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Mochilão Mashi - Peru e Equador em 33 dias


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[t1][align=center]MOCHILÃO MASHI

PERU E EQUADOR

DEZ/2010 E JAN/2011[/align][/t1]

 

[align=justify]“Mashi” é uma palavra quéchua que significa amigo. Existem muitas variações do quéchua, esta tradução é para o usado pelos indígenas equatorianos. Gosto de dar um título para os meus relatos e acho que esse traduz muito bem o que significou essa viagem. Fizemos essa viagem a Luana, o Junior e eu saindo do Rio de Janeiro, e mais o André e o Rafael saindo de Santos. Tudo começou há mais ou menos 6 meses atrás, quando começamos a viajar juntos com mais outros amigos pelo Brasil (Mamão Papaya, amo vocês!!). O Junior, o André e eu nos conhecemos através do Mochileiros.com, a Luana que estuda comigo na faculdade e o Rafa que é amigo do André completaram o grupo.

 

A idéia da viagem surgiu quando André, Rafa e Junior resolveram escalar o Cotopaxi (Equador), que é o maior vulcão ativo do mundo. Escalar um vulcão de quase 6.000 metros está bastante além das minhas capacidades atléticas, mas como o roteiro incluía também outros lugares que eu tinha vontade de conhecer me convidei para a viagem, e aí a Luana também animou pra subir o vulcão e acabou que fomos todos parar lá.

 

 

O Roteiro

Lima (3 dias)

Huaraz (7 dias)

Trujillo e Huachacho (2 dias)

Montañita (5 dias)

Guayaquil (1 dia)

Cuenca (3 dias)

Baños (3 dias)

Quito (9 dias)

 

O roteiro saiu bem parecido com o que tínhamos planejado antes de ir, apenas com pequenas mudanças da quantidade de dias em cada cidade. O objetivo principal da viagem, que era a subida do Cotopaxi, acabou não sendo realizado por nenhum de nós, porque sentimos a altitude e também o dinheiro pesou, já que para contratar uma agência para a subida ao cume custa de $175 a $200. Para quem se interessar o esquema é o seguinte: A subida é feita em dois dias. No primeiro se vai até o refúgio e dorme-se cedo, para acordar cerca de meia-noite para o ataque ao cume, e no dia seguinte por volta das 10 da manhã se está de volta ao refúgio. A subida não é muito técnica e pode ser feita mesmo por quem não tem experiência com alta montanha, mas é necessário um bom preparo físico e uma boa aclimatação à altitude, pois a subida é difícil e a maioria das pessoas acaba voltando antes sem conseguir o objetivo.

 

 

Gastos antes da viagem

Comprei as passagens aéreas pela TACA. O trajeto Rio de Janeiro – Lima / Quito – Rio de Janeiro saiu por $639, convertidos em R$1.144,87. A TACA é uma boa empresa, os aviões são um pouco mais confortáveis que a média, e o serviço de bordo foi muito bom. Minha intenção inicial era conseguir as passagens com milhas, mas nem a Gol nem a TAM emitem para o Equador. O Junior resolveu pegar ida e volta por Lima com as milhas, mas eu achei que não valia à pena e preferi guardar as milhas para serem mais bem usadas e outra ocasião.

 

Em dinheiro levei $500, comprados com cotação de 1,82, totalizando R$920. O restante saquei lá com o cartão de crédito. Prefiro não levar tudo em dinheiro por segurança. Vale lembrar que no Peru existe uma limitação de saque para quem é cliente do Banco do Brasil. É possível sacar, mas somente uma quantidade pequena de cada vez, o que faz com que o gasto em taxas seja alto. Se você ligar pro Banco do Brasil para se informar provavelmente eles vão dizer que isso não existe e que pode sacar sem problema nenhum, mas não acredite. Na primeira vez que fui ao Peru tive muitos problemas por causa desse limite. Dessa vez fiz o teste e novamente não consegui sacar no Peru com cartão do BB.

 

O restante dos gastos está relatado ao longo dos dias. Estou colocando valores inteiros, mas muitas coisas foram divididas, diminuindo o gasto da viagem, o que é uma das grandes vantagens de viajar em grupo, além da companhia dos amigos é claro hehe.

 

Não reservamos nenhuma hospedagem, nem mesmo para o ano novo em Montañita (na verdade nós tentamos reservar mas fomos enrolados, veja mais abaixo).

