse carro não chega, e se alguém rouba? Não aceitei de maneira alguma e bati o pé até tirarem minha mochila de lá, já não fui com a cara da demônia da mulher e ainda vem com essa ... os meninos ficaram falando pra não criar caso mas ninguém queria deixar a mochila com outras pessoas, porque tinha que ser a minha? Depois da confusão, entramos todos no carro e fiquei na parte de trás junto com a Poli e a Ju, muito apertado, não dava pra mexer a perna de maneira alguma, super desconfortável mas era o que tinha e vamos lá. A primeira parada foi no cemitério de trens, todo mundo fala que é sem graça mas eu achei legal porque dava pra subir e andar, passar de um pra outro, o motorista Omar nos deu 15 minutos e foi o suficiente pra tirar fotos e brincar um pouco, voltamos pro carro morrendo de ansiedade pelo que estava por vi e torcendo pra ver o espelho d"água. Começou a surgir uma imensidão branca, e paramos la no meio, todo mundo parecia criança correndo, o tempo tava bem fechado mas a felicidade era tanta que nem demos bola, claro que lambemos pra ver se era sal mesmo tiramos muitas fotos e o Omar nos chamou pra voltar, nessa hora começou a chover e paramos num povoado pra comprar lembranças na feirinha e visitar o museu de sal. Comprei luvas, um lenço, lembrancinhas, e uma meia comprida igual das cholitas Todas as paradas tem um tempo e passado esse tempo voltamos pro carro mas ainda faltava a Ju e o Mauro, o Omar entrou e saiu com o carro, avisamos que faltava gente e como ele não falou nada, nós achamos que iria só dar a volta, engaano, ele simplesmente começou a acelerar e foi embora, ai gritamos o recado novamente e ele voltou puto da vida pra esperar os atrasadinhos Todos a bordo, fomos em direção ao hostel de sal e ao " restaurante" pra almoçar, mas tava cheio e tivemos que ir pra outro lugar e essa foi a primeira decepção, já que depois não daria pra voltar paramos num lugar pra comer, tinham várias mesas e uma parte da galera se juntou com outros brasileiros conhecidos em uma outra mesa, nos sentamos e ajeitamos os pratos e começou um furdunço porque cada motorista prepara sua comida e seu grupo tem que se sentar na mesa certa, depois da confusão conseguimos comer e seguimos viagem. A chuva tava forte e o Omar procurou um ponto pra parar que tivesse com o chão espelhado, na hora que desci do carro senti uma felicidade que não sei explicar, SURREAL , você olha pro horizonte e não sabe o que é céu e o que é terra, uma imensidão sem fim, nessa hora toda a frustração vai embora e você só consegue pensar que tudo valeu a pena, puta coisa boa de se sentir. Tiramos muitas fotos mas nada se iguala a sensação de estar ali! Nesse hora a chuva aumentou, muito frio e pra piorar fiquei com os pés molhados, não tinha como trocar de tênis porque tava na mochila grande em cima do carro, curtimos mais um pouco aquele lugar e voltamos pro aperto do carro a caminho do alojamento. A chuva virou uma tempestade, e por vezes tivemos que parar, em uma das vezes ficamos um tempão esperando pra poder seguir, em outro a chuva de granizo era tanta que o Omar teve que descer do carro e ir retirar as pedrinhas de gelo do vidro, deu um medinho ficar parada ali no meio do nada e no meio de uma tempestade. Chegamos no alojamento muito tarde, acho que era umas 9 da noite, o banheiro era muito nojento e eu resolvi ficar sem tomar banho mesmo ( já tinha tomado de manhã), fui pro quarto que cheirava a mofo, com cobertas que deveriam estar a algum tempo sem lavar, peguei a única cama disponível porque cheguei por último no quarto, arrumei as coisas e separei roupa pro outro dia, o jantar foi servido mas eu tava tão cansada que não queria saber de nada a não ser dormir e assim começou a pior noite de sono da minha vida.
