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  • Membros de Honra
Postado

Pessoal,

Recebi isso por email... Exageraram pra ser engraçado, mas tem um fundo de verdade e serve de conselho:

 

 

Guia de sobrevivência do turista no Carnaval de Pernambuco

 

 

1. Ao encontrar algum bloco que possui boneco gigante, preste atenção nas mãos

do boneco "pro mode" não levar uma mãozada no "quengo".

- Embora o efeito do álcool se vá logo após a chapuletada, não é, obviamente, uma sensação agradável.

 

 

2. Se você escutar alguém gritando "Madeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiraaaaaaaaa", não se assuste,

pois ninguém vai ficar derrubando árvore em pleno Carnaval. É apenas algum

bloco ou banda cantando o hino do bloco "Madeira do Rosarinho", o qual você vai

escutar umas 14.889 vezes por dia.

- Até a quarta-feira de cinzas, você saberá a letra de cor.

 

 

3. Não se incomode se, ao seguir um bloco, a bandinha tocar sempre as mesmas

músicas. Também não se incomode se, ao seguir próximo bloco que passar, a banda

deste tocar as mesmas músicas que o bloco anterior tocou.

- O Carnaval de Pernambuco é assim mesmo, é tradição. É a época do ano que os

pernambucanos se reúnem pra ouvir as mesmas dez músicas de sempre.

 

 

4. Nem pergunte qual é o frevo novo que é a sensação deste ano. Faz tempo que

isso não existe em Pernambuco. E nem invente de perguntar qual é a dança da moda.

- Você corre o risco de apanhar, pois isso é coisa de baiano.

 

 

5. Nunca entre em discussão com algum pernambucano sobre qual é o melhor

Carnaval dentre o baiano, o pernambucano e o carioca.

- Vocês nunca vão chegar a conclusão alguma.

 

 

6. Nunca pergunte pra onde um bloco está indo. Siga-o apenas.

- Nunca se sabe onde um bloco vai parar, e nem onde começa.

 

 

7. Em Olinda, não se desespere se você passar horas e horas sem ver passar algum

bloco de Carnaval.

- O bom do Carnaval olindense é a espera.

 

 

8. Não leve carteira, relógio, telefone celular e outros pertences pra o meio da folia.

- O Bloco do Arrastão desfila todos os dias e a qualquer hora.

 

 

9. Se você for homem, não fique constragido em mijar no meio da rua quando der

vontade. Se assim não o fizer, vai acabar mijando nas caçolas se tentar achar

um banheiro. Se você for mulher, trate logo de achar um banheiro público e

entrar na fila duas horas antes de chegar a vontade de falar com o homem do

bocão.

 

 

10. No Carnaval de Olinda, se você for uma mulher bonita e gostosa, correrá o risco de,

sem o seu consentimento, ser agarrada, beijada, apalpada e outras coisas

terminadas em "ada". Nem vá de shortinho curto e de tecido leve. Vai voltar com a

arruela "assadinha". Use a velha bermuda jeans.

Se você for homem e tiver uma namorada gatinha, nem passe perto da cidade alta.

Mas, se você for uma mulher feia, é hora de aproveitar e tirar o atraso acumulado.

- Pois, em Olinda, vale o velho ditado: "não existe mulher feia; você é que bebeu pouco".

Vai que é tua, baranga!

 

 

11. Outro ditado que vale no Carnaval: cú de bêbo não tem dono. Assim, vale mais

usar o outro ditado "quem tem cú, tem medo" na hora de beber.

- Pense 2 vezes antes de enfiar o pé na jaca. Não confie nem nos amigos.

 

 

12. Não saia cedinho de casa pra ver o desfile do Galo de Madrugada. Este bloco

não desfila e nem nunca desfilou de madrugada.

- Ao final do desfile, procure um bom dermatologista .... depois de se recuperar.

 

 

13. Em Olinda, depois de tomar todas, nunca tente subir a Ladeira da Sé à pé.

Álcool só é combustível pra automóvel.

 

 

14. Se você for pra folia de carro, prepare-se para pagar antecipadamente 10

reais ao flanelinha pra deixar o carro na rua - se conseguir achar algum lugar.

Além disso, prepare pra enfrentar engarrafamentos homéricos.

 

 

15. Não fique constrangido se você estiver no meio de um bloco "lírico" e não

souber o que porra é lirismo. Também não fique sem jeito se o bloco for um do

tipo "bloco-de-saudade-de-velhos-carnavais" e você não estiver sentido saudade

alguma. Metade dos participantes desses blocos também não sentem porra de

saudade nenhuma, só dores nas juntas.

