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Quem me conhece sabe que não tenho freio nos dedos, então se prepare para longos textos, mas com muitas dicas e informações importantes.

 

Para facilitar a leitura, vou dividir esse relato em 3 partes:

 

1) PERU (Lima, Huaraz, Trujillo, Huanchaco e Piura)

2) EQUADOR (Loja, Cuenca, Guayaquil, Baños, Latacunga, Quito e Tulcán)

3) COLÔMBIA (Ipiales, Cali, Armenia, Medellin, Cartagena, Santa Marta, Taganga, Bogotá e Villa de Leyva)

 

Espero sinceramente que esse diário te ajude a planejar sua trip.

 

Estou incluindo o roteiro em formato DOC para que você possa alterá-lo se quiser. As informações nele não estão todas corretas, isso foi o que eu levantei antes da trip, então você deve ler o relato para fazer você mesmo as correções necessárias.

 

Também vai no arquivo em formato RAR, além do roteiro, mapas dos bairros, atrações, metrô …

 

Roteiro Mapas e Guias.rar

 

Boa leitura.

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Na verdade eu queria fazer um mochilão pelo oriente médio (e ainda quero), mas no meio do planejamento, entre março e abril, os preços de passagem aérea subiram demais. Um funcionário da TAM me disse que “deve ser por causa da novela”.

 

Hein? Que? Novela? Nem de TV eu gosto kkk, mas tinha muito brasileiro indo para a Turquia por causa da maledeta novela, que aliás até agora eu nem sei qual é. Quase tive um treco né, porque eu precisava sair de férias e agora nem tinha um destino.

 

Depois de muitos edreamers, skyscanners e decolares da vida … achei um preço fantástico indo para Lima e voltando de Bogotá. Pensei que seria uma ótima oportunidade de conhecer a parte norte do Peru e subir pelo Equador até a Colômbia e mandei bala na compra.

 

Me restou então menos de um mês para planejar algo. Nesse - pouquíssimo - tempo fiquei muitas horas pesquisando, lendo relatos, levantando preços, buscando transportes, atrações etc. Não foi fácil, foi cansativo e não deu tempo de finalizar a parte da Colômbia.

 

O que tinha na minha mochila:

* 1 calça de moleton, 2 calças de tactel, 1 calça impermeável, 1 calça jeans, 1 par de tênis, 1 par de botas, 1 par de chinelos, 1 blusa de lã, 1 anorak com fleece interno, 1 fleece, 2 pares de meia forclaz quechua, 3 pares de meia de algodão, 1 chapéu, 1 touca, 2 cuecas e 2 sungas, 3 camisetas dry, 1 camiseta do Palmeiras, 1 camiseta de algodão manga longa, 2 camisetas de algodão manga curta, 1 toalha de rosto, 1 toalha de banho, 2 bermudas;

* cortador de unha, cotonete, papel higiênico, sabonete, shampoo, escova de dente, creme dental, fio dental, desodorante, barbeador, talco pra os pés, perfume em um vidrinho de amostra grátis, repelente, protetor solar, protetor labial e manteiga de cacau;

* kit de primeiros socorros (aqui tem dicas de como montar o seu: farmacia-basica-kit-de-primeiros-socorros-t3195.html);

* canivete suíço, saquinho zip-lock, pendrive, adaptador de tomadas, celular (para usar como despertador), cadeado com chave, câmera fotográfica e carregador;

* uma mochila de ataque de 22 litros.

 

O que não tinha na mochila e fez falta:

* novamente um caderninho de anotações (nunca levo isso e sempre me faz falta!).

 

O que levei e não usei:

* 1 calça de tactel, 1 blusa de lã, 1 camiseta de algodão e 1 camiseta de manga longa.

 

Vamos comigo?

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Meu vôo saiu dia 11/05/13 às 17:55h e chegou em Guarulhos às 19h num Airbus 319. Fiquei em Sampa na casa de amigos, papeando até quase a hora de voltar para o aeroporto. No domingo, dia 12, o vôo para Lima saiu às 08:30h, com Airbus 330, e novamente passei apuros com turbulência. Cheguei umas 11:30h, e também novamente, com céu nublado.

 

>> FORMULÁRIO DE IMIGRAÇÃO: ainda no avião você vai receber um formulário de imigração com algumas perguntas simples. No guiche da imigração você entrega o formulário e recebe o canhoto com o mesmo carimbo do passaporte. Guarde bem esse canhoto pois ele será necessário quando sair do país. Se não tiver o papelzinho, o valor da multa vai depender do humor do agente na fronteira (boa sorte!).

 

>> LIBERAR CARTÕES: não se esqueça liberar seu cartão de crédito/débito para saque e compra no exterior.

Tentei usar um caixa do aeroporto mas eu não conseguia sacar, dava transação não autorizada. Tentei algumas vezes sem sucesso, fui no centro de informações turísticas pegar uns mapas, voltei para o caixa, e nada. Achei que era problema com o banco e resolvi atravessar a avenida e tentar um banco do outro lado do aeroporto, mas como era domingo, o centro comercial estava fechado e só o mesmo banco do aeroporto é que estava aberto, e o erro era o mesmo.