 

[linkbox]Relato do Junior: Huaraz e Caraz - Verdades e Mentiras[/linkbox][/align]

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[align=justify][t3]Dia 1 – 17/12/2010 – Chegada em Lima[/t3]

 

Eu e a Luana saímos do Rio às 6:50 e chegamos em Lima às 9:00, meia hora antes do horário previsto. Na imigração encontramos com o Rafa que chegou logo depois, também adiantado. Lá mesmo no aeroporto trocamos dólares por soles a 2,81, o que não é muito diferente do que se consegue no centro. Pegamos um táxi (s/ 55) até a casa do Cláudio, que nos hospedou pelo Couchsurfing, ele mora em um bairro chamado Monterrico, que fica mais ou menos próximo do centro e de Miraflores. Os táxis do aeroporto são muito caros, então o Cláudio ligou para um radiotáxi e combinou com eles de nos buscar. Chegando na casa do Cláudio encontramos com o André, que havia chegado no dia anterior.

 

O Cláudio é super simpático e divertido, e gosta muito de hospedar viajantes, a casa dele está sempre cheia. Nós quatro ficamos alojados na sala, e além de nós haviam dois franceses que estavam dormindo no quarto do Cláudio. Ficamos a manhã na casa conhecendo o pessoal, e de tarde saímos para passear no centro.

 

Pegamos um táxi até a Plaza San Martin, muito bonita, toda branquinha, e de lá caminhamos até a Plaza de Armas pelo Jirón de La Union, que é uma rua que tem vários prédios históricos bem conservados, quase todos comerciais. Na Plaza de Armas, também conhecida como Plaza Mayor, ficam o Palacio de Gobierno, a prefeitura e a Catedral. O mais interessante é a visita da catedral, que inclui um guia apenas pelo preço da gorjeta. A visita foi bem legal, vale a pena.

 

Na Jirón de La Union tem uma loja da Saga Falabella, que vende eletrônicos a preços bem mais em conta que no Brasil. Aproveitei para comprar um memory card porque tinha esquecido o meu em casa, e saiu por s/ 69 um de 4Gb da Sony, o que sai por uns 40 reais, muito mais barato que nas lojas do Brasil.

 

Mais tarde voltamos para a Plaza San Martin, fizemos um lanche no KFC (ao longo do relato vão perceber que eu adoro comer porcaria hehehehe) e depois fomos para um bar bem legal de futebol que tem na praça chamado Estadio. A decoração do bar é muito bonita, com direito a estátuas de Pelé, Ronaldinho Gaúcho, Maradona, Zidane e Messi. Lá nos encontramos com o Cláudio e os franceses, e tomei Pisco Sour, bebida tradicional do Peru, tem que ser provada! A noite não foi muito longa porque estávamos muito cansados, havíamos acordado de madrugada para pegar o vôo, e ainda por cima com o fuso horário nosso dia foi 3 horas mais longo. O Peru e o Equador estão 2 horas a menos que o Brasil, mas como nós estávamos em horário de verão, que eles não tem, a diferença aumentou.

 

Gastos do dia:

Táxi do aeroporto para Monterrico: s/55

Pizza Hut: s/15

Táxi de monterrico para o Centro: s/7,50

Entrada da Catedral + gorjeta do guia: s/10 + s/2,50 (totalizando s/10 pelo grupo)

Água: s/1,50

Ligação para o Brasil: s/2,50

KFC: s/14,90

Bar Estadio: s/17,50 (dois Pisco Sour)

 

Fotos

1- Plaza San Martin / 2- Túmulo do conquistador espanhol Francisco Pizarro na Catedral de Lima

 

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[align=justify][t3]Dia 2 – 18/12/2010 – Um dia com o Pacífico[/t3]

 

No segundo dia de viagem fomos conhecer os bairros mais turísticos de Lima: Miraflores e Barranco. Saímos de manhã mas já tarde, cerca de 11:00 e fomos até o Barranco, o objetivo era caminhar pela orla até chegar no Larcomar ou no farol de Miraflores, que são bons lugares para ver o por do sol.

 

Barranco é um bairro boêmio, com muitos bares e artesanatos. Os grandes destaques da região são a Ponte dos Suspiros e o Mirante para o Pacífico que fica perto da Igreja. Para atravessar a ponte pela primeira vez tem que prender a respiração durante toda a travessia, assim ao chegar no final você ganha direito a um pedido realizado!

 

Em Barranco tem alguns lugares muito baratos para almoçar, mas não sei dar as indicações porque chegamos lá meio perdidos, perguntando para todos na rua. Os franceses haviam dado a dica de que ali haviam lugares com menu por s/5, que é na verdade uma feirinha de qualidade duvidosa, mas fora da feira há alguns restaurantes na mesma rua por preços similares. Acabamos comendo um menu de s/6, com mais 1,50 da bebida, acho que foi a refeição mais barata da viagem!

 

Em seguida fomos caminhando por uma avenida que margeia toda a costa pelo alto do paredão de pedra. Durante todo o caminho há vários jardins e canteiros de flores, de modo que Lima nos pareceu uma cidade muito bem cuidada, e com vistas encantadoras. Eu diria que esse passeio caminhando de Barranco a Miraflores é a parte mais interessante de Lima, e no final dele nos perguntamos como pode alguém não gostar dessa cidade.

