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FOZ DO IGUAÇU – guia politicamente INcorreto


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Em 2013 dei uma contribuição em forma de um relato chamado “Bolívia – Guia Politicamente Incorreto”, onde eu fazia um relato da minha viagem por Bolívia, Argentina e Paraguai, além da volta ao Brasil. Quem tiver interesse, o link é este:

bolivia-guia-politicamente-incorreto-t78236.html

 

Para ver as fotos daquela viagem, o link é:

 

Naquela ocasião, fiz um relato, contando a história da viagem. Desta vez, farei algo mais simples, mais direcionado para quem quer:

- DICAS

- ESCAPAR DAS ARMADILHAS

- CONHECER UM POUCO DAS INFORMAÇÕES PECULIARES DO LUGAR

Em alguns momentos do texto, eu falarei de fatos ocorridos na minha última viagem à região, e portanto os valores colocados aqui e as cotações têm como referência janeiro/2017. Porém, colocarei também informações que fui adquirindo depois de dezenas de idas ao Paraguai nos últimos anos.

Para quem não leu o outro relato, vale ressaltar que título “politicamente incorreto” se justifica pelo mesmo motivo: eu falo rasgado, escrevo as verdades que os blogs e demais sites especializados não podem publicar. Redijo este post como se estivesse papeando com um amigo meu, então uso palavrões quando quero, tiro sarro de todo mundo, etc. Se quiser continuar lendo, já está avisado.

Como este post tem intenção de ser mais voltado para dicas e avisos aos navegantes, vou tentar dividir em seções, como acontece nos sites especializados.

Realmente a região das três fronteiras é muito farta de bons programas turísticos, fora as compras, então recomendo ficar pelo menos uns 04 dias.

Primeiramente dicas sobre o que levar:

- Vc passa a viagem inteira com um par de tênis confortáveis e um par de chinelos. Para andar nas lojas e nos passeios, um calçado confortável é INDISPENSÁVEL.

- Protetor solar e óculos. Vc vai precisar, e olha que eu sou bem troglodita para essas coisas.

- Leve malas grandes para trazer as compras, a não ser que vc esteja pretendendo comprar malas ou sacolas lá. Vc vai achar desde as marcas internacionais, até aquelas sacolas de muambeiro profissional. Todas vendidas a preços bons, bastando saber andar pra pesquisar.

- Use suas piores roupas! Use aquela roupa detonada que vc nem tem coragem de doar. Vai suar, vai sujar, vai incomodar... lá ninguém te conhece, então isso não fará diferença. Sendo leve, vale a pena levar.

 

 

DOCUMENTOS PARA LEVAR

“Os brasileiros podem transitar livremente pelo Mercosul portando apenas sua identidade ou passaporte válidos”. Isso vc lê em todo lugar, mas existem várias “pegaditas”, meu “parceirito”.

- Sua carteira de motorista, carteira do exército, carteira da OAB, carteira de polícia, etc, NÃO VALEM como documento de identidade. Apenas RG ou passaporte dentro da validade.

- Existe a lenda do RG com mais de 10 anos. Falam que ele não é válido. Isso é parcialmente incorreto. Na vdd, o RG não perde a validade, mas se ele for antigo, o fiscal de fronteira irá verificar com mais atenção e se vc tiver mudado bastante em relação à foto, ele pode recusar o documento. Se vc tem a mesma cara, se o doc tá em bom estado de conservação, não haverá problemas se ele tiver mais de 10 anos.

- A carteira de motorista VALE para vc dirigir nos três países sem necessidade da “carta verde”, mas apenas dentro da faixa de 50km para dentro de cada país. Por isso que vc vai ver vários carros de argentinos e paraguaios em Foz, e vice-versa.

- Passaporte é um documento caro de se tirar, ruim de carregar e fácil de estragar. Se vc tá levando só pra se mostrar, vc é burro. A única justificativa pra levar o passaporte: se ele está dentro da validade e o seu RG encontra-se em mau estado, ou com foto desatualizada. Daí vc não precisa tirar outro RG só pra viajar, leve o passaporte que já tem em mãos.

- TODA vez que vc entrar ou sair da Argentina, terá que passar na imigração e registrar. Se vc estiver de ônibus, isso é rápido. Se for de carro, ou até moto, corre o sério risco de ficar preso um tempaço.

- Existe uma diferença entre os registros de entrada e saída! Funciona assim: na Argentina, vc entra e sai se registrando TODAS as vezes. Porém, se vc só vai visitar rapidamente, digamos, para conhecer a cidade e as cataratas do lado argentino e voltar em seguida, é um registro simples. Eles não te dão nenhum papel, apenas fica registrado no sistema deles. Quando vc volta, eles registram que vc saiu do país e pronto. Do lado paraguaio, nem precisa disso, pois existe um acordo de comércio entre Brasil e Paraguai que dá livre acesso a Ciudad del Este. Ou seja, vc pode atravessar a ponte para CDE e ninguém nem fica sabendo que vc foi ou voltou. Pode ficar vários dias, pois ninguém te pede documentos de saída ou entrada.