  3. 3º DIA- PARTIU SUCRE! Essa noite foi tensa pra dormir, um quarto pequeno com 2 beliches , 4 pessoas e só um ventilador de teto ou seja, todo mundo morrendo de calor. Assim que acordamos, de madrugada ainda, a Poli falou que tinha passado mal a noite toda, culpa do pollo com papas no almoço do dia anterior, mas até ai achamos que era só uma dor de barriga normal. Mochilas arrumadas, fizemos check-out e fomos pro aeroporto de táxi. Fizemos o check-in, despachamos a bagagem e aproveitamos o tempo livre pra comer antes de ir pra sala de embarque .. tinha um subway, e umas cafeterias e wifi já avisei a família que tava tudo tranks (porque a essa altura minha mãe ja achava que tava sem alguns dedos ou que tinha sido aliciada por algum gringo, tudo culpa da morena,a traficada da novela das 9 ). Fomos pra sala de embarque e logo de cara não acreditei no que vi, UMA CASA DE CARNES DENTRO DA SALA DE EMBARQUE, tipo um açougue chiq como umas carnes embaladas a vácuo e tal, só na Bolívia ... enfim, deitamos nas cadeiras e começou uma falação em português, eram uns brasileiros que o Mauro tinha conhecido no trem da morte e depois encontramos mais três meninas que tavam no hostel jodanga, negada reunida falando sem parar, senti um cutuco o ombro e quado olhei pra trás eram mais três brasileiros, Luiz, Dani e Ju( serão bastante citados daqui pra frente) e toda essa galera tava no mesmo vôo. Quando te disserem que brasileiro é praga, acredite Depois de umas duas horas de atraso, finalmente fomos pro avião da BOA( dizem que é a tam da boliviana, tenho minhas dúvidas), bem apertado mas tinha lanchinho e muito falação em português. Vôo tranquilo de meia hora, desembarcamos em sucre e ja sentimos a mudança do clima, maior altitude, um ventinho gelado ... nessa hora nos juntamos com os três( Dani, Luiz e Ju) e ja corremos pra achar táxi e chegar na rodoviária para comprar as passagens para Potosí, já que o nosso objetivo era chegar em Uyuni no mesmo dia. Pra variar a rodoviária era um mini caos, guardamos as mochilas e compramos as passagens, nos dividimos em dois táxis e fomos pro centro da cidade pra almoçar já que a gente tinha quase duas horas até o embarque. O centro de Sucre é bem bonitinho, tem prédios históricos, algumas ladeiras cheias de lojinha, paramos em algumas pra comprar gorros, luvas e lenços, depois acabamos almoçando em uma pizzaria e corremos a procura de táxis pra voltar pra rodoviária. Pegamos as coisas e embarcamos, não me lembro muito dos perigos na estrada porque uma cena em especial marcou esse dia. Todo mundo cansado e dormindo, sinto um solavanco e o ônibus para, começa uma falação em espanhol, ja pensei: "caralho, essa merda deve ter quebrado", foda-se, fecho os os e começo a perceber o som vindo na direção do fundão e um cheiro estranho acompanhando, abro os olhos e me deparo com umas cholitas esfregando alguns saquinhos em nossa cara, elas vendiam abacate, limonada e ovo cozido misericórdia, passado o fedô insuportável, vem uma gritero lá de fora: " EMPANAAAAAAAAAADAS, REFREEEEEEEESCOOOOOS!!!!!" , puts nessa hora já tava todo mundo rachando o bico, foi uma das coisas mais engraçadas da viagem Sustos á parte, fim de tarde, desembarcamos em Potosí e já saímos correndo pra comprar a passagem pra Uyuni porque o ultimo ônibus saia as 19:00, dei exatos três passos e senti a cabeça pesada e o ouvido doendo, lhes apresento o mal da altitude, que graças a Deus só senti essa única vez. Na frente dessa rodoviária tem uma avenida cheia de lojinhas vendendo coisas pra comer, e isso seria nosso jantar, a temperatura começou a baixar e só dava neguinho se agasalhando, entramos no busão e começamos a brincar daqueles joguinhos de adivinhar os personagens, uma bagunça sem tamanho que deve ter deixado os outros passageiros malucos, tem uma parada em certo ponto com uma vendinha, la tinha chá de coca e outras coisinhas, 2 bol pra usar um banheiro que de tão nojento preferi fazer xixi no matinho mesmo. Tava um frio do capeta quando desembarcamos em Uyuni , o ônibus para numa avenida e já tava tarde,saímos pra procurar hostel e no meio dessa andanças surge uma mulher (FDP ) oferecendo hostel, fomos dar uma conferida mas não tinha vaga, depois acabamos achando um com quartos duplos, sem mais opções ficamos nesse mesmo sem ter banho e café da manhã. Combinamos de acordar cedo pra fechar o passeio do salar e enfim fomos dormir.
