Colaboradores kely.alves Postado Novembro 22, 2015 Colaboradores Postado Novembro 22, 2015 Olá Turma! Após planejar por alguns anos e ler muitos os muitos posts, finalmente coloquei em prática o meu sonho de conhecer Machu Picchu e antes de chegar até lá, passar pela Bolívia. Foram 20 dias de muito aprendizado, aventura e muitas histórias para contar. A rota escolhida foi a seguinte: São Paulo - Santa Cruz de la Sierra (416m) Santa Cruz - Sucre (2810m) Sucre - Uyuni Uyuni (3 dias no Salar) (3800) Uyuni - La Paz (3600m) La Paz - Cusco (3400m) Vale Sagrado dos Incas (2800m) Machu Picchu (2430m) Santa Teresa (1550m) Cusco - Puno (3827m) Puno - Copacabana (3800m) Copacabana - La Paz (5530m) La Paz - Santa Cruz (416m) Santa Cruz de La Sierra - São Paulo (760m) O motivo principal dessa rota foi fazer o corpo se acostumar aos poucos com a altitude. Li muitos relatos sobre viajantes que se sentiram muito mal e prejudicaram suas trips. Como eu não queria que isso acontecesse comigo, tomei esse cuidado e deu tudo certo. Não senti absolutamente nada e nos dias de dor de cabeça, tomei aspirina. O que levar? Essa dúvida me rondou a cabeça durante muito tempo, pois cada um tem uma necessidade e sensações térmicas diferentes. No meu caso levei o seguinte: Para os locais frios: Blusas fleece Luvas Touca Meias grossas para trekking Calça fleece Casaco corta vento Usei minha super bota Timberland Chochorua GTX todos os dias. Ela é impermeável, quentinha e super confortável. Serve para todos os tipos de terrenos e salvou meu pé de poucas e boas ... cada topada que eu poderia ter perdido uma unha....rsrsrsr Bolsinha de remédios: Aspirinas: Têm o mesmo princípio ativo dos famosos Soroche pills Dorflex: É imprescindível levar algumas cartelas. O esforço físico que você faz é muito grande e lhe garante noites mais tranquilas de sono e te faz acordar recuperado Pomadas para dores musculares Bepantol: Acreditem!! Realmente o frio do salar faz craquelar qualquer pele e os hidrantes comuns não fazem efeito. Usem no rostos, mãos e cotovelos . Protetor labial: comprei um ótimo da Nívea e deixou meus lábios intactos Imosec: porque você nunca sabe quando terá um piripiri Bromoprida: este é um remédio para enjoo muito bom e o diferencial do Dramin é que não dá sono. Band aid Soro fisiológico: Por ventar muito e ser muito frio, tudo no seu corpo que não está coberto resseca e o nariz sangra com muita facilidade. O soro ajudou muito a lubrificar olhos e nariz. Para quem tem outras necessidades como estômago, fígado e etc adiciona na lista de vocês. Mas passei bem somente com esses e garanto que algumas cartelas voltaram intactas. Observação importante: Nosso guia não era preparado para prontos socorros e uma moça que estava conosco sofreu de mal de altitude e ele não tinha folhas de coca para oferecer. Caso vc ache que vai passar mal, tente providenciar folhas de coca antes de embarcar do tour do salar, porque Uyuni fica no meio do nada e não tem nada. Nada mesmo.... Capítulo 1: Saindo de São Paulo e chegando em Santa Cruz Para quem não sabe é possível chegar ao aeroporto de Guarulhos via transporte público e custa bem menos que um táxi. É somente descer no metrô Tatuapé e no terminal de ônibus pegar o Airport Bus Service. Custa R$ 5,15 e a viagem dura aproximadamente 50 minutos. A viagem até Santa Cruz foi tranquila e conhecemos no avião uma turma que estava fazendo a rota parecida com a nossa, mas depois por uma série de motivos, nossos caminhos se desencontraram. O tempo na imigração demorou quase duas horas, mas nenhum ocorrido. Santa Cruz é uma cidade organizada, limpa e muito charmosa. Todos se reúnem na praça 24 de Septiembre onde encontra-se o centro histórico, ruas e museus principais. Tínhamos somente uma noite para passar por lá, pois o destino seguinte seria Sucre. Portanto, caminhamos pelas ruas e entramos num museu ou outro e na Catedral Principal. Em relação à dinheiro, fomos num momento péssimo da economia e o melhor cambio que conseguimos foi R$ 1 = BOB 1,75 no centro de Santa Cruz. Obs: Nunca deixe para fazer cambio aos finais de semana. Você perde muito dinheiro!! Dicas de alimentação: Picolo: É uma sorveteria e restaurante. Servem refeições completas e petiscos. Lá tem mais de uma unidade, então você escolhe onde quer ficar. Valores justos, mas a cerveja é quente. Mas depois