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PREPARANDO A VIAGEM. CHEGADA A GUANAJUATO E VISITA AO CRISTO DO CUBILETE

 

Em 2013 resolvi fazer uma viagem ao coração geográfico do México: o estado de Guanajuato. Faz tempo tinha vontade de conhecer as cidades coloniais desse estado e quando tive chance decidi ir. A data escolhida foi o feriado da Independência, ótima escolha, pois nesse estado foi onde começou a luta pela Independência.

 

Originalmente pensava ir sozinho, mas uma amiga de Tabasco chamada Juani decidiu ir comigo ::otemo:: O plano era visitar as três cidades históricas: Guanajuato, San Miguel de Allende e Dolores Hidalgo, e passar a noite do 15 de setembro em Dolores, cidade onde começou a luta da Independência. Nesses dias eu estive trabalhando fora da Cidade do México, então não tive tempo para organizar um roteiro, e fomos com a Idea de visitar os locais mais importantes de cada cidade.

 

Depois de meses de espera, chegou o dia 13 de setembro. Essa semana trabalhei no norte do país, mas voltava cedo à Cidade do México. Cheguei ao aeroporto e esperei duas horas, pois Juani chegaria depois. Assim que chegou pegamos um táxi para a minha casa (na verdade dos meus pais, :lol: ) e fomos jantar com a minha família, pois o dia 14 seria o aniversário da minha mãe. Depois de jantar e conviver voltamos a casa e dormimos cedo, pois tínhamos que acordar cedo para ir à rodoviária.

 

O sábado 14 acordamos cedo e um tio meu nos levou para a rodoviária. Na Cidade do México tem 4 rodoviárias principais (Norte, Poniente, Sul e TAPO). O ônibus saia da rodoviária Norte, pois Guanajuato fica ao norte da cidade. Compramos as passagens na linha Primera Plus ($485) e saímos às 8h45. Estes ônibus são confortáveis, dão um lanche e às vezes tem internet. O ônibus fez 5 horas, pois havia engarrafamentos em alguns trechos da rodovia México-Querétaro. Antes de chegar, vimos o morro onde fica o Cristo do Cubilete, muito parecido ao Cristo do Corcovado.

 

Assim que chegamos a Guanajuato vimos que havia uma loja onde ofereciam pacotes turísticos. Mesmo que gostamos mais de fazer tudo de conta própria, depois de muito pensar e vendo que não organizamos plano nenhum, decidimos comprar alguns. Os tours que compramos foram:

- Cerro del Cubilete na tarde, $120

- Callejoneada, $120

- City tour (arredores), $120

- Tour Dolores Hidalgo - Atotonilco - San Miguel de Allende, $260

 

Depois disso tiramos algumas fotos na rodoviária e decidimos pegar táxi para o centro ($60). O táxi foi pela avenida Diego Rivera, onde pudemos ver as paisagens montanhosas da cidade e os inumeráveis túneis que a cidade tem.

 

Nós ficamos em hósteis diferentes, ela foi ao seu (mais próximo ao Centro) e eu fui ao meu. Íamos nos ver em frente do hostel onde ela ia ficar às 16h30. Eu fui ao hostel onde ficaria (Al Son de los Santos), mas houve um problema com a reserva e só tinha vaga para um dia. Deram-me a opção de trocar de hostel, e aceitei. O atendente me levou ao hostel La Casa de Dante, perto do outro. O que não me disseram é que tinha que subir 158 passos numas escadas bem complicadas, sentia que o coração ia sair do corpo.

 

Quando cheguei ao hostel o atendente me deu um copo de água para recuperar o hálito, pois estava bem cansado. Depois de fazer o check-in ($500 duas noites), deixei a mala no locker, tomei banho e estava pronto para ir com Juani. Devo dizer que desde o hostel se têm vistas maravilhosas da cidade.

