Ir para conteúdo

Posts Recomendados

  • Membros
Postado

Olá Amigos Mochileiros e Mochileiras! Depois de 1 ano venho relatar o primeiro mochilão realizado na América do Sul. Paraguay, Argentina (noroeste), Bolívia (sul) e Chile (Atacama). Países belíssimos, foi uma viagem incrível, pra ficar na memória. Nessa viagem de 21 dias gastei aproximadamente R$ 2.800,00 (salvo algum esquecimento contábil, talvez tenha gastado uns R$ 100,00 a mais). Não tenho todos os gastos específicos, creio que perdi algumas anotações das despesas, mas com o valor total gasto, estou certo de que ajudará os leitores viajantes a ter uma idéia dos custos em viajar para esses lugares. Não vou me ater somente aos lugares que conheci, irei também divulgar brevemente alguns lugares e passeios que não fiz, seja por falta de tempo ou não, mas que em minhas pesquisas antes e durante a viagem considerei relevantes e de destaque em alguma região. São atrativos interessantes que os lugares oferecem, e assim os viajantes terão um leque maior de atrativos para escolher. Todos os valores discriminados no relato são individuais.

 

17/12/2011- Na época estava namorando e saímos de Curitiba às 10:55 da manhã com destino a Asúncion, Capital Paraguaya. Desembarcamos no Aeroporto em Luque no Paraguay às 11:35 a.m., acerca de 15 kilômetros da Capital. O voô foi de 1 hora e 30 minutos, mas como o fuso horário é de 1 hora a menos em relação ao horário de Brasília, teoricamente ganhamos 1 hora. Nosso primeiro destino seria a cidade de Salta no noroeste argentino, e para isso teríamos quer ir até a cidade de Clorinda na Argentina que faz fronteira com Puerto Falcón no Paraguay. Sabíamos que de Clorinda para Salta só há um ônibus por dia que saí às 14:30 minutos, horário Argentino (também 1 hora a menos em relação ao horário de Brasília). Há uma opção de ir de ônibus do aeroporto de Luque até a Capital Asúncion e tomar outro ônibus até Puerto Falcón que faz fronteira com Clorinda na Argentina. Da fronteira argentina pegar outro ônibus até o terminal de Clorinda para então ir a outros destinos no País argentino. Porém, como não conhecíamos o trajeto e não tínhamos idéia de quanto tempo levaria para chegar de ônibus até Clorinda, resolvemos ir de táxi por uma bagatela de R$ 130,00. Isso mesmo R$ 130,00. Pagamos ao taxista paraguaio em reais e a duração do percurso até o terminal de Clorinda foi de + ou - 1 hora e 15 minutos. De ônibus teríamos gasto uns R$ 10,00 no máximo por pessoa, fazer o quê? Chegamos na imigração, registramos nossa saída do Paraguay e depois registramos nossa entrada na Argentina. Em Clorinda fomos procurar um banco onde pudéssemos sacar dos caixas eletrônicos dinheiro argentino, pois somente tínhamos dólares e reais no bolso, e a empresa de ônibus que vendia as passagens para Salta não aceitava cartão de crédito ::grr:: . O ônibus sairia para Salta às 14:30 e tínhamos menos de 1 hora para conseguir os pesos argentinos. Fomos à procura de um banco, achamos, algumas pessoas na fila para usar os caixas eletrônicos, somente 2 máquinas de auto-atendimento e uma delas fora do ar, e na hora de sacar os pesos argentinos... adivinhem? O caixa eletrônico não completava a operação ::essa:: . Depois de várias tentativas sem sucesso fomos à procura de outro banco, correria total, mochila nas costas, um forte calor em Clorinda, e para encontrar outro banco tivemos que andar umas 4 quadras, enfim encontramos outra agência e depois de várias tentativas sem sucesso em efetuar o saque nos caixas eletrônicos de outro banco, enfim conseguimos as cédulas argentinas. Dinheiro em mãos, voltamos ao terminal de ônibus e compramos as passagens para Salta, creio que uns 20 minutos antes do ônibus sair. Trocamos também com um taxista argentino US$ 100,00 por moeda argentina. Em Clorinda todos nos olhavam como se fôssemos de outro planeta. Estava com uma camiseta da Alemanha e me perguntaram se eu falava inglês, disse que não (talvez pensassem que eu fosse americano, inglês ou outra coisa), outra pessoa me perguntou se eu era alemão, e quando disse que era brasileiro me olharam com uma cara de desconfiança. Bom, durante a viagem para Salta, paramos num posto policial onde os policiais olharam as mochilas que estavam no bagageiro do ônibus. Então um policial entrou no ônibus e perguntou sobre duas mochilas, sendo uma delas de minha namorada. Os policiais encasquetaram com os lacres da companhia aérea GOL que foi colocado na mochila dela, e queriam ver o que tinha dentro da mochila. Pedimos uma faca para os policiais, cortamos uns lacres, + ou - 12 policiais nos olhando, nós gringos em país extrangeiro, e algumas dificuldades com a língua local. Pediram para abrir a mochila, tiramos algumas coisas dela, dissemos que estavámos indo para Salta, tudo resolvido e seguimos viagem. Muitas paradas no caminho, para embarque e desembarque e compra de comida. Fazia muito calor. Não me recordo o nome da empresa de ônibus que vai até Salta, mas não tem porque se preocupar, se alguém fizer esse trajeto até Clorinda para ir até Salta, basta perguntar que as informações serão obtidas, o mesmo vale para ir de ônibus do aeroporto de Luque até Clorinda. Se perder o ônibus para Salta a opção é passar um dia em Clorinda. O valor da passagem de Clorinda até Salta incluía lanche e janta para os passageiros. Nesse dia, somando os custos da passagem de avião de Curitiba para Asúncion, táxi de Luque até Clorinda e ônibus de Clorinda para Salta + uns quitutes para comer, gastei R$ 270,50.

 

18/12/2011 Chegamos em Salta ás 07:30, ou seja, 17 horas de viagem desde Clorinda. No terminal de ônibus vários olhares estranhos sobre nós, e os argentinos assistindo a final do mundial de clubes entre Barcelona e Santos. Quando Messi marcava os gols, os argentinos comemoravam. Ficamos num hostel no centro de Salta, simples, quarto privado, banho privado, cama matrimonial e televisão no quarto. O hostel também oferecia cozinha para preparar as refeições e incluía um café da manhã muito simples, como pão, manteiga, marmelada e café. Salta é uma cidade bonita, muito simpática, apelidade de "La Linda", com quase 500 mil habitantes, esta localizada a leste da Cordilheira dos Andes, com uma altitude 1.200 m.s.n.m. Vários argentinos usando a camisa da seleção e de times locais também. Poucos torcedores com a camiseta do River Plate, talvez porque o time tivesse caído para a série B do campeonato argentino. Tomamos café pela manhã em um restaurante da praça 9 de Julio, caminhamos um pouco pelo centro, destaque para a arquitetura do período colonial, tiramos fotos, muitas praças, almoçamos e depois fomos ao teleférico que fica ao lado do terminal de ônibus para ir até o mirante da cidade. Bonita paisagem do mirante, na minha opinião vale a pena subir de teleférico. Descemos o mirante pelas escadas, bastante tranquilo, sem esforço. Voltamos para o hostel e à noite fomos ao museu de arqueologia de alta montaña (MAAM) que fica na Plaza 9 de Julio, dedicado às culturas que habitaram as montanhas antes da chegada dos espanhóis e surgiu com a descoberta de um santuário inca no Vulcão Llullaillaco que fica entre a fronteira argentina e chilena, cuja altitude do mesmo é de 6.739 metros. Destaque para as 2 múmias de crianças que foram encontradas no topo do vulcão. Valeu a pena, e como era domingo, nesse dia a entrada no museu era gratuito. Nos outros dias, o ingresso do museu não é barato. Há também outros museus em Salta. Depois de visitar o museu, fomos comer pizza de janta e voltamos para o hostel. Outro passeio muito conhecido de Salta, mas que não fizemos, é o Tren a las Nubes (Trem para as Nuvens), que parece passear pelo céu argentino. Percorre um trajeto de ida e volta entre Salta, a 1.200 metros de altitude e o viaduto de Polvorilla a 4.200 metros. A jornada toda leva um dia, são mais de 16 horas de viagem, período em que o trem sobe e desce 3.000 metros, cruza pontes e túneis, passa por trechos em zigue-zague e por pequenos povoados. O ponto mais alto do trajeto é o La polvorilla, um enorme viaduto em curva, de 224 metros de comprimento e 64 metros de altura, onde o trem dá uma breve parada para fotos antes de iniciar o regresso. O trem saí geralmente as 07:00 a.m. e retorna por volta da meia noite. O valor por passageiro está em torno de US$ 170,00. Na época em que estivemos em Salta, o passeio de trem estava parado para manutenção dos trilhos e do trem e como era época de início de chuvas o atrativo era suspenso por um período. Gasto total desse dia R$ 85,75.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121218214224.JPG 500 333.333333333 ]No mirante de Salta.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121218215104.JPG 500 333.333333333 ]Descendo o mirante de Salta.[/picturethis]