 

>> ATM FORA DO AEROPORTO: se chegar em um dia de semana, saia do aeroporto pelo lado direito, ignore toda e qualquer pessoa te oferecendo taxi ou querendo te vender algo, cruze a passarela e entre no centro comercial que fica bem em frente. Ali tem várias agências de viagens e vários bancos, inclusive o La Nación, que não cobra tarifa de saque (mas o seu banco pode - e vai! - cobrar).

 

Sem sucesso outra vez, voltei para o aeroporto e vi que tinha mais brasileiros com problemas para sacar, e o que tínhamos em comum? Cartão do BANCO DO BRASIL! Aêêêêêêêê!

Como eu não sabia exatamente qual o problema, era domingo e poderia ser que eu não conseguisse resolver em 1 ou 2 dias, mesmo com câmbio péssimo de 2,44 resolvi trocar U$100.

 

>> CÂMBIO: o câmbio na Plaza de Armas estava por volta de 2,56 e em Huaraz encontrei até 2,65. Troque o menos possível no aeroporto. Confira informações atualizadas no tópico Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos no Peru (leia de trás para frente).

 

Para ter ideia de como nosso realzinho se desvalorizou nos últimos 4 anos, em 2009 consegui câmbio a 2,93! Isso significa que essa viagem vai ficar quase 15% mais cara.

Uma mulher conseguiu sacar 100S. Tentou novamente e conseguiu mais 100. Aí chegamos à brilhante conclusão de que os saques estariam limitados a 100S por vez, e essa brincadeira besta não fica barato. Além dos 14S de taxa que esse banco do ATM cobra, ela pagaria mais R$12 cobrados pelo BANCO DO BRASIL, e o pior, POR SAQUE! Fazendo umas contas rapidinho e arredondando os resultados, para cada 100S de saque a pessoa paga quase 25S de taxas, ou seja, 25% fora o que você já perde com a conversão, é mole?

 

>> CARTÕES DE CRÉDITO/DÉBITO: tenha sempre 2 cartões internacionais devidamente liberados. Um de crédito para o que você precisar usar no crédito, e um SOMENTE DÉBITO para o que você puder pagar debitando diretamente na conta-corrente. Alguns caixas/máquinas no Peru não entendem a multifunção dos cartões crédito/débito, então você pode comprar algo pensando que está pagando no débito, com 0,38% de IOF, mas vai pagar no crédito, com 6,38% de IOF.

 

>> Confira informações atualizadas no tópico Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos no Peru (leia de trás para frente).

 

Fui para fora do aeroporto e lá perto da passarela tentei pegar o ônibus “S” Orion até Miraflores mas esperei um tempão e ele não passou. Os outros que passaram estavam tão cheios que não me caberia com minha mochila. Negociei um taxi por 25S até o Shopping Larcomar, onde liguei para a Lara e nos encontramos daí um pouco. Ah, coloquei uma moeda de 2S no telefone, usei 50 centavos e quem disse que o troco caiu? kkkk

 

>> TELEFONE PÚBLICO: se usar um, coloque moedas de 50 em 50 centavos.

 

Pegamos um taxi até San Isidro (10S) mas achamos melhor seguir até o centro (+5S) na empresa Línea, que já não tinha mais passagens para Huaraz. Descemos dois quarteirões à pé e comprei a última passagem pela Móvil Tours (45S) para as 22:10h. Deixei a mochila no guarda volume próprio deles, gratuito, e pegamos mais um taxi até a Plaza de Armas (4S).

 

Andando pelo centro, encontramos uma feira de gastronomia interessantíssima, com um grupo de música bem legalzinho, programa típico de domingo para os peruanos. Comi uma causa rellena (3S), tomei uma Inka Cola (2S), que tantos odeiam e eu gosto muito, comprei água (2S) e seguimos andando pela região central. Fomos em uma exposição fotográfica na PUC Lima e depois em uma exposição legal de xilografia na Galeria Municipal de Arte Pancho Fierro, ambas gratuitas, e no centro histórico.

 

Papeamos por um longo tempo até começar a escurecer, mas a Lara se foi e eu perdi sua companhia super agradável. Peguei um taxi (7S) para o terminal da Móvil Tours, que fica “em frente” ao estádio UNIVERSITÁRIO. À noite os taxis quase dobram de preço, e muitos deles não aceitam negociar. Dei um pulo no terminal da Flores para comer um choripán (5S) e comprar uma água 2,5L (4S).

 

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Busão saiu na hora certa (isso é raro no Peru, se prepare!) mas eu fiquei do lado do banheiro e bem do lado do motor. Do meu lado direito estava quente por causa do calor do motor e do lado esquerdo estava frio por causa do ar-condicionado muito gelado. Oh vida, oh céus. Fui papeando com a Claire, uma francesa que esteve por 4 meses no Rio de Janeiro, morando em uma favela que não me lembro qual.

