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Mochileiros, o resumo da viagem foi o seguinte:

 

Duração: 25 dias e 24 noites

Roteiro: Florianópolis, Montevideo, Buenos Aires, Santiago, Cusco, La Paz e Florianópolis

 

GASTO PASSAGENS: U$ 380,13

GASTO HOSPEDAGEM: U$ 135

DEMAIS GASTOS: U$ 506,46

 

GASTO TOTAL: U$ 1021,59

 

 

O gasto total em cada país é apresentado a seguir:

 

BRASIL U$ 212,51

URUGUAY U$ 109,83

ARGENTINA U$ 179,00

CHILE U$ 190,47

PERU U$ 276,53

BOLIVIA U$ 53,25

 

TOTAL U$ 1021,59

 

Para os meus cálculos:

1 U$ = 2,35 Reais = 23 Pesos Uruguaios = 3 Pesos Argentinos = 510 Pesos Chilenos = 3,41 Soles = 8 Bolivianos

 

A viagem toda foi feita de ônibus e nesse meu relato da viagem descrevi principalmente o número de dias que fiquei em cada país, o gasto com hospedagem, passagem de ônibus, táxi e metrô. O país onde fiquei mais tempo foi a Argentina, especificamente Buenos Aires, onde passei o ano novo, no total foram 8 dias e 7 noites, e o país onde fiquei menos tempo foi o Chile, 3 dias e duas noites. Tentei descrever os pontos positivos e negativos dos lugares em que fiquei e das empresas de ônibus nas quais viajei. Inclui também nesse relato os preços de alguns serviços que usei e que julgo necessário para um mochileiro que está fazendo sua pesquisa para viajar. Quanto à documentação para entrar nesses países, tanto no Uruguai, Argentina e Chile apresentei apenas a Carteira de Identidade, mas para entrar no Peru e Bolívia me exigiram passaporte. O gasto com passagens apresentado acima já inclui o gasto com transporte (geralmente táxi) que tive que pegar para atravessar a fronteira de alguns países, porém não inclui os gastos que tive com ônibus, táxi e metrô dentro das cidades. Apesar de sofrer um pouco viajando de ônibus, e algumas viagens terem sido muito longas, valeu muito a pena conhecer todos os lugares pelos quais passei, pelas diferentes culturas que conheci e principalmente pelas amizades que fiz. Eu planejei essa viagem dois meses antes de partir, tentei passar aqui o máximo de detalhes da viagem que podem fazer diferença em tempo e em dinheiro para quem está planejando sua viagem e espero que esse relato ajude aos mochileiros que pretendem viajar, assim como outros relatos escritos por outros mochileiros me ajudaram. Boa leitura mochileiros.

 

Partida (25/12/05): Saí dia 25 de Dezembro de Florianópolis às 16h15min pela empresa EGA rumo a Montevideo. O ônibus era bom, talvez com o melhor serviço de bordo com o qual eu viajei durante todo o trajeto. A empresa serviu lanche (janta e café da manhã) com opções de bebidas durante a viagem. O ônibus chegou a Montevideo no dia seguinte. A passagem custou 191,00 reais.

 