 

Chegando a Miraflores já dá para perceber uma mudança na paisagem, que vai passando de casarões antigos para prédios modernos cada vez mais altos. O primeiro ponto turístico de Miraflores nesse trajeto é o Larcomar, que tem uma vista muito bonita do Pacífico e um ambiente muito agradável, com vários cafés bonitos mas também muito caros.

 

Seguindo em frente, após o Larcomar cruza-se uma ponte, nesse ponto vale a pena desviar um pouco do caminho para tirar belas fotos. Após atravessar a ponte entre um pouquinho pela rua, vai haver uma escadinha que tem uma vista muito bonita na parte da tarde. Volte para a beirinha da praia e logo depois estará no Parque Del Amour, que na verdade é um parque bem pequeno mas agradável. Mais um pouco após o parque chega-se ao Farol, outro ponto com bela vista para o Oceano Pacífico. O tempo estava nublado e infelizmente não pudemos apreciar o pôr do sol.

 

Já estava anoitecendo e então pegamos um táxi para ir até o Parque de La Reserva, onde fica o Circuito Mágico Del Água. É um espetáculo completo de água, luz e música, com várias fontes, incluindo um túnel de água onde se pode passar e jatos para as crianças brincarem de onde saem todas encharcadas. Lá está também a maior fonte do mundo. Vale a pena a visita, sempre de noite.

 

Gastos do dia:

Taxi de Monterrico para Barranco: s/17

Almoço: s/7,50

Sorvete de carrinho de rua: s/3,50

Café Havana no Larcomar: s/14

Táxi de Miraflores para Parque de La Reserva: s/13

Entrada Circuito Mágico Del Água: s/4

KFC: s/15 (Outra vez... se estiver com fome em Lima olhe em volta, vai haver um KFC!)

Táxi do Parque para Monterrico: s/12

 

Fotos

1- Ponte dos Suspiros / 2- Caminho para Miraflores / 3- Vista do Larcomar / 4- Circuito Mágico del Água

 

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[align=JUSTIFY][t3]Dia 3 – 19/12/2010 – “A obra lá de casa”[/t3]

 

Pela manhã fui até o Museo Oro Del Peru, que fica na mesma rua onde mora o Cláudio em Monterrico, pra quem está hospedado no centro ou em Miraflores fica um pouco longe. O museu é muito legal, mas a entrada é muito cara (s/33) então só vale a pena para quem gosta muito mesmo, essa visita eu fiz sozinha. Depois encontrei com os outros para almoçarmos ali perto mesmo, na Calle Primavera, que é a rua principal perto do museu. Comemos um menu de 8 soles com bebida e sobremesa muito gostoso, fica ao lado de uma rede de fast food que não me lembro qual é, bem pertinho do museu.

 

De lá pegamos um táxi para ir até a Movil Tours onde compraríamos passagens para Huaraz no mesmo dia. Em Lima não existe rodoviária, então para comprar as passagens tem que ir diretamente nas empresas de ônibus. Compramos o ônibus econômico, saindo às 21:10 de Liama com destino a Huaraz.De lá seguimos em táxi para Miraflores para conhecer a Huaca Pucclana.

 

A Huaca Pucclana é a ruína de um templo feito de adobe. Não é tão interessante tanto do ponto de vista arquitetônico quanto histórico. Foi aí então que a Luana soltou a pérola do dia: “Parece a obra lá de casa”. O valor da entrada inclui visita guiada.

 

Aproveitamos que o tempo estava melhor e fomos mais uma vez ao Larcomar para poder ver o pôr do sol no pacífico, ainda com algumas nuvens, mas bastante bonito, e de lá tomamos um táxi de volta para a casa da Cláudio, pegamos nossas mochilas e nos fomos a Huaraz, um dos momentos mais esperados da viagem.

 

Gastos do dia:

Museo de Oro: s/33

Almoço: s/8

Passagem Movil Tours Lima-Huaraz econômico: s/35

Huaca Pucllana: s/10

Janta Burger King: s/14,90

Táxi do Larcomar para Monterrico: s/11

 

Fotos:

1- Museo de Oro / 2- Huaca Pucclana / 3- Vista do Pacífico (ponte próxima ao Larcomar citada no dia anterior)

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  • Membros de Honra

Sam, muito boa essa foto da vista do Pacífico!!!

Nossa, a Luana cometeu essa gafe? ::lol4::::lol4::::lol4::

Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-incaico, muito conhecido!!!!

 

Sam , teu relato tá muito bom: técnico, detalhado e bem-humorado. As good as we gets!!!!!

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