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Chegamos umas 5h no terminal de Huaraz meio sem saber onde ficar. Eu ia esperar até amanhecer para procurar algo, mas resolvi perguntar para um gringo se ele tinha reserva em algum hostel e ele tinha no Caroline, que seria minha primeira opção. Como não achamos um telefone público para ligar no hostel e pedir que nos buscassem no terminal (serviço gratuito), rachamos o taxi (5S), que na verdade ele pagou, e aproveitamos que teriam que abrir a porta para ele entrar, já que tinha reserva, e perguntamos se tinha vaga. Tinha de sobra e às 6h já estávamos nós 3 (Claire, Martin e eu) no mesmo quarto, dormindo e babando. Aliás, dormindo e babando só a Claire e eu, porque o Martin já ia sair.

 

>> TELEFONE PÚBLICO: tem um telefone público que utiliza moedas (50 centavos lembra?) logo do outro lado da rua do terminal Móvil Tours. Acho que não vimos porque estávamos meio dormindo.

 

Acordei umas 9:30h e fui tomar banho. Daí um pouco o Teo bateu na porta do banheiro avisando para andar logo porque o café seria servido só até as 10h. Café/Chá, 3 pedaços de pão com marmelada ou manteiga, e um omelete preparado pelo Coqui (apelido comum para Jorge).

 

Cabe aqui um comentário merecido para esse hostel:

1) O Teo te busca no terminal sem custo, a qualquer hora;

2) Chegamos umas 5 e pouco e como tinha cama sobrando, o cara já nos colocou no quarto e NÃO COBROU por isso, mesmo o check-in sendo após o meio dia;

3) Ele foi na porta do banheiro me apressar para tomar o café da manhã, que eu nem estava contando, porque na verdade ainda nem tinha feito o check-in. E também NÃO COBROU o café desse dia;

4) Se combinar, ele te leva no terminal sem custo quando você for embora;

5) Hostel sem bagunça, perfeito para descansar, e por 15S com café incluído;

 

O único porém é que os preços dos tours são mais salgados que outros lugares. Tentei negociar mas a justificativa do Teo é que ele “dá” o café da manhã. Mas espera aí, o café já está incluído na diária, então o que ele faz é só adiantar, pois os tours saem por volta das 6h e o café é a partir das 8h. Uma pena, pois eu poderia ter feito os passeios com ele caso quisesse pelo menos negociar.

 

Comecei a sentir um pouco o cansaço por causa da altitude e percebi que um vidro de dipirona, no meu kit de primeiros socorros, estourou. Retirei tudo da bolsinha, para limpar, e vi que alguns outros vidros estavam estufados.

 

O Martin já tinha saído para a Laguna Churup e a Claire ficou meio mal, também pelo soroche, e não quis sair. Fui dar um rolê pela Plaza de Armas, comprei um amendoin doce (1,5S), desses que tem em toda esquina por lá, e logo cedo presenciei uma briga na Plaza de Armas. E se a polícia não chega dando cacetadas, pelo jeito a pancadaria ia durar um bom tempo, pois mesmo levando borrachadas da polícia, os dois não paravam de trocar socos. Fui no Banco de La Nación e consegui sacar 100S por vez, como a mulher fez no aeroporto, e mais do que essa quantia não era possível. Nos saques, recebi só notas de 100S, que ninguém, em lugar algum, aceita. Então já fui logo dentro do banco, em um caixa, e pedi para trocarem por notas menores.

 

>> NOTAS DE 200 E 100 SOLES: fique sempre com notas menores, pois notas de 200 e 100 quase não são aceitas e até as de 50 você pode ter dificuldade para trocar em alguns lugares. Nem pense em dar uma nota de 100S para um taxista!

 

Continuei andando e cheguei no Mercado Central. Mew, a cidade de Huaraz é feia pra burro, mas o mercado … crédo i cruiz! Acho que é o pior que já vi. Comprei um pacote de folha de coca (1S) e umas Granadillas (6S/kg) que na verdade eu pensei que se chamavam granarillas, com R, pois é assim que eles chamam.

 

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Fora do mercado, comi um menu de lomo saltado (5S), tomei uma Inka Cola (1,5S) e fui no centro de informações turísticas que funciona quase em frente a Plaza. Descobri que fazer a Laguna 69 por conta própria, além de bem mais demorado, poderia sair mais caro do que com agência, pois os preços ficariam mais ou menos 5S de Huaraz até Yungay e mais 15/20S até Cebollapampa - mesmo para peruanos. Fora a volta, que poderia ficar complicada porque o último transporte que passaria por ali sentido Yungay, seria mais ou meeeeeenos às 15:30/16h. Mas poderia passar antes. Ou depois. Ou não passar. Simples assim, tipo de serviço comum no Peru.