Uruguai (26/12/05 - 29/12/05): O ônibus chegou segunda-feira dia 26 aproximadamente às 11h30min (19 h de viagem) no terminal rodoviário Tres Cruces em Montevideo, troquei dinheiro numa casa de câmbio no terminal mesmo e em seguida tomei um táxi (75 pesos uruguaios) em direção ao Red Hostel (http://www.redhostel.com). Devo dizer aqui que esse lugar, o Red Hostel, foi o melhor lugar em que fiquei hospedado durante todo o trajeto que fiz [:)] (esse hostel não faz parte da rede HI), eu recomendo esse lugar para quem for a Montevideo, acho que gostei mais desse lugar do que da cidade, o atendimento na recepção é de primeira, a diária é de 250 pesos uruguaios, com café da manhã e internet incluído com 5 computadores à disposição da galera, há uma televisão com TV a cabo na sala de recepção e outra na cozinha. Na recepção há mais de 100 filmes (DVD) que você pode escolher e assistir de graça. O pessoal da recepção fornece toalha para tomar banho e mapas da cidade, há uma estante com livros em vários idiomas, baralhos de carta e um violão a disposição para a galera. Na cozinha há uma geladeira, um fogão e panelas à disposição para quem quiser cozinhar. O terraço é bem espaçoso, há uma churrasqueira, redes de dormir e uma mesa e cadeiras pra galera se reunir. Nesse hostel fiquei num quarto compartilhado para 8 pessoas, mas tava bem sussegado, no quarto, estávamos eu, um argentino e mais 3 franceses. O hostel é bem localizado, perto de tudo, a uma quadra dali tem uma casa de informações turísticas. Na avenida principal de Montevideo, que é a Avenida 18 de Julio, é possível encontrar várias casas de câmbio. No hostel encontrei mais 4 brasileiros de Floripa e 3 de Curitiba que estavam indo passar o ano novo em Punta del Este. No dia em que cheguei fui almoçar com mais 3 americanos em um restaurante (150 pesos uruguaios) na parte antiga da cidade, que é chamada de ciudad vieja Para quem for a Montevideo, recomendo visitar o teatro Solis que oferece visitas guiadas gratuitas em espanhol, plaza da independência, palácio do governo, mercado do porto, praia de pocitos, shopping Punta Carretas e o mais importante, o Estádio Centenário, onde ocorreu a primeira copa do mundo. Na terça-feira dia 28 fui visitar a ciudad vieja com mais um argentino e um francês, fomos até o mercado do porto, onde há vários restaurantes para almoçar, e voltamos pela rambla (beira-mar) até o shopping punta carretas. Antes de voltar para o hostel, passamos num mercado e compramos várias cervejas Pilsen (36 pesos a garrafa de 1L), que é a cerveja mais famosa em Montevideo. Na quarta-feira fui de manhã com os 4 camarada de Floripa visitar o palácio do governo e o teatro Solís e a tarde fui com o pessoal de Curitiba visitar o Estádio Centenário (10 pesos uruguaios a entrada) e depois fechamos o dia indo na praia de pocitos. Na quinta-feira dia 29 tomei um coletivo (16 pesos) em direção ao terminal rodoviário Tres Cruces, comprei uma passagem para a cidade de Colônia del Sacramento (160 pesos) pela empresa COT. Enquanto esperava pelo ônibus, comprei uma garrafa de água mineral (12 pesos uruguaios). O ônibus saiu às 11h30min e a viagem durou aproximadamente umas 3 h. Ao chegar ao terminal rodoviário de Colônia, deixei minha mochila no guiche da empresa na qual viajei e fui até o porto marítimo, que fica do lado do terminal, comprar uma passagem para Buenos Aires pelo Buquebus (840 pesos a passagem + 35 pesos de taxa de embarque). Enquanto esperava pelo Buquebus, fiz um passeio a pé pela cidade de Colônia, troquei algum dinheiro numa casa de câmbio, que fica na frente do terminal, aproveitei para almoçar num restaurante (95 pesos uruguaios) e visitar o museu Português. Na cidade de Colônia há 7 museus e a entrada para visitar os 7 museus é de 10 pesos uruguaios. Na frente do porto pode-se alugar motocicletas para andar enquanto se espera pelo barco. O Buquebus saiu às 18h30min e a viagem durou aproximadamente 1 h até Buenos Aires. Há dois tipos de buquebus, o rápido e o lento, o lento leva aproximadamente 3 h para fazer a viagem, porém a passagem é mais barata. Durante a viagem, dentro do Buquebus, há um minimercado pra quem quiser fazer compras e um bar, tomei uma long neck durante a viagem (7 pesos argentinos).

