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Olá pessoal! Acabo de retornar de uma viagem incrível à Patagônia Argentina, em que visitei Ushuaia, El Calafate e El Chaltén. Foram 14 dias intensos de viagem, entre 06/01 e 19/01, em que aproveitei ao máximo cada momento vivido nestes lugares maravilhosos. Voltei ao Brasil ontem (19/01) e já vou começar a escrever o relato para aproveitar que todas as informações ainda estão frescas na mente hehe mas tudo que vivi na Patagônia foi inesquecível e especial, então, dificilmente vou esquecer tão cedo essas duas semanas incríveis que pude experienciar. Só posso dizer uma coisa sobre essa viagem: SÓ VÁ! Sozinho ou acompanhado, a experiência será igualmente extraordinária. Voltei desta viagem renovado e transformado, tendo superado limites físicos e psicólogicos que nem eu mesmo achava que conseguiria. CONTEXTO Visitar a Patagônia já estava na minha mente há muitos anos, e eu já tinha o roteiro para esta viagem pronto há muito tempo. Porém, faltaram oportunidades para que eu pudesse ir, até que consegui em janeiro de 2025. No final de 2019, eu cheguei a comprar passagens para visitar a Patagônia em abril de 2020. Mas, como todos sabemos, no ano em questão tivemos a fatídica pandemia de COVID-19 que praticamente paralisou todos os serviços de turismo. Na época, a Aerolineas me deu a opção de remarcar a viagem ou reembolso. Tendo em vista a falta de perspectiva quanto à pandemia, decidi pedir o reembolso e, desta forma, a viagem a Patagônia ficou de escanteio. Anos depois, a ideia de visitar a Patagônia me voltou à cabeça e em setembro/24, após uma aula apocalíptica no 6º ano (professores entenderão), resolvi comprar as passagens praticamente de maneira impulsiva e sem pensar muito kkkkk mas já estava feito! Finalmente viajaria para aquele lugar que seria a viagem mais especial da minha vida. Além do roteiro pronto que eu já tinha, comecei a ler e reler os relatos aqui do Mochileiros. Gostaria de agradecer, em especial, a @JanaCometti e o @Alan Rafael Kinder que foram muito prestativos e solicitos ao me ajudarem com dúvidas e questões. ROTEIRO O roteiro que montei seguiu certinho até chegar em El Chaltén, quando tive que fazer algumas alterações depois da árdua trilha da Laguna de Los 3. Mas, no geral, consegui visitar todos os pontos planejados e não tive grandes perrengues. Segue o roteiro: 06/01/2025 - SP x USHUAIA (conhecer a Ushuaia, placas, espaço Pensar Malvinas) 07/01/2025 - USHUAIA (Glaciar Martial e Pinguinera) 08/01/2025 - USHUAIA (Laguna Esmeralda e Museo Del Fin del Mundo) 09/01/2025 - USHUAIA (Parque Nacional da Terra do Fogo) 10/01/2025 - USHUAIA X EL CALAFATE (conhecer El Calafate, placas) 11/01/2025 - EL CALAFATE (Navegação Todo Glaciares) 12/01/2025 - EL CALAFATE (Minitrekking e passarelas do Perito Moreno) 13/01/2025 - EL CALAFATE X EL CHALTÉN (conhecer El Chaltén e Mirador de los Condores/las Aguilas) 14/01/2025 - EL CHALTÉN (Laguna de Los 3 - Fitz Roy) 15/01/2025 - EL CHALTÉN (Chorrillo del Salto) 16/01/2025 - EL CHALTÉN (Lago del Desierto e Glaciar Huemul) 17/01/2025 - EL CHALTÉN (Mirador Cerro Torre e Mirador El Chaltén) 18/01/2025 - EL CHALTÉN X EL CALAFATE (visita a Glaciarium) 19/01/2025 - EL CALAFATE X SP (RETORNO) CÂMBIO E VALORES Que a Argentina está cara, todo mundo já sabe. Mas eu não imaginaria que estaria tãaaaaaaaaao cara! Chega a ser surreal os preços praticados na Patagônia. Para ter uma noção, um mísero chaveiro custa 7.000 pesos, que na cotação de hoje, é R$ 40,00!!!! Soa absurdo para nós, mas é a realidade argentina de hoje. Então, se pretende visitar a Patagônia, vá bem preparado financeiramente falando. Levei R$ 4.100,00 no cartão Wise e R$ 500,00 em espécie, e gastei tudo. A comida, principalmente, é muito cara. Para os valores em pesos que eu falar ao longo do relato, considerem a conversão de 1 real = 170 pesos argentinos. O cartão Wise teve aceitação de praticamente 100% em toda a Patagônia, até mesmo em El Chaltén. Usei o dinheiro em espécie para pagar propina ou comprar coisas de baixo valor, como empanadas e lanches. Para usar o Wise na Argentina, deve-se manter o dinheiro na carteira de dólares, pois a maquininha automaticamente converterá os pesos argentinos. Achei mais vantajoso do que carregar bolos e bolos de notas, o câmbio estava ruim de qualquer forma, não tinha muito o que fazer. Mas é a velha história: quem converte não se diverte. Bora aproveitar a Patagônia como dá kkkkkk Ordenando, da cidade menos cara para a mais cara, fica: Ushuaia - El Calafate - El Chaltén SEGURO VIAGEM Fiz o seguro viagem com a Allianz Travel, por R$ 170,00, mas felizmente não precisei usar. HOSPEDAGENS Nesta viagem, fiquei apenas em hostels e todos foram ótimos. Não tive nenhuma experiência desagradável e a troca cultural foi enorme, pois havia gente de todo mundo. Fiquei em quartos com gregos, alemães, franceses, australianos, estadunidenses e até mesmo brasileiros. Sempre fui muito bem tratado e tentava me comunicar com meu inglês da fisk kkkkkkk. Segue o feedback das hospedagens USHUAIA - ANUM HOSTEL: Foi o hostel que mais gostei da viagem. É um hostel novo, que tem apenas dois anos, mas fica muito bem localizado na esquina com a avenida San Martin, que é a principal de Ushuaia. Os quartos coletivos possuem camas com cortinas, o que lhes dá uma aparência de cápsula, o que achei bem legal e não atrapalha o próximo quando estamos com a luz acesa. Também tem armários espaçosos. O café da manhã também é bom, com pães, frios, medialunas, sucos, café, sucrilhos, leite, etc. Staff bem atencioso e espaço comum suficiente. Nota 10! EL CALAFATE - FOLK HOSTEL: Outro excelente hostel. O Folk foi indicação do Alan aqui do fórum e o hostel possui um excelente custo benefício. Os quartos possuem armários espaçosos para cada cama, e os banheiros são enormes com bons chuveiros. O espaço comum é bem grande e o café da manhã é honesto, com pães, doce de leite, geleia, suco, frutas, café e leite. A localização é fora do eixo do centro (fica a 10 minutos da caminhada), mas bem próximo do terminal de ônibus. Nota 10! EL CHALTÉN - CONDOR DE LOS ANDES: Um bom hostel. Fica localizado próximo da entrada da cidade, perto do terminal de ônibus, o que não foi um problema, já que El Chaltén é um ovo e se faz tudo a pé. Staff extremamente prestativo e atencioso, camas confortáveis e armários espaçosos. Os quartos possuem banheiro privativo e aqui tem algo que me incomodou. O espaço para o banho é bem pequeno e, a cada tomada de banho, o banheiro inteiro ficava uma molhadeira enorme! A moça da recepção já até sabia que eu queria um pano toda vez que descia kkkk O box do chuveiro era de cortina, então a água inevitalmente passava para fora. Enfim, apenas um detalhe. Café da manhã honesto também, com pães, manteiga, geleia, doce de leite, frutas, café e suco. Nota 9! PASSAGENS Paguei R$ 3.600,00 pela Aerolineas Argentinas. Sendo professor, não tem como fugir da alta temporada, então eu já sabia que seria um valor salgado. Fora da alta temporada, o valor média das passagens está em R$ 2.700,00. A Aerolineas Argentinas me surpreendeu positivamente. Vi várias reclamações e estava bem receoso quanto aos voos, mas foram pontuais em todos e não tive qualquer problema. Ao longo do relato falarei mais sobre isso. DOCUMENTOS Fui com passaporte, mas também poderia ter entrado apenas com RG. A imigração na Argentina é bem tranquila, conforme falarei logo mais. O QUE LEVEI? Viajei somente com a bagagem de mão + 1 mochila comum. Minha mala ficou em torno de 8 kg, então não tive qualquer problema, mas ela foi pesada em todos os voos pela Aerolineas. Eles são bem chatos quanto a isso, então, se for somente com a bagagem de mão, tente não passar dos 8 - 10 kg. Para uma viagem à Patagônia, as roupas de frio devem ser prioridade. Usei praticamente tudo que levei, e não levei nenhum short/bermuda pois sabia que seria ocupar espaço na mala porque não usaria (sou friorento). Aquilo que dizem que a Patagônia pode ter "as quatro estações do ano em um dia" é pura verdade, o tempo muda demaaaaaaais e o clima é bem hostil. Levei roupas para 7 dias, e quando cheguei em Calafate, pedi para a lavanderia do hostel lavar as roupas que eu tinha usado até então. Dessa forma, tinha roupas limpas para os 7 dias seguintes. Na minha mala teve: 7 cuecas 2 pares de meias para trekking (selene) - foram bem úteis no dias do minitrekking em diante. Seguraram o tranco e protegeu meus pés contra bolhas maiores (mas mesmo assim, teve). 4 pares de meias comuns 1 fleece (não usei, só ocupou espaço) Conjunto segunda pele (usei todos os dias, extremamente útil. Confortável, comprei na Amazon e é unissex: https://www.amazon.com.br/dp/B0C9FN5K8T?ref=ppx_yo2ov_dt_b_fed_asin_title) 2 jaquetas. Uma mais fina e outra com fleece por dentro, ambas imperméaveis. (item obrigatório. A mais fina foi essa e deu conta: https://www.decathlon.com.br/jaqueta-ecodesign-impermeavel-masculina-de-trilha/p) 1 calça imperméavel (item obrigatório também. Fiquei muito na dúvida sobre comprar ou não, mas ainda bem que levei a calça impermeável. Fiz a maior parte do minitrekking sob chuva e a calça/jaqueta me protegeram bem e aguentaram o tranco. Segue link: https://www.decathlon.com.br/sobrecalcas-impermeaveis-masculina-de-vela-inshore100-navy/p). 3 calças de tactel comuns 1 calça jeans 4 camisetas dry fit (as melhores! Ocupam pouco espaço na mala e são respiráveis). 2 camisetas de algodão Chapéu/boné Gorro Cachecol Luvas Pasta para documentos Bolsinha de remédios (importante!!!) Protetor solar (importante também) Itens de higiene pessoal Doleira Powerbank 10000 mah Garrafinha de água de 1L (para as trilhas de El Chaltén, 1L é o mínimo) Chinelo Bota de trekking (Usei a Vento Finisterre e aguentou muito bem o tranco em todo tipo de terreno, além de boa impermeabilidade. Aprovadíssima!). O que não levei e levaria: HIDRATANTE/PROTETOR LABIAL! A Patagônia, sobretudo El Calafate, é bem seca e árida. Logo, os lábios sofrem com a umidade baixa. Fiquei (e estou) com várias feridas na boca que dói até para comer. Comprei um protetor labial em Chaltén, mas o estrago já estava feito, fui até o final da viagem com as feridas na boca me acompanhando hahaha Mas agora, vamos ao relato! (vou tentar escrever um pouco por dia, e deixo algumas fotos como entrada hahahah)9 pontos
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2º DIA - 07/01/2025 - USHUAIA (GLACIAR MARTIAL E PINGUINERA) E chegamos ao primeiro dia de passeios! Acordei por volta das 07 da manhã, pois a ideia era começar a subida do Glaciar Martial cedo para ter tempo hábil de retornar, almoçar e realizar a Pinguinera no período da tarde. Tudo com folga, sem correria, aproveitando que o dia estava lindíssimo e sem uma nuvem no céu. E assim foi feito. Tomei um café da manhã reforçado no hostel e chamei um Uber para me levar ao Glaciar Martial, que custou ARS 5.500. Vale lembrar que o Glaciar Martial, na verdade, é um centro de ski que funciona na temporada de inverno e, durante o verão, existem trilhas gratuitas que podem ser feitas para conhecer a neve/gelo residuais e ter uma vista panôramica da cidade. O trajeto do centro de Ushuaia até a portaria/casa de chá que fica no sopé da montanha demora cerca de 10 min, ficando a 7 km de distância. Sei que muitas pessoas fazem esse pedaço a pé, mas é uma boa caminhada em uma pista sinuosa e somente em aclive, então, talvez compense pegar um uber/taxi mesmo kkkkkkkk Ao chegar na portaria/casa de chá, há um portal de livre acesso com banheiros e uma espécie de guardaparques que te dá informações sobre as trilhas do Glaciar Martial e oferece bastões de caminhada para aluguel (eu recomendo). Eles informam que há 3 possibilidades de trilha: a do mirante da cidade (fácil), a do glaciar (média) e a da nuvens (moderada-alta). Informações dadas, segui meu rumo e comecei a trilha por volta das 08:10. Esse percurso é bem famoso entre os visitantes de Ushuaia e li sobre a subida, mas ela é bem puxadinha, viu? Portal do Glaciar Martial A trilha se inicia já com subida em meio a um bosque muito bonito com rios correndo na lateral. Como fui cedo, encontrei pouquíssimas pessoas no caminho e o silêncio imperava, onde só se ouvia o som dos pássaros, da água correndo e do vento que, vez ou outra, vinha em forma de rajadas. Por cerca de meia hora, o trajeto é em meio ao bosque, havendo bancos como ponto de parada para recuperar o fôlego. Terminado o bosque, atravessei uma pequena ponte e cheguei uma área aberta em que já há uma vista panorâmica de Ushuaia, sendo ali o término da trilha do "mirante da cidade". Como queria chegar até o gelo, continuei. Vale ressaltar que nessa área aberta os ventos já são mais fortes, principalmente por ser uma área de montanha. Seguindo, atravessei outra ponte e continuei a trilha demarcada em meio às montanhas, é muuuuuito bom! E sempre subindo... Início da trilha do Glaciar Martial Bora subir! Em dado momento, a vegetação rasteira que acompanhava a trilha termina e o só se vê rochas, com os primeiros resquícios de gelo estando cada vez mais perto. Depois de 3 km de subida e por volta das 09:20, cheguei ao primeiro fragmento de gelo da montanha. Não é um gelo recente ou fofo, mas quem quiser brincar consegue kkkkkk Decidi parar por ali, pois a subida para a "trilha das nuvens"continuava e eu não podia me demorar muito. Sentei em um banco de pedras que havia no local e fique ali, sozinho, por cerca de uma hora apenas admirando a magnitude das montanhas e o silêncio que só o vento cortava. Foi uma sensação boa de solitude. Claro que aproveitei pra brincar um pouco com o gelo também rs No dia anterior, eu havia comprado empanadas no BIG PIZZA da Av. San Martin (dica da Jana Cometti), e se acabaram se tornando meus lanches favoritos para passeios. As empanadas custam ARS 2.000 e são bem gostosas. Assim, aproveitei que estava descansando na montanha para fazer meu lanche e comi as empanadas e um alfajor que eu havia trazido. Um tempo depois, chegou um casal de brasileiros de BH no local e ficamos conversando um pouco. Pediram para tirar umas fotos e, pouco depois, iniciei a descida. Trilha bem demarcada em meio às montanhas Cheguei no gelo! A felicidade do garoto em caminhar em meio às montanhas! Retornei a portaria do cerro martial por volta das 11 da manhã, e havia duas opções para voltar a Ushuaia: chamar o Uber novamente ou esperar algum táxi aparecer por ali (eles sempre aparecem em pouco tempo, pois levam turistas frequentemente para lá). Olhei a primeira opção e o Uber estava bem carinho. Fiquei no ponto de táxi e, 5 minutos depois, apareceu um carro. Perguntei quanto ficaria para me levar até a Av. San Martin e ela cotou em ARS 7.800. Fechou! Tomei o táxi e retornei para a cidade. Passei rapidamente no hostel para ir ao banheiro e carregar um pouco o celular, e depois fui procurar algum lugar para almoçar comida de verdade, uma vez que teria o passeio da Pinguinera do período da tarde, que é bem longo. Andando pela Av. San Martin e arredores, encontrei um restaurante muito bem recomendado chamado Bodegon Fueguino, e ali parei para ver o cardápio e preços, que achei até um pouco abaixo da média da cidade. Desta forma, entrei e pedi um pollo a milanesa com papas fritas. Pra mim, o grande problema dos pratos argentinos é que a carne é muito bem servida (geralmente dá para duas pessoas), mas não há nenhum acompanhamento como arroz ou feijão que estão acostumados, estranhei no começo kkkkkk mas faz parte. O frango estava bem saboroso e as batatas também. Paguei ARS 14.000 pelo prato + bebida. Terminado o almoço, passei novamente no Big Pizza para pegar empanadas para levar à Pinguinera e, por volta das 14:00, me dirigi ao porto. O passeio da Pinguinera eu fiz com a empresa Tolkeyen, que é bem popular em Ushuaia. Comprei antecipado do Brasil e paguei R$ 576,00 em novembro. Nada a reclamar da empresa, foram pontuais, o catamarã era bom e o serviço prestado também. O ponto de encontro do passeio é no "muelle" que fica em frente a placa do fim do mundo. Ali, me apresentei na agência da Tolkeyen e eles me deram um crachá para ingressar no porto com o número do meu catamarã. Chegando no porto, apresentei o crachá e me direcionaram para aquele que seria o meu barco ao longo do passeio. Começava a Pinguinera! Ao entrar no barco, os lugares são livres para serem escolhidos. São grandes mesas para 4 a 6 pessoas. Sentei em um assento na janela e o catamarã começou a encher (é bem grande, sério). Em pouco tempo, surgiram 3 brasileiras que perguntaram se podiam se juntar a mim, e claro que aceitei. Nesse momento conheci a Leonor, a Eliane e a Rosana, brasileiras do Paraná que estavam vindo desde Curitiba por motorhome. Foram pessoas especiais que me fizeram uma excelente companhia neste passeio, rendendo papos e conversas ao longo de todo o trajeto (também são professoras, logo kkkkkkk). O barco por dentro O barco partiu pontualmente às 15:00 e algum tempo depois, autorizaram a saída para a parte de fora do barco. Fomos para lá e, como o tempo estava excelente, a paisagem respondia à altura. As montanhas nevadas, Ushuaia ao fundo, tudo fazia parte daquele cenário mágico. Após meia hora de navegação, aproximadamente, chegamos à ilha dos cormorones, que são aqueles passaros que se parecem com os pinguins. Havia milhares deles no local! O barco para ali um tempo e fica girando em torno da ilha para que todos possam apreciar e bater suas fotos. Seguindo a navegação, o próximo ponto de parada é no famoso "Farol Les Eclaireurs" ou "Farol do Fim do Mundo", que é praticamente um cartão postal de Ushuaia. Aqui, o barco usa a mesma estratégia da parada anterior e fica girando em torno do farol para que todos tenham oportunidade de ve-lo. Junto ao farol, haviam diversos lobos marinhos descansando, tomando sol, uma beleza da natureza. Após o farol, ficamos um bom tempo navegando sem parar, pois a Isla Martillo que concentra a colônia de pinguins é bem distante. Neste meio tempo, passamos rapidamente em frente a Puerto Willians, cidade do Chile que disputa com Ushuaia o título de mais austral do mundo. Ilha dos Cormorones Farol do Fim do Mundo Por volta das 17:50, mais de duas horas depois do início da navegação, começamos a avistar os primeiros pinguins na Isla Martillo. E, de repente, há milhares deles! São muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos mesmo! O barco parou bem próximo a ilha para que pudessemos observar e nessa hora é aquele vuco-vuco, pois todo mundo quer ficar na frente do barco para ver os pinguins. Meu conselho: saia do barco e fique lá fora quando perceber que está chegando perto da Isla Martillo, pois o empurra-empurra ali é grande rs Haviam pinguins da espécie de Magalhães e também o Pinguim-Rei, em menor quantidade. E ali ficamos por cerca de meia hora admirando o comportamento e toda a dinâmica que envolve os pinguins. É sério, são muitos! E janeiro é a época que eles estão em maior número na região, já que em março começam a migrar. Existe o outro passeio que a Piratour oferece que te dá a experiência para caminhar com os pinguins, mas como eu já havia gastado com outro passeio mais caro (falarei mais a frente), preferi não fazer e me dei por satisfeito apenas com a navegação. O retorno a Ushuaia foi bem longo e nessa hora o cansaço bateu para todo mundo, até consegui tirar um cochilinho. O catamarã chegou no porto de Ushuaia por volta das 20:30 e fui com as meninas até o Big Pizza, pois elas estavam com fome. Trocamos contatos, depois da despedida, segui para o meu hostel para tomar um necessitado banho e relaxar para o dia seguinte. No final do dia, na área comum do hostel, conheci um estadunidense chamado Joseph que estava fazendo uma trip pela América Latina. Usei meu pobre inglês para me comunicar e até que me saí bem (rsrsrs). Fui dormir por volta das 22:30 por o dia seguinte prometia: o trekking para a Laguna Esmeralda! Enfim, a atração principal! Super fofos! Final de dia, feliz da vida!7 pontos
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Eu fiz essa viagem com uma amiga que conheci através do grupo de mulheres que viajam do Facebook. Eu já tinha comprado minha passagem quando começou a bater um medo de ir para o Norte sozinha, então fui procurar companhia pelo Face e encontrei a Carla de SP que comprou a passagem para a mesma data. É bom ter companhia para dividir os pratos e os passeios mas vi muitas mulheres viajando sozinha e é tranquilo. Dia 20/08 chegada em Santarém as 11:45 Em Santarém o app Urbano Norte funciona melhor que o Uber então pegamos um até o Hotel que reservamos no Centro próximo a Orla. Deixamos nossas coisas e saímos para comer e dar uma volta, o sol estava de rachar então logo voltamos para hotel e esperamos para sair no final da tarde. Visitamos o Museu João Fona, a Matriz, caminhamos pela Orla, o encontro dos rios Amazonas e Tapajós é bem bonito, a Orla tem alguns lugares para comer e a noite rola música ao vivo. Jantamos no restaurante Massabor aproveitei para provar o Tacacá. Tem alguns passeios de barco que saem ali da Orla de Santarém não nos interessamos em fazer porque no outro dia já íamos para Alter do Chão. Se você tiver pouco tempo não vale a pena ficar em Santarém pode ir direto para Alter, para mim o que valeu mais foi ver o encontro dos rios, mas nem precisava ter ficado lá uma tarde toda. Achei os valores para comer ok. O Hotel que ficamos foi o Grande Center Hotel a diárias custava 170,00 para duas pessoas saio 85,00 cada, não é dos melhores, mas para uma noite apenas foi ok, tinha café da manhã. Gastos do dia : Hotel 85,00 Jantar 42,00 Uber 25,00. Encontro dos rios Tapajós e Amazonas visto da Orla de Santarém. Eu pedi tacacá sem camarão porque tenho alergia, então não foi bem um tacacá o que eu tomei rsrs Orla de Santarém 21/08/2024 – ALTER CHÃO Pegamos o ônibus para Alter do Chão de manha por volta das 8h a passagem custou 5,00 e ele passa em vários pontos no Centro, passava a 2 quadras do nosso hotel. Os transferes até Alter costumam custar de 100,00 a 150,00 preferimos pagar 5,00 e ir de ônibus. A viagem foi tranquila durou em torno de 1h, o ônibus estava vazio e fomos sentadas. Havia uma parada para nossa sorte quase na frente da casa onde iriamos nos hospedar. Ficamos em um airbnb que teve um bom custo benefício, bem localizado e confortável e a dona da casa a Adriele foi muito querida. A diária é 150,00 dividido por duas deu 75,00 para cada. Deixamos nossas coisas lá e já fomos para a Orla pegar um barco e ir para Ilha do Amor. Os barqueiros cobram 10,00 prela travessia que pode ser dividido, como estávamos em duas deu 5,00 para cada. Passamos o dia na Ilha pudemos entrar nas aguas do rio Tapajós que são clarinhas e morninha. Como era dia de semana só havia 2 restaurantes abertos durante o final de semana costuma ser bem mais movimentado por lá. Almoçamos um Tambaqui assado no primeiro restaurante que não lembro o nome, a comida estava muito boa pedimos para duas pessoas 100,00 e a quantidade era generosa servia umas 3 ou 4. Também provei o Açaí puro e tomei a cerveja Tijuca que é do Pará. Andamos bastante exploramos a ilha cada cantinho lindo. O sol é muito quente e nesse dia fiquei mais exposta, no final do dia estava toda vermelha. Ficamos até o pôr do sol que é lindo, depois pegamos o barco de volta. A noite estávamos esgotadas acredito que porque andamos de mais no sol, nem saímos para comer. Gastos: Barco 10,00 Almoço e açaí: 80,00 Hospedagem: 450,00 para cada O que achei mais estranho no açaí do Norte é que eles não comem congelado. Ilha do Amor. Na época das chuvas essas casinhas ficam quase cobertas pela água. Um paraíso, mas precisa ter cuidado porque na região tem muita arraia. Por do sol visto da Ilha do Amor 22/08/2024 ALTER DO CHÃO – CANAL DO JARI Não fechamos nenhum passeio antes da viagem e foi bem tranquilo. É só ir até a Atufa que fica na Orla e conversar com os barqueiros que ficam por lá, os preços variam um pouco é bom dar uma pesquisada, nós pagamos 180,00 por cada passeio mas vi alguns cobrando até 250,00. Em todos os passeios oferecem água mineral, frutas e no final do passeio servem abacaxi temperado. As 9h embarcamos, navegamos pelo rio Tapajós até o rio Amazonas onde entramos em canal do rio. O guia para em um local para boto, mas é bem rápido nem deu para direito, depois para em um outro local onde a gente paga 30,00 para fazer a trilha da preguiça onde dá para ver alguns macacos e o bicho preguiça, anda pouco não é bem uma trilha é mais um passeio. Depois vamos até o local onde tem as vitórias-régias, elas não estavam muito bonitas estavam meio secas, nesse lugar para 30,00 e degusta dos pratos feitos com a vitória régia achei interessante porque não fazia ideia que dava comê-la. A parada para almoço é na Casa do Saulo um restaurante famoso que tem na região, premiado internacionalmente, o local é muito bonito cheio de espaços instagrameáveis, a comida é cara mas como já estávamos lá decidimos experimentar, pedimos um pirarucu que estava ótimo. Na volta paramos na praia Ponte de Pedras e depois paramos para ver o pôr do sol na praia Ponta do Cururú. A noite fomos para a Praça pois era dia de Carimbó dança típica do Pará. É muito bonito ver eles dançando alguns turistas entram na roda e arriscam uns passos. Toda quinta tem Carimbó em Alter, não aguentamos ficar muito tempo porque estava cheio e muito calor no meio da roda, logo nos asfaltamos e ficamos olhando de longe. Passeio Canal do Jari: 180,00 Trilha do Preguiça 30,00 Jardim das Vitorias Régias 30,00 Almoço Casa do Saulo: 120,00 Vitórias-régias no Canal do Jari . São fofos, o guia leva banana e eles chegam bem perto. Pratos feitos com a vitória-régia. Achei gostoso. Restaurante do Saulo. Praia Ponte de Pedras Pô do sol visto da praia Ponta do Cururú. 23/08/2024 ALTER DO CHÃO- PRAIAS DO PINDOBAL Passamos na padaria para tomar café e saímos as 9h para conhecer as praias do lado sul. As praias são lindas algumas desertas. A parada para almoço foi na Comunidade Maguari e o por do sol na praia de Muretá. A noite fomos em uma pizzaria que nos indicaram que fica na frente da Praça do CAT, achamos a pizza pequena pelo valor. Gastos: Passeio: 180,00 Café: 6,00 Almoço: 50,00 Pizza: 40,00 As águas são claras e morninhas. Cuidado com o sol que é muito quente. Nesse passeio tem várias paradas e não lembro exatamente o nome de cada praia, mas são todas lindas. A areia é branquinha. 24/08/2024- ALTER DO CHÃO - FLONA NACIONAL DO TAPAJÓS Fechamos esse passeio no dia anterior com o mesmo barqueiro que nos levou ao Jari. Saímos as 9h e fomos até a Comunidade Jamaraquá que fica na cidade de Belterra, esse passeio pode ser feito de carro ou a pessoa consegue ir até a comunidade de ônibus também, é uma maneira mais econômica de fazer. Lá na comunidade a gente precisou pagar o guia local era 600,00 por grupo como estávamos em um grupo grande ficou 47,00 para cada. Fizemos a trilha pela floresta que durou em torno de 4h no total, o guia vai explicando sobre a fona e fauna local, tem uma subida que cansa um pouco principalmente por causa do calor que é intenso. A primeira parada é na Samaúma que deve ter mais de 300 anos, depois tem um mirante de onde dá para ver o rio Tapajós e por ultimo o mais esperado é a parada Igarapé, as aguas são cristalinas e geladas, o banho renova as forças, ficamos lá por uns 40 minutos e voltamos. Geralmente o almoço é na Comunidade mesmo mas nesse dia o restaurante estava fechado por conta do falecimento da senhora que cozinhava, o guia nos levou para almoçar na comunidade Maguarí que fica ao lado. Pedi filhote grelhado, estava muito bom. No final paramos para ver o por do sol na praias de Muretá a mesma que vimos no dia anterior mas dessa vez o guia parou mais longe onde ficou só o nosso grupo. Na volta o guia tirou a cobertura do barco para que pudéssemos voltar vendo as estrelas, nem teve estrela nesse dia mas eu vi umas das paisagens mais bonitas dessa viagem, o céu rosado refletido nas aguas nem consigo descrever tanta beleza. A noite demos uma volta pelo centro e descobrimos a sorveteria Boto Gelato da Amazonia onde tem várias opções de sabores de frutas típicas da região, troquei a janta pelo sorvete, são divinos e você pode experimentar antes de comprar. Passeio: 180,00 Guia: 47,00 Almoço: 50,00 Sorvete: 22,00 Comunidade. Samaúma Mirante de onde dá para ver o rio Tapajós Igarapé No final de cada passeio eles ervem abacaxi temperado, é um delicia. O pôr do sol estava lindo a água refletia o céu. 25/08/2024 ALTER DO CHÃO- PRAIA DE CJAÚNA E PRAIA DO CAT Era nosso último dia em Alter e decidimos acordar mais tarde e ficar nas praias próximas ao centro. Até pensamos em fazer o passeio de Arapiuns, diz que é muito lindo mas estávamos cansadas e decidimos ficar alí por perto. Tínhamos planejado subir o Morro da Piroca mas acabamos desistindo. Comemos na praia bolinho de piracuí, a noite fomo no X-bom que tem várias opções de lanche muito gostosos e ao lado tem uma casa de sucos que são maravilhosos com muitas opções de sabores de frutas típicas da região. Fomos novamente no Boto Gelato da Amazonia. Para mim 5 dias em Alter foi suficiente para aproveitar bem, mas vi pessoas que ficam 10 dias ou mais. As praias são lindas e o por do sol é perfeito. Alter é bem turístico então tem muitas opções de hospedagens e restaurantes. Almoço: 40,00 Lanche e suco: 35,00 Sorvete: 15,00 O morro que aparece ao fundo é do Morro da Piroca. O último pô do sol em Alter. 26/08/2024 ALTER DO CHÃO/SANTARÉM/BELÉM/ILHA DO MARAJÓ Acordamos as 6h e fomos para o ponto de ônibus que era ao lado da casa da Adriele, pegamos o ônibus as 6:30h e dessa vez estava lotado pois era horário de pico. Por volta das 8h chegamos em Santarém e já pegamos um Uber para o aeroporto nosso voo para Belém era as 10h. Chegamos em Belém por volta de meio dia e já pegamos Uber para a hidroviária de onde sai as Lanchas para a Ilha do Marajó. Foi complicado achar informações sobre como ir para o Marajó, ligamos nos telefones que achamos na internet mas ninguém atendia nem respondia mensagem do whats então decidimos tentar a sorte. No horário vespertino não havia lancha que fosse direto para Soure onde iriamos nos hospedar, então decidimos pegar a lancha para Salvaterra e de lá pegar uma Van até Soure. A hidroviária de Belém é ok tem alguns lugares para comer minha colega comeu um prato com camarão por 17,00 que segundo ela estava muito bom, eu acabei enrolando e não deu tempo de almoçar. A viagem até Salvaterra foi tranquila, depois seguimos até Soure, chegamos por volta das 18h e já fomos comprar a passagem de volta porque se deixar para comprar no dia da volta corre o risco de ter esgotado. Deixamos as coisas no Hostel Viajantes, tomamos banho e saímos para comer. Como era segunda feira muitos lugares estavam fechados mas caminhamos pela avenida principal e achamos o Quiosque do Bolota que servia refeições, eu pedi uma bisteca de carne de búfalo, achei parecido com carne de boi. A comida estava boa. Gastos: Ônibus: 5,00 Uber: 40,00 Lancha de Belém X Soure: 47,00 Van de Salvaterra x Soure: 24,00 Hospedagem: 47,00 a diária Jantar: 23,00 Passagem de volta para Belém: 62,00 Bisteca de carne de búfalo. Experimentei uma cerveja local. 27/08/2024 ILHA DO MARAJÓ- SALVATERRA No Marajó o meio de locomoção mais fácil é o mototáxi , fechamos os passeios com o Jordan uma pessoa que me indicaram e foi tudo tranquilo a pesar de não usarem capacete eles costumam andar devagar. O Jordan nos pegou no Hostel as 8h e fomos tomar café no Mercado Municipal, é o melhor local para tomar café tem opções como tapioca, cuscuz , sanduíches e o valor é bom. Eu pedi cuscuz com carne seca e queijo de búfala. Depois seguimos para Salvaterra. As praias de lá não tem nada de mais, a orla é bonita, visitamos todas as praias e as ruínas Jesuíta. Não fomos no igarapé porque estava seco. Chegamos em Soure já era umas 18h, tomamos banho e fomos na sorveteria Q sorvete, é muito bom feito com leite de búfala, depois fomos no trapiche e comemos um hamburguer feito com carne de búfalo. Gastos: Jordan: 200,00 Café da manha: 14,00 Almoço: 25,00 Sorvete: 20,00 Lanche: 23,00 Orla de Salvaterra. Não lembro o nome das praias. As ruínas dos Jesuítas é um dos pontos visitados. 28/08/2024 ILHA DO MARAJÓ- SOURE Nesse dia saímos um pouco mais tarde fomos para o mercado tomar café e o Jordan nos encontrou lá. As praias visitadas foram: Cajuna, Praia do Céu e Praia do Pesqueiro. As 3 praias são lindas, sendo que a do Pesqueiro é a que tem mais estrutura onde paramos para almoçar. O caminho até a praia é lindo é possível ver muitos pássaros e uma região alagada que lembra o pantanal. Para ir até a praia do céu passa por uma área privada onde cobram 10,00 . A vila dos pescadores é uma graça, as casinhas coloridas valem a pena a visita. As 15:00h tínhamos o passeio na Fazenda São Jeronimo, local onde foi gravado uma Edição do Programa no Limite. As 14:30h o Jordan nos buscou na praia do Pesqueiro. Na praia do Pesqueiro havia um búfalo que o dono cobrava 20,00 para dar uma pequena volta e tirar foto. Sei que passeio que envolve animais costuma ser polemico, decidimos fazer o passeio pois muitos diziam ser imperdível. Eu gostei, é bem organizado, o atendimento lá na Fazenda é muito bom é possível tomar sorvete e provar pratos típicos, aproveitamos para provar o ceviche de turú, a textura é estranha, mas o gosto era do limão. No passeio a gente inicia com o búfalo depois anda por um manguezal, até chegar em uma praia que é linda. No final eles servem água de coco. Curti o passeio mas penso que poderia ser mais barato 250,00 é caro para um passeio que dura no máximo 3h. A noite jantamos em um restaurante próximo ao Trapiche não consigo lembrar o nome, mas a comida era muitos gostosa, depois tomamos sorvete de leite de búfala. Jordan: 120,00 Passeio Faz. São Jeronimo: 250,00 Almoço: 35,00 Entrada Praia do Céu: 10,00 Ceviche de turú: 25,00 Jantar: 35,00 Sorvete: 11,00 Praia do Pesqueiro Vila dos Pescadores. Búfalo da praia do Pesqueiro. R$ 20,00 para dar uma volta. Travessia do rio com o búfalo. Passeio de barco. Totem do Programa no Limite. Praia deserta. 29/08/2024- ILHA DO MARAJÓ- SOURE Acordamos mais tarde alugamos bike e fomos para a praia da Barra Velha, decidimos não fazer mais passeios e ficar por lá o dia todo. Essa praia é a mais próxima da cidade e é bem tranquilo o caminho é reto e plano. Para quem gosta de pedalar dá para ir até a praia do Pesqueiro de bicicleta também. A praia é linda tem alguns restaurantes, mas se vocês se afastam já fica na praia deserta. As praias de Soure são bem mais bonitas que as de Salvaterra, vale a pena ir em Salvaterra para conhecer, no entanto, se você tiver pouco tempo pode ficar apenas em Soure. Recomendo pelo menos 3 dias . Aluguel da bike: 20,00 Almoço: 25,00 Jantar: 30,00 Praia da Barra Velha Praia da Barra Velha 30/08/2024 Soure- Belém Nossa lancha sairia as 5:30h direto para Belém, acordamos as 5h juntamos nossas coisas e fomos para a hidroviária. A viagem foi tranquila. Nosso hostel era próximo, fomos caminhando, deixamos as coisas lá e fomos para o Teatro da Paz. Fizemos a visita guiada que acontece de hora em hora, depois pegamos um Uber para ir até o Mercado Ver o peso, dava para ir andando, mas como estava muito calor pegamos o Uber. Indico ir no Ver o Peso cedinho fomos por volta de meio dia e estava um calor insuportável, logo saímos e fomos até o Forte do Presépio, Casa das 11 Janelas, passamos pela Igreja Matriz e fomos almoçar no Restaurante Point do Açaí, o local era agradável e tinha várias opções de pratos típicos, comemos um pato no tucupi que estava ótimo. Voltamos para o hostel para tomar um banho e descansar um pouco. Depois no final da tarde fomos para a Estação das Docas, esse local é um Oasis no meio do calor de Belém pois é climatizado, tem música ao vivo e muita opção de local para comer, é tipo uma galeria e é onde fica a sorveteria Cairu famosa por já ter ganhado prêmio internacional. Decidimos fazer o passeio de barco que sai dali das Docas mesmo, dura em torno de 1:30h, tem apresentações de carimbó e histórias locais, é legal mas não é imperdível. Quando voltamos tomamos o sorvete Cairu e depois um chopp. Esse hostel que ficamos valeu pela localização mas era bem sujo, pegamos o quarto duplo imagino que o coletivo deveria ser tenso. Hostel: 45,00 a diária Uber 12,00 Entrada teatro: 6,00 Entrada do Forte: 4,00 Almoço: 85,00 Passeio de barco: 70,00 Sorvete: 15,00 Chopp: 26,00 Essências vendidas no Mercado Ver-o-Peso A parte dos peixes. Estação das Docas Teatro da Paz. Belém vista do passeio de barco. Casal dançando Carimbó . 