 

Fui então procurar um tour para a Laguna 69 e encontrei por 40S na Quechuandes, mas deixei para comprar mais tarde, pois vai que encontrava preço melhor né? Segui para uma lan house (1S/hora) e tanto o Yahoo!Mail quanto o Gmail resolveram me sacanear e não queriam me deixar acessar minha conta. Eu recebia uma mensagem de que eu nunca tinha utilizado aquele computador e aquelas configurações antes, e por isso, eu teria que confirmar meu acesso através de uma resposta secreta ou pelo e-mail alternativo cadastrado nas minhas contas. O froids de tudo é que eu nunca cadastro um e-mail alternativo, e a frase secreta que eu teria que responder, eu não lembrava de jeito nenhum. Perdi um tempão com essa porcaria e ainda fiquei uma semana sem acessar o Yahoo!Mail porque só tinha conseguido lembrar a frase do Gmail.

 

A noite fui dar um rolê com o Martin, comi uma hamburguesa (1,5S) na rua e fomos procurar uma americana que ele conheceu e reservou uma vaga no tour para a Laguna 69. Eu queria ver o preço e se tinha mais uma vaga para mim.

 

A energia tinha acabado e as ruas estavam um tanto escuras, com alguns poucos lugares meio iluminados. Mesmo assim continuamos andando, conversando, e quando chegamos perto de uma praça, vi uns caras (só os vultos na verdade) caindo no chão tropeçando uns nos outros e sairem correndo para nossa direção. Meio sem pensar eu parei e só deu tempo de puxar o Martin de lado. Cada um correndo para um lado, um deles passa por nós, passa um outro correndo atrás, e bem na nossa frente, o cara de trás saca um cano e dá um tiro, quase na minha fuça. Ainda posso sentir o cheiro o cheiro da pólvora kkkkkk

 

Ficamos apreensivos e perdidos, sem saber bem para onde correr, já que estava todo mundo correndo, e como estávamos pertinho do hostel, atravessamos a praça e continuamos andando rapidinho. Tinha um pessoal com umas barraquinhas quase em frente, e me disseram que um era ladrão, que aproveitou a falta de energia e estava roubando quem cruzasse por alí, e o outro era policial.

 

Achamos o hostel mas a garota não estava, voltamos então pela praça, agora com alguns policiais, e seguimos para a Quechuandes, onde eu ia comprar o tour.

Ia, porque nessa brincadeira demoramos muito e já não tinha mais vaga.

Fomos para o hostel dormir.

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Acordei com o Martin saindo para a Laguna 69 e a Claire também estava levantando para ir a Laguna Churup com um pessoal. Resolvi aproveitar a carona e me convidei a ir junto, nem tomamos café. Deu que foram 3 francesas (Claire, outra Claire e Stefania), um francês (Mateo) e uma alemã (Ana). Encontramos a van que subia até Pitec – que nada mais é do que o local onde fica a entrada do Parque Huascarán, perguntamos o preço, que eu já sabia ser 10S, e quando pensei em negociar um desconto para 6 pessoas o Mateo soltou: “Diez? Bueno! Vamos, vamos!”.

 

Demoramos 1,5h em estradas de terra até a entrada da trilha, onde pagamos 5S do Parque Huascarán e nos metemos numa subida interminável, quase infinita de umas 2 horas e meia! A trilha é bacana, mas o que mata mesmo é a altitude, que chega perto dos 4500msnm. Se pensar que você sai de 3900msnm em Pitec, é um BAITA desnível de quase 600msnm em pouco mais de 5km de trilha. Não achei fácil, mas gostei muito!

 

A laguna é linda, mas o sol não deu as caras para mudar a cor da água. Ficamos quase uma hora lá, comi minhas granadillas e não lembro mais o que, batemos um longo papo e resolvemos voltar.

 

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Voltamos em 1,5h mais ou menos, e na volta comecei a sentir uma leve dor na nuca e na cabeça. Não cheguei a ficar ruim, mas ficou aquela dorzinha chata o tempo todo. Chegando “em Pitec”, continuamos descendo por mais 1 hora até Llupa, que é um povoadozinho entre Pitec e Huaraz. Às 16h em ponto passou uma van (3S) e em meia hora estávamos em Huaraz. Precisei tomar um paracetamol, seguido de um belo banho e uma horinha e meia de sono hehehe.

 

>> DE LLUPA A PITEC À PÉ: tem quem vai de Huaraz até Llupa de van (3S) e continua subindo até Pitec, e então faz a trilha. Não acho uma ideia muito boa, pois essa subida dura umas 2 horas no mínimo e não tem nada interessante no caminho. Além disso, quando chegar na entrada do parque vai ter mais umas 2,5h de trilha puxada. Então 4,5/5h por esse trecho na minha opinião não vale a pena.

 

Saí com a Ana, fui comprar pão doce (4 por 1S), granadilla (5S/kg), amendoim doce (1,5S) e mais um pão que não sei o nome e não lembro quanto paguei. Fomos jantar em um restaurante vegetariano que servia menu (6S), mas era ruinzinho que só, e depois ela foi fechar um tour para o Nevado Pisco. Fui com ela para experimentar as roupas e voltamos para o hostel.