 

19/12/2011 Nesse dia, saímos bem cedo de Salta e fomos para Tilcara passando pela famosa Quebrada de Humahuaca ao norte de Jujuy, são 155 quilômetros de extensão, rodeado por montanhas multicoloridas, e é Patrimônio da Humanidade. Passamos por San Salvador de Jujuy (1.200 m.s.n.m) que é capital da Província de mesmo nome, mas não ficamos na cidade, pois não possui atrativos. Penso que levamos aproximadamente 4 horas de ônibus de Salta para Tilcara, com várias paradas para embarque e desembarque, muito lento! Chegamos aproximadamente 12:00 em Tilcara (2.500 m.s.n.m). Durante a viagem, quando chegamos na Quebrada de Humahuaca observamos uma enorme cadeia de montanhas coloridas, devido aos minerais que são encontrados na região. Montanhas amarelas, verdes, vermelhas, roxas, cinzas, outras cores, algo inacreditável, coisa de cinema. Com certeza um dos atrativos mais interessantes da viagem. Antes de chegar a Tilcara, o ônibus passa por Maimará (2.000 m.s.n.m), onde é possível admirar uma enorme cadeia de montanhas sendo a mais conhecida a Paleta del Pintor, uma formação rochosa na face de uma das montanhas, que exibe um curioso jogo de cores, muito bonito e um cartão postal da região. De Tilcara para Maimará são + ou - 35 minutos de ônibus. Toda paisagem também é acompanhada por lindos cactos. Chegamos em Tilcara, porém tivemos que descer na rodovia, pois havia um manifesto local impedindo o ônibus de entrar no povoado, então tivemos que andar uns 10 minutos até o povoado de Tilcara. Por alguma razão do destino que não sei o porque, então descemos do ônibus e andando + ou - 100 metros tive a sorte grande de achar 200 pesos argentinos, + ou - 100 reais ::hahaha:: . Tilcara é um povoado muito agradável, com lindas paisagens, ao redor da cidade lindas montanhas abençoam o povoado, uma sensação indescritível. Nos hospedamos em um hostel no centro, quarto e banheiro privado, cama matrimonial, bem simples. Almoçamos, sacamos mais dinheiro por prevenção, conhecemos um pouca da cidade e depois fomos conhecer as ruínas de Pucará de Tilcara que está localizada a 1 quilômetro do centro da cidade. São ruínas de uma civilização pré-hispânica que lá vivieu entre os séculos 9 e 15, cujo ápice dessa população nesse local chegou aos 1.500 habitantes. Os Incas também chegaram até aqui. As ruínas também são conhecidas como a Fortaleza, pois é possível observar em 360 graus do ponto mais alto das ruínas toda a extensão ao redor e era ponto estratégico para ver se algum inimigo estava chegando. A visão de toda a Quebrada de Humahuaca é incrível, também se aprecia picos nevados e belos cactos. Começou a chover e nos escondemos dentro das ruínas, chuva passageira para refrescar. Tem um jardim de cactos na entrada das ruínas e um lugar onde se pode observar Lhamas. Quem visita as ruínas na segunda-feira não precisa pagar, sugere-se apenas uma contribuição espontânea, e por sorte chegamos na segunda-feira. Voltamos ao hostel e depois jantamos. Despesas do dia R$ 102,00.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121218223358.JPG 500 333.333333333 ] Tilcara.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121218225017.JPG 500 333.333333333 ]Pucará de Tilcara.[/picturethis]

 

20/12/2011 Trocamos de hostel pela manhã, mais perto do terminal de ônibus e um pouco mais barato. Incluía quarto privado, cama matrimonial, banheiro, cozinha e lavandeira compartilhada e internet na recepção. Nesse dia pela manhã fomos para Purmamarca (2.324 m.s.n.m) que fica + ou - 35 minutos de ônibus de Tilcara, lindas paisagens no decorrer do trajeto. Chegamos em Purmamarca e tomamos um táxi para nos levar a um lugar que se chama Huachichocana, onde há algumas cavernas e 2 pinturas rupestres na parede de uma montanha, sendo uma delas de uma lhama e outra de um sol. Pelas pinturas rupestres o passeio não é dos mais interessantes, mas o trajeto até o local é incrível, o carro 4x4 vai por entre as montanhas coloridas, onde cruza um pequeno riacho quase seco, no trajeto há moradores que vivem na região e que criam cabras, uma paisagem belíssima dos coloridos das montanhas que se contrapõem. Uma sensação única de passear pelas montanhas, o silêncio ou apenas o barulho do vento. O taxista que nos levou disse que quando criança morava nessa região. Foi um passeio muito bom, + ou - de 2 horas e 30 minutos, ida e volta, mais permanência no local para apreciar e sacar fotos por 120 pesos argentinos, ou seja, aproximadamente 60 reais para 2 pessoas (R$ 30,00 por cabeça). Voltamos para o povoado de Purmamarca, fomos almoçar, o calor era intenso, conhecemos um pouco da cidade e depois fomos fazer uma caminhada por um lugar chamado Paseo de los Colorados ou Cierro 7 Colores. Esse passeio é incrível, tem-se uma vista exuberante de toda a Quebrada de Humahuaca, montanhas imponentes, fizemos a caminhada bem devagar e tiramos muitas fotos, é super tranquilo, não precisa contratar guia e é possível fazer sozinho e a pé, pois fica junto ao povoado. No final da tarde voltamos para Tilcara e a noite caminhamos um pouco pela cidade. Gastos do dia R$ 86,00.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219111756.JPG 500 333.333333333 ]Purmamarca[/picturethis]

 

[FlickrSlideShow][/FlickrSlideShow]

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219112045.JPG 333.333333333 500 ]Pintura rupestre em Huachichocana.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219112310.JPG 500 333.333333333 ]Cierro 7 Colores.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219112600.JPG 500 333.333333333 ]Cierro 7 Colores.[/picturethis]

 

21/12/2011 Fomos conhecer a Garganta del Diablo em Tilcara. Saímos do hostel 08:15 da manhã e voltamos às 13:45 para o povoado. É um lugar bastante conhecido em Tilcara, fomos a pé por entre montanhas e cactos e mais uma vez um destaque especial para as paisagens. Nesse dia fazia muito calor, céu azul o dia inteiro e melhor para caminhar pela manhã. O trajeto de Tilcara para a Gargante del Diablo é de 4 quilômetros de ida + 4 quilômetros de volta e não tem como errar o caminho, somente perguntar aos moradores como chegar até lá. Na ida o trecho tem algumas pequenas subidas, o chão é irregular com muita areia o que dificulta um pouco, mas nada que impeça ou comprometa a caminhada. A Garganta del Diablo é muito impactante, são fendas por entre montanhas, se assim posso dizer. Tem também um riacho que corre por entre montanhas e seguindo o mesmo, caminhando + ou - por 15 minutos há um bifurcação de montanhas e do riacho. Seguindo pelo lado esquerdo se chegará uma pequena cachoeira de + ou - 15 metros de altura. Retornamos para o povoado, almoçamos e descansamos na parte da tarde. Gastos do dia R$ 47,50.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219114722.JPG 500 333.333333333 ]Caminho para a Garganta del Diablo.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219115018.JPG 500 333.333333333 ]Fendas na Garganta del Diablo.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219115309.JPG 333.333333333 500 ]Cachoeira.[/picturethis]

 