 

Argentina (29/12/05 - 05/01/06): Ao chegar a Buenos Aires, atrasei o horário em 1h devido ao fuso horário, troquei dinheiro numa casa de câmbio e tomei um táxi (6,6 pesos argentinos) para o MilHouseHostel (http://www.milhousehostel.com) . Devo dizer aqui também que esse lugar é show de bola, é bem localizado e o pessoal da recepção é gente fina. A diária foi de 22 pesos argentinos para associados à rede HI, para quem não era associado a diária era de 25 pesos. O serviço inclui café da manhã e internet com 3 computadores. Na recepção é possível conseguir um mapa da cidade e trocar dólares. O hostel é um prédio de 3 andares, possui elevador, há uma televisão com TV a cabo, uma cozinha a disposição da galera, um bar, serviço de lavanderia, telefone público e uma agência de viagens no subsolo. Havia uma galera de brasileiros no hostel de todos os cantos do Brasil, inclusive dois irmãos de Florianópolis. Nesse hostel fiquei num quarto compartilhado para 8 pessoas no primeiro piso, mas depois de quatro dias tive que trocar de quarto pois no quarto dia quando pedi para reservar por mais uns dias, a vaga do meu quarto já havia sido reservada para outra pessoa. O hostel tava lotadaço. E foi bem ruim ter que trocar de quarto, tive que sair dum quarto com 8 marmanjos e me mudar para um quarto para 4 pessoas no qual já estavam 3 mulheres (hehe). No dia 31 de Dezembro, eu e mais um carioca e um goiano fomos até o caminito de ônibus (0,80 pesos argentinos, e detalhe os ônibus só tem catraca eletrônica e você só consegue pagar com moeda de 1 peso, se você só tiver dinheiro em papel você não consegue pagar). O dia estava muito quente, tomamos cerveja Quilmes pra caramba. Depois do caminito fomos almoçar (20 soles) num restaurante chamado "La Ribera" perto do estádio do Boca Juniors. Na virada do ano fomos todos para Puerto Madero onde acho que havia mais brasileiros que argentinos, a festa de ano novo foi show de bola. No dia 1 almoçamos num restaurante italiano chamado Campo del Fiore (20 pesos argentinos) perto do hostel, depois a tarde fomos até a feira de San Telmo e a noite comemos numa rede de pizzas Ughis. Essa rede de pizzaria tem em todo lugar em Buenos Aires e é barata (acho que uma pizza grande custa 4,6 pesos argentinos). Na segunda-feira dia 2 fui de metro (0,70 pesos argentinos) até o terminal rodoviário comprar a passagem até Santiago, pesquisei em várias empresas de ônibus e só consegui passagem para quinta-feira dia 5. Entre os lugares que conheci recomendo visitar a plaza 25 de Mayo, a Casa Rosada, que oferece visitas guiadas gratuitas, a Catedral que contém o mausoléu do general San Martín, o Café Tortoni, um cinema com filmes nacionais (2 pesos argentinos para estudante) na rua suipacha no centro, estádio do Boca Juniors e recomendo também um restaurante no bairro Palermo chamado Red Leaf (Av. Santa Fé 2939), esse lugar é um comedor livre, possui muitas variedades de comida a um preço bom (12 pesos com uma bebida incluída). Então na quinta-feira dia 05 tomei um ônibus para Santiago (130 pesos argentinos) pela empresa El Rápido International. Enquanto esperava na rodoviária, tomei um gatorade sabor pomelo (5 pesos argentinos). O ônibus saiu as 20h00min e chegou às 10h00min do dia seguinte em Mendoza, o ônibus era bom, durante a viagem teve lanche para os passageiros (janta e café da manhã) e assistimos a um filme. Em Mendoza tive que trocar de ônibus e às 10h30min o ônibus saiu em direção a Santiago. Nesse trajeto de Mendoza a Santiago vi paisagens que nunca tinha visto na minha vida ao passar pela Cordilheira dos Andes. O ônibus chegou aproximadamente às 13h30min na fronteira com o Chile "Los Libertadores". O ônibus não serviu almoço durante a viagem. A fronteira estava congestionada, levamos umas 4 h para atravessar e aproximadamente às 19h30min o ônibus chegou ao terminal rodoviário de Santiago (24 h de viagem desde a saída de Buenos Aires).