 

Cheguei com Juani e um ônibus chegou por nós, e segundo ia avançando iam subindo mais pessoas que fizeram o tour conosco. O destino era o Cristo do Cubilete, um morro que no topo tem uma capela e um Cristo, muito parecido ao Cristo do Corcovado. Este Cristo foi construído antes do Cristo do Corcovado, mas foi destruído e restaurado quatro vezes. O trajeto foi de uma hora mais ou menos.

 

Finalmente estávamos no topo do Morro do Cubilete, a 2.700 msnm. O vento era muito forte e frio. Desde aí se tinha uma vista impressionante do Bajío, nome com o qual é conhecida essa região. Podia se ver as cidades de León, Silao, Guanajuato e Irapuato. Também entramos à capela que está baixo o Cristo, e tiramos fotos. O Cristo foi restaurado em 2012, pois foi nesse local onde o papa Bento XVI deu missa quando veio ao México em março de 2013.

 

Logo da visita comemos na estrada Buffet de comida mexicana caseira ($40) y fomos levados a uma oficina de artesanatos. Às 8 da noite chegamos de novo a Guanajuato e decidimos esperar na Praça do Músico para fazer a “Callejoneada”.

 

A “callejoneada” é um passeo que se faz pelas ruas e becos da cidade, dirigidos por uma estudiantina, no trajeto vão contando histórias, piadas, cantando, dançando, uma experiência linda. A “callejoneada” começou na Praça do Músico e continuou pelas ruas e becos perto da Alhóndiga de Granaditas. Logo ficamos em umas escadas e começaram cantar e contar piadas, afinal todos estávamos contentes e falando besteira, kkkkk.

 

Deram-nos um presente (um copo com forma de rã, que tem muita relação com a cidade) e começamos caminhar por várias ruas da cidade, contando mais piadas, cantando e dançando (“Cucu, Cucu, cantaba la rana”). Também nos contaram algumas lendas como a lenda da “Chorona” e a lenda do Beco do Beijo. Nesse momento começou chover, mas a galera ficou curtindo o passeio. O passeio acabou no Beco do Beijo, mas nós fomos embora. Se diz que se uma pessoa não faz a “callejoneada” é como se não tivesse ido a Guanajuato.

 

Como queríamos voltar aos hósteis para descansar, começamos caminhar pelas ruas, sem rumo, encontrando casas muitos lindas, becos fantásticos, igrejas lindas e monumentos e fontes bem lindos. Esse é o encanto de Guanajuato, se perder pelas ruas e túneis, e caminhar sem rumo. Era noite, mas havia muitas pessoas na rua e muitos policiais. Sem dúvida uma cidade segura.

 

Ela chegou primeiro ao hostel e logo eu, mas tinha que subir os 158 passos de novo. Cheguei ao hostel e logo de recuperar o hálito, fui dormir, pois estava cansado do passeio que fizemos.

 

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Bem-vindos a Guanajuato

 

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Cristo do Cubilete

 

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Com Juani frente ao Cristo.

 

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"Callejoneada" ao lado da Alhóndiga de Granaditas

 

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"Callejoneada" na Praça Reforma

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OS ARREDORES DE GUANAJUATO. ESTRADA PANORÂMICA

 

15/Set: Acordei cedo e depois de tomar banho fui tomar café-da-manhã. Fiquei surpreso ao ver que era muito bom, pois incluía água, suco, café, pão, frutas chilaquiles e sopes (comida mexicana). Tomei o café com dois caras de Monterrey, muito agradáveis. Logo fui com Juani para esperar a van que nos levaria a dar o passeio pelos arredores de Guanajuato.

 

A van chegou e vimos que o nosso guia René era jovem e muito alegre, ele fez que o nosso passeio fosse agradável. O passeio começou e o René nos contou a história de Guanajuato. O nome Guanajuato é de origem purépecha, formado pelas palavras “Quanasi” que significa rã, e “uato”, que significa montanha/morro; então Guanajuato significa “Lugar montanhoso de rãs”. Isso é porque nos arredores tem algumas montanhas que tem forma de rã. A principal atividade econômica da cidade na época colonial foi a mineração. Quando a atividade mineira caiu, a cidade mudou as atividades e foi então que o comércio e depois o turismo se converteram nas principais atividades econômicas.