22/12/2011 Saímos cedo de Tilcara e fomos para Iruya (2.780 m.s.n.m), pequeno vilarejo com uma população de pouco mais de 1.000 habitantes e pertence a ProvÍncia de Salta. Outro lugar incrível. Foram + ou - 4 horas de viagem. Não é tão longe, creio que uns 50 quilômetros, mas como parte do caminho é muito irregular por entre as montanhas, muitas subidas, o ônibus que não é dos melhores, demoramos todo esse tempo e chegamos 11:30 a.m. em Iruya. No trajeto para Iruya chegamos a uma altitude de 4.000 m.s.n.m, as paisagens das montanhas são belíssimas e avistamos também criação de vicunhas. É encantador os trajetos de um lugar para outro, vale a pena ficar acordado e admirar a paisagem. É como se tivéssemos contratado um tour, só que estamos indo de ônibus de linha e para onde olhamos vemos paisagens belíssimas, penhascos e abismos que dão um friozinho na barriga. Chegamos em Iruya, uma moça nos abordou e ficamos numa hospedagem chamada El Wichiku, quarto privado, cama matrimonial, banheiro compartilhado, café da manhã incluso, tudo bem simples, mas o suficiente. Da sacada da hospedagem tínhamos uma visão privilegiada da paisagem de Iruya.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219121407.JPG 500 333.333333333 ]Foto da sacada da hospedagem em Iruya[/picturethis]

 

À tarde fomos à um lugar chamado San Isidro (2.900 m.s.n.m), quase 400 habitantes, caminhada por entre montanhas e riachos, sentimos um pouco os efeitos da altitude, muito calor, um pouco de palpitação no coração, muitas paradas para descansar. Para ir e voltar de Iruya para San Isidro demoramos + ou - 5 horas, estávamos um pouco cansados devido as caminhadas diárias. Mas valeu o esforço. Gastos do dia R$ 34,00.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219122224.JPG 500 333.333333333 ]Caminhada para San Isidro.[/picturethis]

 

23/12/2011 Pela manhã ficamos em Iruya, caminhamos um pouco pelo povoado que fica numa montanha, então tudo é subida e descida, há também um mirador no povoado e na parte da tarde, às 13:00 horas, saímos em direção a Humahuaca.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219123027.JPG 500 333.333333333 ]Ônibus de Humahuaca para Iruya.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219123339.JPG 500 333.333333333 ]Paisagem no trajeto de volta de Iruya.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219123729.JPG 500 333.333333333 ]Paisagem no trajeto de volta de Iruya.[/picturethis]

 

Chegamos em Humahuaca (3.012 m.s.n.m) já no final da tarde, perto das 17:00 horas, nos hospedamos em um hostel, quarto privado, cama matrimonial, banheiro privado, televisão e fomos conhecer um mirador perto do hostel chamado Penãs Blancas. Fomos de táxi, custo de 10 pesos argentinos, + ou - 5 reais. Ficamos aproximadamente 1 hora no mirador, a paisagem é bem bonita, as montanhas são brancas, valeu a pena e não precisa pagar entrada para o mirador. Voltamos para Humahuaca caminhando, 30 minutos aproximadamente, andamos pela cidade que é muito simpática, várias praças, comemos algo e à noite apreciei uma apresentação de música local numa das praças. Humahuaca possui vários museus, mas como chegamos no fim do dia não pudemos visitá-los. Há também ruínas em Humahuaca e pinturas rupestres que não conhecemos devido ao curto tempo e para não comprometer o restante da viagem. Gastos do dia R$ 47,50.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219133402.JPG 500 333.333333333 ]Peñas Blancas em Humahuaca.[/picturethis]

 

24/12/2011 Véspera de Natal, saímos de manhã de Humahuaca e fomos para La Quiaca (3.442 m.s.n.m), cidade argentina que faz fronteira com Villazón (3.407 m.s.n.m) na Bolívia. Aproximadamente 2 horas e 30 minutos de viagem. Chegamos em La Quiaca + ou - 11:00 da manhã, fomos até a imigração e passamos a fronteira para entrar na Bolívia. Mudança de fuso horário na Bolívia, 1 hora a menos em relação à Argentina e 2 horas a menos em relação ao horário de Brasília. Contratamos no Brasil uma agência de turismo pela interntet para fazer o passeio pelo Salar do Uyuni na Bolívia. Encontramos a agência, acertamos os procedimentos e sairíamos de trem de Villazón para Uyuni às 15:00 horas. Conhecemos Villazón, muitas feiras, muitas barracas, vendem de tudo, roupas, eletrônicos, perfumes, cosméticos, brinquedos, mochilas, frutas e muito mais. A comida na Bolíva não é tão boa, não há muita variedade também, inclusive para nós que somos vegetarianos. Muita gente prepara e serve a comida na rua, o que não é de boa procedência e creio que não vale a pena arriscar. Outra dica é sempre comprar água e nunca tomar água de torneira. Então caminhamos para a Argentina para comer em La Quiaca, onde pelo menos sempre encontramos muitas empanadas de queijo e tortillas de queijo e verduras. Almoçamos, voltamos para Villazón e fomos para a agência que nos levou para a estação de trem. O trem saiu as 15:00 horas e o trajeto para Uyuni é lindo, belas paisagens, montanhas, várias espécies de cactos, um passeio que recomendo, também um dos pontos altos da viagem, surpreendente, mas não tiramos fotos ::putz:: . O trem passa por Tupiza (3.165 m.s.n.m.), Atocha (3.700 m.s.n.m.) e outros lugares turísticos do sul boliviano. No trem há serviço de bordo, vendem comida e bebida, e com o preço que pagamos para a nossa agência, tínhamos direito a janta. Muito bucólico o passeio de trem, porém muito devagar. Muita pobreza na Bolívia e no trem muita gente suja que parecia que estavam há dias sem tomar banho e que nos olhavam admirados. Chegamos em Uyuni no dia 25/12/2011 à 01:00 da madrugada e a temperatura estava + ou - 15 graus, essa região da Bolívia é um pouca fria, porém não estava tão frio pois era verão. Desembarcamos na estação de trem em Uyuni e tinha uma pessoa da agência nos esperando para nos levar para o nosso hostel. O hostel era simples mas legal, com direito a café da manhã e banheiro privado. Todavia a agência nos prometeu cama matrimonial e no quarto em que iríamos ficar tinha 2 camas de solteiro um pouco maiores que as camas de solteiro que conhecemos. Falamos com um senhor do hostel e dissemos que pagamos para ter uma cama matrimonial e ele nos disse que não tinha mais quartos disponíveis com cama matrimonial. Nos chateamos um pouco com a situação, pois a agência nos assegurou que ficaríamos em um quarto privado com cama matrimonial. Achamos uma falta de organização, pois se contratamos os serviços e pagamos com antecedência, acreditamos que deveriam de cumprir com aquilo que nos prometeram. Essa situação gerou até um pequeno stress com esse senhor de aproximadamente 1,50 metro de altura. Mas fazer o que? Já era noite de Natal, aproximadamente 01:00 da manhã, dissemos a ele que não se preocupasse. Durante o tour pelo Salar tivemos outros pequenos inconvenientes em relação aos serviços contratados e que irei relatar adiante. Uma dica: na Bolívia tem que tomar muito cuidado! Por exemplo: contratamos o serviço de uma agência de turismo para fazer o tour pelo Salar do Uyuni e nos garantiram vários serviços, porém quando fomos usufruir dos mesmos, estes eram muito diferente do que nos asseguraram inicialmente. Deixo outra dica: Perguntar tudo sobre o tour, o que inclui, seja almoço, janta, café da manhã, quarto privado ou quarto compartilhado, por onde e por quais lugares o tour vai passar, tirar todas as dúvidas antes de contratar o serviço de uma gência de turismo, ou de um hostel, ou seja o que for, e se tiver boas referências de um hostel ou uma agência de turismo antes de contratar os serviços, é muito melhor. Se possível, verificar antecipadamente as condições do hostel em que vai se hospedar. Encontramos durante o tour outros viajantes que também reclamaram dos serviços contratados, alegaram que durante o passeio muita coisa que foi prometida pelas agências não aconteceu, ou simplesmente tiveram um péssimo atendimento por parte do motorista que geralmente é o guia também. Coisas da Bolívia! Pagamos nossa tour em dólares que incluía o trem de Villazón para Uyuni com direito a janta no dia 24/12/2011, hospedagem em todas às noites que durariam o tour, que começou no dia 24/12/2011 em Villazón e se encerrou no dia 27/12/2011 às 11:00 da manhã na fronteira com o Chile. Tour de 3 dias pelo Salar do Uyuni (dias 25, 26 e 27/12/2011), sendo o primeiro dia no Salar e outros dias em outras regiões do Uyuni. Café da manhã, almoço e janta inclusos nos dias em que duraram o tour. Creio que pagamos US$ 200,00 por pessoa, bastante caro pois contratamos os serviços pela internet, depois descobri que se contratasse os serviços em Uyuni, os preços seriam bem mais acessíveis, mas tudo bem, faz parte da viagem. Viajando e aprendendo. O Salar do Uyuni está a uma altitude de 3.650 m.s.n.m.