 

Chile (06/01/06 - 09/01/06): Ao chegar ao terminal, troquei algum dinheiro numa casa de câmbio, acessei a internet (200 pesos) e logo em seguida tomei um táxi (2600 pesos chilenos) em direção ao Hosteling de Santiago (http://www.hisantiago.cl). Devo dizer aqui, ao contrário dos elogios que já tinha ouvido de outras pessoas, que esse lugar foi o pior em que fiquei hospedado durante todo o trajeto, o pessoal da recepção não era nada simpático, não há mapas da cidade na recepção, tem que pagar pelo café da manhã e pela internet. A diária era 5500 pesos para associados ao HI e 6000 para não-associados. Nesse hostel fiquei num quarto compartilhado para 4 pessoas. Nos fundos do prédio há uma mesa de ping pong, um bar e umas cadeiras e mesas pra galera se reunir e tomar uma gelada, só que dava meia noite o cidadão nada simpático da recepção vinha e apagava todas as luzes do lugar convidando a nos retirar. Não consegui dormir direito nenhum dia, pois no quarto onde fiquei havia um europeu que roncava feito um porco a noite inteira, meu vai ronca assim lá na p....... [:(!] . E pra piorar me cobraram uma diária a mais, pois quando cheguei paguei todos os dias para poder ter um controle melhor do dinheiro, só que o cidadão da recepção me cobrou 4 noites ao invez de 3. Apenas percebi no dia seguinte, pois tinha chegado de noite e não parei pra fazer as contar pois tava cansado da viagem. Enfim, o cidadão disse que não podia me devolver o dinheiro e que dá próxima vez que eu voltasse eu ia ter uma diária em haver, resolvi não discutir com o sujeito e não voltar mais pra esse lugar e dou a minha resposta aqui no site dos mochileiros: NÃO RECOMENDO ESSE HOSTEL PRA NINGUÉM. ::vapapu:: No mesmo dia que cheguei encontrei uma galera gente fina do Rio e de SP no hostel, ficamos conversando e tomando gelada até o bar fechar e o cara nos expulsar de lá. Depois disso fomos comer alguma coisa num posto perto dali, comi um sanduíche de jamon y queso (1490 pesos chilenos). Sábado dia 07 acordei cedo, tomei café no hostel mesmo (500 pesos chilenos), era o mais simples que tinha: uma xícara de café com pão e margarina. Até me arrependi, devia ter ido ao café com pernas, aonde a mulherada vem servi café pra você de saia e sutiã. Quando sai do hostel encontrei mais 3 brasileiros de Floripa que estavam indo pra Ushuaia de carro. Andei umas quadras a pé e tomei um metrô subterrâneo (340 pesos chilenos) até o parque metropolitano de Santiago (http://www.parquemet.cl). A entrada no parque com direito a visitar o teleférico San Cristóbal e o Zoológico Nacional foi de 4300 pesos chilenos. A vista que se tem da cidade de Santiago pelo Teleférico é fantástica. Depois de visitar o parque, almocei num restaurante ali perto (5900 pesos chilenos um salmão + uma cerveja). Fui então até a plaza de armas no centro da cidade, e aproveitei para visitar o museo histórico nacional (http://www.museohistoriconacional.cl), a entrada era 600 pesos chilenos (estudante pagava 300 pesos). Perto dali, na rua ahumada havia vários shows de ruas muito criativos, nesta rua é possível encontrar casas de câmbio. Domingo dia 08 tomei café no McDonald´s no centro (520 pesos chilenos) e fui para Vinha del Mar com mais um paulista que conheci lá no parque metropolitano em Santiago, saímos às 09h30min com a empresa Sol del Sur (2000 pesos chilenos), a viagem durou uma hora e meia aproximadamente. Ao chegarmos fomos até uma casa de câmbio a umas duas quadras do terminal trocar dinheiro, depois fomos a uma casa de informação turística. Procuramos um lugar para almoçar e achamos um lugar bem em conta com almoço, refri e sobremesa por 2500 pesos, o restaurante se chamava Enigma, um verdadeiro achado, como disse o Tobia, o paulista que foi junto comigo, comemos um peixe chamado reyneta, que recomendo para quem for a Viña del Mar. Pela parte da tarde fomos a praia de Vinã del Mar, onde pela primeira vez entrei nas águas geladas e nada calmas do oceano Pacífico. Nesse momento, pude perceber o quanto é maravilhoso morar em Florianópolis e poder desfrutar das maravilhosas praias que a cidade tem. Voltei às 20h00min para Santiago pela empresa pulman Bus (2900 pesos), cheguei no hostel, arrumei minhas coisas e fui dormir. Na segunda-feira dia 09 tomei um táxi até o terminal rodoviário San Borja (900 pesos chilenos), tomei café (1000 pesos chilenos) e às 09h00min tomei um ônibus para Arica no norte do Chile pela empresa Pulman (29800 pesos chilenos). Essa viagem para Arica foi muito sofrida, comprei o último assento disponível do ônibus, poltrona 51, e que por sinal estava estragada, a poltrona até reclinava, mas logo em seguida voltava ao normal, ou seja, viajei as 27 h da viagem com a poltrona reta, nem consegui dormir à noite. Ao contrário do que esperava do passageiro ao lado (uma moça jovem, bonita e descomprometida), ao meu lado estava uma mulher já de certa idade com seu filho de 5 anos, o piá até era quieto, só que parecia mais um bujão de gás para sua idade. Então à noite tive vontade de ir ao banheiro, mas não consegui, pois o piá estava dormindo no colo da mulher e não tinha espaço para passar, tive que esperar até o outro dia. O ônibus estava lotadaço, não tinha uma poltrona livre e a maioria das pessoas estava indo para Arica. Durante a viagem, o ônibus serviu almoço (arroz com um peito de frango gelado), chá com bolacha durante a tarde, janta (sanduíche de queso y jamon e refri) e café da manhã (café com alfajor). O dia levou uma eternidade para passar, e a maioria da paisagem que tive pra ver durante a viagem era o deserto do Atacama do lado direito e o Oceano Pacífico do esquerdo.

