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Então gente

Mês passado (Janeiro de 2016), tirei férias e fui me novamente mochilar ::hãã::

Foram 24 dias de estrada, perrengues e lugares incríveis na Bolívia e Perú

Já tinha feito um mochilão pela Bolívia e prometi que voltaria para conhecer outros lugares, pois além de ser barato o país realmente tem muitas belezas naturais. Segue link do relato que fiz aqui em 2015: 13-dias-na-bolivia-1-mochilao-da-vida-t108514.html

 

 

 

Além da Bolívia, tb acrescentei o Peru (Arequipa , Puno e Cusco) , porém não consegui ir em Arequipa e depois vocês descobrirão o porque ::grr::

A ideia era ir com o namorado novamente, mas como ele não conseguiu férias no mesmo dia que eu, fiquei uma semana sozinha mochilando e depois combinamos de nos encontrar em Oruro, na Bolívia.

 

Ao todo eu e ele gastamos 4.500 reais (2.250 p/ cada um, incluindo passagem aérea, comida, hospedagem, passeios etc) No final da trip minha mãe me apoiou com mais 350 pilas porque ficamos sem nada de dinheiro na volta, devido ao caminho desconhecido que é a Rodovia Transoceânica (que liga Cusco ao Brasil, pelo Acre). Eu pelo menos catei muito aqui no mochileiros sobre esse trecho, para fazer de bus e quase não tem informações sobre, por isso também decidi relatar minha experiencia.

Ahh, levei tudo em real e o Diego levou 200 dólares e o resto em real. Como o dólar estava muy alto pra trocar aqui no Brasil não troquei, mas a dica é: TROQUE!

Na Bolívia 1 real valia 1,75 bolivianos e 1 dólar 6,90 bol

No Perú 1 real valia 0,60 ou 0,75 soles e 1 dólar 3,45 soles

 

Algumas dicas que são boas para um mochilão pobrão:

* comprar passagem aérea com antecedência e usar milhas ou pontos se tiver :P

* usar esse programa maravilhoso para planejar o roteiro , verificar bus e hostels ::love:: > http://www.rome2rio.com/pt

* sempre pechinche na Bolívia e nunca pegue nada, nem entre em um bus ou taxi sem antes perguntar o preço kkk

* não comprar de sites de agências os passeios com antecedência aqui no Brasil.

* Se você é estudante, leve a carteira estudantil da UNE ou aquela ISIC, que tenha validade certinho e deixe p/ comprar o ingresso a Machu Pichu lá em Cusco, pois você vai pagar a metade do preço ( e só tem como fazer isso em Cusco ou Águas Calientes).

* se não tem dinheiro pro trem no Peru, faça o caminho alternativo até Águas Calientes (no relato explico minha experiência)

* Almoce nos "Mercados Públicos" das cidades. Além de conhecer um pouco mais a cultura e diversidade das regiões você vai pagar muito barato pelas refeições e não se esqueça de sair de lá com a sacola cheia de frutas, pão e água (é muito mais barato)

* levar papel higiênico sempre! rs

* vá de barraca ::otemo::

* tente usar o Couchsurfing para conseguir hospedagem de graça e de quebra conhecer pessoas legais, mas cuidado que tem muita gente tarada também :wink:

* leve alguns remédios e primeiros socorros, além de um bom tênis e uma boa capa impermeável

* capa de mochila é essencial :P

 

Baum o roteiro planejado foi esse ai:

 

8/01 PARTIDA: Porto Alegre - Campinas - Corumbá ( de avião )

Corumbá - fronteira Bolívia - bus pra Santa Cruz de La Sierra

Santa Cruz - Samaipata - Vallegrande (RUTA DEL CHE GUEVARA) (2 dias)

Sucre (conhecer a city)

Potosí ( acampar no Ojo Del Inca)

Oruro (visitar pinturas Cala Cala e Lago Popopó)

Parque Sajama (acampar 2 dias )

Arequipa ( conhecer Canion do Colca, Cruz del Condor, Maca , Parque Nacional de Aguada Blanca )

Puno (cidade flutuante)

Cuzco (Machu Picchu)

RETORNO: atravessar a fronteira Peru -Brasil de busão

31/01 Rio Branco - Acre (conhecer o Parque Chico Mendes) - Voo Porto Alegre.

 

Vou relatar por dias e tentarei ser bem objetiva ::mmm:

 

08/01 - Peguei o Voo de Porto Alegre até Corumbá , com escala em SP. Esse voo consegui uma promoção com a Azul e saiu 500 pilas, mas normalmente ele custa 1.500.

Chegando lá já desci pra pegar um taxi e me juntei com 2 mulheres que estavam indo em direção a fronteira. Ele nos levou por 50 reais e dividimos entre as 3. Acredito ter a opção de ir de bus desde o Aeroporto, porém como cheguei na tarde não quis arriscar demorar ali, pelo fato de acreditar ter fila na aduana.

Chegando na fronteira, dei saída no Brasil e aqui a dica é sempre pedir preferencia nas aduanas brasileiras. Vc vai preencher os papel e sair rapidinho do vuco vuco.

Já na entrada boliviana em Puerto Quijarro não tem jeito, o negócio é aguardar na fila. Depois de fazer os tramites de entrada e guardar bem esses papeis (a dica que uma boliviana me deu é de tirar xerox dos papeis e depois me arrependi de não ter feito isso , mas logo conto ...)