 

25/12/2011 Natal. Pela manhã estava chovendo. Tomanos o café da manhã no hostel e o senhor de pequena estatura que nos servia o desejejum nos fitava com certa curiosidade. Saímos do hostel para ligar para o Brasil e dizer que estava tudo bem Conosco e desejar um bom Natal para nossos familiares. Uma das pessoas responsáveis pela agência de turismo no Uyuni veio nos buscar no hostel + ou - menos entre 09:30 e 10:00 da manhã. Nos despedimos do pequeno senhor e fomos com o responsável pela agência. O motorista que também era guia do tour, buscou outras pessoas pelo caminho que nos acompanhariam no passeio. Fomos à um local onde vendiam artesanatos da região para esperar outras pessoas que também iriam conosco participar do tour e para apreciar os trabalhos manuais. No total estávamos em 7 pessoas para realizar o passeio, sendo nós 2 de brasileiros, uma francesa, um casal, sendo ele australiano e ela alemã, um japonês que veio até a Bolívia somente para conhecer o Salar do Uyuni e o motorista. Foram dias bem agradáveis com essas pessoas. Como estava chovendo, o motorista nos disse que alguns passeios pelo Salar já foram prejudicados pela chuva, pois como no Salar tudo é branco devido ao sal, perde-se a referência das montanhas que as são bases para os motoristas trafegarem. A água da chuva no Salar também prejudica para os carros trafegarem e inclusive alguns passeios pelo tour já foram cancelados por esses motivos. Todavia, por volta das 11:00 da manhã a chuva já tinha passado, o calor estava aumentando e não tivemos nenhum prejuízo durante o tour. Fomos até o Salar. O Passeio é bastante interessante e as fotos valem mais do que as palavras. Tiramos muitas fotos e há muitos turistas de toda parte do mundo que visitam o Salar. É a maior planície salgada do mundo, tem aproximadamente 12.000 quadrados de área, estima-se que o salar contenha 10 bilhões de toneladas de sal e é um dos atrativos mais visitados na Bolívia.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219180312.JPG 500 333.333333333 ] Salar do Uyuni - Morrinho de sal[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219180731.JPG 500 333.333333333 ]No Salar com as bandeiras[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219180935.JPG 500 333.333333333 ]Salar do Uyuni[/picturethis]

 

O motorista preparou o almoço, comemos e continuamos o tour. Disse-nos que poderíamos ir à Isla del Pescado no Salar, que não estava inclusa no tour, mas que cada passageiro teria que dar mais 10 pesos bolivianos para comprar combustível e ir até a Isla. Dissemos que a Isla del Pescado já estava inclusa no tour e que não teríamos que pagar a mais para visitá-la. A francesa que estava conosco também alegou que a Isla estava inclusa no tour. Discussões à parte, motorista dizendo uma coisa, nós e a francesa dizendo outra e outros pemanecendo em silêncio, resolvemos dar os 10 pesos bolivianos para ir até a Isla del Pescado. O stress em discutir essas questões somente atrasava e prejudicava o tour, mas como disse anteriormente, prometeram uma coisa e não cumpriram. Encontramos outros brasileiros durante o tour e que também foram a Isla del Pescado e nos disseram que não tiveram que pagar a mais para conhecer a Isla. Creio que o nosso guia iria alegar que a outra agência já tinha cobrado de seus clientes no pacote do tour o valor para conhecer a Isla. Além de que para entrar na Isla é preciso pagar, mas vale a pena. A Isla del Pescado é uma ilha em pleno Salar do Uyuni, com várias formações rochosas e cactos enormes e milenares.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219222833.JPG 500 333.333333333 ]Isla del Pescado[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219223133.JPG 500 333.333333333 ]Isla del Pescado[/picturethis]

 

Continuamos o tour por outras regiões do Salar, tiramos mais fotos e no final do dia fomos para um povoado chamado San Juan onde nos hospedamos num hotel de sal muito bom. Cama matrimonial, quarto privado, banheiro compartilhado e boa comida. Todo o trajeto até San Juan é acompanhado por lindas paisagens.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219224108.JPG 500 333.333333333 ]Salar do Uyuni[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121219224512.JPG 500 333.333333333 ]Hotel de sal[/picturethis]

 

26/12/2011 Tomamos o café da manhã no hostel e antes das 08:00 saímos de San Juan para continuar nosso tour pelo Salar. O tour seguiria para a região sul do Salar, chamada de Sud Lípez e o mesmo durou o dia todo, se encerrando praticamente às 18:00 horas. Foi um dia em que conhecemos muitas paisagens distintas durante o percurso, muitas paradas para admirar as paisagens e tirar fotos. Pela manhã estivemos em um outro salar que a linha férrea cruza, com lindas paisagens de montanhas e picos nevados ao fundo, depois fomos visitar uma região vulcânica com várias formações rochosas, creio que se chama Valle de Rocas, conhecemos também durante todo o dia em pontos distintos do tour várias lagunas, entre elas as Lagunas Honda, Guinda e Hedionda. Almoçamos e em seguida adentramos no Deserto de Siloli , lugar de encanto com a vastidão de areia e beleza das rochas escúlpidas pelo vento, como a Árbol de Piedra (árvode de pedra). A seguir, fomos a uma impressionante lagoa de águas vermelhas, a Laguna Colorada, que como as outras lagunas, abriga colônias de milhares de flamingos. Além disso, conhecemos uma grande diversidade de plantas do deserto pelo trajeto. Foi um dia incrível, para guardar na memória e encher os olhos. Segue algumas fotos do tour desse dia que valem mais do que as palavras.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220114855.JPG 500 333.333333333 ]Paisagem de San Juan.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220115059.JPG 500 333.333333333 ]Linha férrea que cruza o Salar.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220115411.JPG 500 333.333333333 ]Formações rochosas em área vulcânica.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220115628.JPG 500 333.333333333 ]Laguna Hedionda.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220115903.JPG 500 333.333333333 ]Deserto de Siloli.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220120055.JPG 500 333.333333333 ]Árvore de Pedra.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220120849.JPG 500 333.333333333 ]Laguna Colorada na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa.[/picturethis]

 

E para encerrar o dia tivemos mais um inconveniente. Bom, para entrar na Reserva Nacional De Fauna Andina Eduardo Avaroa tivemos que pagar uma taxa de direito de entrada, mas até aqui tudo bem, pois já sabíamos que teríamos que pagar a parte. Como disse anteriormente, a agência a qual contratamos os serviços nos assegurou tantas coisas e nos disse que dormiríamos em quarto privado, cama matrimonial e teríamos banheiro privado inclusive na última noite do tour. Chegando na Reserva, fomos perguntar ao nosso guia motorista onde iríamos dormir e ele nos disse que teríamos que dividir um quarto grande com várias camas de solteiro com todos os outros viajantes do tour. Ficamos muito furiosos, não porque teríamos que dividir um quarto, mas porque nos sentimos mais uma vez enganados e desta vez foi a gota d'água ::putz:: . Novamente prometeram uma coisa e não cumpriram. Para nós não havia problema em dividir um quarto grande com outras pessoas, mas pagamos justamente um pouco a mais para ter nossa privacidade, e quando vamos usufruir daquilo que nos prometeram, temos toda essa surpresa e desgate. Além disso, o uso do chuveiro não poderia passar de 5 minutos e o motorista disse que teríamos que pagar à parte para usar o chuveiro. Então engrossamos de vez com ele ::grr:: , dissemos que não pagaríamos a mais para usar o chuveiro e que ele desse um jeito nessa situação. Depois de um tempo de discussão e ele falando com outras pessoas responsáveis pela acomodação e dizendo que faria o possível para resolver essa situação, não tivemos que pagar para usar o chuveiro e ele conseguiu um quarto grande de uso compartilhado só para a gente. Disse-nos que iria pagar do bolso dele para que a gente usa-se o chuveiro e tivesse nossa privacidade e para que a gente não ficasse de cara feia um com o outro. Duvido que ele pagou do bolso dele. Creio que cobrar à parte de cada turista pelo uso do chuveiro é um meio pra ganhar um dinheirinho por fora. Pior era outras pessoas olhando a discussão com o motorista, mas a gente só estava reinvidicando aquilo que nos foi prometido, e além disso tínhamos um "voucher" da agência que discriminava que tínhamos pago e teríamos o direito de dormir em quarto privado e mesmo assim ele disse que teríamos que dormir em quarto compartilhado. Brincadeira!::essa:: .