percebi que na Bolívia, toda cerveja é quente Patio de comidas "Los Inmigrantes": É uma grande praça de alimentação como as de shopping e pra quem está cansado de comer frango eternamente na Bolívia é uma boa pedida. Endereço: Calle Libertad entre Florida y Junin. Deixamos para procurar lugar para ficar lá mesmo e por não saber para onde ir, escolhemos o primeiro lugar mais ou menos que tinha wifi e ducha quente para ficar. Não me recordo o nome. Capítulo 2: Sucre - A cidade Branca A beleza da Bolívia está numa paisagem que nunca vi na vida: montanhas. E essa experiência já possível ser sentida logo no avião com essa vista sentido Sucre: É uma paisagem que vai nos acompanhar durante toda a trip havendo algumas mudanças de cores e formas, mas que impressionam de toda forma por sua força. Sucre é a capital constitucional da Bolívia e é muito limpa, bonita e seus prédios, muito bem conservados. Dispúnhamos somente de passar o dia para conhecer a cidade. Fomos num domingo e por incrível que pareça, todos os museus e prédios de visitação estavam fechados Nos restou andar pelas ruas da cidade, conhecer por fora os prédios e o máximo que fizemos foi ir até o mirante de Recoleta. Mas confesso que fiquei chateada em não poder conhecer as demais atrações como a Casa de La Libertad, Iglesia de La Merced, Catedral Metropolitana e por aí vai. Mas concentrando no que pude conhecer, é uma cidade que vale a visita por conter todo um orgulho histórico e heróico em seu currículo. Terá que ficar para outra oportunidade. Dentre as dicas que peguei aqui e vou repassar será a de almoço: La Posada. Fica na Calle Audiencia 92. É um Hotel Boutique que tem um restaurante fantástico. Pagamos 60BOB por uma refeição completa, fora as bebidas. Buffet de saladas, entrada, prato principal e sobremesa. O ambiente é lindo e pode comer ao ar livre num lindo jardim. Terminado o almoço, fomos para o Mirante de La Recoleta. É possível ir à pé do centro, pela mesma rua do restaurante La Posada. Mas para quem não se sentir bem ou não gostar muito de andar, pode-se pegar um taxi. Na praça da Recoleta estava acontecendo uma Festa de Tradições Cusquenhas. Muita comida, shows, apresentações locais. Saindo do mirante, quase no final da tarde, voltamos para o terminal de buses rumo a Uyuni. Mas antes fizemos uma última parada na praça principal. Diferente do Brasil, na Bolívia e no Peru você compra uma passagem de ônibus e paga a taxa de embarque à parte. Portanto, nunca esqueçam de providenciar os dois. O terminal de Sucre é bem pequeno, com poucos lugares para sentar, mas o banheiro é limpo e tem local para deixar as cargueiras. O que pra gente já é ótimo. Diferente do li em relatos anteriores, os ônibus saíram no horário e não tivemos grandes atrasos ou imprevistos. Pegamos um ônibus semi cama, pois a viagem não seria demasiada longa rumo a Uyuni e ai começa a aventura.... Capítulo 3: Uyuni - o terror Ao sair do terminal de Sucre rumo a Uyuni estava tudo ótimo e tínhamos no caminho uma super lua que era de tirar o fôlego, até algo fazer o buso parar e ficarmos preocupadas. Depois de uns 20 mins paradas no meio do nada, fomos informadas que o ônibus quebrou e foi chamado outro. Até que não demorou tanto e o ônibus foi superior ao que tínhamos comprado: um ônibus cama. Tudo de bom! :'> Ao descer o ônibus eu entendi perfeitamente o que significa a frase "frio de congelar os ossos". Você não consegue pensar, raciocinar ou fazer muitos movimentos como frio cortante da madrugada. Nessa viagem não deixamos absolutamente nada reservado e combinados de fechar na hora nos locais, pois os valores são negociáveis e sempre pra menos do que em qualquer site. Uyuni não foi diferente e ao descer do ônibus fomos abordadas por uma senhora oferecendo hospedagem. Por não conseguir pensar muito e nem saber pra onde ir, aceitamos na hora, deixando pra pensar em fechar o passeio do salar assim que amanhecesse. Pagamos 40bob sem café e água fria, mas era ao menos um abrigo para aquele vento cortante. No dia seguinte fomos procurar agências para fechar o passeio e nos demos muito mal, pois a tiazinha que nos "agarrou" na saída do ônibus queria empurrar o passeio da agência dela e para nos sacanear, falou que as agências abriam umas 9h, sendo que a verdade era às 07h. Resultado: fechamos com a agência dela chamada Joyas Del Sur (NÃO