Troquei os reais por bolivianos e peguei um taxi junto com a brasileira Ângela, que mora em Sta Cruz e me deu altas dicas. Seguimos com as mochilas e malas rumo ao terminal de bus e lá compramos a passagem com uma empresa muito boa que eu não me recordo o nome kkkk mas chegando no Terminal é no primeiro guichê a esquerda. O bus era aqueles altos e tinha ar condicionado. Pagamos 140 cada para ir até Sta Cruz saindo as 19:30h.

Queria ter ido de trem (dos vagões), mas o horário já tinha passado e não queria ir novamente de Ferrobus por ser muy caro rs, cerca de 250 bol.

Esperamos muito até a partida do bus, então aproveitamos para comer e conversar. Estava muito quente!

Logo que partiu o bus, tirei meu saco de dormir antes de enfiar a mochila no bagageiro (que depois ficou imunda) e curti a tempestade que caia enquanto nos locomovíamos até Sta Cruz.

Tudo certo, tudo em paz , finalmente tinha desligado a mente do trabalho e faculdade ::otemo::

 

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09/01 Chegando no Terminal de Sta Cruz , eram tipo umas 6 da manhã e eu ali me despedindo da Ângela sem saber muito o que fazer e pra onde ir kkk

Mas tinha lido o relato da Maria > outra-vez-bolivia-samaipata-vallegrande-cochabamba-sucre-tarabuco-t46172.html, que me ajudou bastante nessa parte , apesar de eu não ter planejado muito, só verificar de onde saia a van para Samaipata desde Sta Cruz. Ela sai da Avenida Omar Chávez Ortiz, nº 1147 e você deve pegar um taxi até lá e esperar lotar a van, que custa 30 bol.

Tem opção de busão também mas não sabia onde pegar.

Acredito que deu umas 2h e 30 min até Samaipata devido a chuvinha que caia. A estrada é asfaltada até uma parte e depois , quando se entra na mata e nos morros é estrada de chão, que não estão em boas condições, mas em compensação a paisagem é rica!

Tive muita sorte de ir na van com um grupo familiar, pois eles pediram para o motorista garantir que ele iria devagar e com cuidado :)

Quando cheguei em Samaipata , umas 11h estava bem quente, fui dar uma banda na praça, onde a van nos deixou e fui até o Hostal Camping que tinha pesquisado na internet, o El Jardin. Recomendo muito! Como fui de barraca pagava 20 bs por dia e podia usar a cozinha a vontade para preparar o rango. > http://eljardinsamaipata.blogspot.com.br/

O interessante deste hostal é que você pode se voluntariar para trabalhar por lá e aí não paga o camping. Se fores lá, pergunta se tem como fazer isso.

Depois de montar a carpa/barraca (levei a Guepardo Everest 1 p) fui dar uma banda na city. Ela é muito charmosinha , e dizem parecer com São Tomé das Letras. Tem bastante pessoal alternativo e bares com música ao vivo. Samaipata é cercada por morros e cachoeiras, sendo que as principais atrações são o El Fuerte (sítio arqueológico) e Las Cuevas (parque com cachoeira) e o Parque Nacional Amboró. Também tem um mini Zoo (onde vc tb pode fazer trampo voluntário)

Eu fui no Museu da city e no El Fuerte porque não tinha mucha plata para fazer tudo, os parques dependiam de 2 ou 3 dias para aproveitar bem e tb queria descansar naquele lugar encantador. No primeiro dia fiquei entediada porque já tinha conhecido a cidade inteira praticamente rs mas a noite conheci um pessoal do meu Estado e aí acabamos fincado amigos :)

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10/01 - Fomos no outro dia, caminhando até o El Fuerte (cerca de 9km de subida em estrada de asfalto) quamurri kkk A entrada do parque se não estou enganada custou 50bol com direito a visita no Museu.

Compramos comida no Mercado , que fica na rua do El Jardin e seguimos adelante.

O sítio é bem legal de conhecer, tem uma pedra talhada enorme ( dizem ser a maior do mundo) com cultura pré colombiana/ Inca que depois os Espanhóis tomaram conta kkk Dá pra ir de taxi ou mototaxi desde Samaipata (se for de taxi lotado custa uns 15 bol por pessoa e mototaxi sai 30 bol)

Passamos um tempo lá e depois recusamos voltar a pé para Samaipata, pelo menos eu a Natália (morando em POA) e Anna (guria Alemã que estava morando em Porto Alegre/RS). Os guris foram a pé. Pegamos um taxi que nos levaria até o centro de Samaipata por 30bs p/ todas (bemmm chorado). Eu e a Anna decidimos parar no meio do caminho para conhecer uma cascata com piscina que tinha no caminho. Nos despedimos da Nati e fomos. Porém foi um arrependimento, pois era uma mierda e estava cheio de gente kkkkkkkkkk

Resolvemos ir caminhando né, pobreza batendo kk, quando um carro parou e nos ofereceu carona :)

Fomos tagarelando até lá e tiramos uma foto para recordar esse momento que depois eu posto kkk

Eu e Anna fomos no mercado comprar coisas pra jantar e depois passamos o resto da noite no El Jardin com outros mochileiros contanto histórias.