  4. 2º DIA- GRUPO COMPLETO Já contei antes que nesse dia tive que dividir uma cama de solteiro com um chileno, o Rafa, porque tinha umas gringas peladas dormindo no colchão ajeitado pra mim, enfim ... o chileno bem que tentou umas gracinhas na hora de dormir mas eu dei um chega pra la nele . ai juntou o cansaço e álcool e dormi feito uma pedra. Acho que dormi umas duas horas e acordei morrendo de calor,olho pro lado e o chileno tava só de cueca meu deus, tive um mini infarto e ele ainda por cima tava roncando no meu ouvido, passado o susto levantei e ja esbarrei com o Mauro no corredor. Tomei banho ( o melhor banheiro de todos, super limpo e com água quentinha, embora fizesse um calor do cão em santa cruz) e depois de tomar café saímos pra comprar as passagens de avião pra Sucre. ( nos falaram que o caminho pra sucre é tenso, e a viagem demorada, ficamos com medo e acabamos optando por ir de avião ja que o preço tava razoável e era só 30 minutos de vôo.) É claro que nos perdemos um pouco pra achar a rua da agência já que o taxista camarada disse que nos deixaria no lugar certo e óbvio que nos deixou na rua errada, depois de dar várias voltas achamos o lugar e compramos as passagens por 50 dólares para o dia seguinte e voltamos pro hostel, ficamos na piscina matando o tempo até a Poli e o Paulo chegarem( o restante do grupo que iria desembarcar nesse dia). Eles chegaram e no Jodanga não tinha como ficar então pegamos as mochilas e fomos procurar um hostel. Paramos num restaurante bem típico pra almoçar, como eu ja tinha filado uma bóia no hostel (um miojo de alguém) resolvi só tomar uma coca, quente por sinal, enquanto a Poli e o Paulo almoçavam um pollo com papas, que ainda era novidade. O Mauro tinha um guia de mochileiro e la tinha um hostel super recomendado e por um preço bom, pegamos um táxi e fomos. Quando chegamos veio a surpresa, um lugar super escuro, cheirando a mofo mas como seria só uma noite ficamos la mesmo. Não lembro o preço mas era um quarto pra 4 pessoas e o preço era bom, não tinha banho quente mas tava um calor dos infernos, então foi tranquilo. Ficamos no quarto conversando e ouvindo um sambinha, todo mundo tomou banho e fomos andar na plaza del armas. Nesse dia tava um fuzuê, crianças, carros de som, o pessoal com banquinhos de plástico na praça mas achamos que era normal por ser um sábado. Ficamos curtindo a vibe boliviana e nos esbarramo com dois caras que eu tinha conhecido no dia anterior no outro hostel, Johannes e Owen, um alemão gente fina demais e um arquiteto australiano doido pra arranjar hospedagem de graça no carnaval carioca , conversamos um pouco e depois encontramos um brasileiro que ja tava no fim da viagem , o Beto, papo vai papo vem, fomos beber uma em um bar ali perto, e descobrimos que o fuzuê era por causa dos desfiles de carnaval, como o bar tinha uma sacada, acabamos ficando por la vendo de camarote os desfiles, muito diferente do carnaval brasileiro. Voltamos pro hostel pra pegar dinheiro e ir jantar, e acabamos em um restaurante estilo prato feito, pollo com papas por 12 bolivianos, não era gostoso mas tava bom, voltamos pro hostel e nos despedimos do Beto, arrumamos as coisas pra sair bem cedo pro aeroporto no dia seguinte. PS: - Hostel Jodanga: nota mil, limpo e organizado, com piscina, tem cozinha bem equipada, é caro se comparado aos outros mas vale muito a pena, se tiver um dia sobrando em santa cruz e 70 bolivianos no bolso corra direto pra lá, mas tem que fazer reserva antes no site pra não ter que dividir colchão com ninguém como eu hahaha. - Sta. Cruz é uma cidade bacana, se tiver tempo pra andar da pra achar coisas legais mas se tiver dias de sobra gaste em outra cidade, o melhor dessa cidade é esse hostel. - Vá ao boliche = balada, de preferência aquelas que tocam reggaeton, é muito legal.