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Café/Chá, 3 pedaços de pão com marmelada ou manteiga, e suco de banana preparado novamente pelo Coqui. Saí decidido a comprar um tour para o Glaciar Pastoruri mais barato que os 35S médio que eu tinha visto nas agências.

 

Acabei encontrando na Andean Sky, em cima da hora, por 25S, mas por pouco eu fico sem. Na verdade era um tour quase privado, para um grupo de peruanos de Lima, e só tinha eu e mais um outro lá de gringo :D

 

O guia era uma atração à parte, todo engraçadinho, foi explicando sobre o problema da altitude, e que para amenizar, quem passasse mal teria 3 opções: respiração boca a boca com ele ou com o motorista, com os cavalos, ou a pior delas, mascar folha de coca. A muierada já ficou toda alvoroçada só de falar em respiração boca a boca hahahaha, rachei de rir.

 

Paramos em um restaurantezinho para que quem quisesse, reservasse o almoço para a volta. Tomei um chazinho de coca (1S) enquanto o povo fazia a reserva, e logo depois paramos na portaria do parque para pagar os 5S da entrada. Passamos pela Laguna Patococha, pela fonte de água gaseificada de Pumapampa, que achei extremamente curiosa pois só existe um único local por onde essa água brota! Ninguém ainda achou outra fonte dessa no parque. O gosto é de água com gás, e um pouco de enxofre e ferro, por isso não se pode bebeeeeeer, apenas provar.

 

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Passamos também pelo bosque das Puyas Raimondii, que são as plantas mais altas do mundo e só existem nos Andes. Antes essas plantas viviam 100 anos e chegavam a 20m de altura, mas hoje não passam dos 60 anos e a mais alta mede apenas 16m. Alguma dúvida de que nós estamos matando o planeta?

 

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Depois de umas 3 horas chegamos no estacionamento, e o negócio agora é encarar os quase 2 km de caminhada rumo ao glaciar, que a 5200msnm faz parecer muito mais longe do que realmente é. Quem quiser pode alugar um cavalo (8S) para subir até um certo ponto, depois terá que caminhar uns 400 metros. E novamente, o que mata é a altitude. Na volta pode contratar novamente o cavalo, ou descer rolando :D

 

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Quanto desci do busão começou a chover/nevar. Demorei uns 10 minutos para colocar a calça impermeável e a capa de chuva, e no minuto em que acabei de me vestir, o sol abriu. Andei 10 metros e comecei a torrar, acho que até saía fumaça de mim. Parei para tirar tudo, mas o frio estava forte então fiquei de touca e luvas, além da blusa é claro.

 

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Para quem nunca tinha visto um glaciar, achei o máximo. Fiquei lá embasbacado olhando a imponência da natureza, encontrei um lugar para fazer umas fotos, longe do povão, e fazer meu lanchinho.

 

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Já na volta, papeando com o guia, descobri que houve um desmoronamento grande de gelo há menos de uma semana, e ele sabia disso porque tinha muito gelo boiando na água e uma parte para fora das margens da lagoa estava bem molhada. Sem contar que ele tinha ido lá há uma semana e não tinha gelo na água, só a lagoa mesmo. Descobri também que o cara se chama Rivelino, é fanático por futebol, que o filho mais velho tem o nome de um jogador do Barcelona e o filho mais novo se chama Neymar!

 

A volta a Huaraz é cansativa e demorada, parece que nunca mais vai chegar. Comprei 1 maçã, 1 granadilla e 2 peras (3S), água (3S), tomei banho, perdi um tempinho na internet e fui com o Martin comprar minha passagem para Trujillo (45S) pela Línea. Semi-cama e com serviço de bordo, porque depois da trilha para Laguna 69 de amanhã, eu mereço né? Comprei o tour com a Quechuandes por 40 soles, recebi um mapinha com umas explicações básicas sobre o caminho e pronto.

Jantamos (8S + 1,5S Inka Cola) em uma chifa (cozinha sino-peruana) na Jose de La Mar quase esquina com a Simon Bolivar, meio recuado em uma pracinha, mas estava uma delícia e eles preparam os pratos individualmente no wok, na hora.

 

Já estou quase dormindo em pé.

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Chegou o dia que eu mais esperava: Laguna 69. Fiz um chá de coca, comi um pãozinho e antes das 6h a van chegou. Pegamos mais algumas pessoas, mudamos para um micro-ônibus e antes das 6:30h já tínhamos saído da cidade. Paramos depois de Yungay para o café da manhã e perdemos muito tempo nesse lugar, mais de 40 minutos por conta de uns israelenses malas e lerdos. Chegamos na portaria do parque, para pagar mais 5S, e aqui perdemos mais 20 minutos, outra vez os israelenses malas e lerdos demoraram mais que todos. Odeio excursões!

 

O caminho até a lagoa é cansativo, mas compensador. Antes de chegar passamos pela Llanganuco, que são duas lagoas entre uma espécie de vale cercado pelo Nevado Huascarán, que é o maior dos Andes, pelo Nevado Pisco e alguns outros da cordilheira branca que não sei o nome!

