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Seria um sábado igual a todos os outros, se não fosse por minha inquietação, um formigamento, uma vontade de viajar, de colocar a mochila nas costas e cair no mundo! Mas tinha um pequenino problema: Eu estava sem grana, ou melhor, com a grana curta. Dei um confere na carteira, assaltei o porquinho de moedas e os meus parcos recursos totalizaram um pouco mais de R$ 50,00 (fim de mês é barril! rsrsrs)

 

Resolvi então fazer um trekking urbano e cultural por Salvador. Isso mesmo, trekking! Nada de ônibus nem táxi, a melhor maneira de se curtir uma cidade e vivenciá-la é andando! Sem falar que a grana estava curta.... Como algumas atrações são bem petinho uma da outra, fiz um roteiro básico na minha cabeça, inclusive de lugares que queria ver de novo, como a maravilhosa Exposição de Auguste Rodin (nem precisei ir à Paris! heheh) e abaixo descrevo-o em detalhes:

 

 

Bom, saí de casa cedo, cerca de 08:00h, desci umas das milhares de Ladeiras de Salvador, esta em especial, onde morou minha família por mais de 50 anos, é a Ladeira do Pepino, cheguei ao Dique do Tororó, uma lagoa artificial construída na época do Brasil Colônia, em cujas águas pode-se fazer passeio de barco (R$ 10,00 por pessoa) ou pedalinho (R$ 4,00 por pessoa) para observar as esculturas (estátuas) gigantes dos Orixás do Candomblé, obra do artista plástico soteropolitano Tatti Moreno.

 

 

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Segui em direção a Estação da Lapa, e após passar por suas instalações sujas e abandonadas pelo poder público, cheguei à Praça da Piedade, passei pelo Relógio de São Pedro e na Avenida Carlos Gomes fui até à Caixa Cultural, não deu pra visitar a Exposição “Direitos Humanos no Brasil” pois esta, somente estaria disponível para visitação a partir de 29/03/2011. O Release:

 

“A CAIXA Cultural Salvador apresenta, a partir desta terça-feira (29), a exposição Direitos Humanos no Brasil. Composta por imagens de diversos fotógrafos e pinturas de artistas, que recontam as conquistas cívicas e os avanços da sociedade brasileira. A mostra fica em cartaz até 8 de maio. O acesso é gratuito.

A exposição retrata a conquista do território brasileiro por parte dos portugueses, a dominação e o extermínio de inúmeros povos indígenas. Retrataa também a escravidão negra, com a provável chegada das primeiras levas de africanos, em 1502, até a total libertação da escravatura, com destaque para a história marcante do Quilombo dos Palmares, os mercados de escravos e a revolva dos Malês ocorrida em Salvador. A mostra também visita o massacre de Canudos, a Revolta da Vacina e da Chibata, e as lutas por melhores condições de trabalho, as primeiras greves, o tenentismo, a Revolução de Trinta e outros importantes capítulos da história cívica nacional recente.”

 

 

Praça Castro Alves

 

Continuei a caminhada pela Avenida Carlos Gomes, local onde passam os trios elétricos no carnaval (circuito Campo Grande), em direção ao Centro Histórico, onde meus olhos foram presenteados com uma das vistas mais bonitas desta cidade: A Praça Castro Alves e o monumento do Poeta com sua mão estendida sobre a Baía de Todos os Santos.

 

“A praça! A praça é do povo

 

Como o céu é do condor...” (Castro Alves)

 

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Aproveitei que do outro lado da Praça, tem o Espaço Cultural de Cinema Glauber Rocha (Cine Unibanco) e fui ver as novidades (mentira! Fui fazer xixi mesmo!! kkkk). Passei nas ótimas livrarias pra ver se tinha alguma promoção, consegui resistir às tentações, afinal estava dura...

 

Segui pela Rua Chile, passei na Praça da Sé, onde se encontram-se as ruínas de antigo templo de prática religiosa, construído em 1553, e também o monumento “Cruz Caída” do escultor Mário Cravo Jr., neste local, assim como na Praça Castro Alves, se tem uma vista panorâmica para a Baía de Todos os Santos e também para a Cidade Baixa.