- Grande chance de achar aquela velha tia-avó viúva ou a tia solteirona, que há muito

você não via.

 

 

16. Se você for alérgico a mofo, passe longe dos "blocos-de-saudade-de-velhos-carnavais".

 

 

17. No meio desses "blocos-de-saudade-de-velhos-carnavais", finja que sabe quem

é Felinto, Pedro Salgado, Pierre, Fenelon e o velho Edgar Moraes. Assim, você

se enturmará mais rápido com o pessoal.

- Se, por curiosidade, você perguntar quem são esses caras, provavelmente vai receber

como resposta um constrangido "não sei".

 

 

18. Não há problema algum em não saber dançar frevo. 99% dos pernambucanos não

sabem fazer o passo.

- Nem tente ! Você poderá acabar seu Carnaval num ortopedista.

 

 

Mais uma,

 

 

19. Quando você não estiver escutando porra nenhuma, tenha certeza que é

o "blocos-de-saudade-de-velhos-carnavais", passando na sua frente.

 

outra:

 

20. Caso o bloco que vocês está seguindo, passe na frente de alguma emissora de TV

transmitindo em rede nacional, ao vivo, prepare-se p/ escutar pela enésima vez

o hino do Vassourinhas, e levar um monte de caneladas.

- Pule feito um louco até a música acabar. E não se esqueça de "abrir" os cotovelos ....

 

 

VC PODE ESTAR ACHANDO RUIM MAS PROVAVELMENTE VOCÊ NÃO VAI PRECISAR COMPRAR LUGAR NAS ARQUIBANCADAS

E PASSAR A NOITE TODA OUVINDO O MESMO SAMBA ENREDO, E NEM PASSAR O ANO TODO

PAGANDO POR UM ABADÁ SE QUISER SE DIVERTIR (FORA DA CORDA, NÃO DÁ). AQUI NUM TEM NADA DISSO !!

 

BOM CARNAVAL !!!

  • 10 meses depois...
  • Membros de Honra
Postado

Você chegou no Recife, está adorando, mas não entende algumas expressões nem a psicologia dos locais da terrinha? Fácil! Aprenda a partir das contribuições de Fernando Tildes, João Bôsco Araújo Pinto e Paula Mendes (obrigada!):

 

abestalhado - bobo, besta, pateta

abilolado - "abestalhado"

acochado - apertado (ex: Se aperreie não, doutor. Vou deixar os parafusos da roda do carro bem acochadinhos)

açoite - chicote

a como é - quanto custa (ex: A como é o quilo do tomate, seu Biu? Prá senhora é de graça, freguesa)

afolosado - frouxo, quebrado (ex: Não sente na cadeira, doutor, que ela está afolosada)

alcatifa - carpete

alpercata - sandália de couro

altear - aumentar o volume da TV ou do aparelho de som

aperreado - preocupado, com problemas, agoniado

a pulso - à força, na marra (também se usa "na lei do apulso")

arengar - discutir, brigar

arrasta-pé - forró

arretado(1) - muito bom, excelente, maravilhoso (ex: Êta dicionário arretado)

arretado(2) - irritado, com raiva de algo ou alguém

arribar - sair, ir embora

arrodear - dar a volta (ex: Mãe, o portão de casa está trancado. Arrodeia e entra pelos fundos, menino)

aruá - caramujo de jardim, pessoa muito lerda

avalie só - interjeição equivalente a: imagine só, veja só

avexado - apressado

azuretado - confuso, no mundo da lua

badoque - estilingue, atiradeira

biliro - grampo de cabelo

biscoito/bolacha - atenção, paulistas, vamos esclarecer de vez este quiprocó: biscoitos são "doces", enquanto bolachas são apenas as "salgadas", ok?

bombeiro - frentista de posto de gasolina

borocochô - triste

borrão - bloco de rascunhos

bulir - mexer em algo

buliçoso - aquele que gosta de mexer em tudo

caba - homem

cabra - homem

cafuçú - trabalhador braçal

cambitos - pernas finas

cangalha - pessoa com as pernas arqueadas

cão chupando manga - o bom, o cara que sabe tudo, o tal, o "tampa de Crush", o "supra sumo"

carecer - precisar de (ex: Mais bolo, seu Zezinho? Carece não, D.Mariazinha)

catabiu - buraco na estrada

chamegar - namorar, se esfregar no namorado (ex: Tás triste assim por que, mulher? Falta de chamego)

chapoletada - pancada forte (procure não levar uma! :wink: )