31/08/2024 Belém - Ilha de Combú Como passamos muito calor no dia anterior decidimos ir para um local nos refrescar, e fomos para Combu que é a ilha mais próxima de Belém mas se você tiver mais tempo tem as ilhas de Cotijuba e Mosqueiro que nos disseram que é até mais legal que Combu. Pegamos um uber o fomos até a Praça Princesa Izabel de onde saem os barcos, eles saem de hora em hora e você paga 20,00 ida e volta. No momento de embarcar já tem que avisar o ponto que vai parar, na Ilha tem vários restaurantes, nós fomos em um que nos indicaram chamado Chalé da Ilha, que fica no furo do rio. Todos os restaurantes são parecidos, eles colocam um tablado e fecham uma parte do rio formando uma piscina natural para banho, e também muitos oferecem piscina normal para quem não gosta de rio, no Chalé tinha mas não vi ninguém entrar. Na ilha os restaurantes funcionam da mesma maneira você paga o que consome e pode passar o dia por lá, nós voltamos as 16h. No Combú também fica a fabrica de chocolate da Dona Nena onde você pode degustar e comprar chocolates que são fabricado com cacau da ilha, caso queira visitar é só pedir para o barco parar lá, nós não fomos. A noite combinamos de jantar com a Eliane uma querida que conhecemos pelo grupo de WhatsApp de mulheres que iriam viajar para o Pará. Eliane nos pegou no Hostel e nos levou até o Amazônia na Cuia um restaurante bem conhecido de Belém onde a comida é servida em cuias pequenas e grandes permitindo que você experimente várias opções de pratos típicos. Eu comi arroz de pato estava muito bom e de sobremesa creme de buriti. Uber: 8,00 Barco para Ilha: 20,00 Almoço: 65,00 Jantar: 58,00 Chalé da Ilha- restaurante onde passamos o dia. Casa de um morador da Ilha. Eu nem me toquei que estava com as pernas para fora do cercado e o salva vidas me chamou atenção. Restaurante Amazônia na Cuia. 01/09/2024 Belém Começamos o dia indo na feira da Praça da Republica que ficava pertinho do Hostel, era uma feira enorme e tinha de tudo um pouco, aproveitei para comprar umas lembrancinhas e comi o bolo Maria Izabel que achei uma delícia. Depois da Feira visitamos alguns pontos turísticos como Espaço José Liberato e Palacete Faciola, depois pegamos uber e fomos para o Mangal das Garças. O parque é bonito tem muitas aves, borboletário e uma torre onde você sobe e tem um mirante que dá para a cidade, foi o mais interessante. Depois fomos almoçar em um restaurante vegano e comemos uma maniçoba que estava muito boa. Depois fomos para o Hostel pegamos nossas coisas e fomos para a Estação das Docas. A Carla ia retornar para SP as 17h , e eu seguiria para Macapá na madrugada. A estação estava lotada era domingo, aproveitamos para provar outro sabor do sorvete Cairu. A Eliane nos encontrou na Docas, ficamos lá até dar o horário da Carla ir para o aeroporto, nos despedimos e fomos no Complexo turístico Ver-o-Rio, depois fomos no restaurante do Saulo que fica na Casa das 11 janelas. Segui para o aeroporto onde pegaria o o voo para Macapá as 2h. Café na Feira: 20,00 Entrada torre: 6,00 Almoço: 30,00 Sorvete: 15,00 Jantar casa do Saulo: 55,00 Espaço José Liberato. Antigamente esse local era uma prisão. A torre do Mangal das Garças. Vista de cima da torre. Complexo turístico Ver-o-Rio. Pôr do sol visto do Complexo turístico Ver-o- Rio . 02/09/2024 Macapá- Afuá Cheguei em Macapá as 3h, o aeroporto é perto do Centro onde eu iria me hospedar então logo estava no Hostel. O Hostel do Meio é bem localizado e sem dúvida um dos mais limpos que eu já fiquei na vida, as meninas limpam tudo o tempo todo. Tem café da manha simples mais gostoso e tem bebedouro. Acordei as 9h e fui até a rampa Santa Inês ver os horários das embarcações para Afuá. Decidi ir naquele mesmo dia para Afuá pois era segunda e em Macapá estava fechado a maioria dos pontos turísticos. Afuá fica na Ilha do Marajó- PA mas fica mais próximo de Macapá. No ano anterior eu fui para Ouro Preto e lá conheci a Rafa que é de Macapá, quando soube que ia para lá já mandei mensagem para ela avisando e se ela tivesse tempo a gente podia fazer algum coisa juntas. A Rafa foi me buscar no Hostel e me levou para almoçar na Peixaria Amazonia, eu já fui com minhas coisas pois a Rampa Santa Inês fica bem na frente do restaurante. A Peixaria é um lugar maravilhoso, ambiente agradável e comida deliciosa. A lancha saio as 14:00h e foi uma viagem tranquila, chegamos as 17h em Afuá e de cara eu já me encantei com a cidade. Não fiz reserva de hotel antes e foi bem tranquilo, tem algumas opções e eu fui no primeiro que encontrei bem na frente do porto Hotel Veneza. Deixei as coisas no hotel e saí para passear, andei por todo o centro, sentei na Praça e conversei com alguns moradores. Em Afuá o único meio de transporte permitido é a bicicleta o que torna o lugar encantador. Eu amei esse lugar. A noite é movimentado as praças ficam cheias de pessoas, crianças fiquei imaginando como deve ser viver lá. Lancha para Afuá: 60,00 Hotel: 80,00 Almoço: 63,00 Jantar: 25,00 Peixaria Amazônia, comida deliciosa. Fui nessa lancha para Afuá. A viagem dura umas 2h e é bem tranquila. Uma das praças. Antes a cidade era toda de palafitas, agora boa parte já e alvenaria. É melhor para pedalar, nas palafitas da muito soco. Pôr do sol visto da Orla de Afuá. 03/09/2024 Afuá- Macapá Acordei por volta das 8h e sai para passear, peguei um bicitaxi e circulamos por toda a cidade. Tinha algumas opções de passeio por lá mas eu não quis fazer. Almocei um PF em um restaurante que ficava na parte de baixo do Hotel e fui surpreendida pela comida que custou 15,00 e estava uma delícia. Gostei muito de Afuá gostaria de ter ficado mais tempo, mas estava com reserva já paga em Macapá então acabei retornado na lancha das 14h. Cheguei em Macapá e a Rafa já foi me buscar para irmos no Marco zero, também demos uma volta pela Praça do Meio do Mundo e depois fomos jantar no Macapá Shopping. Bicitaxi: 20,00 Almoço: 15,00 Lancha para Macapá: 60,00 Jantar: 30,00 Uma das ruas principais de Afuá. Local onde é comercializado o açaí. Moradores chegando com açaí. Afuá. A maré estava baixa, mas quando sobe as pessoas tomam banho nessa rampa. Parque Meio do Mundo. Local muito legal para ir final da tarde. Marco Zero. Antes de ir a Macapá eu achava que esse era o único ponto turístico rsrs. 04/09/2024 – Macapá Planejei ir ao Bioparque mas estava muito cansada e decidi ficar no hostel pela manhã, acordei tarde e aproveitei para lavar umas roupas. A tarde chegou a Amanda e a Marci e fomos visitar a Fortaleza São José, depois fomos até o mercado Central, fica muito gostoso no final da tarde. Depois caminhamos até a Peixaria Amazonas onde tínhamos um jantar de mulheres que formamos pelo grupo no whatssapp, a maioria era ali de Macapá. Saímos da Peixaria por volta das 22h e fomos para a Expo Feira. Mais uma vez fui surpreendida pela estrutura do evento, era enorme tinha muitas opções para comer e para comprar artesanatos, o parque era enorme e tinha Show gratuito do Luan Santana. Estava lotado ficamos até o final do show. Para um evento da Prefeitura achei muito bem organizado. Uber 25,00 Mercado Central: 30,00 Peixaria: 50,00 Mercado Central. Tem um café da manha bem tradicional e a tarde fica gostoso para beber alguma coisa. Fortaleza São José Parte interna de Fortaleza São José. Nosso jantar na Peixaria Amazônia. Foi incrível. Expo feira. 05/09/2024 – Macapá Antes de ir ao Amapá eu não pesquisei muito sobre o que fazer lá e pensei que 3 dias seriam suficientes. Eu iria retornar para casa pela madrugada. No entanto quando cheguei em Macapá vi que tinha mais coisas para fazer, conheci gente legal, e lamentei ficar pouco tempo. E mais uma vez fui surpreendida, recebi um e-mail da Latam dizendo que meu voô havia sido cancelado e me disponibilizaram outros dias e horários. Adiei meu retorno para o dia 09/09. Chegou no Hostel a Micheli de Minas e fomos com a Amanda e a Marci para a cidade de Santana que fica bem perto de Macapá. No porto pegamos um barco e navegamos pelo rio amazonas até uma ilha onde tinha uma Samaúma onde foi gravado o filme Tainá. Depois ficamos tomando banho no rio, e fomos almoçar no bairro Fazendinha onde tem uma Orla muito bonita. As meninas comeram camarão no bafo que é um prato típico de lá, eu como sou alérgica a camarão comi um peixe que estava ótimo. A noite a Rafa nos levou e um barzinho bem legal. Uber: 25,00 Barco: 35,00 Almoço: 75,00 Jantar: 25,00 Macapá é a única Capital banhada pelo rio Amazonas. Samaúma onde foi gravado o filme Tainá. Almoço na Fazendinha. Pôr do sol visto da Orla da Fazendinha. 06/09/2024 Macapá- Laranjal do Jari Nesse dia fomos em um passeio na Flor de Samaúma, onde vimos um pouco a produção de açaí, fizemos passeio pelo rio amazonas e no final teve degustação de produtos feitos com açaí inclusive café e vinho. O passeio dura meio período e é um pouco longe, precisa combinar com o Uber ou taxi o horário de voltar porque o sinal de celular lá é ruim. É um passeio interessante mas não é imperdível. Depois visitamos o Museu Sacaca e fomos comer em um restaurante em frente a Orla. Nós já tínhamos feito o chekin no Hostel e fomos lá buscar nossas coisas pois iriamos pegar o ônibus para Laranjal do Jari as 18h. Chegamos em Laranjal por volta das 2h da madrugada. Passeio For de Samaúma: 120,00 Taxi: 50,00 Almoço: 47,00 Vinhos de açaí o museu Sacaca é lugar arborizado, é um passeio gostoso. 07/08/2024 - Laranjal do Jari Acordamos muito cansadas, mas o horário de saída era as 8h. Iriamos na cachoeira do Panamá que fica em uma cidade do Pará. O que aconteceu nesse dia daria para escrever várias páginas, mas vou resumir: o ônibus estragou e não conseguimos chegar à cachoeira. Não indico a empresa nem vou citar o nome. Alimentação: 30,00 08/09/2024- Laranjal do Jarí – Macapá Saímos as 8h rumo a cachoeira de Santo Antônio, dessa vez conseguimos chegar porque era mais perto e a cachoeira é linda. Fiquei chateada de saber que havia bem mais agua e devido a construção de uma hidrelétrica boa parte da agua escoou. Ficamos até as 14h na cachoeira e retornamos direto para Macapá onde eu já fui para o aeroporto meu voo sairia de madrugada. Passeio de 2 dias com hospedagem e transporte: 420,00 Alimentação: 30,00 Cachoeira de Santo Antônio. Considerações finais Depois de quase 4 meses que terminei essa viagem consegui terminar o relato que é quase um TCC rsrs. Se alguém tiver alguma duvida pode me chamar no privado. Se alguém quiser ver mais fotos pode olhar no meu Insta (@priscila.oliveira.900) tem um destaque. As passagens aéreas eu comprei com milhas os trechos de CGR até Santarém e de Macapá para CGR comprei com gastei R$ 75,00 de taxa. De Santarém até Belém comprei comprei pela Azul R$ 250,00. De Belém para Macapá paguei 170,00 pela Latam. Conheci pessoas que gastaram muito mais nesse trecho tem que pesquisar, eu só inclui o Amapá porque achei a passagem por esse valor. Não somei certinho mas creio que gastei mais ou menos uns 6 mil, poderia ter gasto menos mas eu me dei a luxos de comer em restaurantes mais caros fiz vários passeios pagos. Com certeza daria para ter gasto menos. Foi uma viagem linda, conheci pessoas maravilhosas, o povo do norte é muito acolhedor e a comida é divina. Voltei apaixonada pelo Norte.7 pontos
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1º DIA - 06/01/2025 - SP X USHUAIA E, finalmente, chegou o grande dia da viagem. Eu deveria estar 100% alegre, mas era um misto de sentimentos enquanto aguardava o horário do meu embarque no aeroporto de Guarulhos. Eu estou acostumado a viajar sozinho pelo Brasil, mas essa seria a minha primeira viagem internacional sozinho, e para um lugar relativamente "longe". Enfim, rolou um chororô básico e ansiedade no saguão, mas fui me acalmando conforme o horário do voo se aproximava. Cheguei bem cedo no dia anterior à Guarulhos, jantei um lanche do Subway e entrei na sala de embarque por volta das 23hrs de 05/01. Procedimentos de imigração e alfândega ok, e minha partida estava programa para 01:05 da manhã pela Aerolineas Argentinas. Não costumo viajar de madrugada, mas até que achei bom, tudo estava bem vazio kkkkkkkkk O avião partiu pontualmente e o voo até Buenos Aires foi bem tranquilo. Aqui um parenteses: Quando comprei as passagens, em setembro, fiz a opção multidestinos sem troca de aeroporto em BA. Porém, meses depois, recebi um e-mail da Aerolineas mudando o meu voo de Ushuaia, que antes sairia do Aeroparque, para Ezeiza. Ao que parece, essas trocas são bastantes comuns na empresa, então não me surpreendeu. Pois bem, pousei em Buenos Aires por volta das 04 da manhã. A imigração estava mega vazia, principalmente pelo horário, e foi bem sossegado. A fiscal perguntou apenas o número do meu voo, para onde eu iria e o endereço de hospedagem. Depois, scaneou meu passaporte, tirou uma foto e pegou a minha digital do polegar. Agora sim, liberado e finalmente em território argentino! Como eu disse, eu tinha uma conexão de 4 horas e deveria ir para Ezeiza pegar o próximo voo para Ushuaia. Antes de viajar, eu já havia pesquisado as opções possíveis para fazer o deslocamento, pois Ezeiza fica bem distante do Aeroparque. De forma grosseira, seria como ir de Guarulhos a Congonhas. Além dos costumeiros Uber e táxi, haviam os ônibus da Manuel Tienda León que saem em horários bem desfavoráveis para quem chega em Buenos Aires pela madrugada. PORÉM, nesta pesquisa, descobri que havia uma outra empresa fazendo o trajeto Aeroparque - Ezeiza e que funcionava 24 horas. Esta operadora se chama NEO TRANSLADOS, que opera há pouco tempo nos aeroportos e possui um guichê na área de voos domésticos do Aeroparque. De imediato, já fui procurar o guichê para saber quando sairia o próximo transfer. Chegando lá, o atendente falou que em 15 minutos teria um ônibus partindo para Ezeiza. Ótimo! Paguei ARS 9.000 pelo trajeto e fiquei aguardando ao lado do guichê até o motorista chegar. Cerca de 10 minutos depois, ele chegou e nos levou até o ônibus. O ônibus partiu de Aeroparque e, durante o trajeto, conheci a Cibele e seu filho, que também estavam indo para Ushuaia. Quando eu falo em viajar sozinho, é apenas na teoria, pois sempre encontramos pessoas especiais na jornada para somar nas nossas experiências, e Cibele foi uma delas. Ela foi uma grata e excelente companhia em várias pernadas e jantares em Ushuaia e El Calafate, como falarei mais a frente. O translado até Ezeiza foi até que rápido, durou cerca de 40 minutos, já que não havia transito no horário. Chegando lá, novamente passei no guichê da Aerolineas para pesar a mala e já fui para a ala de embarque aguardar meu voo para Ushuaia, que partiria às 08:50. Neste meio tempo, aproveitei para tomar um café da manhã e fiquei conversando com a Cibele enquanto esperavámos nosso voo. Agora em território argentino, todo o chororô e ansiedade de Guarulhos ficaram para trás. Aproveitei aqui também para ativar meu e-sim que havia adquirido com a airalo. Não costumo usar internet móvel quando viajo, sempre usufruo do wi-fi dos lugares, mas dessa vez resolvi testar o e-sim e achei bem prático. Instalação rápida e o preço ok, paguei R$ 70,00 em um pacote de 2GB válido para 15 dias. O pacote foi suficiente para o tempo de viagem e a internet funcionou de maneira excelente até mesmo em El Chaltén. Portando, recomendo o e-sim da airalo. O voo para Ushuaia partiu pontualmente às 08:50. Mais uma vez, um voo tranquilo, e desta vez consegui dormir um pouco, já que estava acordado há mais de um dia. Quando o avião se aproxima de Ushuaia, já é possível ver as montanhas nevadas da Terra do Fogo e as inúmeras lagunas de degelo que há por lá. Que lindooo! O pouso em Ushuaia, como já havia lido e confirmei, é sempre emocionante, pois há muito vento e o avião dá uma boa balançada. Tudo certo, pousamos às 12:30, finalmente em Ushuaia, primeiro destino da viagem! Primeiras vistas das montanhas e lagunas de Ushuaia, ainda com céu encoberto Mas logo abriu, e as montanhas e o Canal Beagle apareceram na sua plenitude! O aeroporto de Ushuaia fica a 7 km da cidade e é bem bonitinho, todo de madeira e de bom gosto. Esperei a Cibele pegar as malas e compartilhamos um Uber até a cidade, que ficou em ARS 5.000. Aliás, o Uber funciona muito bem em Ushuaia. Usei algumas vezes e em nenhuma delas fiquei na mão. Coincidentemente, eu e a Cibele estávamos hospedados na mesmo rua, o que facilitou a nossa conexão kkkkkk Logo, cheguei ao ANUM hostel, fiz o checkin, guardei minhas coisas, tomei banho e fui caçar algum lugar para comer! Comecei a andar pela avenida San Martin e, de cara, já me encantei por Ushuaia. É uma cidade relativamente grande para os padrões da Patagônia, muito bem estruturada para o turismo e super fotogênica, com as montanhas nevadas ao fundo e o Canal Beagle do outro lado. É indescritível a sensação de estar no fim do mundo! É algo que eu esperava desde criança quando já era um menino aficcionado por mapas e via aquela cidade na ponta da América e pensava "um dia estarei lá", e estava! Aeroporto de Ushuaia Entrei em um restaurante chamado Café Martinez, que é cafeteria também. Pedi uma salada com pollo (frango) que saiu por volta de ARS 15.000. Estava bem gostoso e deu pra matar minha fome. Depois, continuei a andar pela San Martin e passei na loja de alfajores da Honecker, que foi um dos melhores que comi ao longo da viagem. Macios, vários sabores e saborosos. Comi o de frutas vermelhas e o de doce de leite, e ambos são bons. Continuando a caminhada, passei na agência da Brasileiros em Ushuaia por ainda queria conversar sobre o passeio da Laguna Esmeralda. Eu sabia que era possível ir por conta, mas este passeio em específico preferi ir por agência. Lá fui muito bem atendido pelos brasileiros que trabalham na agência e fizeram um preço bacana para fechar a Laguna Esmeralda + Parque Nacional da Terra do Fogo. Tudo ficou por volta de R$ 800,00 e havia a opção de parcelar em reais. Achei ok, outras agências estavam cobrando mais de 1500,00. Aproveitei e troquei dinheiro na própria Brasileiros em Ushuaia, a cotação estava 1 real para 170 e assim troquei R$ 500,00, que foi o único valor em espécie que utilizei em toda a viagem. Saí da agência com um bolo de notas, mesmo sendo um valor baixo, mas fazer o que né? Depois, eu havia combinado com a Cibele de passear pela cidade depois que ela se instalasse com o filho no hotel dela, e assim fizemos. A encontrei na Av. San Martin e fomos andar pela orla de Ushuaia. O dia estava lindo! Ensolarado, ventoso, mas agradável. A caminhada pela orla de Ushuaia é uma delícia, começamos pelo letreiro de USHUAIA, que ainda estava com decoração natalina, e passamos pelo "Espaço Pensar Malvinas", que é uma área que homanegeia aqueles que lutaram na Guerra das Malvinas nos anos 80, e que até hoje é reinvidicada pela Argentina. Há várias placas pela cidade com os dizeres de "as Malvinas são argentinas". Continuamos a caminhar, pela paisagem há vários barcos abandonados, um semi-naufrágio e toda a vista do porto de Ushuaia e Canal Beagle. Havia também vários cruzeiros, que utilizam Ushuaia como base para viagens à Antártida. Paramos logo menos na icônica placa do "Fim do Mundo" e claro que tirei aquela foto de lei. É praticamente o check-in da cidade kkkkkkkk Não havia muitos turistas por ali, achei até a cidade um pouco vazia para a época. Em frente à placa do fim do mundo está também a Secretaria de Turismo de Ushuaia. Lá, é possível obter um mapa da cidade e informações sobre os pontos turísticos. Além, há disponíveis diversos carimbos para marcar seu passaporte/caderneta. Como tenho receio de carimbar o passaporte, tenho uma caderneta para essas situações e a carimbei com 5 desenhos diferentes que tinha ali, até mesmo da Antártida. Isso já era quase umas 19:30hrs e, como os dias são longos na Patagônia essa época do ano, fiquei meio desregulado e perdido no horário. Procuramos um restaurante para jantar e paramos no El Faro. Dessa vez optei pelas massas e pedi um nhoque a bolognesa. Aqui um adendo: na Argentina, a massa e o molho são escolhidos separadamente, ou seja, você paga pelo nhoque e pela bolognesa. Achei estranho e até demorei a processar isso até o garçom me explicar, mas ok kkkkkk o prato tava bem gostoso e me sustentou. Paguei ARS 18.000 (eu falei, pra comer é caro). Gastei entre R$ 100 - 200,00 com comida por dia nessa viagem. Depois de jantados, voltamos para as nossas hospedagens para dormir e descansar, pois o dia havia sido longo e o cansaço era nítido. Cheguei no hostel, me troquei, deitei e em poucos minutos dormi. No dia seguinte, começaria efetivamente os passeios por Ushuaia: a subida do Glaciar Martial e a Pinguinera. Avenida San Martin O conceito de camas-capsúlas do hostel. Adorei! Espaço "Pensar Malvinas" com as montanhas nevadas de Ushuaia ao fundo. Essas montanhas são colírios para os olhos! Placa de Ushuaia com decoração natalina Chegando no porto de Ushuaia A clássica placa do fim do mundo! Um dos carimbos disponíveis na Secretária de Turismo6 pontos
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Olá mochileiros. Acabei de voltar de uma viagem de 2 semanas pela Costa Rica, e como sei da dificuldade de encontrar relatos atualizados do país, tanto aqui como em blogs, espero contribuir com quem quer conhecer esse destino. Os relatos mãos atualizados que vi foram em blogs gringos, sugiro o sallysees, com muita informação sobre diversas partes do país. A viagem foi de 8 a 21 de janeiro, com chegada no Brasil às 6:30 da manhã do dia 22. Voamos pela Copa Airlines, com escala longa (eu escolhi) na Cidade do Panamá, onde paramos e fizemos um City tour (falarei sobre isso nos relatos do Panamá). As passagens custaram R$2500 ida e volta, fui com meu marido e filho de agora 15 anos, meus companheiros de sempre rs. Para entrar na Costa Rica e no Panamá, são necessários o passaporte e o comprovante de vacinação da febre amarela. Se você ainda não tomou, precisa tomar pelo menos 10 dias antes da viagem e emitir o comprovante pelo site do sus gov br. A moeda da Costa Rica é o colon, porém na maioria dos lugares aceita dólar também. No momento da viagem, 1 real valia 83 colones, e 1 dólar valia 500 colones. Levei a maior parte no cartão wise e um pouco em dólar espécie. Tive problema 1 vez para trocar nota de 100 dólares. Normalmente se vc paga em dólar eles te dão o troco em colones. Um único lugar não aceitava cartão (aluguel de prancha de surf na praia). A viagem foi realizada na estação seca da Costa Rica. Apenas no Caribe era considerada estação intermediária entre seca e chuvosa. Porém as coisas não foram bem assim rs. Peguei tempo muito bom nas praias e em geral chuva no interior. A Costa Rica está a 3 horas a menos que o fuso horário de Brasília. Alugamos um carro por todos os dias, o que acho indispensável se quiser fazer um roteiro que passe por muitos lugares num tempo relativamente curto. Li sobre a importância de alugar um carro alto, ou até mesmo 4x4, mas sinceramente acho que um básico 1.3 daria conta. O aluguel de carro é a coisa mais cara no país, eles têm uns seguros obrigatórios caríssimos que nem sempre ficam claros quando você aluga o carro. Daí na hora de pegar o carro tem.uma surpresa. No nosso caso, tivemos uma surpresa na hora de devolver o carro, uma cobrança de 150 doletas por um arranhão micro. Achei um roubo, na verdade um golpe. Então fica a dica se for alugar carro, pesquise a reputação da empresa, pergunte sobre os seguros, tenha prints das conversas e principalmente, quando o funcionário for fazer a vistoria para retirar o carro, filme tudo, fotografe tudo, seja chato e exigente. Nós não agimos dessa forma tão determinada e acabamos tendo.prejuizo. O carro que havíamos alugado era um mini suv 4x4, um Jimmy Sierra, mas acabamos.pegando um maior e mais confortável da mitsubishi porque o jimmy não estava disponível. A locadora foi a Solid, a qual eu NÃO INDICO. As entradas dos parques nacionais devem ser compradas pela Internet no site SINAC. Você se registra, marca a data, e paga, bem simples. Fui na alta temporada e mesmo assim tinha bastante vaga com alguns dias de antecedência. Não há venda de entradas na porta, só pela Internet. A Costa Rica é um.pais caro, mas eu não achei absurdo, fazendo as escolhas corretas rs. Nós tomamos café da manhã e lanche a noite em casa e fazíamos um almojanta em restaurantes. Comemos praticamente todos os dias nas "sodas" , restaurantes locais com preços mais amigáveis. Nas soda o prato mais pedido é o "casado", parecido com nosso PF, com arroz, feijão, salada, proteína animal(peixe, frango, carne ou porco, e tb opção vegetariana), muitas vezes um picadinho de legumes, e o plátano Dulce, tipo uma banana da terra feito de um.jeito que fica macia e cozida, maravilhosa. Come-se muito bem no país. Eu me aventurei em pratos diferentes, que vou contando aos poucos. Para ter uma ideia, alguns preços, em colones: Gasolina super, litro: 669 Leite, litro: 1200 Pão de forma bom, 450g: 2000 Lata de cerveja local: 1000 (recomendo a império e a pilsen) Ovos, embalagem com 15: 2000 Avocado: uns 5 reais a unidade Água de coco (eles chamam de pipa): compramos de 500, de 600 e de 1000 colones Casado: encontramos de 3800 a 5500 colones Batidos (smoothies): de 1200 a 2000 (com água mais barato, com leite mais caro) Tendo em vista essas considerações, vamos ao nosso roteiro: nossa viagem tinha que ter um pouco de cada, parques nacionais, aventura, águas termais, animais, vulcões, cachoeiras e surf. As praias que priorizamos foram praias boas para surf. 8/1 - chegada ao aeroporto as 20h, pernoite em Alajuela (cidade do aeroporto) 9/1 - primeiras compras, deslocamento até Bajos del Toro, Catarata del Toro - pernoite em Bajos del Toro 10/1 - deslocamento para Puerto Viejo de Talamanca (Caribe), tarde de praia e surf, noite na cidade 11/1 - Playa Cocles (surf) e piscinas naturais 12/1 - Parque Nacional Cahuita 13/1 - Deslocamento para La Fortuna, volta pela cidade, El Salto e termas El Chollin (gratuitas) 14/1 - Bogarin Trail (santuário de preguiças) e a tarde/noite visita as termas do Hotel Los Lagos (day use) 15/1 - Místico Parque de pontes suspensas, Mirador El Silencio e termas El Chollin (gratuitas) 16/1 - Parque Nacional Vulcão Tenório (Rio celeste - era pra ser), deslocamento até Nicoya, volta e pernoite na cidade 17/1 - Deslocamento até Santa Teresa (Pacifico), praia e surf, por do sol 18/1 - Piscinas naturais de Santa Teresa, Playa Hermosa, surf e por do sol em ST 19/1 - Playa Carmem surf e piscinas naturais, Playa Santa Teresa surf, piscinas naturais e por do sol 20/1 - Deslocamento até Fraijanes, passando pelo ferry boat de Paquera a Punta Arenas - descanso 21/1 - Parque Nacional Vulcão Poas, ida para o aeroporto (voo às 17:30) Pelos próximos dias vou escrevendo relato detalhado de cada dia. Qualquer dúvida podem perguntar, tem posts e destaques no Instagram janacometti .5 pontos
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4º DIA - USHUAIA (PARQUE NACIONAL DA TERRA DO FOGO) Último dia completo em Ushuaia! Para este dia, havia agendado com a agência o passeio do Parque Nacional da Terra do Fogo para o período da tarde, pois é quando a previsão do tempo apontava estar melhor. Essa é uma das vantagens de fechar os passeios chegando em Ushuaia: é possível ajustar seu roteiro de acordo com a previsão de tempo que estiver melhor. Desta forma, estava com a manhã livre para circular pela cidade ou ir em pontos em que eu ainda não havia ido. Acordei por volta das 8:00, tomei café e saí para andar pela cidade e aproveitar este último dia por lá. Antes de ir a Ushuaia, já havia lido que a cidade possui diversas pinturas em "muros" realizadas por artistas locais. Por lá, eles chamam de "murales de Ushuaia". Não chega a ser uma atração turística propriamente dita, mas é interessante para quem gosta desse tipo de arte. É semelhante às que existem em Valparaíso, no Chile. Assim, decidi procurar a arte do Messi que eu havia visto na internet. Nem sou muito fã de futebol, mas meu pai é e queria enviar uma foto desse mural para ele kkkkkkkkk Assim, saí para procurar. Esse dia precisei encarar as ladeiras de Ushuaia, pois o mural do Messi ficava em uma área bem acima da Av. San Martin. Andei por cerca de meia hora até chegar lá, mas para quem se interessar também: fica na rua Adolfo Henniger. É uma arte bem grande que pega a lateral inteira de um prédio, e é muito bem feita, por sinal. Mural do Messi Depois dessa pequena epopéia, voltei para a região do porto e fui visitar alguns imóveis históricos que eu ainda não havia ido. Passei pela Casa Beban e o Museo de La Ciudad, que são duas casas antigas que abrigavam antigos moradores da região na época em que Ushuaia ainda era apenas voltada à receber presidiários e vivia da pesca/extrativismo. Dentro das casas não tem muito o que ver, além de móveis antigos que retratam a primeira metade do século passado. São casas semelhantes a Antiga Casa de Governo que falei no post anterior. Interessantes, mas de visita dispensáveis. Demorei cerca de uma hora para visitar os dois locais. A essa altura, já havia parado de chover e o frio imperava. Foi o dia que peguei mais frio em Ushuaia, quando amanheceu com 3ºC. Museo de La Ciudad Casa Beban Dar esses rolês cedo foi bom porque as lojas da Av. San Martin só abrem a partir das 10 horas, e eu queria comprar algumas lembrancinhas para trazer para o Brasil. Fui a diversas lojas na avenida e todas com souvenirs extremamente caros. Aquele esquema que temos no Brasil de comprar "3 chaveiros por 10" simplesmente não existe lá, pois qualquer chaveiro ou imã de geladeira está saindo de R$ 20 a R$ 40,00 na conversão atual. Absolutamente impraticável. No final das contas, prometi presentes pra todo mundo no Brasil, e só trouxe para mim mesmo 😅 Mas para não falar que não encontrei nada, achei uma loja bem grande chamada Monte Oliva que possui souvenirs de diversos tipos e preços, e foi a melhor que achei do gênero por lá. Desta forma, comprei um chaveiro para mim (que faço coleção) e uma miniatura do farol do fim do mundo. E foi isso de souvenir em Ushuaia. Por volta das 12:30 hrs, fui novamente ao Bodegon Fueguino para almoçar. Eu sou assim, se gostei do restaurante, prefiro voltar no mesmo do que procurar outro e acabar sendo ruim kkkkkkkk Desta vez, pedi um nhoque a bolognesa que estava bem gostoso. Mais uma vez ressalto que esse restaurante enche muito rápido e se forma uma fila imensa do lado de fora, portante, cheguem cedo caso pretendam comer lá. Almocei com calma, pois a van da agência só passaria no hostel às 14:00. Pontualmente às 14:00, a van passou para buscar. Dessa vez o grupo era menor e havia um canadense, dois argentinos e dois brasileiros. O guia, Carlos, era nativo de Ushuaia e muito interessado em compartilhar as informações sobre o Parque Nacional, a região e fazer um bom tour. Dessa forma, ele explicou como seria a dinâmica do passeio. O Parque Nacional fica a cerca de 20 km de Ushuaia e a nossa primeira parada seria no famoso "Trem do Fim do Mundo". Dali, seguiríamos para os outros atrativos do parque. Pois bem, embarcados na van, Carlos foi durante todo o trajeto até parque falando curiosidades sobre o Parque Nacional, abordando assuntos que envolviam geografia, fauna e flora. Rapidamente chegamos à estação de trem e eu já tinha em mente que não faria esse passeio. Sem brincadeira galera: é o maior passeio pega-turista que eu já vi na vida. O valor para andar nesse trem é de ARS 62.500 (R$ 355,00), com um percurso de 7 km em que você vê as mesmas paisagens do parque que veria indo de van. Sem condições, até acho que valha a pena no inverno por ser uma paisagem distinta, mas no verão é totalmente pega-turista. Mesmo assim, havia muita gente fazendo. Como optei por não fazer o trem, o Carlos me deixou livre para fazer caminhadas no local até que o restante do grupo voltasse (cerca de 40 minutos). Assim, fiquei andando nos arredores e até conheci a tal estação de trem por dentro. Lá tem um café e uma loja de souvenirs. Estação do Fim do Mundo Fuja desse trem! É melhor pegar CPTM! Após todo o grupo se reunir novamente, subimos na van e nos dirigimos a Baia Lapataia. A essa altura, o tempo já estava aberto e o sol já brilhava esplendoroso no céu. Na região da Baia Lapataia, existe a famosa placa do final da Ruta 3 e claro que tiramos fotos por lá. Além disso, fizemos pequenas trilhas em passarelas que margeiam a grande baia que se forma ali. Achei que foi a parte mais bonita do parque. Em frente aos mirantes da baia, há diversos quadros que mostram a história dos povos yagans e curiosidades sobre a fauna/flora local. Gostei muito. Dali também saem passeios de barco e caiaque que exploram outras regiões do Parque Nacional. Ficamos um bom tempo por ali, mesmo com um forte vento tentando nos expulsar. Era uma paisagem realmente muito bonita. Seguindo, paramos no Centro de Informações Alakush para utilizar banheiros e comer alguma coisa, para quem quisesse. Neste centro, existe uma loja de souvenirs e um pequeno museu que conta sobre a formação das montanhas e dos glaciares na região de Ushuaia. Claro que preferi ficar no museu e, enquanto o pessoal tomava café, eu fiquei lá lendo os murais muito interessantes que apresentavam informações sobre tipos de glaciares e toda sua dinâmica de formação. Depois de cerca de meia hora, seguimos com o passeio para o próximo ponto de parada. Placa do final da Ruta 3 Feliz na Baia Lapataia Baia Lapataia com quadros explicativos sobre arqueologia local Passarelas que levam a Baia Lapataia O último ponto de parada do parque foi no Lago Roca, uma área bem grande que forma uma espécie de praia no parque. É um lugar bem gostosinho para passar o fim de tarde. O Carlos nos deixou a vontade para andar pela região do lado e nos deu um copo de whisky com bombom como cortesia do passeio. Gostei (principalmente do chocolate). Nesta hora o vento estava tão forte que formava diversas pequenas ondas no lago. Por volta das 18:30, iniciamos o nosso retorno à Ushuaia. Lago Roca, uma espécie de praia Um dos murais presentes no centro de informações Alakush Cheguei perto das 19:20 no hostel e fui direto para o banho. Depois, mandei mensagem para a Cibele e combinamos de jantar juntos, já que no dia seguinte nós dois iríamos para El Calafate dar continuidade na viagem. Assim, nos encontramos em frente ao meu hostel e fomos num restaurante bem famosinho na internet, o tal do Casimiro Biguá. A Cibele e o filho pediram um bife de chorizo e eu pedi um pollo com salada que achei bem caro pelo oferecido (ARS 23.400). Mas precisava jantar algo reforçado e era o último dia em Ushuaia. Depois do jantar, seguimos para nossas devidas hospedagens e comecei a arrumar minhas malas para partir no dia seguinte. Infelizmente, estava chegando a hora de me despedir de Ushuaia, que foi tão especial para mim. Mas estava chegando a hora de ir para onde eu vivi um dos momentos mais mágicos da minha vida: El Calafate e ver os glaciares de perto! 😍5 pontos