 

Vimos a “Usina de la Boca” e logo pegamos a estrada panorâmica, onde é possível ver a cidade no meio dos morros, as vistas são muito lindas. Infelizmente estava chovendo, mas dava para admirar a beleza da cidade. O primeiro ponto que visitamos foi o mirante “El Pípila”, onde se pode admirar a beleza da cidade. Estava chovendo, mas deu para tirar boas fotos. Se diz que o “Pípila” foi um camponês que acendeu fogo ao portão da Alhóndiga de Granaditas protegido por uma roca nas costas, permitindo aos insurgentes ganhar uma das primeiras batalhas da guerra de independência. Depois pegamos a van de novo e o plano era ir ao Museu dos Lamentos, mas havia um protesto de professores e a van pegou umas ruas muito inclinadas que nos permitiram chegar de novo à estrada panorâmica, e pudemos ver o Castelo de Santa Cecília, muito lindo (hoje em dia é um hotel muito chique). Logo de vários minutos chegamos ao museu.

 

O Museu dos Lamentos ($34) conta a história de Dom Fulgêncio e Dona Gertrudis, Eles namoravam, as um dia ela foi encontrada morta nos becos da cidade. Fulgêncio, cheio de raiva, jurou vingar a morte dela, mas ficou louco e começou assassinar belas mocinhas, às quais estuprava, enterrava e esquartejava. Essa é a temática principal do museu, parece uma pequena casa do terror, tem partes onde saem caveiras e animais feios para assustar os visitantes. Como Fato, os guias do museu são crianças vestidas de vampiro. No final do museu tem um aparelho que diz se a pessoa que está em frente é fiel ou não (Ajuda para saber se alguém é chifrudo, kkkkk)

 

Depois fomos ao Museu do Purgatório, também conhecido como o Museu da Inquisição, pois neste lugar era onde torturavam as pessoas hereges, traidoras ou contrárias à Coroa Espanhola. Tem muitos objetos de tortura e o melhor (ou pior para os participantes) é que é interativo, pois os guias brincam com os objetos usando os visitantes como vítimas deles. Juani quase foi cortada em duas partes. Uma experiência forte que nos permite saber como era a vida dos culpados e torturados pelos “crimes” cometidos.

 

Depois fomos à Mina La Valenciana ($30), a qual foi uma das principais minas da cidade e hoje em dia é a maior mina de Guanajuato (ainda está operando). A mina tem túneis de 600 metros de profundidade, mas o passeio turístico só chega a 60 metros. Nessa mina pudemos perceber como era a vida dos mineiros nos séculos XVII e XVIII, pois eles trabalhavam quase na escuridão e horários de 16 horas. Também visitamos a Igreja da Valenciana (muito linda) e fizemos algumas compras de doces típicos e artesanatos.

 

O próximo ponto era o Museu das Minas Tias (O Museu das Múmias), mas estava lotado e tínhamos que esperar duas horas para comprar os ingressos. A galera decidiu não fazer o passeio e com isso acabou o tour. A van nos “cuspiu” na Praça do Músico de novo. Como ainda tínhamos tempo e queríamos ver o “Grito”, decidimos conhecer a pé as outras belezas da cidade.

 

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Vista de Guanajuato desde o mirante "El Pípila"

 

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Monumento "El Pípila"

 

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Juani sendo cortada em duas partes no Museu do Purgatório

 

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Eu trabalhando como "mineiro" no interior da Mina La Valenciana

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PASSEIO PELO CENTRO DE GUANAJUATO

 

O primeiro ponto que conhecemos foi o Mercado Juárez, o principal da cidade, Este mercado é muito lindo e limpo, no térreo vendem frutas, legumes, carne, comida e mais. No primeiro andar vendem artesanatos e doces típicos, a preços acessíveis. Também desde o primeiro andar dá para tirar ótimas fotos. Saímos do mercado e vimos umas escadas que iam para a avenida Hidalgo, a qual é subterrânea. Guanajuato é uma cidade que fica entre morros e na qual é muito complicado transitar pelas pequenas ruas. Foi por isso que foram construídos vários túneis debaixo da cidade, enquanto outros foram rios. Caminhar pelos túneis é uma atividade obrigatória na cidade, é muito tranquilo e seguro, mesmo de noite.