 

27/12/2011 Último dia do tour, acordamos muito cedo, mais especificamente às 04:00 da manhã, pois às 04:30 iríamos ao Sol de Mañana, uma área de geiseres, gases quentes que brotam do solo, expelindo fumaça em direção ao céu. Como o fenômeno acontece bem cedo é preciso madrugar. Passamos por vários lugares da reserva, fomos subindo montanhas, vendo paisagens, a altitude aumentando, flocos de neve, neve, mais neve, isso mesmo, neve. Tive meu primeiro contato com a neve na vida. Apreciamos os geiseres, mas o mesmo foi prejudicado devido a grande quantidade de neve que havia. Depois fomos a um local na reserva para tomar o café da manhã. Neste mesmo local há uma piscina de águas termais onde os turistas se quiserem podem se banhar, cuja temperatura da água alcança os 30 graus. Ficamos pouco mais de uma hora neste local, tempo mais que suficiente para desjejum e banho termal. Em seguida, continuamos o tour, apreciando outras paisagens, montanhas, vulcões, picos nevados, seguimos por uma nova estrada pelo deserto, avistando pedras enormes espalhadas pela areia, conhecidas como as Rocas de Dalí . Já quase chegando no Chile conhecemos a Laguna Verde que fica próxima à fronteira chilena, a mais bonita na minha opinião, a 4.400 m.s.n.m., rodeada de montanhas e vulcões. Por último ficamos na fronteira com o Chile onde um ônibus nos pegaria para nos levar até San Pedro de Atacama (incluso no valor que pagamos para a agência). Nosso amigo japonês voltou com o motorista do tour para o Uyuni para seguir sua viagem, a francesa e o casal que estavam conosco também foram para Sao Pedro, porém em ônibus diferente do nosso. Nos despedimos do motorista e do amigo japonês e ainda demos ao motorista uma gorjeta. Na fronteira com o Chile é possível admirar o famoso Vulcão Licancabur (5.916 metros de altirude). O tour se encerrou + ou - 11:00 da manhã e aproximadamente 12:30 já estávamos em San Pedro de Atacama no Chile (2.400 m.s.n.m.).

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220140852.JPG 500 333.333333333 ]Neve na Bolívia a quase 5.000 m.s.n.m.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220141103.JPG 500 333.333333333 ]Laguna Verde perto da fronteira com o Chile.[/picturethis]

 

Em San Pedro nos hospedamos em um hostel que tínhamos feito a reserva pela internet, simples, quarto e banheiro privado, cama matrimonial, televisão no quarto, cozinha compartilhada, internet na recepção do hostel e wi-fi também. Almoçamos, e na parte da tarde fomos conhecer o museu arqueológico de San Pedro de Atacama, que exibe algumas cerâmicas e artigos de antigas civilizações pré-colombianas que passaram por San Pedro, depois caminhamos um pouco pela cidade e fechamos para o dia seguinte 2 passeios: Vale do Arco-Íris pela manhã e Laguna Cejar para a tarde. Uma dica: Pechinche sempre. Conseguimos descontos nos preços com as agências de turismo em San Pedro, além de que foram muito atenciosos e organizados conosco e todos os serviços foram muito bem prestados. San Pedro é uma pequena cidade de ruas de terra, com pouco mais de 5 mil habitantes e é visitada por turistas de toda parte do mundo. Muito fácil visualizar os extrangeiros caminhando pelas ruas, embarcando ou desembarcando de um tour pela região. Gastos desse dia R$ 214,00

 

28/12/2011 Pela manhã fomos ao Vale do Arco-Íris que é um lugar onde se aprecia uma cadeia de montanhas com várias tonalidades de cor, devido a composição de minerais que se encontram na região. Também vimos formações de rocha vulcânica, paredões, fendas entre montanhas e pinturas rupestres de camélidos andinos, cavalos, raposas e outras figuras esculpidas nas pedras. Nosso tour incluía lanche e fomos acompanhados por um casal de brasileiros de São Paulo. O tour foi de somente 4 pessoas mais o motorista. Esse tour lembra bastante a Quebrada de Humahuaca no norte da Argentina. O motorista-guia do tour que também nos acompanhou em futuros passeios em San Pedro era muito gente boa e atencioso. Foram momentos muito agradáveis com os brasileiros e o nosso amigo chileno.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220144518.JPG 500 333.333333333 ]Desenho rupestre no Vale do Arco-Íris.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220144819.JPG 333.333333333 500 ]Vale do Arco-Íris - desenho rupestre.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220145205.JPG 500 333.333333333 ]Vale do Arco-Íris.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220145402.JPG 333.333333333 500 ]Fendas no Vale do Arco-Íris.[/picturethis]

 

Voltamos para San Pedro, escolhemos trocar de hostel que oferecia quarto privado, cama matrimonial, banheiro, cozinha e lavanderia de uso comum, mas com um astral mais legal. Almoçamos e às 16:00 horas teríamos o tour para a Laguna Cejar, situada aproximadamente 25 quilômetros de San Pedro no setor norte do Salar. Esta lagoa de intensa cor esmeralda contém elevada quantidadade de sal, aproximadamente 40%, e permite que seja possível boiar na mesma. Isso mesmo, não afunda, devido a elevada quantidade de sal na água, muito surreal. Para os mais desavisados tem que tomar cuidado para que a água não entre em contato com os olhos, pois devido a grande quantidade de sal encontrada na lagoa, a ardência nos olhos é diretamente proporcional. Quando saímos da agência de turismo em San pedro para realizar esse tour, conhecemos um curitibano que nos acompanhou durante todo o passeio, trocamos várias idéias e mantemos contato até hoje. Continuando o tour, fomos para um lugar onde se encontram 2 crateras de água doce conhecidas como Ojos del Salar ou Ojos de Tebinquiche e um pouco mais adiante está a Laguna Tebinquiche, cuja quantidade de água depende do degelo e das chuvas. E para encerrar o tour apreciamos o pôr-do-sol da Laguna Tebinquiche, muito lindo, com direito a snacks e pisco sour que é uma bebida típica chilena oferecidos pela agência. Durante todo esse tour fomos brindados por paisagens incríveis da região do Atacama. Os tours em San Pedro na parte da tarde começam às 16:00 horas devido ao imenso calor que faz na região. Gastos do dia R$ 230,00.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220152939.JPG 500 333.333333333 ]Laguna Cejar.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220153132.JPG 500 333.333333333 ]Ojos del Salar.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220153304.JPG 500 333.333333333 ]Paisagem do Atacama.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121220153514.JPG 500 333.333333333 ]Pôr-do-sol com o imponente Vulcão Licancabur ao fundo.[/picturethis]

 