 

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11/01 - Pela manhã desmontei o acampamento e deixei a barraca secando para guardar, pois choveu muiiito na noite (importante a barraca ser impermeável , isso evita passar trabalho). O povo ia em direção a Cochabamba enquanto que eu iria até Vallegrande tentar fazer a Ruta Che. Partimos em busca de uma carona ou taxi que nos levasse até Mairana (uma city maior que tem melhores opções de bus para vários destinos) A city fica uns 20 min de Samaipata e para chegar lá deve-se ir até a ruta em direção oposta de Sta Cruz e atacar qqr taxi, bus ou van que passe ali. Me despedi do grupo, pois iria tentar um bus, só que como as informações divergiam e ngm sabia o horário que passava o bus, fiquei com medo de não conseguir sair dali logo, então fui atrás do grupo e cheguei a tempo de embarcar numa carona (que mais tarde descobrimos ser taxi kkk). Chegando em Mairana, Pagamos 7 bol cada e aí sim me despedi do grupo para pegar o bus a Vallegrande que já estava partindo. No bus conheci um casal de idosos muito queridos, que tinham um neto brasileiro de uns 10 anos. Ele foi meu tradutor na viagem que durou em média umas 4h numa estrada de chão e curvas que me deu muito enjoo. No bus também conheci uma guria da minha idade que morava em Sta Cruz, mas era natural de Vallegrande. Após muita conversa ela me convidou para ficar em sua casa :D Foi a melhor notícia do dia e me senti muito acolhida pela família dela. <3 Chegando em Vallegrande (custou uns 30 bol a passagem) descemos em frente a casa dela e fomos no centro comprar coisas pro café e janta. Vallegrande é uma city bem pequena (porém estruturada para o turismo) e as pessoas muito receptivas e simpáticas. Dizem que ali acontece um carnaval bem maneiro (melhor que em Oruro). A noite provei da culinária Boliviana, tudo feito pela mãe da Jeovana: Sopa de Maní (sopa de amendoim) , Refresco de Linaça (linhaça) e Pire (pirão com farinha de milho e queijo). Gente uma delicia tudo! Após comer feito uma porquinha, tomei um bom banho e pedi licença para dormir e capotei de tanto cansaço.

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Sobre Samaipata: a cidade é muito legal para quem curte tranquilidade e belezas naturais. É fácil chegar até lá desde Santa Cruz de La Sierra, tanto de taxi, van ou ônibus e na cidade existem agências de turismo que fazem diferentes tours por preços baratos se vc estiver de grupo. Tem caixa eletrônico, hoteis, hostels e diversas opções de restaurantes.Por ser pequena os valores de hospedagem e alimentação não são muiito baratos (pelo menos não pra mim kkk). Existem parques naturais com belezas únicas (p/ quem gosta de trilhas e acampamento vale muy). Como fui de mochilão pobrão encontrei alguma dificuldade em me orientar sobre horários de ônibus. A cidade de Mairana é o ponto de partida para Cochabamba, Vallegrande e de lá tb tem como ir a Sucre. Se quiserem mais informações sobre Sucre me perguntem :)

 

No próximo post vou falar de Vallegrande e do turismo em torno da história de Che Guevara. :wink:

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Bueno voltando aqui.. ::hahaha::

 

12/01- Após dormir muito bem esparramada pela cama, tomei um bom café e parti para conhecer Vallegrande. Peguei um mototaxi por 2bs até o centro. Dei uma banda, conheci algumas praças e igrejas e fui até o centro de informações turísticas que fica na praça principal e lá tb ficam 2 museus (o que conta a história de Vallegrande e o museu do Che Guevara). É um prédio de centro cultural.

Entrei na sala de informações turísticas e o guia me mostrou o mapa da cidade e me falou sobre os preços e formas de fazer os passeios. Como eu estava sozinha e não tinha mais nenhum turista, tudo o q eu fosse fazer seria muito caro. Ele me contou que não daria pra fazer nada sem guia. Mas como sempre desconfio dessa informação não dei muita importância kkk ::mmm:

Fui visitar os museus por 10 bs os 2. Eles ficam em outras salas no mesmo prédio do centro cultural. Visitei primeiro o que conta a história de Vallegrande e depois o de Che. Apesar de serem bem pequenos e sem muiiita graça, os museus são bons e possuem diversas informações. Fiquei emocionada no de Che, tem muitas fotografias que nunca tinha visto e alguns objetos históricos.

O museu Che Guevara é a primeira atração seguindo a Ruta Che desde Valegrande e conta um pouco da vida de Che, de como eram suas estratégias politicas e de guerrilha e de como foi se esconder em La Higuera para depois ser capturado, morto e levado até Vallegrande.

Após conhecer os museus, fui caminhando até a segunda atração da Ruta Che que é o Hospital Señor de Malta. La chegando você deve apresentar o boleto pago dos museus a uma atendente e seguir até os fundos do hospital, onde você encontra a “lavanderia” onde lavaram o corpo de Che e também uma casinha que usam para passar formol nos cadáveres (na época foi onde cortaram as mãos do guerrilheiro e levaram ao general).

O lugar é arborizado e cheio de frases e pinturas relacionadas aos ensinamentos socialistas de Che. Quando cheguei tinham 2 médicos cubanos aproveitando o horário de almoço para descansar. Eles me ajudaram com as fotos e também me contaram algumas histórias de Vallegrande. Após a visita no hospital fui de taxi a terceira atração que é o Memorial de Che, onde encontraram os restos mortais de Che e seus companheiros. Infelizmente nesse local não pude entrar, pois o portão é trancado e não existe ninguém para abrir. Acredito que somente com guias é possível o acesso.