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Decidi escrever esse relato dois meses após minha chegada da terra portenha. A cidade dos vinhos e doce de leite realmente mexeu com o meu coração. Ainda tenho suspiros de saudade e risos bobos quando penso em tudo que vivi nos oito dias que passei na capital argentina e irei compartilhar para vocês tudo que encontrei (e valores que paguei) durante um pouco mais de uma semana em Buenos Aires (BA). Antes de tudo, é importante você saber que minha estadia em BA foi parte do itinerário de viagem de “lua de mel” que estava fazendo com meu marido. Essa viagem incluía o roteiro de: SALVADOR - RIO DE JANEIRO - BUENOS AIRES - SÃO PAULO - SALVADOR. Pretendo fazer um relato da estadia e valores das outras cidades mais a frente. Agora que você já entendeu a atmosfera, vamos dar play nessa aventura. 08/10/2024 - Do Rio de Janeiro a Buenos Aires Compramos um voo que saia do aeroporto do galeão no Rio de Janeiro com destino ao aeroporto Jorge Newbery, conhecido também como aeroparque, em Buenos Aires. Vale ressaltar que a capital dos nossos hermanos possui dois aeroportos, o Ezeiza e o Jorge Newbery, sendo esse último o mais próximo do microcentro e de bairros turísticos como Recoleta, Palermo, San Telmo e La Boca. Como havíamos reservado um airbnb no bairro de Palermo (cerca de 6,5km do aeroparque), seria conveniente chegar por este aeroporto. Nosso voo estava marcada para sair ás 11h15 do terminal 2 do Galeão e, graças a Deus, tudo ocorreu dentro do previsto. Escolhemos a companhia aérea Aerolíneas Argentinas porque era a opção mais barata. Pagamos 1400 na passagem ida e volta (por pessoa), sendo a ida saindo do RJ e a volta com destino a SP. Utilizei a função multidestino disponível no site da companhia. Outra vantagem da Aerolíneas Argentinas é que caso queira parcelar o valor da passagem, eles aceitam as bandeiras Visa, Master e Elo em até 12x sem juros. A duração do voo é de 03h10. Embora não tenha serviço multimídias na aeronave, nem percebemos o tempo passar. Achei o trajeto bem de boa, deu até pra tirar um cochilo antes de desembarcar. Chegamos na argentina por volta das 14h30 e ao descer do avião já deu pra ter uma noção do clima que enfrentaríamos nos próximos oito dias. Ao sair do RJ estava fazendo 27 graus. Quando desembarcamos em BA estava 14 graus e este era só o inicio. A mudança repentina de clima fez minha renite dar o ar da graça e ela me acompanhou por toda minha estadia na terra dos alfajores. Por sorte, eu havia levado um antialérgico e tomei instantaneamente, assim que desci do avião. Para piorar minha situação, eu havia levado apenas um casaco de frio, pois tinha quase certeza que como já iniciara a primavera, o clima na cidade estaria bem tranquilo. Engano meu! Por isso eu digo: vai viajar em outubro pra BA? Leve agasalho, casacos e sobretudo, você vai precisar! Não tínhamos nem meia hora em solo argentino e, pasmem, PRIMEIRO PERRENGUE: Havíamos mandado todo o nosso dinheiro para a Western Union na esperança de haver uma agência no aeroporto e sacar antes de seguir para o airbnb. Realidade: Não tem agência da Western Union no aeroparque e estávamos com frio, com fome e sem dinheiro. Por sorte, eu havia levado um cartão de crédito internacional e foi ele que nos salvou nas primeiras horas. Conectamos o wifi do aeroporto e pedimos um uber com pagamento no cartão de crédito e fomos até a nossa hospedagem no bairro de Palermo. Chegando na hospedagem fomos recebidos por Isabel, uma anfitriã muito querida que passou todas as dicas sobre a estadia e o entorno do bairro, bem como ajudou a gente a encontrar a agencia mais próxima da Western Union. Após todos os avisos, deixamos nossas bagagens no airbnb e fomos andando até a agencia que, para nossa alegria, ficava a 500m de distância. Eu li vários relatos de agências da WU na Argentina que não tem valores altos de pesos, ou que tem limite diário de saque. Como já iria dar 17h e restava apenas uma hora para encerrarem as atividades do dia, fui com a expectativa baixa de que conseguiria sacar o valor inteiro remessado. Mas, para minha surpresa, não apenas conseguí sacar o valor interno, como ainda poderia sacar mais se fosse necessário. Decidimos então sacar uma remessa que fizemos no valor de R$2.000 e que foi convertido a ARS448,000, estava 224 pesos para cada 1 real. Saímos da agência com um montante enorme de cédulas, a maior delas era o bilhete de 2.000 pesos. Mas estávamos nos sentindo tão seguros, que decidimos arriscar. Antes de chegar na hospedagem, passamos no mercado para comprar itens básicos de higiene, água e alimento para o café da manhã e num quiosco, que são pequenas lojas de conveniência, para comprar um chip telefónico argentino. Na noite do primeiro dia decidimos descansar, pois havíamos acordado muito cedo e ainda estávamos nos ambientando com o clima frio. GASTO NO PRIMEIRO DIA: Uber aeroporto: ARS5.000 Compras no mercado: ARS50.000 Chip telefónico + recarga: ARS5.500 TOTAL: ARS60.500 - R$270.08 09/10/2024 - Buenos Aires: Microcentro Com o frio que fazia na noite anterior, acabamos dormindo bastante. Mas acordamos bem cedo e com muita fome. Estava fazendo 10 graus naquela manhã. Aproveitei para fazer um café reforçado com os produtos que compramos no supermercado. Falando nisso, eu havia esquecido de dizer os valores dessa primeira compra. Entre alimentação e produtos de higiene, gastamos o total de ARS50.000. Deu para perceber, neste primeiro momento, como estava a realidade de BA. Uma coisa é certa: Não encontraríamos nada barato nos próximos dias. Estômago cheio e bem agasalhados, decidimos sair para desbravar o microcentro da cidade. Percebi que estava ficando meio rouco. Ainda não tinha habituado à mudança climática repentina, mas também não poderia ficar trancado em casa até o meu corpo entender que era hora de reagir. Tomei outro anti alérgico para conter a renite, e seguir mesmo assim. Pegamos um metrô na estação Bulnes, bem enfrente ao shopping Alto Palermo, e fomos em direção a estação onde fica o Teatro Cólon, nossa primeira parada do itinerário deste dia. Comprei um cartão recarregável SUBE (Um passe inter-urbano usado em metrô, ônibus e trens) e coloquei duas cargas para utilizar no trajeto. No entando, eu entrei no sentido contrário de onde eu realmente deveria ir. Ao contrário de como ocorre no metrô de Salvador (onde moro), em algumas estações de BA não é possível passar para o lado contrário por dentro da estação. Você precisa sair pra superfície, atravessar a rua e descer do outro lado, pagar novamente a passagem e ter acesso ao sentido correto. Foi o que fizemos. Enfim, dinheiro jogado fora. Por nossa sorte, a passagem do metrô custa cerca de ARS650. Eu poderia fazer esse trajeto de ônibus, pois existe diversas linhas que iam para o microcentro, inclusive com tarifas mais baratas, mas eu queria conhecer o sistema metroviário da cidade e não me arrependo. Chegando no centro, conhecemos diversos pontos turísticos apenas caminhando. Essa para mim é a melhor parte. Passamos a tarde inteira no entorno e podemos conhecer: o Teatro Colón (apenas área externa), Obelisco, Avenida Corrientes, Calle Florida, Galeria Pacífico, Plaza de Mayo e a casa Rosada, além de passear no Puerto Madero, um bairro que fica coladinho ao centro, onde podemos apreciar a Puente de la mujer. Vale ressaltar que durante a nossa andança pelas galerias, quioscos e praças do microcentro, fizemos duas paradas importantes: a primeira no restaurante Santos Majares, onde almoçamos a melhor Parilla argentina da nossa viagem. Prato para dois e uma cerveja quilmes ficou no total de ARS38.000. Para o nível do atendimento e qualidade da comida, eu achei que valeu muito a pena a escolha. A segunda parada foi na cafeteria GreenEat, que fica no final da Calle Florida (ou inicio, depende de onde você vem/vai) para tomar um café apreciando uma bela vista da cidade. O café é superfaturado, o tamanho P (100ml) custou ARS6.000, mas como queríamos muito apreciar a vista do segundo andar, pagamos mesmo assim. No finalzinho da tarde (que no Brasil já é noite), retornamos para o airbnb. Em BA, pelo menos no mês de outubro, demora muito para anoitecer. Eu sou de Salvador e estou acostumado a ver o sol se pôr as 17h30. No inicio, eu estranhava o fato de ser 19h da “noite” em BA e o sol ainda estar presente. Então todas as vezes que eu citar “finalzinho da tarde”, fica implícito que quero me referir a 19h da noite no Brasil. Nesta mesma noite, por volta das 21h, decidimos ir conhecer o evento MUNDOLINGO, que é na verdade uma reunião de pessoas do mundo inteiro, geralmente em algum barzinho, no intuito de beber, conversar e fazer novas amizades. Na entrada do evento você recebe algumas bandeiras para colar na roupa. A primeira delas é a bandeira do seu país de origem, destacando seu idioma materno. E as demais são de países cujo o idioma você também fala ou gostaria de praticar. Em BA têm muitos estrangeiros, então o evento é lotado e é quase impossível sair de lá sem ter feito alguma amizade. Após o evento, por volta de 00h, decidimos ir para uma balada que ficava duas quadras dali. A entrada era grátis, mas se quisesse beber algum drink, iria pagar um valor superfaturado. Como já havíamos bebido bastante no mundolingo, não pedimos nada para beber. A princípio, achamos a balada bem chatinha; pouca gente, setlist repetida, baixa animação, totalmente diferente das baladas brasileiras. Mas só depois entendemos o motivo. Quando deu 2h da manhã, o cenário ainda era o mesmo e nós já estávamos bem cansados (Entediados, na verdade), então decidimos que seria melhor voltar para casa e dormir. Ao sair da balada, nos deparamos com uma fila que dava volta no quarteirão. Era de pessoas aguardando a revista para entrar na casa de show. Sim, eles estavam chegando na balada as 2h da manhã enquanto a gente se programava para ir embora. Os argentinos são literalmente inimigos do fim! GASTO NO SEGUNDO DIA: Cartão SUBE + Recarga: ARS3600 Almoço Santos Manjares: ARS38.000 Café GreenEat: ARS12.000 Evento Mundolingo: ARS18.800 TOTAL: ARS72.400 - R$323.21 continua…5 pontos
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6º DIA - 11/01/2025 - EL CALAFATE (NAVEGAÇÃO TODO GLACIARES) Primeiro dia de passeio em El Calafate! No dia anterior, a companhia Solo Patagônia, que opera o passeio do Todo Glaciares, entrou em contato comigo informando que passaria por volta das 07:30 da manhã para me buscar no hostel. Esse é um passeio de dia inteiro e realmente começa bem cedo. Desta forma, acordei por volta das 06:00 e comecei a me arrumar, uma vez que o café da manhã no hostel começava a ser servido às 06:30. O Todo Glaciares é um passeio bem tradicional em El Calafate (e que antes tinha o nome de "Rios de Hielo Express"...) e, como tudo por lá, é bem caro. Paguei por volta de R$ 1.300,00 por ele, comprando com dois meses de antecedência. Tomei café e fiquei na área comum do hostel aguardando virem me pegar. Por volta das 07:40, chegou um ônibus e era o pessoal da Solo Patagônia. Aqui fiquei bem curioso, pois ao contrário de outros passeios que geralmente nos pegam de van ou micro-ônibus, neste era um verdadeiro ônibus de excursão mesmo kkkkkkk O ônibus continuou por El Calafate para buscar outros passageiros e seguiu caminho para Punta Bandera, uma espécie de porto em que esse passeio é realizado. É importante mencionar que este passeio e o Perito Moreno não começam no mesmo lugar, ao contrário, estão até bem distantes. Punta Bandera está a apenas 42 km de El Calafate, enquanto para ir ao Perito Moreno é o dobro. Chegando no local, a guia do ônibus (que se chamava Bea) deu as instruções do que deveríamos fazer ali: primeiro, comprar o ingresso para o Parque Nacional de Los Glaciares. Depois, fazer a leitura do QRCode que dava acesso ao barca para fazer o passeio. Desde que começou essa política de cobrança em El Chaltén, eu pensei em várias possibilidades para comprar o ingresso do Parque Nacional sem precisar gastar mais do que eu já gastaria. E a melhor saída (e realmente foi a melhor) foi optar pelo flexipass de 3 dias: ele te dá acesso ao parque em 3 dias diferentes, tanto em El Calafate quanto em El Chaltén, por ARS 90.000. Em El Chaltén vocês vão entender o porquê ele foi a melhor opção. Enfim, como eu já tinha o ingresso do parque impresso, o guardaparque apenas o carimbou e segui rumo a outra fila para apresentar o QRCode do passeio. Na leitura do QRCode, o funcionário da Solo Patagônia indica para qual barco você irá: 1 ou 2. O meu, no caso, era o barco 2. É tudo extremamente organizado e flui de maneira com que o passeio não se atrase. Ao chegar no barco, havia uma outra funcionária que já tinha um mapa em mãos com os lugares que cada pessoa do passeio iria sentar. Ou seja, você não escolhe o assento, mas sim a própria galera da Solo Patagônia. E acredite: isso nem faz diferença, pois passamos mais tempo fora do barco do que dentro dele. Acabei sentando na mesma mesa que outros brasileiros. O barco é bem equipado, com bar que vende bebidas e snacks, além de calefação. Além disso, é bem menor do que aquele que faz o passeio da Pinguinera. Barco da Solo Patagônia O barco partiu pontualmente às 09 horas. O início da viagem é seguindo em direção ao braço norte do Lago Argentino, e poucos minutos depois do início, a tripulação já anuncia que quem desejar poderia ir para o lado de fora do barco. E é claro que eu fui kkkkkkkkkkk Neste dia, o tempo não estava tão firme e o frio aumentava, ou seja, não foi confortável ficar fora do barco. Mas, é o velho ditado, está na chuva é para se molhar, né? Me agasalhei bem e fiquei lá fora com mais meia dúzia de doidos que só queriam aproveitar aquele momento kkkkkkkk Cerca de meia hora depois do início do passeio, já comecei a avistar os primeiros bloquinhos de gelo flutuando na água, que emoção! E assim o barco vai seguindo e o número de blocos de gelo só vão aumentando, e seus tamanhos, também. Por volta das 09:50, passamos pelo primeiro grande iceberg, mas o barco não realizou nenhuma parada, pois o melhor ainda estava por vir. Às 10:10, conseguimos avistar pela primeira vez o grande glaciar Upsala, um dos maiores da América do Sul. De acordo com a funcionária, o barco não se aproxima muito dele devido aos perigos constantes de desprendimentos, pois é um glaciar que está em regressão. Então, só é possível avistar o Upsala de longe. Aqui o barco faz uma parada de alguns minutos para que tudo isso seja esclarecido. Glaciar Upsala, mas só de longe! Perto dali, apareceu um iceberg gigante que havia se desprendido do Upsala e, aí sim, o barco fez uma grande parada para que pudessemos observar. O negócio era GIGANTE! Tinha formas curiosas, parecia até um cavalo ou cachorro kkkkkkk mas foi muito especial estar ali naquele momento e ver algo que eu só via em filmes. É muito grande mesmo! Ficamos por ali por cerca de meia hora, girando em torno do iceberg, para que todos tivessem oportunidades de fazer seus cliques e conseguir as melhores fotos. O grande iceberg com cara de cavalo! Mãe, olha o iceberg! Depois, o barco continuou e começamos a observar os primeiros glaciares de montanha. O Glaciar Seco é um deles, que vem perdendo suas dimensões ano após ano. É triste poder constatar isso por si próprio, pois as marcas passadas do glaciar são bem evidentes no seu vale em forma de "u". Neste momento, já estamos nos aproximando da cereja do bolo do passeio: o grande glaciar SPEGAZZINI! Ponto alto do passeio! O barco começa a se aproximar e aquela geleira se mostra cada vez mais imponente na sua frente, com seus paredões de até 160 m de altura. É algo surreal! Chegamos bem perto do Spegazzini e até conseguimos presenciar alguns pequenos desprendimentos na sua estrutura. O Spegazzini é uma geleira mais estável, o que garante que o barco chegue perto dela sem nenhum risco aparente. E ficamos lá, por mais de uma hora, somente contemplando aquela geleira maravilhosa, frente a frente, algo que eu não imaginava ver nem nos meus melhores sonhos. O Spegazzini é tão alto quanto o Perito Moreno, mas é um glaciar mais "estreito", que acaba "sufocado" pelas montanhas. Uma beleza ímpar! Glaciar Seco A imensidão do Spegazzini O gigante Spegazzini! A essa altura já era perto do meio-dia e, perto do Spegazzini, existe um refúgio em que os barcos param para que os visitantes possam almoçar. Assim, as funcionárias do barco disseram que tínhamos duas horas para ficar ali e aproveitar da forma que achassemos melhor. Havia também uma espécie de praia, cheia de bloquinhos de gelo, e um mirador que avistava toda a grandeza do Spegazzini. Almoçar em frente a uma geleira? Não há coisa melhor! Eu estava com bastante fome e, um dia antes, havia passado no Big Pizza de El Calafate para comprar empanadas e também levado um lanche de presunto e queijo que tinha comprado no mercado. O refúgio também vende diversas coisas, e aproveitei para comprar um refri. Assim, peguei uma mesa ali e fiz meu lanche tranquilo em frente a aquele cenário único. Depois, fui caminhar nos arredores, ver a prainha com blocos de gelo, as centenas de icebergs que flutuavam perto dali. Fui para o mirador para ver aquele montão de gelo de cima, gente, que coisa linda! Não há palavras que descrevam com propriedade como este passeio é grandioso. A prainha de gelo! Mirador de Agostini, e o Spegazzini ao longe! Por volta das 14:30, retornamos ao barco e iniciamos a volta para o porto de Punta Bandera. O retorno não teve nenhuma atração nova, por isso, acabei ficando dentro do barco para descansar um pouco. No caminho, um dos tripulantes pescou um pedaço de gelo e deixou na popa do barco para que todo mundo pudesse ver, tirar fotos ou usar como gelo para suas próprias bebidas kkkkkkkk aproveitei e tirei aquela foto clássica. Chegamos no Punta Bandera às 16:30 e o ônibus da Solo Patagônia já estava nos esperando para ir a El Calafate. Todos embarcados, seguimos rumo à cidade. Cheguei no hostel às 18:00, ainda em êxtase com tudo que vi naquele dia. Eu achei a navegação do Todo Glaciares tão sensacional quanto à visita ao Perito Moreno (que falarei logo menos), então acredito que sejam os dois passeios obrigatórios de El Calafate. E engana-se quem acha que são parecidos: são visitas totalmente distintas. Se completam. A noite, fui até o centrinho para jantar e acabei em uma hamburgueria chamada Wally's, que fica bem no início da Av. Libertador. Não gostei muito, o hamburguer era processado demais, logo, não recomendo. Acabei dormindo cedo, pois no dia seguinte aconteceria um dos meus objetivos (e dilemas) para estar nesta viagem: o minitrekking do Perito Moreno. Fragmentos de iceberg!4 pontos
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5º DIA - 10/01/2025 - USHUAIA X EL CALAFATE Dia de deslocamento e hora de dar adeus a Ushuaia! Meu voo para El Calafate estava marcado para às 11:10, com isso não precisei acordar tão cedo, já que havia arrumado minhas malas no dia anterior. Levantei por volta das 08:00, tomei o café da manhã e fiz o checkout no hostel. Pedi um Uber para o aeroporto, que saiu por volta de ARS 5.000. Cheguei ao aeroporto próximo das 09:30. Considerações sobre Ushuaia: É uma cidade bem estruturada e preparada para o turismo. Ao contrário de outros locais da Patagônia, ela já possui um porte de cidade maior. Foi a cidade com mais atrativos históricos/culturais da minha viagem. É bem fácil se deslocar por ela, já que a maioria dos pontos turísticos se encontram próximos da cidade. Além disso, a sensação de estar "no fim do mundo" já é especial por si só. Ushuaia mais que recomendada! Seguindo, ao chegar no aeroporto me dirigi ao balcão da Aerolineas e, novamente, eles pesaram minha bagagem. Eu fiquei bem surpreso com a rigidez da Aerolineas em relação à isso, já que no Brasil não é comum. Ao pesar a bagagem de mão e ver que está ok, eles colocam um selo na mala para que na hora do embarque não precise realizar a pesar novamente. O embarque começou no horário marcado e o avião partiu pontualmente às 11:10. O voo até El Calafate é muito rápido, dura cerca de 40 minutos, e a paisagem da janela do avião quando está se aproximando é deslumbrante, pois você já se depara com uma vegetação totalmente diferente de Ushuaia, mais seca, em contraste com os tons de azul vibrantes do Lago Argentino. Em dias claros, ainda é possível avistar o Fitz Roy. Chegando a El Calafate Pousei em El Calafate por volta do 12:00 e o dia estava belíssimo, sem uma nuvem para fazer sombra para nós kkkkkkk assim que desembarquei, procurei o guichê de um transfer muito recomendado aqui no Mochileiros: o Ves Patagônia. Eles são uma empresa que fazem translados entre o aeroporto e El Calafate diariamente. Assim que você sai do desembarque do avião, já é possível avistar o guichê deles no aeroporto. Assim, solicitei um transfer até o meu hostel e custou ARS 11.000, lembrando que o aeroporto de El Calafate fica a pouco mais de 20 km do centro, ou seja, é um pouco longe. Quando você solicita o transfer, eles dão o nome do motorista e se deve esperar do lado de fora do aeroporto. Poucos minutos depois, o motorista informado apareceu e, após esperar mais alguns passageiros chegarem, partiu em direção a El Calafate. Ela faz uma parada inicial no terminal de ônibus e depois começa a distribuir os passageiros nas hospedagens. Como meu hostel era próximo dali, fui o primeiro a descer e fiquei no Folk Hostel. Fiz o checkin no hostel, acomodei minhas bagagens e logo depois já resolvi sair para explorar El Calafate! O trajeto entre o aeroporto e a cidade. A essência da Patagônia! O meu hostel era um pouco distante do centrinho, coisa de 15 minutos, mas nada que atrapalhasse, pois a caminhada era bem agradável de se fazer. El Calafate é uma cidade muito charmosa e que gira em torno dos glaciares. A sua economia é voltada ao turismo e isso é bem nítido na Av. Libertador, a principal da cidade, em que os comércios se estendem por quadras e quadras se dividindo entre restaurantes, agências de turismo e lojas de souvenirs/convêniência. Logo que cheguei à Av. Libertador, já havia uma espécie de parque com um letreiro enorme de El Calafate. Parei ali para fazer umas fotos e observar a vida da população local, que aproveitavam o dia de sol no parque. Nesse dia, até consegui ficar de camiseta por ali. Continuando, passei por uma ponte que atravessa um córrego e cheguei na parte mais comercial da Av. Libertador. De imediato, procurei algum lugar para almoçar, pois estava apenas com o café da manhã na barriga. Parei na cervejaria La Zorra, que também vende hamburguers e me foi recomendada pelo Alan aqui do fórum. Lá, pedi um hamburguer clássico com papas fritas e um refri para, pelo menos, disfarçar a fome do almoço. A cervejaria é um local bem agradável e com preços aceitáveis dentro do padrão Patagônia. El Calafate, aliás, é mais cara do que Ushuaia. O pedido veio rapidamente e eu devorei na mesma rapidez kkkkkk mas estava bem bom. A carne do hamburguer era artesanal e estava bem gostosa. Letreiro próximo à avenida central Vista de cima. O contraste dos pinheiros com a secura ao fundo Com o almoço em dia, segui pela Av. Libertador observando as lojas que havia ali e o que ela oferecia. Em certo momento, avistei a Sorveteria Acuarela, que também tinha sido recomendada pelo pessoal aqui do fórum. Para aproveitar a sobremesa, resolvi pedir um pote pequeno com duas bolas do famoso sorvete de calafate. Gente, que deliciaaaaaaaaaa! O sabor me lembrou acerola, mas é difícil explicar ou comparar, é diferente. Gostei muito do sorvete de Calafate, depois fiz uma combinação colocando uma bola de sorvete de chocolate e ficou melhor ainda! Recomendo! Após a parada para sobremesa, segui andando pela Av. Libertador para ver até onde ela daria. Isso já era por volta das 16:00. Depois de um tempo, cheguei às margens do Lago Argentino e uma placa bem grande de "El Calafate" em frente a ele. É uma espécie de mirador. Percebi que muitos moradores locais utilizam essa orla do lago para praticar esportes e fazer atividades físicas. É uma região bem bonita da cidade. Aproveitei para sentar por ali e descansar um pouco, além de admirar a bela paisagem. Ali não estava muito movimentado, até porque é uma boa andada para chegar até ali. Depois de pouco mais de uma hora, resolvi retornar ao hostel para tomar um banho e decidir o que faria pela noite. Avenida Libertador Sorvete de Calafate. Muito bom! Parte da orla do Lago Argentino Letreiro da cidade às margens do lago No hostel, a Cibele me mandou mensagem e disse que já estava também em El Calafate com seu filho. Deste modo, combinamos de nos encontrar mais tarde para tomar algo e jantar juntos. Então, voltei para o hostel, tomei banho e por volta das 20:00 marcamos de ir no La Zorra novamente. Eu gostei tanto do lugar que já queria levar alguém lá para conhecer também kkkkkk Ela pediu um prato vegano no qual gostou muito, e eu pedi apenas papas fritas. Perto das 21:30 nos despedimos e fomos para nossas hospedagens, pois no dia seguinte um passeio bem esperado por mim começaria bem cedo: a navegação Todo Glaciares. 😍4 pontos
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3º DIA - 08/01/2025 - USHUAIA (LAGUNA ESMERALDA E MUSEO DEL FIN DEL MUNDO) Dia de trekking! A previsão era de chuva após o meio-dia. Como marquei a trilha da Laguna Esmeralda para início no período da manhã, não teria tanto impacto assim com a mudança de tempo. Aliás, o site Windguru foi literalmente meu "guru" durante a viagem, pois ajudou muito na preparação dos passeios sendo bem assertivo nas previsões (principalmente 48 horas antes). Em El Chaltén, ele foi primordial, como detalharei depois. Bem, neste dia acordei às 07:30, pois a agência ficou de passar no hostel apenas às 09:10. Tomei um café reforçado tranquilo, tomei meu banho e me troquei. Dessa vez, fui vestido com roupas impermeáveis por indicação da Brasileiros em Ushuaia, pois afirmaram que a trilha da Laguna Esmeralda apresentava vários trechos de lama. De fato, a roupa impermeável foi bem útil nesse dia devido a chuva, mas não acredito que fosse necessária em outras condições. Por volta das 09:10, a van passou no hostel e a guia que nos acompanhou no passeio se chamava Luciana. Ela falava um português bem bom e tinha muito conhecimento sobre Ushuaia e região. O restante do grupo que fez a trilha também foi de brasileiros, então o entrosamento foi imediato rs Neste passeio, a agência oferece lanche, bastões de trekking e polainas para realizar a trilha. As polainas não foram necessárias no dia em que fiz, apenas utilizei os bastões mesmo. Após pegar todos os passageiros do passeio, seguimos a Ruta 3 e a entrada para a Laguna Esmeralda fica bem na beira da rodovia, a poucos quilômetros de Ushuaia. Isso explica o motivo de tantas pessoas fazerem por conta: o acesso é fácil, gratuito e relativamente perto (coisa de 15 km). Ao chegarmos no local, a Luciana nos passou algumas instruções sobre a trilha e deu os bastões de trekking para cada um e, assim, começamos a trilha efetivamente por volta das 10:00 da manhã. A trilha da Laguna Esmeralda é autoguiada e bem demarcada, além de ser muito movimentada, o que torna praticamente impossível que as pessoas se percam. A trilha começa em meio a um bosque próximo a uma antiga reserva de cães da neve, hoje desativada. Ela segue por mata fechada por alguns minutos e logo entra em área aberta, que é quando começa a melhor parte da trilha: as paisagens. Início da trilha da Laguna Esmeralda Como pela manhã o tempo ainda estava firme e o céu com algumas nuvens, o cenário que tinhamos na trilha era maravilhoso! São picos nevados para todos os lados, bosque subantártico, turbas, castoreiras, fragmentos de tundra, enfim, tudo no mesmo percurso! É algo fantástico! A Laguna Esmeralda, sem dúvidas, foi meu passeio favorito em Ushuaia. Seguindo, passamos por uma grande área em que há presença de castores, em que a Luciana explica que eles foram introduzidos no século passado na região e acabaram se tornando uma espécie de praga, pois impactaram em grandes áreas. É possível observar diversas castoreiras ao longo da trilha, de diversas dimensões (mas não tive a sorte de ver nenhum castor). Também há um pouco de lama neste trecho. A trilha segue passando por passarelas de madeira e surgem rios de água com cor turquesa, é muito bonito! Em dado momento, a trilha retorna para uma área de mata fechada e neste momento há uma subida mais pronunciada, que não dura mais que 10 minutos. Os bastões são grandes aliados neste momento. Vencida a subida, seguimos no leito do rio com cores de turquesa e chegamos a uma área com solo mais pedregoso. Luciana indicou que a Laguna Esmeralda já estava próxima. Aqui faço uma ressalva: esse passeio foi um que achei o caminho em si mais bonito que a atração final. A Laguna Esmeralda é maravilhosa, claro, mas o trajeto até ela me deixou muito mais extasiado do que a laguna em si. As castoreiras! O trajeto é todo assim, com cenário belíssimo! Já falei que a trilha é linda, né? rs Seguindo pelo solo pedregoso, há uma última subida em área com pedras (nada comparável à terrível subida do Fitz Roy) e finalmente, chegamos à Laguna Esmeralda! A essa altura, já passava das 11:30 da manhã e o tempo estava fechando conforme a previsão havia anunciado. A Luciana disse que passaríamos cerca de uma hora lá em cima, tempo suficiente para lanchar e explorar os arredores da laguna. O local estava cheio, mas menos lotado do que pensei que estaria. A Laguna Esmeralda é formada pelas águas do glaciar Ojo del Albino, um dos que existem na região de Ushuaia e que é visível da laguna. Há trekkings para chegar no glaciar, mas a Luciana disse que é bem exigente. Comi meu lanche, tirei algumas fotos e fiquei ali admirando a beleza da laguna. Um pouco depois, começou a cair os primeiros pingos de chuvas e foi nessa hora que a roupa impermeável fez diferença. Quando saimos da laguna para retornar, por volta das 13:00, a chuva apertou e os pingos começaram a cair de forma mais grosseira. Mesmo assim, não fiquei molhado em nenhum momento. Por isso, acho importante sim incluir um conjunto impermeável nos itens de uma viagem desse tipo, pois o tempo na Patagônia é assim, pode estar sol de manhã e chover depois do almoço, e depois abrir sol de novo rs Finalmente na Laguna Esmeralda! Cheguei! A volta, como quase sempre, foi mais rápida e por volta das 14:30 já estavámos de volta ao estacionamento às margens da rodovia. Em números totais, a trilha da Laguna Esmeralda possui cerca 10 km (5 ida e 5 volta) e a duração média é de 4 a 5 horas mesmo. Iniciamos a volta para Ushuaia e por volta das 15:00 eu já estava no meu hostel. Depois da chuva e um pouco de lama, precisava de um banho quente e assim o fiz. Tomei meu banho e tirei um cochilo de uma horinha enquanto meu celular carregava. O lanche que a agência serviu para o passeio da laguna foi bem grande e, quando acordei, ainda não estava com fome, mas queria tomar um café da tarde para poder seguir aos museus, que era o outro passeio que eu tinha pensado para esse dia. A chuva continuava a cair em Ushuaia, mas era quase que uma garoa. Nada que atrapalhasse a caminhada. Assim, me arrumei e saí na Av. San Martin para ir na Ana y Juana Bakery, uma padaria/confeitaria muito bem recomendada em Ushuaia. Pedi um café expresso com um brownie que, por sinal, foi um dos melhores doces que comi na viagem. O brownie estava divino! De café da tarde tomado, segui para a avenida do porto para ir ao Museu do Fim do Mundo. Aqui vale um parentêses: entre as cidades que visitei na Patagônia, Ushuaia é a que mais oferece atrações de cunho histórico-cultural. Talvez por realmente ter uma história sobre o presídio, colonização e povos tradicionais, além dos famosos naufrágios na região do Cabo Horn, fazem dela uma cidade bem rica culturalmente falando. Eu gosto muito desse tipo de programa, então aproveitei para visitar um dos principais museus da cidade. Chegando no museu, paguei ARS 6.000 na entrada que dava direito ao Museu do Fim do Mundo + visita a Antiga Casa de Governo, que fica na mesma rua. Entrei no museu e o achei bem completo. Possui uma ala específica a contar sobre as navegações na região, trazendo a história e os primeiros exploradores locais. Além disso, possui um outro setor destinado aos povos tradicionais que viveram na Terra do Fogo por milhares de anos, os yagans, explicando quais eram seus modos de vida e como foram impactados com a chegada dos europeus à região. Há, ainda, um outro setor bem grande destinado à fauna e flora da região, explorando as principais espécies de animais e plantas que são comuns por ali. A visita ao museu durou cerca de uma hora e meia, parando para ler tudo com calma. É uma visita que eu recomendo para quem se interessa por Geografia, História e Biologia. Saindo do museu, fui para a Antiga Casa de Governo, que era o outro local que o ingresso dava direito de visita. Essa, na versão, era o antigo local onde os governantes de Ushuaia viviam na época em que existia o presídio. É uma visitação mais voltada à mostrar o estilo de vida dos governantes, havendo móveis em cada cômodo, áreas legislativas, réplicas de relógios. Enfim, interessante, mas nada que seja imperdível. O Museu do Fim do Mundo é muito mais legal. Por volta das 20:30, eu já havia terminado meus programas culturais kkkk e as brasileiras que conheci no barco no dia anterior me mandaram mensagem perguntando se eu estava perto para encontra-las. Nessa hora, a chuva já havia apertado bastante, mas bora caminhar! Encontrei as meninas e fomos bater perna na Av. San Martin, pois a Eliane queria comprar lembrancinhas para levar ao Brasil. Fomos a diversas lojas e terminamos a noite tomando um chocolate quente no Laguna Negra, uma loja de chocolates artesanais. Muito bom! Nesse dia não jantei, pois realmente não estava com fome alguma. Às 22:30 (e ainda claro!) me despedi das brasileiras e fui para o hostel descansar. Nesse dia nem consegui socializar com ninguém no hostel, pois me troquei, deitei e dormi kkkkkkkkkk o próximo dia seria de visita ao Parque Nacional da Terra do Fogo! Brownie e café da Ana y Juana. Excelentes! Museu do Fim do Mundo Museu do Fim do Mundo4 pontos
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Olá! Pessoal, venho aqui me retratar com relação à indicação da agência África Austral, tours & safaris, do Paulo (+ 27 61 679 0027). Ocorre que já fiz minha viagem e os safaris com ele foram um fracasso. De cinco dias contratados aproveitei apenas 2 e mais ou menos. Ele está em uma situação financeira muito ruim, pegou nosso dinheiro e gastou (fui com uma amiga), não tendo como alugar um carro decente para os safaris. Por conta disso "arrumou" um carro super velho, com pneu murchando (estava com aquele estepe fino) todo o tempo, sem ar condicionado, sem ser 4 x 4 e que quebrou duas vezes no meio dos safaris, tendo que ser rebocado por outro carro. Isso no segundo dia, o que fez com que não tivéssemos coragem de fazer os demais passeios (do 3º, 4º e 5º dias); não compensava colocar nossas vidas em risco; literalmente. Infelizmente passamos momentos de muito medo (carro em péssimas condições e improprio para fazer safari) e voltamos frustradas, isso devido unicamente aos serviços prestados pela referida agencia. Portanto, não o indico em hipótese nenhuma.4 pontos
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Mais algumas informações gerais antes do relato propriamente dito. A agua da torneira é potável, nao tivemos gasto com água. É difícil secar roupa. As estradas são a grande maioria de pista simples e sem acostamento. As distâncias são curtas mas a viagem é sempre longa(mais longa do que o Google maps mostra) por isso. Há muitos caminhões nas estradas, e elas passam dentro das cidadezinhas. Peguei pedágio só na estrada entre Puntarenas e San José, nos valores de 450 a 850 colones. Pode pagar com cartão por aproximação. Capa de chuva é indispensável. Levei repelente seguindo as dicas que li, mas nao usei nenhuma vez. Qyem ta acostumado com mato nao vai ter necessidade rs. Nossas hospedagens foram reservadas pelo booking (2) e airbnb (5), todas com cozinha, o que nos permitiu cozinhar praticamente todos os dias. Todas as acomodações eram bem equipadas, com micro-ondas, sanduicheira, cafeteira, até liquidificador. A maioria delas tinha café local, açúcar, sal e óleo, o que facilita muito. A tomada da Costa Rica é diferente da nossa, e apenas 1 acomodação tinha adaptador. 8/1 - Chegamos por volta de 20h no aeroporto de San José, que na verdade fica na cidade de Alajuela. Imigração bem tranquila, pediram o comprovante da vacina de febre amarela (também pediram no check in no Brasil, na verdade fizemos check in pela Internet 24 horas antes mas ficou como pendente, tendo que apresentar o comprovante no guichê ou no embarque). De lá pegamos uma Van que nos levou para a oficina da locadora de carro, pegamos o carro e fomos para nossa hospedagem, um AirBnb em Alajuela. Deixamos as coisas e fomos comer e comprar alguma coisa pro café da manhã do dia seguinte, bem perto do airbnb tinha um comércio estilo americano, não sei nem como chamar, que é como um shopping aberto, com lugares pra comer e mercados. Comemos no Taco Bell , opção com bom preço no país, cada taco cerca de 900 colones. Fomos ao mercado ali, mas era estilo Pão de Açúcar, super caro. Compramos só uns croissants e fomos comer em casa. 9/1 - A ideia era acordar cedo e ir para as Blue Falls, cachoeiras de cor azul em Bajos del Toro, a cerca de 1h30min dali. Mas o primeiro dia sempre é embaçado, tem coisas pra resolver e assim foi com a gente. Não tínhamos levado adaptador então fomos num mercadinho próximo e compramos carregadores de celular com a tomada deles( sairia mais barato q o adaptador, e mais fácil de encontrar). A minha host me deu um chip de Internet (custa cerca de 5 dolares) e fui colocar carga, mas precisei me cadastrar, e falar por telefone com um atendente. Coloquei 5000 colones de recarga e já adianto que não deu pra nada. Daí resolvemos passar no Walmart, fizemos uma primeira compra decente, macarrão, pão, atum, maionese, leite, tortillas, refrigerante, salgadinho, bolacha, cerveja, croissant (eles chamam de cangrejo), uns pães doces, natilla (viciei, como se fosse uma nata salgada mais cremosa) e queijo branco. No Walmart tinha restaurante e comemos o primeiro casado da viagem por cerca de 4000 col. Daí pegamos a estrada, passamos pela cidade de Sarchí, que tem uma tradição de pintura em carroças de madeira, visitamos uma fábrica artesanal. Dali em diante chuva forte, neblina. Chegamos a entrada da cachoeira com muita chuva. As blue falls fazem um pacote com a catarata del toro, mas com a chuva que estava a pessoa nos informou que as cachoeiras não estavam azuis e com muito volume de água. Isso já era umas 15h. Então resolvemos visitar apenas a Catarata del Toro. Eles fornecem guarda chuva. Entrada 15 dólares. A Catarata del Toro tem 90 metros de altura e cai dentro da cratera de um vulcão extinto. A trilha é linda, boa parte feita em degraus. O volume de água estava absurdo, foi coisa linda demais de se ver. De lá fomos para nossa hospedagem , uma cabana de madeira em Bajos del Toro, reservada pelo airbnb. Jantamos tortillas con queijo e natilla, tomamos a primeira Imperial da viagem e fomos dormir com chuva e frio.3 pontos
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Por que tanta desconfiança em seu coração? Não consegue ver como é bonita esta oportunidade? A chance de ser um dos 9 escolhidos a participar deste mochilão secreto, longe de fotos e videos compartilhados. Sem preocupação de programar, mas garantido o espirito mochileiro "por conta própria, gastando e levando o mínimo possível, sem nenhum roteiro muito rígido". Maioria deste grupo será amigo para o resto da vida (viajar com amigos antigos muitas vezes destroi relacionamentos)! Tenho algumas recomendações para organização, para dar maior credibilidade: aceitar pix e bitcoin (mais barato concentrar os pagamentos/reservas, evitando cancelamentos); fazer camisetas e bandeirinhas para o grupo (com 10 desconhecidos o pessoal acaba se perdendo em locais lotados); ebook com roteiro hora a hora (assim todos estudam como melhor contribuir com algo especial, de forma bem natural). Só não entendi se partida até março ou é para o natal?3 pontos