 

Peru (10/01/06 - 14/01/06): O ônibus chegou aproximadamente as 12h00min do dia 10 ao terminal de Arica (27 h de viagem). Então tomei um táxi (2150 pesos chilenos) para atravessar a fronteira até Tacna no Peru. A viagem durou aproximadamente 1h até o terminal de ônibus de Tacna e além de mim viajaram mais 4 pessoas no táxi. Ao chegar a Tacna, tive que atrasar o horário do relógio em duas horas devido ao fuso horário. No terminal de Tacna troquei dinheiro numa casa de câmbio, comprei a passagem para Cusco numa agência de viagens (23 dolares) e já reservei o hotel para dormir uma noite em Cusco (27 soles). A rodoviária de Tacna é bem feinha, enquanto esperava pelo ônibus, usei internet que era liberada nessa agência de viagens e almocei no restaurante da rodoviária (12,5 soles). O banheiro dessa rodoviária não possuía água encanada, coisa comum em muitos lugares do Peru. O ônibus saiu as 18h00min de Tacna e chegou as 05h00min da manhã do dia 11 em Puno, que está a 3800 m de altitude. Devo dizer aqui que senti uma leve dor de cabeça devido à altitude e passei frio nesse lugar, tava frio pra caramba, eu estava sem agasalho, apenas com duas camisetas, a sorte é que consegui um cobertor emprestado na rodoviária. Enquanto esperava até as 08h00min para pegar outro ônibus até Cusco, comprei um gorro (3 soles) e aproveitei para tomar um café continental (5 soles) no piso de cima do terminal, aonde se encontram os banheiros. Então às 08h00min saí de Puno pela empresa San Luis, e finalmente cheguei aproximadamente as 16h00min do dia 11 quarta-feira em Cusco. O ônibus não serviu almoço durante essa viagem Somando as horas desde que saí de Santiago, incluindo as duas horas de atraso do fuso horário ao chegar ao Peru, levei 57 horas, uma verdadeira aventura que acho que nunca mais vou me esquecer. Até esse dia então não havia pegado nenhum dia de chuva desde que saí do Brasil. Quem for fazer essa viagem (Santiago a Cusco), recomendo que seja paciente, é uma viagem muito longa, e recomendo que vá preparado para o frio porque em Puno tava frio pa caraio. Ao chegar à rodoviária de Cusco, havia um guia turístico me esperando com o meu nome escrito numa folha. Então tomamos um táxi (2 soles) até o hotel Milenium, ao chegar no hotel tomei um mate de coca para evitar os efeitos da altitude. Esse hotel não era nada de mais, ficava a uns 20 minutos a pé da Plaza de Armas, não tinha café da manha, mas só para passar uma noite estava bom demais, fiquei num quarto individual com banheiro. Depois de descansar um pouco no hotel, saí à noite para comer numa pizzaria italiana chamada Romana (10 soles a lasanha e 4 soles uma taça de vinho). Logo em seguida fui até a agência de viagens do guia turístico e comprei um pacote para visitar Machupicchu pela Agencia Reserv Cusco Ltda. Em Cusco há três passeios interessantes para se fazer: 1) excursão ao Vale Sagrado dos Incas; 2) excursão a Machupicchu; 3) Citi Tour. O pacote todo me custou 133 dólares e incluía os seguintes serviços: excursão ao Vale Sagrado dos Incas; excursão a Machupicchu com duas noites de hospedagem num hotel em Águas Calientes com café da manhã; passagem de trem para Águas Calientes de ida e volta, ingresso e visita com guia a Machupicchu e o Citi Tour. No dia seguinte, guardei minha mochila no depósito do hotel, e fiquei com minha mochila tipo escolar, saí para tomar café num mercado ali perto (2 soles) e às 09h00min um microônibus da agência de viagens veio me buscar no hotel para a excursão ao Valle Sagrado dos Incas, que incluiu visitas aos sítios arqueológicos de Saqsawaman, Pisaq e Ollantaytambo. Quem for fazer esse passeio por agência de viagem, aconselho a verificar se está incluído no pacote o almoço, pois