Depois disso voltei pra casa da Betty e almocei. Minha preocupação agora era de como Chegar em La Higuera de bus. O bus que iria a Sucre me deixaria na estrada e eu teria que caminhar cerca de 1 hora a pé até chegar no vilarejo. Não pensei muito sobre isso e tb estava fora de cogitação contratar um guia, até pq eu estava sozinha e sairia 350 bs para fazer o roteiro completo (sem alimentação e hospedagem), roteiro esse que me tomariam 2 dias.

Após me despedir da querida família, sacamos algumas fotos e olhei pela janela da casa, o bus que eu deveria pegar na entrada da cidade tinha acabado de passar. Sai correndo atrás de um taxi que me levasse até o bus. Ele estava parado no posto. Então perguntei se aquele bus iria até Sucre. Sem entender muito na correria o motorista me disse que sim, então entrei no bus (que estava lotado). Esse foi sem dúvida o pior trecho da cidade. Além de eu estar me sentindo perdida, pois não sabia se o bus realmente passaria em La Higuera e tb n tinha certeza se iria até Sucre, tinha muita gente no bus, uma mulher passando mal, música alta, muitas curvas e penhascos e uma viagem demorada (de Vallegrande até Sucre diziam dar 12horas na lenta..) Mas a vista era incrivelmente linda :D

Olhava de meia em meia hora o google maps (comprei um chip boliviano da marca Entel com internet) pra saber onde eu estava ..A tarde ia passando e a entrada de La Higuera ficava mais próxima, até q eu perguntei para um senhor quanto tempo caminhando da estrada até La Higuera. Ele me disse que seriam cerca de 10 km caminhando...Quando ele disse isso eu quase morri..kkk Estava entardecendo e o lugar realmente é muito isolado. Fiquei com medo de me aventurar naquela hora e resolvi seguir viagem para Sucre. Uma pena, pois queria muito conhecer La Higuera. Mas prometi que voltaria em outro momento para desbravar mais essa linda região e os caminhos onde Che foi se esconder e planejar dominar a America Latina kkkk

As horas iam passando e a essa altura meu celular tinha acabado a bateria e o carregador portátil não estava funcionando direito.

Já era noite quando paramos numa cidadezinha chamada Villa Serrano e o motorista pediu para que todos descessem. Eu fiquei apavorada pois ao que tudo indicava no mapa, Sucre ainda estava longe desta cidade. Perguntei para o motorista e ele me disse que eu teria que descer ali mesmo que no outro dia passava o bus para Sucre.

ME APAVOREI! Pois só tinha reais em dinheiro e 100 bolivianos. Era visível que naquela cidade não tinha caixa eletrônico e não é comum trocarem reais. O motorista me cobrou 60 bs pela viagem e eu fiquei duvidando daquele valor com ele, pois tenho certeza que ele me logrou, mas como ele não estava aberto a negociação e eu não tinha perguntado o preço antes de entrar (pelo que a mãe da Jeovana me comentou seria 40 bs) paguei.

Fiquei ali parada no meio da rua me perguntando o que faria. Resolvi ir à casinha que vendia os boletos de bus daquela empresa. Perguntei quais seriam os próximos bus a Sucre e a vendedora disse que seria as 4h da manhã e que só tinha mais 2 tikets p/ aquele horário. Perguntei quantas horas seriam até Sucre e ela me informou que seriam 4 horas. Paguei 25 bs pela passagem e me sobraram 15bs!!! Juntando com as moedas que eu tinha, eram 20 bs para conseguir alojamento. ::bad:: Sai perguntando para os locais sobre um alojamento barato e eles me indicaram um na praça principal, Alojamiento El Pescador. Chegando lá a atendente me informou que seriam 25 bs. Chorei para 20, contando minha história e dizendo que era todo o dinheiro que possuía. Ela acredito que ficou com pena de mim ::hãã2::::hãã2:: , me perguntou se eu já tinha comprado a passagem a Sucre. Expliquei que sim e que assim que chegasse lá trocaria meus reais..Então muito gentilmente ela me mostrou o quarto e eu só pensava em me atirar na cama. Mas organizei minha mochila, aproveitei o tanque e lavei algumas roupas e tomei banho. Desci até a cozinha para fazer um chá e um miojo que levava cmg. Conversei com um francês que estava chegando de Sucre e que iria fazer a La Higuera. Disse que seu amigo tinha ficado doente e estavam ali faziam 2 dias esperando ele curar. Ofereci alguns remédios e depois fui pro quarto dormir.

 

13/01 Quando o despertador tocou eram 3h da matina, organizei todas as coisas na mochila e parti pegar o bus. A cidade estava na escuridão, mas não fiquei com medo pq muita gente estava acordando para pegar o mesmo bus. Sobre o trajeto até Sucre é cheio de curvas e precipícios nas serras, mas depois de 4 horas sacolejando na estrada de chão, tinha chegado a capital constitucional Boliviana ::hahaha::

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Como ir de Vallegrande a Sucre pelo caminho mais curto, passando por La Higuera?

 

Se pega um bus desde o posto de gasolina (em Vallegrande não tem terminal) e segue pela Ruta 38 e depois Ruta 6.