 

Decidimos sair do túnel para ir ao beco do beijo. Como era feriadão, havia muita gente tentando tirar uma foto aí. Conta a lenda que um rapaz e uma moça namoravam nesse beco, só que o pai dela se opunha a esse relacionamento, por ele ser pobre. Um dia o pai os descobriu e matou ela com uma faca. Hoje em dia, a costume é que os casais se beijem no terceiro passo das escadas (de cor vermelho).. Logo fomos para a Praça de San Fernando, onde tem vários restaurantes e bares.

 

Nesse momento estávamos muito cansados y decidimos parar uns minutinhos. Depois do descanso, continuamos caminhando e fomos direto à Basílica de Guanajuato. A Basílica é muito linda, de cor amarelo na fachada. O interior é muito lindo, como a maioria das igrejas mexicanas. Em frente da Basílica está a Praça da Paz, pequena pero linda e bem cuidada. Desde aí é possível ver o Monumento ao Pípila, que visitamos mais cedo. Também visitamos a Universidade de Guanajuato, um prédio muito lindo e postal da cidade.

 

Nesse momento estávamos com fome, decidimos ir a um restaurante na Praça de San Fernando chamado La Esquina, recomendo bastante. A comida é barata e abundante. Pedimos as famosas “enchiladas mineras”, que são típicas da região. Na verdade, com pouco dinheiro comemos como se jamais houvesse comido na vida, kkkkk. Como diz a frase estávamos de “barriga cheia, coração contente”. Como já era noite, fomos para a Alhóndiga de Granaditas para comemorar o aniversário do começo da luta pela independência do México.

 

 

O GRITO DA INDEPENDÊNCIA

 

Quando chegamos à Praça da Alhóndiga havia poucas pessoas, mas passaram os minutos e chegaram mais, lotando o local. Havia muita segurança, pois os policiais e o exército estavam vigiando. O espetáculo começaria às 23h; enquanto isso houve show de mariachis, cantores y danças típicas. Houve um desfile de militares e policias, seguido por corredores com uma tocha. Logo chegaram o prefeito e o governador do estado, honrando a bandeira e fazendo o protocolo do grito.

 

Tudo começou na manhã de 16 de setembro de 1810, cuando o Padre Miguel Hidalgo e Costillo mandou bater os sinos da cidade de Dolores Hidalgo (cidade vizinha). O objetivo era desconhecer o rei francês imposto por Napoleão logo da invasão a Espanha, reconhecendo a Fernando VII como o legítimo rei da Espanha. Ele não tinha interesse de conseguir a independência, isso foi ideado pelos sucessores (Morelos, Guerrero). Nessa manhã ele gritou frases como: ¡Viva Fernando VII!, Viva América! Viva a Virgem de Guadalupe! Morra o mau governo!

 

O protocolo atual é bater os sinos e ao mesmo tempo gritar os “Viva” dizendo os nomes dos heróis da independência, como Hidalgo, Allende, Morelos, Guerrero, Bravo, etc. Ao mesmo tempo houve fogos de artifício, fazendo a noite mágica. Estava chovendo muito forte, mas todos ficaram para ver o espetáculo. Depois disso fomos para os hósteis, pois íamos acordar cedo o dia seguinte para ir a Dolores e San Miguel de Allende.