após visitarmos Saqsawaman e Pisaq, fomos almoçar e eu era o único no microônibus que estava sem almoço incluído, e os restaurantes perto dali são caros, paguei 47 soles pelo almoço, uma facada. Em Ollantaytambo tive que comprar o boleto turístico de Cusco (70 soles, 35 soles para estudante). Após visitarmos Ollantaytambo (acho que devia ser umas 16h00min), o microônibus da excursão seguiu para Chinchero e depois Cusco, porém eu e outras pessoas ficamos em Ollantaytambo esperando o trem que sairia às 20h00min para Águas Calientes. Enquanto esperava na praça da cidade, conheci um casal de brasileiros e uma argentina, que me emprestou um agasalho, porque estava muito frio e eu estava apenas de camiseta. Aproveitei para trocar algum dinheiro e tomar um café continental (6 soles). Aproximadamente às 21h45min o trem chegou em Águas Calientes, logo que os passageiros descem do trem começa o assedio por parte dos moradores de águas calientes em oferecer pousadas, havia ofertas de pousadas de até 10 soles por um pernoite. Eu segui para o hotel que estava reservado em meu pacote (Hotel InkaTambo), cuja diária só para informação era de 35 soles. Na sexta-feira dia 13 acordei às 04h30min da madrugada, tomei café da manhã no hotel e subi a pé com um guia o caminho até Machupicchu, chegamos lá às 06h45min h. Logo em seguida chegou o outro guia turístico para apresentar Machupicchu para o nosso grupo, eu + dois argentinos + duas suíças. Passei o dia em Machupichu com mais um casal gente fina do rio que conheci no trem na ida para Águas Calientes, nem vou comentar nada do lugar que acho algo impossível descrever em palavras. Voltei por volta de 15h30min a pé para o hotel em águas calientes debaixo de uma chuva forte, e cheguei todo molhado no hotel. Então já sabem, quem for a Machupicchu tem que legar CAPA DE CHUVA. Na sexta-feira à noite fui jantar com o casal do rio numa pizzaria (17 soles) e acabamos encontrando os dois caras de SP que nos emprestaram a bandeira do Brasil para sacar foto em Machupicchu e que por coincidência estavam no mesmo hotel que eu. Sábado dia 14 acordei cedo para pegar o trem às 05h40min de volta para Ollantaytambo. Ao chegarmos lá eu e mais dois casais brasileiros pegamos um táxi para Cusco (40 soles, 8 soles cada um). Depois de almoçar com os dois casais no restaurante El Fogon na rua Plateros (8 soles), resolvi finalmente comprar um agasalho (30 soles), e fui fazer o Citi Tour às 13h30min, que incluiu visitas ao Convento de Santo Domingo (3 soles para estudante), Catedral de Cusco (8 soles para estudante), Saqsawaman e Tambomachay. Ao voltar à Cusco peguei minha mochila no hotel e fui de táxi (3 soles) para a rodoviária de Cusco e às 22h00min tomei um ônibus para La Paz pela empresa Litoral (120 soles). Quero dizer aqui que comprei essa passagem na quarta-feira dia 11 na agência de viagens onde comprei o pacote para Machupicchu, depois que embarquei no ônibus perguntei para uns argentinos quanto eles pagaram pela passagem, e um pagou 60, o outro 70 e o outro 75, quer dizer, paguei caro e acho que o preço é conforme o freguês. Então, quem for ao Peru, NÃO COMPRE PASSAGEM EM AGÊNCIA DE VIAGEM. Outra dica que dou para quem está querendo ir a Machupicchu é pesquisar bastante as coisas na hora de planejar sua viagem e ir a Machupicchu de forma independente, quero dizer, sem precisar comprar nenhum pacote turístico em Cusco, dessa forma, você vai conseguir economizar uma boa grana. Então, pela manhã o serviço de bordo do ônibus serviu mate da coca com bolacha Club Social. Após passar a fronteira com a Bolívia, adiantei o horário do relógio em 1 h, paguei 1 boliviano para entrar na Bolívia. Cheguei a La Paz dia 15 Domingo às 13h00min.