De Vallegrande até La Higuera são umas 3 horas, mas como a estrada é muito ruim e tem muitas curvas pode dar mais, dependendo do tipo de bus e motorista. Ali na estrada mesmo você desce pedindo para o motorista deixar você o mais perto possível da estrada até La Higuera. Após isso tem que caminhar uns 10 km até o vilarejo. Recomendo fazer isso pela manhã, pois eh bem isolado de tudo e são poucos veículos que passam por ali. Para retornar a Sucre desde La Higuera basta fazer a mesma coisa (pelo menos foi isso que os locais me informaram).

 

Se vc não vai passar em La Higuera recomendo perguntar em Vallegrande qual o bus que te leva a Sucre. Acredito que todos param em Villa Serrano e durante o dia se faz baldeação. Por isso o bus que vai a Sucre desde Vallegrande deve sair bem cedo da manhã. Eu devo ter pego o último e parece que só existem dois horários, um cedo da manhã e outro no início da tarde. A viagem leva cerca de 12 horas até Sucre.

Villa Serrano é um ponto estratégico se vc estiver perdido que nem eu kkkk ::lol3:: é a metade do caminho até Sucre e é cidade turística e por isso tem infraestrutura, não se desespere, mas tb não chegue a noite que nem eu kkk.

 

Existe outro caminho para se chegar até Sucre desde Samaipata ou Vallegrande. Indo pela Ruta 5. Deve se pegar um bus que passa em Mataral.

De Vallegrande toma-se um taxi ou bus que vai até Mataral e lá se deve esperar outro bus que te leve a Sucre. Como minha intenção era ir a La Higuera não optei esse trajeto. Com as pessoas que conversei ngm sabia me informar ao certo se existiam várias opções de bus, quais seriam os horários. Mas pelo que deduzi eram poucos horários e tb um que sairia cedo da manhã e outro mais no inicio da tarde. Tinha que ficar esperando na entrada de Mataral até o bus passar....

Se eu decidisse ir de Samaipata a Sucre sem passar em Vallegrande , faria o trajeto Samaipata /Mairana e em Mairana pegaria bus que me levasse a Sucre.

O certo é que partindo de Vallegrande ou Samaipata a Sucre, o caminho e bem longo e a estrada é tensa. Muitas subidas e curvas estreitas, ônibus lotados, penhascos, sacolejos, mas em compensação uma região de serras belíssima. Vale a pena explorar.

Recomendação: como não existem muitas linhas de bus nessas regiões e são pequenas cidades onde o povo vive da agricultura e pequeno comércio, recomendo contratar um guia para conhecer esses locais Vallegrande e La Higuera de carro. Lembrando que toda essa região tem tours guiados pq fazem parte da Ruta Che. Vou postar um mapa p/ ajudar.

 

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Sobre Vallegrande é isso. Fiquem a vontade para fazerem perguntas sobre algo específico de trajeto e passeios que aí vou lembrando. No próximo post vou falar um pouco de Sucre, a city mais limpa da Bolívia ::otemo::

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gostaria de info sobre a logistica entre cusco -rio branco,ac

Oi Rodolfo. A opção é bus desde Cusco até Puerto Maldonado (cuidado que existe outra cidade peruana com esse nome!), que custa 60 soles cada com a empresa Movil Tours (dá pra comprar pela net) São cerca de 10h de viagem. Em Pto Maldonado tem van que te leva a Assis Brasil por uns 25, 30 soles e eles aceitam real tb. Dá umas 4h de viagem. Antes de chegar em Assis Brasil vc dá saída do Peru e em Assis Brasil da entrada no Brasilll.

Depois tem q pegar um taxi, mototaxi (tipo tuc tuc) ou esperar uma carona até Brasiléia. Pegamos um taxi que deu 80 reais os 2 e levou quase 1 h de viagem. De Brasiléia até Rio Branco é tipo 3h de viagem e fomos de taxi pagamos 200 reais os 2. Pelo que me informei tem bus desde Brasiléia até Rio Branco, mas n sei informar os horários e parece que custa tipo 80 reais por pessoa.

Total: 480 reais 2 pessoas. ::ahhhh:: Mas compensou pq ficou mais barato que pegar avião no Peru naquela época.

Recomendo esse trajeto para quem quer conhecer a região e tem tempo e tb pra quem vai de veiculo próprio ou na carona (mas ai tem q ter muita paciência num calor dos infernos)

Se vc vai achando que sai mais barato, pode se arrepender kkkk a não ser que vá de grupo, aí sim vale a pena.

Espero poder ter ajudado, qualquer coisa tamo aqui :wink:

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13/01 - SUCRE

Bom, acredito que existe muita informação sobre essa cidade aqui no fórum.

Resumindo minha passada por lá: cheguei a baixo de chuva , no terminal da empresa de bus que fica bem longe do centro. Decidi ir caminhando até o Hostal Celtic Cros que era barato e perto do centro. Usei o google maps p/ me ajudar. Larguei minha tralha no hostel e fui direto pro centro trocar grana e comprar coisas pra comer.

A city é super limpa e tem muitas igrejas, umas construções em branco , muita gente caminhando no centro. Peguei um mapa numa agência de turismo e risquei algumas coisas pra fazer. Decidi visitar o Museu Indígena e a Recoleta que ficava perto do meu hostel. Essas duas atrações são imperdíveis. Adoro cultura indígena e nesse museu é possível aprender sobre artesanato naqueles tecidos que se vende na Bolívia. Cada desenho tem um significado, é muito lindo conhecer esse museu. Não lembro quanto paguei exatamente, mas creio ter sido 30 bs.