 

A primeira laguna é a Chinanqocha, que tem coloração verde e dizem ser a lagoa fêmea. Linda! Incrível!

 

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Depois de 1km vem a lagoa macho, Orqonqocha, com coloração azul turqueza formada pelas algas abundantes que nela crescem. Se o passeio terminasse aqui eu já estaria satisfeito.

 

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Para quem quiser subir caminhando até a 69, depois dessa segunda lagoa, uns 500 metros à frente e do lado esquerdo da estrada, começa a trilha. Nós continuamos em micro-ônibus até Cebollapampa e o início da trilha a partir desse local é uma descida com degraus até se juntar com uma trilha mais abaixo, que é a mesma de quem inicia lá na estrada, logo depois da segunda lagoa.

 

O caminho é fantástico, com vários picos nevados ao redor, riachos, cachoeiras, lagoas, mudanças repentinas de clima … A vista que se tem quando se está chegando é mais ou menos essa:

 

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Nem parece de verdade né?

 

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Cheguei na lagoa com 2:40h de caminhada. Fiquei um tempo sentado, só admirando, comendo meu lanchinho e de vez em quando ouvia o barulho da geleira imeeeensa rachando. Esse barulho acho que nunca vou esquecer na vida.

 

ABRE PARÊNTESES => Ontem o Martin esteve na 69 e eu perguntei se era frio, pois na Churup eu levei coisa desnecessária e não queria carregar peso à toa. Ele disse que não era frio, não usou blusa e teve gente que até nadou na lagoa. Eu, bem topeira que sou, tirei da mochila as luvas, a touca e não lembro mais o que, mas lembro que tirei esses dois itens porque eles me fizeram MUITA falta! <= FECHA PARÊNTESES

 

O tempo começou a fechar e no mesmo instante em que uma nuvem cobria o sol, dava para sentir a mudança brusca de temperatura. De repente o sol sumiu e eu tive a impressão de que ia começar a chover. Quase não deu tempo de colocar a calça impermeável e a capa, começou a chover. Saí andando bem rápido e a combinação chuva + temperatura baixa começou a deixar minha mão gelada. No começo foi suportável, mas depois de meia hora eu já não sentia a ponta dos dedos. Percebi que alguns estavam ficando branco e outros um pouco roxo, e por mais que eu esfregasse as mãos, não conseguia esquentar nem fazer voltar a cor normal. Comecei andar mais rápido até que a chuva parou. Continuei andando rápido e daí a pouco o sol apareceu meio tímido e começou a me esquentar. Continuei andando apressado, passando por gente do mesmo tour que ainda nem havia chegado na lagoa, até que o sol saiu de vez e a chuva ficou em uma área bem atrás de mim. Mesmo assim meus dedos estavam coloridos, anestesiados e eu sentia pequenas pontadas.

 

Cheguei no micro-ônibus com 2 horas de descida porque parei em um lugar para comer umas granadillas e ficar vendo o gado pastar ao lado do riacho. Como eu desci muito rápido, comecei a ter a mesma leve dor na nuca que tive na Churup. Novamente os israelenses foram os últimos a chegar e mal colocaram os pés para dentro, já saímos.

Comprei um cartão postal (1,5S) do Huascarán para desejar parabéns para meu irmão, jantei rapidinho um menu (5S) com peixe, tomei um chazinho que foi servido de sobremesa, e saí correndo para tomar banho e pegar o busão para Trujillo.

 

Como o Teo não estava no hostel, peguei um taxi (3S) e cheguei quase em cima da hora. Foi servido um kit-lanchinho com suco, bolachas tipo club social e um pedaço de um tipo de pão pullman, que na verdade usei como café da manhã.

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Cheguei no terminal de Trujillo antes das 5h e é claro que não saí, fiquei fazendo hora e tomando meu café da manhã do kit. Estava passando Palmeiras e Tijuana, e como o Palmeiras estava perdendo e já tinha amanhecido, atravessei a avenida e peguei o primeiro busão para Huanchaco (1,5S).

 

>> BUSÃO PARA HUANCHACO: são uns amarelos e com qualquer um que esteja escrito Huanchaco, você chega lá. Na Línea eles param bem na porta (pegue ele do outo lado da avenida), e independente do que os taxistas disserem, ele vai passar, aos montes, faça chuva ou faça sol.

 

Pedi para descer no comecinho da avenida Los Pinos, que é onde estão a maioria dos hostels, mas o único com a porta aberta antes das 7h era o chiqueirinho do My Friend, com cama a 10S no alojamento ou quarto privado a 20S, sem café da manhã. Não sou frescurento, muito pelo contrário, mas não dava para ficar nesses quartos compartilhados não mew. Chorei e consegui um quarto privado com 2 camas e banheiro por 15S, mas que não era nada demais também. Veinha super simpática que me atendeu, mandou eu ir descansar e depois fazia meu check-in.