 

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Túneis de Guanajuato

 

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Juani e eu na Praça da Paz. Ao fundo a Basílica

 

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Apontando o Pípila

 

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Universidade de Guanajuato

 

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Teatro Juárez

 

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Praça da Alhóndiga, comemorando a Independência

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DOLORES HIDALGO, BERÇO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL

 

Acordei cedo e fui tomar café-da-manhã, esse dia deram chiles em nogada (prato típico em setembro). Depois de tomar banho e fazer o check-out, desci os 158 famosos passos, kkkk. Cheguei com Juani e pegamos uma van que nos levaria a Dolores Hidalgo e San Miguel de Allende. Logo de pegar mais pessoas em outros hotéis/hostéis; fomos embora e vimos pela janela como nos afastávamos daquela linda cidade que tivemos chance de conhecer, e pensando no dia que voltaríamos.

 

Antes de pegar a estrada, visitamos um povoado chamado Santa Rosa, onde tem uma loja que produz e vende doces, geleia, etc. Logo continuamos o caminho e passamos dela serra de Santa Rosa, nesse ponto a estrada tem muitas curvas, mas as paisagens são lindas, pois está arborizada, mas é um pouco fria.

 

Quando estávamos chegando a Dolores, começou chover, mesmo assim a galera estava animada. Assim que chegamos a Dolores Hidalgo, o primeiro ponto que visitamos foi o túmulo de José Alfredo Jiménez, um dos maiores compositores de música mexicana. O túmulo é muito lindo, pois é uma cripta que tem forma de chapéu e um sarape (roupa típica mexicana dos charros). No sarape estão escritos os nomes de algumas músicas que ele compôs. Mas como estava chovendo, não deu para tirar fotos boas.

 

Logo fomos para o centro de Dolores, e o primeiro local que visitamos foi a Casa dos Descendentes de Miguel Hidalgo. Este é um pequeno museu onde fala dos familiares de Miguel Hidalgo, mostrando à árvore genealógica dele, e falando da vida das filhas ilegítimas que teve (era padre). Têm algumas maquetes algumas batalhas da guerra de independência. O nosso guia era espanhol, mas ele conhecia muito bem a nossa história, adorei saber que um estrangeiro estivesse interessado nisso.

 

Nesse momento a chuva parou e experimentamos os famosos sorvetes, que tem os sabores tradicionais (limão, abacaxi, morango, etc.) e outros exóticos (abacate, tequila, serpente, flores, etc.), Juani e eu pedimos de cajeta (doce de leite). Logo fomos à praça principal, onde o guia nos falou da verdadeira história da Independência do México e como foram os acontecimentos nessa cidade, onde o Padre Hidalgo deu o famoso “Grito de Dolores”. No centro da praça tem uma estátua de Miguel Hidalgo. Logo fomos à igreja onde tocaram o sino aquela noite de 16 de setembro de 1810, o interior é lindo e na fachada está a representação da Paixão de Cristo.

 

Tem outros atrativos como a Casa de Hidalgo e a Casa de José Alfredo Jiménez, mas infelizmente não deu tempo, pois iríamos a San Miguel (é por isso que não gosto de tours, mas como não tínhamos planejado algo decidimos pegá-lo, mas é um motivo mais para voltar :lol: )

 

Logo fomos a um restaurante chamado El Rincón de Don José, onde comemos carne e frango ($130), o problema foi que a fumaça entrava no local, mas a comida foi ótima. Logo fomos a uma loja de artesanatos (Os artesanatos em Dolores são muito baratos) e fomos para San Miguel de Allende, visitando primeiro o povoado de Atotonilco.

 

 

ATOTONILCO

 

As paisagens entre Dolores e San Miguel são diferentes, pois tem poucas montanhas e arvores. Logo de 40 minutos chegamos a Atotonilco e visitamos a Igreja, onde Miguel Hidalgo pegou uma imagem da Virgem de Guadalupe e fez com ela a bandeira do movimento recém iniciado.

 

A igreja está descuidada nas fachadas, mas o interior foi restaurado e é fantástico, pois tem pinturas de anjos nas paredes e no teto, uma obra de arte maravilhosa. A fachada não pode ser restaura por ordens do INAH. Depois voltamos à van e fomos para San Miguel.