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Olá para todos, estive no PN Torres del Paine fazendo o circuito W de Leste para Oeste durante 5 dias entre 29/11 e 3/12/2024. Deu trabalho conciliar o meu período de férias com as datas de disponibilidade dos campings e os voos com preços bons. Fiz isto com 4 meses de antecedência e quase não consegui fechar. Usei o site https://torreshike.com escalonar as datas dos campings, ter uma idéia geral das distâncias e do esforço em cada trecho. Em seguida fui nos sites das operadoras https://lastorres.com/ e https://www.vertice.travel/pt/ para fazer as reservas. Ao mesmo tempo, fui fazendo cruzamentos dos voos mais baratos com a disponibilidade dos campings usando o Google Flights. Foram algumas semanas tentando até que um dia coincidiu de ter campings disponíveis com preços aceitáveis de passagens. Então, por conta da logística em Puerto Natales, escolhi voos de ida e de volta que fossem até 2 dias de diferença das datas de início e fim da trilha. Os trechos terrestres e o catamarã possuem saídas diárias na temporada normal. Eu anotei os horários e só fechei mesmo uma semana antes, quando estava bem próximo. Meu roteiro aéreo / terrestre / aquático ficou assim: 27/11 Voo Salvador - Buenos Aires - El Calafate 28/11 Shuttle Transfer El Calafate (aeroporto) - El Calafate (rodoviária) 28/11 Bus El Calafate - Puerto Natales 29/11 Bus Puerto Natales - Torres del Paine 29/11 Shuttle Amarga - Bienvenido 3/12 Catamarã Paine Grande - Pudeto 3/12 Bus Pudeto - Puerto Natales 4/12 Bus Puerto Natales - Punta Arenas 4/12 Voo - Punta Arenas - Santiago de Chile - Guarulhos - Salvador Meu roteiro no PN Torres del Paine foi assim: Dia 1: Chegada ao Camping Central Norte e visita à base das Torres del Paine Distância total: aproximadamente 22 km (ida e volta) Tempo de caminhada: cerca de 9 horas (ida e volta) Dia 2: Camping Central Norte até Los Cuernos Distância: aproximadamente 13 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Dia 3: Los Cuernos até Paine Grande via Vale Francês e Mirador Britânico Distância: aproximadamente 30 km Tempo de caminhada: cerca de 12 horas Dia 4: Paine Grande até Guarderia Grey Distância: aproximadamente 11 km Tempo de caminhada: cerca de 4 horas Dia 5: Guarderia Grey até Mirador, Mirador até Paine Grande e saída do parque Distância: aproximadamente 14 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Terminei fazendo a trilha auto guiada, levando toda a minha comida, com todo o material de camping. Quando cheguei em Puerto Natales, aluguei barraca, saco de dormir, isolante térmico, bastões de caminhada. O material que eu usei está aqui https://lighterpack.com/r/jzru86 e resultou em um peso base de aproximadamente 10kg mais aproximadamente 3kg de comida. Me considero bem preparado. Faço trilhas regularmente aqui na minha região, treino toda semana corrida, academia, pilates. Considerei a trilha de média para pesada, principalmente no terceiro dia em que andei cerca de 30km e nos trechos em que carreguei a mochila completa. Eu montei meu cardápio com ajuda do Chatgpt. Eu passei para ele o meu roteiro dia-a-dia detalhado, fui fornecendo meus dados como peso, altura, nível de condicionamento e ele foi calculando quantas calorias diárias eu deveria gastar. Bom, eu já tinha alguma noção de como funciona este cálculo de calorias, então usei o Chatgpt como ponto de partida, mas a decisão final do cardápio foi minha. Adotei barras de proteína super calóricas de 70g, isotônico em pó, gel carboidrato, sachês com whey protein. Também usei todo tipo de amêndoas, frutas secas, aveia em flocos, barras de chocolate amargo, cappuccino em pó, sopa em pó, atum, proteína de soja para compor o cardápio. Os trechos em que fui somente com mochila de ataque foram: Camping Central a base das Torres, Mirador Francês e Britânico, Guarderia Grey ao Mirador Grey do último dia. O resto tudo foi com mochila completa. Consegui fazer bem, com bastões de caminhada, 3 camadas de roupa, luvas, gorro e bandana (cobrindo o pescoço/rosto). Com o tempo, eu percebi que não precisava carregar o botijão de gás para ter água quente. Abandonei ele em Los Cuernos. Nos campings você pode conseguir água quente em alguns dispensers. Ou então você pode encontrar um botijão que alguém deixou pra trás na cozinha compartilhada. Um power bank também pode ser desnecessário, desde que você consiga se programar para carregar seu eletrônico quando estiver em um dos campings. Quando aluguei o material, fui alertado para manter os meus bastões de caminhada sempre comigo, pois eles somem com facilidade no parque. Eu cheguei a deixar minha mochila completa algumas vezes e não tive problema de sumir coisa. No camping Cuernos, em que você usa uma plataforma de madeira, eu precisei solicitar que os funcionários me ajudassem com a barraca, pois os decks de madeira estavam cheios de pontas com pregos ou parafusos que poderiam rasgar o piso da minha barraca, mesmo com o footprint. Pedi ajuda a eles mais de uma vez para remover estes parafusos e instalar outros para que eu pudesse montar a minha barraca mais esticada, já que nesse dia deu uma chuva. No camping Paine Grande, eu senti falta de uma área abrigada do vento. O pessoal termina usando a cozinha e refeitório como área abrigada pra tudo! Talvez eu ponderasse melhor a questão de levar as comidas. Os campings Grey e Paine Grande têm mercadinhos que têm de tudo e eu terminei comprando uma latinha de atum para complementar meu jantar. Você pode comprar uma comida pronta. Sai bem mais caro, mas você pode considerar, se não quiser levar muito peso. Outra coisa seria escolher algum trecho para usar uma barraca montada, faria sentido caso fosse necessário deixar o camping mais cedo, para cumprir uma agenda mais apertada. Foi uma realização muito grande fazer este trekking. Esta foi por muito tempo a trilha dos sonhos! Eu tinha um roteiro inicial que foi se encaixando até dar tudo certo. É um lugar muito bonito, que vale à pena ir com calma, aproveitando cada trecho da trilha, parando para contemplar a beleza do lugar. Quem tiver a oportunidade de fazer pelo menos a trilha até a base das Torres, pode confiar que vai ser uma uma experiência completa, uma visão difícil de esquecer. Contornar os lagos azul esverdeados também é de tirar o fôlego. Eu terminei vendo que se tornou um lugar muito procurado, por tudo que é tipo de viajante, desde o trilheiro raiz, que leva os legumes pra fazer comida de verdade, até aqueles que querem mais conforto e dormir em uma cama com conforto. Eu tendo mais pro lado raiz e foi mais cansativo. Ainda assim, pude aproveitar bem e penso em fazer outros trekkings na região, como o Cirucito O, El Chaltén. Bom, isto é tudo. Agradeço muito pelos relatos de vocês, muita coisa serviu para que eu conseguisse montar o roteiro. Então pensei em mandar minha experiência como uma forma de contribuir e manter o espírito de compartilhar toda informação para ajudar a quem está se preparando.3 pontos
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Buenas tropa, sonho realizado com sucesso, me surpreendi com o país, com a população, o lugar é magnifico... Antes que alguém venha criticar sobre a situação do país, em relação a população, segurança, transporte, alimentação, entre outras coisas.... eu já sabia o que me esperava... então não vou reclamar destes tópicos e vou passar o meu relato e meus, MEUS, perrengues: Vou fazer um resumão aqui: Dia 01: 20/12/24 – Inicio da jornada: Viagem POA/RS – LA PAZ/BOL; Dia 02: 21/12/24 – Reconhecendo região central de La Paz; Dia 03: 22/12/24 – Começando as brincadeiras: Descida da Death Road e iniciando a viagem para Uyuni; Dia 04: 23/12/24 – Chegada em Uyuni e inicio do Tour no Salar de Uyuni, hospedagem num Hotel de Sal; Dia 05: 24/12/24 – Tour pelos Desertos, Gêisers, termais e Natal com os gringos Dia 06: 25/12/24 – Chocolate quente de manhã, ida até a fronteira com o Chile e retorno a Uyuni e inicio do retorno para La Paz Dia 07: 26/12/24 – Chegada em La Paz, fechando alguns tours e o Museu da Coca Dia 08: 27/12/24 – Cama, desidratação severa. Dia 09: 28/12/24 – ainda desidratado, mas consegui sair e me alimentar um pouco e fazer um tour de teleférico Dia 10: 29/12/24 – Subida ao Cerro Ventanani (5025m), ainda debilitado, pedindo para desistir umas 3x, mas consegui Dia 11: 30/12/24 – Subida ao Glaciar Charquini (5024m) Dia 12: 31/12/24 – Subida ao Pico Chacaltaya (5435m) e Vale de La Luna Dia 13: 01/01/25 – descanso, ressaca, cama. Dia 14: 02/01/25 – Viagem para Copacabana e ida a Isla del Sol; Dia 15: 03/01/25 – Retorno para La Paz, compras, descansar e dar umas risadas Dia 16: 04/01/25 – Ultima indiada, ir de van para o aeroporto de La Paz, passar com as balas e chá de coca no pente fino no avião em Cochabamba e voltar para o Brasil. GASTOS UN BOBS US REAIS HOTEL 10 Bs 534,70 $78,63 R$ 314,53 ONIBUS/VAN 7 Bs 335,00 $49,26 R$ 197,06 SALAR 1 Bs 850,00 $125,00 R$ 500,00 DEATH ROAD 1 Bs 430,00 $63,24 R$ 252,94 VENTANANI 1 Bs 400,00 $58,82 R$ 235,29 CHARQUINI 1 Bs 150,00 $22,06 R$ 88,24 CHACALTAYA 1 Bs 250,00 $36,76 R$ 147,06 ISLA 1 Bs 50,00 $7,35 R$ 29,41 TAXAS DE TOURS XXX Bs 400,00 $58,82 R$ 235,29 MULTA 1 Bs 342,00 $50,29 R$ 201,18 ALIMENTAÇÃO 32 Bs 1.920,00 $282,35 R$ 1.129,41 TAXI 1 Bs 100,00 $14,71 R$ 58,82 LEMBRANÇAS XXX Bs 1.000,00 $147,06 R$ 588,24 CHIP 1 Bs 100,00 $14,71 R$ 58,82 FARMACIA 2 Bs 115,00 $16,91 R$ 67,65 OUTROS XXX Bs 473,75 $69,67 R$ 278,67 SUBTOTAL Bs 7.450,45 $1.095,65 R$ 4.730,74 SEGURO 1 R$ 440,00 AVIÃO SP-LP-SP R$ 1.880,00 AVIÃO POA-SP-POA R$ 1.265,00 TOTAL R$ 8.315,74 CAMBIOS RS DOLAR CAMBIO BS WISE R$ 1.629,00 1,28 Bs 2.088,00 REAIS R$ 1.500,00 1,70 Bs 2.550,00 NUBANK R$ 261,18 1,28 Bs 334,54 DOLAR $250,00 10,00 Bs 2.500,00 TOTAL R$ 3.390,18 $250,00 Bs 7.472,54 Se quiserem, faço um relato mais detalhado, ia fazer... mas tinha virado um livro hehe3 pontos
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TRAVESSIA: VALE DO CUBATÃO DO NORTE( 2022): Serra do Mar Paulista Se há algo de isolado nas serras do Brasil, esse lugar certamente é a Serra do Mar Paulista. Claro que não podemos compará-la com os confins da nossa Amazônia, mas quando nos limitamos a falar sobre lugares de acesso difícil e complicado para a pratica de montanhismo ou qualquer outro esporte ligado ao mundo da aventura, a nossa querida serra não vai ficar devendo a nenhuma outra no pais. Com uma geografia complicada, mesmo estando no Estado mais populoso do Brasil, as escarpas da Serra do Mar, vêm desafiando muita gente, muito por causa da navegação difícil e que só recentemente vem sendo facilitada por causa do surgimento de ótimos mapas topográficos e de satélites, e dos maravilhosos gps e seus aplicativos instalados em celulares, com acesso para todo mundo, além de prático e barato. Tanto que muitos lugares só saíram do anonimato na última década, rios, montanhas e vales isolados que esportivamente falando, jamais tinham visto pés humanos. Anos atrás, melhor dizendo, quase uma década atrás, numa madrugada vazia, pesquisando montanhas selvagens na Serra do Mar, me deparei com um gigante de mais de 1300 metros de altitude, que geograficamente marcava o cume de São Sebastião, bem na divisa com Salesópolis. Além dessa montanha isolada, que já era um marco importante na serra, perto do seu cume descobri a nascente de um grande rio, que ao nascer ali a 1200 metros, ia ganhando corpo e escorrendo pelas escarpas da serra até se juntar ao Rio Cristina, já perto da planície litorânea, indo desaguar lá pelas bandas da Barra do Una. Pois bem, o tempo passou e numa expedição meio conturbada, conseguimos subir o PICO PARDO (1.318 m) e ter a grata surpresa de não encontrarmos qualquer vestígio de que alguém tem conquistado seu cume, antes de nós, pelo menos não como montanhistas, talvez algum caçador nativo correndo atras de alguma anta nos arredores do cume. Mas eu ainda sonhava um dia voltar lá e aproveitando o caminho estabelecido, tentar descer o RIO CUBATÃO DO NORTE desde a sua nascente, aliás, o nome do rio encontramos na carta topográfica do exército. Do grupo que conquistou o Pico Pardo, a grande maioria simplesmente abdicou de tentar explorar o rio pela sua nascente e decidiram subir parte do rio partindo lá do litoral. Claro, fui convidado, mas não me interessei pelo projeto, não que cenicamente eu achasse que não valeria a pena, mas ainda queria fazer o projeto que havíamos estabelecido há muito tempo, então agradeci e declinei. E realmente os meninos foram lá, por baixo, pelo litoral e subiram até quase 600 metros até a grande cachoeira que havíamos localizado no mapa. Entre os que estiveram nessa primeira incursão, estava o ARY, que foi outro a comprar o projeto de fazer desde a nascente. Tentamos montar um grupo, aliciar alguém que topasse se enfiar novamente naquele fim de mundo, partindo do alto da serra, na divisa Salesópolis com São Sebastião, mas todos negaram, acharam que era muito trampo e se fuder uma vez para chegar ao Pico Pardo, já era o bastante, não queriam voltar lá uma segunda vez. Então, diante da escassez de homens, resolvemos tocar o foda-se e como se juntou a nós o Caio, decidimos que tocaríamos o projeto em 3 exploradores mesmo. ( Foto VGN VAGNER, na expedição a cachoeira) Como o Ary é morador de Biritiba, ficou a cargo dele descolar um transporte que nos levasse até o km 20 da Estrada da Petrobrás, de onde partiríamos a pé, cortando caminho pelos oleodutos, já que agora havia uma Portaria de Parque que fechava a passagem e era certo que não nos deixariam passar. Então, nos encontramos na casa do Ary às nove da noite e já rumamos para Salesópolis e assim que nosso veículo ganhou a Estrada da Petrobrás, que liga a cidade ao litoral, já demos de cara com um carro da polícia ambiental escoltando um carro da funerária – Agora lascou-se !!! Deixamos que os 2 veículos se perdesse da gente e como não os vimos mais, pensamos que poderiam ter entrado em alguma estradinha perpendicular à principal, talvez estivessem indo pegar algum corpo em algum sítio localizado ali perto da estrada. Percorremos uns 10 km e a Estrada da Petrobras vira um breu só, um caminho no meio do nada, já que quase todas as habitações ficaram para trás e numa curva do caminho, já perto do km 20, onde começaríamos nossa caminhada, demos de cara com as luzes de veículos que atravancavam o caminho. Lá estavam o jeep da polícia ambiental, o rabecão e outros veículos oficiais e particulares, que não identificamos. Ouvia-se choradeira e murmúrios vindo do meio das luzes, talvez provenientes dos parentes de algum morto. Paramos imediatamente. Nossa, era muito azar o nosso! jamais conseguiríamos passar, já que seríamos interpelados com as mochilas nas costas. Então o nosso motorista desceu e dando um “migué”, fingiu estar perdido e foi colher informações com o cara da funerária. Voltou nos contando que se tratava de um assassinato e que estavam terminando a perícia para recolher o corpo. Ficamos vendidos, sem saber que rumo tomar, não poderíamos ficar parados ali e também não podíamos passar, então, tentando salvar a vaca que já estava no brejo, demos meia volta e nos distanciamos do entrevero uns 500 m, pulamos na escuridão da noite, nos despedimos do motorista e caímos no meio do mato, era preciso traçar um plano. Na beira da estrada, achamos um caminho aberto e entramos nele, andando por cerca de 1 ou 2 minutos, e nos sentamos no meio da mata. Pensamos: Se o rabecão já estava ali, era sinal de que rapidamente o corpo seria removido e aí não haveria mais razão para que a estrada permanecesse fechada, então na nossa cabeça, a única coisa a fazer era esperar, muito porque, ainda não eram nem 10 da noite e tínhamos tempo de sobra. Mas o tempo foi passando e nada. Por sorte, a chuva prevista acabou não vindo e fazia um calor dos infernos e os mosquitos iam nos devorando. Uma hora depois, cansados de esperar, saímos sorrateiramente para ver se não haviam tomado outro rumo, talvez ao invés de subir a estrada, poderiam descer com o corpo para o litoral. Mas quando fizemos a curva, lá estavam eles, parados no mesmo lugar. Voltamos para o mato novamente, só nos restava esperar. Sentados, com sono e sem muitas esperanças, mal conversávamos nessa hora. De repente, ouvimos um tropel no meio do mato. Estava claro que algum animal muito grande estava perseguindo outro menor. Do nada, saindo da escuridão, adentrou no nosso caminho um animal que, desesperado, tentava salvar sua vida , saiu quebrando tudo, tropeçou no Caio e fez com que ele levantasse e se jogasse para fora do raio de ação do animal, foi como uma bola de boliche derrubando 3 pinos, no caso nós. Foi um tremendo susto, mas eu consegui identificar um baita de um coelho, mas o que o perseguia, jamais ficamos sabendo. O tempo passou, chegamos à meia noite e decidimos que não iríamos mais esperar. Só tínhamos uma ação a fazer: montar uma estratégia para vararmos mato para bem longe dali, talvez tentar interceptar o oleoduto e apesar de parecer uma ideia totalmente estúpida, não havia outra carta na manga. Pior ainda, teria que ser feito no escuro absoluto, já que com lanternas, poderíamos até sermos confundidos com os assassinos fugindo da polícia, vai saber o que aconteceu ali. E para piorar, teríamos que escalar um morrote que se elevava do outro lado da estrada de onde estávamos, um barranco infestado de bambus espinhudos. Na calada da noite, no escuro absoluto, nos penduramos no barranco e nos arrastamos para dentro da mata, vencendo a parede de barro metro por metro e vez ou outra, nos abaixávamos para conferir a nossa localização no gps do celular e tentar corrigir nossa rota. Confesso, é uma situação miserável aquela nossa, correndo o perigo de cair em algum buraco ou mesmo ser picado por uma cobra, já que tínhamos que rastejar por baixo da bambuzeira, praticamente com a cara no chão. Vamos cruzando todo tipo de vegetação, atolando em áreas pantanosas, nos agarrando em qualquer direção que vá de encontro com o caminho do oleoduto. Duas horas depois demos de cara com uma valeta quase que intransponível e para descer, usamos uma cordinha que levávamos para uma emergência e exatamente as 2 da manhã, interceptamos o maldito oleoduto, só para descobrir que esse também era uma quiçaça dos infernos. Agora caminhando e abrindo caminho por onde estavam enterrados os canos que trazem petróleo do litoral para o planalto e já cabeceando de sono, vamos avançando por mais uns 40 minutos até nos vermos exatamente onde deveríamos ter entrado, se tivéssemos vindo pela estrada, ou seja, havíamos perdido quase 3 horas varando mato simplesmente para podermos cortar volta do tumulto do homem morto. Agora tínhamos caminho livre pelo oleoduto, que recebe manutenção constante, onde o mato é cortado, mas poderíamos avançar muito mais livres e desimpedidos se pudéssemos andar pela própria Estrada da Petrobras, que corre paralela ao oleoduto, mas infelizmente a passagem pela estrada não é mais permitida e não queríamos correr o risco de sermos pegos por algum guardinha, que fatalmente faria a gente voltar. Nos restou enfrentar aquilo que fez com que NINGUÉM mais quisesse voltar a refazer aquele caminho, como foi na exploração do Pico Pardo. Andar pelo oleoduto é das coisas mais cretinas que se pode fazer na Serra do Mar e eu havia jurado nunca mais passar por lá, mas olha eu ali de novo, mais uma vez naquele sobe e desse interminável, tendo que cruzar por cima de imensos tubos que afloravam nas baixadas, com uma mochila nas costas. A noite foi nos escorregando pelas mãos e já havíamos caminhado mais de 3 horas naquele oleoduto maldito, quando vimos o sol despontar. Cambaleávamos, cansados e com sono, mal conversávamos e pouco depois das seis da manhã, despinguelamos na baixada final até atingirmos o RIO PARDO, uns 20 minutos abaixo da GRANDE CACHOEIRA. Subimos o rio até o poço das borboletas, atravessamos para o outro lado e interceptamos a trilha que nos levou definitivamente aos pés da referida cachoeira e lá caímos desmaiados, passamos a noite inteira caminhando. Apesar de um mês chuvoso, a CACHOEIRA DO PARDO não estava tão cheia como esperávamos, mas continuava linda, despencando numa laje de pelo menos uns 150 metros. O sol veio com força e naquele dia, a previsão de tempo chuvoso acabou não se confirmando. O Rio Pardo nasce umas 5 horas de caminhada acima da cachoeira, bem atrás do Pico Pardo e vai percorrer dezenas de quilômetros até dar vida ao grande Rio Juqueriquerê, rio que já havíamos explorado quase uma década atrás, que vai desaguar bem na divisa de Caraguatatuba com São Sebastião. Nós estávamos um bagaço e assim que tomamos um café, resolvemos dormir um pouco sobre as lajes expostas da cachoeira e só lá pelas nove ou dez da manhã é que nos animamos a seguir com a expedição, mas antes fomos despertar com um bom banho, onde nos jogávamos na pedra lisa, deixando que a força da gravidade fizesse de nós, passageiros do rio. As 10 da manhã, partimos e como já conhecíamos a melhor maneira de subir ao topo da cachoeira, já que foi isso que fizemos na primeira expedição, nos apegamos ao seu lado esquerdo e fomos subindo na aderência até onde deu e quando a parede inclinou, entramos no mato e reencontramos um caminho paralelo ao rio que nos levou direto para o topo. Da outra vez ficamos encantados com as marmitas que lá encontramos, mas dessa vez elas estavam deslumbrantes, verdadeiras piscinas naturais em forma de jacuzzi , com a agua mais transparente ainda. A caminhada segue por um rio deslumbrante, vez por outra, pontilhado por prainhas de areia. É um caminhar gostoso e desimpedido, e não nos furtamos em nos jogarmos em pocinhos um pouco mais profundos e depois de uns 500 metros, o Rio Pardo simplesmente curva-se para o norte e se fecha com uma grande rocha, formando uma espécie de gruta. Claro, essa direção que o rio tomará agora, não serve para a gente, pois nossa direção e a direção do pico é para sudoeste. Por coincidência, poucos metros antes dessa espécie de gruta, um afluente a esquerda vai subir bem na direção que desejamos e é por ele que seguimos agora. Nos primeiros metros é preciso subir um pequeno desnível, mas logo em seguida o riacho simplesmente quase que se nivela e começa a ganhar altitude suavemente e vamos subir por grandes lajes, onde o sol do meio dia batendo no leito raso, acaba por transformar tudo numa cor dourada, um espetáculo bonito de se ver. Não demora muito para sermos barrados por uma cachoeira e por causa da sua formação, vamos chama-la de CACHOEIRA DAS DUAS FENDAS para marcar território. Escalamos a parede do lado direito, nos segurando onde desse até atingirmos seu alto e ganharmos uma outra bonita laje. Tendo andado pouco mais de 700 metros nesse segundo afluente, vamos abandoná-lo em favor de outro, também pela esquerda que vai se dirigir agora para o leste. O pulo do gato desse roteiro é que não existem praticamente outros afluentes e ganhando mais esse, agora vamos subir em definitivo até logo acima tropeçarmos numa cachoeira mais alta, impossível de escalar. Dá primeira vez que conquistamos o pico, abandonamos o rio bem nessa cachoeira e empreendemos uma linha reta até ele, varando mato num mar de bromélias malditas, mas dessa vez a gente iria tomar um rumo diferente, iríamos subir o rio até onde ele praticamente nasce e de lá sairíamos para a direita e conquistaríamos novamente o pico. Parecia ser um plano quase perfeito, mas o tempo se encarregaria de nos mostrar o contrário. Portanto, ao nos depararmos novamente com essa cachoeira, varamos mato pela sua direita, escalaminhando o barranco e nos segurando em tudo que era vegetação até atingirmos a sua parte alta e ganharmos novamente o seu leito plano. O Riozinho se afunila bastante e começa a correr por debaixo de grandes matacões, por vezes some e só o reencontramos mais acima. As passagens vão se afinando e vamos transpondo pequenas gargantinhas e nos enroscando nas arvores que vão tombando sobre o leito do rio, dificultando nossa passagem. A nossa estratégia de conquistar o pico subindo até a nascente do rio foi se mostrando uma grande merda. E só tomamos essa decisão porque a gente havia voltado da primeira justamente pelo rio, mas descer é uma coisa, subir é outra, então teve uma hora que não suportando mais ficar nos esgueirando por baixo de troncos podres e vegetação espinhenta, resolvemos mirar nossa bussola direto para a montanha, abandonando o rio em definitivo. Mas o que nos pareceu ser uma boa ideia, acabou por se tornar outra grande furada porque a saída da garganta do rio acabou por nos levar para uma borda alta onde ficou quase impossível passarmos pelo mar de bromélia gigante que nos fechou o caminho. Com uma cargueira nas costas, a gente lutou bravamente para sustentar o peso e tentar se elevar para fora do buraco, mas a cada tentativa, éramos jogados de volta e tínhamos que recomeçar. Tentávamos novamente, mas os espinhos nos furavam o rosto, a cabeça e lá íamos novamente parar barranco abaixo. Cada qual lutou como pode, do jeito que pode e quando emergimos para fora, éramos um traste humano, cansados pela jornada que havia começado as 10 horas da noite anterior. Reencontro o Caio, mas não vejo mais o Ary, que simplesmente sumiu das nossas vistas e nos deixou sem saber o que tinha acontecido com ele. Ganhando agora uma vegetação rala de campos de altitude, vamos seguindo e vou procurando reconhecer qual daqueles topos de montanha poderia ser o cume, sem perceber que ele estaria escondido atrás de um cume falso. E quando lá chegamos, é que avistamos o Ary que havia se adiantado e já se preparava para ganhar o ponto mais alto. Subimos o ultimo cone rochoso dessas serras e nos pomos definitivamente no CUME DO PICO PARDO (1318 M) ou (1323) nessa segunda medição, na divisa São Sebastião com Salesópolis. O cume é marcado por uma elevação rochosa, pontilhado por pequenos arbustos e em um deles, reencontramos a capsula onde havíamos instalado o LIVRO DE CUME quase 2 anos atrás. Ao abrirmos, não nos surpreendemos ao encontrar apenas os mesmos nomes de nove aventureiros que estavam no dia da conquista, mais uma prova definitiva que montanhista algum anda por essas paragens, o que vem só corroborar com a minha tese de que a Serra do Mar Paulista é um dos lugares mais isolados e inacessível, se comparado a quase maioria das serras do Brasil. E a paisagem lá de cima não fica devendo muito a outras montanhas da Serra do Mar, mesmo estando um pouco mais distante do oceano, é possível se deslumbrar com as paisagens a beira mar, como a grande Ilhabela, Montão de Trigo e outras tantas ilhas. Quase ao sul, a espetacular Pedra da Boracéia é nos mostrada em um ângulo surpreendente, 2 bicos rachados, lindo de ver. Mas o tempo passou, a tarde chegou e precisávamos nos voltar para o grande objetivo daquela expedição, que era localizar a nascente do Rio Cubatão do Norte, mas antes a gente tinha que rever a gruta que encontramos da outra vez, um abrigo perfeito ao lado do cume, onde uma fonte de água serviria para uma emergência. E ao adentrarmos na gruta, já localizei uma loninha que havíamos deixado lá, justamente para quando voltássemos, além de algumas latas de atum que deixamos também . Jogamos as mochilas às costas e partimos. Primeiro vamos partir para leste, que é direção onde está o vale que nasce o rio que buscamos, mas assim que descemos a rampa de vegetação rala, empreendemos uma diagonal para o sul, descendo e subindo pequenos vales secos, varando uns arbustos de baixa altitude, forçando caminho em meio a uma vegetação fechada, sempre tentando perder altitude. O Ary vai à frente, navegando com o gps do celular, enquanto eu e o Caio, vamos orientando ele, tentando nos manter na direção que poderá nos levar direto para as nascentes. Não é um caminho fácil e a gente já está capengando, cansados, doidos para acampar e também vai nos preocupando o fato de que a chuva está se avizinhando. A descida final é um paredão forrado por vegetação cretina e logo quando nos deparamos com um pequeno afluente, nos apegamos a ele até chegarmos no fundo do vale e finalmente, cerca de pouco mais de uma hora e meia após deixarmos o cume do Pico Pardo, o RIO CUBATÃO DO NORTE se apresenta para a gente e aquilo que sempre foi um ponto perdido no mapa, se materializa instantaneamente. E é realmente como imaginávamos, um córrego com 3 dedos de água, apenas um lamina d’água cristalina, uma nascente intocada ainda. Ganhando o rio em definitivo, vamos descendo ainda por um planalto reto, perdendo altitude muito lentamente. É uma floresta bonita, de arvores altas e já vamos ficando de olho em algum lugar mais favorável para acampar, sempre prestando atenção no vento que começa a soprar com mais intensidade, denunciando que a chuva agora vem com força. Uns 15 minutos nos leva para uma curva do rio, onde uma área plana nos pareceu favorável, mas acabamos passando batido, só que menos de 10 minutos à frente, o rio já resolve se enfiar numa garganta e aí tivemos que parar, analisar nossa situação e de comum acordo, retornamos para a área anterior e ali jogamos nossas mochilas ao chão e demos por encerrado aquele dia intenso de caminhada, que havia começado justamente nas primeiras horas, ou seja, estávamos no ar desde a meia noite, éramos agora seres que vagavam feitos zumbis, arremedo de homens havidos por uma boa noite de sono. A área do acampamento era realmente perfeita, mas tivemos que nos apressar porque a chuva que ameaçava cair, desabou violentamente e um temporal varreu toda a floresta, por sorte estávamos bem acima do leito do rio, que mesmo não passando ali de pouco mais de 20 cm, acabou por subir um pouco. Com as redes montadas e bem abrigados, fomos cuidar da janta, que acaba por se tornar a única refeição quente do dia, é a hora de se deleitar e comer até não aguentar mais. E sinceramente, poucas coisas são tão prazerosas quanto essa, poder tirar as botas, a roupa molhada, comer uma comida quentinha e antes mesmo do sol se pôr, nos jogarmos para dentro do saco de dormir e praticamente apagar por 12 horas seguidos. O dia amanhece sem chuvas, mas uma neblina espessa toma conta da floresta, o que torna o lugar um cenário incrível e sombrio ao mesmo tempo. Estamos animados e agora descansados, fazemos planos ousados de atingirmos a cota 600 ainda hoje, mas ainda estou pensativo, dentro de mim um sentimento estranho e ao mesmo tempo uma sensação de curiosidade pelo trecho que teremos que cruzar, um mistério que teríamos que desvendar, como nunca antes na história das expedições selvagens na Serra do Mar Paulista. Logo pela manhã, é preciso enfiar as botas na água fria, mas não leva nem 15 minutos e já estamos imersos com o corpo todo na água gelada, nos esgueirando por baixo de arvores caídas no leito do rio e já nos enfiando em pequenas gargantinhas profundas, tendo que desescalar pedras lisas. E é mesmo surpreendente como mesmo nessa altitude, o rio já começa se desembestar para baixo, sendo que na maioria dos outros rios só abaixo dos 900 metros é que acaba o planalto e os rios se jogam nas suas bordas. O Rio começa a perder desnível e vai se enfiando em pequenas gargantas e aí vamos desescalando pequenas quedas d’água, tendo que descer no meio de algumas gargantas potencialmente perigosas até nos depararmos com grandes lajes que acaba por facilitar no nosso avanço e quando é necessário, apenas deixamos que a inercia nos ajude e vamos soltando o corpo nessas rampas, apenas protegendo nossos tornozelos ao explodirmos nos poços mais abaixo. Lá pela cota 920 de altimetria o rio começa a correr por baixo de imensos blocos de pedra e o nosso avanço começa a se complicar de vez, aí temos que nos valer da corda para podermos perder altitude. O dia vai escorregando pelos dedos, a gente vai se enroscando em inúmeras descidas, desescaladas de cima de matacões extremamente gigantescos até que surpreendentemente, NÃO HÁ MAIS RIO PARA DESCER, o enigma está esclarecido. Quando comecei os estudos topográficos associados a imagens de satélites, tomei um susto. Pouco acima da cota 800 de altimetria, simplesmente não conseguia mais enxergar o rio e apesar de prever que ele estaria confinado entre duas paredes colossais e com possibilidade de apresentar grandes cachoeiras, foi totalmente impossível ver qual o rumo que ele tomava, tanto que nem consegui marcá-lo no traklog prévio, tendo que usar os meus conhecimentos da carta para poder riscar o caminho. Claro que várias vezes já havíamos nos deparados com pedaços de rios que simplesmente começam a correr no subterrâneo, mas isso só acontecia em partes planas e era por pequenos pedaços. Mas agora o rio simplesmente não mais existia e o que sobrou foi tão somente um amontoado de pedras, onde não era possível nem ouvir nenhum barulho de água, na verdade, não tínhamos mais água nem para beber caso precisássemos. Nos mantivemos firmes, acreditando que uma hora ele ressurgiria e torcendo para que não houvesse bifurcações para nos confundir. E a gente andou, e a gente lutou com nossa ansiedade, tentando manter o nosso moral em alta, tentando acreditar que estávamos onde deveríamos estar e que alguma hora veríamos água novamente e essa angustia durou mais de 2 horas até que nos deparamos com uma fenda e vimos a água novamente, até que essa fenda se fechou outra vez e o caminho nos empurrou para a direita, tendo que varar uma mato qualhado de pedras arredondadas e no meio da floresta, no coração da Selva Paulista, novamente avistamos a água presa em forma de uma grande poço e para nossa surpresa, demos de cara com a boca de uma gruta. Já passava das três da tarde. Havia sido um dia intenso e cansativo e toda aquela angustia que vínhamos sofrendo, simplesmente desmoronou e os olhares tensos das últimas horas, despareceram e os meninos estavam irradiantes diante daquele espetáculo da natureza. A água que até então havia se escondido da gente, ressurgiu com força dentro daquela gruta, despencando de uma cachoeira onde andorinhas faziam sua morada. Na frente da gruta, um lago se formou e o terreno amansou de vez e essa foi a deixa para a gente se jogar na água e deixar um pouco o tempo passar, dar oportunidade para que nossas lembranças nos levasse ao passado, nos remetesse aos contos de aventuras lidos e assistidos e concidentemente era o ano em que víamos novamente a volta de um clássico do cinema retornar as telas e não por acaso, resolvemos batizar aquela cavidade perdida no centro selvagem da Serra do Mar Paulista de GRUTA DO SR. JONES , uma justa homenagem ao maior aventureiro cinematográfico de todos os tempos. Retomamos a caminhada e a cada metro percorrido, o terreno ia ficando mais plano e meia hora depois, o rio de planalto se transformou em rio de planície. As pedras simplesmente desapareceram e surgiram fundos de areia. Essa característica eu jamais havia presenciado nesses anos de exploração selvagem na Serra do Mar, pelo menos não estando a cerca de 800 metros de altitude. Era como se estivéssemos caminhando no litoral, com margens planas e largas, pontilhadas por grandes árvores e como a tarde já pedia passagem, antes das 17 horas, descolamos uma área sensacional e resolvemos acampar, hora de jogar as mochilas ao chão, montar nossas redes e preparar uma janta quentinha e aproveitar aquele paraíso. O momento de acampar é simplesmente mágico. É quando você retira sua roupa molhada, coloca uma seca e limpinha, bota um chinelo e consegue relaxar, ouvindo o murmúrio do rio, o cantar dos passarinhos e o barulho da bicharada na floresta. É nessa hora que os seus sentidos ficam aguçados e você sente o poder da floresta te envolvendo e ali sentimos o isolamento da vida, que por livre escolha, fomos buscar. É quando nos sentimos mais protegidos do que em qualquer outro lugar. É na selva que nos encontramos como raça humana, é uma volta forçada ao passado, reencontrando nossas origens, nosso instinto de liberdade a muito tempo perdida na selvageria das cidades grandes. Ali não somos caça e nem caçador, somos parte do meio, em harmonia com o todo, não somos mais e nem menos, somos só o necessário. A área de acampamento era linda, um espaço plano e com muitas árvores para montarmos nossas redes. Imediatamente fomos cuidar da janta e mais uma vez o meu queixo se joga no chão de ver o Ary, o maior morto de fome que eu já conheci na vida, simplesmente abocanhar uma panela de comida que daria para umas 4 pessoas comer até se satisfazer. Depois da janta, um café para satisfazer nosso ego e vários papos e conversas fiadas, até que sem percebermos, aquele mundo já não nos pertencia mais e fomos morar no mundo da imaginação e dos sonhos. Antes das sete da manhã já estamos de pé, desmontando tudo preguiçosamente, sem nos importarmos com o tempo e pouco depois das nove, partimos. Já no início eu tento me livrar da água gelada, tentando de qualquer maneira achar uma passagem entre as pedras que me leve para o outro lado da margem, mas dou uma bobeira e já vou parar com a fuça dentro de um poço fundo. O dia amanheceu muito embaçado, não parecia que iria chover, mas a neblina nos avisava que não daria trégua e em meio a cerração densa, vamos avançando, perdendo altitude como dá, apressando o passo porque hoje é preciso terminar a travessia. Quando a parte plano do rio termina, mesmo estando numa altitude considerável, vão aparecendo lajes pelo caminho, precedidas de pequenas cachoeirinhas e poços interessantes. A neblina continua, mas a temperatura ainda é extremamente agradável, até que lá pelas 11 horas da manhã, tropeçamos numa grande laje que precedia uma grande queda, uma rampa gigante que tratamos de descer com todo cuidado pela lateral esquerda, vendo que uma cachoeira despencava ao nosso lado. A chegada aos pés dessa cachoeira foi com grande entusiasmo, porque ela marcava o encontro do grupo que partiu das nascentes do Rio Cubatão do Norte, com o grupo que fez a exploração vindos do litoral, era o fechamento glorioso, que uniu determinação e persistência de todos os envolvidos, para que mais um rio fosse tirado do anonimato e entrasse para a galeria das grandes expedições selvagens da serra do Mar Paulista. Estamos a exatos 694 metros de altitude, quase no coração da serra, ainda muito alto para quem pretende chegar ainda hoje no litoral e o dia já indo pela metade. Junto ao lado direito da cachoeira, pendurado numa árvore, os meninos da primeira expedição via litoral, deixaram uma capsula com o livro, na verdade, um caderno enorme para uma expedição selvagem, haja visto que durante anos é certeza que não constará mais que meia dúzia de nomes. Deixamos nosso registro, claro e para homenagear o esforço dessa outra parte do nosso grupo que esteve ali naquela cachoeira antes de nós, batizamos a linda queda d’água com o nome adotado por eles como CACHOEIRA DOS SONHOS. ( Foto VGN VAGNER) Aproveitamos a parada nessa cachoeira para fazer um almoço rápido, na verdade somente um lanche mais elaborado e perto do meio dia partimos em definitivo, era hora de acelerar o passo, tínhamos uma montanha para descer ainda. O Rio dá uma afunilada e meia hora depois, somos obrigados a nos enfiarmos num corredor de águas um pouco mais rápidas e que me faz tomar ainda mais cuidado para não ser arrastado. Logo a frente nos apresentados a mais uma cachoeira, que despenca num poço profundo, onde o Ary insiste em dar uma parada para saltar de uma pedra gigante do lado esquerdo. E é mesmo bonito ver os meninos despencar feito um míssil de uma altura considerável, ainda mais sob um cenário sombrio, coberto por neblina espessa. Apertamos o passo e vamos nos livrando dos obstáculos como podemos, hora pela esquerda, hora pela direita, hora escalando, hora varando mato no peito até que somos surpreendidos por mais uma cachoeira espetacular, uma queda bem larga e com um bom poço para banho, mas mesmo assim, resolvemos apenas bater uma foto e passar batido, mesmo porque o dia já se aproxima das 2 da tarde e já começamos a sentir que aumentou a possibilidade daquela neblina se transformar numa chuva e ainda estamos na cota 630. Vamos perdendo altitude rapidamente. Já começo a ter dúvidas de que conseguiremos sair do rio ainda hoje e para piorar, a temperatura começa a despencar e eu já começo a querer escapar da água mais gelada até que interceptamos outra CACHOIERA na cota 535 e novamente passamos batidos, caímos no mato e tentamos nos manter em nível, mas um pouco afastado do rio, na ânsia de cortar caminho. A velocidade vai aumentando, mas o terreno começa a ficar escarpado e em alguns barrancos passamos beirando perigosamente. À frente vamos eu e o Ary, enquanto o Caio, que já me pareceu bem cansado, vai meio que se arrastando atrás, até que escutamos quando ele dá um grito. Pensamos que ele apenas estava pedindo para que diminuíssemos o ritmo, mas logo notamos que a coisa era mais séria. O Caio ao tentar se equilibrar para não precipitar barranco a baixo, se apoio num bambuzinho parecido com uma navalha e na ânsia de se salvar, viu que a planta foi quase que dilacerando seu dedo. O estrago foi grande, era um ferimento digno de respeito e imediatamente já retiramos os estojos de primeiros socorros da cargueira e comecei o procedimento de tentar estancar o sangue. Lavamos, fizemos assepsia, uma sutura com pontos falsos com esparadrapo e em seguida enfaixamos e avisamos para ele que se a dor aumentasse, iríamos ministrar uns analgésicos até podermos chegar num lugar habitado para um procedimento mais profissional. Quase as 16 horas em ponto, interceptamos o RIO CRISTINA, na mesma hora em que um temporal se abateu sobre nós. Estávamos na cota 300, ainda tínhamos muito chão pela frente, mas ali no encontro daqueles 2 rios, tivemos a certeza de que nossa expedição acabara de ser um sucesso, o Cubatão do Norte havia sido conquistado em definitivo, aquele projeto sonhado quase uma década atrás, passou do papel e entrou para a historia. O Rio Cristina é um lindo rio, mais largo e mais volumoso que o próprio Rio Cubatão do Norte. A intenção nossa, era subir um pouco e visitar umas cachoeiras, mas diante do temporal de final de tarde, não tínhamos outra coisa a fazer, senão começar a descê-lo imediatamente. Pela esquerda o terreno já nos dá condições de navegação um pouco mais rápida, mesmo porque, já há vestígios de picadas de moradores que se animam por chegar até ali. Descemos rapidamente até que de supetão, interceptamos a própria CACHOEIRA PRINCIPAL do Rio Cristina, a turística, onde o condomínio mais abaixo sobe por trilha para visitar, mas antes de nos pormos de frente dela, o Ary resolveu saltar de cima de um barranco lateral e se deliciar com suas águas, um tanto geladas para o horário do dia. Estamos mais ou menos na cota 200 e agora é preciso cruzar o rio para o seu lado direito (de quem desce). Por causa das chuvas, que agora arrefeceram bastante, o rio se encontrava cheio e, dando uma bobeira na hora de atravessar, quase fui arrastado pela correnteza, mas consegui me segurar numa pedra da margem e aí ganhamos a TRILHA LARGA e desimpedida, em definitivo. A nossa vida de andarilho aquático acabara de ficar para trás. Por essa larga trilha, quase uma estradinha, vamos andar por cerca de 2,5 k até que ela vira para a direita e se afasta do Rio Cristina de vez e em mais 500 ou 600 metros, interceptamos um final de estrada e nos reencontramos com a civilização depois de mais de 3 dias de caminhada. A tarde já se foi e a noite já se avizinha. Nós já estamos só o trapo humano, mas ainda temos quase 4 km de pernadas até a saída do condomínio, que fecha a passagem, mas como estamos saindo, só nos resta esperar que nos enxotem para fora, sem nos criarem quaisquer outros problemas. Passamos encima da ponte sobre o Rio do Pouso Alto e vamos nos arrastando nesse estirão final, até que um funcionário da guarita nos oferece uma salvadora carona e nos deixa na portaria do condomínio, onde somos tratados muito bem e todos querem saber sobre nossa empreitada, sobre quem somos e que grandes aventuras nos levaram até ali. Aproveitamos a gentileza dos guardas da guarita do condomínio, tomamos banho, trocamos de roupa e conseguimos chamar um Uber que nos levou até o ponto de ônibus mais próximo e de lá conseguimos um coletivo que nos deixou na Rio – Santos e mais um ônibus nos desovou na Riviera de São Lourenço, onde aproveitamos para jantar e conseguimos um outro Uber que nos levou até a casa do Ary em Biritiba-Mirim, onde tudo havia começado e agora acabara de terminar. E assim, uma década depois, aquilo que era só um projeto idealizado por um explorador sonhador, pensado numa madrugada vazia, finalmente virou realidade, claro, contando com a ajuda de outros tão sonhadores quanto eu. Gente que comprou o projeto ou parte dele e que ajudou a desvendar esse quebra cabeça. O RIO CUBATÃO DO NORTE foi esmiuçado, por baixo e principalmente, partindo de sua nascente, mas continua e continuará por muitas décadas tão selvagem como sempre foi, porque ali é terreno hostil, um rio misterioso que brinca de se esconder nas profundezas da terra, mas é só mais um, de tantos mistérios dessa fantástica Serra do Mar Paulista. DIVANEI GOES DE PAULA - 20223 pontos