29/12/2011 Acordamos bem cedo, + ou - 03:30 da manhã para conhecer os Gêiseres del Tatio (4.320 m.s.n.m). A agência foi nos buscar em nosso hostel aproximadamente 04:30 da manhã e são quase 2 horas de viagem para chegar aos Gêiseres. Todos os tours para o Gêiser del Tatio são pela manhã, pois o fenômemo ocorre bem cedo. Os Gêiseres de Tatio apresentam uma impressionante atividade de vapor produzidas pelas altas temperaturas de suas crateras aquosas. Se encontra cercado de cerros que chegam aos 5900 metros de altura, realmente uma paisagem exuberante, sem dúvida uma das maravilhas que o deserto do Atacama oferece. Aproximadamente entre às 06:00 e 07:00 da manhã, se produz a máxima expressão de vapor e água, com temperaturas que chegam aos 85°C, e que brotam da terra chegando a uma altura aproximada de 7 a 8 metros. É recomendado aos turistas que levem luvas, gorros, bastante roupa de frio, pois facilmente na região a temperatura está entre 2 graus positivos e 5 graus negativos, senão menos em outros períodos do ano. Como era dezembro e como moro em Curitiba, onde o inverno é rigoroso, não senti tanto frio no Geiser, mas vá previnido. O local também conta com poças de água termal que chegam a uma temperatura de até 40 graus. Muitos turistas e nós também nos aventuramos em nos banhar nas águas termais, uma sensação muito boa em contraste ao frio que faz no local. A agência que contratamos oferece café da manhã logo após o banho termal e que é servido pelo motorista do tour. Nesse passeio, fomos também acompanhados do casal de São Paulo que conhecemos no Vale do Arco-Íris. Em seguida, fomos a uma comunidade chamada Machuca, onde vivem poucas pessoas, para saborear vários tipos de espetinhos e empanadas de queijo de cabra. Todo o trajeto de volta para San Pedro é lindo, lindas montanhas, deserto, abismos, lagunas, animais silvestres. Os gastos desse dia foram R$ 87,50.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221122845.JPG 500 333.333333333 ]Geiser del Tatio.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221124027.JPG 500 333.333333333 ]Águas Termais.[/picturethis]

 

Na parte da tarde teríamos o passeio pelo Valle de la Luna que começou ás 16:00 horas. Foi muito interessante. A 16 quilômetros de San Pedro, este vale é uma extensão de terra e areia avermelhada com formações rochosas singulares. É um dos passeios mais populares na região do Atacama e as paisagens da região são comparadas às imagens que temos da lua. Parte do solo é coberta de sal branco, o que dá a impressão de se estar num ambiente não-terráqueo. O maior atrativo é provavelmente a grande cratera central, onde há uma impressionante duna de areia com um estreito caminho em seu topo, que leva a um dos mais concorridos miradores. Outro lugar que conhecemos nesse tour foi o Valle de la Muerte, de aproximadamente 2 quilômetros de extensão, onde é possível praticar sandboard. Rochas, monumentos naturais e dunas compõem o visual desse lugar. Fizemos várias outras paradas em lugares distintos durante o tour, admirando o deserto e formações rochosas variadas, caminhamos também por dentro de cavernas, e me perdoem se esqueci de relatar algum outro local interessante. Terminamos o tour com uma linda vista do pôr-do-sol num lugar chamado Pedra do Coyote. Segue as fotos:

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221125759.JPG 500 333.333333333 ]Valle de la Luna.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221130042.JPG 500 333.333333333 ]Cavernas no Valle de la Luna.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221130247.JPG 500 333.333333333 ]Valle de la Luna[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221130441.JPG 500 333.333333333 ]Paisagem do Valle de la Luna[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121221130652.JPG 500 333.333333333 ]Pedra do Coyote[/picturethis]

 

30/12/2011 Nesse dia alugamos 2 bicicletas e fomos pedalar. Na parte da manhã fomos conhecer umas ruínas pré-colombianas chamada Pukara de Quitor, que está localizada somente há 3 quilômetros do centro de San Pedro. É um atração menor da região. Das ruínas tem-se uma bonita vista das paisagens do Atacama. Continuando o nosso tour de bike, fomos para um lugar chamado Valle del Catarpe e conhecemos a Quebrada del Diablo. Foi um passeio muito interessante, fomos sozinhos seguindo as indicações das placas no caminho e perguntando aos moradores da região. Muitas agências não oferecem o serviço turístico na região do Catarpe, não sei o porque, pois achei bastante interessante. Assim sendo, muitos turistas vão por conta para conhecer o local, alugam bicicleta, moto ou cavalo para realizar o passeio ou vão caminhando. Como disse, há placas que sinalizam as rotas para que os turistas possam conhecer as regiões do Valle do Catarpe e as paisagens são o ponto forte do trajeto. A sensação de pedalar, caminhar ou andar à cavalo por entre as montanhas e a paisagem bucólica é única, inexplicável. Cada turista pode fazer o trajeto como bem entender, assim não fica preso ao circuito e ao horário estipulado por uma agência. Fomos conhecer um lugar chamado Quebrada del Diablo, é um lugar incrível onde pedalamos por entre corredores de montanhas em zigue-zague, onde algumas vezes tínhamos que nos abaixar (abaixar a cabeça enquanto pedalávamos) pois as montanhas de ambos os lados se encontravam e formavam túneis ou cavernas e para isso tínhamos que nos abaixar para não bater a cabeça. Uma sensação incrível e bem diferente. O esforço em pedalar ou caminhar na região é bastante exigente, pois há vários trechos onde há muito areia e que exige do condicionamento físico e aumenta o esforço. Fizemos também várias paradas devido ao imenso calor que fazia. Não esquecer também de levar bastante água, recomendo no mínimo 2 litros pro pessoa. Não encontramos no Valle do Catarpe algumas vendas para comprar água ou comida, somente depois de muito pedalar vimos uma pequena placa na casa de um morador dizendo que vendia bebidas. Então vá prevenido, nós levamos bastante água e sanduíches, pois saímos de manhã de San Pedro e voltamos quase às 19:00 horas.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121222113908.JPG 500 333.333333333 ]Pukará de Quitor.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121222114117.JPG 333.333333333 500 ]Letreiro Valle del Catarpe.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121222114917.JPG 333.333333333 500 ]Quebrada del Diablo.[/picturethis]

 

31/12/2011 Nos despedimos de San Pedro do Atacama com muitas lembranças. Nosso ônibus saiu em direção à Salta na Argentina às 08:00 a.m. e chegamos às 18:00 horas aproximadamente. Como já tinha relatado anteriormente, quando se viaja de dia de um local para outro, observa-se lindas paisagens por todo o caminho. Vou relatar um pouco sobre isso agora, do que vimos em nossa viagem de San Pedro até Salta. Saímos de San Pedro e todo o trajeto até Salta é fantástico. Aproveitamos para admirar mais uma vez belas paisagens do Atacama, paisagens novas e paisagens que já tínhamos visto. Já na Argentina, porém próximo da fronteira chilena, passamos pelas famosas Salinas Grandes, que é uma das maiores depressões da Província de San Salvador de Jujuy e cuja área corresponde a 12.000 hectares. É a terceira maior Salina do mundo depois do Salar do Uyuni na Bolivia e do Salar de Arizaro en Salta. Situa-se mais precisamente entre os limites das Provincias de San Salvador de Jujuy e de Salta e destaca-se pela imensidão de cor branca. Muitos turistas estavam nas Salinas Grandes tirando fotos e apreciando a magia do lugar. Não muito longe das Salinas Grandes, passamos pela fabulosa Cuesta del Lipán, sendo esse último um caminho sinuoso que une o povoado de Purmamarca com as Salinas Grandes, cujo ponto mais alto alcança os 4.170 m.s.n.m. e que se tem uma vista alucinante da vertiginosa costa em quase toda sua extensão, com morros, montanhas, colinas, quebradas, fauna e flora diversificada. Obra da Mãe Natureza. Passamos novamente por Purmamarca, por uma região onde não tínhamos conhecido anteriormente, revemos boa parte da Quebrada de Humahuaca, passamos por Maimará, até chegar ao nosso destino. Tudo isso em 10 horas de viagem como se fosse um tour contratado, mas era somente o trajeto de um local para outro, onde admiramos belas paisagens por todo o caminho. Chegamos em Salta e nos hospedamos em um hotel na praça principal, muito bom, pois era noite de virada de ano e nos presenteamos com uma boa hospedagem, com direito a café da manhã, TV à cabo no quarto e outras pequenas regalias. Salta estava vazia, as ruas praticamente desertas, quase todos os bares e restaurantes estavam fechados, creio que a maioria dos argentinos estavam esperando a virada de ano em casa. Depois de andar um pouco, encontramos um restaurante aberto e jantamos nossa ceia de ano novo. Uma meia hora antes da virada voltamos para o hotel, chegou o ano novo, vimos os fogos, realmente muitos fogos na virada em Salta e não muito depois disso fomos dormir, estávamos muito cansados.