A Recoleta é free. Tem uma vista linda da cidade e tb tem uma feira de artesanatos que são relativamente baratos.

Tirei algumas fotos e fui pro hostel tomar um banho pq queria sair a noite para comer algo. Fui no Joy Ride Café que é bem bacana, tomei uma cerveja e comi um hamburguer.

 

14/01 Pela manhã fiz check out nesse hostel e fui pro Kultur Berlin pq queria ficar mais um dia para conhecer a cidade e trocar de hostel me faria enturmar com outras pessoas, já que no Celtic eu não tinha conhecido ninguém que não falasse uma língua estranha kkk

Deixei minhas malas no novo hostel pois o check in seria só as 14h.

Fui desbravar mais a cidade, passei em algumas catedrais que ficam no entorno da Praça 25 de Mayo, Visitei o Museu Militar e obviamente fui no mercado comprar comida. Também fui em outras praças e caminhei em varias ruazinhas lindas de Sucre :D

Depois voltei no hostel e decidi que não ficaria por lá e que seguiria para Potosí, pois as atrações de Sucre são muito urbanas e eu não estava afim de ficar caminhando muito etc.. Tem um passeio que dizem ser legal , um lance de parque cretácico. Ficadica.

Peguei minhas malas, (não paguei nada por ter reservado quarto) e me fui pegar o bus no terminal até Potosí.

Como tinha um tempo, antes do terminal resolvi ir até o Cemitério , que dizem ser muito bonito, cheio de árvores etc. Fui até lá de van desde o centro, mas já estava fechado e só abriria as 14h. O guardinha me deixou entrar apenas até o inicio para fotografar e logo fui saindo. Peguei um bus ali mesmo em frente ao cemitério que me levou até o terminal. As vans para circular pela cidade custam em média 2 bs.

Chegando no terminal , tinha um bus que sairia as 14:30. Comprei a passagem por 30 bs e esperei para embarcar no próximo destino lindo que é Potosí. ::otemo::

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14/01 - Potosí

Cheguei no terminal de Potosí depois de, em média, 4h de viagem naqueles bus mais baratos tá gente?

Estava anoitecendo então peguei logo um taxi que me levasse até os principais hostels e centro da cidade.

Logo de cara vc vê o famoso Cerro Rico que abrilhanta a cidade. Dentro dele é extraído prata e minérios até hj.

Pedi pro taxista parar em algum lugar pois naquele momento eu precisava de folhas de coca. Estava passando mal pois Potosí fica muito alto 3.967 m acima do nível médio do mar. É uma das cidades mais altas do mundo. ::ahhhh::

Ele então me deu um saquinho de coca que tinha no carro e logo enfiei na bochecha para diminuir a dor e pressão na cabeça. A coca dele era misturada com uma pedrinha que continha estévia. Essa mistura adormeceu minha boca e a sensação de alivio foi mt imediata. ::cool:::'>

O taxista me deixou na praça por 10 bs e ali mesmo vc já avista turistas. Perguntei p/ umas meninas onde tinha um hostel bom, elas me indicaram o Koala Hostels. Descobri que tinham dois, e fui logo no mais perto de mim que dizem ser o Koala 2 :)

Adorei esse hostel, apesar de parecer meio bagunçado, o gerente super atencioso, gostava muito de brasileiros. O quarto tinha um banheiro bom e calefação nos dormitórios com 4 beliches. Meu quarto estava cheio.

Sai pela city comprar comida e logo conheci um paulista mt loco. Andamos juntos por lá e depois voltei pro hostel lavar roupas e dormir.

 

15/01 Pela manhã tomamos café no hostel (super bom) e fui conhecer algumas atrações da cidade. o Erik, paulista foi comigo, tiramos mtas fotos (o celular dele era bem melhor q o meu). A cidade basicamente tem igrejas, museus , algumas minas de extração que vc pode visitar se estiver a fim de ver exploração humana kkk

Eu e Erik fomos conhecer o convento de São Francisco que é super legal. Vc pode subir no telhado e tirar altas fotos além de tb conhecer as catacumbas ::mmm: Paguei 20 bs para entrar. IMPERDÍVEL!

Após isso fomos visitar a Casa Nacional da Moneda, passeio muito legal para conhecer a história de fabricação de moedas e mais do que isso, de entender como os espanhóis exploravam o povo pela prata etc...

Acabamos não entrando pq custava 40 bs, mas acho que vale a pena, eu é que sou pobrona mesmo kkk

Potosí tem muitas fachadas de catedrais e conventos , tudo enorme e lindo.

Depois de conhecer o mercado, almoçamos pollo em algum lugar barato e voltamos pro Hostel.

Peguei as fotos do celular do Erik , paguei o hostel e segui em direção ao terminal que me levaria até o Ojo del Inca, que é uma cratera de um vulcão inativo, que sai água bem quentinha de dentro ::otemo::

O Erik resolveu ir junto para pegar um bus que levaria ele a um destino que eu esqueci agora. Então pegamos um taxi e fomos até esse terminal (que não é o mesmo de qdo cheguei a Potosí). Esse terminal é menor e é de vans . Me despedi do Erik e peguei uma van até Ojo del Inca que fica mais ou menos uns 30 km do terminal. Paguei 15 bs e mais porcarias que comprei pra comer e beber.

