Membros Rafael Paiva Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 (editado) INTRODUÇÃO Fala galera! Vou relatar aqui a viagem que fiz com um amigo pela Bolívia (La Paz, Uyuni e Copacabana), Chile (San Pedro do Atacama e Arica) e Peru (Arequipa, Chivay, Cusco e Machu Picchu). Um mochilão pela América do Sul sempre fez parte dos meus planos e a ideia se tornou realidade quando outro amigo (Daniel - DSS, também membro deste fórum) topou! Nossa ideia era simples: juntar dinheiro ao longo de um ano, fechar o roteiro e embarcar pra quase um mês de viagem pelos Andes! Para quem curte conhecer extremos, esta viagem é ideal. As paisagens passam de deserto a neve, lagos a mar, cidades caóticas a vilarejos, vulcões a florestas fechadas, centros históricos a centros modernos... Separei o relato por dia para ficar mais simples. Ao final de cada dia, coloquei os gastos detalhados na moeda específica e valor em real (USD: dólar – 1 USD = R$2.18/ B$: boliviano – 1 B$ = R$ 0.30/ $: peso chileno – 250$ = R$ 1 e S/.: novo peso peruano – S/. 1.25 = R$ 1) assim como alguns endereços importantes (como agências e restaurantes), fotos e dicas. A ideia é que pessoas que ainda não conhecem esta região que fica tão próxima se animem e embarquem o mais rápido possível para lá! O mochilão aconteceu entre os dias 21/12/2012 e 13/01/2013. O roteiro da viagem foi o seguinte: PARTE 1 – BOLÍVIA E CHILE Dia 01 – Juiz de Fora (MG) - São Paulo (SP) - La Paz (BOL) Dia 02 – La Paz (BOL): City Tour - Uyuni (BOL) Dia 03 – Uyuni (BOL): Salar de Uyuni Dia 04 – Uyuni (BOL): Lagunas Altiplânicas Bolivianas Dia 05 – Uyuni (BOL): Geysers - San Pedro do Atacama (CHI) Dia 06 – San Pedro do Atacama (CHI): Laguna Cejar, Ojos del Salar & Laguna Tebinquinche Dia 07 – San Pedro do Atacama (CHI): Salar de Pujsa & Salar de Tara Dia 08 – San Pedro do Atacama (CHI): Salar de Atacama & Lagunas Altiplânicas Chilenas Dia 09 – San Pedro do Atacama (CHI): Passeio de bike & Valle de la Muerte/Valle de la Luna Dia 10 – San Pedro do Atacama (CHI): Subida ao Vulcão Lascar PARTE 2 – PERU Dia 11 – San Pedro do Atacama (CHI) - Arica (CHI) - Tacna (PER) - Arequipa (PER) Dia 12 – Arequipa (PER): City Tour Dia 13 – Arequipa (PER) - Chivay (PER): Valle del Colca Dia 14 – Chivay (PER) - Arequipa (PER) Dia 15 – Arequipa (PER) - Cusco (PER): City tour e Sítios Arqueológicos Dia 16 – Cusco (PER): Salineras de Mara & Moray Dia 17 – Cusco (PER): Pisac e Ollantaytambo - Pueblo de Machu Picchu (PER) Dia 18 – Pueblo de Machu Picchu (PER): Machu Picchu - Cusco (PER) Dia 19 – Cusco (PER): City tour - Copacabana (BOL) PARTE 3 - BOLÍVIA Dia 20 – Copacabana (BOL): City tour Dia 21 – Copacabana (BOL): Isla del Sol Dia 22 – Copacabana (BOL) - La Paz (BOL) Dia 23 – La Paz (BOL) - Estação de esqui mais alta do mundo, Chacaltaya Dia 24 – La Paz (BOL) - Downhill de bike pela Estrada da Morte Dia 25 – La Paz (BOL) - São Paulo (SP) - Juiz de Fora (MG) Este incrível video foi feito pelo Daniel, com imagens do mochilão.. Ele mostra muito bem o que foi esta viagem!! Antes de começar o relato detalhado, vou falar de algumas dicas gerais: 1) Por ser uma região com uma altitude bem elevada, todo mundo que não está acostumado acaba sofrendo com o "mal da altitude" também conhecido como soroche. Os sintomas são basicamente enjoo e falta de ar (subir três degraus já é um sofrimento!). Mas com o tempo você acaba se adaptando! 2) Nunca confie que seu cartão de crédito vai funcionar. Nossos cartões não eram aceitos no Peru (nos disseram que nenhum cartão com chip funciona por lá, mas não sei) e isto quase foi um pesadelo para a viagem. Tivemos que recorrer ao Western Union. Então a dica é sempre levar dinheiro vivo. 3) Ao levar dólares, sempre lembrar de levar notas intactas! Qualquer rasgadinho já é motivo para o vendedor não aceitar o dinheiro. 4) Na entrada de cada país, todo mundo preenche um documento na alfandêga e acaba ficando com um canhoto. Nunca jogue este canhoto fora! Guarde sempre em local seguro. Você terá que devolvê-lo ao sair do país e caso você perca, terá que pagar uma multa! 5) Por não ter taxímetro, o preço da corrida do taxi deve ser combinado antes. E pode ser que este preço mude ao longo do trajeto (dependendo de como está o trânsito, por exemplo). Por isso é importante que o preço fique bem claro!! 6) Antes de fechar a diária em hostels/hotels, sempre peça para ver o quarto antes! E sempre confira se a água do chuveiro é quente mesmo! 7) Um grande problema das viagens de ônibus é a segurança. Ouvimos diversos casos de pessoas que foram roubadas enquanto dormiam. Então é importante se atentar para algumas dicas: o preço da passagem de ônibus não é tão cara assim, então sempre tente comprar de empresas melhores (indico algumas neste relato); sempre coloque cadeado nas mochilas; nunca coloque sua mochila no chão do ônibus... tente mantê-la sempre no seu colo; 8 ) Pechinche! Pechinche em tudo... Passagens, compras, hotéis... Conseguimos bons descontos por sermos brasileiros e por chorarmos descontos... Talvez seja por isso que os brasileiros são famosos por serem mãos-de-vaca! 9) Eu não sou fluente no espanhol, mas mesmo assim deu pra me virar tranquilamente! E também dava para recorrer ao inglês quando a coisa pegava... 10) Não deixe de conhecer os seguintes lugares: a) Machu Picchu (o lugar é mágico), b) Vulcão Lascar (a escalada não é tão impossível assim), c) Downhill Estrada da Morte (é surreal!!!), d) Laguna Tebinquinche, e) Isla del Sol (outro lugar mágico!) e f) Salar de Uyuni. Já não considero tão interessante assim conhecer o Valle del Colca (a única vantagem é a de conhecer os famosas terraças... De resto, é um tour com o único intuito de tirar dinheiro de turista) Os gastos finais com cada país foram o seguinte: Passagem e outros gastos - Brasil R$ 1252 Bolivia - R$ 761 Peru - R$ 1354 Chile- R$ 1075 Total - R$ 4442 - (sem contabilizar gastos com roupas) Bora detalhar a viagem então! Observação: As fotos que postei aqui são minhas e também do Daniel (DSS). Aproveitando o espaço, obrigado Daniel pela dedicação aos preparativos do mochilão! PREPARATIVOS Escolhemos a empresa aérea Boliviana de Aviación por ter sido o melhor preço encontrado na época. Compramos as passagens em junho/2011 e pagamos R$ 837,42 pelos trechos: (IDA) São Paulo Cochabamba (BOL) La Paz (BOL) e (VOLTA) La Paz (BOL) Santa Cruz de La Sierra (BOL) São Paulo. Por ser uma empresa nova, ficamos um pouco receosos, mas o resultado foi incrivelmente dentro do desejado. O atendimento de bordo é excelente (principalmente quando comparado aos encontrados em empresas brasileiras) e tivemos apenas alguns problemas “normais” com atrasos. Eu comprei minhas passagens por telefone via depósito bancário (Banco Itaú) e acabei não pagando uma taxa que meu amigo pagou por ter comprado pela Internet. Além disso, verificamos se estávamos em dia com as vacinas. É importante que todo viajante tenha vacina contra febre amarela (pelo menos 10 dias antes da viagem) e no aeroporto mesmo ele deve pegar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) junto ao posto da ANVISA. Em nenhum momento da viagem nos pediram para apresentar este certificado. Mas é melhor não correr o risco! É de graça e bem rápido para fazer... Também fizemos um plano de assistência médica, mas felizmente não precisamos usá-lo. E finalmente, para tentar amenizar os efeitos de altitude (quase 4.000 metros lá nos Andes), tomamos o acetazolamida (famoso Diamox) um dia antes de embarcar (e continuamos tomando na viagem). GASTOS: Passagem SP – La Paz & La Paz - SP - R$ 837.42 Seguro saúde - R$ 130.20 Total - R$ 967.62 Dia 1 (20/12/2012) – Juiz de Fora (MG) - São Paulo (SP) - Chochabamba (BOL) - La Paz (BOL) Primeiro dia do mochilão! E ele não poderia começar melhor: uma viagem de mais ou menos seis horas de Juiz de Fora até o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Isto na verdade foi fichinha perto da duração das viagens que estávamos prestes a enfrentar... Ao chegar ao aeroporto, fizemos os procedimentos padrões para o embarque e depois de muito consultar, compramos bolivianos (dinheiro, claro!) para facilitar a chegada à Bolívia. E já no aeroporto começamos a sentir o efeito do acetazolamida (Diamox®): pedimos um refrigerante e achamos que ele estava com muito gás. Pedimos para trocar e o mesmo problema continuava. Só depois fomos perceber que este era um dos efeitos do remédio... Depois de uma longa espera que incluiu dormir no aeroporto junto com bolivianos, pegamos nosso voo em direção ao nosso primeiro destino: Chochabamba, na Bolívia! Mais ou menos depois de três horas de viagem, chegamos ao Aeropuerto Intl. Jorge Wilstermán em Cochabamba. Lá mesmo já passamos pela bagunça chamada Imigração Boliviana: ninguém faz fila, todo mundo gritando, nosso voo para La Paz quase saindo, portunhol ainda arranhando... Enfim, conseguimos embarcar para La Paz (com a ajuda de uma funcionária que correu com a gente pelo pátio onde o avião estava). Pouco tempo depois já estávamos no El Alto Aeropuerto (principal acesso para La Paz). O procedimento para pegar um táxi lá é bem tranquilo: você é abordado por meia dúzia de taxistas e negocia o valor ali, sem taxímetro. Fechamos por Bs 15,00/pessoa e então seguimos para nosso hostal que pretendíamos ficar (Hostal Copacabana). O aeroporto fica realmente no alto (4.150 metros de altitude) e no caminho você pode ver La Paz lá “embaixo”. Fomos para Avenida Illampu, chegamos ao hostal e fechamos uma noite. O efeito da altitude já havia se manifestado: Daniel passando muito mal durante a noite (com direito a sonho de invasão de aranhas). Para quem ter alergias como eu, o primeiro susto já chega: cobertores grossos que nunca foram lavados! Mas o cansaço foi tanto que isto foi só um detalhe... Com duas horas a menos, fomos dormir para tentar aproveitar ao máximo o primeiro dia em La Paz. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Hostal Copacabana - Hostal Copacabana - Av. Illampu #734. GASTOS: Passagem Juiz de Fora - São Paulo - R$ 85 Transfer Rodoviária - Aeroporto Guarulhos - R$ 35 Lanche Aeroporto de Guarulhos - R$ 50 Taxi Aeropuerto El Alto - La Paz - B$ 15 = R$4.54 Total - R$ 174.54 Dia 2 (21/12/2012) – La Paz (BOL): City Tour – Uyuni (BOL) Um dos dias mais corridos do mochilão. Acordamos e já fomos para Avenida Illampu comprar o material que iríamos usar ao longo da viagem (principalmente roupas para o frio). Deixamos para comprar em La Paz porque sairia mais barato do que no Brasil. No café da manha já recebemos uma dica de alguns brasileiros: correr para Illampu e comprar roupas de marcas famosas, como The North Face, com as cholitas (nunca as chame de cholas! Dizem que é ofensivo...) que estão espalhadas pelas calçadas. A dica é ir até às 09 da manhã e se preparar para chegar a um acordo sobre o preço. O povo brasileiro do hostal nos disse que estas roupas são originais e estas peças são usadas como pagamento destas cholitas que trabalham nas fábricas. Outras pessoas já falaram que eram “réplicas”. Não sei qual é a verdade... Mas acabamos não comprando nada. Depois desta primeira aventura, fomos a algumas lojas “oficiais” para compras. Com uma boa negociada, consegui comprar mochila, Anorak, luvas impermeáveis, bota, gorro, segunda pele e outros acessórios para o frio. O preço é geralmente dado em dólar com uma cotação indicada pelo próprio dono da loja (mas geralmente não é muito mais que a cotação real). La Paz é uma bagunça. Não tem sinal de trânsito, é uma mistura de pessoas, carros, cachorros e o povo boliviano parece ser um pouco fechado... Mas são apaixonados pelo Brasil (principalmente o futebol). Depois da longa manhã fazendo compras, tiramos a tarde para conhecer um pouco da cidade. Tomamos café no famoso Alexander Coffee (há vários espalhados pela cidade) e seguimos nosso tour caminhando pelos principais pontos ali mesmo no centro. Primeiro conhecemos a Iglesia de San Francisco e depois a Plaza Murillo, com a sede do governo boliviano, muitos pombos e crianças e uma igreja. Cuidado com uma senhora nesta igreja que te coloca um broche sem pedir licença e te cobra B$ 5 por isso... Se você falar não, ela despeja umas cinco frases incompreensíveis e ameaçadoras... Finalmente conhecemos a colorida e pequena Calle Jaen. E esta rua já era caminho para a rodoviária, nossa próxima parada. Precisávamos encontrar a empresa de ônibus Todo Turismo para fecharmos nossa ida até o vilarejo de Uyuni, ao sudoeste da Bolívia. Demoramos mais tempo do que desejado para acharmos esta empresa. Em uma dessas procuras fomos descansar e comprar água na rodoviária e a mistura do espanhol, mal de altitude e confusão de dinheiro me fez pagar 6 dólares em uma mísera garrafa de água mineral. Parece que ninguém faz ideia de onde fica a Todo Turismo e quando já estávamos sem esperanças, encontramos a porta de vidro do escritório deles (fica realmente de frente para a rodoviária. Só atravessar a avenida). E chegando lá recebemos a feliz notícia de que não haveria tour pelo Salar durante o Natal e nossa única opção seria embarcar ainda nesta noite para Uyuni. Com esta inesperada mudança nos planos, compramos nossa passagem que seria feita em um ônibus com semi-leito, jantar/café da manha e calefação (as saídas são diárias com um único horário: 21h). Depois da passagem comprada, pegamos um táxi e corremos para a Illampu. Uma dica sobre táxi em La Paz: o motorista pode aumentar o preço da corrida se o trânsito estiver pesado... Jantamos no El Viajero e seguimos para o hostal arrumar as malas e descansar um pouco. No horário previsto (uma hora antes da saída do ônibus), chegamos ao escritório da Toda Turismo. Depois de um “pequeno atraso” no embarque, pegamos o ônibus às 22:30h lotado de turistas e malas. No ônibus todo mundo recebe um travesseiro e um cobertor. Neste ônibus encontramos com uma brasileira que vimos no aeroporto ainda em Guarulhos. Estou mencionando isto porque ela vai ser importante em um ponto do relato... Ela estava na poltrona de trás no ônibus e mesmo vendo que éramos brasileiros, ela fez questão de falar espanhol quando o Daniel pediu permissão para abaixar a poltrona... O efeito do dramim já estava pegando, mas mesmo assim consegui jantar: frango com arroz e um molho que não me lembro. É meio complicado equilibrar o prato no suporte da poltrona e comer meio dormindo, mas consegui... ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Loja Tattoo - Av. Illampu #838 2) Loja Fair Play - Av. Illampu, quase esquina com a Calle Mariano Graneros. 3) Alexander Coffee - Calle Potosi #1091; Av. 20 de Octubre #2463; Av. 16 de Julio #1832. 4) Restaurante El Viajero - Não encontrei o endereço dele na Internet. Talvez porque ele é bastante simples. 5) Agência Todo Turismo - Av. Uruguay # 102, Building Paola. Site: http://www.todoturismo.bo/index.php GASTOS: Hostal Copacabana - 24 USD = R$ 52.32 Café Alexander Coffee - B$ 10 = R$ 3.03 Lanche + Almoço El Viajero - B$ 20 = R$ 6.06 Passagem La Paz - Uyuni (Todo Turismo) - B$ 230 = R$ 69.69 Compras roupas - 395 USD = R$ 861.1 Total - R$ 992.2 Dia 3 (22/12/2012) – Uyuni (BOL): Salar de Uyuni Por volta das nove horas da manhã chegamos a Uyuni (parece que 50% dos habitantes são guias). O vilarejo de Uyuni é a porta de entrada para conhecer o Salar de Uyuni (o maior deserto de sal do mundo) e as Lagunas Altiplânicas bolivianas. O ônibus deixa em uma rua já lotada de agenciadores de passeio e a confusão lá é muito grande. Todos te oferecendo pacotes e ameaçando que as vagas estavam acabando e por ser quase Natal, ninguém iria fazer o passeio (depois descobrimos que isso era mentira!). Fomos com a ideia de fechar pela agência Cordillera (por indicações). Não fazíamos ideia de onde ficava a rua onde a agência estava localizada e fomos inocentes ao confiar nas direções dadas pelos outros agenciadores. Claro que foram informações falsas que nos fizeram rodar pelo pequeno vilarejo com mochilões pesados. Já estávamos preocupados com o horário e o nervosismo começou a bater... Mas depois de um tempo, encontramos a tal agência e fechamos o passeio que seria de três dias e duas noites e incluiria Salar de Uyuni & Lagunas Altiplânicas, duas noites em hotel e alimentação. Para o terceiro dia de tour, o trajeto seria Geysers Lagunas Verde Laguna Blanca San Pedro de Atacama (CHI). Fomos informados que havia um protesto entre dois grupos no sul da Bolívia que iria impedir a ida a estas lagunas e consequentemente atravessar a fronteira (próxima à Laguna Verde). A opção seria fazer outra rota que incluiria voltar pelo caminho que iríamos e passar por outra alfândega (Ollagüe). Fizemos o passeio com mais quatro pessoas: duas brasileiras (Paola e Maria), uma australiana (Steph) e um sul africano (Andrew). Nosso motorista foi o Félix e tirando alguns imprevistos (detalhados abaixo), ele foi um bom condutor/guia. Neste tempo de espera, aproveitamos para fazer algumas compras para a viagem: água, biscoito, folhas de coca... O passeio saiu por volta das 10:30h e já de cara tivemos o primeiro imprevisto: fomos parados em uma blitz boliviana. Os policiais não queriam deixar o carro sair... Tinha muita coisa fora de ordem: não havia cinto de segurança para todos, sem extintor de incêndio e o Félix nervoso com os policias. Pronto. Todo mundo já achando que o tour seria cancelado. Eis que o Félix sai do carro, tira um bolo de bolivianos do bolso e nós somos liberados na maior tranquilidade. Ele não quis comentar sobre o assunto, mas claro que percebemos (talvez por sermos brasileiros) o que havia acabado de acontecer ali. Depois de uns minutos, chegamos à primeira parada da viagem: Cemitério de Trens. É um lugar legal, mas perto de tudo que nos aguardava, acabou sendo sem graça. Mas como estava incluso no passeio, nos esprememos entre turistas para tentar as melhores fotos. Depois desta parada, vem uma parada estratégica no povoado de Cochani. Um vilarejo cheio de barracas de artesanato e se pode comprar artesanato feito de sal (comprei um imã que acabou sendo destruído com a umidade brasileira). Depois de lá, seguimos para o Salar de Uyuni. Bons óculos de sol são indispensáveis! A imensidão branca que se une ao céu é incrível! Félix parou no meio do deserto de sal para que pudéssemos tirar fotos (e as famosas fotos em perspectiva) e depois fomos para o círculo no salar onde ficam as bandeiras de diversas nacionalidades. Logo após, seguimos para a Isla del Pescado. Esta ilha fica no meio do Salar e é preciso pagar uma taxa para ter acesso ao local. Antes de entrar na ilha, provamos o almoço preparado pelo Félix: quinoa, salada e vaca. Mas tarde fui descobrir que fomos enganados e que a carne era na verdade de lhama. É uma carne com um gosto mais forte e mais consistente. Depois do almoço, seguimos nossa “escalada” até o topo da ilha. É bem cansativa... Mas conseguimos chegar até lá e visão de lá é ainda mais incrível! Hora de descer e seguir viagem para o hotel. O hotel fica em um pequeno vilarejo, fora do salar. É um hotel todo feito em sal (inclusive as camas), quase sem energia e sem acesso a qualquer meio de comunicação. São quartos duplos com apenas um banheiro com água quente para todo mundo. A fila se forma cedo e como você tem que pagar extra pelo banho quente, você acaba sendo fiscalizado pela “simpática” dona do hotel! É a mesma que pega sua câmera para carregar, mas grita se você invadir sua cozinha procurando por ela. A dica é: antes de ir para seu quarto já peça para que esta senhora carregue seus aparelhos eletrônicos! Tomei banho e o jantar já estava servido na sala: sopa, frango com batata frita e de brinde, uma garrafa de vinho!! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Agência Cordillera - Av. Ferroviaria. Site: http://cordilleratraveller.com/ GASTOS: Compras mercado - B$ 20 = R$ 6.06 Passeio 3 dias/ 2 noites Uyuni/Lagunas - Cordillera - B$ 930 - R$ 281.81 Entrada Isla del Pescado - B$ 30 - R$ 9.09 Banho hotel de sal - B$ 10 - R$ 3.03 Total - R$ 299.99 Dia 4 (23/12/2012) – Uyuni (BOL): Lagunas Altiplânicas Bolivianas Acordamos muito cedo e fomos para a sala para o café da manha. Várias mesas preparadas e como fomos os primeiros, corremos para a melhor (uma que tinha dulce de leche argentino e suco de pêssego). Sentamos, abrimos tudo e percebemos que algo estava errado. O dono do café e outro motorista vieram nos falar (nervosos) que aquela mesa não era nossa. Cada motorista prepara uma mesa para seu grupo. Claro que houve uma calorosa discussão matinal... Sorte que deu tempo de comer um pouco do doce! Acabamos nosso café (metade roubado, metade nosso), colocamos as malas no carro e seguimos para as lagunas. A primeira parada foi na Laguna Canapa. Por ser a primeira laguna, a surpresa foi muito grande. Foi o primeiro encontro com os muitos flamingos... Depois de uns minutos seguimos para a Laguna Hedionda. Outra laguna bonita, mas o tempo estava bem fechado. Mesmo assim conseguimos fotografar e continuar a viagem. Como já estava chovendo, o Félix não quis parar na Laguna Honda e no Monte de Siete Colores (foi uma pena porque o lugar é um dos mais fantásticos do altiplano!). Com a trégua da chuva, paramos nos Arbol de Piedra (muito vento, muito frio) e depois seguimos para o almoço. Só não sabia que o almoço seria no meio do deserto, com um vento forte e temperatura negativa... O Félix não deixou ninguém almoçar no carro e por isso tivemos que comer o frango com pasta no frio. Foi o almoço mais rápido da viagem e já corremos para a Laguna Colorada. No caminho para a Laguna, em uma dessas passagens cheia de pedras que obrigava o carro a ir bem devagar, encontramos com aquela nossa amiga brasileira que gostava de falar espanhol no ônibus. Ela estava em um momento de reflexão: urinando no meio das pedras. Quando ela viu o carro chegando, ela tentou simular naturalidade, mas todo mundo já estava rindo pra caramba... Belo reencontro! Chegamos à Colorada e logo veio uma das únicas decepções da viagem: com o tempo fechado, a laguna não estava tão vermelha. Tentamos negociar com o Félix uma volta no outro dia, mas ele foi direto: sem chances. Ele deu a opção de irmos até o outro mirante da laguna e assim fizemos. O tempo estava melhor e deu para fazer uma caminhada ao redor da laguna. Sem chances de conseguir uma laguna mais vermelha acabamos indo para o acampamento. O acampamento fica em uma região totalmente isolada. Ficamos nós seis no mesmo quarto e o lugar estava praticamente vazio. Não tem opção