  5. fiz essa viagem em janeiro e foi demais .. parece que em cada lugar a gente passa um perrengue mas no final vale muito a pena! muito bom seu relato, me fez ficar com saudades e tomar coragem pra terminar o meu!
  6. 1º DIA- OI BOLÍVIA Sexta-feira, 11 de janeiro. Acordei cedo e fui pro aeroporto de guarulhos, meu vôo saia as 11:00, ansiedade moendo, e a hora de embarcar simplesmente não chegava. Quando fizeram a chamada pro embarque me deu frio na barriga que nunca senti antes, e foi só nessa hora que eu tive a dimensão do que eu tava fazendo e pensei " foda-se, vou encarar tudo" :'>. Vôo tranquilo e umas horinhas depois o piloto anuncia: " estamos chegando em sta. cruz de la sierra", duas horas pra fazer os procedimentos de entrada na bolívia e quando abri a porta dei de cara com uma atmosfera totalmente diferente. Fui fazer cãmbio e saí pra pegar um táxi e ir encontrar o Mauro no hostel Jodanga. Entrei no táxi e era uma mulher dirigindo, começamos a conversar, ela acelerando e eu com a cabeça na janela pra sentir o vento na cara, sol rachando o coco e um calor do cão, tudo tranquilo até eu começar a perceber como funciona o trânsito. Semáforos, seta e freio são coisas que não existem por lá, a maldita simplesmente não freiava por nada .. mas já que to no inferno, vou abraçar o capeta! Depois da aventura, cheguei sã e salva no hostel e encontrei o Mauro, combinei com o cara da recepção de passar o dia e procurar um local pra dormir depois porque la não tinha vaga pra mim ... tomei um banho, avisei a família que estava bem e com todos os dedos( minha mãe assisti filme demais e acreditava na possibilidade de eu voltar faltando algo no corpo hahahahahaha ), e fui pra piscina onde tava toda a galera reunida, conheci os brasileiros que o Mauro tinha encontrado no trem da morte, almoçamos e ficamos bebendo caipirinhas na beira da piscina e no fim da tarde saí com os meninos (Mauro, Oto e Leo) pra dar um rolê pelo centro. Pegamos um táxi e fomos para a plaza del armas, uma gracinha, cheia de crianças e pombinhas, visitamos a igreja, eu tomei sorvete e fomos andando sem rumo pra conhecer tudo, entramos em várias lojinhas e depois numa galeria super bonitinha onde tinha uns velhinhos tocando as músicas típicas da bolívia, bem bacana, e voltamos pro hostel porque ia rolar um churrasco. Sem palavras pro astral desse hostel, pessoas de todo o mundo conversando numa boa, cada hora eu tava numa rodinha com pessoas diferentes e por mais que o idioma atrapalhe, no fim todo mundo se entendia tinha um grupo de chilenos que eram muito gente fina, um mais louco que o outro, ensinei eles a falar " chapar o coco" e " bebado" e pronto, esse foi o lema da noite, toda hora alguém soltava " CHAPAAAR O COOOOCOOO", e no meio dessas eles gritavam " BEBETOOOO" .. mais hein, quem que é bebeto? depois entendi que eles entenderam " bebeto" ao invés de " bebado" e viva o bebeto! Álcool vai, álcool vem ... lá pelas tantas tava todo mundo boracho ( bebado), altas fotos, e resolvemos ir pra balada a galera saiu em vários táxis e fomos pra uma balada que só tinha nativo, reggaeton tocando, eu curti mas os chilenos ( os loucos) não gostaram e resolveram sair pra procurar outra night, sai com eles e com mais duas brasileiras ( luciana e regiane), entramos em umas 3 baladas e nada, até que parou um carro na rua com duas meninas e elas indicaram um balada boa, entrou todo mundo no carro com elas e seguimos, chegamos na tal balada, que de boa não tinha nada, um povo estranho com cara de mafioso , mas enfim ... tava tocando música eletrônica ( não curto muito), resolvi beber com o Martín( um dos chilenos) . Depois de um tempo a maiorira dos meninos sumiram, tava bem tarde e voltamos pro hostel. Lembrando