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O primeiro video que assisti (tentei, não consegui) deles quando chegaram na China eles disseram que demorava 6 meses pra tirar o visto aqui no Brasil... eles dão muitas informações erradas, e essa aí da cidade proibida é mais uma. Claro que passamos por controles de segurança, mas nada de mais. Convém comprar ingresso antes, por sites terceirizados, pq aí é chegar na hora e escanear passaporte apenas... mas o pessoal do grupo com quem fui comprou na hora, fila de mais ou menos 20, 30 minutos. Sem nenhum drama! Eles são perdidos e dão informações erradas pq não pesquisam direito, falam da experiência deles como se fosse a única verdade - por isso eu não perco meu tempo.3 pontos
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PEQUIM (de novo!) 22 de outubro de 2024 – terça Chegamos de volta em Beijing já era depois do almoço, desta vez no PKX, um aeroporto muito doido, rs! Fomos de transporte público rápido eficiente e limpo para nosso hotel, que ficava do lado da Beijing West, uma grande estação de trens! O Hotel era muito bom, embora nosso andar tivesse uma tapeçaria de extremo mau gosto, parecia um imenso tapete banhado de sangue, kk! Neste dia resolvemos ir num lugar aleatório atrás de uma loja de vinil... andamos pra caray, de metro e a pé, e não achamos a loja. Mas foi muito doido o lugar em que fomos para, pois parecia que estávamos na Russia! Umas galerias vazias mas cheias de araras com roupas de luxo, peles... nas ruas muitas lojas com fachadas russas... engraçado demais! Voltamos para o hotel de Didi pq estávamos bem cansados, e o Hutong que íamos visitar a noite ficou pra outro dia, resolvemos descansar pra curtir os últimos dias com energia! Bairro russo na China e vinho bonito da noite! 23 de outubro de 2024 – quarta Acordamos cedo, fazia 5 graus, embora não parecesse, pois estava bem agradável e eu usava apenas uma fleece! Era o dia de uma das grandes atrações da cidade, deixada estrategicamente para o fim da viagem. A Cidade Proibida! Como uma das atrações mais concorridas de toda a China, recomenda-se comprar o ingresso antes, mas a logística obviamente não é simples pq a venda é pelo wechat e antes de ir a gente não manjava do app direito. Uma forma bem fácil é comprar pelo getyourguide, e lá tem várias opções de rolê na cidade proibida: somente o registro de entrada (ingresso), passeio guiado em grupo, individual, com mais atrações, enfim, o céu é o limite. Eu havia adquirido somente o registro de entrada, sem guia... ia chegar lá, entrar e andar sozinha, afinal eu tinha lido muito sobre aquele lugar! Só que eu não lembrava direito disso, pra mim que tinha adquirido o rolê guiado. Quando na véspera a empresa entrou em contato comigo pra dizer como eu deveria entrar, eu disse que tinha guia e eles disseram que não... eu não discuti nem nada, disse que devia ter me enganado, aí eles lamentaram o mal entendido e me disseram que eu podia me juntar ao grupo, mas que não deveria dizer pra ninguém! Que os guias saberiam! Não entendi nada, mas fui ao ponto de encontro. Eram seis guias e eu caí com um senhor que falava um inglês bem pausado e claro. A visita foi excelente, agradeci pelo engano e por ter conseguido ir com guia, recomendo muito, pois é uma história muito rica, ele conta detalhes que não estão nos livros, foi muito interessante! Eu fui ver direito a história depois e descobri que não tinha comprado esse passeio com guia pq era bem caro, tipo 70-80 euros, ao passo que o serviço de registro era coisa de poucos euros! De qualquer forma, mesmo sendo caro, recomendo o rolê com a empresa Mubus! Nós andamos mais de 5h dentro da cidade proibida, é impossível tentar resumir tudo o que se aprende e a importância deste local, mas tem um fato que vou contar! Os prédios “governamentais” do império tinham “bichinhos” nas quinas dos telhados... sempre em número impar: 3, 5, 7 ou 9. O máximo de bichinhos seriam 10 – ou seja, o mais pica de todos. E somente aqui, na cidade proibida, tem um prédio com 10 bichinhos. O mais importante de todo o império, onde moravam os imperadores das dinastias qing e ming. Aí tb tinha os prédios da esposa oficial, das concubinas com filhos, das concubinas sem filhos, dos sacerdotes, enfim, tudo muito interessante. Cenas da cidade proibida e museu de tesouros, e o telhado com 10 bichinhos! Entramos relativamente cedo na Cidade Proibida, a sensação era de muita gente mas lá dentro era tão grande que a sensação passava... perto do meio dia estava absurdamente cheio, mesmo assim não era ruim de andar nem nada. A venda de ingressos é limitada em 140 MIL pessoas por dia, haha! Saímos de lá e fomos visitar o Jingshan Park, coladinho no portão norte da cidade proibida. O parque é imenso, lindo, e cheio de ladeiras, com jardins incríveis! Subimos em alguns morros de onde se avistada boa parte da cidade proibida, foi bem legal, mas quase morremos de tanto andar! Jingshan Park De lá, seguimos pra alguns hutongs de Beijing, bairros antigos e históricos, onde em determinada rua o comércio ferve e tem muitos cafés e restaurantes. No passado estes bairros cinza e de casas simples era onde moravam os pobres, hoje os imóveis valem verdadeiras fortunas (não que possam ser comprados kk). Em Nan Luo Gu Xiang, um hutong bem movimentado, eu fui feliz achando uma loga de quebra-cabeças incríveis e fiz comprinhas, haha! Sou dessas! Tb comemos várias comidinhas de rua aleatórias (inclusive Guilherme comeu sorvete de Durian, deos!) e no fim da noite estávamos perambulando por outras ruas enormes com painéis futurísticos que pareciam sair das paredes em nossa direção. Passos do dia? Apenas 31 mil! Haha! Comidinhas de rua, compras e gente jogando peteca com os pés em toda parte! 24 de outubro de 2024 – quinta Nosso último dia inteiro na China, fomos bem cedo em direção ao Palácio de Verão, que é bem distante do “centro” de Pequim! Acho que é redundante dizer que o lugar é imenso, lindo e incrivelmente cheio né? As definições de multidão foram mais uma vez atualizadas com sucesso, haha! O Palácio de Verão, como o nome sugere, era a residência oficial do império durante a estação quente! Cheio de construções amplas, muitas ladeiras, claro! No meio da manhã já tínhamos andado 12 mil passos, hahaha! Palácio de Verão! O bom da China é que vc pode meter o louco e escalar pedras de saia e sapato de salto! Saímos de lá e paramos num restaurante nas imediações. A gente não ia fazer isso pq ali era tudo mais turístico e caro, mas não pudemos resistir a este que entregava a comida de trenzinho, rs! As mesas eram todas ligadas e por cima do balcão passava o trem trazendo a comida! Eu amei! Mas é claro que a experiência da comida em si... hahauaha A gente lá com o celular traduzindo as comidas... tinha uma que chamava PURE DE BATATA COM QUEIJO. Parece bem seguro né? Pedimos, e tb uma porção de camarão e outras coisas que não me lembro mais! Chegou o purê de batata com queijo, que a principio, como só tava escrito isso, seria vegetariano certo? Kkk errado, o trem já veio coberto de ova de peixe! Ok... e no purê tinha um tipo de calabresa/presunto sei lá... ok tb. Vamos provar! TINHA AÇUCAR. Era 100% doce. Tipo, não era purê de batata doce, era batata inglesa com ova de peixe, presunto e açúcar! Hahahauaha DEOS PQ! O restaurante do trenzinho e o lost em translation da comida! Seguimos para a região do Parque Olímpico e Ninho do Pássaro, andamos bastante por ali, era muito agradável... e finalmente conseguimos achar a loja de vinil que o Gui tanto procurou, não tinha nada a ver com o local que o mapa indicava... achamos pq o Gui achou o carinha no Instagram e ele falou o lugar certo, rs! Ninho do Pássaro e Parque Olímpico! A noite fomos jantar num restaurante perto do hotel, comida segura (noodles kk) e percebemos lá que o carinha ficava gritando palavras no fundo do restaurante, em chinês claro. Como estávamos só nós naquela hora desconfiamos que era com a gente e fomos lá ver... KKKKK era nosso pedido pronto e ele nos chamando... em chinês! Finalmente a loja de discos do Gui, nosso último noodles e nosso último vinho russo! Fomos tomar nosso último vinho russo da China, amanhã era dia de começar a voltar! 25 de outubro de 2024 – sexta Nosso voo sairia de PKX, o famoso Daxing Airport, as 11h20, então o rolê do dia foi só ir, de metro, até lá! Este aeroporto é um dos mais doidos do mundo, quem tiver mais curiosidade dá um google aí sobre a estrutura dele! Daxing Airport e o surto! A foto aérea é da internet! Nosso voo era Pequim > Londres e depois Londres > São Paulo! Depois de todo estresse de conseguir essa volta haha, e dos perrengues da ida, finalmente deu tudo certo e voltamos em paz! Chegamos em São Paulo no sábado as 6h da manhã, tendo voltado as 11h de fuso que tínhamos “perdido”. Um fato interessante sobre nossa volta: viemos de Londres a Pequim com a AirChina, o voo foi de cerca de 10h. Na volta fizemos o inverso, mas de British... e o voo durou 13h! Isso pq a Air China pode voar sobre a Russia e “cortar” caminho, já a British não, temos que dar uma voltona por baixo, haha! A ida e a volta! O relato da viagem em si acaba aqui, mas ainda tenho considerações a fazer! (CONTINUA)3 pontos
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Chegamos antes do horário do check in no hotel, porém como o quarto estava livre nos liberaram o check in antecipado. Aproveitamos para deixar as bagagens, tomar um banho e já saímos em direção ao terminal Albrook. Se você for ao Panamá certamente passará por este terminal, que é um terminal rodoviário, em local central, conta com estação de metrô e também um shopping. No nosso caso fomos para lá para sacar dólares, pois apesar de estarmos com cartões da wise, nomad e c6 em muitos lugares não é aceito pagar com cartão, ou cobra-se taxa para isso. Na realidade no Panamá foram poucos lugares que tivemos problemas. Mas, por via das dúvidas queríamos garantir, até pq o dólar também seria usado na parte final da nossa viagem, no Equador e lá eu já esperava ter mais problemas com aceitação de cartão ou taxas. Oficialmente a moeda do Panamá é o balboa, mas na prática usa-se dólar. Além de sacar dinheiro também pretendíamos almoçar e comprar passagem rodoviária para o norte do Panamá, na fronteira com a Costa Rica. E essa parte do roteiro era de certa forma uma preocupação, pois não há muita informação na internet sobre isso. Segundo o site rome2rio, para ir até a costa rica eu deveria comprar uma passagem até almirante, pegar outro ônibus até changuinola e depois outro para sixaola. Mas, por sorte foi possível comprar passagem direto para Changuinola. No terminal albrook compramos um chip com internet ilimitada por 7 dias, por 8,50 USD. Também foi lá que sacamos 215 dólares para não ficar dependendo do cartão wise. Pagamos taxa de 6,80 usd. Compramos a passagem de ônibus para changuinola por 29 usd. De lá teríamos que pegar um outro ônibus ou taxi até a fronteira com a costa rica. Viagem noturna de bus, saída 20 h da noite e chegada 7 horas da manhã em changuinola. Atravessando a fronteira iríamos a Puerto Viejo de Talamanca na costa rica, onde curtiremos praias no mar do caribe.3 pontos
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Para sair do aeroporto basta pegar o metro ate a estação corredor sur e lá pegar outro metrô sentido san miguelito, onde poderá fazer a transferência para a L1, sentido centro. Lógico que tudo vai depender de onde você irá se hospedar, mas como os melhores bairros para se hospedar são El Cangrejo e Marbella, o caminho é o mesmo.3 pontos
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7º DIA - EL CALAFATE (MINITREKKING E PASSARELAS DO PERITO MORENO) E, finalmente, chegamos ao dia que rendeu um dos meus maiores dilemas da viagem inteira. Sempre que este roteiro esteve em minha mente, fazer o minitrekking não era uma opção, mas sim algo concreto. Eu queria muito ter essa experiência. Além disso, fazer a caminhada sobre o Perito Moreno era um dos meus objetivos dessa viagem junto com a subida à Laguna de Los 3. Porém, ao se aproximar cada vez mais do dia da viagem, observei que o preço do minitrekking estava exorbitante, tipo, estratosférico para os nossos padrões. Inclusive, dei o maior chororô aqui no fórum e até cheguei a falar que desistiria de realizar o minitrekking. Porém, contudo, todavia, ENTRETANTO... Duas semanas antes da viagem, a ideia de fazer o minitrekking ainda me assombrava e, além disso, o possível arrependimento por voltar e não ter feito essa atividade por lá. Digo isso não por ser algo primordial, mas por ser algo que eu queria muito e estava abrindo mão de fazer. Então, novamente entrei no conflito: fazer ou não fazer? Comecei a colocar na balança e o que mais pesou na decisão foi o fato de que, provavelmente, eu não voltarei à Patagônia tão cedo (ou talvez nunca mais, uma vez que dificilmente repito viagens). Sendo assim, duas semanas antes de embarcar, decidi comprar o minitrekking. Essa brincadeira custou R$ 2.500,00 no cartão de crédito, e a única saída que eu consegui achar para não parecer tão caro foi parcelar a compra depois de efetuada (meu banco permite isso), e assim o fiz. Vou paga-lo até outubro kkkkkkkk mas pelo menos fui feliz. Dando sequência ao relato, comprei o minitrekking diretamente pelo site da Hielo y Aventura e só tinha horário para às 08:30 da manhã, o que achei bom, pois não precisaria acordar tão cedo como no dia anterior. Tomei café sossegado, me arrumei e fiquei aguardando no saguão do hostel até que a van da Hielo passasse. Nesse dia, fui com a roupa toda impermeável e realmente foi necessário - foi o pior dia da viagem em termos climáticos. A van passou pontualmente no hostel às 08:30 e conferiu os nomes de quem faria a atividade, além de confirmar a modalidade: se seria o minitrekking 1 ou 2. Recentemente, a Hielo dividiu a atividade em duas modalidades com dois níveis de dificuldade pelo mesmo preço: o minitrekking 1 é mais curto e mais adequado a participação de crianças e idosos, enquanto o 2 faz um trajeto mais extenso e adentra em um espaço maior da geleira. Depois de pegar todos os passageiros, a van parou na saída de El Calafate, descemos e fomos separados em duas vans: uma para aqueles que iriam fazer o minitrekking 1 e outra para aqueles que iriam fazer o minitrekking 2. O trajeto até o Parque Nacional de Los Glaciares leva cerca de 80 km e 1:30 a partir de El Calafate, onde conferem os nossos ingressos do parque (aqui peguei meu segundo carimbo no flexipass de 3 dias). A nossa parada é no Porto Bajo de Las Sombras, onde a guia deu as primeiras instruções do que faríamos ali: tomaríamos um barco para chegar próximo ao Perito Moreno e acessar à área onde seria feita o minitrekking. O tempo nesse dia estava muuuuuuuuito fechado e a chuva era constante, ora forte, ora mais fraca. Além disso, fazia muito frio. Embarcamos no barco e era autorizado ficar do lado de fora, até tentei, mas o frio e vento misturados à chuva tornavam tudo desconfortável. Barco se aproximando do Perito Moreno. Tempo bem ruim! Em cerca de 15 minutos, chegamos a um refúgio onde fomos apresentados aos guias que nos conduziriam pelo minitrekking. Os grupos foram divididos em inglês e espanhol, e eu preferi ir para o espanhol, com o guia Gabriel. No refúgio, é possível deixar as mochilas para ir ao minitrekking o mais leve possível, e aqui, o guia já acena para a obrigatoriedade do uso de luvas no passeio. Caso não tenha, eles emprestam. Depois de tudo guardado, iniciamos uma caminhada de cerca de 40 minutos que vai do refúgio até a base da geleira, em que são colocados os grampones que são obrigatórios para o passeio. Os grampones são bem pesados e no início é dificil de andar, mas com o tempo vai acostumando. Percorremos um pequeno trecho de rochas e, em poucos minutos, já estamos aos pés do Perito Moreno para iniciar a caminhada. Aqui, o Gabriel deu as últimas instruções do minitrekking, falando que todos devem andar em fila indiana, pisar firme com os grampones e não utilizar o celular enquanto estiver caminhando, somente durante as paradas autorizadas por ele. E assim, iniciamos o minitrekking sobre a geleira. Refúgio onde passamos antes do minitrekking Caminhando até a geleira Local onde colocamos os grampones Olha o tamanho dessa belezura! Eu não tenho palavras que dimensionem o quão extraordinário é o minitrekking! A caminhada dura cerca de 1:30 e durante esse tempo percorremos um pedaço legal da geleira. O guia sempre vai na frente para verificar os lugares mais seguros a pisar e explicando tudo sobre o glaciar. Mostra gretas, sumidouros, as morenas, pequenas cachoeiras de águas cristalinas, rios transparentes que cortam a geleira. Meu deus! É algo surreal! Isso sem falar nas cores da geleira, que misturava diversos tons de azul. Há bastantes paradas ao longo do caminho para fotos e a geleira é super bem estruturada, havendo corrimões com escadas de gelo que ajudam muito nas subidas ou descidas. Lembrando que tudo isso foi feito debaixo de chuva. Ou seja, a roupa impermeável é sim mais que necessária em uma viagem como essa. Vi gente passando bastante frio por lá. Em certo momento, o guia faz uma parada perto de um riozinho que percorre a geleira e lá podemos beber água do próprio glaciar (claro que experimentei). Uma deliciaaaaaaaa! Após 1:30 de caminhada, o guia para em um ponto mais estável da geleira e oferece o famoso whisky com águas do glaciar, acompanhado de bombom. Eu nem tomo whisky, mas a oportunidade pedia e não tive como recusar kkkkkkkk Indescritível! Depois do whisky, caminhamos em direção à terra firme e começamos a retirada dos equipamentos e grampones. Depois da experiência, não tenho como dizer que não valeu a pena. Foi SENSACIONAL! É uma experiência única para a vida. Sem os equipamentos, caminhamos por passarelas de madeira até o refúgio novamente, onde lá tivemos cerca de 1 hora para lanchar e descansar do minitrekking. Eles disponibilizam chá, café e água a vontade (o café estava muito bom, aliás). O minitrekking foi tão magnífico que a chuva pouco me atrapalhou, no final das contas. Depois de uma hora, e isso já era por volta das 15:00, voltamos para o barco e seguimos para a nossa próxima parada: as passarelas do Perito Moreno. Do porto Bajo de Las Sombras até lá, leva mais cerca de 40 minutos por uma estradinha bem sinuosa. A guia nos deu 1 hora para percorrer as passarelas e aconselhou que o caminho a fazer fosse o amarelo, que é o que oferece uma visão mais panorâmica e próxima do glaciar. As passarelas oferecem uma experiência similar à que ocorre nas Cataratas do Iguaçu, nas suas devidas proporções. Aproveitei cada minuto ali e atento aos desprendimentos. Sempre que ocorria, era um barulho parecido com trovão, muito forte. O Perito Moreno é sensacional! Por volta das 17:00 iniciamos o nosso retorno para El Calafate e eu estava bem cansado. Mesmo assim, ao chegar no hostel por volta das 18:30, combinei com a Cibele de ir no La Zorra novamente, já que no dia seguinte eu estaria partindo para El Chaltén e não nos veríamos mais. Dessa forma, tomamos um drink, comemos algo e fomos embora. Voltei para o hostel e comecei a organizar minhas malas, pois logo começaria mais uma etapa da viagem: El Chaltén! Whisky do glaciar Passarelas do Perito Moreno Vista das passarelas2 pontos
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Resumo do primeiro dia na Costa Rica e quarto dia da viagem Chegamos cedo, deixamos as bagagens, sacamos colones (único lugar que não cobrou taxa pelo uso do ATM), conhecemos o centro de Puerto Viejo e conhecemos a Playa Cocles que era uma praia próxima ao nosso hostel, mas não era tão bonita assim. Na verdade Puerto Viejo é um lugar que surpreendeu positivamente, se não fosse tão caro talvez fosse mais conhecido pelos brasileiros. A seguir fotos do hostel, almoço, cardápio do restaurante e de uma preguiça que "vivia" dentro do nosso hostel. As preguiças são animais símbolos da costa rica, e é muito comum encontrá-las em áreas de mata. Hostel que ficamos era simples, com estrutura roots, mas mesmo assim achei ótima a escolha pois conseguimos um chalé privativo, com boa localização por 170 reais a diária. Almoço saiu por 120 reais 2 pratos feitos de frango mais coca cola. Comida na costa rica achei bem parecida com o Brasil, acho que foi o país mais parecido com o nosso de todos que conheci.2 pontos
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Dia 09/05/24 - Ushuaia -> El Calafate -> Buenos Aires - Inicio do retorno para casa Dia de terminar de arrumar as malas e iniciar o retorno para casa, que a principio teria uma parada em El Calafate de 50min e uma escala noturna em Buenos Aires. Depois de 3 dias de ceu azul e sem vento, o dia estava um pouco mais nublado e ventoso. Fizemos o check-out do airbnb, colocamos as coisas no carro e para nossa surpressa tinha um carro brasileiro estacionado na vaga ao lado. Seguimos para o aeroporto e em menos de 10 minutos ja estavamos la. Estacionei o carro, fui no guiche da alamo chamar a atendente para a entrega do veiculo e rapidamente fomos liberados. Eu havia tentando alterar a passagem de retorno dois dias antes, mas devido ao paro nacional no dia anterior, nao havia conseguido. Antes mesmo de chegar no guiche da Aerolineas, um funcionario veio falar conosco, super simpatico, e disse que haviam alterado o nosso voo e agora seria direto para Buenos Aires, porem sairia uma hora mais tarde. Que noticia maravilhosa, ia ser um trabalhao ficar com uma bebe dentro do aviao parado quase 1hr, hehe. Despachamos as malas e ficamos enrolando no aeroporto ate dar a hora do embarque, haviam turistas de todas as partes do mundo, especialmente chineses nesse dia. Pegamos os dois primeiros assentos do aviao, no meio e no corredor, mas o senhor que estava na janela gentilmente cedeu o assento para a gente e pudemos viajar mais confortavel com a nossa filha. O voo foi bem tranquilo, ao decolar pudemos ver toda a cordilheira fueguina nevada e os lagos entre as montanhas, uma paisagem espetacular. A Emy se comportou bem, dormiu uma hora e o restante do tempo ficou brincando. Depois de quase 4hs pousamos no aeroparque. Pegamos um Uber ate o hotel que reservamos, perto do Shopping Galerias Pacifico e comeco da noite fomos la comer. Estava bem frio, entao voltamos logo para o hotel descansar. Aeroporto do Ushuaia Essa vista deixou saudades Sobrevoando a cordilheira fueguina Sobrevoando a cordilheira fueguina Galerias Pacifico PXL_20240510_155801933.TS.mp42 pontos
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Eu pessoalmente focaria em 6-12 meses na América do Sul e Central, onde consegue ir por via terra praticamente, logo não tem gastos grandes com passagens aéreas, e são países não muito caros, nesse tempo dá pra ganhar bastante experiência em viajar economicamente, então dá pra decidir se continua ou volta. 4.000$ por pessoa em um ano acho que dá, por dois anos indo pro velho continente já é outra história, que não importa de onde esteja saindo, você vai gastar perto de 1000$ em passagem aérea.2 pontos
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Gostaria de fazer uma expedição pelos países Argentina, Chile, Bolívia e Peru, reunindo os pontos turísticos: norte da Argentina, Deserto do Atacama, Salar de Uyuni e Machu Pichu para o mês de abril. Eu havia pago para ir com uma agência do meu estado e acabei levando um golpe. Agora quero ir por conta (carro, avião ou ônibus) e gostaria de saber se alguém possui os mesmos planos para conversarmos.2 pontos
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Vá visitar o ALMA, maior observatório astronômico do mundo. Reserve antes, pois acabam logo as vagas. Tem empresas que oferecem uma experiência de acampamento no deserto. Estava fazendo passeios com a Sorbac Atacama e foi muito legal (eles são ótimos, recomendo muito). Vou anexar aqui 2 imagens da noite no deserto: Startrails-atacama.mp42 pontos
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70€ é um bom valor por pessoa. Do roteiro, eu só acho que Roma está um pouco fora de mão, é um desvio grande para chegar lá. Eu colocaria esses 3 dias entre Bélgica e Holanda, dá pra visitar outras cidades como Brugges, Ghent ou Antuérpia na Bélgica ou Haia, Roterdã, Utrecht na Holanda. O Verão não é tão quente como no Rio, porém dependendo do país, não se tem costume de ter ar-condicionado.2 pontos
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5º dia 25/12/24 – La Quiaca a Uyuni, Bolívia – 290 km Acordamos as 8 arrumamos as coisas e saimos umas 10 h pois o trecho seria curto. Apesar que depois fui saber que mesmo curto demoraria bastante. Fomos para a fronteira e na entrada das aduanas tem um posto da YPF Argentina. La abastecemos o carro e o galão de 20 litros. Encontramos com um grupo de brasileiros que estava indo pro mesmo lado e batemos um papo. Seguimos juntos para as aduanas pensando em seguir juntos para Uyuni, o que não acabou acontecendo. Entramos na aduana Argentina e demos saida do país facilmente. Fomos para o guiche da Bolívia e não tinha ninguém ali. Esperamos uns bons 20 a 30 minutos até aparecer alguém para nos atender. Apos sermos atendidos e dado entrada de cada um eu fui dar entrada do carro. Só que, qual foi a minha surpresa ao descobrir que quando eu sai do país em 2018 a aduana de Ollague não deu saida do meu antigo carro um Renault Symbol????? Conversa vai e conversa vem o atendente disse que eu teria de pagar uma multa de 27 dolares. Mas tinha que ser paga no Banco... Mas como se era feriado e o banco estava fechado? Só poderia pagar on-line naquele dia. Então o atendente falou para eu ir até o outro lado da ponte, já em território boliviano para falar com uma atendente de outro setor que me pagaria a multa on-line e não me cobraria nada a mais. Fomos para lá só que, não sei por que, ela demorou um monte para conseguir pagar. Ai tive de sair daquela sala que tinha cameras de monitoramento para pagar a ela pelo favor. De posse da conta paga e impressa voltei ao lado argentino onde tinha a aduana integrada e consegui fazer a liberação do carro antigo e dar entrada no carro novo. Assim, ao final de umas 2,5 horas conseguimos entrar com documentos corretos na Bolívia. Seguimos então perguntando em vários lugares para ver qual era o melhor câmbio para os meus reais e para os dolares dos companheiros. Achamos uma casa de câmbio longe da aduana com uma boa cotação 1 real por 1,5 bolivianos. Perto da aduana ofereceram 1 por 1,37 no máximo Com dinheiro e com fome fomos procurar um restaurante e com alguma dificuldade achamos uma Polleria (frangueria pois pollo é frango em espanhol) onde pegamos um prato de 8 bolivianos que era bem cheio. Alias, daqui para frente enfrentamos a difícil tarefa (kkk) de comer os imensos pratos bolivianos e peruanos. Esse pessoal come muiiiiito. Cada prato tinha quase 1 kg de comida. Após o almoço seguimos para Uyuni. Alias quero falar da minha boa surpresa com o consumo da Duster, desde que entramos na Argentina ela passou a fazer 12 km/l quase que direto. No caminho entre a divisa e a cidade de Tupiza ela chegou a marcar incríveis 17 km/l, claro que antes de enfrentar a subida das serras bolívianas. Subimos de 3 mil m para quase 4300m em poucos kms. Ao chegar a Uyuni o consumo baixou novamente para 12 km/l. Ao chegar a Uyuni rodamos um bocado para ver se achavamos um hotel de bom preço e com garagem, o que foi difícil. Finalmente achamos o hotel Julia com um bom preço e café da manhã (que ficava no 2o andar, um sufoco a 3800m, kkkk). Saimos para jantar e ao dobrar a esquina já achamos um restaurante e ficamos por ali mesmo. Era um pouco caro, mas estávamos com preguiça de bater perna. Fomos dormir e nos preparar para a aventura no salar no dia seguinte.2 pontos
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Estive recentemente em Mato Grosso do Sul, passeando por Bonito e redondezas e logo depois passei três dias na Capital Campo Grande. Falar da culinária, algo que me encanta e me ensina sobre outros sabores e saberes, é uma tarefa difícil, porque gosto realmente não se discute. Vou começar pelos pratos comuns na região, os que provei e degustei e os que estavam nos cardápios dos locais frequentados por mim. O primeiro "prato" que provei foi a Sopa Paraguaia, que na verdade não tem nada de sopa, está mais para um bolo de milho, ou uma torta tipo empadão. Outro prato comum e com algumas variações como acompanhamento, é o Pintado ao Molho de Urucum, o peixe é empanado e frito e depois um molho feito a base de azeite de dendê, cebola, tomate, pimentão, pimenta do reino e urucum é derramado em cima do peixe, depois e gratinado com com queijo e leite de côco. Uma outra opção para quem gosta de peixes é o Pacu Assado na Brasa, que é servido em vários restaurantes em Bonito e no estado de MS. O jacaré faz parte da culinária pantaneira e como petisco você degusta um pastel de jacaré, uma língua de jacaré crocante (deliciosa) e também uma linguiça de jacaré, essa última iguaria na minha percepção estava antes do ponto, ou por ter sido assada no forno, e não frita como sou acostumado a degustar a maioria de linguiças, achei um pouco crua. Vale ressaltar o famoso caldo de piranha, que não provei, já conheço a versão nortista da cidade Belém. Saindo um pouco de Bonito e chegando na capital, temos o Mercadão Municipal de Campo Grande ou Mercado Municipal Antônio Valente. é um local que me deixou com um gostinho de que alguma coisa faltava, no caso um um restaurante para degustar uma boa comida típica, mas para não ficar só na vontade de comer algo mais típico, provei o pastel de banana da terra com carne seca, e isso me surpreendeu com a mistura de sabores e consistência, me trazendo a memória o Pastel de Banana com Arraia de Canoa Quebrada no Ceará. O Mercado Com uma área de 2.051,70 m² constituído por 77 boxes, lanchonetes, peixarias,lojas de vendas de frios, lá você pode comprar utensílios para preparar um churrasco, souvenirs, condimentos secos, peixes frescos, frutas do cerrado, ervas de tereré e chimarrão e utensílios para preparar um delicioso tereré. Para quem gosta de compras e gastronomia, um lugar que não pode deixar de ser visitado é a Feira Central, com 25 restaurantes e o melhor local para se degustar um espetinho com mandioca amarela e o tradicional SOBÁ, prato típico originário de Okinawa/Japão que tornou-se um prato típico da capital sul-matogrossense com direito a ser reconhecido como Patrimônio Imaterial Cultural de Campo Grande. A feira possui também um setor com cerca de 200 lojas que comercializam brinquedos, artesanatos, roupas, calçados, bijuterias , souvenirs, eletrônicos, etc. Receita de sopa paraguaia https://vm.tiktok.com/ZMhk8hbAc/ Fotos da língua de jacaré e da linguiça de Jacaré🐊 e do Sobá.2 pontos