 

01/01/2012 Ano novo, Vida nova ::hahaha:: . Tomamos o café da manhã no hotel, depois fomos caminhar um pouquinho, voltamos ao hotel para pegar nossas mochilas e nos hospedar em um hostel. Já alojados no hostel, quarto privado, banheiro privado, cama matrimonial, TV a cabo no quarto, internet na recepção, cozinha para preparar os alimentos e com direito a café da manhã, fomos almoçar e tiramos o dia para descansar. Fomos a um bairro de Salta chamado San Lorenzo, a 1.450 m.s.n.m, 30 minutos de ônibus do centro de Salta, muito verde, tranquilidade e atividades para se praticar ao ao livre. Bairro considerado nobre, muito bonito e agradável, com muitos restaurantes e bares, onde muitas pessoas se encontram nos finais de semana para lazer, fazer caminhadas, andar à cavalo, banhar-se em um pequeno riacho, fazer churrasco, etc. O passeio foi interessante, tomanos um ônibus para San Lorenzo e assim tivemos a oportunidade de conhecer alguns bairros de Salta pelo caminho. Em San Lorenzo ficamos + ou - 2 horas, tiramos algumas fotos, comemos empanadas e tomamos sorvete. Voltamos para o centro de Salta, ligamos para o Brasil para desejar um bom Ano Novo, retornamos ao hostel, preparamos algo para jantar e à noite e assistimos pela TV à cabo o programa do Silvio Santos.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121223132714.JPG 333.333333333 500 ]Em San Lorenzo.[/picturethis]

 

02/02/2012 Outro lugar muito interessante para conhecer no noroeste argentino são os Valle Calchaquíes, que são um sistema de vales e montanhas que por 520 quilômetros se extendem de norte a sul pela região central da Província de Salta e extremo oeste da Província de Catamarca. Incrível, pois a esta altura da viagem não esperava conhecer lugares tão maravilhosos, pensei que já tinha visto tudo. Estava enganado. Tomamos um ônibus às 08:00 da manhã de Salta em direção a Cachi que está situado a 157 quilômetros a leste de Salta e com uma altitude de 2.280 m.s.n.m. Foram + ou - entre 3 e 03:30 horas de viagem, por uma caminho lindo e de espetaculares paisagens. O ônibus era muito simples e como praticamente todo o trajeto é subida, faz com que a viagem seja lenta e longa. Em direção a Cachi, passamos pela famosa Cuesta del Obispo, um caminho ziguezaqueante e de subida que passa pela Ruta Provincial 33. As paisagens da Cuesta del Obispo são impressionantes e a cada curva nos deparávamos com paisagens diferentes, admirando picos nevados, abismos, cactos, toda uma fauna e flora rica em diversidade. No caminho também há vários mirantes onde os turistas se agrupavam para tirar fotos, destaque também para o nevado de Cachi, com uma altitude de 6.380 m.s.n.m., a montanha mais alta da região cos Valles Calchaquíes e a 19ª da Argentina. No caminho para Cachi também passamos pelo Parque Nacional Los Cardones onde se pode admirar uma vegetação variada, destaque para os cactos. Todavia, não descemos para entrar no parque, que também apresenta restos paleontológicos e pinturas rupestres. Há turistas que descem no ponto mais alto da Cuesta del Obispo e descem de bicicleta, realizando o famoso Down Hill. Em Salta há agências que oferecem esse serviço também. Chegamos em Cachi e fomos pedir informações pois no outro dia queríamos ir a Cafayate. Para nossa surpresa, não tinha ônibus de Cachi para Cafayate, nem para outra cidade onde poderíamos tomar outro ônibus para Cafayate. Além de que, uma das rotas estava bloqueada, o que impedia o acesso. Tínhamos a opção de contratar um motorista particular, mas o custo seria muito caro. Almoçamos em Cachi e no restaurante encontramos uma família de brasileiros, pai, mãe e filho. Cachi é um pequeno vilarejo muito simpático, há alguns mirantes na cidade e pequenas ruínas arqueológicas de menor expressão. Como não poderíamos ir de Cachi a Cafayate, tínhamos que voltar a Salta. O mesmo ônibus que nos levou, sairia de Cachi às 14:00 horas. Então, não tínhamos muito tempo, somente almoçamos e caminhamos um pouco pelo vilarejo, mas mesmo assim, foi um dia incrível. Voltamos para Salta e fizemos todo o trajeto de volta pela Cuesta del Obispo, nos deleitando mais uma vez com as belas paisagens.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121224090238.JPG 500 333.333333333 ]Cuesta del Obispo.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121224090649.JPG 500 333.333333333 ]Parque Nacional los Cardones.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121224090924.JPG 500 333.333333333 ]Praça de Cachi.[/picturethis]

 

03/01/2012 Nesse dia o nosso destino seria a cidade de Cafayate (1.683 m.s.n.m.) que situa-se no extremo sul dos Valles Calchaquíes na fascinante Quebrada de Cafayate também conhecida como Quebrada de las Conchas, a 183 quilômetros ao sul de Salta. Saímos de Salta + ou - entre 07:30 e 08:00 da manhã e chegamos a nosso destino entre 11:00 e 11:30 a.m. O trajeto de ônibus de Salta para Cafayate passa pela rota nacional 68, com belas paisagens e curiosas formações geológicas durante o percurso. É possível admirar durante o trajeto toda a extensão da Reserva Natural Quebrada de las Conchas, que é uma área de grande beleza paisagística com formações rochosas muito chamativas devido a sua coloração vermelha em razão da alta concentração de óxido de ferro.A quebrada é um acidente geologicamente moderno, produzido por movimentos tectônicos que ocorreram nos últimos mihões de anos. Chegamos em Cafayate, fomos sacar dinheiro no caixa eletrônico e depois fomos procurar um hostel para nos hospedar. Ficamos em um bom hostel próximo a praça principal, ótimo atendimento, quarto e banheiro privados, cama matrimonial, TV à cabo no quarto e internet na recepção. Almoçamos, em seguida fomos ao serviço de informação ao turista que fica na praça principal para obter algumas informações dos atrativos de Cafayate, e depois de escolher, fomos procurar uma agência para fazer o tour pela Quebrada de las Conchas. O tour iniciou às 14:00 horas e se encerrou aproximadamente 18:45. O grupo que nos acompanhou durante o tour era grande, fomos em 2 vans mais 1 carro comum, sendo mais da metade do grupo composto por meninas estudantes do ensino médio de algum lugar da Argentina. O tour foi bastante interessante, com caminhadas, muitas paradas para tirar fotos, muitas perguntas por parte dos turistas e muitas respostas e explicações do guia do passeio sobre as formações geológicas da região. As formações rochosas da Quebrada de las Conchas são as mais diversas, lembram formas de animais, pessoas, casas e destacam-se entre elas o sapo, o frade, o obelisco, los castillos (os castelos), las ventanas (as janelas) que são formações rochosas onde alguns pássaros fazem seus ninhos, entre tantas outras. Uma das formações mais visitadas é o Anfiteatro, que é uma concha acústica natural, uma espécie de caverna sem teto. Muitos grupos musicais e cantores visitam o anfiteatro para fazer experimentações musicais devido à excelente acústica que se obtém da concha natural. Há também apresentações de grupos musicais no local. Bem próximo ao Anfiteatro e também um dos lugares mais visitados da Quebrada, se encontra a Garganta del Diablo, que é uma abertura gigantesca na pedra, bastante impactante, vale a pena conhecer. Voltamos para Cafayate observando mais uma vez toda a extensão da Quebrada. Para os viajantes que vão de Salta à Cafayate ou de Cafayate à Salta pela Rota Nacional 68 e querem economizar, podem admirar toda a extensão da Quebrada no trajeto de ida ou de volta entre as 2 cidades sem precisar contratar os serviços de uma agência. As vantagens de contratar uma agência é poder fazer paradas nos locais para tirar fotos, admirar de perto, ter um guia para tirar as dúvidas e obter informações, compartilhar a experiência com outros turistas, mas neste caso tem que desembolsar para tal demanda. À noite caminhei pelas ruas e pela praça de Cafayate.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121229152256.JPG 500 333.333333333 ]Quebrada de las Conchas.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121229152501.JPG 500 333.333333333 ]Quebrada de las Conchas - Fatia de bolo.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121229152736.JPG 333.333333333 500 ]Anfiteatro.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121229152942.JPG 333.333333333 500 ]Garganta del Diablo.[/picturethis]

 