de banho (mesmo frio) e a única alternativa então foi tomar banho na pia com lenços umedecidos. Depois desta batalha, corremos para o alto de um monte próximo ao acampamento para ver o por do sol. E quando se fala em correr em altas atitudes, o sofrimento é triplicado. Falta de ar misturado com um frio sinistro! Descemos para nosso jantar (sopa de entrada e macarrão com queijo) e conhecemos uma colombiana bem gente fina... Antes de ir dormir, o Félix veio nos falar que teríamos que acordar cedo para seguirmos para a fronteira com o Chile e por conta disto, acabaríamos não indo aos Geysers. Claro que todo mundo ficou indignado. Depois de uma pequena discussão (incluindo ameaças de ligações para Cordillera – mesmo sem sinal para celular), o motorista aceitou nos levar lá. Como iríamos acordar cedo, já decidi vestir minha roupa de frio... Melhor coisa a ser feita. É acordar quente e sem precisar desprender energia em se encapotar... Dia 5 (24/12/2012) – Uyuni (BOL): Geysers - San Pedro do Atacama (CHI) Natal! Nada melhor do que acordar às 3h da manha! Nos arrumamos rápido e corremos pro carro. Sem motivos para ficar nervoso, o Félix nos levou até os Geysers. A regra é clara: não chegar, nem entrar no círculo de fumaça dos geysers. Foi um dos momentos mais frios da viagem. Tão frio que os flashes das câmeras não funcionavam (ainda não entendi o porquê). Conseguimos tirar algumas fotos no escuro e voltamos para o acampamento antes do nascer do sol. Tomamos um café rápido e já corremos pra fronteira Bolívia-Chile. Na volta, paramos novamente na Laguna Hedionda para tirarmos as últimas fotos. Seguimos viagem e chegamos à alfândega boliviana. O procedimento de saída é simples: pegue seu passaporte com um formulário de entrada (que recebemos no avião), junte com mais B$ 15 de propina e dê aos policiais de fronteira. Nunca tente discutir sobre a ilegalidade deste pagamento... E nunca jogue este formulário fora... Nossa amiga jogou o dela e teve que pagar B$ 300 de multa (ou bônus de natal) para os policiais. Depois deste procedimento, fomos colocar nossas malas no ônibus da Cordillera que já estava nos esperando para seguir até San Pedro do Atacama. Preenchemos uns formulários chilenos e seguimos de ônibus até a alfândega. O motorista coloca todo mundo em fila (com preferência pros que estão passando mal) e tivemos nossos passaportes carimbados. Depois seria a hora de revistar as bagagens. Joguei tudo que era orgânico fora (incluindo as folhas de coca) e ficamos ali esperando os policiais almoçarem... Depois de mais ou menos uma hora de espera, começou a revista. Eles basicamente enfiam a mão nas mochilas e te mandam seguir viagem. A viagem foi muito cansativa. Mais ou menos cinco horas de viagem, espremidos em uma cadeira que mal cabia uma perna. A diferença entre a Bolívia e Chile é marcante logo de início: alfândegas mais organizadas, rodovias bem estruturadas e clima mais seco. Chegamos à Callama (CHI) e fomos para uma lanchonete comer: papas fritas, hot dog com abacate e coca-cola. Sacamos dinheiro em um caixa na lanchonete e a confusão com o câmbio já tinha começado. 250 pesos chilenos ($) equivaliam aproximadamente à R$ 1. Era estranho pagar 1000 $ em uma água ou sacar 100.000 $ de uma vez só... A viagem ainda não tinha terminado ainda e seguimos então para San Pedro do Atacama (SPA). SPA é quase um oásis no meio do deserto e o vilarejo se resume praticamente à Calle Caracoles. Foi ali que o ônibus nos deixou e fomos recepcionados por dois caras, donos de um albergue. Como não tínhamos reservado nenhum hotel (como em toda a viagem), juntamos eu, Daniel, Paola e Maria e acabamos aceitando conhecer o hostal deles (Hostal Laskar). Ficamos meio receosos, mas o preço estava muito bom perto do normal para a cidade: 6.000 $/pessoa com banheiro privado. Ele fica um pouco afastado do centro (cerca de 20 minutos caminhando), mas valia a pena. O banho era para ser quente, mas foi frio. E isso não é muito interessante quando se fala em noite em deserto. Acho que o segredo é ficar pulando debaixo do chuveiro... Como era noite de natal, fomos todos cear no Restaurante Casa de Piedra: lomo a lo pobre com vinho chileno! É um restaurante razoável perto dos outros da cidade... Na hora de pagar tivemos mais uma confusão: não tinha dinheiro trocado e a caixa não quis aceitar. Depois de uma pequena insistência ela acabou aceitando... Fomos para o hostal e como o quarto privado só cabiam três pessoas, eu fui sorteado para ir pro quarto coletivo! Foi bem tranquilo... Minha cama ficava a meio metro do teto, de dez em dez minutos chegava um hóspede bêbado e depois das quatro da manhã começava a chegar ônibus de tour. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Hostal Laska - O hostal não tem site e não encontrei o endereço. Mas vale a pena procurá-lo! Fica próximo ao cemitério da cidade. 2) Restaurante Casa de Piedra - Av. Caracoles #225. GASTOS: Propinas para policiais bolivianos - B$ 15 - R$ 4.54 Jantar Casa de Piedra - 9000 $ - R$ 36 Total - R$ 40.54 Dia 06 – San Pedro do Atacama (CHI): Laguna Cejar, Ojos del Salar & Laguna Tebinquinche Primeiro dia em SPA. Eu e Daniel tiramos o dia para conhecer a cidade enquanto Maria e Paola passeavam de bike pelo Valle de La Luna. Tivemos café da manha no Saloon (hostal não dava café) e fomos procurar a agência Maxim Experience para fecharmos os passeios pelo Salar de Tara, Salar de Atacama e Lagunas Altiplânicas Chilenas para os próximos dias. E depois fomos até a Ecoandino e fechamos um tour pelas Lagunas Cejar e adjacências para aquela tarde. Tomamos o famoso sorvete na Heladeria Babalu e almoçamos um sanduíche seco de frango com tomate no Saloon (péssimo atendimento, péssima qualidade dos pratos). Depois corremos para agência pegar nosso ônibus para Cejar (passeios sempre saem por volta das 16h). O passeio foi guiado por uma menina bem simpática que fazia piadas com uns paulistanos do ônibus. A primeira parada foi na Laguna Cejar (paga-se uma taxa de entrada). Este é o segundo corpo d’água mais salgado do mundo (perde só para o Mar Morto) e por conta disso, é possível boiar! Pena que estava empilhada de turistas... O segredo é ir para uma pequena laguna próxima à Cejar! Ela é mais funda e quase ninguém vai nela (se você boia não tem porque ter medo...). Outra coisa: leva muita água para tirar o sal do corpo! Não tem aqueles chuveirões de praia lá e como levei pouca água, fiquei com uma generosa crosta de sal... Depois desta laguna, o ônibus segue para os Ojos del Salar. São dois olhos de água no meio do deserto. Um é destinado para mergulho e outro para fotos. Tinham dois caras nadando livremente no Ojo errado e claro que eram brasileiros! Finalmente o ônibus seguiu para o último destino: Laguna Tebinquinche. De lá iríamos ver o por do sol. É sem duvida o top 3 de lugares incríveis da viagem! Uma mistura de cores com o vulcão Lincancabur ao fundo. Tudo muito surreal! Terminamos tomando o não-tão-bom-mas-tradicional pisco. Pra fechar o dia, fomos ao Café Adobe para jantarmos. Parece ser o melhor restaurante de SPA e curti bem o atendimento de lá! Comi um Pollo Merquen Chancaca e de sobremesa (a melhor sobremesa que já comi), um Tres Leches (não deixem de experimentar!). A maioria dos restaurantes em SPA tem uma “fogueira” no meio. Prepare-se para ficar com cheiro de fumaça...A noite terminou com todo mundo morto de cansaço, dormindo cedo... Uma última dica: tudo na Caracoles é mais caro. Ficamos sabendo que comer fora dela ficava mais barato. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Agência Ecoandino - Caracoles #317, locas 13, Galeria El Peral. 2) Heladeria Babalu - Av. Caracoles #160 3) Café Adobe - Av. Caracoles #211 GASTOS: Café da manha Saloon - 3500 $ - R$ 14 Passeio Laguna Cejar – Ecoandino - 15000 $ - R$ 60 Sorvete Heladeria Babalu - 3000 $ - R$ 12 Entrada Laguna Cejar - 1500 $ - R$ 6 Jantar Café Adobe - 16000 $ - R$ 64 Total - R$ 156 Dia 07 – San Pedro do Atacama (CHI): Salar de Pujsa & Salar de Tara Acordamos às 7h e nos despedimos da Maria e Paola que estavam seguindo viagem para Arequipa. O dia seria dedicado ao Salar de Tara... Ficamos esperando nossa van e ela nos pegou pontualmente na porta do hostal. Fomos com mais três brasileiros: Silvia e os dois nadadores do Ojo proibido: Guilherme e Fernando, juntamente com motorista/guia francês Nicholas. Nicholas estava fazendo um mochilão pela América do Sul de moto com sua namorada (que também trabalha na Maxim Experience) e estava trabalhando em SPA para juntar dinheiro. Por também ser mochileiro, este guia era mais flexível, ficava mais tempo nas paradas e ainda de quebra ia pra lugares que não estavam no roteiro. A primeira parada foi no Mirador de Quepiaco, onde é possível observar o típico Bofedal Andino. Lá eu fiz a primeira oferenda da viagem. Não matei nenhuma virgem andina aos pés do Licancabur... Fiz apenas um monte de pedras como agradecimento aos deuses (é possível ver estes montes espalhados por todos os lugares nos três países que visitamos! Eles levam esta tradição muito a sério). Oferenda feita, seguimos para um lugar extra e fora do roteiro (ideia do Nicholas): Salar de Pujsa. Ele fica dentro de uma reserva natural e por não ser turística, estava totalmente vazia. Foi ali que tivemos nosso café da manhã. O lugar é lindo! Vale muito a pena tentar fechar o passeio com o Nicholas (se ele ainda não partiu pra seu mochilão) e pedir para ele incluir este salar no tour. Seguimos então viagem para o Salar de Tara! Paramos nos Monjes de La Pocana e depois as Catedrais com o mirante. Ao longo do caminho vimos lhamas, vicunhas, emas... Incrível, incrível! Chegamos ao Salar de Tara... É um lugar impressionante! Almoçamos no salar (cup noodles, atum e tomate) e voltamos para SPA (mais ou menos três horas de viagem). Chegamos ao final da tarde e recebemos sinceros agradecimentos do Nicholas por proporcionarmos a ele a chance de ter um trabalho tão maravilhoso! Tiramos o resto do dia para passear pela cidade e comprar nossas passagens para Arica (CHI) na TurBus. Escolhemos o semi-leito e mesmo tendo comprado com uma considerável antecedência, quase não tinha passagens! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Maxim Experience - Calle Caracoles #174. Site: http://www.maximexperience.cl/ 2) TurBus - Calle Licancabur #294. Site: https://www.turbus.cl/wtbus/indexCompra.jsf GASTOS: Passeio Salar de Tara – Maxim Experience - 45000 $ - R$ 180 Lanche Saloon - 2500 $ - R$ 10 Passagem SPA - Arica - 27000 $ - R$ 108 Total - R$ 298 Dia 8 (27/12/2012) – San Pedro do Atacama (CHI): Salar de Talar & Lagunas Altiplânicas Chilenas Acordamos às 06:30h para conhecer o Salar de Talar e as Lagunas Altiplânicas. Pontualmente às 7 da manhã nosso ônibus chegou e embarcamos com mais cinco franceses e um guia argentino, Víctor. Tomamos café em um povoado chamado Socaire e depois partimos para o Salar de Talar (também conhecido como Salar do Atacama). Este é o terceiro maior salar do mundo e deve ser o mais frio... As montanhas deste salar tem um aspecto “nevado” bem legal... Depois de uma sofrida caminhada no vento e frio seguimos para as Lagunas Altiplânicas. São duas lagunas (Miscanti e Miniques) que ficam a mais ou menos 4.220 metros de altitude. Ambas pertencem à Reserva Nacional Los Flamencos. Pagamos uma taxa de entrada e a primeira laguna visitada foi a Laguna Miscanti. Ela fica localizada aos pés do vulcão Minique e tem uma cor azul escura com uma barreira negra de macroalgas. Nesta laguna vimos (claro) muitos flamingos e vicunhas! Todo o turismo chileno é feito praticamente dentro de cercas. Nesta laguna, por exemplo, havia caminhos de pedras destinados aos turistas. Nunca tente ultrapassar este caminho... Nem mesmo para tirar uma foto rápida de algum flamingo... Depois desta laguna, seguimos para a Minique. É uma laguna menos interessante, mas nosso guia disse que ela é importante por ser o refúgio de um pássaro ameaçado. Na volta para SPA, almoçamos no vilarejo de Socaire (quinoa, tomate e pollo) e depois do almoço fomos para a Laguna Chaxa (refúgio dos flamingos). Esta laguna não é a mais bonita e não vejo muito motivo para visitá-la. Mas já que estava no pacote... Na volta do tour, passamos pelo vilarejo de Tocanao e o guia para em uma igreja construída no século XXI, feita de cacto. Também fomos surpreendidos por duas lhamas (mães e filha) na porta de um mercadinho. Elas invadiam o mercado e só saiam quando a dona abria um pacote de salgadinho para elas! Espertas... Chegamos a SPA e tiramos o restante do dia para comprarmos souvenir para o povo do Brasil e alugarmos a Bike para o passeio do dia seguinte. Alugamos na Tour H2O Es O2 uma bike intermediária por um dia. Eles fornecem informações básicas sobre o uso dela, um mapa da cidade e arredores e uma câmara de ar reserva. Depois fomos fechar nosso tour de subida ao vulcão Lascar. Várias empresas fazem a subida, mas confiamos na Maxim Experience. Já havíamos fechado todos os passeios com eles e a vantagem é que eles fechavam a subida só comigo e o Daniel, sem precisar completar grupo. O preço inclui roupas especiais para o frio, bastões de trekking e lanches. Tivemos uma conversa com nosso guia (Felipe), que nos passou algumas dicas. Depois da conversa, seguimos para Delicias de Carmen, comemos uma pizza de toucino e fomos para casa. Não sei qual a atração que existe entre cachorro e bicicleta, mas fui atacado por uns 10 enquanto ia pra casa... No meio da praça principal. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Tour H2O Es O2 - Calle Caracoles #295-A. 2) Restaurante Delicias de Carmen - Gustavo Le Paige #370. GASTOS: Passeio Lagunas Altiplânicas/Sala do Atacama - Maxim Experience 45000 $ 180 Compras de presentes - 10500 $ - R$ 42 Restaurante Delicias de Carmen - 3500 $ - R$ 14 Entrada Lagunas Altiplânicas - 1500 $ - R$ 6 Entrada Laguna Chaxa - 2500 $ - R$ 10 Aluguel Bike - Tour H2O Es O2 - 4000 $ - R$ 16 Total - R$ 268 Dia 9 (28/12/2012) – San Pedro do Atacama (CHI): Passeio de bike & Valle de la Muerte/Valle de la Luna O dia começou um pouco tumultuado: sem banho quente e depois descobrimos que o hostal estava sem vaga e tínhamos que procurar outro. Além disso, nenhum caixa da cidade estava funcionando... Hora de gastar os dólares reservas! Pegamos nossas bikes com as malas e partimos a procura de um novo hotel. Tomamos café de novo no Saloon (não sei porque tomamos tanto café neste lugar que não era tão bom assim) e no caminho achei um hostal (Hostal La Florida) com banho quente e quarto duplo! Deixamos nossas bagagens e seguimos para nosso passeio de bike. O primeiro destino foi o antigo forte de Pukara de Quitor, a poucos quilômetros de SPA. É tudo bem sinalizado e ainda tínhamos o mapa dado pela agência das bikes. Chegamos ao Pukara e fomos recepcionados pelo guia: um senhor simpático que nos indicou o caminho até ao mirador de Pukara. Desistimos de chegar ao cume. Descemos e o guia também nos mostrou um vulcão em erupção com seus binóculos... Nos despedimos e seguimos para a Quebrada da Chulacao, desviando do Rio San Pedro. O caminho é de subida e entre grandes rochas vermelhas. A ideia do passeio é que fosse algo mais tranquilo e menos cansativo. Ilusão. Chegamos a um grande túnel e voltamos para SPA. Pra descer todo santo ajuda! Mesmo se um cão te acompanhar e ficar tentando se entrelaçar no pneu dianteiro da bicicleta... Chegamos a SPA, corremos para devolver a bike e tivemos o melhor almoço da viagem no La Estaka: risoto de quinoa e salmón na mantequilla acompanhado de repolho frito com anéis de cebola. Logo em seguida já engatamos o segundo passeio do dia: Valle de La Muerte e Valle de La Luna. Nosso guia foi o Felipe (o mesmo que faria a subida ao Laskar). Ele também disse que não gostava de roteiros tradicionais (acho que era algo comum aos os guias da Maxim). Paramos em um vilarejo para algumas fotos e depois seguimos para o El Mirador onde tiramos fotos com a famosa Pedra del Coyote! Claro que enfrentamos uma pequena fila para esta foto... Depois fomos até o Valle de la Muerte e lá tivemos a oportunidade de caminhar pelo deserto mais seco do mundo, o Deserto de Atacama. E não tente fazer esta travessia usando chinelos havaianas... Mandamos mal... Depois fomos para o Valle de La Luna. A ideia lá era que atravessássemos uns túneis naturais com o uso de uma lanterna. Fomos acompanhados de uma brasileira que só sabia reclamar que preferia “mil vezes estar em New York” e que não merecia aquilo ali... Após desta travessia, fomos ao Anfiteatro (mais uma vez, não tentem sair do caminho determinado para turistas) e então subimos uma grande duna para vermos o por do sol. Lindo! Mesmo sendo difícil encontrar um lugar seguro e vazio... Depois do por do sol, seguimos para casa dormir cedo. O dia seguinte seria destinado ao Vulcão Lascar! Mas antes fomos jantar no Grado 6: torta de batata de entrada, arroz com curry e pollo napolitano e jugo de mélon com sobremesa de um pudim com frutas vermelhas! E tudo bom e bem barato... Um milagre em SPA! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Hostal Florida - Calle Tocopilla #406 2) Restaurante La Estaka - Calle Caracoles #211 3) Restaurante Grado 6 - Calle Gustavo Le Paige com Calle Tocopilla GASTOS: Hostal Laskar - 30000 $ - R$ 120 Café no Saloon - 3000 $ - R$ 12 Hostal Florida - 10000 $ - R$ 4 Entrada no Pukara de Quitor - 1500 $ - R$ 6 Almoço La Estaka - 7000 $ - R$ 28 Jantar Grado 6 - 5000 $ - R$ 20 Entrada Valle de La Luna - 1500 $ - R$ 6 Passeio Valles - Maxim Experience - 8000 $ - R$32 Total - R$ 228 Dia 10 (29/12/2012) – San Pedro do Atacama (CHI): Subida ao Vulcão Lascar Acordamos às 3:30h e nos preparamos para a grande escalada ao Vulcão Lascar. Nosso guia Felipe nos pegou às 4h e então partimos para o vulcão. Este vulcão tem 5.592 metros de altitude é um dos mais ativos do mundo (Felipe nos disse que são erupções de pedras) e sua última atividade foi em abril de 2006. De acordo com ele o ciclo de erupção é de seis anos. Se a última foi em 2006 e nossa subida foi no dia 29 de dezembro de 2012, dois dias apenas para o fim de 2012... Nossas chances seriam grandes! Paramos na Laguna Lejia para tomarmos café da manha e comermos cup noodles. Dormimos cerca de uma hora e meia até o sol aparecer. Após o sol nascer, começamos os preparativos. Basicamente estávamos com segunda pele (calça e blusa com manga longa), um anorak, uma calça impermeável, um gorro, luvas, óculos de sol, bastões de trekking, botas impermeáveis. Felipe nos disse que já subiu 52 vezes o Vulcão Licancabur, assim como outras montanhas na Venezuela, Equador, Bolívia e Peru. Faz 7 anos que ele está neste ramo de montanhismo! Começamos a subida às 8:20 e fizemos duas paradas até o topo. O guia nos deu bastantes dicas como não parar sem que ele autorize (mesmo para tomar água), sempre seguir em fila indiana e como economizar oxigênio. Chegamos ao topo e a visão da cratera é espetacular! E o cheiro de enxofre é muito forte... Ficamos por lá por uns 30 minutos e então descemos. O trajeto total durou três horas! Na descida encontramos com a Silvia (aquela brasileira que foi com a gente para o Salar de Tara) que estava subindo com um grupo. Parece que todo mundo se encontra em SPA... De volta a SPA, almoçamos novamente no Café Adobe (Lomo a lo Pobre, Jugo de Lémon e Tres Leches). Como não tínhamos mais quarto, ficamos na área comum do Florida e conhecemos uma francesa que odiava franceses, Natalie. Muito simpática e corajosa (ela só bebia água da torneira). Tomamos banho e nos despedimos de SPA. Pegamos o nosso ônibus em direção à Arica (cidade chilena que faz divisa com o Peru) às 20h. No ônibus somos convidados a entregar nossos passaportes ao cobrador (isto dá certo medo, mas deu tudo certo). Tomei remédio para dor muscular e dor de cabeça, mais um dramim, coloquei cadeado na minha mochila, coloquei no meu colo e dormi como nunca. O ônibus faz uma parada em Callama e oferece café da manhã! GASTOS: Subida ao Lascar - Maxim Experience - 80000 $ - R$ 320 Almoço Café Adobe - 10000 $ - R$ 40 Guardar Bagagem + Banho La Florida - 2000 $ - R$ 8 Total - R$ 368 Dia 11 (30/12/2012) – Arica (CHI) - Tacna (PER) - Arequipa (PER) Às 5h da manhã chegamos à cidade litorânea de Arica. Em Arica teríamos que pegar um táxi em direção à fronteira chilena e depois a peruana e então seguir para Tacna. Ficamos fazendo hora na rodoviária para tentarmos juntar mais gente para dividirmos o táxi. Tomei um café da manha na rodoviária mesmo e por sorte encontramos um casal de brasileiros: os capixabas Alba e Francisco. Decidimos conhecer um pouco da cidade antes de irmos para a fronteira. Pegamos um táxi e fomos ao mirante. De lá é possível ver a cidade e o oceano pacífico. Por ser domingo, tudo estava bem calmo. Descemos até uma praça principal cheia de palmeiras e pegamos um ônibus até a rodoviária. De lá, pegamos outro táxi especial até Tacna. O motorista foi bem simpático e não parava de fumar no carro. A primeira parada foi na alfândega chilena e depois a peruana. Ambas são bem organizadas e modernas. E depois de todos os trâmites feitos, seguimos para Tacna (mais ou menos uma hora de viagem). O táxi nos deixou na desorganizada e perigosa rodoviária de Tacna. Tentamos sacar dinheiro, mas não conseguimos. Fomos então comprar nossas passagens na Moquegua’s Tour para Arequipa. Na verdade o som da rodoviária é: “Arequipa, Arequipa, Arequiiiiiiiiipa”. Todo mundo quer te enfiar uma passagem, oferecendo todas as vantagens possíveis. Mas a Moquegua’s Tour era a mais indicada e conseguimos passagem no segundo andar, cadeiras de frente! Depois das passagens, fomos tentar trocar dinheiro na rodoviária. Uma bagunça. Cada cambista faz sua própria cotação e por lá o real vale menos que o novo sol peruano (soles). Decidimos não trocar nada. Fomos então almoçar em um lugar na rodoviária. Fomos corajosos. O local não era muito higiênico e eu e Daniel dividimos um frango empanado com arroz e papas fritas. Aliás, todo prato no Peru foi feito para ser dividido. É difícil dar conta de um sozinho. Tudo bem que achamos uns fios de cabelo e o frango estava bem engordurado, mas com fome que estávamos... Acabamos de almoçar e corremos para pegar o ônibus. A estrada para Arequipa é muito perigosa! E os motoristas são um pouco barbeiros... O ônibus faz uma parada em Moquege e por volta das 19h chegamos à Arequipa. Da rodoviária mesmo já pegamos um táxi até o hotel que queríamos ficar (Home Sweet Home) e tinha vaga para nós quatro! Sorte! Pegamos um quarto duplo e dei o azar de ser o único a não ter água quente pro banho (dica: nunca seja o último a tomar banho). Este hotel tem laundry service! De banho tomado, tiramos o final da noite para um rápido passeio pela Plaza das Armas, no centro da cidade. A cidade mais bonita de todo o mochilão! Uma arquitetura espanhola bem marcante! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Home Sweet Home - Calle Rivero #509 GASTOS: Café da manha Rodiviária Arica - 1350 $ - R$ 5.4 Táxi até o Mirante + ônibus de volta Arica - 2000 $ - R$ 8 Táxi para Tacna (por pessoa) - 2500 $ - R$ 10 Passagem Tacna->Arequipa - Moquegua's Tour - S./ 20 - R$ 17 Almoço Tacna Rodoviária - S./ 7 - R$ 5.6 Total - R$ 46 Dia 12 – Arequipa (PER): City Tour Acordamos três horas antes do previsto porque meu relógio ainda estava no horário chileno. Tomamos um excelente café americano no hostal e deixamos nossas roupas na recepção para serem lavadas. Tentamos mais uma vez sacar dinheiro, mas nada. A única opção foi ir até uma agência do HSBC que encontramos na Plaza de Armas. Chegando lá, eles nos informaram que nenhum cartão com chip funciona no Peru (não sei se é verdade). O que fizemos então foi tirar dinheiro do crédito do nosso cartão diretamente no caixa. Eles ligaram para o Banco do Brasil e eles autorizaram. Pagamos uma taxa alta por isto, mas era a única opção. Com o problema mais ou menos resolvido, seguimos para o Museo Santuarios Andinos. Este museu foi criado para abrigar os achados encontrados nos santuários das regiões vulcânicas e a principal estrela do museu é a Juanita. É a múmia bem preservada de uma menina que foi sacrificada aos deuses no fim do século XV. Escolhemos uma guia que falava português (Analice) e a visita começa com um documentário sobre Juanita. Depois disto ela segue pelas diversas salas do museu, explicando sobre cada peça. Por último, ela leva até a Juanita. Demos sorte porque era o último dia de exposição dela. Depois ela seguia para uma sala especial onde os arqueólogos a mantinham até abril de 2013. Não sei se isso acontece todo ano, mas vale a pena se informar antes. Terminamos a visita e fomos procurar um lugar para almoçar. Fomos até o Manolo Chicken. Como quase todos os pratos da viagem, a dica é pegar um prato para duas pessoas. Escolhemos um supremo de pollo com uma jarra de suco de limão. O atendimento é péssimo, mas o almoço foi bom... Depois do almoço fomos fechar nosso tour pelo Valle del Colca pela Ecotours. Era um passeio de dois dias, uma noite que incluía hotel em Chivay. O único problema era que o cara da agência não sabia se iríamos pagar a taxa de latinos (S./ 40) ou a nova taxa vigente para 2013 (S./ 70). Mais tarde eu fui saber que esta taxa não pode ser obrigatória. Na verdade é um dinheiro que eles pedem para você entrar no Valle e isso seria ilegal. Mas de qualquer forma pagamos para não criar confusão. Tour fechado, seguimos para o Mosteiro de Santa Catalina. Basicamente uma viúva rica construiu uma verdadeira cidadela com ruela com nomes de cidades espanholas em 1579. O passeio não é tão interessante assim, mas vale a pena pra quem está cansado e quer relaxar um pouco. Caminhamos mais ou menos uma hora e meia. Não pegamos nenhum guia e pode ser por isso que não foi tão interessante assim. Saímos do museu e seguimos para o mirante de Yanahuara. É um bairro colonial que possui uma igreja barroca de 1750 na sua praça principal. Além de ter uma visão bem bonita da cidade e do vulcão El Misti. Ficamos por lá por uns 20 minutos, pegamos um táxi e fomos comer. Comemos de Antojitos de Arequipa: empanado de pollo, torta de chocolate e café. Não gostei do local... Esperava bem mais! Depois de lá fomos andar mais pela Plaza de Armas e conhecer a Iglesía de La Compania. Finalmente fomos ao restaurante Terrace, ainda na Plaza de Armas. De lá, vimos o por do sol e tomamos a famosa cerveja Arequipena. Como era noite de réveillon, corremos para o mercado comprar nosso espumante e nos prepararmos para a noite. Quase um fracasso. Fomos para Plaza de Armas e ela já estava cheia de peruanos e turistas. Mas não tinha nenhuma música, nenhum relógio marcando o tempo para o ano novo e muito menos fogos de artifício. Na verdade, um monte de gente estava com uns foguetes e tacavam aquilo em direção ao povo na praça. Passamos o réveillon desviando dos fogos. O jeito foi abrir o espumante e voltar para o hotel. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Museo Santuarios Andinos - La Merced. 2) Mosteiro de Santa Catalina - Calle Santa Catalina #301 3) Manolo Chicken - Mercaderes #113 4) Antojitos de Arequipa - Em frente a Iglesia de La Compania. 5) Terrace - Na Plaza de Armas. 6) Ecotours - Av. Jerusalén #409. Site: http://www.facebook.com/ecotours.peru GASTOS: Tour Valle del Coca - Ecotours - S./ 90 = R$ 72 Entrada Museo Santuarios Andinos - S./ 20 = R$ 16 Mosteiro Santa Catalina - S./ 35 - R$ 28 Almoço Manolo - S./ 20 - R$ 16 Lancha Antojitos de Arequipa - S./ 7 - R$ 5.6 Mercado - S./ 15 - R$ 12 Total - R$ 149.6 Dia 13 – Arequipa (PER) - Chivay (PER): Valle del Colca Nos despedimos do Francisco e Alba e às 08:15h o transfer nos pegou para irmos para Chivay no Valle del Colca. Como fomos os primeiros a serem pegos, tivemos que rodar a cidade inteira pegando mais turistas. Chivay fica a 160 km de Arequipa e até chegar lá o guia Percy fez algumas paradas: umas duas vezes dentro da Reserva Nacional das Vicunhas, outra em um mirante e uma última no mirante de Chivay. Depois de cinco horas de viagem, chegamos ao vale. Pagamos a taxa de S./ 40 soles para entrar na cidade e o transfer seguiu direto para o hotel/restaurante Los Portales. Na verdade ali é uma parada para todo mundo almoçar. Você quase que obrigatoriamente tem que comer ali. Eles dão só uma hora de almoço e como não conhecemos a cidade, ficamos com medo de não dar tempo. Mas não aconselho a ficar ali. Conseguimos encontrar opções mais baratas no centro de Chivay (que não fica tão longe do Los Portales). Depois do almoço, o guia levou cada um ao seu respectivo hotel. O nosso era aquele mesmo em Los Portales. Quarto duplo com banho quente, finalmente! Descansamos um pouco e às 16:30h o transfer nos pegou para irmos para Águas Termais. Chegamos lá e decidimos não entrar. Parecia não ser tão interessante (na verdade me lembrou mais um clube de interior). Depois de uma hora voltamos para Chivay. Conhecemos o centro da cidade e jantamos ali pela praça mesmo. Voltamos para o hotel para descansar, mas o recepcionista do hotel estava fazendo uma festa particular na cozinha. Sorte que ele parava toda vez que ouvia algum barulho nos corredores. A festa acabou cedo! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Hotel e Restaurante Los Portales - Calle Arequipa #603 GASTOS: Entrada Valle del Colca - taxa para latinos - S./ 40 - R$ 32 Almoço buffet Los Portales - S./ 25 - R$ 20 Jantar na praça - S./ 9 - R$ 7.2 Total - R$ 59.2 Dia 14 – Chivay (PER) - Arequipa (PER) Pela manhã iríamos conhecer o Mirador Cruz del Condor no Valle del Colca. Este é o vale mais profundo do mundo (duas vezes mais profundo que o Grand Canyon). Acordamos às 05:30h e descemos para o café da manhã. O transfer nos pegou por volta das 06h. A primeira parada foi no Pueblo de Yanque. Mal descemos na praça e já fomos bombardeados por cholitas que pediam soles em troca de dança. Havia muitas dançando no meio da praça, com águias, lhamas... Na verdade esta parada foi a primeira tentativa de tirar dinheiro dos turistas. Se você parasse para apreciar o dança, logo já vinha um bonde de cholitas dançando e pedindo dinheiro. O negócio é puxado! A próxima parada foi em um mirante onde é possível ver as famosas terraças e depois de três horas de viagem, chegamos ao Mirador. A ideia do Mirador era apreciar o voo dos condores. Mas eles não apareciam. Quando o guia colocou todo mundo dentro da van, eles apareceram. Uns três! Depois desta aparição, o guia seguiu viagem e parou no Pueblo de Maca. Não queria descer porque estava cansado e sabia que seria mais uma parada estratégica. Mas o motorista disse que a van estava sem ar condicionado e que seria obrigado a descer (claro que era mentira). Depois de uns 10 minutos a van seguiu viagem. Chegando a Chivay, o guia queria levar para outro restaurante pré-determinado. Como ainda estávamos com o problema dos cartões, conversei com ele e fomos comer na praça por ser mais barato. Comemos o lomo a lo pobre e esperamos até 12:30h para van nos pegar. Voltamos para Arequipa, corremos pro hotel, pegamos nossas malas que estavam na recepção, e fomos para Plaza comer (sanduíche no Mamut e café no Starbucks). De lá pegamos um táxi até a rodoviária de Arequipa. Chegando lá fomos ao guichê da empresa Tepsa e compramos nossas passagens para Cusco (que saia às 20:30h). O ônibus saiu pontualmente e foi o melhor que pegamos na viagem: com jantar e café da manhã, wi fi, tomadas para carregar eletrônicos, livros... E tudo por 70 soles! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Mamut Restaurante - Calle Mercaderes #111 2) Starbucks Coffee - Calle la Merced #135 Cercado GASTOS: Banho no Home Sweet Home - S./ 3 - R$ 2.4 Lanche Mamut + Café Starbucks - S./ 25 - R$ 20 Taxi até rodoviária (por pessoa) - S./ 9 - R$ 7.2 Passagem Cusco – Empresa Tepsa - S./ 70 - R$ 56 Total - R$ 85.6 Dia 15 – Arequipa (PER) - Cusco (PER): City tour e Sítios Arqueológicos Chegamos a Cusco por volta das 07:30h e lá pegamos um táxi até a Plaza de Armas para procurar hostal. Achamos todos os hostals bem caros ali na Plaza e decidimos ir para outros locais próximos. Fomos então até a Plaza San Braz e lá achamos um quarto duplo por S./ 50 para duas pessoas (Casa Hospedaje La Samblena). Deixamos nossas coisas e fomos tomar café na Plaza de Armas. Comemos um strudel de maçã e café na famosa Ayllu e fomos para uma agência Western Union pegar nosso dinheiro (nosso cartão ainda não funcionava). A alternativa foi pedir para um amigo do Brasil tirar o dinheiro da nossa conta e mandar por WU. Eles cobram uma taxa absurda por isto, mas mais uma vez era a única opção. Depois fomos para a indicada Chasqui’s Tours. Apesar de ser bem recomendada por mochileiros, eu não aconselho fechar passeio com eles. Vou explicando ao longo do relato. Fechamos o tour por Maras & Moray e Vale Sagrado (incluindo Machu Picchu com subida ao Waynapicchu). Tente fechar este passeio o quanto antes, ainda mais se há interesse em escalar o Waynapicchu (número de visitantes é limitado). Finalmente fomos até o Instituto Nacional de Cultura para comprarmos o boleto turístico. Este boleto inclui a entrada em 16 atrações (museus e centros arqueológicos) e tem a validade de 16 dias. Paguei S./ 70, mas pessoas maiores de 25 anos pagam S./ 130. Almoçamos na Trattoria Adriano. Comi uma pasta à bolonhesa. Não curti o restaurante. Achei caro e o atendimento não é muito bom. Acabamos o almoço e fomos pegar o ônibus para o city tour, com a guia Regina. Várias empresas vendem o city tour e o ponto de encontro é uma rua atrás da Plaza de Armas. O tour começa com uma visita ao Convento de Santo Domingo del Cusco (entrada não incluída no boleto turístico). Seria mais interessante se não tivesse tanto turista. O passeio dura em média uma hora e a guia explica bastante sobre a arquitetura inca do local (e como ela é caracterizada pela simplicidade, simetria e solidez). Depois seguimos para os sítios arqueológicos ao redor da cidade. Estava chovendo muito e o passeio foi feito basicamente debaixo do guarda-chuva. Comprei uma capa de chuva na rua (a rua estava dominada por vendedores de rua). Percebi que o preço da capa depende da intensidade da chuva e da sua nacionalidade! A minha saiu por 5 soles porque era brasileiro e não estava chovendo tanto. A primeira parada foi Sacsayhuamán. Prepare-se para piadinhas do tipo: estamos indo ao Sexy Woman. Trata-se de uma gigantesca edificação e no final do pequeno tour é possível ver a cidade de Cusco. Depois seguimos para Q’enqo (local de oferendas onde é possível ver uma mancha de sangue no altar principal), Tambomachay (vários terraços com um fio d’água) e Puka Pukara (ruínas de uma pequena fortaleza inca). Terminamos o tour e no final veio a parte de tentar tirar dinheiro dos turistas. No caminho de volta, vários vendedores de livros autorizados pegam carona no ônibus e oferecem seus produtos. Além disto, a parada final é em uma fábrica de roupas de lã de alpaca. A senhorinha ensina a diferenciar entre lã verdadeira e sintética (a explicação fica chata a partir dos cinco minutos iniciais). Chegamos à Plaza de Armas e fomos jantar no O sabor de casa (nome brasileiro, mas cardápio peruano). Comi um sanduíche de pollo e experimentamos a famosa chicha morada (uma bebida de milho fermentada). ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Casa Hospedaje La Samblena - Calle Suitucato #766, Barrio de San Blas 2) Café Ayllu - Calle Almagro # 133. 3) Chasqui Tours - Portal Confiturias #265, Plaza de Armas. 4) Instituto Nacional de Cultura - Av. El Sol #103. 5) O Sabor de Casa Restaurante - Calle Espinar #159 GASTOS: Café da manhã Ayllu - S./ 7 - R$ 5.6 Pacote City Tour, Maras/Moray, Vale Sagrado (Machu Picchu/Waynapicchu) - Chaqui's Tour - USD 225 - R$ 490.5 Boleto Turístico Cusco - S./ 70 - R$ 56 Almoço Trattoria Adriano - S./ 22 - R$ 17.6 Entrada no Convento de Santo Domingo del Cusco (Estudante) - S./ 5 - R$4 Jantar O Sabor de Casa - S./ 19 - R$ 15.2 Táxi até San Blaz - S./ 2 - R$ 1.6 Total - R$ 590.5 Dia 16 – Cusco (PER): Salineras de Mara & Moray Esse era o dia de visitarmos as Salinas de Maras e Moray. Acordamos, tomamos café no hotel e seguimos para Chaqui's Tour. Não se esqueça de levar o boleto turístico (permite a entrada em Moray e ruínas de Chinchero). O tour começou às 09:30h e foi guiada por um velho falante, o Léo. Ele chama o grupo dele de Pachacútec e ele passa o tempo todo falando (misturando quéchua com inglês). A única pessoa que estava prestando atenção dele era uma japonesa que estava do lado dele. Coitada. A primeira parada foi no povoado de Chinchero. Depois de uma longa explicação em inglês e espanhol, descemos e fomos até o Balcon del Inka. Parada estratégica (como todo o turismo peruano). Neste local há várias mulheres locais que ensinam como trabalhar a lã de alpaca (bem legal!). Depois, é claro, somos convidados a comprar algumas peças delas. O guia disse então que iríamos para as Salinas de Maras (pulando assim as ruínas de Chinchero). Um grupo de argentinos puxou uma discussão e o guia acabou aceitando. Fomos para as ruínas, conhecemos uma igreja secular e conversamos mais com aquela pobre japonesa: era uma designer de Tokio, chamada Mariko Sato. Terminamos o passeio e seguimos para as Salinas de Maras. Trata-se de grandes piscinas incas usadas para a extração de sal. O caminho até lá é muito perigoso! Pagamos uma taxa para entrar e o caminho até as salinas é cercado por um comércio pesado (que vai de imã de geladeira a sementes e bananas fritas). Cuidado ao caminhar no pequeno espaço entre as salinas. Vimos alguns desafortunados caindo quase dentro da salina. Depois seguimos para Moray (são círculos gigantes da época inca, onde eles faziam experimentos agrícolas). A descida até o centro do círculo é puxada. Bem no centro os turistas colocam oferendas (moedas, mensagens). Quando chegamos ao centro, nosso guia chamou para subir rápido. Mais uma escalada sem oxigênio. Sorte que tinha balas de coca. Voltamos para Cusco (com o guia dando intermináveis explicações em espanhol e inglês) e fomos almoçar em um local indicado pela mulher da Chasqui’s Tour: Q’ori Sara. Comi um prato bem generoso de arroz frito com frango empanado e tomei a chicha morada. Tudo estava mais ou menos bom até ver o balde onde eles tiravam a chicha morada e como eles tiravam aquele liquido. Depois do almoço fomos visitar o Museu Historico Regional (incluído no boleto turístico). Caiu uma chuva sinistra de granizo em Cusco! Ainda estávamos com o problema do cartão que não funcionava. O jeito foi jantar no KFC da Plaza de Armas e ir dormir cedo. ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Q’ori Sara - Calle Garcilaso #290 2) KFC - Portal de Carnes, Plaza de Armas GASTOS: Entrada na Salinas de Mara - S./ 7 - R$ 5.6 Almoço Qóri Sara - S./ 11 - R$ 8.8 Jantar KFC - S./ 8.9 - R$ 7.12 Total - R$ 21.52 Dia 17 – Cusco (PER): Pisac e Ollantaytambo - Pueblo de Machu Picchu (PER) Dia de conhecer o Valle Sagrado (Pisac e Ollantaytambo) e depois, Machu Picchu! Acordamos cedo, deixamos as mochilas cargueiras no hotel e fomos para Chasqui’s Tour pegar as entradas para Machu Picchu. Não se esquecer de levar o boleto turístico para ruínas de Pisac e Ollantaytambo. Fomos pegar o ônibus, pegamos o ônibus errado, fomos trocados e finalmente conseguimos iniciar a viagem. Nosso guia foi o Will. A primeira parada foi em um mercado de produtos peruanos (mas é claro). Depois de uns 20 minutos, chegamos ao povoado de Pisac. Lá paramos em uma oficina de trabalhos com prata (claro que tentaram nos vender tudo). Pelo menos deu para aprender que a prata é mais resiliente e não entorta. Seguimos para as ruínas de Pisac, que era um local de agricultura e estoque de alimentos. Vimos onde que o Inca Soberano e sua mulher eram enterrados, assim como a montanha cheia de buracos onde era enterrado o restante do povo. Não se esqueça de comer um milho cozido vendido ao longo do caminho! Depois das ruínas, o ônibus segue até Ollantaytambo (uma hora e meia de Pisac). Chegando lá, almoçamos em um lugar determinado pela agência (era o restaurante da mãe do guia). Não vale a pena. É caro e é só sair na calçada para achar lugares melhores. Saímos do almoço e seguimos até as ruínas de Ollantaytambo. Chegamos lá às 15h e o nosso trem para Pueblo de Machu Picchu sairia às 16h. O guia deu uma rápida explicação sobre os terraços de coca, monumento de adoração ao sol e o rosto nervoso talhado na montanha. Depois ele explicou a triologia Inca: Puma em Cusco, Condor em Machu Picchu e a serpente que é o rio Urubamba. Descemos correndo das ruínas e fomos direto para a estação de trem. Era só descer a rua principal até o final (uns 10 minutos de caminhada) para chegar à Estação de Trem de Ollantaytambo. Nosso trem era o Inca Rail. Todo mundo deixa as malas em um espaço na frente de cada vagão e cada cabine comporta quatro pessoas. A viagem até o Pueblo de Machu Picchu (ou Águas Calientes) dura uma hora e quarenta e cinco minutos. O caminho até lá é lindo! Passamos por florestas tropicais densas e bastantes montanhas. O serviço de bordo oferece café e água. Chegamos ao Pueblo e como combinado na Chasqui’s Tour, ficamos esperando alguém com uma plaquinha com nossos nomes na estação. Só que isso não aconteceu. Não tínhamos como ligar para a agência e ficamos esperando até todo mundo ir embora. Sobramos nós dois e a Mariko! Encontramos com ela novamente... Mas ela nos deixou e seguimos andando pelo pequeno vilarejo. Fomos até outro hotel e pedimos informação. A recepcionista ligou para Chasqui’s Tour e eles deram o nome do nosso hotel (esqueci de anotar o nome do hotel... Mas nem vale a pena ficar lá). Fomos até lá nervosos e a menina que trabalha lá nos disse que não sabia nossos nomes e que a Chasqui’s Tour não tinha falado nada. Ponto pra Chasqui. Fomos para nosso quarto reservado, conversamos com nosso guia que iria nos levar ao Machu Picchu e depois sai para comer e conhecer a cidade. É um vilarejo muito intrigante. Ele é cercado por umas três montanhas muito altas e cortada por um rio bem caudaloso. E o vilarejo deve ter no máximo umas 10 ruas. Fui jantar no Yahuita y Todo e depois fui comprar as passagens do ônibus até a entrada do Machu Picchu. O pagamento foi feito em dólar e leve apenas notas intactas. Eles não aceitam novas manchadas, rasgadas... Tem a opção de ir caminhando até lá em cima, mas preferimos chegar lá bem cedo e de ônibus. A luz e o barulho do hotel em que ficamos incomodava bastante. Junto com isso tinha as crianças gritando no corredor até tarde. Mas como tinha que acordar cedo, o jeito foi tentar dormir assim mesmo. GASTOS: Almoço Buffet - S./ 20 - R$ 16 Passagem ônibus de Pueblo até Machu Picchu (ida e volta) - USD 18.9 - R$ 41.2 Jantar Yahuita y Todo - S./ 23 - R$ 18.4 Hostal Casa Hospedaje La Samblena - Cusco - S./ 50 - R$ 40 Total - R$ 75.6 Dia 18 – Pueblo de Machu Picchu (PER): Machu Picchu - Cusco (PER) A ideia então era acordar cedo, pegar uns dos primeiros ônibus de subida ao santuário de Machu Picchu e lá encontrar com o nosso guia às 07:45h no portão principal (havíamos combinado com ele na noite anterior). Acordamos às 05h, tomamos café no hotel (pedimos para a recepcionista deixar preparado) e seguimos para o local dos ônibus. Tem bastante ônibus subindo! Depois de uns 25 minutos de viagem, chegamos ao portão (por volta das 07h). A subida é bem bonita e vale a pena ir caminhando! Mas seria melhor descer caminhando porque todo mundo que chegava, chegava bem suado. Já tinha uma fila se formando para entrar no Machu Picchu e ficamos esperando o nosso guia Nelson, como combinado. Ele chegou com uma hora e meia de atraso. Reclamamos bastante com ele e ele ficou bastante sem graça. A espera só não foi pior porque encontramos de novo com a nossa amiga japonesa. Finalmente entramos no parque. Carimbamos nosso passaporte com a estampa de Machu Picchu e seguimos o tour guiado pelo Nelson. Ele mostrou alguns detalhes da construção e não é viagem falar que este foi o melhor ponto do mochilão. Só quem vai lá entende o clima do lugar. É realmente bem místico... Às 10h, o guia nos deixou na porta de entrada para o Waynapicchu. Nosso horário de ingresso ao Waynapicchu deveria ocorrer entre 10 e 11h, com um número limitado de 200 turistas. A fila para entrar já estava bem grande e todo mundo faz um cadastro no início. Começamos a subida por volta das 10:30h. É uma subida bem puxada! Bastantes pedras, algumas escaladas quase a 90 graus, escadas sem corrimão, uma caverna bem fechada... Mas conseguimos subir todas as ruínas até o topo. Chegando lá se prepare para lutar com os turistas pelos melhores locais para fotos. Vale a pena o esforço! A visão dela é bem diferenciada e é possível ver Machu Picchu com o caminho sinuoso que leva até lá assim como o rio com a floresta densa. Tiramos algumas fotos e começamos a descida pelo mesmo caminho que subimos (parece que existe uma descida alternativa). Encontramos