 

Como tudo estava fechado, deitei um pouco e uma horinha depois já fui procurar o mercado municipal. Tomei café (1,5S), comi um pão gostoso recheado de salsicha (1S), comprei água (1,2S) e perdi um tempo batendo papo com o dono do ponto, cara super bacana que trabalhou em cruzeiros por 7 anos. Encontrei a Claire mas ela ia hoje mesmo a Mancora, então nem demos um role juntos, só nos despedimos.

 

Peguei busão (1S) até a entrada das ruínas de Chan Chan (10S) – até a rodovia na verdade, depois você pega um taxi por 5/10S ou faz como eu, caminha 1,5km à pé - e como não tinha ninguém para dividir um guia (30S), acabei entrando sozinho e fui lendo as placas que estão espalhadas pelo sítio.

 

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Nessa área são 12 palácios, mas a maioria está destruído e Nik-An é o único que realmente dá para visitar. A visita dura mais ou menos 1,5/2h e chapéu na cabeça e muito protetor solar viu, porque o sol resolveu sair com força e me castigar pra valer.

 

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A porcaria da minha lente SIGMA começou a dar problema e quando eu apertava o botão para fotografar, os vidros internamente se movimentavam e a foto saía tremida, desfocada.

 

Voltei da entrada do palácio para a rodovia, caminhando pelos seus infinitos 1,5km, durante 15 intermináveis minutos, debaixo de uns 4 mil graus de quentura, e chegando no ponto, só o 4º busão (1S) resolveu parar para eu subir!

 

Hoje o museu, que é bem pertinho e está incluído no boleto, está fechado, então em vez de voltar para Huanchaco, resolvi seguir para Trujillo e conhecer a Huaca Arco Iris, que apesar de também estar incluído no boleto, não recebe muitas visitas. Desci na avenida Nicolás de Perolas, comprei uma água (1S) e nela mesmo peguei uma van (1S) sentido Esperança. Como não tinha lugar para sentar, fui um tempo em pé, encurvado porque o teto era baixo, e segurando onde desse para segurar kkkkkk. Perguntei pelo 4º paradero, disse que ia na Huaca Arco Iris, mas nem o cobrador nem o motorista sabiam onde era, até que uma chica disse: Huaca Arco Iris é o sítio arqueológico, no 5º paradero. Pronto, me salvou.

 

>> HUACA ARCO IRIS: Para chegar, pegue um busão que passe pela Nicolás de Perolas, sentido Esperança. Peça para descer no SÍTIO ARQUEOLÓGICO!

Na entrada comprei um livrinho (2S) com informações sobre os povos, economia, pesca, agricultura, religião, Chan Chan, Esmeralda, Arco Iris, La Luna etc. Tenho impressão de que esse livinho deveria ser gratuito, pois vi alguns peruanos recebendo quando pagavam a entrada, maaaas. Essa ruína é bem pequena, em 15 minutos já terminei o passeio, e deve ser por isso que quase ninguém vai. De cima dela é possível ver Chan Chan e se tiver coragem de cortar pelos bairros, vai chegar lá primeiro que o busão.

 

Peguei uma van (1S) até pertinho dos correios, para postar o cartão do meu irmão (6,6S) e estiquei até a Plaza de Armas, que é bem bonita. Tinha várias pessoas para prestar informações turísticas, peguei um mapinha e já emendei uma visita ao Museu do Banco Central, de grátis, e bacana.

 

Comprei uns coisinhos de comer (1S) e perguntei a um policial onde tinha busão para Huanchaco (1,5S). Ele me levou até o local onde eles passavam, esperou e solicitou parada de um para eu subir. Não sei bem onde eu estava, mas sei que nessa avenida não era o busão amarelo, então se eu estivesse ali sozinho, provavelmente não saberia que esse busão também servia (e os amarelos não passavam ali perto).

 

Já em Huanchaco, em frente a prefeitura comprei uma passagem para Piura, pela Línea (25S), mais barato que diretamente na própria Línea (35S). Subi na igreja e fiquei lá um tempo vendo a praia e escrevendo algumas anotações, distraído, quando do nada um cara dá uma pancada no sino da igreja e eu quase saio rolando morro a baixo. Caraca, que susto, parecia que eu estava com o ouvido grudado no sino! O cara ficou 23 minutos (sim, eu contei, das 16:45 às 17:08h) batendo: tan tan, tan tan [intervalo] tan tan, tan tan [intervalo] tan tan, tan tan.

 

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Desci para a praia, fria, escura, feia e suja, mas o por do sol …

 

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Tomei banho, lavei umas roupas na pia do banheiro e saí para jantar, cancha de aperitivo, um ceviche (12S) muito muito bom, acompanhado de uma Inka Cola (2S) e das moscas. Não, não tinha moscas no restaurante, mas Huanchaco estava às moscas, não tinha ninguém na rua. Andei pela zona central, se assim podemos dizer, e o lugar que mais tinha gente era o bar do hostel em que eu estava.