 

 

Minha intenção era visitar o Museu de Enfermagem Anna Nery, pois desde sua inauguração, que tenho muito interesse em conhecê-lo, em especial por conta da exposição permanente sobre a enfermeira e heroína baiana Anna Nery, assim como Castro Alves é da região do Recôncavo da Bahia.. O Museu abre aos sábados a partir das 13:00 horas, como ainda era muito cedo, aproveitei para dar um passeio pelo histórico bairro de Santo Antonio Além do Carmo.

 

 

Fui até o Forte de Santo Antonio, um lugar muito bonito e pouco visitado pelos turistas e mochileiros. Estava rolando um batizado de capoeira e fiquei por lá, curtindo as rodas de capoeira e o som do berimbau, o visual é maravilhoso! uma brisa maravilhosa!!! muito bom! Um pouco da história do Forte:

 

"O Forte foi edificado em 1625 em homenagem ao negro Antonio que combateu sozinho, a pedradas, as tropas de Maurício de Nassau evitando a exploração Holandesa (1624). Por consequência deste ato, o Padre Antonio Vieira pregou um de seus sermões (1638) à beira de suas trincheiras. O mesmo lugar serviu de presídio para negros malês (em 1835), e foi, inclusive, local de nascimento do ator Xisto Bahia (1841). Propriedade da União cedida ao Estado, o Forte de Santo Antônio é administrado pelo IPAC, órgão da secretaria de Cultura (SecultBA), que também restaurou e tombou o prédio secular como Patrimônio da Bahia. O forte, que sedia academias de capoeira, fica no mesmo lugar da extinta trincheira de defesa Baluarte de Santiago, construída em 1627, após a expulsão dos holandeses de Salvador. Na década de 1950, foi transformado em Casa de Detenção desativada depois em 1976."

 

Santo Antonio Além do Carmo

 

Santo Antonio Além do Carmo é um bairro dos mais antigos de Salvador, vizinho ao Centro Histórico onde existem vários casarões, a maioria dos quais transformados em pousadas e pequenos hotéis, ou residência de artistas e intelectuais, inclusive Regina Casé, até entrei na obra da casa dela para dar uma espiadinha hehehhee. O que mais me deixa maravilhada caminhando por este local é o rico conjunto arquitetônico formado por fortes, lindos casarões em estilo barroco e igrejas. Mesmo na época do Brasil Colônia, ali já era bairro, são 400 anos de história. No pequeno Largo da Rua Direta de Santo Antonio encontra-se o Monumento Cruz do Pascoal, erguido em devoção à Nossa Senhora do Pilar pelo antigo morador do bairro Pascoal Marques. Já passava das 13:00h e aproveitei pra almoçar. No Centro histórico tem diversas opções de restaurantes, para todos os gostos e para todos os bolsos, como meu bolso tava “no osso” (rimou! rsrsrs), fui até a O Bar/Restaurante Cruz do Pascoal para saborear a famosa carne do sol com purê de aipim (R$ 14,00), acompanha é claro de uma cerveja bem gelada! (R$ 3,50)

 

Desci a Ladeira do Passo, onde encontra-se a Igreja onde foi gravada a minissérie da rede globo “O Pagador de Promessas”, e em cujas escadarias, todas às terças feiras, a partir das 20:00h, realiza-se show do cantor Gerônimo, precursor da “ axé músic”, famoso na década de 80.

 

 

Museu Casa de Benin - O espaço abriga uma rica coleção de objetos e obras de arte da região do Golfo do Benin, de onde desembarcaram a maioria dos negros que povoaram o Recôncavo. Tal acervo pertence, em sua maioria, à coleção do antropólogo e fotógrafo francês Pierre Verger. A Casa do Benin, aberta diariamente das 12h30 às 17h30, promove exposições temporárias, oficinas e disponibiliza para a comunidade uma biblioteca especializada em África e Cultura Afro-Brasileira. Vale a pena visitar!