novamente com a nossa amiga japonesa! Finalmente chegamos ao portão de entrada por volta de 12:30h. Aproveitamos para tirar mais fotos de Machu Picchu e depois pegamos o ônibus de descida para a cidade. Almoçamos e ficamos no terraço do hotel esperando a hora da saída do trem. Conversei um pouco com a recepcionista e ela me disse que nasceu ali no Pueblo, mas que nunca tinha visitado o Machu Picchu (mesmo sendo de graça para eles)! Achei aquilo bem curioso!! Às 19h pegamos o trem em direção à Ollantaytambo. Depois de uma hora e meia de viagem chegamos ao destino final. Descemos e fomos procurar pela plaquinha com nossos nomes para pegarmos o ônibus para Cusco. Claro que não havia plaquinha nenhuma. Mais um ponto para Chasqui. Mas conseguimos encontrar algum responsável pelo transporte que nos enfiou em uma van lotada de turistas. E quem estava lá? A amiga japonesa. E quem não parou de fazer perguntas sobre o Brasil enquanto todo mundo na van queria dormir? A amiga japonesa. A maioria dos motoristas peruanos dirige nas duas pistas. Eu fui no banco da frente e não consegui dormir por conta disto. Mas chegamos bem até Cusco depois de uma hora e meia de viagem. Comemos um KFC e corremos para a o hotel Casa Hospedaje de Samblena. GASTOS: Almoço - S./ 16.5 - R$ 13.2 Lanche KFC - S./ 9 - R$ 7.2 Total - R$ 20.4 Dia 19 – Cusco (PER): City tour - Copacabana (BOL) Este foi o único dia extra da viagem. A ideia era gastá-lo em alguma cidade mais interessante e acabou ficando para Cusco. Aproveitamos o dia para conhecer um pouco mais do centro da cidade. Fomos até a Pedra de Doze ângulos e fomos literalmente expulsos da igreja principal da Plaza de Armas por ainda não ser o horário de visita. Vale a pena também conhecer o Mercado Municipal de San Pedro. Lá é possível encontrar de frutas típicas a roupas de lã. Os vendedores são bem impacientes e nem pense em tocar nas frutas deles. Experimentamos uma fruta chamada tuna e outra chamada pepino. São bem saborosas. Eu já tinha comprado a maioria dos presentes no centro da cidade e acabei encontrando as mesmas coisas neste mercado por um preço bem menos salgado! Também fomos conhecer o Museu de Arte Popular (só vale a pena porque está incluso no boleto turístico). Em geral Cusco é uma cidade bem interessante, com cafés legais e bastante turistas. A vida noturna de lá parece ser bem animada... Era hora então de seguir para a rodoviária para pegarmos o ônibus para Copacabana. Compramos passagem pela San Luiz (era uma empresa nova). Foi o pior serviço de bordo da viagem. Ônibus mais velho, sem cobertor e travesseiro e muito menos lanches. Às 22h o ônibus saiu em direção a Puno no Peru. GASTOS: Café da manha Café X3 - S./ 9 - R$ 7.2 Almoço Qóri Sara - S./ 12.5 - R$ 10 Jantar no hostal - S./ 11.5 - R$ 9.2 Hostal Casa Hospedaje La Samblena – Cusco - S./ 25 - R$ 20 Total - R$ 26.4 Dia 20 – Copacabana (BOL): City tour Chegamos à rodoviária de Puno (PER) por volta das 05h e a passagem daria direito à ida até Copacabana (BOL). O problema é que teríamos que trocar de ônibus e ninguém dava informação correta. Perguntei todo mundo na rodoviária até que um guarda me ajudou. Ao chegar a Puno, todo mundo tem que ir a um guichê chamado Titikaka. A listagem é feita por ordem de chegada e por pouco não tivemos que esperar pelo outro ônibus. Pegamos então o ônibus certo (ele se chama Titikaka da TurBus) às 06h. No ônibus ainda, um trocador de 10 anos de idade nos entregou os formulários de entrada para a Bolívia. Paramos em Puno para imigração peruana e depois na boliviana. O ônibus deixa você e você tem que fazer o trajeto caminhando. Lá ainda dá pra comprar bolivianos, mas a simpatia do cambista assusta um pouco. Chegamos ao centro de Copacabana por volta das 10h e ainda dentro do ônibus o motorista faz um discurso oferecendo hotel. Claro que não vale a pena aceitar. Mas alguns turistas acabaram aceitando depois que o cara falou que a cidade já estava lotada e com quase todos os hotéis lotados. Conhecemos um casal de cariocas no ônibus (Gabriel e Illa) e fomos juntos procurar um hotel. Achamos o Hostal 6 de Agosto que tinha um preço bom com quarto duplo e banho quente. Também aproveitamos para comprar nossa passagem de barco até a parte norte (Challapampa) da Isla del Sol (a passagem foi comprada em uma barraquinha na orla do Titicaca) e a passagem de ônibus para La Paz (a vendedora disse que o ônibus era o melhor disponível – Vicuna – e que iria para na Av. Illampu). A parte gastronômica deste dia foi quase perfeita: almoçamos na orla do Titicaca, em um restaurante chamado Coffee Europa. Comemos trucha a La mantequilla com suco de pina. O almoço estava excelente! Tomamos café no Colonial: café muito ruim e uma panqueca de pseudo-chocolate. E jantamos no Huanchaco: trucha a la parrilla. Muito bom! E também experimentei a cerveja Pasena! Durante a tarde conhecemos a Catedral de Nossa Senhora de Copacabana e subimos o Cerro Calvário (é uma subida bem puxada). Lá de cima é possível ter uma visão do Titicaca incrível! Na descida do cerro aconteceu uma cena marcante: estávamos quase chegando ao centro da cidade quando uma cholita na nossa frente simplesmente abaixou e urinou na nossa frente... Fomos saber depois que se tratava de um costume deles onde eles urinam como oferenda à Pachamama... ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Hostal 6 de Agosto - Plaza Sucre 2) Restaurante Coffe Europa - fica na orla do Titicaca. Bem fácil de encontrar. 3) Restaurante Huanchaco - não encontrei o endereço, mas fico muito próximo ao Hostal 6 de Agosto. GASTOS: Hostal 6 de Agosto - B$ 25 - R$ 8 Almoço Coffee Europa - B$ 60 - R$ 18 Passagem parte norte Isla de Sol - B$ 25 - R$ 8 Ônibus Copacabana-La Paz - B$ 25 - R$ 8 Café Colonial- BS 26 - R$ 8 Jantar Huanchaco - B$ 70 - R$ 21 Total - R$ 33 Dia 21 – Copacabana (BOL): Isla del Sol Dia de conhecer a Isla del Sol. Acordamos cedo, tomamos café na rua e fomos pegar o barco para a parte norte da ilha. O plano era descer na parte norte, caminhar até a parte sul, arranjar um hotel e voltar no outro dia cedo para Copacabana. O barco saiu às 08:30h e às 11h chegamos ao destino. Chegando lá começamos então a caminhada. Não tem muito mistério. É só andar pelo único caminho existente (com exceção da parte final onde há uma bifurcação... Mas tudo é bem indicado). A caminhada é bem interessante... É possível ver cachoeiras, plantações, alguns animais, vilarejos... Duas horas e meia depois estávamos na entrada do vilarejo maior. Lá decidimos ficar em um hotel logo na entrada. Foi sem dúvida o melhor da viagem. Ele se chama Palla Khasa e fica de frente para o Titicaca. Neste hotel nós almoçamos (pollo a la naranja), jantamos (1/2 lomo) e vimos o por do sol. Também aproveitamos para conhecer o vilarejo principal (nada de muito especial para conhecer). As crianças desta ilha merecem um destaque. Em uma destas idas ao vilarejo, encontramos com duas menininhas bolivianas no meio de uma plantação pegando um ramo. Na hora em que elas nos viram, elas começaram a pedir “caramelitos”. Pedimos para tirar fotos com ela e elas falaram que tirariam mediante pagamento. E no final elas ainda deram o tal ramo para mim... E ficaram brigando sobre o uso do ramo (se era para fazer chá ou pescado). Outro garoto especial foi o filho de um funcionário do hotel, o Miguel. Ele não falava nenhuma palavra em espanhol, mas queria brincar de bola o tempo todo... ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Palla Khasa - Yumani, Isla del Sol. GASTOS: Café Castillo - B$ 20 - R$ 6 Almoço Palla Khasa - B$ 60 - R$ 18 Hotel Palla Khasa - USD 17.5 - R$ 38 Taxa por deixar mala na 6 de agosto - B$ 5 - R$ 2 Jantar Palla Khasa - B$ 40 - R$ 12 Total - R$ 62 Dia 22 – Copacabana (BOL) - La Paz (BOL) O dono do hotel havia nos dito que diariamente saia um barco pela manhã com um número limitado de 15 pessoas até Copacabana. Ele sempre sai de um pequeno porto próximo ao hotel. Estávamos contando com isto, mas ele disse que o barco já estava cheio. A alternativa então foi caminhar cerca de 30 minutos e chegar ao porto principal. Compramos nossas passagens e ficamos esperando a hora da saída do barco. Neste momento aconteceu algo que entrou para a coleção de coisas estranhas vistas no mochilão: uma cholita de idade saiu de sua turma e foi até as margens do Titicaca. Chegando lá, ela se abaixa, tira a dentadura e lava ali mesmo, sem a menor cerimônia. Finalmente subimos no barco e demos bem sorte de termos sido os primeiros. O barqueiro foi só colocando gente até um ponto em que uma argentina ficou nervosa e fez todo o excesso sair e ir para outro barco. Nesta confusão toda perdemos no mínimo uns 30 minutos. Começamos a viagem, assim como o desconforto. Ficamos dentro de uma cabine saturada de fumaça do motor do barco e sem saída de ar. O resultado foi uma das viagens mais desconfortáveis até então. Algumas pessoas passaram mal. O jeito é tentar dormir (mesmo com o balanço forte do barco). Depois da uma hora e meia mais longa da minha vida, chegamos ao pequeno porto de Copacabana. Corremos para o hostal, comemos por lá mesmo e fomos para a rua principal pegar o ônibus em direção à La Paz. Quando compramos a passagem, a atendente nos disse que o ônibus seria da empresa Vicuna (qualidade superior). A verdade é que foi um ônibus velho e em péssimas condições de conforto. Mas não tinha o que fazer. A viagem até La Paz é quase toda feita com vista para o Titicaca (por conta disto, aconselho sentar no lado direito do ônibus). Depois de três horas de viagem (que incluía atravessar um rio em uma balsa), chegamos à rodoviária de La Paz. Também havia sido dito que o ônibus iria até a Av. Illampu. Mais uma mentira. Pegamos um táxi e fomos procurar algum hostal barato na Illampu. Acabamos encontrando o Hotel Gloria (que tinha laundry service) e tinha um preço até justo. Deixamos nossas coisas e fomos fechar o downhill de bike pela estrada da morte pela empresa El Solario. O pacote inclui bicicleta, roupas de proteção, ida e volta até a estrada, lanche, um almoço no final do passeio (incluía banho e piscina), um cd com fotos e uma camisa escrita: “Yo hice el camino de la muerte y sigo vivo”. Depois de fecharmos este tour, seguimos para o recomendado Sol & Luna. É um pub holandês bem legal. Pena que não soube escolher o prato. Pedi um frango caliente (o garçom me disse que não estava tão apimentado), mas estava muito! Não consegui comer nada... Sorte que depois fomos ao Hard Rock Café e deu para comer melhor! ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Empresa El Solario - Calle Murillo #776 esq. calle Santa Cruz. Site: http://www.elsolario.com/salar-engl.htm 2) Restaurante Sol & Luna - Calle Murillo #999. 