 

Bolívia (15/01/06 - 16/01/06): A minha intenção era ficar 1 dia em La Paz, mas como o tempo estava ruim e eu não me agradei muito com a visão que tive da cidade, também estava com saudade do Brasil, resolvi ir embora e comprei uma passagem para Santa Cruz para às 17h00min (120 Bolivianos) pela empresa Cosmos. Eu fiz uma pesquisa de preços, e a passagem para Santa Cruz estava entre 100 e 150 Bolivianos. Para você ter uma idéia de como é a coisa, a pessoa que sentou ao meu lado pagou 150 Bolivianos pela mesma passagem que eu paguei 120. Cheguei em Santa Cruz dia 16 segunda-feira às 08h30min (15 h de viagem), tomei um táxi até a estação de trem (40 bolivianos) e as 13h30min saí de Santa Cruz pelo trem da morte (115 Bolivianos Classe Pullman) em direção a Quijarro, onde cheguei dia 17 às 09h00min da manhã (20 h de vigem). Essa classe Pullman é a melhor que tem, tinha televisão, só que não passou filme nenhum. Essa viagem de trem também foi sofrida, o trem viaja a 60 Km/h, parece que às vezes vai sair dos trilhos, chega a encostar na vegetação de vez em quando. Toda hora tem gente que passa de vagão em vagão vendendo comida, vendem de tudo, frango com arroz, água, refri, picolé, doce, empanada, café, e ficam a viagem inteira indo e vindo de vagão em vagão. Eu não comi nada, passei as 20 h de viagem só com uma garrafa de água que comprei ainda meio cabreiro no trem. O trem faz uma parada de 20 minutos, onde o pessoal pode descer para fazer lanche, eu desci também só que não me animei muito com o churrasquinho feito na beira da calçada e acabei não comendo nada. Ao chegarmos a Quijarro, eu e mais um catarinense de Lajes tomamos um táxi até a fronteira (10 soles, 5 cada um). Ao chegarmos à fronteira paguei 10 Bolivianos para sair da Bolívia.