 

 

 

Museu de Gastronomia – “Comer com os olhos, comer com colher, comer de garfo e faca, comer de mão” - É o primeiro museu dedicado a Gastronomia na América Latina, foi inaugurado em 2006, por iniciativa do SENAC/BA. Por pura negligência nunca visitei este museu, um desleixo imperdoável, visto que me interesso muito pela matéria. O Museu faz parte integrante do Complexo SENAC Pelourinho, pioneiro na realização de pesquisas etnohistóricas e etnográficas, tendo como orientação a antropologia da alimentação. É dividido em três espaços: É integrado por uma sala de exposições, um restaurante típico, com 40 pratos e 12 sobremesas tradicionais, e a “Doces & Livros”, ambiente literário com publicações sobre gastronomia. Como eu já havia almoçado, comprei cocadas e doce de tamarindo (R$ 4,00).

 

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Museu da Cidade - Tem gente que chega na porta deste museu bate umas fotos na fachada (muito linda!), mais fotos com as estátuas de orixás em tamanho natural, fotos com trajes das baianas e vai embora. Muitas não sabem que ali encontram-se peças de uso pessoal do poeta Castro Alves e pinacoteca com um belo acervo inclusive manuscritos do Poeta. Muito emocionante, já tinha um tempão que eu não entrava lá, por alguns instantes fiquei imaginando o Castro Alves recitando ..ai.ai.. eu e minhas “viagens” ...rsrsrs. O museu fica no Largo do Pelourinho, 3, Pelourinho, ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado.

 

 

Casa de Jorge Amado – Ninguém escreveu com tanta fidelidade a Bahia como Jorge Amado, no museu em sua homenagem estão as primeiras edições de seus livros, alguns manuscritos originais, a máquina de escrever do escritor, fotos, cartões postais e um verdadeiro acervo de sua vida. E agora totalmente reformado conta com uma exposição permanente dotada de novas tecnologias, painéis touchscreen e tradução dos textos demostrativos para o inglês o francês. É muita coisa pra ver!! Muito interessante e enriquecedor! Para quem gosta, como eu, é prato cheio! Agora é cobrada taxa de visitação de R$ 3,00 (meia entrada).

 

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A Fundação Casa de Jorge Amado é o prédio de fachada azul e o Museu da Cidade é o de fachada amarela

 

Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery - MuNEAN - Ufa! Finalmente vou conhecer!!! Entrei toda desconfiada (bicho do mato é assim mesmo! Rsrsrsr). O Museu tem exposição permanente interativa sobre a Enfermagem no Brasil e no Mundo, com inovações tenológicas, achei muito interessante. O Museu conta, também, com exposição sobre a vida de Anna Nery, fiquei super emocionada quando vi o uniforme e sapatos utilizados por ela na Guerra do Paraguai, uma heroína brasileira, por quem tenho muita admiração. Já estive na casa onde morou Ana Néri em Cachoeira-BA (está instalado atualmente o Museu de Gravuras Hansen Bahia) mas esta visita em especial foi diferente e emocionante. Por fim, aproveitei para conferir a exposição: “Amor Primeiro – Um Passeio Fotográfico Sobre as Primeiras Relações” de autoria da enfermeira e fotógrafa Fernanda Sá.

 

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Fiz todo o caminho de volta e depois da Praça da Sé passei na Galeria Pierre Verger pois queria comprar uns cartões postais e verificar se o livro “Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Baía de Todos os Santos” estava em promoção ou por algum milagre havia baixado de preço, que nada! Nem os postais eu comprei!! A galeria é bem pequena e aconchegante, nela há uma pequena exposição de fotos do francês radicado na Bahia. Eu gosto muito das fotos que estampam as camisetas e bolsas que também são vendidas na Galeria.

 

Segui em frente e não resisti a um sorvete da Sorveteria Cubana (2 bolas R$ 5,00), desci o elevador Lacerda e segui pela Avenida Contorno, este trecho é deveras perigoso, tem uns malandrinhos que ficam circulando péla área, pra não “dar mole” mesmo sendo “madeira de dar em doido”andei rápido (uma sacanagem pq a vista é belíssima e panorâmica!!! hunf!) e coloquei o celular e o pouco dinheiro que tinha por baixo do short, aconselho pegar um táxi (putz! O taxista vai “se retar” pq é um trecho muito curto! mas a segurança em primeiro lugar, paciência....).