04/01/2012 Nesse dia ficamos na cidade de Cafayate e acabamos conhecendo alguns atrativos pelo centro. Pela manhã, conhecemos dois casais no hostel onde estávamos hospedados, sendo um deles de brasileiros que vivem no Rio Grande do Sul e que vieram de carro para o norte da Argentina, e o outro casal era um brasileiro do Rio de Janeiro que é casado com uma argentina. Estes últimos são músicos e se conheceram no festival internacional de música que acontece todo o ano em Curitiba. Bom, depois de ter conhecido a Quebrada de las Conchas e a Cuesta del Lipán em Cachi, tínhamos conhecido aproximadamente 70% dos Valles Calchaquíes. Outro lugar que gostaria de ter conhecido, mas não foi possível devido a falta de tempo e também a outros fatores, seria a Quebrada de las Flechas, que é um lugar de formações rochosas de cor branca e o cume das mesmas se parecem com pontas de flechas. Tinha visto na internet algumas fotos da Quebrada de las Flechas e achei bem interessante. Se tivéssemos conhecido a Quebrada de las Flechas, teríamos conhecido todo o Valle Calchaquíes. Há um ônibus por dia que sai do terminal de Cafayate em direção à Angastaco e durante o trajeto o mesmo passa pela Quebrada de las Flechas, onde poderíamos ter ido para conhecê-la e depois esperar o ônibus para retornar para Cafayate. Porém, também só há um ônibus por dia que sai de Angastaco em direção à Cafayate e levaríamos praticamente todo o dia para ir, conhecer e depois voltar da Quebrada de las Flechas. Além de que, tínhamos a informação de que as condições da estrada até a Quebrada de las Flechas não é das melhores. Fui à algumas agências para verificar se haveria algum tour para a Quebrada de las Flechas, mas infelizmente não havia. Não é um tour tão procurado, os turistas vão em peso conhecer a Quebrada de las Conchas e as bodegas de vinho de Cafayate que estão próximas a cidade e talvez por isso ofusque um pouco a Quebrada de las Flechas. Se fosse possível ir de ônibus e conhecer a Quebrada de las Flechas e retornar para Cafayate em uma manhã ou numa tarde, provavelmente teria ido. Tínhamos também a opção de contratar um tour privado, mas sairia caro. Então resolvemos ficar em Cafayate e fazer outras coisas. Mas fica a dica. Almoçamos numa empanadaria que fica a meia quadra da praça principal. Uma delícia. Há + ou - 10 ou 12 sabores de empanadas, e depois se o cliente quiser, pode pedir uma caneta ao dono do local ou ao garçon e deixar a sua impressão na parede. Isso mesmo, pode escrever na parede o que achou do lugar e das empanadas. Há relatos de pessoas de todo o mundo nas paredes da empanadaria, inclusive de brasileiros. Também deixei o meu recado. Vale a pena conferir. Em Cafayate há também tours pelas bodegas de vinho, creio que há 4 ou 5 nos arredores da cidade, onde é possível conhecer todo o processo de fabricação dos vinhos, engarrafamento, desgustação e se quiser, efetuar compras. Os turistas sempre são acompanhados de um funcionário da bodega. Porém, não precisava contratar um tour de uma agência para conhecer as bodegas, há 2 ou 3 bem próximas ao centro e é bem tranquilo ir sozinho. Conhecemos duas bodegas próximas ao centro, sendo que uma delas tinha que pagar um pequeno valor para a degustação dos vinhos. Se não quiser degustar os vinhos pode somente fazer a visitação para conhecer o processo de fabricação e não precisa pagar por isso. Não é algo que me atrai, mas como é uma opção diferente, penso que vale a pena conhecer, pois a visitação é rápida. Para aqueles que gostam de vinho, além das bodegas, é possível encontrar uma grande variedade de vinhos em vários lugares de Cafayate, como mercados, distribuidoras e lojas de souvenirs. Em Cafayate também há muitas lojas e barracas que vendem artesanatos local, onde se encontra de tudo um pouco e também muitos artesanatos de pedras exploradas na região. Aproveitamos esse dia também para fazer umas comprinhas e trazer algumas recordações para o Brasil. Cafayate também é conhecida por seus alfajores e bombons de qualidade, aproveitamos para conhecer algumas lojas especializadas e comprar alguns chocolates. Alfajores e bombons também são encontrados em vários locais de Cafayate. Não deixe de experimentar. Já no final da tarde, fomos à um museu particular que fica 2 ou 3 quadras da praça principal. O museu é de reponsabilidade de uma senhora, que nos explicou que o mesmo foi idealizado por seu falecido marido que explorava algumas regiões de Cafayate e encontrou algumas cerâmicas de culturas pré-colombianas e vários objetos como vasos, baús, pedaços de carroça, armas de fogo e tantas outras coisas do período colonial. Não precisa pagar para conhecer o museu, mas se quiser pode deixar uma contribuição espontânea. Voltamos para o hostel para arrumar as mochilas para o dia seguinte. À noite fomos a um restaurante ao redor da praça principal, onde havia dois músicos interpretando canções da Argentina, e num certo momento, um dos músicos perguntou a cada grupo de pessoas que estava numa mesa, de que localidade era cada um. Até então, todos os clientes responderam que eram de alguma localidade da Argentina. O músico pedia para que todos dessem uma salva de palmas para o grupo de pessoas que responderam de que região eram da Argentina. Quando chegou a nossa vez e dissemos que éramos do Brasil, fomos ovacionados. Sério! A salva de palmas para nós foi maior e os músicos começaram a tocar um samba. Outras pessoas do restaurante nos acenavam. Muito gratificante. Fomos muito bem recebidos, muito bem tratados. O povo argentino é muito acolhedor.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121230231150.jpg 500 375 ]Empanadaria em Cafayate.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20121230231326.jpg 375 500 ]Escrevendo na parede da empanadaria.[/picturethis]

 

05/01/2012 Saímos de Cafayate em direção à Salta + ou - entre 08:30 e 09:00 da manhã, era hora de retornar ao Brasil. Sentia uma nostalgia dentro do peito mesmo antes de voltar para casa e a certeza de uma mudança interna. Passamos novamente por toda a Quebrada de las Conchas. Chegamos em Salta entre 12:00 e 12:30 p.m., fomos almoçar e ainda comprei algumas lhamas de madeira de recordação para presentear. Fazia muito calor, matamos um pouquinho de tempo até esperar o horário de saída do ônibus em direção à Clorinda. Saímos de Salta + ou - entre 16:00 e 16:30 e o valor pago pelas passagens incluía os serviços de lanche e janta. Muitos filmes em espanhol durante a viagem até Clorinda.

 

06/01/2012 Chegamos em Clorinda + ou - entre 08:30 e 09:00 da manhã e pegamos um ônibus em direção a imigração para registrar a saída da Argentina. Fomos com um colombiano que veio conosco no mesmo ônibus de Salta para Clorinda, e depois de efetuar a saída da Argentina e entrada no Paraguai, tomamos juntos um ônibus para Asúncion. Camilo é o nome desse irmão Colombiano, somos amigos até hoje. Nosso amigo iria ficar 2 ou 3 dias no Paraguai e nós voltaríamos para o Brasil nesse mesmo dia. Incrível, neste dia iríamos voltar ao Brasil e não esperava mais nada da viagem que estava se encerrando. Mas as poucas horas que ficamos com esse nosso novo Amigo foi incrível, uma pessoa com um astral e uma energia muito boa e tínhamos a impressão de que nos conhecíamos há muito tempo. Tivemos a oportunidade de conhecer um pouquinho de Asúncion, conhecemos o terminal rodoviário, depois fomos ao centro, conhecemos algumas ruas e avenidas, algumas praças, há Banco do Brasil e Itaú em Asúncion ::hahaha:: , almoçamos juntos e + ou - 14:15 tomamos um ônibus para o aeroporto de Luque. Nos despedimos de nosso Amigo e fomos para o Aeroporto. No trajeto até o Aeroporto tivemos a oportunidade de admirar outros lugares de Asúncion, passamos pela Confederação Sul-Americana de Futebol que fica em Luque e durante todo o trajeto muitos vendedores entravam no ônibus para vender refrigerantes, sorvetes, frutas e outras guloseimas, e também entrou um homem que tocava violão e cantava e depois pedia uma contribuição aos passageiros. Não me recordo o horário de saída do avião para Curitiba, mas creio que saiu aproximadamente 17:00 horas no horário paraguaio e por volta das 19:15 horário de Brasília chegávamos a Curitiba. Fim da viagem.

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...