 

O motorista me deixou na ruta com minha mochila e disse que eu deveria seguir a placa para subir até a pequena montanha, que ali era o Ojo Del Inca. No inicio achei meio palha, no meio da estrada , mas fui na fé . Atravessei a estrada e comecei a subir pela estrada de chão, que é mais ou menos 2 km até chegar lá em cima. Tive sorte de uma pampa parar e oferecer carona a mim e mais um casal que estava indo lá pra cima tb.

Quando cheguei no tal lago me surpreendi com a beleza do lugar, cercado de montanhas..É lindo.

Estava ventando muito, o local cheio de argentinos (na verdade só tinha argentino naquele dia rs) , montei minha barraca naquele vendaval e decidi me jogar na água. Estava mt frio na rua mas dentro do lago super quentinho ::love::

Pra ficar acampando lá vc deve pagar uma taxa para um morador que cuida do local. São 30 bs por barraca, por dia.

Se vc for só para ficar um dia parece que é 10bs. No local não tem chuveiro elétrico, os banheiros são uma porcaria e não tem luz. Ou seja não tem infra, só o lago mesmo.

Conheci um casal de argentinos, conversamos muito e qdo deu sono fui dormir para no outro dia seguir rumo a Oruro.

 

16/01 Acordei, tomei café e mais um banho no Ojo Del Inca. O lago é super fundo e caso vc não saiba nadar não se arrisque muito, fique na beirada ou vá p/ locais que possuem pedra para dar apoio nos pés. Tem uma piscina tb que fizeram de pedra. Depois disso desmontei o acampamento e achei em baixo da lona um escorpião ::ahhhh::

Mandei ele ir pra casa dele e guardei todo o equipamento com muito medo de aparecerem outros kkk

Dei tchau pro pessoal , pro Ojo del Inca e fui descendo a estrada para pegar a van que me levaria novamente a Potosí.

Chegando em Potosí, tomei um taxi até o terminal principal e comprei a passagem para Oruro às 13:30 por 60 bs.

Almocei um bom rango no terminal e fiquei por ali matando tempo até embarcar o bus para o próximo destino e também para encontrar o meu namorado Diego, que iria me encontrar em Oruro.

 

NÃO DEIXE DE CONHECER POTOSÍ. A cidade é muito interessante , tem muita história principalmente pra quem leu "As Veias Abertas da America Latina, de Eduardo Galeano." Vc se sente dentro do livro e algumas vezes senta na frente das igrejas ou numa daquelas praças e chora, rs

Potosí é frio a noite! Deve ser por causa da altitude, sei lá, tem muito vento. Leve casaco para a noite.

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16/01 - Oruro

Cheguei no terminal de Oruro tipo 19:30. Logo de cara achei um taxista para me levar a algum alojamento.

O taxista me disse que Oruro não é tão procurado por turistas, somente na época do carnaval

Minha intenção em Oruro era conhecer o Lago Popopó (que é uma reserva ecológica), mas fiquei sabendo pelo taxista que o lago tinha evaporado no deserto. ::ahhhh:: e que com isso, as aves que iam lá para se alimentar e descansar se foram e que os pescadores não tinham mais fonte de renda. Gente esse era o segundo maior lago da Bolívia, o primeiro é o Titicaca. Fiquei muito triste e resolvi não ir ver essa desgraça. Mas pra quem quiser ir, fica a 55km de Oruro .

 

Também queria visitar as pinturas rupestres Cala Cala (num sítio arqueológico) que ficam cerca de 20 km de Oruro. Qualquer taxi te leva lá por menos de 30 bs. Porém eu e Diego decidimos não ir pq fomos contar o dinheiro e ficamos com medo de não ter suficiente para o Peru kkkk

 

Todo mundo por aqui sabe que Oruro é conhecida pelo carnaval. Mas acabei descobrindo muitas coisas a fazer por lá, inclusive que Oruro fica perto do Parque Sajama, esse que até então era um desconhecido até começar a pesquisar e enfiar na cabeça que queria conhecer.

 

Bom voltando ao taxista e eu...perguntei a ele sobre alojamento e ele me levou na rua em frente a Estação do Trem (em Oruro tem trem que vai até Uyuni e outros destinos, mas parece que não é todos os dias mas ficadica)

Ali naquela rua tinham vários hoteis e alojamentos. Entrei em alguns e todos eram caros ou os que eram baratos não tinham vaga.

Achei vaga no Alojamiento Ferrocarril Oruro, pelo preço de 50 bs um quarto p/ casal com camas separadas.

O alojamento não tinha café e era bem simples, porém tinha tv no quarto e foi o que assisti esperando o Diego chegar. Quando ele chegou eu estava ferrada no sono com dor de cabeça devido a altitude. Tomei uns remédios, conversamos um pouco e fomos dormir ::hãã2::

 

17/01 SAJAMA

Era um domingo de manhã quando saímos em busca do transporte que nos levaria ao Sajama. Fomos até o terminal de bus e lá teríamos que pegar uma van até Patacamaya. Combinamos com o motorista que nos levaria por 25 bs os 2. Quando chegamos em Patacamaya fomos procurar uma van para nos levar ao Sajama. Descobrimos que todas as vans estavam lotadas, até que lá do fundo de uma delas um argentino (que ficaria nosso amigo e companheiro de Sajama) gritou para nós subirmos na van que ele estava, que ainda teria lugar.