 

 

Solar do Unhão - Museu de Arte Moderna da Bahia – Show de Jazz

 

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O Solar do Unhão é uma construção datada do século XVII, um conjunto arquitetônico composto por Casa Grande, Capela e Senzala, era um antigo Engenho de Cana de Açucar à beira mar, hoje a antiga Casa Grande abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia, a Senzala abriga um restaurante de comidas típicas e a Capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição continua por lá, em bom estado de conservação.

 

O MAM conta com oito salas de exposição, sala de vídeo, teatro-auditório, biblioteca especializada e banco de dados. O museu tem um representativo acervo de arte contemporânea, com cerca de mil obras. Podem ser lá apreciados diversos trabalhos de artistas famosos como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Di Cavalcan-ti, Rubem Valentim, Pancetti, Carybé, Mário Cravo e Sante Scaldaferri. Pena que não tem uma obra da Pintora Mexicana Frida Kahlo (heheheh eu iria adorar!). Na área externa do Solar do Unhão funciona o Parque das Esculturas, um museu a céu aberto, à beira mar estão obras feitas por Bel Borba, Carybé, Chico Liberato, Emanoel Araújo, Fernando Coelho, Juarez Paraíso, Mário Cravo Júnior, Mestre Didi, Sante Scaldaferri, Si-ron Franco, Tati Moreno e Vauluizo Bezerra. Carybé construiu o gradil que cerca o espaço e também assina o projeto de um painel de concreto, localizado na parte final do jardim e do portal de entrada. A estrutura em ferro representa o sol e símbolos do acarajé.

 

Jam Session – Aos sábados rola shows de Jazz na área externa, muita gente bonita e alto astral!Este será um capítulo á parte no final do relato. Aguardem!

 

 

A demora foi pouca, continuei meu passeio cultural e alternativo, sob o sol escaldante, seguindo pela Avenida Contorno e chegando até o Campo Grande, desci o Corredor da Vitória. Este trecho também é perigoso, aconselho pegar um táxi até o Campo Grande (R$ 5,00 ou menos)

 

 

Museu Geológico da Bahia – Eu fiquei fascinada por este Museu, acho que todos os Museus de História Natural e Geológicos devem ser parecidos, eu estive apenas neste. Fiquei muito admirada com um meteoro gigante que caiu no sertão baiano, trata-se do maior meteorito do Brasil e o 11º do mundo. o miserável é enorme! Risos... Eu fiquei “bolada” com as fotos em preto e branco dos caras tentando removê-lo no século passado, coitados dos escravos e animais de tração, devem ter sofrido muito.

 

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"Bendengó

Em 1784, o meteorito de Bendegó foi encontrado pelo garoto Bernardino da Motta Botelho. Foi transportado para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, mais de 104 anos depois, em 1888. Trata-se do maior meteorito do Brasil e o 11º do mundo, com 2,20 x 1,45 x 0,58 cm de tamanho e 5.360 quilos.

A primeira tentativa de remoção, em 1875, pretendia levar "a pedra", como o meteorito é chamado ainda hoje no sertão, para Portugal, por "conter ouro e prata".

A tentativa foi frustrada, pois apesar de ter sido colocado em cima de um carretão, puxado por 20 juntas de bois, acabou tudo despencando ladeira abaixo e caindo no riacho Bendegó.

Em 1811, Mornay visitou o local e tirou pequenos pedaços, enviando para a Sociedade Geológica de Londres, comprovando ser um meteorito de ferro e 6,5% de níquel.

A pedido de D. Pedro II, por solicitação de alguns membros da Academia de Ciência de Paris, comandada pelo engenheiro José Carlos de Carvalho, em 1887-1888, em pleno sertão, na região próxima a Canudos, conseguiu trazer o meteorito, vencendo 115 quilômetros de estrada de terra até a estação de trem mais próxima.

Levada depois de trem para o porto - marco na história do transporte no país - , chegou por fim ao Rio de Janeiro. Na época era o maior meteorito exposto em um museu no mundo. Tanto que foi feito uma replica em madeira, no Arsenal de Guerra, que figurou na Exposição Universal de 1889, em Paris, quando foi comemorado os 100 anos da Queda da Bastilha e foi inagurada a Torre Eiffel. Réplica que se encontra no Palais de la Deócuverte, também em Paris.