3) Hard Rock Café - Calle Santa Cruz #399. GASTOS: Barco Isla del Sol - Copacabana - B$ 20 - R$ 6 Almoço 6 de Agosto - B$ 17.5 - R$ 5 Imposto atravessar rio (caminho La Paz) - B$ 1.5 - R$ 0.5 Lanche Sol & Luna - B$ 70 - R$ 21 Hard Rock Café - B$ 35 - R$ 4 Total - R$ 37.5 Dia 23 – La Paz (BOL) - Estação de esqui mais alta do mundo, Chacaltaya Havíamos combinado na noite anterior com um taxista (o senhor Humberto) para que ele nos levasse até Chacaltaya. Chacaltaya está localizada na Cordillera Real a uma elevação de 5421 metros de altitude. Hoje ela está desativada, mas mesmo assim muitos turistas vão até ela diariamente com o objetivo de subir até o ponto mais alto. O caminho até lá é também muito perigoso. Curvas fechadas, ribanceiras e buracos ao longo do caminho. Vimos um ônibus subindo na estrada e ficamos duvidando que ele fosse conseguir fazer o caminho sem tombar! Depois de uma hora e meia de viagem, chegamos até Chacaltaya. Havíamos sido informados na noite anterior de que não havia neve no pico, mas já no caminho percebemos que era mentira. Estava inclusive nevando! Chegando lá começamos a subida de 100 metros até o cume. Demoramos uns 20 minutos (entre tombos e fotos) e lá em cima encontramos com um grupo de sul coreanos loucos que estavam sem camisa! Tiramos mais fotos e descemos até a base de novo. Lá encontramos com uma família mochileira bem gente fina de Mato Grosso do Sul! Pegamos o táxi de volta e por volta das 14h o Humberto nos deixou na entrada do centro da cidade (a placa do carro dele não podia circular naquele dia). Seguimos caminhando até a Calle Tarija e lá encontramos o restaurante Little Italy. O restaurante é ótimo! Comi um Alfredo de Pollo, suco de limão e bruschetta de jámon y queso. O restaurante ainda oferece um Buffet de salada! Depois do almoço seguimos para conhecer a Calle de las Brujas e fazer umas compras finais. Nesta rua é possível ver os famosos fetos de lhamas, ervas e outros produtos bolivianos. Na parte da noite fomos até ao The Steakhouse para comermos carne! Comemos um T-Bone e um Skewered Chicken com uma bebida feita de suco de limão e água gasosa. Este restaurante também oferece um Buffet de pães, arroz e verduras. Mas peca pelo atendimento: poucos garçons e demora nos pratos. Além de existir um prato que leva uma apresentação pirotécnica que deixa todo o restaurante com fumaça! Depois do jantar, nos despedimos de Gabriel e Illa... ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Restaurante Little Italy - Esquina da Calle Murilo com Tarija. 2) Restaurante The Steakhouse - Calle Tarija #243B. GASTOS: Taxi ida-volta Chacaltaya - B$ 75 - R$ 23 Café da manhã - B$ 8 - R$ 2 Almoço Little Italy - B$ 120 - R$ 36 Jantar The Steakhouse - B$ 110 - R$ 33 Total - R$ 95 Dia 24 – La Paz (BOL) - Downhill de bike pela Estrada da Morte Outro grande dia do mochilão: Downhill pela estrada da morte! Acordamos às 6h e como combinado, chegamos às 7h na agência El Solario para tomarmos o café da manhã. Durante o café, os guias (eram um seis) deram as instruções do passeio e nos deram os equipamentos que iríamos usar: uma camisa de bike, casaco/calça corta-vento, luvas, capacete e protetores para joelho e cotovelo. Partimos então para a descida. Eram mais ou menos umas 50 pessoas. A primeira parada foi no La Cumbre (mais ou menos uma hora de La Paz). Lá, eles nos deram mais instruções e então nos deram as bicicletas. De lá começamos a descida. Era uma descida asfaltada que não fazia parte do caminho da morte ainda. O trajeto levou mais ou menos uma hora. A descida ficou mais complicada quando passamos por um trecho de neblina densa. Era complicado porque tínhamos que dividir a pista com caminhões e muitas pessoas caíram (tombos bem feios, aliás!). Toda a descida é acompanhada pelos guias. Ninguém fica sem acompanhamento e em diversos momentos eles gritam quando a pessoa está fazendo algo errado. E quem não consegue fazer o trajeto pode ir para a van e descer mais confortavelmente. Passamos por dois postos: um policial e outro turístico. Neste turístico pagamos uma taxa de B$ 25,00 para seguirmos caminho até a estrada da morte. Lá nós pagamos, lanchamos (a agência banca coca-cola, sanduíche de queijo, banana e chocolate) e colocamos as bicicletas na van para seguirmos até o inicio da estrada da morte. Chegando lá recebemos mais instruções (como a de sempre seguir pelo lado esquerdo – ou seja, do lado da ribanceira) e começamos a descida. Ela é marcada por uma paisagem tipicamente amazônica com presença de cachoeiras (inclusive no meio do caminho) e muita, muita pedra. A descida foi bem mais tranquila do que imaginava. Ao longo da descida um guia fica tirando fotos... Fizemos quatro paradas (quem chegasse primeiro a cada parada tinha que esperar o restante do grupo). A última parada aconteceu em um barzinho a 1200 metros de altitude. Muito quente e com muito mais ar disponível! Chegamos lá por volta das 14h e todo mundo acaba tomando uma cerveja para comemorar a descida! Assim que todos chegaram seguimos para o restaurante La Jongla (também incluído no pacote). Este restaurante fica no meio da floresta e se prepare pra enfrentar mosquitos! Saí de lá marcado... Acabamos o almoço, esperamos os atrasados e seguimos viagem até La Paz. Foram quatro horas de viagem e chegando lá fomos até a agência pegar nossa camisa e as fotos. Era o último dia do mochilão. Deixamos este dia para comemorarmos em algum restaurante melhor. Fomos até a Av. 20 de Octubre, que é uma região nobre de La Paz. Prédios altos, ruas limpas... Bem diferente da realidade da Av. Illampu. Escolhemos um bistrot francês (mas o cardápio não era francês e a música era brasileira). O melhor é que dá pra esbanjar em um restaurante destes e mesmo assim pagar barato! Comi um pollo al curry e mousse de chocolate, tiramisu e creme brûlée para sobremessa e ainda um champagne com calda de cassis. E tudo isto pagando apenas uns 40 reais! Acabamos, fomos para o hotel e arrumamos nossas malas... Último dia do mochilão... ENDEREÇOS IMPORTANTES: 1) Restaurante La Guinguette - Calle Fernando Guachalla 399, esquina com Avenida 20 de Octubre. GASTOS: Descida Estrada da Morte - El Solario - 50 USD - R$ 109 Entrada Estrada da Morte - B$ 25 - R$ 8 Táxi ida e volta Av. 20 Oct - B$ 11 - R$ 3 Jantar La Guinguette - B$ 120 -R$ 36 Total - R$ 156 Dia 25 – La Paz (BOL) - São Paulo (SP) - Juiz de Fora (MG) Acordamos às 3h e o Humberto (taxista) já estava nos esperando para irmos para o aeroporto. Às 3:40h chegamos ao Aeropuerto El Alto. Lá no check in, descobrimos que nosso voo iria para Santa Cruz de La Sierra antes. Deve-se pagar uma taxa de 25 USD pelo uso do aeroporto! O voo atrasou por conta das péssimas condições de tempo, mas às 07:50 voamos em direção ao Aeropuerto de Viru Viru. Lá fizemos os serviços de imigração e também tivemos nossas mochilas revistadas. Às 10:45 levantamos voo em direção a São Paulo e nosso mochilão tinha chegado oficialmente ao fim. Chegamos ao Aeroporto de Guarulhos três horas depois e lá pegamos um ônibus até a rodoviária e outro até Juiz de Fora. GASTOS: Taxi Illampu-Aeroporto B$ 35 - R$ 11 Café Alexander - B$ 27 - R$ 8 Taxa de uso do Aeroporto El Alto - 25 USD - R$ 55 Ônibus Guarulhos - Rodoviária - R$ 25 Passagem São Paulo - Juiz de Fora - R$ 85 Total - R$ 183 É isso, pessoal! Qualquer dúvida é só perguntar!! Espero ajudar o máximo possível e também espero que todos animem a fazer esta viagem!! Editado Abril 25, 2014 por Visitante 2 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores DSS Postado Julho 25, 2013 Colaboradores Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Mandou MUITOOO!!!! Relato completíssimo! Show! Até a próxima! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros luci f. Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Valeu pelas dicas! Algumas dúvidas, nos Hostels não aceitam cartão? Problema com cartão foi só no Peru? no Atacama, conseguiu usar cartão? Você foi com passaporte ou RG? To levando só RG, mas estou um pouco apreensiva de exigirem o passaporte. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rafael Paiva Postado Julho 25, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Valeu pelas dicas! Algumas dúvidas, nos Hostels não aceitam cartão? Problema com cartão foi só no Peru? no Atacama, conseguiu usar cartão? Você foi com passaporte ou RG? To levando só RG, mas estou um pouco apreensiva de exigirem o passaporte. Oi luci f. ! Todos os hostels que fomos aceitavam cartão. O problema foi no Peru mesmo (nem na função crédito o cartão funcionava). Na Bolivia não tivemos problema algum e no Atacama tivemos problema apenas com caixas eletrônicos fora do ar (mas no final deu certo). Então a dica é levar dinheiro vivo mesmo! Sobre a documentação, só o RG já serve mesmo! Alguns brasileiros que encontramos foram com RG e não tiveram problema algum! Qualquer coisa é só perguntar. Mais tarde postarei o restante das fotos! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Adriana S Barros Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 fiz essa viagem em janeiro e foi demais .. parece que em cada lugar a gente passa um perrengue mas no final vale muito a pena! muito bom seu relato, me fez ficar com saudades e tomar coragem pra terminar o meu! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rogér1o Cruz Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Parabéns!!! Show de relato!!!! O que vcs dizem do tour do Valle del Colca??? Vale a pena? Estou pensando em ir pelo menos no passeio de 1 dia... apesar de cansativo... mas nunca se sabe qdo terá outra oportunidade... Abraço! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rafael Paiva Postado Julho 25, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Parabéns!!! Show de relato!!!! O que vcs dizem do tour do Valle del Colca??? Vale a pena? Estou pensando em ir pelo menos no passeio de 1 dia... apesar de cansativo... mas nunca se sabe qdo terá outra oportunidade... Abraço! Valeu, rogerzurc! Sinceramente o Valle foi um dos tours que menos nos chamou a atenção. Mas em nenhum outro passeio você consegue ver as terraças como este. Fora que o cânion é bem bonito! Mas alguns pontos desanimam, como um turismo totalmente baseado em pegar dinheiro dos turistas: ter que pagar uma taxa para entrar em Chivay, as paradas nos vilarejos são totalmente estratégicas (tirar fotos com cholitas, aves, lhamas) e por ae vai. E tem que ter muita paciência para ficar esperando o condor aparecer! Tirando isto, vale muito a pena! Principalmente se vc ta com tempo e grana! abraço Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores mipocione Postado Julho 25, 2013 Colaboradores Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Amei as fotos!! Qual a sua câmera?? Abs Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutinhabh Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 olá, Estou indo em Outubro e procurando vários relatos. O seu é perfeito. Várias dicas importantes, valores e roteiro completo. Muito legal sua viagem. e as fotos......!!!!!!!!!!!! Adorei. Muito obrigada por ter feito o relato. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Mariliafefe Postado Julho 25, 2013 Membros Compartilhar Postado Julho 25, 2013 Nossa adorei seu relato, bem Completo! Vou fazer o meu mochilão daqui a 20 dias e vou anotar algumas dicas! Queria te perguntar sobre machu picchu. Foi tranquilo comprar? Em relação a vagas e etc? Pq estou com esse receio e estou até pensando na possibilidade de comprar aqui no Brasil pra não ter esse contratempo de chegar la e nao ter mais vaga. De qualquer forma parabens! Adoreino relato e lindas fotos! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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