cheguei - de corres berrantes, de gosto duvidoso

comer brocha - passar por apuros, por dificuldades (ex: Comi brocha para mudar o pneu do carro)

corôca - lagartixa (no interior de Pernambuco)

cortar jaca - estimular, ajudar o namoro de amigos ou parentes

cotôco - resto ou pedaço

créu - utilizado quando algo é muito difícil (ex.: Eita negócio difícil do créu)

de hoje a oito - de hoje a oito dias, inclusive (ex: Você viaja hoje, Biu? Não, Zé, de hoje a oito)

de jeito maneira - de modo algum

de rosca - algo difícil de ser realizado, duro de sair (ex: E este gol que não sai? Parece que está de rosca)

dor de veado - dor abdominal que dá em quem bebe muito líquido e vai fazer exercício logo depois

diadema - tiara

eita - exclamação

esmolé - mendigo, pedinte

esse menino, essa menina - vocativos (ex: Que horas são, essa menina? Hora de deixar de ser enxerido, esse menino)

estar com a bexiga lixa - estar com o diabo no couro, estar com tudo

estar com a bobônica - igual a estar com a bexiga lixa, só que no interior de Pernambuco

estar com a febre - variação de "estar com a bobônica" (ambos na verdade são corruptelas de "estar com a febre bubônica", também usado no interior do estado. Mas evite usar esta expressão no Recife: vão pensar que você é "matuto" (do interior))

estar com a macaca - mais uma variação de "estar com a bobônica, com a bexiga lixa"

estar com a moléstia - estar mais do que com a bexiga lixa, estar muito "arretado"

fazer feira - comprar em supermercado (ou na feira, claro..)

fazer o balão - dar a volta com o carro em um circular

fecheclér - zíper, fecho de calça (vem do francês "fecho ecláir")

fera - sujeito recém-aprovado no vestibular

filar - olhar a prova dos outros

frango - veado

frisos - enfeites cromados em um carro

frouxo - medroso

fuleiro - de má qualidade (objetos), sem-vergonha (pessoas)

fuxico - fofoca

gabiru - rato grande

galego - pessoa loura ou alourada

gazear - faltar à aula ou ao trabalho

gelo baiano - blocos de concreto pintados de branco usados para separar as vias de trânsito

girador - do trânsito de veículos: circular, rotatória

gréia - azoação (ex: A festa foi a maior gréia)

guaiamum - tipo de caranguejo de casco azulado e carne adoçicada, muito apreciado

guaraná - denominação genérica de qualquer refrigerante (ex: Que guaraná você quer, minha filha? Coca Cola, Mainha)

iapôis - concordância, é mesmo

inhaca - catinga, mau cheiro

invocado - difere no comportamento ou está com raiva

jante - roda do carro

jerimum - abóbora

lanterneiro - funcionário da oficina mecânica que corrige imperfeições na lataria do carro

leseira - abestalhamento, idiotice

leso - bobo

liso - sem dinheiro

loló - mistura de éter e clorofórmio utilizada como entorpecente no carnaval (é proibido e prejudicial à saúde)

macaxeira - variedade comestível de mandioca

malamanhado - mal arrumado

maloqueiro - menino de rua, pivete

mamulengos - bonecos de espetáculos para divertir as crianças (o teatro de mamulengos é o pequeno palco onde os mamulengos se apresentam)

maneiro - coisa leve, que não tem muito peso (ex: Esse pacote está bem maneirinho)

mangar - rir dos outros

marretar - furtar coisas de pouco valor

marreteiro - ladrão vagabundo

massa! - interjeição: muito bom, legal, excelente

matuto - caipira, pessoa do interior

meio-fio - paralelepípedos que separam a calçada da rua

metido a cavalo do cão - metido a besta, sujeito que pensa que é muita coisa sem ser

moringa - vaso de barro onde se armazena água

munganga - palhaçada

muriçoca - pernilongo

nó cego - problema de difícil solução, sujeito enrolado, complicado

nopró - problema de difícil solução (ex: Já recebeu o dinheiro? Que nada, deu o maior nopró lá no banco)

nos cafundós do Judas - muito longe (variantes: "nos quintos dos infernos", "onde o vento faz a curva")

oitão - parte do quintal que dá para os lados da casa

oxe, oxente - interjeições de espanto (corruptelas de "oh, gente!")