 

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Túmulo de José Alfredo Jiménez

 

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Ruas de Dolores Hidalgo

 

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Estátua de Miguel Hidalgo, herói da independência

 

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Igreja de Dolores Hidalgo

 

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Réplica da imagen da Virgem de Guadalupe que Miguel Hidalgo pegou o dia do grito

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SAN MIGUEL DE ALLENDE, A CIDADE QUE FICOU NO PASSADO

 

Antes de chegar a San Miguel de Allende pudemos ver desde longe a famosa igreja gótica, visível desde qualquer ponto da mesma. De pois de alguns minutos, entramos na cidade e pudemos ver que as ruas são bem lindas y as casas são enormes. Tentamos chegar ao Centro, mas as ruas principais estavam fechadas por causa do desfile. Então descemos e o guia nos deu 2 horas para conhecer a cidade. O clima estava bom, havia poucas nuvens e parecia que a chuva não apareceria.

 

San Miguel El Grande foi uma cidade comercial entre Zacatecas e Cidade do México, e o nome mudou para honrar o herói da independência Ignacio Allende, quem nasceu nessa cidade. Com a queda da produção mineral, a cidade esteve perto de se converter em uma cidade fantasmas, mas com a chegada de veteranos estadunidenses, a cidade cobrou vida de novo e resurgiu. Nos arredores moram mais de 200.000 estadunidenses, e é um dos principais pontos turísticos da região, mas por causa disso é uma cidade cara para viver. É conhecida por ser uma das cidades coloniais mais conservadas do México e pela arquitetura.

 

Primeiro fomos à Igreja de San Miguel Ancargel, famosa pelo estilo arquitetônico neo-gótico. A fachada da igreja é impressionante, mas o interior é simples, mas lindo e bem conservado. Recebe iluminação solar através dos vitrais que estão no topo. A cúpula foi construída com tijolos. Aproveitamos para tirar várias fotos, pois finalmente estávamos frente à igreja que tínhamos vontade de conhecer.

 

Disseram-nos que o desfile ia começar, e ficamos na praça principal para estar em primeira fila, mas nesse momento começou chover e todas as pessoas se juntaram perto de onde nos estávamos. Mesmo com a chuva forte, o desfile continuou, na verdade admiro o profissionalismo dos que foram parte dele. O desfile tinha pessoas disfarçadas de insurgentes, de espanhóis, de índios y dos heróis da independência, tudo bem feito. O ruim foi que por causa da chuva não pudemos tirar fotos da maior parte do desfile.

 

Chegou a hora que veríamos o guia de novo, mas seguia chovendo forte. Vimos como as ruas se converteram em rios, era muito difícil tentar passar pela rua, mas afinal conseguimos. Enquanto esperávamos a van, vimos o desfile mas nos molhando por causa da chuva, pois não tínhamos proteção nem guarda-chuva. Os cavalos do desfile tiveram problemas para avançar pelas ruas, mas afinal conseguiram (acho que as ruas estavam escorregadias para eles).

 

Logo pegamos as malas e fomos caminhando na chuva, tentando não bater as pessoas que corriam tentando fugir dela. Depois de 5 minutos chegamos ao Hostel Alcatraz. Pagamos $150, o hostel está bem localizado, perto da Praça Allende e do mercado de artesanatos, mas não inclui café da manhã. Como ainda estava chovendo, decidimos descansar um pouco e esperar até a chuva passar. Quando a chuva passou, decidimos dar um rolé noturno.