 

Ahhh, e em um velório na esquina do hostel. Será que aquelas pancadas no sino eram por causa do velório?

 

>> CANCHA: é um tipo de milho que estoura sem arrebentar a casca. É um milho tostado no azeite/manteiga e servido com um pouco de sal, parecido com a maneira de fazer pipoca. Normalmente acompanha, como aperitivo, o ceviche.

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Acordei cedo e as roupas que lavei já estavam secas. Saí para ver os pescadores nos barquinhos de Totora mas eles não saíram para pescar por causa do mar revolto. Fui novamente no mercado central tomar café (1,5S) na banca do Jenner, que não é o famoso Edward Jenner - ponto número 14 se você quiser ir. Comi um pão recheado de salsicha (1S) e um com frango (1,5S), comprei uma água (1,2S) e fui caminhando, caminhando, passei pelo Parque Victor Raul perto do campo de futebol e continuei pela praia com o sol estralando mamona.

 

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O restaurante El Rey 2, em frente à pracinha logo na entrada de Huanchaco, tem 4 preços de menu, 3 deles com banner pendurados quase um ao lado do outro. Chega ser cômico: Entrada de ceviche + 5 ou 6 opções de 2º prato + refri por 8,90, 10 e 12S. À noite o mesmo menu custa 15S, mas os banners continuam lá.

 

Gastei um tempinho na internet (0,5S), bate papo no hostel, banho e tchau. O busão (1,5S) para ir até a Línea (pára na porta) tem que ser um que tem a placa apenas H. O que tem uma placa H e um coração, não serve! Esse trecho demora de 40 a 50 minutos e no caminho passa pela Universidade Nacional de Trujillo, que tem o muro inteiro, gigante, de fora a fora, desenhado com ladrilhos, tipo um mosaico. Muito bacana, bem feito, e que vale a pena dar uma volta no quarteirão para ver todos os trabalhos.

 

>> DE HUANCHACO PARA LÍNEA: para ir de Trujillo a Huanchaco qualquer busão amarelo escrito Huanchaco serve. Para ir de Huanchado a Trujillo e passar pela Línea, o que tem uma plaquinha com um coração NÃO SERVE. Tem que ser o que tem a plaquinha apenas da letra H.

 

No terminal comi uma empanada de carne (3,5S) e tomei um café “cargado”, mas que independente da “carga”, fica aguado. Saímos um pouco atrasados (normal no Peru), recebi outro kitzinho suco+bolachas+pullman e pegamos a estrada.

 

A rodovia panamericana cruza praticamente toda a américa do sul, então ela passa por várias e várias cidadezinhas, povoados e tem de tudo na rodovia, desde aqueles mototaxis andando a 1km/h, gente parando na pista, caminhões estacionados metade no acostamento e metade na pista, e até um povo jogando bola (de um lado para outro da pista!) eu vi. Assisti Resgate Abaixo de Zero, 172 Horas e O Náufrago. Será que demora essa viagem? kkkk

 

Chegamos em Piura e fiquei perplexo com o trânsito, que é PIOR que o de Lima e de qualquer outra cidade que já passei. Simplesmente um caos. É o maior número de mototaxis por metro quadrado que já vi, passando no semáforo vermelho, virando contra-mão e disputando cada centímetro de espaço até na calçada.

 

Saí correndo da Línea para a Loja e tchãnãnã: não tem passagem. Diante da minha cara de incredulidade misturada com desânimo e preocupação, ela gentilmente me ofereceu um banco do lado do motorista até Macara, onde 3 pessoas desceriam e eu poderia ocupar o lugar. Ótemo, pensei! O preço é 10U$ que eu já tinha visto no site, mas tive que pagar uma inflaçãozinha pela boa vontade né? Ficou em 12US no próximo e último busão, daqui meia hora às 21h, e para pagar em soles ficaria 34S (câmbio inflacionado de 2,83). Ótemo outra vez, pois eu tinha 35,60S. Comprei uma água (1,5S) e me sobrou 10 centavos, que vou trocar na fronteira :D

 

Depois de 30/40min de atraso, saímos e fui até Sulana sentado na poltrona 1, que é mais espaçosa e tem descanso para os pés, normalmente usada para o 2º motorista dormir. Entraram 2 francesas e não tinha lugar para elas. O que? Overbooking? Como são $$$$$impáticas essas atendentes da Loja né? Bom, elas se ajeitaram não sei como lá na cabine, mais uma meia hora de atraso e em Macara, na fronteira, eu tive que mudar de lugar - e elas também.

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Para facilitar a leitura, esse relato está dividido em 3 partes e as informações continuam no EQUADOR.

 

1) PERU – Lima, Huaraz, Trujillo, Huanchaco e Piura

2) EQUADOR – Loja, Cuenca, Guayaquil, Baños, Latacunga, Quito e Tulcán

3) COLÔMBIA – Ipiales, Cali, Armenia, Medellin, Cartagena, Santa Marta, Taganga, Bogotá e Villa de Leyva

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