paia - mulher feia, festa desanimada, objeto ruim, de má qualidade

pantim - ficar com frescura

peba - vagabundo, de má qualidade

pirangueiro - sovina, mão-fechada

peguento - suado, suarento

peitica - sujeito insistente, renitente

perronha - sujeito que joga mal futebol

pichaim - cabelo carapinhas, bastante enrolado

pichete - o mesmo que cabelo "pichaim"

pipoco - estouro

pirangueiro - sujeito pão-duro, avarento

pitó - elastico de cabelo

pitoco - botão de som ou coisa pequena saliente

pixototinha - bem pequenininho

que nem - igual a, tal qual (ex: Se avexe, menino, você hoje está que nem aruá)

queijo - frescura

quenga - mulher sem vergonha ou de programa

relar - arranhar (ex: Foi passear de tobogã, relou a bunda)

rala-buxo - festa onde se pode dançar, forró

rodagem - estrada (mais usado no interior do estado)

rôlo - confusão

romper o ano - atravessar a festa de ano novo (ex: Onde você vai romper o ano? Em Boa Viagem, é claro!)

roncha - marca de pancada na pele

sarará(1) - formiga pequena, da bunda vermelha

sarará(2) - pessoa de feições negras e cabelo amarelo ou vermelho

sargaço - algas marinhas

se abrir - gargalhar, rir em demasia

segurar a vela - acompanhar um casal de namorados ao restaurante, ao cinema, etc.

sem um tostão furado - sem dinheiro, "liso"

supra sumo - o bom, o maioral, aquele que está acima do "tampa de Crush" e do "cão chupando manga"

tabacudo - bobo, "abestalhado", abobado, "abilolado"

tamborete de zona - sujeito baixinho

tampa - sujeito bom em algo

tampa de Crush - é o cara que é "muito tampa" (o tipo do sujeito que toma uma Crush quente sem fazer careta)

tirar o cabaço - desvirginar

torar - partir, quebrar

torar um aço - sentir medo intenso, passar por situação de aperto

tabelier - painel do carro

tabica - pão bisnaga

toró - chuva forte

trancilim - corrente com pingente

traquino - menino traquinas, agitado

treloso - "traquino"

trubufu - pessoa feia

um pé lá, outro cá - ir e voltar rapidamente

virado no molho de coentro - estar com tudo e não dever nada a ninguém, ser capaz das maiores realizações

vôte! - interjeição de espanto (corruptela de "vou-te, homem!" mais usada no interior do estado)

xêxo - pedrinha redonda

xôxo - bem franzino ou pequeno

zambeta - de pernas tortas

zarolho - vesgo, que tem os olhos trocados

zoada - barulho, confusão (ex: Que zoada é essa? É o trio elétrico passando)

zona(1) - local do baixo meretrício

zona(2) - bagunça, confusão (ex: Joãozinho, vá arrumar o seu quarto, que está a maior zona)

 

Ser pernambucano é...

 

* Considerar Reginaldo Rossi Rei

* Acreditar que a Recife é mesmo a 'Veneza Brasileira

* Defender o frevo, mas não fazer um passo sequer (apenas 'dançar com os dedos')

* Amar as pontes do Recife sem conhecer o nome de uma apenas

* Preferir botecos a fast-food

* Gostar de qualquer música que fale de sertão, mangue, etc.

* Gostar de comer caranguejo

* Saber o significado das palavras 'pirangueiro','pantim' e 'mangar'

* Ter orgulho de dizer que o sonho de todo cearense é ser pernambucano

* Adorar bolo-de-rolo e suco de pitanga

* Ir ao Alto da Sé em Olinda apenas para ver Recife ao longe e comer tapioca

* Correr no Parque da Jaqueira e depois se empanturrar de caldo de cana na saída

* Jantar olhando para a lua incrivelmente linda na praia de Boa Viagem

* Achar que Recife seria melhor se os holandeses tivessem permanecido

* Admirar Mauricio de Nassau mesmo sabendo pouco sobre ele

* Conhecer a estória de Biu do Olho Verde e da Perna Cabeluda

* Freqüentar a praia em frente ao Acaiaca

* Tomar água de coco na praia

* Ficar dividido entre a beleza de Porto de Galinhas e Itamaracá

* Ter saudade da Livro 7

* Saber distinguir entre o Maracatu do Baque Solto do Maracatu do Baque Virado

* Conhecer as músicas de Alceu Valença, Geraldinho Azevedo e Lenine

* Achar que você pode tirar uma pessoa de Pernambuco, mas que nunca poderá tirar Pernambuco de alguém que nasceu ou já viveu lá (sim, eles se tornam pernambucanos de coração!)!

 

Outras expressões vc encontra aqui:

http://www.google.com.br/search?q=dicionario+pernambuqu%C3%AAs&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a

  • 1 ano depois...
  • 2 anos depois...

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