que eu não tinha lugar pra dormir, e combinei com o recepcionista de dormir na sala de tv. Belê, voltamos da balada querendo entrar na piscina mas a razão falou mais alto e fomos pro quarto dos meninos, chegando la, os malucos que tinham sumido da balada tavam desmaiados nas cama todo mundo ruim, falei: " aaaaaah vou é dormir", cheguei na sala de tv e liguei a luz duas griingas nuas, no colchão que era pra eeeeeeeeu dormir ... CARAAAJO! e agora, josé? sai andando e tentando me recuperar da visão do inferno que eu tinha visto, e encontrei o Rafa ( outro chileno) " divide sua cama comigo?" " síiii, claro" ... ai gente, só jesus na minha causa. Deitei na cama, ai beleza, agarrei um travesseiro e virei pro lado, do nada sinto uma perna e uns braços e um bafo do boi bandido bem no pé do meu ouvido,aquele budum de cachaça " carajo, que te passa? saaai daquiiiiii mano" , dei um chega pra la nele e enfim consegui domir.
  7. Oi, na realidade sou péssima em escrever e não tenho a pretensão de ter cinquenta mil comentários nem nada, só acho importante compartilhar essa experiência aqui e ficarei imensamente feliz se alguma coisa escrita aqui puder ajudar alguém. Dito isto, vamos lá. Meu nome é Adriana, 21 primaveras, estudante de arquitetura e urbanismo, apaixonada por viagens e muito protegida pelo pai. Desde criança mantenho o sonho de dar a volta ao mundo, e agora posso dizer com toda a felicidade do mundo que já realizei uma parte, embora muito pequena, desse sonho . Em algum dia de outubro de 2012, acordei com a idéia de viajar pela américa do sul, já no café da manhã resolvi contar a novidade pros meus pais: " ae pai, vou viajar" " ah ta, pra onde vc vai?" " américa do sul, vamo?" " não!" " ok, eu vou sozinha', óbvio que pro meu pai isso era somente mais uma das armadas que eu mirabolava na cabeça mas que nunca se concretizavam, e foi ai que ele se enganou ! Comecei a pesquisar, e vim parar aqui, mais precisamente no relato do SORRENTINO e fiquei 24 horas sem fazer mais nada, completamente encantada com aquele mundo que me era apresentado, quanto mais eu lia mais ia me apaixonando, e depois de ler tudo eu decido que iria viver essa experiência. Comecei a sondar os amigos e ninguém queria ir, todo mundo muito ocupado com seus roteiros pra europa, fazendo planos pra temporada de sol,mar, álcool e putaria em balneário camboriu ou então porque não tavam afim mesmo. Fui fuçando pelos tópicos e encontrei uma galera que iria em janeiro, e então conheci o Mauro, bem conhecido aqui e que pra minha surpresa mora na mesma cidade que eu( Londrina- Paraná), mandei um e-mail e depois de um tempo começamos a conversar e eu decidi me juntar a ele e mais uma menina, que até então eu não conhecia, a Poli ( vai ser muito citada mais pra frente). Logo percebi que o Mauro é super organizado, tinha até um blog com o roteiro da viagem e tudo mais, e eu sou um completo desastre pra essas coisas, nos adicionamos no facebook e ai foi só esperar o tempo passar. Infernizei todos os meus amigos com as minha expectativas pra essa aventura e ninguém botava fé nem mesmo meus pais, resolvi ficar na miúda e sonhar sozinha, e foi assim até o natal, onde eu realmente conversei sério com meus pais sobre a viagem pra dali a 15 dias, e mais uma vez eles não deram muita bola. Belê, eu sabia que dia 9 de janeiro embarcaria de qualquer jeito então deixei de lado. Os dias foram passando super rápido e quando eu percebi faltavam 3 dias e eu não tinha roupa, nem mochila, nem sapato, nem nada ... e o desespero pra separar as roupas começou . Todo mundo sabe que geralmente as mulheres carregam muita tralha e eu não sou diferente, tenho o péssimo hábito de levar roupas demais quando viajo, mas dessa vez eu teria que me