O Bendengó era tão famoso que Albert Einstein, ao visitar o Rio de Janeiro, em 1925, fez questão de ser fotografado junto dele.

 

 

 

Museu de Arte da Bahia – Estava muito ansiosa para conhecer este museu (mentiiiiira!!! estava apertada pra fazer xixi e com sede). Bom, eu não gostei deste museu, não saberei explicar o porque, mas digamos que ele não me emocionou...O Museu abriga quadros de grandes pintores baianos, móveis do século XVIII, coleção de porcelana orientais etc.etc. etc. Informações:http://www.funceb.ba.gov.br/mab/acervo.htm

 

 

 

Exposição Auguste Rodin: Homem e Gênio.

 

Quando eu cheguei na Porta do Palacete das Artes pensei comigo: P*ta que pariu, que lugar lindo!! Até parece que era a primeira vez que eu ia lá, mas mesmo não sendo é sempre um sentimento diferente.

Pequena descrição do local:

“O Palacete das Artes Rodin Bahia está instalado na antiga residência da família do Comendador Bernardo Martins Catharino. Construção histórica datada de 1912 em estilo eclético, o prédio é composto por quatro pavimentos, com painéis parientais, vitrais alemães, parquet, forros ornamentais e elevador francês em funcionamento. Na área externa há um charmoso jardim que abriga quatro esculturas em bronze do artista plástico Auguste Rodin: L'homme Qui Marche Sur Colome, Torse De L'ombre, La Martyre e Jean de Fiennes Nu. Além do Salão de Arte Contemporânea interligado ao Palacete através de uma passarela, que abriga exposições de curta duração, há ainda o acervo natural que destaca-se por sua diversidade, a exemplo da frondosa mangueira, da amendoeira e de outras espécimes.”

 

É a primeira vez que o Museu Rodin Paris cede por tanto tempo as peças para uma exposição, são 62 obras originais. Assinei o livro de vistas, e entrei, logo de cara, uma das mais conhecidas esculturas de Rodin: O beijo! muito fantástico!! Estava lá eu diante de obras originais de um gênio da escultura e nem precisei ir à Paris!!!! Foi impressionante ver de perto obras, até então, só vistas por mim pela tv, livros e revistas. Fiquei admirando as obras: O Pensador, O beijo, Eva, O Sono e o molde original em gesso da obra inacabada “A Porta do Inferno”, uma obra intrigante e fantástica, dela foram retiradas posteriormente as esculturas: Meditação e O Pensador. A Exposição é fantástica! Imperdível! Infelizmente não é permitido fotografar ::bad::

 

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Na volta próximo ao Largo da Graça não resisti ao passar na Porta da Delicatessen Doces Sonhos, eu já sabia que isso iria acontecer!!!! uma casa especializada em tortas doces e salgadas. Comi uma deliciosa fatia de torta de camarão com cream cheese (R$7,00) + refrigerante (R$ 4,00), pense aí numa delícia? Pensou? Hummmm não é atoa que é um lugar super bem conceituado, fora as instalações bem legais.

 

Pus me a caminho em direção à Ladeira da Barra, e fiz uma rápida visita à Alliance Fracese, local onde tem um charmoso Café, e sala de cinema, muito requintado e com uma vista maravilhosa!! um local de glamour, muito fino e chique! Frequentado pela nobreza soteropolitana e eu lá sentadona, de mochila nas costas, toda suada, sendo observada pelas senhoras finas, elas me olhavam atravessado... kkkkkk ô vida de mochileira !! Meu Deus!! Fiquei apreciando a vista panorâmica, para quem gosta de fotografias este é um local estratégico, lembrei de uma música de Jota Velloso, gravada por Maria Bethânia: “Espelho virado ao céu... Kirimurê linda varanda...De águas salgadas mansas...” segui em frente e fiz uma visita inusitada:

 

 