RECOMENDO!!) A dona foi muito desleal conosco desde o início dizendo errado o horário de abertura das demais agências, que já estavam com seus grupos fechados. Além disso, não tinha grupo formado e mentiu dizendo que tinham três rapazes para nos fazer companhia. No final o passeio foi fechado entre a gente e mais um casal de bolivianos. Demoraram um tempão pq precisavam do nosso dinheiro para fazer as compras e suprimentos, não eram nada preparados. Além disso, resolveram "adiantar" o almoço no centro de Uyuni. Todos os tours saem às 10h30 e nosso saiu às 15h!! Capítulo 4: Uyuni - primeiro dia no salar Conhecer o salar de Uyuni é uma experiência única e indescritível. Por mais fotos que postemos, nada supera o que seus olhos estão vendo ao vivo. O passeio do primeiro dia consiste em visitar quatro pontos: Cemitério de trens, Monumento Dakar, Ilha do Pescado e o deserto em si. Primeira parada: Cemitério de trens Em algum momento da história funcionou uma linha férrea que transportava minérios e demais materiais e hoje é um emaranhado de ferro retorcido no meio do nada. Segunda parada: Monumento Dakar Ele feito completamente de sal e além da frente principal, na sua lateral tem um trem, na face traseira uma lhama e homenagem ao Estado de Potosi e na outra lateral uma face que não soube dizer do que se tratava. Um pouco mais a frente tem as bandeiras de todo o mundo e o primeiro hotel de sal. Hoje desativado. Por conta do nosso atraso na saída do passeio, estava fechado. Terceira parada: Ilha do Pescado Nos tempos incas era um lugar de parada e pousada antes de prosseguir viagem. Pode ser chamado também de casa dos incas. Tem uma infinidade de tipos de cactos e um arco de coral natural. Mais uma demonstração de como a natureza é impressionante e vc se sente tão pequeno diante de tanta imensidão. Quarta parada: Deserto de sal É a experiência mais legal que você pode ter na vida, mas fomos prejudicadas com saída tardia do centro de Uyuni e ficamos míseros 15 mins nesse paraíso por dois motivos: estava um frio de lascar e o sol já estava se pondo. De toda maneira, rendeu fotos maravilhosas e a certeza de querer voltar. Após o pôr do sol, fomos levados para nosso primeiro alojamento: feito totalmente de sal. Achei incrível. Camas, paredes, mesas, bancos tudo feito de sal. Tudo muito simples, mas funcional: tem energia elétrica, tomadas suficientes para todos, banho de água quente (tem que pagar 10bs e dura somente 6 mins). É servido um jantar com sopa, pães, refrigerante e outra coisa que não me recordo agora. Mas ficamos bem alimentadas, tomamos um bom banho e cama! Temos mais coisas para explorar no dia seguinte..... Citar
Membros lu_alcantara Postado Dezembro 13, 2015 Membros Postado Dezembro 13, 2015 Continua! Estou acompanhando. Uma pergunta Kely, vc tem o valor dos gastos finais sem as passagens aéreas? Poderia me informar? Citar
Colaboradores kely.alves Postado Dezembro 14, 2015 Autor Colaboradores Postado Dezembro 14, 2015 Olá Lu! Esse final de ano tem sido tão corrido que está escasso o tempo pra dedicar a um relato decente e completo. Pela minha planilha de custos, sem as passagens e compras adicionais como roupas, acessórios, etc ficou em torno de R$ 3500 a R$ 4000,00. Consegui passagens de Sp para Santa Cruz por R$ 564,39 ida e volta. Sta Cruz para Sucre por R$ 145,00. Espero que consiga valores melhores e dentro de poucos dias continuo o relato. Mas o no que vc precisar, me dá um toque q vou ajudando. Citar
Membros lu_alcantara Postado Dezembro 14, 2015 Membros Postado Dezembro 14, 2015 Tranquilo, obrigada Kely! Citar
Membros pedro.andrade Postado Dezembro 15, 2015 Membros Postado Dezembro 15, 2015 Acompanhando também!! sabe me dizer quanto custa essa passagem Sucre x Uyuni? uns 80 bs? Citar
Colaboradores kely.alves Postado Dezembro 23, 2015 Autor Colaboradores Postado Dezembro 23, 2015 Oi Pedro! Fiz todas as minhas marcações de gastos diários no meu cel e ele subitamente, morreu . Mas foi mais ou menos esse custo mesmo, uns 80bs. Mas percebi que tanto na Bolívia, quanto no Peru os valores são negociáveis. Conversando, sempre se consegue um desconto. Então, as pessoas pagam preços diferentes na mesma viagem. Isso vale para as hospedagens tb. Nunca pague o primeiro preço que te oferecem. Pechinche sempre! Citar
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