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Relato de uma viagem pela incrível Guatemala, feita sozinho durante 2 semanas entre 29/03 e 12/04/2023. Muitas das informações aqui apresentadas já foram em parte compartilhadas no meu Instagram de viagens: https://instagram.com/viajadon_/ ⚠️ Essa viagem pela Guatemala na verdade é parte de uma viagem maior que incluiu também o México e que já foi relatada aqui no Mochileiros: A entrada na Guatemala se deu pela fronteira mexicana a partir da cidade de La Mesilla. Obs.: os preços informados são em Quetzales. PRINCIPAIS CIDADES/REGIÕES VISITADAS (em ordem de deslocamento): Quetzaltenango (Xela) - Lago Atitlan (incluindo San Pedro, San Juan e Santa Clara) - Antígua (com vulcão Acatenango) - Cidade da Guatemala - Lanquín (com Semuc Champey) - Flores (com sítios arqueológicos de Tikal e Yaxha) MAPA GERAL COM AS CIDADES VISITADAS: Disponível em: Cidades visitadas na Guatemala ITINERÁRIO: Planilha para dowload com mais detalhes e infos de refeições e hospedagens (incluí os trechos no México para uma noção maior de toda a viagem: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1waDMfQMPydJy4iJDYq6PXsPPpZeQ4t10/edit?usp=sharing&ouid=103098444594684776713&rtpof=true&sd=true INFORMAÇÕES BÁSICAS PERÍODO DA VISITA - Eu acabei fazendo fboa parte da viagem pela Guatemala durante a Semana Santa. Por um lado, essa experiência foi interessante, pois vi procissões típicas do período (falarei sobre elas mais à frente no relato). Por outro lado, não foi muito positiva, pois encontrei Antígua bastante cheia e com preços altos. Não consegui aproveitar quase nada na Cidade da Guatemala. Tive contratempos com ausência de transporte. E por fim, encontrei Semuc Champey completamente lotada. VISTO - Não há necessidade de visto para visitar a Guatemala por um período de 90 dias. POVO GUATEMALTECO - De forma geral, achei os guatemaltecos reservados, mas não mal educados. - Em quase todas minhas interações com as pessoas locais, fui bem tratado. - Segundo informações de guias locais, posteriormente confirmada em pesquisas, no país são faladas 24 línguas, sendo que 21 são derivadas do maia e duas são de outros povos ameríndios. CÂMBIO - O câmbio tem paridade fixa com dólar. Então, sempre procure os bancos ou financeiras oficiais para fazer câmbio. Não faça com cambistas, pois certamente terá uma conversão muito pior. Um dólar equivale a 7,65 - 7,75Q. PREÇOS - Não considerei a Guatemala um país muitooo barato para viajar, tampouco é caro. Detalharei um pouco mais em tópicos a seguir. TRANSPORTE - Para viajar entre as cidades no modo econômico, o transporte é o famoso "chicken bus". Na verdade, muitos não curtem esse nome, mas é como ficou conhecido. São ônibus antigos, bastante estilosos por fora. Os corredores são estreitos e os bancos de couro únicos recebem confortavelmente duas pessoas. Entretanto, não se espante com uma terceira pessoa sentada no cantinho. Na verdade, esse é o normal à medida que o ônibus vai enchendo. Em muitos há opção de levar a mochila no teto do ônibus na parte exterior. Em alguns também dá para carregar a mochila dentro e armazenar no bagageiro interno acima das poltronas. 20230403_132234.mp4 - Se você for viajar de chicken bus, tenha em mente que podem te trocar de ônibus ao longo da viagem, mesmo quando falarem que a viagem vai até o seu destino. Não se assuste que isso é normal. Fique esperto para não deixar as coisas para trás já que o procedimento costuma ser feito na correria. - A depender do trajeto que fará, pode valer mais a pena pegar um transfer privado e pagar um pouco mais. - Ah, também não espere organização alguma nas rodoviárias ou terminais de onde saem os chicken bus. Espaço mais ou menos organizado encontrará apenas em estações de empresas de ônibus que partem da Cidade da Guatemala, como a Monja Blanca. HOSPEDAGEM - O preço de hospedagem econômica em Xela, San Pedro (Atítlan), Antígua (fora do período que fui), Cidade da Guatemala e Lanquím é de aprox. Q60 (8 dólares) e em Flores é a partir de Q90 (12 dólares). - Acabei fazendo as reservas de forma geral pelo Booking ou entrando diretamente em contato com as hospedagens para tentar negociar um preço sem as taxas de administração da plataforma. p.s.: Ao final do relato, encontrará a lista de todas as minhas hospedagens. COMIDAS E BEBIDAS - Para ver informações sobre as refeições e restaurantes, acesse a planilha. - Acabei achando a comida guatemalteca de forma geral similar a mexicana, inclusive muitos pratos vinham com tortillas. Porém achei que havia menos variedade nos restaurantes onde comi e de forma geral, a comida era ainda menos temperada do que a mexicana. Diferentemente do relato do trecho da viagem no México, aqui vou ficar devendo um glossário e informações mais ricas sobre a comida porque realmente não explorei muito. - No mercados municipais, de forma geral encontrará pratos baratos, de Q15 a Q25. Já em restaurante econômicos será em torno de Q35, Q40. - Ser vegetariano na Guatemala é um pouquinho complicado se você não está na pilha de fazer sua própria comida. - O custo do hortifruti é bastante alto mesmo em feirinhas. - Se encontrar balinhas de cardamono em algum local, compre! São deliciosas! (obs: o cardamono é pouco consumido localmente, mas o país é o maior exportador da especiaria. - Tem uma bebida bem típica lá que chama Quetzalteca. É uma bebida mista alcóolica, leia-se: álcool misterioso misturado com suquinho. hahaha Eu tomei de tamarindo e achei gostosa. - As cervejas de forma geral são bem leves e aguadas. Das que se encontra facilmente, as que achei melhorzinhas foram a Monte Carlo Premium e a Cabro Reserva. ROTEIRO DIA 1) COMITÁN DE DOMINGUEZ (MÉXICO) A QUETZALTENANGO (também conhecida como Xela) Dia basicamente de deslocamentos saindo às 8h de Comitán de Dominguez (México) em van da empresa Rapidos de La Frontera até Ciudad Cauhtemóc (75 pesos mexicanos, 1h30 de duração). Em seguida peguei um táxi coletivo até a fronteira (15 pesos, 5 min de duração). Como já tinha preenchido o formulário de saída de forma online (infelizmente não tenho mais o link), fiz rapidamente o procedimento de check-out e em seguida ingressei na Guatemala via cidade La Mesilla. Não houve nenhuma inspeção fronteiriça e nem questionamentos no país. Rapidamente carimbaram meu passaporte e me permitiram seguir viagem. Troquei um pouco de dólares com cambista (não faça isso! caminhe até um pequeno banco e faça a conversão oficial) e depois caminhei até o terminal de onde saiam os ônibus com destino a Xela. Peguei um chicken bus (detalhes em tópico anterior), viajei por cerca de 2h30 e fui transferido meio assustado para outro ônibus. Primeira experiência de muitas assim (hehehe). Quando isso acontecer, não pague pela viagem seguinte. O valor dela já está incluso na primeira passagem que pagou. Depois de mais 2h30 de viagem, cheguei a Xela, às 17h mais ou menos. O custo da viagem foi de Q60. Fui ao hostel, deixei minhas coisas, saí para jantar e depois retornei com o intuito de conseguir conhecer gente que iria para algum vulcão no dia seguinte. Garantindo a sorte de mochileiro solitário, encontrei um grupo de 4 meninas que iriam e que falaram que eu poderia ir com elas se o motorista do Uber aceitasse mais um passageiro. Nesta noite fui dormir feliz e esperançoso pelo sucesso no dia seguinte. DIA 2) XELA: VOLCÁN SANTA MARIA, MIRADOR VOLCAN SANTIAGUITO (tentativa) E ATRAÇÕES EM XELA Acordei bem cedo e encontrei as meninas na entrada do hostel às 5h30. Conseguimos pegar o Uber em cinco pessoas apesar de uma relutância inicial do motorista 🥳 Há também a opção de ir até as trilhas de transporte público, porém o ideal mesmo é ir de Uber, já que o ônibus começa a circular só a partir de 6h e demora um pouco até chegar lá. O custo do Uber é de cerca de 25 quetzales ou 3,50 dólares. O objetivo inicial e único era fazer a subida do Volcán Santa Maria, que é um dos 288 vulcões ou estruturas vulcânicas existentes na Guatemala. A trilha até lá tem aproximadamente 3h de duração, cerca de 10 km de extensão (ida e volta), e parte de uma altitude de 2500 m com chegada no cume a 3772 m de altura. É uma trilha um pouco cansativa, mas tecnicamente é fácil e muito bem marcada. Pode ser feita facilmente sem guia, mas recomendo o uso de algum app de navegação para não se perder em uma bifurcação ainda no início. O vulcão é bastante visitado para cerimônias religiosas e infelizmente, em partes por conta disso e em outra parte por conta de turismo irresponsável, a trilha é cheia de lixo. De qualquer forma, vale muito a pena a subida até o cume, de onde se vê o vulcão Santiaguito eventualmente expelindo bastante fumaça. Basta ter paciência para ver a atividade. Santiaguito é um dos quatro vulcões ativos atualmente no país. Os outros três são Pacaya, El Fuego e Tacaná (este não aparece em todas as listas, talvez por não ter atividade constante). Ressalto que o ideal é sair cedo, até 5h30, para ter maior chance de ver bem a paisagem. Depois de 10h os vulcões na Guatemala costumam ficar com bastante neblina. Na descida, resolvi que também tentaria ir até o Mirador Santiaguito. As meninas estavam cansadas e não animaram. Fui sozinho mesmo. Desse mirador se tem uma visão de baixo do vulcão. A trilha até ele, basicamente é uma bifurcação da trilha que vai até o cume do Santa Maria. É bastante tranquila, sendo em grande parte plana, porém acabei não a concluindo porque a neblina já estava muito pesada e depois de cerca de 2 km de caminhada, não conseguia ver quase mais nada adiante. De qualquer forma, dá para fazer as duas trilhas no mesmo dia, mas aí recomendo sair até 4h30 e ir primeiro no Mirador Santiaguito. Retornei à cidade em transporte público. Para pegá-lo, é necessário retornar na via onde o Uber o deixou até o ponto onde os ônibus passam. É melhor confirmar o local com algum morador. Na cidade, ainda aproveitei para conhecer o belo Teatro Municipal por fora e a Catedral del Espíritu Santo, com sua fachada barroca. Almojantei no Mercado Municipal e depois voltei para o hostel para buscar minhas coisas e me mudar para minha hospedagem. DIA 3) XELA: TRILHA DE CERRO QUEMADO E IGLESIA SAN ANDRES XECUL Mais um dia que acordei cedo para conhecer uma área vulcânica na região de Xela. Neste dia o alvo era o Cerro Quemado, também conhecido pelo nomes de La Muela e Almolonga, um vulcão com altitude máxima de 3197 m, do tipo "domo", e formado por várias formações em forma de agulha e grandes blocos de rocha. Não tem aquele formato de cone como o de outros vulcões. O vulcão entrou em erupção em 1765 e em 1818. Nesta última vez, expeliu bastante lava por uma extensão de 2,5 km. Em alguns dos seus pontos, ainda expele fumaça e em uma das das suas faces conta com um balneário de águas termais. Por isso é considerado um vulcão ativo, porém com atividade latente. Sobre a trilha: Fica bastante próxima do centro da cidade de Xela. No Wikiloc há duas opções que são basicamente a mesma rota saindo do povoado de Almolonga e terminando mais próximo do centro de Xela. As trilhas possuem cerca de 7 km e um desnível de 550 m. São cerca de 3 km de caminhada em cima das rochas e o restante em área de floresta. Aparentemente, analisando o Wikiloc, não seria difícil, mas inventei de inverter o sentido da trilha, pois achei que seria melhor a logística, e acabou sendo uma das trilhas mais difíceis da minha vida! Não tinha um bom referencial de chegada e o trecho sobre as rochas é bastante difícil. O tempo todo vc tem que pular de rocha em rocha em um sobe e desce danado. E ainda para contribuir na dificuldade, o GPS estava perdendo o sinal constantemente. ⚠️ Muitas das rochas são frágeis e não estão bem fixadas. Muito cuidado especialmente se inventar de escalar alguma formação. Juntando todos os fatores com problemas de navegação, caminhei 1 km a mais e fiz um desnível maior. O tempo total de caminhada foi de 6h num calor da porra. 🥵 ▶️ Dicas: - Leve bastante água; - Peça um Uber para ir até o ponto de partida; - O ideal é chegar até 6h30 para ter mais chance de ter boas vistas da cidade; e - Vá com uma bota sólida, pois o risco de rasgar tênis nas rochas é alto. 20230331_082830.mp4 Depois retornei à cidade em uma van e ainda corri para conhecer a bela igreja da vila de San Andrés Xecul a 13 km de Xela. Essa igrejinha super colorida é considerada a igreja mais pitoresca da Guatemala. Mescla elementos culturais maias e católicos. Na sua fachada estão diversas esculturas de anjos, animais, milho e outros alimentos tradicionais e ainda duas onças na sua parte superior que remetem a heróis do mais importante códice maia: o Popol Vuh. A data da construção não é exata, mas na cruz há a data de 1900-01, dando a entender que a construção aconteceu durante esse período. Porém há também a hipótese de que foi construída ainda no séc XVII. A fachada da igreja me lembrou muito o interior do Templo San Francisco Acatepec e do Templo de Santa María Tonantzintla, ambos em Tonantzintla, México (ver este Relato para entender). Acho que valeu super a pena a pequena viagem de Quetzaltenango (Xela) até a vila apenas para conhecer a igreja. 🚌 Combi ao terminal para Toto (Q2,5); ônibus até Morería (letreiro San Cristóbal ou Cuatro Caminos), Q5; tuk-tuk até a igreja, Q5 (total do trajeto cerca de 50 min) Depois enfim retornei à cidade, jantei e relaxei. DIA 4) DESLOCAMENTO ATÉ SAN PEDRO LA LAGUNA E INÍCIO DA HOSPEDAGEM NO LAGO ATITLÁN Me permiti relaxar e acordei um pouquinho tarde. Depois de tomar café da manhã, peguei minhas coisas para caminhar até o Terminal Minerva, de onde saem os ônibus com destino ao Lago Atitlán. No caminho, parei para contemplar a Iglesia San Nicolas, uma pequena e charmosa igreja de estilo gótico. Peguei o ônibus no terminal e depois de 2h30 de viagem direta, sem surpresa, cheguei a um dos povoados do Lago Atitlán: San Pedro La Laguna. O custo da viagem foi de Q50 e a duração total foi de 2h30. O Lago Atitlán é uma das principais regiões turísticas da Guatemala. O lago tem origem vulcânica e é cercado de vulcões e montanhas. Com uma profundidade de até 340 m é o mais fundo da América Central. Cheguei em San Pedro já por volta de 15h. Fui logo à minha hospedagem, deixei a mochila e saí para explorar o povoado. Dos povoados do Lago Atitlán, San Pedro é o que tem mais infraestrutura turística e conta com muitos bares, restaurantes e é também conhecido por suas festas. Apesar de achar algumas coisas bem desconectadas da Guatemala, eu curti bastante o povoado. Achei na verdade seria mais pasteurizado, mas ainda guarda muitos encantos. Depois de explorar o povoado, fiz um almojanta e retornei à hospedagem. DIA 5) SAN JUAN LA LAGUNA, ROSTRO MAYA (INDIAN NOSE), SANTA CLARA E SAN MARCOS Dia de explorar povoados do Lago e de subir até o Rostro Maya com o seu Indian Nose (nome que a gringaiada colocou 😅). Inicialmente fui caminhando até o povoada de San Juan La Laguna. Lá tem uma ruazinha central bem colorida, com guarda-chuvas pendurados, cheia de galerias de artesanatos e alguns pequenos restaurantes e cafés. Do povoado, há umas das saídas para a trilha do Rostro Maya, uma caminhada de cerca de 1h30 a 2h até o pico de uma montanha de 2200 m de altura. É um local em que muita gente vai para assistir o nascer do sol, mas eu não tive esse gás, não (leia-se: preguiça danada 🤣🤣). A caminhada é um pouco cansativa, mas vale super a pena, já que a vista do alto é fantástica. Tem a opção de ir também por Santa Clara, com caminhada bem mais tranquila de cerca de 40 min. Eu fiz esse trecho em seguida à subida para conhecer esse outro povoado. Santa Clara é uma cidade sem grandes atrativos turísticos. Gostei de ir na sua parte central e ver o caos do mercado em um dia de domingo. Depois de dar uma volta pela cidade, peguei uma camionete "pau de arara" com destino ao povoado de San Marcos. O caminho até o povoado foi um atrativo à parte, com curvas sinuosas e belas vistas do Lago Atitlán. 20230402_160028.mp4 San Marcos tem uma pegada mais hippie chique, com opções de restaurantes vegetarianos, spas e casas de yoga e toda uma áurea espiritualista tilelê. É bonitinho! Acho que vale a pena conhecer e talvez se hospedar dependendo da sua pegada e do seu bolso ($$$). Depois de curtir um pouco o povoado, almojantei no Samsara's Garden, um restaurante vegetariano maravilhoso e com um menú completo não tão caro assim (Q45). Valeu super a pena! Relaxei um pouquinho após a refeição e voltei a San Pedro de lancha. O custo foi de Q15. Ao chegar, peguei minha mochila, fui para minha nova hospedagem e relaxei tomando uma cervejinha e tendo uma vista maravilhosa do Lago Atítlan. DIA 6) DE SAN PEDRO A PANJACHEL E DESLOCAMENTO ATÉ ANTÍGUA Depois de tomar café da manhã, peguei minhas cosias e fui até o porto para tomar o barco a Panajachel (passagem a Q25, duração de 50 min). Ao longo do trajeto, passamos por cantinhos muito lindos e reservados do lago. 20230403_111128.mp4 Panajachel me pareceu não ser um povoado tão charmoso, mas pode funcionar bem como base para quem está chegando de Cidade de Guatemala ou de Antigua. A partir do povoado, iniciaria a minha jornada terrestre até chegar a Antígua. Eu amei o lago! Queria ter ficado mais tempo e dividido minha hospedagem entre outros povoados. Já com saudades do lago, iniciei a minha jornada até Antigua, que envolveu o seguinte roteiro: a) Ônibus a Sololá: Q5 (20 min) b) Ônibus a Los Encuentros: Q3,50 (35 min) c) Ônibus a Chimaltenango: Q40 (1h30) d) Ônibus a Antigua: Q10 (45 min) Cheguei já um pouco tarde em Flores. Comi e comprei presentes logo no mercado e depois fui à hospedagem. À noite fui caminhado até a bela Praça Central de Antígua e me deparei com uma procissão de Semana Santa em plena segunda-feira. Vale aqui dizer que Semana Santa na Guatemala é uma instituição cultural seríssima! Muitas pessoas já iniciam as celebrações até mesmo antes da Semana Santa em si. Durante a Semana, há procissões em diversas cidades, sendo que o ápice ocorre na Sexta-Feira Santa. As cidades que concentram os cortejos mais grandiosos são a Cidade da Guatemala e especialmente Antígua. Milhares de pessoas viajam à cidade para acompanhá-las. As procissões envolvem cortejos com diferentes alas representativas de setores da Igreja Católica, orquestras que aglutinam elementos de músicas tradicionais maias, alas estudantis e o clímax é a passagem da pesadíssima arca de madeira com diferentes elementos religiosos, sendo geralmente a figura principal o Cristo crucificado. 20230403_195236.mp4 Após apreciar a primeira procissão em Antígua (já tinha visto uma em Xela, mas incomparável a esta), fui tomar uma cervejinha artesanal em um lugar meio xicoso, no caso o El Almacén (parte do Hector Bistro). Eu curto cerveja e sempre reservo um espaço na viagem para conhecer as cervejas locais. No caso esse foi o principal momento na viagem pela Guatemala dedicado a isso. As cervejas do local eram da Cervecería 14. Achei caras e apenas as IPAs e a Stout eram boas, mas nada de excepcionais. DIA 7) ANTÍGUA: ROLÊ PELA CIDADE Dia de fazer um grande rolê turístico pela cidade de Antígua e aproveitar ao máximo os seus atrativos. Brevemente sobre a cidade: fundada em 1543, tem ruas com diversas casas coloridas e muitas igrejas e antigos conventos em ruínas. Certamente é uma das cidades coloniais mais bonitas em que já estive e que encanta a todos os visitantes. Apresento abaixo os atrativos em ordem de visita e pequenos comentários a respeito. a) Convento de La Merced - Q20. Pequeno, mas muito bonito! Vale a pena conhecer. b) Arco de Santa Catalina - cartão postal da cidade; c) Convento Capuchinas - Q40 ou Q20 estudantil. Ainda mais bonito do que o convento anterior e com muitos ambientes; d) El Carmen- igreja com fachada muito bonita, mas que está fechada para restauração; e) Catedral de San Jose - fachada bem bonita, interior simples, mas bonito. Tem opção de visitar a Catedral antiga em ruínas, mas achei que não valia a pena pagar Q20; f) Palacio de los Capitanes (Museu MUNAG) - grande coleção de diferentes períodos, desde pré-hispânico até o Contemporâneo. Tem um pátio interno bem bonito e boa vista da praça central. Gratuito; g) Museo de Arte Colonial - com um pátio belíssimo; acabei não visitando a coleção e achei cara a entrada (Q50). h) Lavadero Union - tanques antigos para lavar roupa. Está em uma praça bem bonita que vale a pena ser visitada; i) Convento San Clara - tem vários arcos. Foi o convento que achei mais bonito; i) Por fim, passei na frente da Ermita San Jerónimo e do Convento La Recolección. Os dois tinham o mesmo preço de ingresso: Q40 inteira ou Q20 estudantil. Achei que não valia a pena pagar. Ainda consegui tirar uma foto legal do La Recoleccíon mesmo sem entrar: Fim dos rolês. Hora de descanso, pois o dia seguinte seria de ida ao Vulcão Acatenango. DIA 8 ) VULCÃO ACATENANGO E chegou o grande momento do relato! Momento de comentar sobre um dos dias mais especiais da minha vida: o dia em que subi o Acatenango e vi o vulcão El Fuego em atividade, com várias erupções, e ainda vi ao seu lado o belo vulcão El Agua. ❤️ O tour ao vulcão dura dois dias, com uma pernoite no Acatenango. É feito em grupo e é oferecido por várias agências em Antigua. Os preços variam de Q250 (Barco Expeditions) a Q550, mais Q100 por entradas. Esses preços incluem refeições, barraca para pernoite e alguns equipamentos como luvas, gorro de frio e casaco. ▶️Sobre a trilha: A trilha pode ser dividida em 3, sendo que apenas a primeira parte é obrigatória: 1) Subida ao Acatenango - subida praticamente constante durante 4h e depois mais cerca de 1h em relevo plano. No total são cerca de 8 km e um ascenso de 1000 m. É cansativo e não é fácil, mas também não é muito difícil já que o grupo vai em um ritmo tranquilo e são feitas muitas paradas; 2) Ida e volta ao Vulcão El Fuego - essa já é bastante puxada e tem um custo extra de Q200. Eu acabei não conseguindo fazer porque a saída foi muito corrida e eu tive que ia atrás de saco de dormir e ainda tive problemas intestinais assim que cheguei no campo base hehehe Acho que vale a pena, mesmo tendo visto críticas mistas. Apenas o trecho de ida dura cerca duas horas, sendo que a trilha tem 500 m de descenso e depois outros 500 m de ascenso (considere isso na volta tbm). Chega-se a cerca de 400 m de distância do cume, onde há observação das erupções durante cerca de 20 min. Algumas pessoas acabam passando mal com essa experiência por conta de mal de altitude associada ao esforço físico. Acabou que de umas 15 pessoas que foram, apenas uma teve forças para ver o nascer do sol no dia seguinte; e 3) Nascer do sol no cume do Acatenango (na verdade faz parte do dia seguinte cronologicamente): necessário acordar às 3h40 Do acampamento base ao cume são 400 m de ascenso e cerca de 1h40 de caminhada, muitas vezes em cima de areia fofa e cinzas de vulcão. É um pouco cansativa, mas vale super a pena já que o visual é maravilhoso. Não há custo adicional. O tour por si só já é fantástico. Ainda tive o adicional de conhecer pessoas maravilhosas, que potencializaram a experiência.❤️ Fiz com a Barco Expeditions. Porém como a saída para iniciar a trilha foi muito tarde e como a trilha para o El Fuego foi desorganizada, recomendo pagar mais caro e fazer em agência como a V-Hiking com saída às 6h30. Tenha em mente que valerá o investimento para uma experiência única na sua vida. Se tivesse ido com uma empresa dessa, com certeza teria ido até mais perto do Acatenango e ainda teria tempo para descansar e fazer a trilha do nascer do sol no segundo dia. DIA 9) VULCÃO ACATENANGO (2º dia), RETORNO A ANTÍGUA E IDA A CIDADE DA GUATEMALA O segundo dia começou de madrugada com a subida ao cume do Acatenango para ver o nascer do sol (já relatado no tópico anterior) e depois continuou com os 8 km de descida de retorno. Foi um retorno cansativo, mas terminamos com aquela sensação boa de missão cumprida! Que experiência fantástica! Chegamos por volta de 13h em Antígua. Fui direto almoçar, mesmo todo sujo, e depois do almoço fui ao hostel, tomei um banho e peguei minhas coisas para ir para o meu próximo destino: a Cidade da Guatemala. No caminho até o ponto de onde sairia o ônibus à Cidade da Guatemala, ainda tive tempo de apreciar uma procissão enorme. Antígua na quinta-feira da Semana Santa estava completamente lotada! Cheguei na Cidade da Guatemala por volta de 17h e depois de alguns contratempos com a minha hospedagem reservada, consegui me instalar e relaxar um pouquinho. Mais tarde saí para uma caminhada até o Parque Central (Plaza Constitucion + Parque Centenario), passando pelo Parque San Sebastian. A Cidade da Guatemala também estava com as ruas cheias de procissões. No Parque Central, eu acompanhei uma, meio que de longe, pois o público era muito grande. Depois de acompanhar a procissão, comi em barraquinha na rua e voltei à hospedagem. DIA 10) VIAGEM ATÉ LANQUÍN (SEMUC CHAMPEY) A minha ideia inicial era ficar na Cidade da Guatemala e explorar um pouco os seus museus, mas como era Sexta-Feira Santa, isso seria impossível, pois estavam todos fechados. Resolvi então ir ao meu próximo destino: a cidade de Lanquín, que possui nos seus arredores a Reserva Natural de Semuc Champey. No caminho até o terminal da empresa Monja Blanca, caminhei novamente pelo Parque Central, agora já sem a movimentação de gente do dia anterior, e consegui visitar a Catedral. Realmente a área é bonita e me deixou com uma vontade de retorno para explorar melhor os seus atrativos, além dos demais da cidade. Cheguei no terminal por volta de 9h15, um pouco mais tarde do que eu queria, pois sabia que por ser feriado, a disponibilidade de transportes estava bem restrita. Porém acabou que consegui passagem A Coban ainda para 9h30. Inicialmente o percurso até Lanquím, seria relativamente tranquilo: pegaria o transporte até Coban e depois um direto para a cidade. Porém, como era Sexta-Feira Santa, as coisas não saíram exatamente como o planejado. Primeiro, mesmo eu falando que iria pegar o transporte para Lanquín, o motorista acabou que me levando até o terminal final da empresa ao invés de me deixar anteriormente no Terminal de Talpetate (muitaaa atenção se estiver fazendo esse trajeto para o mesmo não acontecer contigo). Tive que pegar um táxi até esse terminal e se não me engano desembolsar Q20. Chegando ao terminal já não havia mais transporte a Lanquín. O último tinha saído bem mais cedo e as informações eram completamente divergentes sobre a possibilidade de uma nova saída no dia. Fiquei conversando com um guatemalteco muito gente boa que estava na mesma situação que eu. Depois de ele fazer alguns telefonemas e de a gente conversar com algumas pessoas descobrimos que o mais possível é que não haveria mais transporte no dia. Pegamos, então, um ônibus de linha regular até a cidade de Carcha (Q5), que era cidade do rapaz. Chegando na cidade, caminhamos até a sua saída, onde tentaríamos pegar um transporte até Lanquín. Depois conversar com algumas pessoas e de outros telefonemas do rapaz, descobrimos que não havia mais transporte no dia. A nossa saída, então, foi dividir um táxi com outras três pessoas que também estavam ali e que queriam ir até um vilarejo próximo de Lanquím. O custo total do táxi foi de Q350. No final das contas, os trajetos resumidamente foram os seguintes: a) Cid Guatemala a Coban de Transportes Monja Blanca (Q105); b) Táxi do terminal da Monja Blanca até o Terminal Talpetate (Q20); c) Ônibus até Carcha (Q5) depois caminhamos até a saída da cidade; e d) Q350 táxi compartilhado entre 5. Foi punk e por diversos momentos achei que não conseguiria chegar a Lanquín neste dia! Acabei chegando na cidade já por volta de 18h. E claro, ainda tinha mais um trajeto a fazer: até a minha hospedagem já próxima da entrada da Reserva Natural de Semuc Champey. Foi um transporte na carroceria de uma camionete (jardineira) por Q25. Cheguei à hospedagem exausto, tomei banho, jantei e dormi super cedo. DIA 11) SEMUC CHAMPEY E CAVERNA K'AN BA Dia de conhecer um dos lugares naturais mais famosos da Guatemala: Semuc Champey. É uma série de poços de água verde-esmeralda que desemboca em uma bela cachoeira. 🤩 A trilha é toda em caminho pavimentado ou em passarela de madeira, super acessível para pessoas de todas as idades. Isso acaba sendo um problema ao final de semana ou feriado para quem, assim como eu, não gosta de lugares naturais cheios de gente. Eu infelizmente por conta do meu roteiro apertado acabei visitando em um dos piores dias do ano, na Sexta-feira Santa. A dica de ouro é chegar cedo, ir direto no mirante (primeira foto abaixo) e depois descer para os poços. Não deixe de conhecer o Sumidoro e depois descer para a cachoeira, a qual já tem um acesso um pouco precário, em trilha de terra e envolvendo uma pequena escalaminhada na volta. Por conta dessa dificuldade, as famílias não descem para lá e o local fica super tranquilo. 💲Entrada: Q50 🚌 Para quem está hospedado em Lanquín, tem transfer em carroceria de camionete o tempo todo por Q25. Depois de conhecer Semuc, almocei e resolvi me aventurar em um passeio na Caverna K'An Ba. Sinceramente: que decisão errada! O passeio tem um custo de Q60 (+Q20 para aluguel de sapatilhas, caso queira) e vale apenas para a gringaiada besta, sedenta de uma aventura. Não vale a pena para ninguém que já teve experiência em qualquer caverna mais rústica no Brasil. O passeio por dentro da caverna é feito a luz de velas de uma forma muito rápida. São cerca de 30 min corridos na caverna, sem tempo para contemplação das formações espeleológicas. Simplesmente o guia vai puxando o grupo, que vai caminhando pelos corredores da caverna, geralmente com água na altura do joelho ou da cintura. Em alguns momento, há subidas em partes mais altas da caverna para depois se pular na água. Tudo muito rápido e sem muitas instruções boas de segurança por parte dos guias. A caverna em si também não tem nada de excepcional! Melhor guardar a grana para outros passeios ou se ainda quiser fazer esse passeio, pague Q10 extras e faça também a flutuação pelo rio, que eu acabei não fazendo, mas que achei que poderia ser bem relaxante. Depois dessa aventura tosca, caminhei de volta até a minha hospedagem. DIA 12) FLORES Dia de acordar cedo para pegar um transfer até a ilha de Flores. Agendei o transfer no dia anterior no hostel Pachamaya. Foi onde encontrei o custo mais baixo: Q200. O transporte sai às 6h e o tempo de trajeto é de 8h. Cheguei em Flores por volta de 14h, arrumei uma hospedagem para mim e uma amiga francesa que fiz durante o trajeto e depois saímos para comer alguma bobeira, explorar um pouco a cidade e principalmente para pesquisar os preços dos passeios a Tikal e Yaxha. Eu achei a parte da ilha de Flores bastante pitoresca e agradável. É cheia de casinhas coloridas e não tem prédios altos. Cercada pelas águas do Lago Petén, é uma área bem pacata, com cantinhos bem charmosos e com pontos de onde se pode apreciar um pôr do sol incrível. Até vi uns comentários negativos sobre a ilha feitos por estrangeiros, mas sinceramente, imagino que essa galera espera só baladas e locais com climas toscos a la Playa del Carmen ou Cancún nos seus destinos turísticos. Depois do rolê pela cidade e de reservarmos os nossos passeio, voltamos para a hospedagem para descansar um pouco e sair mais tarde para tomar um drink e comer alguma coisa. DIA 13) TIKAL Dia de acordar cedo e sair às 8h para conhecer o sítio arqueológico de Tikal, a 75 km de Flores. O sítio arqueológico acabou se tornando o meu favorito na América Central, desbancando Uxmal. 🙂 Situado no meio de uma floresta (lembrando muito Calakmul e Yaxha), o sítio de Tikal hoje é um dos principais destinos turísticos da Guatemala. Sobre a sua história, o sítio começou a ser ocupado aprox em 800 a.C. Dos anos 200 a 900, foi um complexo e grandioso reinado maia que rivalizou diretamente com o reinado de Calakmul (para ver mais informações sobre Calakmul, leia o relato da parte da viagem no México, citado no início do relato). Após derrotar Calakmul em 695, passou a ser a mais influente e poderosa civilização maia. O seu declínio, assim como o de Calakmul, aconteceu nos anos 900 provavelmente por uma série de motivos que incluem superpopulação, desmatamento massivo e secas prolongadas. ▶️ Para visitar o sítio, é possível ir em ônibus por conta própria, mas os horários são bem restritos e a volta para Flores pode ser um pouco complicada se não for de carona. Recomendo pegar um tour em agência de turismo nos horários de 6h ou 8h. 👎 Não recomendo ir mais tarde por conta do calor e porque o sítio fica mais cheio. Também pelo que ouvi de mais de uma pessoa, não vale a pena pagar a mais para o tour do nascer do sol. 🚌 Tours agendados em agências em Flores com saídas às 4h30 (um pouco mais caro) e a cada duas horas a partir de 6h, com custo de Q120 e duração de cerca de 7h. Fiz com a empresa Agency Neverending e gostei da qualidade do serviço, apesar de terem atrasado um pouco a saída. 💲Entrada a Q150 (cerca de 20 dólares) DIA 14) PLAYA CHECHENAL E YAXHÁ Iniciei o dia indo até a Playa Chechenal. Primeiro fui ao muelle municipal, onde peguei um barquinho e atravessei a San Miguel do outro lado do Lago Petén (Q10, 5 min de travessia). Essa parte de San Miguel é ainda mais tranquila do que Flores e é bastante agradável. Creio que vale a pena ser visitada por si só. Depois caminhei por cerca de 2 km até chegar na Playa Chechenal. No caminho, fiz uma breve parada no Mirador de Canek, de onde se tem uma bela vista do lago. A Playa Chechenal é privada, tendo um um custo de Q10. É agradável, tem boa estrutura e a água do lago é uma delícia. Porém achei que tinha muito lixo. Depois do passeio, retornei a Flores, pois no período da tarde, tinha passeio ao sítio arqueológico de Yaxhá, com saída às 12h. Yaxhá é um sítio arqueológico maia situado a uma distância de 30 km em linha reta da grande cidade maia de Tikal. A sua construção iniciou-se aproxidamente 600 a.C. A civilização atingiu seu ápice no séc VIII, chegando a ter um população de cerca de 20 mil pessoas e reunindo mais de 500 estruturas entre palácios, templos e áreas residenciais. Muitas pessoas que visitam a região acabam conhecendo apenas o sítio de Tikal. Com certeza este é mais grandioso e interessante, mas acho que vale muito a pena também reservar um dia para conhecer Yaxhá. O sítio é bem menos visitado, mais barato do que Tikal e ainda o tour com as agências de turismo incluem um pôr do sol maravilhoso que é visto de cima de uma pirâmide. 😍 Os tours saem ao meio-dia da cidade de Flores e têm uma duração total de mais de 7h30, sendo que de caminhada no sítio são cerca de 4h. Fiz o tour com a empresa a empresa Getaway. Foi excelente, mas o grupo estava muito grande e acabou sendo ruim para quem queria o tour em inglês. Além disso, o guia passou muitas informações erradas, mas isso é normal nesse tipo de passeio guiado. 💲Tour por Q150 + Q80 de entrada no parque. Com o pôr do sol acima, fechei com chave de ouro a minha programação de passeios pela Guatemala! Voltei a Flores, comprei alguns artesanatos e lembrancinhas, tomei uma Quezalteca de tamarindo e dormi cedo, pois o dia seguinte seria de um rolezão de volta ao México passando por Belize. DIA 15) RETORNO AO MÉXICO COM DESTINO FINAL EM MAHAHUAL Dia do fim da minha viagem pela Guatemala, esse país que me surpreendeu muito positivamente! Eu poderia ter pago um transfer completo com destino a Chetumal, que seria muito mais confortável, mas mochileiro murrinha que sou, resolvi fazer os percursos por conta própria e me lasquei muito. Só não tive prejuízo financeiro em relação ao transfer completo porque ainda dei uma certa sorte. Sendo assim, se quer ir logo para o México, pague pelo transfer. Não tente se aventurar que nem eu, a não ser que pretenda ficar alguns dias em Belize. Segue um breve roteiro do deslocamento completo até Mahahual: a) Q100 até Cidade de Belize com empresa Getaway, saída 6h, chegada 12h; b) Q22 até Chetumal com a empresa Cabrera's Transporte até a fronteira (3h30 de viagem). Os responsáveis pelo transporte não me esperaram fazer todo o procedimento de check-out na imigração, que envolve o pagamento de uma "módica" taxa de 32,50 dólares belizenhos (ou U$$ 16,25 americanos). Me abandonaram na fronteira; c) Tive que pagar 100 pesos mexicanos a mais em um táxi até Chetumal, mas o preço na verdade seria de 200. Só não paguei isso porque chorei bastante com o motorista e porque ele conseguiu outras pessoas para dividir a corrida; e d) Do Terminal de Combis de Chetumal até Mahahual mais 110 pesos. Fim do relato! Espero que tenham gostado. Qualquer dúvida podem falar comigo por aqui ou pelo Instagram https://www.instagram.com/viajadon_/2 pontos
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Oi Susi, estive em Machu Picchu no ano passado, segue algumas ponderações: - Eu fui de van + trilha por ser mais econômico, foi uma experiência única. Faria novamente. É absurdamente mais econômico que o trem, entretanto não há conforto. - A van sai por volta das 06h00 de Cusco, há uma parada para almoço e a partir deste ponto inicia-se a trilha. Cheguei em Águas Calientes no final da tarde. Muita água, repelente e espirito aventureiro. Conheço pessoas que foram de trem e dizem que é uma experiencia única também, há diferentes categorias de vagão e etc... mas o valor do investimento é alto. É necessário colocar na balança. - Sobre o ingresso, compre com antecedência. Conheci viajantes que estavam lá a 3 dias e não haviam conseguido comprar na hora. Quando o parque atinge sua lotação, eles não disponibilizam ingressos na hora. Escolhi o circuito 2 (o mais procurado) e 3 meses antes da data da visita, já estavam esgotados. - Ao subir, não deixe de contratar um guia ou fazer parte de um grupo com guia. A experiencia é completamente outra, eles falam muito sobre a história, cultura e curiosidades da montanha. Muito diferente do que só passar pelos lugares. Paguei cerca de 30 soles em um grupo de 6 pessoas. Os guias se concentram na entrada do parque e nas filas dos ônibus, e você negocia com eles ali mesmo. - A subida e descida você pode fazer caminhando ou há ônibus que levam os turistas até a entrada do parque. Eu optei por ônibus para chegar vivo lá e ter energia para explorar o local. É comum pessoas subirem de bus e descerem caminhando. Subir aquilo não deve ser fácil, realmente muito íngreme. Não lembro dos valores, mas é acessível e você compra por lá mesmo o ticket. Espero ter ajudado, have a nice trip!2 pontos
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Tudo vai depender do quanto você é desenrolado. Acordar bem cedo e colocar uma plaquinha de carona para alguma cachoeira, depender da boa vontade de alguem, fazer amizades nos bares tentando conseguir alguma carona. Como disse o parceiro a cima, não é dificil mas você fica a mercê do tempo dos outros. Muitas cachoeiras na chapada não precisa de guia, eles falam que precisa mas na real nao precisa, é pagar a entrada e ja era. Da ultima vez que fui para la, fiz duas em Lençois ; Mosquito e Poço do Diabo e ambas não foram necessário guia. No Vale do Capão a cachoeira da Fumaça por cima tbm não se faz necessário guia e super de boa a demarcação da trilha, as diversas Riachinho, Purificação não precisa de guia tbm. As unicas que pagamos guias pq era obrigado e muito necessário foi em Ibicoara para ir no Buracão e na Fumacinha, mas aí é um rolê de Lençois, tem de ver um tour com alguma agencia que realmente será mais caro, Fumacinha na epoca paguei num guia que é um parceiro 140 reais por pessoa, hj ja deve estar uns 200. Mas assim cara, se é tua vontade de ir pra la, se joga. Com certeza vc vai aproveitar da sua maneira, vai fazer amizades, lá é muito comum ter caronas, dos próprios viajantes mesmo que alugam carros.2 pontos
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Olá amigos! recentemente fiz uma viagem para a Europa, vistei Londres, Paris, Veneza, Florença, Napolis e Roma. Foi sensacional! e já estou me programando para a do ano que vem. Gostaria de conhecer o Leste europeu, Viena,Praga, Budapeste.Minha idéia é ir em outubro de 2025,mas não tenho datas nem roteiro definido aínda. Alguém com a mesma vontade de conhecer o Leste europeu no segundo semestre de 2025? Podemos montar o roteiro juntos, tenho certeza que será uma viagem incrível!2 pontos