A van na verdade já estava lotada de gente, mas como é na Bolívia sempre cabe mais um né? kkkk

O trajeto até o Sajama levou pouco mais de 3h e gente, o caminho é lindo!

Chegando na entrada do parque o guardinha nos cobrou 100bs por turista ::ahhhh::::ahhhh::

Eu já estava preparada p/ esse valor , mesmo chorando ele não baixou :(

Depois de pagarmos, pegarmos o tiket de entrada e os mapas, a van seguiu o caminho até o centrinho da comunidade Sajama.

Lugar fantástico, com vista para as cordilheiras Chilenas e o solitário Sajama. ::hahaha::

estava muito frio, bem mais do que eu imaginava ::Cold::

Logo de cara, eu Diego e Mauricio (o argentino), fomos procurar algo pra comer e tb alojamentos.

Mauricio achou um por 25bs a diária com desayuno.

Eu e Diego ficaríamos de barraca naquele lugar paradisíaco e por isso fomos procurar um lugar para "acampar".

Acabamos montando acampamento de frente para o Sajama e perto da casa de um guia, na cidadezinha mesmo. Estava ventando muito e ficando cada x mais frio. Depois de arrumar tudo descobrimos que nós 3 eramos os únicos turistas do local naquele dia kkkk Jantamos na casa/ mercadinho de uma senhora e fomos dormir a baixo de -3.

O Diego passou frio pq o saco de dormir dele não era bom. Diz ele que não dormiu nada...Já eu dormi bem, apesar de estar sentindo o frio.

 

DICAS!!!

COMO CHEGAR AO SAJAMA DESDE LA PAZ?

Patacamaya é um ponto estratégico de comércio. Na verdade fica bem perto de La Paz e Oruro e é ali que os camponeses levam suas mercadorias para vender nas grandes cidades. Tem como se abastecer de comida e bebida e tb trocar dólar.

Se você estiver em La Paz e quiser ir ao Sajama, se informe e pegue a VAN que sai de El Alto para Patacamaya. São mais ou menos 2h de distância e cerca de 15 bs por pessoa.

Em Patacamaya vc deve pegar uma outra van que te leve até o Sajama. São 3 hs até lá e são uns 25bs p/ 2 pessoas.

A estrada é bem boa, asfaltada e a vista é linda.

a dica é perguntar de tudo que é jeito como faz pra chegar lá kkk Foi assim que cheguei sem guias que cobram uma fortuna.

 

De Oruro é o mesmo trajeto, vc vai até o terminal de bus e lá tem van até Patacamaya. É basicamente o mesmo preço e distância de La Paz, um pouco mais perto do Parque Sajama talvez....

 

VALORES DO SAJAMA EM BAIXA TEMPORADA:

Entrada em 2016: 100 bs (e não tem validade, pode ficar morando lá se quiser por esse preço da entrada kkk)

Alojamento: 25bs por pessoa com desayuno

Janta, almoço ou desayuno: 15bs (serve super bem)

Lá tem mercadinhos , queijo, vinhos, artesanatos, chocolate etc.

A comunidade Sajama é bem pequena e em baixa temporada ( no verão) quase não tem moradores por lá...Me falaram que ao todo no parque moravam 100 pessoas e milhares de Alpacas kkkk Por isso são poucas hospedagens e serviços oferecidos (mas tb n tem mt turista)

Na temporada alta (inverno, principalmente julho e agosto) vários guias turísticos se deslocam p/ lá, os hotéis abrem com mais infra e opções de passeios (fica cheio de gringos querendo subir o pico do Sajama e por isso tudo é mais caro)

 

CLIMA

Em janeiro foi bem frio a noite (bem frio mesmo , temperaturas negativas). De dia faz sol e tb bastante chuva.

Esteja preparado p/ o frio e chuva (capa de chuva , calçado etc), leve protetor solar e creme hidratante.

É bem alto por lá, mais de 4 mil msnm. Tome muito chá de coca, use remédio p/ dor de cabeça, bastante água e tb mantenha o nariz sempre limpo (com aqueles soros). Se vc passar mal a probabilidade de conseguir atendimento médico é baixa kkk então se adapte bem a essas alturas, não faça mt esforço nos primeiros dias etc..

 

Sobre o primeiro dia de Sajama é isso. Resumi bem não coloquei infos sobre o parque pq tem tudo na internet . Me preocupei em informar como chegar lá pq realmente não sabia nada sobre , mas é super fácil, só ficar antenado e esperto pq como não tem muita van pra lá vc tem q ter certo tempo pra fazer.

No próximo post falo um pouco das atrações que tem pra fazer dentro do parque , acabamos ficando 3 dias lá com vontade de ficar muiiito mais, pois realmente é um lugar fantástico nas cordilheiras, pertinho do Chile e não tão procurado por Brasileiros. :D

Postei uma fotinho do google maps do trajeto. Ali diz 4h mas coloca 5h ok?

 

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To louca procurando informação pra Sajama. É mto difícil encontrar.

 

Estou indo novamente para a Bolívia agora em Abril e vou para Sajama.

 

Abs

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To louca procurando informação pra Sajama. É mto difícil encontrar.

 

Estou indo novamente para a Bolívia agora em Abril e vou para Sajama.

 

Abs

 

Realmente eu procurei infos e não achei tb..

Mas fui na cara e coragem e deu super certo, apesar de poder ter levado mais coisas pro frio.

Boa trip, vai amar.

Logo posto os outros dias ::otemo::

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