Cemitério dos Ingleses da Bahia - Esse cemitério estava lá abandonado por muitos anos e após uma reforma virou uma atração para visitas, achei curioso e sempre quis conhecer, eu havia lido uma matéria sobre ele numa revista local. A historiadora Inglesa Sabrina Gledhill tem um blog com toda a história da restauração dessa necrópole, um marco da passagem dos britânicos na Bahia.

http://cemingba.blogspot.com/

 

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Lá se vai eu descendo a Ladeira da Barra, passei pela frente do Iate Clube da Bahia, fiquei observando as luxuosas lanchas e iates dos ricaços de Salvador... O caminho todo é acompanhado pela vista panorâmica da Bahia de Todos os Santos, um espelho virado ao céu mesmo!!! Ufa! finalmente cheguei ao Porto da Barra, estava lotado, pra variar... Deixei minhas coisas com o Carlinhos, vendedor conhecido pelos frequentadores do Porto da Barra, o calor muito forte me fez cair nas águas deliciosas do Porto, uma maravilha pra nadar!! perfeito!! ai que alívio!!, o rosto estava ardendo do sol, mesmo tendo passado protetor solar de 2 em 2 horas, o sol daqui é muito forte! Nadei e mergulhei pra lá e pra cá, fui nadando até os barcos, a água estava uma delícia!!! depois sentei na areia e tomei umas cervejas, com alguns conhecidos que estavam por lá fazendo um som, curtimos o pôr do sol, que foi aplaudido por toda a praia.

 

 

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Depois de ter me secado e trocado a blusa, tomei um ônibus (Praça da Sé - R$ 2,50) até o MAM pra curtir o show de Jazz (R$ 5,00 meia entrada), que rola todos os sábados, com muita gente bonita, descoladas e muitos moderninhos. Imperdível!! muito bom!!! o show acabou por volta das 22:00h, subi pelo Largo 2 de Julho, junto com a turma que pega o buzu, a área é perigoso como relatei anteriormente, mas foi tranquilo em grupo.

 

 

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Encontrei no caminho uma amiga que não via há muito tempo e resolvemos saborear um delicioso arrumadinho vegetariano (R$ 24,00) no Bar Mocambinho, um lugar muito especial frequentado por artistas do Bando de Teatro Olodum (os mesmos que compuseram o elenco do filme/minissérie Ópaió) e estudantes do curso de Mestrado da UFBA (fica ao lado do Bar e é onde estuda a minha amiga). Eu não sou vegetariana mas o prato realmente é muito saboroso!!! Colocamos algumas novidades em dia e tomamos umas cervejas. Paguei com cartão de crédito pois meu dinheiro havia acabado, total R$ 46,50/2 = R$ 23,25 para cada.

 

Mocambinho Bar

Rua da Faísca, 12 - Centro - Largo Dois de Julho

Funcionamento de terça a sábado

Das 18:00 ás 02:00

Fones (71) 3328 1430

 

 

Foi um dia realmente muito proveitoso, dentro das minhas limitações de grana, consegui fazer um passeio muito bacana, todo ele caminhando (com exceção da volta) dentro da minha cidade, curtindo principalmente uma coisa que eu adoro: Museus! E ainda com direito a umas cervejinhas heheheh . Fica a dica para os mochileiros que visitam Salvador, apesar do descaso com nossa cidade por parte de seus gestores, tem muita coisa bacana pra se fazer por aqui e mesmo em meio ao mau cheiro e lixo espalhado pela cidade dá pra vivenciar o belo, o histórico, o alternativo, o cultural! Mas a inquietação continuou !! rsrsrsrsr ::lol4:: Aguardem o Mochilão Cultural em Salvador – parte II. ::otemo::

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Vou aproveitar que estou em casa e colocar mais algumas fotos.

 

 

Dique do Tororó

 

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Santo Antonio Além do Carmo

 

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Museu Geológico da Bahia

 

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Cemitério Inglês

 

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  • Membros
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Show de bola!

 

"Madeira de dar em doido" foi tudo, rachei de rir aqui imaginando vc se atracando com os trombadinhas que andam por ali... ::lol4::

Mas não aconselho ninguém a subir a contorno a pé, é realmente muito perigoso...