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Vai do seu perfil, há 3 formas de ir para MP - Trem, Trilha Salkantay (4 dias) e Van e a pé. Fui duas vezes para cidadela e ambas foram de van e a pé, a diferença de valor é gritante (20 dolares ida e volta , referência de 2022) no entanto é bem mais cansativo, são umas 6,7 horas de van contornado pelas montanhas da região, chegando até a hidrelétrica e em seguida necessário andar pela linha do trem mais umas 2 horas em um caminho maravilhoso. Esse tipo de percurso faz você obrigatoriamente dormir em Aguas Calientes para assim visitar Machu Picchu no dia seguinte, caso volte de van no dia seguinte tenha em mente que você tem que visitar a cidade de manhã, descer pegar as coisas e estar na hidreletrica até as 14hrs que sao os horarios que saem as vans, logo você tem que estar até meio dia com tudo pronto. Das vezes que fui tinhamos tempo, entao ficamos 2 noites em Aguas Calientes e conseguimos fazer tudo com calma, descer andando de MP até Aguas Calientes pois o onibus se nao me engano custam 12 dolares o percurso, depois visitar as aguas termais da cidade e consegui até jogar um futebol no campo que há la. Já de trem é bem mais caro, mas a vantagem é que você consegue fazer tudo em um dia só caso nao tenha interesse em ficar em Aguas Calientes. Quanto aos circuitos, isso foi a maior merda que fizeram e tudo para explorar os turistas, antes você conseguia andar por todo o sitio e agora não mais obrigando a quem tem dinheiro comprar varios circuitos, da ultima vez peguei o circuito 2 pois parecia ser o mais completinho mas todos te proibirão de ver algo a não ser que compre os 3 circuitos. Entre esse classico e panoramico não tinha quando fui, mas acredito que o panoramico pegue a parte alta da cidade, fazendo com que vc nao entregue dentro das ruinas, dificil opinar mas se fosse comigo eu iria de classico.2 pontos
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Mano, vc vai para uma região turística em época de carnaval. Some 2+2. A tendência é tudo estar lá em cima em termos de valores. Chapada Diamantina infelizmente não é exceção. mesmo fora da temporada algumas coisas ali ficam pesadas para uma pessoa só. Com base na minha experiência na chapada dos veadeiros (fora de temporada, diga-se de passagem), recomendo que faça isso que vc já escreveu, cola com uma galera e racha tudo. De carro alugado até passeio. Fica muito menos pesado. A desvantagem é que vc fica a mercê da boa vontade do grupo em algumas situações (sabe aquele indivíduo que só levanta às 10 da manhã, ou aquela dona que passa 2 horas se maquiando? Tem esse risco ). Guia não é muito diferente de agência. Só um pouco mais "independente". Mas por se tratar de região hiperturística, é altamente possível que tudo funcione ali na base da associação de guias (como vc apontou), com preço tabelado e tudo mais. Muitos moradores pegam a licença para isso também. Mas, recomendo que estude bem os atrativos e veja o que vc precisa fazer com guia, e o que vc pode fazer com guia. Pq provavelmente tem lugar onde vc pode ir por conta própria/grupo, mas muito guia passa a perna (lembro uma vez em Roraima que um guia tentou "levar" meu grupo para uma cachoeira toda sinalizada e demarcada que ficava do lado da cidade, se eu não conhecesse a região meu grupo teria sido feito de trouxa ).2 pontos
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Fui pesquisar sobre as danças e percebi que são as danças e folclore pelas quais sou apaixonada, a diablada vi q é bem popular no carnaval de Oruro. Já estou me organizando p ir em 2026.2 pontos
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boa noite a todos. Estou nesse exato momento em El Chalten e posso confirmar que realmente estão cobrando entrada ja no inicio das trilhas, poreeeem.... Sempre tem um jeito: As guaritas funcionam entre 8:00 e 18:00, então, muita gente passa fora destes horários e acaba não pagando. Claro que a laguna de los tres, não pode faltar para ninguém, mas existem outras trilhas que não estão sendo cobradas e são surpreendentes também. Uma delas, bem conhecida e a laguna torre. Não existe cobrança para acessar a trilha, porém estão falando que este acesso sera fechado, e o acesso será o mesmo da laguna de los tres/ fitz roy. Outra trilha pouco conhecida, porém muito linda, e o mirador de lo paredon. Similar ao mirador de los condores, porém do outro lado do rio, ela passa por uma area privada que não faz parte do parque nacional, por isso não existe cobrança. vc acessa pela ponte que atravessa o rio de las vueltas. Não é sinalizada, porém e bem demarcada, leva em torno de 2 horas , ida e volta, e na minha opinião tem uma vista muito mais bonita que o mirador de los condores. O lago del disierto, que da acesso ao glaciar huemul, tb é uma area fora do parque, mas como e privado, tem cobrança de taxa, como sempre teve. Esta taxa e de 1.700 pesos, porem, vc vai precisar de um transfer para chegar la que custa 25.000 pesos. Hoje a cotação esta em 194 pesos para 1 Real pela W.U. Ha outra coisa, preparem o bolso quando vierem, pois tudo aqui aumentou, muito...... Eu e minha esposa estivemos aqui em janeiro de 2024, exatamente um ano atras, e os valores mais que dobraram em relação ao real. Uma empanada sai entre 3000 e 3500 pesos, hamburguer, entre 16.000, a 20.000,00, Ovo no mercado, UMA unidade, em torno de 300 pesos, e por ai vai.... Bem, espero ter ajudado. Abraços2 pontos
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Não @Roberto Brandão, não faltou. O segundo lugar da lista é Budapeste, que possui um custo de vida MENOR que o de Brasília. O mesmo ocorre com TODAS as outras cidades da lista. Dizer que é melhor porque o custo de vida é 2,46 menor que nos EUA, o mundo todo entra na lista, exceto por algumas cidades nórdicas. Convenhamos... pesquisa de fundo de quintal.2 pontos
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mas não vai te faltar rolê de cerveja e mil tipos de cervejas artesanais hahauaha, eu nem sei citar pq não me lembro bem e não tomo muita cerveja, mas o Gui pirou com a diversidade da última vez, haha!2 pontos
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Subitens: mochila; barraca; isolante e saco de dormir; roupas; calçados; higiene; cozinha; eletrônicos. Resolvi postar esse texto aqui pq essa seção “gambiarra” é a mais divertida. Não existe o equipamento mais durável, mais leve e mais barato. Obviamente, na maioria dos casos você terá que escolher uma coisa ou outra. E o mercado de equipamentos outdoor é como os outros, também explora seu consumismo, vende ilusão e te enche de parafernália. E agora, com a onda ultralight, a “obsolescência programada” é certa, pois quase tudo vai existir em versões com 50, 100 ou 200 gramas a menos daqui a alguns anos. Portanto, não vou sugerir aqui equipamentos que são os mais leves possíveis. Vou apenas falar das minhas sugestões e adaptações considerando algum equilíbrio entre preço, qualidade e baixo peso. A tralha, evidentemente, não é a essência do aficionado por montanhas, mas conhecer ela faz parte do hobby e é muito importante na hora de planejar aquela caminhada disfarçada de retiro espiritual ... e sem perrengue de Coach. A primeira dica é "pesquisar, desconfiar e ponderar". Pesquisar bem e não comprar por afobação ou sem refletir se realmente é necessário ou se realmente é uma boa relação preço/qualidade/peso. A segunda dica é lembrar que perder peso (ou melhorar seu condicionamento físico) geralmente é mais barato que trocar seus equipamentos pesados por equipamentos mais leves. Afinal, para um montanhista com razoável condicionamento físico, carregar ~ 12kg de carga numa travessia de 3 ou 4 dias não é nada demais. Bastões de trekking e mochila: Não seja teimoso e use pelo menos 1 bastão para poupar os joelhos nas longas decidas com degraus na trilha. Não precisa ser ultraleve pois vc não vai carregar ele nas costas. Eu prefiro aqueles de regulagem de altura contínua (e não aqueles que regulam em estágios, pois assim fica mais fácil ajustar a altura correta nas barracas que usam bastão). Você pode colar uma fita-macho de velcro (aquelas bem largas) no bastão para conseguir prendê-lo facilmente na alça da mochila enquanto tira fotos sem deixar o bastão cair no chão. Na alça da mochila vc costura a fita-fêmea do velcro. A mochila talvez seja o item mais difícil de escolher sem poder provar ou testar previamente com carga. Para trekkings curtos, as da Conquista e Alto Estilo são boas opções (https://conquistamontanhismo.com.br/mochila-alpina-50-litros-conquista1 ou https://www.altoestilo.com/produtos/ultra-light-35-11/). Para cargas maiores, a Conquista não tem mais a Alpina 77L (não consigo me desfazer dessa mochila que aguenta mais de 20 kg de carga e pesa apenas 1400g). Como ela já tem mais de 20 anos, e centenas de quilômetros, a barrigueira estragou e fiz uma barrigueira nova sob medida que ficou melhor que a original. A Naturehike tem um modelo de 70-80L que pesa menos de 1800g (procure pelo modelo NH70B070-B na Aliexpress ou o modelo https://www.lojaam.com.br/mochila-naturehike-discovery-70) cujo preço não é tão absurdo como as da Ferrino, Osprey ou Deuter. Mas repito, para cargas grandes (acima de 18 kg em expedições longas) o melhor é testar a mochila primeiro, com especial atenção à barrigueira. Capas de chuva pra mochila costumam não ter muita utilidade, o que faz diferença mesmo é saco plástico grossinho e novo (0.08 de espessura, no mínimo) para proteger e organizar suas coisas. Trocar as sintas laterais do mochilão por sintas maiores também é útil para aumentar a capacidade de carga (e um saco estanque caseiro, feito sob medida com nylon 70 impermeável e selador Coleman, vai ser útil). Barraca: Em geral, as barracas mais utilizadas são as de 1 e 2 pessoas. As de 2 pessoas sempre tendem a ser mais leves se considerarmos o peso por pessoa. Uma barraca leve para 2 pessoas deve pesar menos de 2 kg e, de 1 pessoa, menos de 1,2 kg. Não vale a pena comprar coisas mais pesadas que isso. As boas e velhas NTK Falcon 2 e Falcon 3 satisfazem esse critério e são razoáveis se você trocar os espeques e as armações originais por armações de alumínio e passar selador na metade superior de todo o sobreteto da barraca. Ao trocar as armações, você pode aproveitar para rebaixar um pouco o sobreteto, reduzindo uns 2 cm no comprimento das armações. Se vc tem um pouco mais de dinheiro pra gastar, a melhor opção parece ser as 3F Lanshan 1 (apenas 690 g) e 3F Lanshan 2 (apenas 1050 g), veja as versões PRO e não-PRO no Aliexpress). Se vc é mais rústico, sem grana e não liga para condensação pode considerar a Trilhas e Rumos Flash2 (que pesa 1,2 kg para 2 pessoas). Em geral, as barracas autoportantes da Naturehike não valem a pena (relação preço/peso e resistência a vento) comparativamente às da Lanshan (pois essas usam os próprios bastões como armação). Exceto, claro, se você for usar também para viagens de bicicleta, onde não vai usar bastões. Veja boas dicas sobre barracas ultralight e equipamentos no canal https://www.youtube.com/watch?v=6Lx1poRslWE. Ser autoportante geralmente não faz falta nenhuma pois é tranquilo de montar a barraca mesmo sem espeques (afinal, onde não tem solo macio tem pedras grandes pra amarrar a barraca, basta levar uns cordins pra isso). Aliás, é muito útil sempre costurar uns pontos de amarração extra nas bordas da barraca e já deixar os cordins nos pontos de amarração/escoramento. Para condições de vento extremo basta reforçar os pontos de tensão do tecido com selador de costura Coleman (esse selador é o melhor, mas sumiu do mercado brasileiro... aceito sugestões de outros realmente tão bons) e também costurar alguns pontos extras de amarração nas bordas do sobreteto. Ah.. e não esqueça do footprint, que recomendo usar uma manta de emergência reutilizável da Decathlon (https://encurtador.com.br/PSd4x) ou um "tapete/esteira de acampamento aluminizado" da Aliexpress (https://abrir.link/knmAf) que pesa apenas 200g (no tamanho 1.4 x 1.9 m) e ainda reflete um pouco da radiação de onda longa e vai fazer diferença para acampar em terreno de cascalho. Sistema de dormir: Isolantes térmicos infláveis são "furáveis" e vc deve avaliar se vale a pena correr esse risco. A economia de volume na mochila será pequena se vc considerar levar um isolante EVA pequeno só para proteger o inflável. Não vale a pena comprar isolantes infláveis com mais de 600 g ou com R-value menor que 1.0. Se o fabricante nem informa o R-value do isolante é provável que o isolante seja ruim. Entre os isolantes tradicionais tipo "EVA" os materiais variam muito e, em geral, os mais finos que ~2 cm são desconfortáveis, especialmente para quem dorme de lado. Além disso, com 2cm ou mais de espessura o isolante vai servir para expedições futuras sob clima mais frio. Uma opção interessante é o EggCrate Plus da Naturehike (com 2.5 cm de espessura e R-value de 2.5 e peso de 530g (https://encurtador.com.br/iGDBL)) ou o da MOBI Garden (com 2.6 cm de espessura, R-value de 2.6 e 440 g (https://encurtador.com.br/TVh39)) ou ainda os caros e ultraleves da Mountain Spring (como o Eagle-299 com R-value de 2.6 e apenas 280 g (https://encurtador.com.br/w8MhQ) ou a combinação de 2 para melhorar o conforto e ainda ficar abaixo de 600g. Mas lembre-se que usar dois isolantes de R-value de 1.5 não vai resultar num isolamento correspondente a R3.0 (sempre vai ficar abaixo disso). Quando o assunto é saco de dormir é difícil fazer uma sugestão que agrade a todos. No Brasil em geral, um saco com temperatura de conforto de -2 graus é suficiente. Para essa temperatura de conforto há várias opções em torno de 1 kg. Desconfie de sacos milagrosos, provavelmente não há sacos para essa temperatura abaixo de 700g, mesmo com plumas de fill-power alto. Ignore a tal "temperatura extrema" que alguns fabricantes informam. Na Aliexpress tem sacos de marcas ou de modelos que não vendem nas lojas do Brasil (como o modelo ULG400 da Naturehike para -4graus e apenas 880gramas, que provavelmente não aguenta -4, mas é uma boa opção para 0 e -2 graus: https://a.aliexpress.com/_mPc13kR ou o IceFlame modelo SD400-NXT-M para -2graus com 730g: https://encurtador.com.br/weS0i). Se vc ocasionalmente precisar de um saco para -6 ou -8 graus vc pode simplesmente colocar 1 saco de verão dentro do saco de plumas (como o Mícron X-lite da Azteq ou mesmo um caserão costurado com mantinha de microfibra com apenas 1.3m de altura, que vai pesar ~250g). Mas não espere que colocar um saco dentro do outro seja mais leve que um bom saco especificamente projetado para -8. Outro item que recomendo para complementar o saco de dormir é o saco de dormir de emergência "aluminizado" da LIXADA (https://abrir.link/ZugqZ), que diferente dos demais é respirável e não faz barulho. É um item barato e leve (apenas 120 g) que vale a pena. E para quem morre de medo de sujar o saco de plumas, usar um desses por dentro também pode ser uma boa ideia. Roupas: Em geral não vale a pena comprar roupas muito caras para trekking fora de alta montanha. Como todos sabem, para atividades físicas de longa duração deve-se evitar ao máximo roupas de algodão porque não secam rapidamente. Camisetas manga longa tipo "dry fit" da Decathlon são suficientes. Calças idealmente devem permitir uma boa flexibilidade. Uma camiseta manga longa leve pesa menos de 140 g e uma calça sintética leve pesa menos de 250 g. Uma blusa ou jaqueta de fleece leve pesa menos de 300 g e um corta vento leve pesa menos de 250 g. Vestir duas camisetas manga longa é suficiente para frio leve. Independentemente do número de dias do trekking, 2 camisetas manga longa e 1 calça são suficientes. Reserve apenas uma manga longa limpa para dormir e para o translado da volta. Se a previsão marcar muito frio leve uma calça de fleece fina para dormir (menos de 240g). Confira se a previsão do tempo realmente indica a necessidade de uma jaqueta de plumas pois elas geralmente são caras demais e não podem molhar. Uma jaqueta de plumas leve pesa menos de 400g. Um item polêmico nas roupas são as calças e jaquetas impermeáveis e respiráveis. Na maioria das vezes vc não vai usar calça impermeável-respirável e as leves (menos de 300 g) geralmente são caras demais para um uso tão ocasional. As jaquetas impermeáveis e respiráveis são caras e pouco duráveis (em poucos anos a impermeabilidade se acaba, mesmo num anorak NorthFace). Teste a sua antes de sair de casa. Uma opção é o velho poncho impermeável (que não é respirável, mas é aberto nas laterais). Um poncho leve, em tecido 20D da Naturehike, pesa 200g: https://encurtador.com.br/Y1p9d). Particularmente ainda uso jaqueta impermeável e respirável, mas opto por aquelas não muito caras modelo "running" da Decathlon (https://www.decathlon.com.br/jaqueta-de-corrida-impermeavel-corta-vento-homem-kiprun-rain-2b/p que pesa apenas 225g). Mas não se iluda, nenhuma jaqueta impermeável e respirável vai te manter seco se vc continuar caminhando rápido na chuva. Mesmo que ela tenha uma ótima respirabilidade ela não vai conseguir expulsar todo o suor e vc vai molhar por dentro. As meias merecem especial atenção pois devem ser relativamente grossas e transpirarem bem para evitar bolhas (meias com Coolmax são ótimas para isso). Se vc transpira muito nos pés considere trocar as meias no meio do dia. Por fim, um boné ou chapéu com abas ajuda a proteger do sol (ou uma camiseta com capuz) e vc poderá ficar menos melecado de protetor solar ao longo de alguns dias sem banho. Calçados, perneira e joelheira: Ainda recomendo botas, especialmente as de couro ou nanox, por 3 motivos: i. melhor proteção contra espinhos e cobras; ii. maior firmeza do tornozelo; iii. impermeabilidade com respirabilidade. Na maioria das vezes é tranquilo tirar a bota e pendurar no pescoço para atravessar rios ou atoleiros fundos. Como calçado de descanso (ou para cruzar rios), um Crocs, sandália ou “meia com sola” (“sapato de água” ou de pilates) pode ser útil. Destes, a "meia com sola" é o mais leve e barato (~200 g: https://encurtador.com.br/Q2G9o). Destas 3 opções, a sandália (apesar de um pouco mais pesada que “a meia com sola”) é o melhor calçado reserva para quem tem risco de dores no calcanhar, dedão, unha encravada, etc. em caminhadas longas. A necessidade de perneira depende, entre outras coisas, do quão isolado o lugar é de um hospital que realmente tenha soro antiofídico, da época do ano e do ambiente/contexto da trilha (trilhas mais fechadas no cerrado e em solitário, por exemplo, pedem perneira). Não confunda perneira para lama ou neve com perneira para cobra. Uma perneira antiofídica comum (de courinho fino comprada em loja agropecuária) pesa ~550g. Uma perneira para cobra de material mais leve, exceto para o bolso, pode pesar ~330 g (como as https://www.turtleskin.com/collections/snake-armor). A perneira para cobra vai ser útil também para proteger dos espinhos nas trilhas do litoral e do sertão. Se você tem dores no joelho nas trilhas longas, talvez seja útil levar 2 bastões de caminhada. Outra opção é usar uma boa joelheira já desde o começo da trilha (como por exemplo a DonJoy Reaction Knee Brace: https://www.fisiostore.com.br/busca?busca=DonJoy%20Reaction%20Knee%20Brace). Se vc já sente essas dores no dia-a-dia antes de sair pra trilha, nem vá. Levar 2 bastões também poderá ser útil para atravessar rios (se tiver muita correnteza seja prudente e use um cordin de pelo menos 20 m, como um paracord 4 mm ou uma linha dyneemma soft de 2 mm). Higiene e cuidados: Em trekkings com mais de 2 pernoites (e/ou com mais pessoas menos experientes) pode ser prudente um kit de medicamentos um pouco mais completo. Para reduzir o volume, retire os comprimidos das caixas originais e corte apenas alguns comprimidos de cada (pode ser necessário reescrever os nomes dos medicamentos). Um comprimido de dipirona, Flanax, dexametasona, vonau, própolis e simeticona por pessoa, no mínimo. Salve as bulas desses medicamentos no celular e leia-as. Uma fita microporosa e um pouquinho de creme cetocort. Em trekkings mais longos, um antibiótico e um colírio Tobrex pode ser útil. Uma escova pequena, um pouco de pasta e fio dental são itens óbvios. Se vc costuma ter bolhas nos pés, um pouco mais de fita micropore e um pouco de pó granado pode ajudar a manter os pés mais secos. Protetor solar, manteiga de cacau, 30 mL álcool 70% líquido, 1/3 de sabonete e papel higiênico completam a lista. Considero que o shit-bag deveria ser obrigatório em trilhas muito lotadas ou em locais muito frios ou ambientes com pouco ou nenhum solo. Mesmo quando este não é o caso, é muito bom ter um shit-bag quando “vem aquele chamado” às 22h numa noite de chuva. Lembre-se, cada evacuação deve ser embalada em 2 saquinhos de plástico biodegradável (https://oeko.com.br/loja/uso-residencial/sacos-compostaveis-uso-domestico/saco-em-bioplastico-compostavel-4-litros-100-unidades-2/) (que vai permitir vc enterrar esses saquinhos posteriormente em um local mais apropriado ou destinar num lixo orgânico comum caso vc use papel e não lenço umedecido, que é sintético) e mais 1 saquinho plástico de espessura 0.10 (que não precisa ser de bioplástico) para reduzir a saída de odores. Com esses 3 saquinhos, seu shit-bag poderá ser qualquer coisa, como um pote, outro saco plástico grosso ou um pequeno saco estanque. Cozinha, água e alimentos: Sempre leve uma garrafa com ~1L de água em local acessível (sem precisar tirar a mochila das costas) e mais uma garrafa pet 2L vazia para poder transportar água em trechos mais críticos ou no acampamento. Uma garrafa de boca bem larga (como aquelas "tipo Nalgene" pode ser útil como copo e ainda aguenta água quente sem derramar para colocar dentro do saco de dormir em noites geladas: https://encurtador.com.br/YvRj3). Não confie que a água seja limpa. Trate a água pelo menos com Clorin. O Clorin, no entanto, pode não matar patógenos maiores como certos protozoários e, por isso, usar também um filtro pode ser útil. Filtrar também é muito útil para reduzir sujidades visíveis na água. Um método barato é usar um filtro de piscina cortado (tipo saco, de 1 micra ou 1 micrômetro: https://www.totalfiltros.com.br/refil-e-filtro-de-reposicao/refil-bbi-pp-bag-20-01-micron-bag201-7898677182456) e depois pingar algumas gotas de água sanitária. Mas lembre-se, a água sanitária não pode ser velha (e use um conta gotas que veda bem) e a água tratada precisa repousar por ~20 min antes de poder ser consumida. A estratégia mais comum de alimentação em caminhadas é reforço no café e na janta e pequenos lanches ao longo do dia. Particularmente, meu café favorito na montanha é (185 gramas): ovo, café solúvel, mingau de aveia com açúcar mascavo. O ovo pode ser cozido previamente (aguenta cozido uns 3 dias) ou cozido na hora em pequenas sessões de fervura e repouso na água quente. Para o ovo não quebrar na mochila é só envolver em filme de pvc e colocar num porta ovo leve. Minha janta favorita (132 gramas): miojo com batata palha, com 2 ketchup e uma pitada de salsa e cebolinha desidratada ou Lemmon Pepper. Isso é um pouco mais leve que os pacotinhos de comida liofilizada e bem mais barato. Vc não precisa ferver o macarrão por 3 minutos. Vc ferve e desliga duas vezes que dá certo e economiza gás. Como lanchinhos (200 gramas) recomendo barrinha de cereais, leite em pó, amendoim torrado, salaminho e Tang. Note que café, lanches e janta têm sempre um item salgado. Cada um precisa testar uma dieta que dê certo, seja saborosa e na quantidade mínima para não passar fome. No passado eu levava uns 800g/dia e hj percebo que basta ~550g/dia. Vc pode se planejar e ganhar um pouco de peso antes da aventura. Uma panela de titânio Toaks de 550 mL é uma ótima opção para aventuras de 1 a 3 pessoas. Ela também serve de copo, pesa apenas 87g e cabe certinho um miojo. Para 4 ou mais pessoas, uma caneca de alumínio fininha compensa mais (para fazer a comida de todos ao mesmo tempo, com menos de 340g). Se vc usa gás, o fogareiro BRS 3000 MINI pesa apenas 30g, mas ele é pequeno demais para panelas coletivas grandes. Se vc prefere espiriteira a álcool dê uma olhada nos kits da Oma Gear ou nas espiriteiras de titânio na Aliexpress. Por fim, não esqueça de uma colher qualquer, um canivetinho e um mini isqueiro Bic. Eletrônicos: Em geral, o mínimo é levar um celular com MapsMe, Wikiloc ou outro app instalado. Uma das vantagens do wikiloc é que ele não é uma rede social e, portanto, não te amola com notificações nem com supostos “likes” de “amigos”. Certifique-se de carregar os mapas para uso offline no app. Mas, para mais de um pernoite, provavelmente vc vai precisar de um powerbank (recomendo o Nitecore NB10000 mAh de apenas 150g: https://pt.aliexpress.com/item/1005007162945710.html?spm=a2g0o.cart.0.0.5b577f06sjlMKG&mp=1&gatewayAdapt=glo2bra) com cabo USB e uma lanterna pequena. Uma lanterna de cabeça pequena (de preferência a pilha, pra durar mais) é suficiente. A Nitecore tem boas opções abaixo de 50g. A maioria dos montanhistas não usa mais GPS dedicado e isso exige um pouco mais de confiança de que o celular não vai te deixar na mão. Por isso, fique atento aos sinais de "fim de vida" do seu aparelho antes de ir pra montanha dependendo dele. Além disso, se vc depende dele, lembre-se de usar uma capinha ou capinha estanque para garantir que ele não vai quebrar nem molhar caso seu aparelho não tenha certificação ip67 ou ip68. Para os mais prevenidos, um celular mais resistente, como o Doogee s41 Max pode ser uma boa opção (256 Gb de memória interna, 6Gb de RAM, bateria de 6500 mAh, preço abaixo de 1000 R$, resistente a água, poeira e pancada, mas que não tem bússola e a tela não suporta 4K). Infelizmente, os celulares robustos não costumam ter câmeras tão boas, então tenha isso em mente caso vc não leve uma câmera fotográfica dedicada. Alguns montanhistas mais prevenidos também levam um rastreador satelital, como o famoso SpotGen, ou um rádio VHF, como o barato Baofeng de potência 5watts. Se você vai pernoitar em lugares muito frios (abaixo de -3, aproximadamente) é altamente recomendável colocar seus eletrônicos, ou apenas suas baterias, dentro do saco de dormir. Isso é útil pq o frio pode realmente descarregar algumas baterias. Caso sua aventura seja muito longa, como 5 dias ou mais, pode ser interessante levar também um carregador solar portátil. A marca Lixada (no Aliexpress) possui alguns modelos portáteis de até 10W que pesam apenas 100g (improvise uma fixação na parte superior do mochilão pois a velocidade de carregamento é de apenas ~400 mA/h). Por fim, se você também é um aficionado pela fotografia, vai querer levar uma câmera dedicada e, ao menos, um tripé portátil. Em geral, uma câmera dedicada só vale a pena em relação ao celular se for uma câmera portátil boa (sensor de 1 polegada como a Canon g9x, Canon g7x, Sony rx100, Sony zv-1 ou outra, todas com ~300g) ou superior (sensor aps-c ou Full-frame). Infelizmente, as compactas de sensor de 1 polegada não preveem uso de filtros (como os necessários filtros cpl e ND). Na Canon g9x, o filtro ND interno não é suficiente. Então, para poder usá-los vc vai ter que improvisar um encaixe para um filtro 37mm (na Canon g9x, por exemplo, dá certo com uma tampa de Rexona rollon, rsrs ... afinal aqui é a seção “gambiarra” do mochileiros.com). Entre as câmeras melhores, as mais leves são as mirrorless. Uma boa opção realmente compacta era a Canon M200, mas que agora só está disponível no mercado europeu. Desconheço alguma outra opção com sensor aps-c que seja tão compacta quanto a M200 (que inclui também lentes intercambiáveis “relativamente compactas”). Aceito sugestões ... os fabricantes de câmeras parecem achar bonito só os equipamentos grandes e pesados. A Canon M200 com a lente 18-150 mm cabe numa pochete. Se vc usar uma câmera de sensor de 1 polegada vai conseguir usar aqueles tripés ultra frágeis e vagabundos de apenas 280g (1 m de altura). Se usar uma aps-c vai ter que usar um tripé um pouco mais firme, como o Nagnahz NA3560-A (540 g se vc cortar o último avanço dos pés). Espero ter sido útil. Abraço. André.2 pontos
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Eu tiraria esse vinho durigan.. é só uma loja tosca pega turista que vende vinho doce. E também a questão do Madalosso..é comida não é ruim, porém ir até a região só para comer acho muita perda de tempo! Tem outros restaurantes iguais e mais centrais exemplo o La Campesina. Tem tanto restaurante bom aqui que comer frango polenta e risoto considero meio desperdício Abs.2 pontos
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A ideia era ser uma viagem econômica, porém como passamos a madrugada no aeroporto de guarulhos e a viagem foi longa no primeiro dia acabamos pegando um hotel melhor. Novotel Panama, que não saiu tão caro pq foi emitido com milhas pelo azul viagens. Esse certamente foi o melhor hotel de toda a viagem, pois no resto das hospedagens optamos por quartos mais baratos e consequentemente mais simples. Muitas vezes acabamos ficando em hostel, porém sempre em quartos privativos. Na maioria com banheiro também privativo, mas também ficamos em quarto privativo e com banheiro compartilhado. O primeiro perrengue já surgiu assim que chegamos ao Panamá. A copa havia alterado nosso vôo, deixando uma conexão apertadíssima (34 minutos) para o voo de saída da costa rica. Havia tentado contato antes da viagem para resolver e encontrei informações desconexas, portanto esperava conseguir resolver no aeroporto com a equipe da copa panamá, e no fim não adiantou, pois empurraram o problema para a azul, pois eles haviam emitido a minha passagem. Isso fez com que eu acabasse perdendo um bom tempo e estresse no telefone fazendo ligação internacional pelo skype para a azul no Brasil, mas no fim consegui resolver e antecipar meu vôo. Do aeroporto fomos direto para o hotel para fazer o check in. Do aeroporto de Tocumen (PTY) é muito fácil chegar até a cidade do Panamá, pois a cidade conta com metrô. Única cidade da américa central que conta com metrô na realidade, e o metrô é razoavelmente novo, tanto que em minhas pesquisas antes de viajar encontrei informações divergentes, pois a extensão do metrô até o aeroporto é ainda mais recente. Cerca de um ano atrás era necessário pegar um ônibus do aeroporto até o metro, e agora já é possível embarcar do próprio aeroporto. Há um ônibus interno e gratuito para ir de um terminal ao outro e até o metrô, mas dá para ir caminhando se estiver no terminal 2 pois é bem perto. Para pagar o metrô você pode comprar o cartão de transporte público no aeroporto mesmo ou pode utilizar qualquer cartão visa e master por aproximação nas catracas do metro. De início usamos nossos cartões da wise, mas notamos alguns bugs, pois era necessário passar cartão para entrar e sair (pode ser que seja pela diferença de preço conforme a distância percorrida) e em uma situação o cartão travou e um cidadão panamenho passou gentilmente o seu cartão para nos liberar. Segundo ele o sistema era novo e contava com falhas algumas vezes. Tirando isso foi sempre muito tranquilo usar transporte público no Panamá. Sendo assim, acho que vale a pena usar a tarjeta de transporte, em vez de cartão débito internacional ou crédito comum. Até pq para ônibus tem que ser com a tarjeta própria.2 pontos
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Quem estiver a caminho da Bolívia, tá compensando infinitamente mais trazer reais em espécie. A cotação pra troca nas casas de câmbio tá girando entre 1,70 a 1,80. Já a cotação oficial da Wise tá menos de 1,20. É ruim trazer todo o dinheiro de papel, mas tá compensando infinitamente mais.2 pontos
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Fala amigos mochileiros, dicas básica sobre uma das prais mais queridinhas do meu Ceará. Qualquer dúvida fico à disposição A cerca de 200km de Fortaleza está localizado Icaraí de Amontada (ou Icaraizinho de Amontada). Praia ainda rústica mas que já está em franco crescimento imobiliário. Hoje já é mais fácil encontrar pousadas, flats, dentre outros, os restaurantes já estão mais preparados para a vida noturna com música ao vivo. Já tem cafeteria e empanadas argentinas (Insta: Las Marias e La Juanita), ambas deliciosas, que deixo como recomendações. Sobre os passeios, os dois tradicionais são o de Moitas e o de Carneiros. Moitas é possível chegar tranquilamente de carro (cerca de 7km, não precisa ser de 4x4). O passeio de barco é bem gostoso (são três paradas, no mangue, na Ilha das Ostras e na Lagoa da Cobra). Pagamos R$ 50 por cabeça adulta e metade pelas crianças. Procure ir na maré cheia. Carneiros também dá pra ir de carro, mas no 4x4/bugre é possível desfrutar de pontos específicos e não só a praia. Fica aqui esta dica de praia que nós amamos2 pontos
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Dê uma olhada nesse post https://tudoquehapraviver.com/bolivia-como-trocar-dinheiro-na-bolivia-no-cambio-paralelo-atualizado-2024/2 pontos