 

Brasil (17/01/06 - 18/01/06): Depois de cruzarmos a fronteira, adiantei o horário do relógio em 1h devido ao fuso horário, e tomamos um táxi até a rodoviaria de Corumbá (30 reais, 15 cada um). Na rodoviária troquei alguns dólares, deixei minha mochila no deposito da rodoviária (2 reais) e fui almoçar com o outro catarinense num restaurante perto dali (12 reais). Depois de quase 25 dias, finalmente comi aquele arroz com feijão, o dia estava quente e acho que a cerveja que tomamos foi a melhor dos últimos tempos. Saí de Corumbá às 13h30min pela empresa Eucatur (61,91 reais) em direção a Campo Grande. O ônibus chegou lá aproximadamente às 19h30min (6 h de viagem), quando chegamos tomamos um banho num hotel na frente da rodoviária (3 reais), depois saímos e jantamos numa churrascaria ali perto (12 reais). As 23h15min tomamos um ônibus para Curitiba (118,60 reais) pela empresa Eucatur e chegamos lá as 16h00min (16 h de viagem). Então, as 17h00min tomei um ônibus para Florianópolis (46 reais) pela empresa Catarinense e finalmente as 21h00min cheguei firme e forte a tão bela Florianópolis que não troco por nenhum lugar desses que conheci. ::otemo::

 

Aquele abraço.

Editado por Visitante
  • Membros
Postado

Oi Zé, ótimo relato, com muitos detalhes essenciais para quem está planejando a trip! Mas o melhor de tudo mesmo foi te conhecer, vc é a PAZ em pessoa!... Um beijão...

  • 5 meses depois...
  • Membros
Postado

Fala rapá.. puts, usei muita coisa aí pra fazer o roteiro da minha!!!

Pretendo conhecer CHile e Argentina, 1 mês de viagem, tentando priorizar o Chile.

 

 

Valeeeeu

  • 3 anos depois...
  • Membros
Postado

E aí Mochileiros,

 

Valeu aí pelos comentários. Seguinte eu estava a mais de 1 ano sem acessar o site e nao recebi nenhuma mp no meu email, vou postar aqui as respostas que dei a dúvidas que recebi por mp que acredito ser útil para outras pessoas. Na epoca que escrevi meu relato nao havia como postar fotos, hoje parece que já há essa opcao. Assim que der, vou postar umas fotos da viagem. E qualquer dúvida podem perguntar que acessarei o site com mais frequencia de hoje em diante.

 

Abcs

 

MP1

 

E ai, queria a sua opinião se o trajeto fosse feito ao contrario começando pela bolivia, você acha que mudaria os valores. Estou pensando em seguir seu relato e fazer o trajeto parecido em fevereiro

 

abs

 

 

Resposta:

 

Seguinte, em termos de valores, se vc seguir o mesmo trajeto, creio que nao mude muita coisa nao. Agora, em termos de tempo, se vc sair de Floripa, seguindo o mesmo trajeto fazendo a direcao contrária, vair demorar muito mais tempo para vc chegar ao 1o destino interessante (Cuzco no Peru) do que levaria para chegar a Montevideo.

 

Abcs

 

MP2

 

quando você foi nesse mochilão de Montevideo, Buenos Aires, Santiago, Cusco e La Paz, lembra se seria possível fazer todo o trajeto de carro, saindo do Brasil pelo Chui e voltando por Corumbá?

 

Resposta:

 

Seguinte, eu creio que daria pra ir de carro legal até Santiago no Chile. De Santiago no Chile até Tacna na fronteira com o Peru, eu já acho um pouco arriscado de carro, há poucas cidades neste trajeto, é deserto de um lado e oceano do outro, nao vi muito posto de gasolina e restaurantes, por exemplo, muito uteis quando se viaja de carro. E o transito no Peru e na Bolívia é um tanto caótico, desorganizado, eu lembro que o onibus entrou em cada quebrada no Peru, que meu Santo........Enfim se quiser ir de carro creio que deva fazer um bom planejamento.

 

Abcs

  • 3 anos depois...
  • Membros
Postado

Essa viagem foi realmente uma aventura! Fiquei com peninha de vc. Fiquei cansada só de ler o seu relato. Quando a pessoa viaja sem conforto (avião, hotel) não traz boas lembranças. Viagem não pode trazer sofrimento, cansaço. E quando se viaja para outros países é preciso saber falar um pouco do idioma local. Um amigo meu, carioca, viajou pra França e voltou falando mal dos franceses. Pudera, foi mal educado. Os franceses são super polidos. Já viajei várias vezes pra França e fui super bem tratada. Mas eu procuro me expressar na língua deles. Desejo que tenhas mais conforto da próxima vez :wink:

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