controlar afinal eu carregaria tudo nas costas e sem ninguém pra ajudar Precisava urgentemente sair pra comprar tudo e claro que dei o velho migué de chamar meu pai pra ir junto e pagar , cheguei na centauro e escolhi tudo o que achei que precisava, meu pai pagou e vazei da loja. Nesse mesmo dia encontrei com o Mauro na rodoviária, pra comprar nossas passagens pra Campo Grande, afinal faltavam dois dias. Antes mesmo de encontra-lo, recebi a notícia de que teria que ficar em Londrina até quinta, pra resolver um problema , contei a novidade e o amiguinho garantiu a passagem dele, conversamos sobre a viagem e sobre o atraso no roteiro caso eu saísse daqui na quinta pra fazer todo o rolê até a bolívia de ônibus e trem da morte, ainda me restava esperança de embarcar na data certa então resolvi manter a calma e ir pensando num plano B. Aqui começou o meu primeiro desafio: separar as roupas. Sou um pouco enjoada e odeio coisas apertadas e que marcam, então calças leggings foram descartadas embora sejam necessárias, separei 3 calças jeans, 1 calça de moletom, 3 shorts, vááááias blusinhas e camisetas, 1 moletom, 1 suéter, 1 blusa térmica, 1 jaqueta grossa, calcinhas, sutiens, biquíni, meias, 2 tênis ( 1 keds e 1 adidas, ambos baixinhos, destesto aquelas botas de trekking, além de não combinar comigo eu também não usaria nunca mais e também não tava afim de comprar mesmo), 1 sapatilha e 1 chinelo, toalha de banho, a tralheira de higiene pessoal, carregadores e etc ... legal, quero ver caber tudo na mochila e realmente não coube, precisei colocar algumas coisas em uma mochila menor, que seria a mochila de ataque. Chegou o tão esperado dia, saí cedo pra ir pra Maringá( uma cidade aqui do lado) pois só lá tinha agência da anvisa , e eu precisava da carteirinha internacional de vacinção, voltei e fui fazer câmbio, trocar meus milhões de reais por dólares, e ai fiquei sabendo que não tinha jeito, eu não embarcaria conforme o planejado e começou o chororô. Chorei a noite toda, acordei chorando, almocei chorando, não sei o que me deu mas me bateu um medo repentino de encarar sozinha, ai acionei o plano B: " paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiii, posso ir de avião?" nem esperei ele responder e ja entrei no site da gol e tam pra ver as passagens NUNCA FAÇAM ISSO , me recuperei do susto e me preparei psicológicamente pra avisar meu pai que ele ficaria 1800 reais mais pobre, meu pai que é pretinho acabou ficando um pouco branquinho na hora mas me liberou o empréstimo, que eu nunca vou devolver , passagens emitidas : londrina- são paulo, são paulo- santa cruz de la sierra. Terminei a organização de tudo, conferi os documentos mil vezes, me despedi dos meus pais com muito choro, dei um pescotapa no meu irmão, um abraço bem apertado no bisteca (o meu cachorro), minha mãe embora super preocupada me apoiou demais ,"toma cuidado" " não bebe demais" " se comporte" " liga pra gente" " cuidados com os gringos" " não use drogas" e depois da saraivada de conselhos fui pro aeroporto rumo a sp. Desembarquei em guarulhos meia noite, e fui dormir na casa de uns tios que moram do lado do aero.
  8. A MELHOR COISA QUE A GENTE FEZ FOI SE SEPARAR NESSA VIAGEM hahahaha não é fácil viajar com quem a gente não conhece, no começo é festa mas depois vai enchendo o saco ter que aturar certas coisas, de ambas as partes. valeu demais a experiência, hoje sou uma pessoa melhor depois dessa viagem, e espero que você também!
  9. lembrando que depois de pagar 50 bolivianos pra dormir na sala de tv, chego da balada e me deparo com duas gringas nuas no meu colchão e tive que dividir a cama com o rafa, um chileno, sob efeitos do alcool e marijuana
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