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South Africa and Tanzania Itinerary 28/11 (qui) – Campo Grande to Guarulhos Gol (G31475): CGR to CGH (14:45 - 17:30) – R$482,25 Airport Bus Service: CGH to GRU (18:20 - 19:40) - R$54,87 29/11 (sex) – Guarulhos to Cape Town Ethiopian (ET0507/ET0845): GRU to CPT (01:30 – 07:30+1 - 13:00+1) - R$5872,26 30/11 (sab) - Cape Town (14:00 - Seguir placas E-Hailing: Bolt): CPT a Mojo Hotel & Market: 30 Regent Road, Sea Point – 30/11 a 06/12 - 6 diárias s/café – R$1918,58 (15:00 - Bolt): The Old Biscuit Mill - The Neighbourgoods Market (mercado municipal, comida e música) sab/dom – 8,9km Waterfront, Two Oceans Aquarium – 4,9km (Bolt) 01/12 (dom) – Cape Town (06:00hs – Bolt – 9,1km): Table Mountain Cableway Return 2h no topo com 3 Trilhas: Agama - 30min, Dassie - 15min e Klipspringer - 45min) Table Mountain Cableway Return (R$142,88) Chek weather: https://www.tablemountain.net/ Opcional: Platteklip Gorge Starting Point - trilha 2h subida (tarde - Bolt): Greenpoint Park and Biodiversity Garden – 8,6km DHL Stadium (exterior) – 1,2km Oranjezicht City Farm – feira local (sab/dom - 8 as 14hs) – 900m The Cape Whell (250r) (exterior) – 550m Victoria Wharf Shopping Centre – 220m Two Oceans Aquarium: tanque de tubarões, aquário de nemos, show de pinguins (9:30 as 18:00) (250r) – 600m The Watershed – 160m Frame Table Mountain – 300m Cape Town Diamond Museum - 200m (disp) Zeitz Museum of Contemporary Art Africa: maior museu de arte contemporânea africana do mundo – 300m (disp) Nightlife: Waterfront Sea Point Promenade: obra de arte rinoceronte, Sea Point Pavilion (piscina externa) Long Street Camps Bay (Victoria Road) 02/12 (seg) – Cape Town (06:00-07:00) Pick-up: Mojo Hotel - Beyond Africa Safaris: Tour Cape of Good Hope & Penguins - R$276,27 Bo-Kaap Chapman’s Peak: Bantry Bay, Clifton, Camps Bay, Llandudno, Maiden's Cove Hout Bay: Sea Island: passeio barco, focas (45min) (100r) Bay Harbour Market: sex a dom Noordhoek: café torrado Cape of Good Hope a Cape Point: trilha 40 min (360r) Visitar a Placa do Cabo da Boa esperança que fica ao lado do mar embaixo, subir as escadas nas pedras até o topo de um morro. Depois se dirigir ao farol a pé ou de funicular. Almoçar no restaurante com vista para o mar e conhecer as praias dentro do parque, ver os babuínos nas estradas. Boulders Beach: pinguins (190r) Boyes Drive: Kalk Bay e St. James Beach Old Cape Road 02/12 (seg) – Cape Town (15:00 - Bolt) Iziko Bo-Kaap Museum: colorful houses (60r) (disp), Wale St e Chiappini St – 4,5km The Village Idiot: drinks – 800m (disp) The House of Machines: música ao vivo – 350m Greenmarket Square: artesanato - Long Street - 130m St George’s Cathedral – 500m District Six Museum (60r) - apartheid - 550m (disp) Castle of Good Hope (50r) – (09:00 as 16:00) – 350m Heart of Cape Town Museum – 4,6km (disp) Extras: Muizemberg – (colorful houses, surf, Cape Point way) – 24km Iziko South African Museum and Planetarium (Historia Natural da Africa) South African Jewish Museum (Judaico) Simon’s Town – cidade base naval Bloubergstrand Beach – view table mountain (20min centro) 03/12 (ter) – Cape Town (manhã - Bolt) Kirstenbosch National Botanical Garden – (R$80,87 - 08:00–17:30) - 17,1km Statue of Nelson Mandela (entrada) Conservatório: plantas do deserto e savana Treetop Canopy Walkway: trilha sobre arvores (130m) Arboretum: Garden of Extinction The Braille Trail (400m) Fynbos Trail: Jardim de Proteas (1km) Fragrance Garden Walk (500m) Medicinal Garden Walk (500m) (tarde - Bolt) Lion's Head Hiking Trail: 2h roudtrip (levar água e lanche) Signal Hill Table Mountain Frame: 1h roudtrip Extras (disp): Glen Constantia: vinho com chocolate, Groot (Wine Tasting), Buitenverwachting (Picnic no gramado) – 6,9km Foxcroft Restaurant (almoço) – 2km Groot Constantia: tour guiado, Grand Constance – 500m 4/12 (qua) – Cape Town (08:10 – Walk) Pick-up: M6, St Johns Rd Sea Point - Citysightseeing: Tour Winelands Stellenbosch, Franschhoek, Paarl - R$246,00 - 300m (17:45): Waterfront / Camps Bay 5/12 (qui) – Cape Town (09:00 - Bolt) Pick-up: The Nelson Mandela Gateway To Robben Island: Tour Robben Island Museum – R$204,57 – Levar Passaporte - 5,8km Catamarã até a Ilha, passeio de ônibus guiado, caminhada a Prisão Nelson Mandela e retorno ao Waterfront (13:00 - Bolt) Promenade Mall (almoço) – 8,5km Camps Bay (Twelve Apostles) – 260m Maiden's Cove – 1,2km Clifton – 1,6km Mojo Hotel – 2,2km (18:00 - Bolt) Gold Restaurant - Reserved 18:30 Optional djembe drumming: 130r + 14 Dish African feast: 475r 6/12 (sex) – Cape Town to Johannesburg (Bolt) Flysafair (FA100): CPT to JNB (05:45 – 07:50) - R$479,05 Gautrain: OR Tambo Station to Sandton Station: Card (36r) + Pay-as-you-go Sandton Station (219r) – 15 min 350m to Onomo Hotel Johannesburg Sandton (Signature Lux): 135 West Street, Nelson Mandela Square, Sandton – 6/12 a 8/12 – 2 diárias c/café - R$564,20 – 230m Nelson Mandela Square (statue) – 34m (walk) Sandton City Mall – 300m Constitution Hill: antiga prisão e atual tribunal (100r self guide tour – 1h20m) – 10,5km (Bolt) Victoria Yards: market (carrot-cake, fish and chips) – 4km (disp) (Bolt) Rosebank Mall - African Art Craft Market (basement) – 8,6km (disp – last stop red bus) (Bolt) Melrose Arch – street with arts, shops and restaurants, Melrose arch Plaza, jantar e vida noturna – 4,3km (disp) (Bolt) 7/12 (sab) – Johannesburg Onomo Hotel Johannesburg Sandton (Bolt - Stop 1 - 09:00) - Holiday Inn Hotel in Rosebank Oxford road - Citysightseeing - R$233,79 – 5,9km Day Bus: (Stop 4 - 09:33) - Monroe Drive Viewpoint (photo stop) (Stop 7 – 10:26) Apartheid Museum (160r – 2h40) – Depart: 13:06 (Stop 8 – 13:14) Gold Reef City - (13:33) Soweto Tour: FNB Soccer City (exterior) – 4,1km Plate - Welcome to Soweto – 3,7km Orlando Towers – 4,6km Hector Pieterson Memorial – 3,1km Vilakazi Street: Mandela House – 600m Soweto Brewing Company – 1,1km (Stop 8 – 15:33) Gold Reef City (Stop 1 – 16:31) Rosebank (Rosebank Mall - African Art Craft Market) - (Stop 1 - 17:32) Hotel Shuttle to Southern Sun Sundton (18:12) 850m to Onomo Hotel Johannesburg Sandton 8/12 (dom) – Johannesburg to Arusha (Bolt - 184r) Rwandair (WB103/WB440): JNB to KGL to JRO (03:10 - 11:55 - 14:40) – R$1785,32 Visa fee: 50U$ Suricata Safari: Transport to Rich Hotel: 14 Bondeni Street, 00255 – 8/12 a 9/12 - 1 diária c/café - R$160,00 4 Days Safari Midrange - 1350U$ pago: R$1528,42 (270U$) / falta: 1080U$ (17:30 - Walk): Central Market – 120m Maasai Market Curios and Crafts – 1,1km Clock Tower – 450m The Tanzanite Experience: free, vídeo, mine replic – 180m National Natural History Museum: botanic garden, stuffed animals (6U$) - 290m Shanga Gift & Workshop (disabled) – 6km Njiro Complex – 9,3km (Bolt) 9/12 (seg) – Arusha (06:35 - 07:20) - Safari Sole Tours - Pick up: Rich Hotel (Check-out) and Tour Materuni Waterfalls, Coffee, Hot Springs – R$555,24 (18:00): Suricata Safari: Golden Crest Hotel: P.O.BOX 13285 Old Moshi Road - 9/12 a 10/12 – 1 diária c/café 10/12 (ter) - Arusha - Safari Day 1 (06:00) Suricata Safari: Arusha to Tarangire Suricata Boma Lodge 11/12 (qua) – Safari Day 2 Suricata Safari: Tarangire to Serengeti, Masai Village Visit (15U$) Serengeti Angata Camp 12/12 (qui) – Safari Day 3 Suricata Safari: Serengeti to Ngorongoro Ngorongoro Angata Camp 13/12 (sex) – Safari Day 4 to Arusha Suricata Safari: Ngorongoro to Arusha (18:00) Golden Crest Hotel: P.O.BOX 13285 Old Moshi Road - 13/12 a 14/12 – 1 diária c/café 14/12 (sab) – Arusha to Zanzibar (Stone Town) Suricata Safari: Transport - Air Tanzania (TC135): JRO to ZNZ (06:55 - 07:55) – R$907,16 Visto para entrada em Zanzibar = 40U$ http://zanzitaxi.com +255773104273 (6 trechos: 175U$) – É uma opção, mas consegui desconto contratando na hora os taxis. (Taxi 10$): Spice Palace Hotel: Soko Muhogo Street Jaws Corner - Stone Town - 14/12 a 15/12 - 1 diária c/café – R$293,00 (09:00 – walk): St Joseph’s Cathedral – 130m Freddie Mercury Museum: 10 as 18hs - (8U$) – 160m Old Fort – 220m House of Wonders (fechado) – 77m Forodhani Park: mercado noturno – 67m Palace Museum (fechado) – 140m Hamam Persian Baths (tour 5u$ - disp)– 350m Christ Church Anglican Cathedral – 450m Spice Community Shop - mercado de especiarias: canela, pimenta preta, gengibre, cravo, extratos líquidos de baunilha, banana e manga em frascos pequenos, castanha de caju sem sal, chips de peixe, souvenir e artesanato – 400m Darajani Bazaar: mercado principal dividido em peixe, carne, frutas, vegetais, especiarias e lojas ao redor com itens variados – 150m (noite): Shangani Public Beach (sunset) 15/12 (dom) – Zanzibar (Stone Town to Nungwi) (09:30): Tour Prison Island (giant tortoise, entrance: 15U$) and Nakupenda Sandbank (snorkel) + seafood lunch – (Beach: 20u$) (14:30 – Taxi 35U$ ou Dala-dala 3U$ + mala): Mawimbi Bungalows: Nungwi - 15/12 a 18/12 – 3 diárias c/ café - R$1272,00 16/12 (ter) – Zanzibar (Nungwi) (manhã): Nungwi Beach (tarde): Mnarani Aquarium: sea turtles, mini tour, esqueletos de baleias e golfinhos – (10U$) - 1,7km 17/12 (qua) – Zanzibar (Nungwi) (08:30) - Tour Mnemba Island, Snorkeling and Dolphin - (Hotel: 30U$) (12:30 - Walk): Kendwa Beach – 2,7km 18/12 (seg) – Zanzibar (Nungwi to Paje) (06:00 - Taxi 50$): Villa Kiota: P.O. Box No. 1443 - Paje - 18/12 a 19/12 c/café - R$157,00 (08:00): Paje Beach, Kite Surf Extra: Maalum Cave (15U$) – 2km Reserved: http://www.maalumzanzibar.com/ (13:00 - Taxi 15U$): The Rock Restaurant / Pingwe Beach: Reserved 14:00 -16:00 - Back in Black: arroz negro, lula e camarão 32U$ ou arroz com frutos do mar e polvo, tiramisu de coco. (17:00 – Taxi 15U$): Villa Kiota 19/12 (qui) – Zanzibar (Paje) to Guarulhos (Taxi 35$) Villa Kiota to ZNZ Ethiopian (ET0838/ET0506): ZNZ to GRU (03:20-06:00/ 09:50-16:00) (Uber): GRU to San Raphael Hotel: Largo do Arouche,150 - 19/12 a 21/12 - 2 diárias c/café - R$304,00 20/12 (sex) – São Paulo Vinte e Cinco de Março Mercado Municipal Avenida Paulista 21/12 (sab) – São Paulo to Campo Grande (Uber) San Raphael Hotel to GRU Gol (G31496): GRU to CGR (21:10 - 22:05) South Africa Foods: Biltong e droewors (carne e linguiça seca cortada em fatias) Boerewors (linguiça) Braai/Shisa Nyama (churrasco) Pap en vleis (mingau e carne de milho) Chakalaka (feijões, vegetais como cebolas, tomates, repolho, cenouras, especiarias) & Pap (mingau) Bunny Chow (sanduiche exótico, pães cozidos, recheados com curry picante) Potjiekos (ensopado de carne, batata e vegetais) Bobotie (Carne de gado/cordeiro picada cozida com curry, ervas e frutas secas, assada e coberta com mistura de ovo e leite) – Nelson Mandela Melktert (torta de creme) Pudim de Malva (cozido e doce, feito com geleia de damasco e molho de creme quente) Samosas (mini pastéis indianos de carne ou vegetal) Amarula Don Pedro (licor de creme, marula e sorvete) Tomate Bredie: ensopado espinafre oriental, tomates, canela, gengibre e pimenta, Feijão, cardamomo e nenúfares Vetkoek: bolo de massa frita, dividido ao meio recheado com carne picada, boerewors ou frios. Cape Town – Restaurants: Gibson's Gourmet Burgers & Ribs Mzansi (tradicional) Karibu Restaurant Mozambik V & A Waterfront (seafood) Miller's Thumb Gold Restaurant (apresentação folclórica) The Hussar Grill Camps Bay (carne) Cape Town – Bars: Shimmy Beach Club The Dubliner The Village Idiot Ferrymans Irish Tavern Cape Town Markets: Checkers, Woolworths, Spars Johannesburg – Restaurants: Trumps (beef) Cilantros (tábua de tapa) Hard Rock Cafe (burguer) Thunder Gun Tanzânia Foods: Arroz Pilaf Pão com Avelâ e Tâmaras Tubarão com Pimenta Polvo com coco Boku-boku (carne moída, gengibre, malagueta, cebola, tomate) Arusha – Restaurants: George's Tavern Uzunguni City Park (local) Khan's Barbeque Arusha – Bars: The Hub Arusha Picnic Bar Kipong Bar and longe Zanzibar – Restaurants and Bars: Fisherman's Seafood & Grill Badolina Secret Garden (atum ceviche e atum com grão de bico) Mama Mia (lagosta grelhada, espagueti com lagosta) Baraka Beach Resturant Lukmaan Restaurant (local, self-service - Stone town) Cannibal Party - Pwani Mchangani Expenses for the trip to South Africa and Tanzania: Airfare: R$9572,54 Accommodation: R$4668,78 Tours: R$2437,52 - R$1739,62 (pg) + 1815R (100U$) + 249U$ Visa: R$286,50 (50u$ x R$5,73) + Visto Zanzibar (40U$ x 5,73) Safari: R$7802,42 = (270U$ visa = R$1528,42) + (500U$ x R$5,73 = R$2865,00) + (500U$ x R$5,85 =R$2925 ) + ( 80U$ x R$6,05 =R$484 ) Transportation (Bolt): ? Meals: ? Additional Costs: ? Subtotal: R$24.996,96 Total: ?2 pontos
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Atualizando: (Dezembro/2024): Referente a Transporte: Como ja foi falado, linha 120 ônibus leva do Centro até Cataratas; Serviços de transporte por aplicativo funciona normalmente, porém 99 é bem mais rápido que própria uber e, outro app que funciona bem, InDrive (dar pra negociar valor com próprio motorista). Meu deslocamento basicamente foi por aplicativo de transporte Cataratas lado Brasileiro Realizei passeio Amanhecer nas Cataratas (inicia por volta das 5:15h da manhã). Ocorre dia de quinta e sábado. A entrada começa antes do parque abrir, então não tem aquele tumultuado de gente. O ingresso dar direito a entrada no parque e café da manhã servido no restaurante Porto Canoas (fica dentro do parque) - Valor R$ 230 (porem peguei uma promoção de uma agência de turismo em Foz que dava desconto se pagasse em pix,portanto saiu 207,0). Nas Cataras tb tem outros passeios: Por do sol Nas Cataratas ( R$195 reais), ocorre após fechamento do parque, entao também é numero mais reduzido de turistas. E Existe apenas o valor da entrada do Parque, que o ingresso convencional R$ 105 reais Fotos batidas pelos profissionais nas Cataratas cobram 50 reais por cada foto. Macuco Safari Valor: R$ 383, e a meia R$193 (peguei uma promoção de uma agência, entao saiu valor no pix a meia por 171,90). Fotos batidas pelos profissionais no Macuco : R$ 40 reais por cada foto. Cataratas lado Argentino Reservei com uma empresa de turismo, saiu total R$ 430,0 reais (ingresso 265 + transporte 150 + 15 taxa). OBS: A compra do Ingresso é em pesos Parque das Aves Valor ingresso R$80, porém tem meia R$ 40. A entrada é ate 16:30, porem podendo ficar no parque até 18hs. No espaço também tem vários bebedouros espalhados para encher garrafas. Marco 3 fronteiras Valor ingresso R$ 52, Meia: R$26 = Porem dependendo de onde compra é cobrado também uma taxa de turismo de Foz no valor de 3 reais. Atualmente, além do por do sol, da placa dos 3 países que é clássica, existe também um show, apresentação de danças dos 3 países (Argentina, Paraguai e Brasil) e termina por volta das 20:30. Vale a visita também. Uber aqui na volta demora um pouco para conseguir, porém tem taxis na entrada disponíveis. Itaipu Possui passeio Itaipu Panorâmico R$ 60 e meia R$ 30. Como próprio nome diz, é apenas passeio de ônibus pela área externa com duas paradas para fotos. E tem também passeio Itaipu Especial que adentra também a parte interna R$ 175 inteira e R$ 87,50 a meia. OBS: Realizei o panorâmico, achei muito sem graça, optaria em outra oportunidade fazer o passeio especial. OBS 2: Passeio Itaipu Especial tem algumas regras, então caso alguem tenha interesse é bom ver antes de ir, referente a calçados e roupas que são permitidas e parece que bolsas não entram, porém, eles alugam um locker. Mesquita/ Templo Budista Mesquita: R$ 30 inteira, R$ 15 meia. Visitação com explanação um pouco da religião islâmica. Tem algumas regras de vestimentas, mas quem não está apropriado eles fornecem roupas e também é possível levar um alcorão que tá incluso no valor da entrada. Em frente a mesquita tem uma loja de doces árabes que vale a visita. Templo Budista: Gratuito. Espaço um pouco mais afastado do Centro, mas tem ônibus que passa pela região. Indico fazer os itaipu, Templo Budista e mesquista, já que são opostos as demais atrações Puerto Iguazu Realizei através de uma empresa, a saída de Foz ás 16h. Passou pelo dutty free, Marco das 3 fronteiras lado argentino (tem algumas lojinhas de souvenir, o monumento da pedra que simboliza a união dos 3 países, mas é mais parado que o lado brasileiro), Feira de Puerto Iguazu (maior parte do tempo) - Compensava ainda a compra de alguns vinhos, azeite, porém após a entrada do atual presidente de lá, os preços triplicaram referente há um ano atrás. E passeio foi finalizado no Cassino para conhecer. Paguei R$ 100 reais por empresa de turismo. Restaurantes Restaurante Barracão é bem diversificado a comida, buffet livre e paguei 42,90 na semana. FDS valor é outro, mas vale a pena, refeição livre, a vontade, incluso sobremesa. Restaurante Rafain: Fui para o jantar com show... comida espetacular e apresentação de shows de vários países latino-americanos. Buffet livre comidas árabes, japonesas, italiana, churrasco, saladas, pratos quentes, bem diversificado com diversidade também de sobremesas. R$ 259,0 (como comprei por uma agência saiu 225 no pix). Porém, não ta incluso bebidas, achei um pouco caro valor das bebidas. Expedição Aguaray Para sair um pouco do tradicional a Expedição envolve trilhas, canoagem pelo Rio Iguaçu e banhos de cachoeira. Tem grupos pela manhã e a tarde. Paguei 180 por uma empresa ATUALIZAÇÃO DE VALORES E DICAS DE ALGUNS PASSEIOS!2 pontos
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Apenas vá, independente de como esteja. Fui duas vezes, alagado e seco, alagado pode parecer mais surpreendente mas ao menos quando fui me limitou de ir em alguns picos do Salar, já quando fui com ele seco senti que foi bem mais proveitoso, fora que o ideal é fazer o tour de 3 dias pelo deserto, então o Salar acaba sendo só a cereja do bolo. O deserto e seus vulcões e paisagens acho que são mais impressionantes que o Salar. Da ultima vez que fui em 2022, fiz o tour pela Uyuni Trans Andino, e achei ótima, paguei 750 pesos bolivianos o tour de 3 dias e duas noites pelo deserto, com hospedagens com agua quente, sendo uma noite em quarto privado e uma em quarto compartilhado e todas as refeições. Os franceses que foram conosco pagaram quase o dobro e tiveram o mesmo pacote que o nosso, pois ofertaram para eles que seria duas noites em quarto privado e banho com agua quente, não sei se foi comunicação falha ou o famoso pra gringo é mais caro. O instagram deles é @uyunitransandino , você pode fazer a cotação pelo insta, conseguimos chegar pela manhã na cidade de Uyuni e ja ir na mesma manhã fazer o tour , lembrando que não pagamos antecipado, informei que pagaria em dinheiro assim que chegasse. Quando tinha ido em 2015 fomos querer fechar o tour após a chegada, oque fez com que nos atrasasse e o pacote foi fechado só para o dia seguinte, ai ficamos numa turma marolando o dia todo na cidade que não tem muito oque fazer.2 pontos
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Dia 02: Um dia especial, para dizer o mínimo. 05 de novembro de 2024 Como o primeiro dia foi basicamente só para chegar em Ushuaia, resolvi acordar um pouco "mais tarde", pois sabia que a partir dali, a viagem de fato começara. Creio que era antes das 8h, quando levantei a cortina e me deparei com um céu fechado, focando um pouco melhor, reparei que chovia diferente, ESTAVA NEVANDO!!! Lembro de ter ficado bons minutos só olhando para fora, eu não acreditava muito no que estava enxergando, nevava pouco, mas para quem nunca havia presenciado aquilo, foi algo muito especial (ao longo da viagem eu fui me acostumando 😅). Depois aquilo simplesmente se foi, me convidando para ir viver o primeiro dia completo naquele lugar. Meu roteiro estava todo pronto, embora algumas atividades precisei realocar ou abandonar por conta do clima, coisa que antes da viagem não dei muita atenção. O anfitrião da casa me ajudou muito com o roteiro, me introduzindo na realidade de Ushuaia hahaha Na parte da manhã saí caminhando em direção ao Carrefour, o objetivo era sacar dinheiro na Western Union e fazer algumas compras. Quando cheguei ao local ainda estava fechado, a informação de horário no Google não estava correta, paciência, fiquei lá fora aguardando abrir, enquanto isso começava a nevar novamente, mesmo sentindo um pouco de frio, eu estava muito feliz. 1125.mp4 A quantidade de neve que eu já estava feliz de ver haha, só não sabia que no mesmo dia eu teria uma experiência inimaginável. As portas foram abertas, eu e mais duas pessoas entramos, os primeiros clientes do dia hahaha. Como já havia pesquisado na internet onde ficavam as agências da Western Union, foi bem fácil de encontrar, esperei ali uns cinco minutos e fui atendido, o processo foi bem tranquilo, a moça me entregou o dinheiro (troquei R$800), e as notas mais altas eram de 1000 pesos... Fiz algumas compras e voltei para "casa", tomei um café da manhã e me preparei para sair. Quando dizem que o clima na Patagônia é diferente, acreditem, em um dia pode acontecer de tudo, vocês vão entender do que falo a partir de agora. A foto acima, na rua, é voltando do Carrefour, eram 9h40. Saí em direção ao centro de Ushuaia às 11h, e o clima já se encontrava totalmente diferente. Fui caminhando pelas ruas, parando e observando como aquele lugar funcionava, as fotos acima são no Paseo del Centenario, se tiverem tempo, é um lugar bacana para visitar e ficar admirando a vista. Vindo de uma cidade de menos de 30 mil habitantes, aquele ambiente parecia meio familiar. Descendo na avenida principal, caminhei até o letreiro da cidade, ali havia uma pequena movimentação de turistas, inclusive um Brasileiro que aparentemente estava viajando de moto. Como o Museu Marítimo de Ushuaia ficava ao final da Avenida San Martín, optei por ir caminhando do lado de fora, contemplando de um lado a imensidão do canal Beagle e do outro as montanhas, infelizmente a maioria estava encoberta pelas nuvens. Mesmo com o tempo meio cinza para o lado das montanhas, eu não conseguia tirar os olhos por muito tempo, era uma vista absurdamente linda. Eram tantas imensidões ao mesmo tempo que não sei se já processei tudo que foi vivido na viagem, escrevendo já me bate uma saudade de estar caminhando por aquele lugar (voltar seria interessante). Por ali existem diversas praças, barco encalhado e com certeza outros pontos históricos que não visitei. Caminhei cerca de 2km até chegar ao Museu Marítimo de Ushuaia, o famoso "museu do presídio". Entrada: $36.000 pesos (R$207 hoje) Depois de pagar você recebe alguns folhetos com mapa e informações, no começo achei que teria dificuldade de me situar lá dentro, mas é muito tranquilo, porque todos os 5 pavilhões (4 acessíveis) se encontram num hall central, onde existe um café (bem pequeno, com comidas e bebidas). Não vou entrar em muitos detalhes, mas para quem se interessa pelo contexto histórico do local ou tem curiosidade de conhecer, vale muito a pena, o acervo é enorme, embora creio que os textos poderíam ser melhor apresentados. Tem galerias de arte também, com obras mais recentes. Caso opte por ir ao museu, reserve no mínimo 2 horas do seu dia. Onde vi menos pessoas foi no pavilhão que se encontra original, é um lugar um pouco estranho, as marcas do tempo, os banheiros, as celas, algumas com portas ainda, tudo ali. Só estando lá para entender, um frio em todos os sentidos. Depois de ficar um tempo no hall do museu descansando e procurando algum lugar para comer no maps, vi que lá fora estava nevando de novo, só que agora estava mais intenso. Caminharia o que fosse possível, a minha segunda opção era chamar um Uber, mas encontrei um café por perto e resolvi encarar a neve hahaha. 1125(1).mp4 A cafeteria se chama El recreo, ela fica numa esquina, bem próximo ao museu. Um lugar muito aconchegante e bonito. Pedi um sanduíche, um alfajor e um café, estava ótimo. El recreo https://maps.app.goo.gl/MtFrUhCcKhvzT5W37 Antes de sair do café, conversei com a atendente sobre a cidade, perguntei o horário que começava a escurecer, se não me falha a memória, até as 21h estava tranquilo, dei tchau e segui para "casa". Deixei o café pelas 16h, no roteiro eu tinha mais um local para visitar, o Glaciar Martial, porém, no começo da manhã conversando com o anfitrião da casa, ele disse que talvez não seria um dia interessante, porque a previsão do tempo não era favorável. Como comentei, o clima naquela região é diferente, eram 16h e já havia dado sol, céu azul, céu nublado, nevado pouco, nevado muito, e no fim da tarde (para nós Brasileiros), nevava pouco e o céu estava abrindo novamente. Caminhando de volta, resolvi mandar uma mensagem para o anfitrião, perguntando o que ele achava da ideia de subir o Glaciar Martial, ele devolveu a mensagem dizendo que era possível subir, a vista da cidade provavelmente não estaria visível, mas estaria lindo de qualquer jeito. Comentei que já estava retornando, e ficamos de conversar sobre. Aquela mensagem me fez acelerar o passo, eu só queria chegar em "casa", passei por uma praça que não havia parado na ida, li as descrições e apertei o passo de novo. Em casa, conversando novamente com o anfitrião, ele mostrou fotos de como estava o Glaciar Martial naquela tarde, ESTAVA NEVADO, ESTAVA LINDO!!! Mostrei as roupas que tinha trazido para a viagem, muitas coisas não eram impermeáveis e nem suportavam o frio que estaria fazendo lá, tínhamos um problema, porém, foi resolvido em segundos, o anfitrião SIMPLESMENTE ofereceu tudo que eu precisava, para ir com mais segurança, um grande amigo! Mesmo tendo olhado as fotos e conversado com ele sobre as roupas, eu ainda não tinha real noção do que encontraria lá, o tanto de neve que estava prestes a presenciar. Para vocês terem uma noção, o meu "kit" para subir o Glaciar Martial foi: Os itens em azul são os que foram emprestados • Touca • Luva térmica (para temp. negativa) • Pescoceira fleece • Jaqueta impermeável com 2 camadas • Camiseta segunda pele térmica • Calça impermeável • Calça segunda pele térmica • Bota impermeável • Mochila de ataque 15l • Bastões de caminhada Observação importante: Pela manhã, haviam chegado mais dois viajantes na casa, e praticamente só nos cumprimentamos, foi bem quando eu estava de saída. Antes de subir para me arrumar, o anfitrião disse que os Argentinos (os dois viajantes que haviam chegado de manhã) também estavam indo para o Glaciar Martial e que passaríam ali para me buscar. Me troquei o mais rápido que pude, desci as escadas, fui avisado que os dois já estavam na frente da rua me esperando, agradeci o anfitrião e saí para a aventura. Já posso afimar que acontecem diversas coisas inesperadas numa viagem, ainda mais estando sozinho. Essa foi apenas a primeira hahaha. Cheguei no carro (Uber), cumprimentei todos com um pouco de vergonha e me ajeitei, afinal, eu nem sabia o nome deles, mas estava muito animado, e isso passava por cima de qualquer coisa. Depois que o carro arrancou, percebi que ao lado de um dos Argentinos havia esquis apoiados no banco, eu tinha tantas perguntas na minha cabeça, como assim eles vão esquiar? Fiz poucas perguntas durante o percurso, apenas observava as paisagens e tentava acompanhar a conversa dos dois com a motorista. Conforme o carro avançava e nos aproximávamos da entrada, ficava nítido na minha mente o tanto de neve que deveria estar acumulada lá em cima. Chegamos na entrada às 17h34, organizamos os equipamentos, eu só tinha a mochila e os bastões, eles tinham esquis, prancha de snowboard (estava no porta-malas do carro), e mochilas maiores com as botas apropriadas para o esporte. Eu estava muito empolgado, achando tudo aquilo o máximo, mesmo não entendendo se eles subiriam comigo até o final, eu nem sabia onde era o final, mas a comunicação melhorou com o tempo. Passado alguns minutos já estávamos todos alinhados, e era hora de subir. Não haviam nem 10 pessoas subindo naquele horário, estava muito tranquilo. Optamos por subir pelo lado direito, o caminho mais comum acredito, e ali já tinha muita neve, lembro de ficar rindo de vez em quando, eu não acreditava no que meus olhos mostravam. Algo que agora é engraçado de falar, é que quando começamos a subir eu estava aprendendo como usar os bastões, não sabia se estava fazendo do jeito certo, creio que naquele momento não hahaha, em algum momento subindo, não sei como, um bastão pegou na minha boca, nem dei bola, achei que não fosse nada. Depois percebi que tinha sangue escorrendo do lábio, foram alguns minutos até parar de sangrar, que perrengue hahaha. Paramos em alguns pontos para beber água e descansar, principalmente os dois, por estarem carregando um peso considerável, mas como o objetivo era chegar ao final da trilha, seguíamos subindo e subindo. Quando alcançamos a placa "Fin de senda / End of trail" foi um dos momentos mais surreais da viagem, porque ali de fato eu percebi a grandeza daquele lugar, eu olhava para os lados e só avistava neve e montanhas, simplesmente lindo. Creio que descrever com exatidão a imensidão e o sentimento de estar em um lugar na natureza seja uma tarefa complexa, talvez seja preciso vivenciar. 1125.mp4 No vídeo é possível ver o lábio inchado 😓 Conversamos rapidamente, fizemos algumas fotos e resolvemos subir mais um pouco, onde os dois iriam iniciar a descida. A caminhada até o ponto definido foi um pouco difícil, a neve estava afundando até o joelho, mas deu tudo certo. 1125(2).mp4 Eles iniciaram a descida, fiz algumas filmagens e voltei caminhando, foi interessante porque a partir do momento em que fiquei sozinho, começou a nevar mais, a visibilidade já não era das melhores, e por alguns momentos senti medo, era como se estivesse isolado num lugar extremo, fiquei imaginando como seria no Everest, a cabeça estava assim hahaha. Ouvindo apenas o som das botas apertando a neve e os bastões fazendo o seu trabalho, desci focado em busca dos dois aventureiros. Encontrei eles depois de um tempo, naquela parte o clima já estava melhor, o medo já havia acabado, os Argentinos caminhavam e iam procurando lugares que ainda era possível fazer ski/snowboard e eu continuava seguindo o caminho. De volta a entrada, chamei um Uber e ficamos aguardando. O cansaço já começava a dar as caras, mas não importava muito, eu me sentia realizado, havia presenciado algo único e era apenas o segundo dia da viagem. O Uber chegou, embarcamos e voltamos para "casa". O segundo dia havia sido intenso, só lembro de chegar, tomar um banho quente e capotar, o próximo dia se aproximava...2 pontos
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Depois de meses enrolando para postar meu relato, finalmente tomei vergonha na cara e me sentei para escrever sobre minha viagem ao Peru. Bom, decidi há uns cinco anos atrás que precisava conhecer Machu Picchu e imediatamente comecei a pesquisar tudo que poderia saber sobre como chegar, quanto era, o que fazer e por aí vai. Para minha surpresa (e vergonha por não conhecer), o “país de Machu Picchu” tem muito mais coisas além do sítio arqueológico. Então foi bem difícil definir um roteiro para 15 dias que incluísse o máximo de lugares possíveis. Essa foi minha primeira viagem internacional e sozinha, incluindo a primeira vez andando de avião. Então foram meses de muita pesquisa, ansiedade, frio na barriga e 15 dias de muitas primeiras vezes. Muitos relatos daqui do site me ajudaram a montar meu roteiro, e embora quisesse passar dois meses conhecendo o país todo, tive que decidir onde ir e meu roteiro ficou: 5 dias – Lima e Ica 10 dias – Cusco Decidi ficar a maior parte do tempo em Cusco pois amo história e queria muito conhecer o máximo de lugares possíveis por lá. Comprei as passagens um mês antes, e paguei aproximadamente 2500 nos 3 trechos: SP-LIMA/LIMA-CUSCO/CUSCO-SP Realizei o sonho de entrar na decathlon e poder comprar um monte de coisas hahahaha E depois de preparar a mala para frio e calor (confesso que exagerei um pouco na quantidade), comprar uma bota de trilha e pesquisar mais um pouco, o grande dia chegou. Vou deixar meu insta aqui, que lá tem uns destaques com mais coisas da viagem (@ale_tiengo) e caso precisem de ajuda, indicação de restaurantes, etc. 1º dia Cheguei em lima por volta das 11h (super confusa com o fuso horário) e caçando um wifi pois havia avisado todo mundo que chegaria 11h mas esqueci o detalhe do fuso kkkkkkkkkk Eu já havia reservado com o hostel um transfer do aeroporto para lá. O aeroporto de lima fica há uns 50 minutos de distância do centro de lima então, se programe para pegar um uber ou reserve um táxi. Na porta do aeroporto é um caos, vários taxistas oferecendo corrida em espanhol, então é uma confusão para sair de lá mas achei meu transfer. Me hospedei no Kokopelli que fica no bairro Barranco, este é um bairro menor e mais voltado para vida noturna e fica há alguns minutos da praia. O hostel é maravilhoso, tem uma arquitetura linda e com certeza foi uma das melhores experiências. Embora seja um bairro ótimo e muito bom para trocar dinheiro, o centro comercial fica em Miraflores, então após chegar no hostel pedi um uber para Miraflores pois precisava comprar um chip de internet. Um uber de Barranco para Miraflores custa por volta de 8 a 10 soles, e dá para ir de ônibus por 2 soles. Comprei o chip na operadora Bitel (uma loja amarela que tem em todo canto), escolhi um plano de 40 soles por 20 gb por 30 dias e durou a viagem toda usando tranquilamente todas as redes sociais, funcionando praticamente em todos os lugares. Depois de garantir meu chip e finalmente voltar a ter internet, aproveitei para conhecer o bairro de Miraflores. Esse bairro é mais luxuoso e cheio, com muitas lojas e restaurantes. Fui até a famosa Praça Kennedy onde vivem muito gatinhos soltos e tem algumas esculturas da cultura peruana. A praça é linda, possui uma catedral ao lado e é ótimo para aproveitar o dia passeando. Para almoçar, achei uma galeria cheia de food trucks com diversos tipos de comidas, e provei o famoso Lomo Saltado. Uma delícia, muito bem servido e um preço ok (30 soles). Conheci também o Shopping Larcomar, um shopping a céu aberto construído em cima do penhasco de lima, a vista é maravilhosa, porém nesse dia a neblina estava por todo lado. Pesquisando alguns museus descobri que no dia que chegaria em Lima o Museu de Arte de Lima tinha entrada gratuita e aproveitei para conhecer. O museu tem uma arquitetura lindíssima e diversas exposições de artistas peruanos (normalmente a entrada custa 30 soles e é gratuita as quintas). Voltando ao hostel, realizei o check in e no Kokopelli oferecem walking tour gratuito com os meninos do Lima Experience. Eles oferecem um tour histórico e um gastronômico, você consegue fazer os dois no mesmo dia começando as 8h no kokopelli e voltando 18h. Decidi fazer os dois no segundo dia. E aproveitei a noite no bar do hostel tomando algumas cervejas. 2º dia Depois do café da manhã todos que iriam fazer o walking tour se reuniram na entrada do hostel para aguardar o guia. Todo o passeio é feito usando transporte público e andando. Escolhi fazer o tour em inglês porque o espanhol não é meu forte e estava apanhando para entender e responder os peruanos hahaha Nossos guias foram o Yoced e o Alex, do hostel eles nos levam até uma parada de ônibus até o centro de Lima, de onde se inicia o tour. O grupo contava com 10 pessoas, a maioria de um país diferente e todos muito gente boa. O primeiro tour que fizemos foi o gastronômico. Aqui vou falhar com vocês porque passamos por muitos lugares e paramos em alguns para comer então não me recordo exatamente de cada parte do tour mas provamos primeiro a Maca, um suco com leite e a fruta maca que possui nutrientes energizante e é o equivalente ao cafezinho para os peruanos. Depois fomos andando pelo centro de lima, sempre parando em algumas barracas conhecidas pelo guia para comer alguma comida típica. Eles explicavam a origem de cada prato e como eram feitos, as comidas geralmente são divididas entre o grupo assim não fica caro e todos provam (gasto de 1 sol no máximo por comida). O tour é muito bom, vale muito a pena e é uma ótima oportunidade de conhecer a cidade para quem tem pouco tempo. Fomos também ao Mercado Central de Lima, onde eles compraram diversas frutas para provarmos. Nesse tour fiz amizade com alguns gringos super simpáticos: Simon, Natalie e Tamar. Os três também estavam começando a viagem no Peru e viajavam sozinhos também. Embora cada um seja de um país diferente, nos damos bem logo de cara e todos decidiram ficar para o próximo tour, então os guias nos deixaram no ponto de encontro para o próximo passeio que seria em 1h. Aproveitamos para tomar alguma coisa antes do próximo passeio, já que estávamos cheios de provar tanta comida. Dividimos uma jarra de chicha morada, uma bebida feita de um milho roxo do peru, que é muito boa para refrescar. Nos juntamos ao próximo grupo para o tour histórico, onde conhecemos mais algumas pessoas. Neste tour fomos aos principais museus da região de Miraflores e do Centro onde os guias explicavam sobre a história de cada lugar, a entrada dos museus é por conta de cada turista. No final do tour damos uma gorjeta no valor que desejar como forma de pagamento aos guias. Eles também nos levaram para um local famoso pelo Pisco Sour onde provamos essa bebida típica do Peru. Recomendo demais os passeios com o Lima Experience, os guias Yoced e Alex são muito simpáticos, Yoced fala bem inglês e entende um pouquinho de português. Durante a noite, sai para jantar com Natalie e Tamar, fomos na Barranco Beer Company, onde provei o anticuchos (espetinho feito com coração de boi, temperado, acompanhado de batata e milho), e voltamos ao hostel onde havíamos combinado de encontrar o grupo de americanos do tour histório e os guias, para irmos comemorar o aniversário do guia Alex em uma balada próxima ao hostel. O local parecia muito com uma balada br e foi ótimo para socializar e tomar vários free shots kkkkkkkk 3º dia Depois de um dia agitado, no terceiro dia acordei cedo para pegar um ônibus para Ica. E por coincidência (ou nem tanto), após conversar com meus novos 3 amigos, descobrimos que todos iriamos para Ica no mesmo dia, porém cada um iria de uma forma e combinamos de nos encontrar no hostel de Huacachina. Eu já havia comprado as passagens através da Cruz del Sur pelo site deles. As passagens de Lima para Ica custam entre 19 a 50 soles dependendo do dia e tipo de ônibus. Deixei minha mala maior no hostel e levei só o básico pois ficaria dois dias apenas em Ica. A rodoviária da Cruz del Sur é muito organizada e fica próximo ao Centro de Lima, lá você precisa despachar sua mala e fica apenas com uma mochila pequena no ônibus. São 4h de viagem de Lima para Ica, e é maravilhoso ver a mudança de cenário da cidade litorânea para terrenos áridos e plantações de uva. Chegando em Ica peguei um táxi direto para Huacachina, o motorista era muito simpático e que me ofereceu mil passeios kkkkkk. Huacachina é um pequeno distrito/bairro de Ica, onde está um oásis rodeado de dunas. Esse lugar com certeza foi um dos mais lindos da viagem, as dunas, o oásis é surreal. Me hospedei no Banana’s Adventures, um hostel lindo e muito confortável. No mesmo dia que cheguei consegui agendar um passeio de buggy nas dunas para mim, Simon e Tamar que chegariam um pouco depois de mim. O passeio custou 60 soles e agendei direto com o hostel. Saem passeios nas dunas durante todo o dia, mas o melhor é o passeio das 16h onde podemos ver o pôr do sol no deserto. O passeio é uma aventura, descendo de buggy de dunas enormes e fazendo sandboarding, se prepare para ter areia nas roupas até o último dia de viagem (eu ainda tinha quando voltei para o brasil) kkkkkkkkkk E para ajudar, nosso motorista brincalhão nos deixou no pé de uma duna, fazendo a gente se matar para escalar e chegar na cidade. Depois da loucura que foi essa chegada na cidade, me reuni com Simon, Tamar e Natalie e mais duas moças do hostel e fomos procurar um lugar para jantar. Huacachina é extremamente pequena, em 1 hora você da a volta em todo o bairro, então não demoramos para achar um lugar legal. E nesse lugar calmo e em clima de praia que DO NADA rolou um terremoto, SIM, UM TERREMOTO. Foi tudo muito rápido, mas bem assustador. Estavámos sentados escolhendo o que pedir, quando tudo começou a tremer e todo mundo do bar correu para a rua. O Peru é conhecido por sofrer com terremotos, porém o local em que estávamos não é comum sentir tanto e até os peruanos ficaram surpresos. Uns 5 minutos depois voltamos para o bar, depois que os garçons convenceram todos que estava tudo bem ahahaha. Depois desse susto e dessa primeira vez (e última, se deus quiser) pedimos alguns drinks e comidas. Como todo mundo estava exausto, voltamos para o hostel, tomamos mais uma cerveja antes de dormir. 4º dia Para o quarto dia eu e a holandesa, Tamar, reservamos um passeio para Paracas (80 soles). Paracas é uma cidade litorânea próxima a Ica, é uma boa alternativa para quem não quer ficar em Ica. Nós reservamos o passeio para as Ilhas Balestas e para a Reserva Nacional de Paracas. O passeio começa cedo, saindo direto do hostel para o píer de Paracas onde pegamos um barco (enorme) a caminho do famoso Candelabro e das Ilhas Balestas. O barco é bem grande e um guia vai explicando sobre a história local. É um passeio lindo, o candelabro é surreal e as ilhas são de tirar o folego. Nas ilhas vivem diversas espécies de pássaros e pinguins e leões marinhos. O passeio de barco dura mais ou menos 1h30, em seguida voltamos para a van e vamos para a Reserva Nacional de Paracas, uma reserva protegida onde é possível ver um pouco de deserto e oceano se encontrando. Lá paramos em algumas praias (algumas é possível mergulhar) e mirantes com vista maravilhosas, parecem até fundo de tela do Windows. Dentro da reserva há um local com 3 restaurantes, onde cada guia leva seu grupo no restaurante que conhece, lá aproveitei para comer um ceviche e em seguida pegamos o caminho para Ica novamente. O passeio dura quase o dia todo, chegamos em Huacachina um pouco antes do pôr do sol e de novo, esse lugar me deixou apaixonada pelo por do sol no deserto. Durante a noite, mais gente se juntou ao grupo que eu estava e comemos no hostel mesmo. A galera foi para uma festa em outro hostel e eu fui dormir pois meu ônibus sairia para Lima às 4h (deveria ter ido para a farra kkkk). 5º dia Antes de sair do hostel ainda deu tempo de dar xau para a Natalie que estava voltando da festa ahahahah Me arrumei para ir para a rodoviária da Cruz del Sur de Ica às 4h e por pouco não fiquei sem ônibus, aparentemente o ônibus que eu havia comprado estava atrasado e me colocaram em outro que estava saindo no mesmo horário. Cheguei em lima por volta das 8h e fui direto para o hostel, eu teria um dia em lima antes do meu voo para Cusco e tinha planejado passar o dia fazendo nada descansando, porém o sol apareceu e fui andar pela cidade. Nos dois dias em Lima, o tempo estava nublado e bem feio, porém Lima ensolarada é outra cidade com muito mais vida. Caminhei até alguns mirantes próximo ao hostel e combinei com uma brasileira (que conheci através daqui do blog) de nos encontrarmos para ver o pôr do sol no Shopping Larcomar. Isso é um evento que você deve colocar na sua lista do que fazer em lima. Foi um dia lindíssimo para me despedir de Lima da melhor forma. Roteiro de Viagem.xlsx2 pontos
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