 

Primeiro fomos para o mercado de artesanatos, mas estava fechado, pois eram às 19h. Logo fomos para a Praça Allende (a praça principal da cidade), era a hora do pôr do sol (coberto de nuvens, kkkk), mas deu para tirar fotos bacanas da praça e as igrejas. Depois de caminhar por várias ruas a fome apareceu, mas primeiro decidimos comprar as passagens de ônibus para voltar à Cidade do México. Fomos a uma loja OXXO e compramos pela linha ETN ($389)

 

Para jantar decidimos ir ao restaurante San Agustín, o qual é propriedade de Margarita Gralia, uma atriz argentina que mora no México faz muitos anos. A decoração do local é mexicana, com fotos da atriz nas paredes e artesanatos lindos. Pedimos os famosos churros com chocolate ($42). Mas como estávamos com muita fome, pedimos mais churros. Logo fomos caminhar pela praça, aonde vimos a Igreja iluminada, e um show de fogos de artifício. Como o sono estava presente, voltamos ao hostel para descansar.

 

Acordei cedo por causa dos sinos das igrejas, que começaram bater às 6h. Tomei banho e decidi dar um passeio sozinho, pois Juani me disse que queria descansar e acordaria mais tarde. Os primeiros pontos que visitei foram a Igreja e a Praça Allende, mas com a diferença de que o céu estava limpo e não havia pessoas na rua, pudendo tirar fotos fantásticas dela. Logo decidi ir o mirante de San Miguel, já que segundo o mapa estava perto do Centro. Erro total.

 

Para chegar ao mirante, é necessário subir um morro, e tem que caminhar bastante. Desde o centro ao mirante são 15 minutos mais ou menos. Mas o esforço valeu a pena, pois a vista da cidade é maravilhosa, pudendo admirar todas as igrejas da região e as belas paisagens das redondezas. Tirei ótimas fotos, mas como era cedo não havia ninguém que tirasse fotos pra mim ::cry::

 

Voltei ao Centro e queria ir ao Museu Casa de Allende, mas ainda era cedo e estava fechado. Vi que na praça havia um trenzinho (de rodas) que fazia um passeio pelos principais pontos da cidade, mas infelizmente não daria tempo para pegá-lo, pois o ônibus saia às 12h.

 

Chegou a hora de ver a Juani e fui por ela ao hostel, e daí fomos ao restaurante San Agustín de novo, pedindo café, suco e chilaquiles ($100). Perguntei por meu guarda-chuva que esqueci a noite anterior, mas infelizmente não existia mais :( Logo demos outro role e voltamos para o hostel para fazer o check-out e ir à rodoviária. Muitas pessoas nos disseram que à rodoviária estava perto, mas quando pegamos o ônibus ($8) percebemos que não estava tão “perto” como eles diziam.

 

Assim que chegamos à rodoviária pegamos o ônibus da ETN (linha de luxo), e fomos direto à Cidade do México. Quando saímos da rodoviária, vimos o “San Miguel” moderno, com shopping, casas modernas e apartamentos, muito diferente do San Miguel tradicional, o qual não pode ser reformado com estilos modernos. Também vimos que tem um mirante para ver a cidade e o vale inteiro, melhor que o que visitei. Nesse trajeto íamos conversando, mas o sono venceu e dormimos quase o tempo inteiro. Logo de 3 horas e 30 minutos chegamos à “Central do Norte” da Cidade do México.

 

Na rodoviária me despedi dela, pois ia direto ao aeroporto para voltar a Villahermosa, enquanto eu ia pegar o metrô e voltar a cada. Agradeci-lhe por me acompanhar nessa viagem fantástica, que curti demais e sem dúvida voltarei a essas cidades lindas. Logo de uma hora eu cheguei a casa, cansado mas contente por conhecer o coração do México: Guanajuato.

 

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Ruas de San Miguel de Allende

 

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Igreja de San Miguel de Allende iluminada de noite

 

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A igreja sem pessoas.

 

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Vista da cidade desde o mirante.

 

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Sou "O Zorro"

 

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Casa de Canal

  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
Postado

Valeu Marcos, o objetivo é ajudar os outros viajantes :)

 

Também é para que se interessem em visitar outras cidades do país e não só o clássico roteiro Sul-Riviera Maya.

 

Abraços e a gente se vê em breve.

  • 1 ano depois...
  • Colaboradores
Postado

Valeu, o importante é que os relatos sejam úteis para os viajantes que visitam essa linda região.

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