 

Me chama na proxima, há tempos n visito o centro histórico! haha ::otemo::

  • Membros de Honra
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kkkkkk "Madeira de dar em doido"mas às vezes me pelo de medo daqueles trombadinhas, este trecho tem q ser feito de táxi mesmo...

 

Eu sempre faço esses trekkings aqui pela cidade, qdo rolar eu te falo!!

 

abração!

  • Membros
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Olá Frida!

Muito legal e esclarecedor o teu relato. Um ótimo roteiro prá quem esta de "bobeira" mochilando descompromissado e sem seguir aquele programa de "turistão empacotado". A culinária parece que é o forte por ai, e essas partes do seu relato sobre a carne de sol com purê de aipim, doce de tamarindo, torta de camarão com cream cheese, cervejotas estupidamente geladas etcetera..., aguçaram as minhas lombrigas e deixaram-me de agua na boca. Foram devidamente anotadas como referencias de alimentação para uma futura viagem. Além da culinaria baiana, gosto muito da sua arte. Gosto de Caribê (seus desenhos possuem uma sintese genial), das esculturas de Mario Cravo e de outros artistas baianos anônimos. De Jorge amado, gosto do romance "Terras do sem fim" , que me lembram de meu Avô Victor, que era de Vitória da Conquista e que parecia personagem do livro (tinha cara e jeitão de pistoleiro de Coronel...kkkkkk). Ah Bahia...um dia eu ainda vou dar um pulinho ai e conferir os encantos da "Boa terra" com meus proprios olhos... Abração Frida

Obs: Aguardamos a parte dois do relato e não se esqueça de entregar os points para se desgustar um bom vatapa, acarajé e outras coisitas mais da Bahia, OK? Bjs... 8)::otemo::

  • Membros de Honra
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Oi Klauszz,

 

Essa parte da gastronomia é a melhor! A parte II está encaminhada e vai ser com muito azeite de dendê e moquecas!! também terá uma parte pitoresca: peguary, lambreta e caranguejo!!

 

Tenho certeza que vc vai adorar os acarajés, moquecas, bolinho de estudante... E os passeios tb!!! abraços!!!!

  • Membros de Honra
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Frida,

 

Tinha postado uma resposta e não sei o que aconteceu "sumiu" mais vamos lá, outra vez.

 

Muito bom seu trekking urbano. ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Depois de vários anos longe de minha terra natal, estou de volta para uns dias de "pernas para o ar e água fresca" então por esses dias tenho feito muito trekking urbano, alias posso dizer que tenho andado mais do que andei no vários anos vividos aqui, mais sempre é assim, vocÊ vai para longe e sente sauades e na volta parece que é mais bonito, embora os governantes deixem muito a desejar no quisito "conservação das cidades"

 

Mais é sempre bom exaltar o que há de bom em nossa terra querida e também mostar o que esta abandonado pelo poder público.

 

Estou escrevendo meus relatos para depois postar.

 

Já visitei Salvador duas vezes e é bom rever através do seu relato muito lugares que conheci e alguns que não visitei, já ficam anotados para uma próxima viagem.

 

Maria Emilia

  • Membros de Honra
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Opa!!

 

Maria Emília, estamos no aguardo dos seus relatos por esta terra linda que é o Pará. Lembro que fiquei completamente apaixonada ::love:: depois que assisti a uma série de vídeos no site UOL, de um casal que viajou pra lá. Os vídeos são em série de 5, eu super recomendo!!!

Abaixo os links, qdo tiver um tempinho dá uma olhada!!!

 

http://mais.uol.com.br/view/7945qmbpogar/pod-par--parte-1-belm-icoaraci-ilha-de-maraj-04023660D8818366?types=A&

 

A partir do video nº 01, tem os links para os demais! Fiquei apaixonada por: Marajó, Salvaterra, Soure e Monsarás, com certeza sewrá um destino de viagem em breve!!! ::love::

 

Qdo vier de novo a Salvador, faço questão de dar dicas de uns passeios bem bacanas!! ::otemo::

 

No aguardo dos relatos!!! abraços!

  • Membros de Honra
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Valeu, Márcio!!! Obrigada!!!

 

Se precisar de ajuda e qq informação, estamos aái!! um abraço!!!

 

Fernanda

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