PORÉM, quando vc vai andar pra dentro de qualquer um desses países, num passeio mais demorado, é necessário se registrar de maneira diferente! Vc precisa primeiro ir na imigração que fica do lado brasileiro e registrar sua saída! Daí eles vão te dar um papelzinho indicando que o Brasil está ciente da sua saída do nosso país. Daí vc anda alguns metros até a imigração do país vizinho (PY ou AR) e apresenta o papelzinho brasileiro. Eles vão registrar, carimbar, e te devolver o recibo carimbado. Quando vc volta, vc precisa fazer a mesma coisa. Inclusive, não se esqueça de passar no lado brasileiro e avisar que está voltando para o nosso país, senão vc toma multa! Caso vc se esqueça e passe direto pela ponte para entrar no nosso país, ninguém vai te impedir de entrar, ninguém no Brasil vai te considerar ilegal aqui. Mas quando vc for viajar de novo, vai constar no sistema deles que vc ainda se encontra em viagem no exterior. Daí vc toma uma multa para “regularizar” sua situação.

 

 

TRANSPORTE

Não vou perder tempo dando dicas de passagens de avião, etc. Isso é por sua conta. Mas vou informar algumas coisas que acho que nem todo mundo sabe:

- existem ônibus bons e baratos saindo de SP para Foz, com bons preços. Viagem à noite, então vc pode dormir no busão e economizar uma diária de hotel. Em vários casos, compensa mais do que vc pegar avião de madrugada. Vc cansa menos. Suponho que haja opções saindo de outras capitais também.

- O aeroporto de Foz é longe bagarai!! Reserve pelo menos 1:30 para os deslocamentos hotel-aeroporto, para evitar transtornos. Os taxistas do centro cobrarão 70,00 pra te levar ao aeroporto, enquanto que os do aeroporto te cobrarão 120 pra te levar ao centro.

Muita gente em Foz critica os paraguaios nesse sentido, mas é o sujo criticando o mal lavado. Quando um brasileiro pergunta o preço de algo no Paraguai, o cara te fala “duzentos reais”, vc vai dizendo “não” e no final das contas, sai por 30,00. Isso é desagradável, pois no final das contas vc sabe que na maioria das vezes o preço mínimo do vendedor ou prestador de serviço é abaixo do que vc pagou, e ele te ganhou na conversa. Os brasileiros criticam também os taxistas da Argentina porque eles fazem tudo com preço fechado, sem usar taxímetro, e enfiam a faca. Pois saibam que os taxistas do aeroporto de Foz fazem a mesmíssima coisa. É o pior dos dois países reunidos aqui mesmo no nosso quintal. Que orgulho, hein! Daí eu te pergunto: vc vê fiscalização das nossas autoridades contra essa prática abusiva?

- Se vc tem carteira de habilitação no Brasil, pode dirigir normalmente com documento brasileiro nos países vizinhos, desde que vc não ultrapasse 50km de distância das respectivas fronteiras.

- Pense muito bem antes de alugar carro para se locomover. Se vc tiver objetivo de atravessar as fronteiras, irá se frustrar. O mesmo ocorrerá se for visitar as Cataratas do lado brasileiro em época de pico. Em todos esses casos, as filas são ENORMES, e vc perde horas para entrar e sair. Os únicos que furam essas filas são ônibus e mototaxis. Não sei se vans turísticas credenciadas também conseguem, vc terá que confirmar essa informação, caso tenha interesse.

Aqui vai um resumo dos meios de transporte:

- mototaxi: dos dois lados da fronteira BR/PY, vc encontra aos montes. Eles são rápidos, e dificilmente são parados por fiscalização. Porém, te cobram o preço que querem. Na maioria das vezes, dão o mesmo preço dos taxistas, ou até mais. Achei isso absurdo! Nesta última viagem, acabei boicotando esse serviço, e não me arrependi.

MUITO cuidado se for andar mais que 2km pra dentro do Paraguai com mototaxistas paraguaios em horários ou locais menos movimentados. É muito comum eles levarem turistas para serem assaltados. Eu mesmo conversei com um ex-mototaxista que me disse que parou de fazer isso (ou seja, já fez muito). Se for de dia, lugar movimentado, ok. Se não, é desaconselhável.

- Táxi: os táxis brasileiros te cobrarão pelo taxímetro. Para ter uma referência de preço, se vc pegar um táxi logo antes da aduana brasileira, e andar mais 2km pra dentro do Paraguai, o preço será em torno de 15,00.

Dentro do Paraguai, só de vc perguntar as horas pro taxista, ele já vai te cobrar 20, 25 reais. É o preço de referência deles para dar aos turistas. Exija pagar menos, e pagar em guaranis. A “saída mínima” deles é 25.000 guaranis, que equivale a 15 reais. Mas vc consegue baixar esses 25mil Gs para 15, 20 mil, se negociar. Isso vale para corridas curtinhas, ex: te pegar no centro de compras com seus pacotes e levar até o lado brasileiro, parando no ponto de ônibus mais próximo. DICA: não deixe o taxista ver que vc está com mais pessoas ou cheio de bagagem, senão ele vai jogar mais duro, lógico. Negocie antes.

Se vc perguntar quanto fica pra ir do seu hotel até o Paraguai, ou do seu hotel à Argentina, ou vice versa, praticamente todo mundo vai querer te cobrar preço fechado, variando de 80 a 160 reais. Isso ocorre com mototaxistas e taxistas dos três países. Não vale a pena, realmente.

 

- Vans: existem várias empresas que te pegam no hotel, levam para as compras, e trazem de volta. Na média, custam de 50,00 pra cima. Se vc estiver se hospedando em território argentino e quiser ir fazer compras no Paraguai, te cobram próximo de 100,00. Tem gente que gosta, por achar mais conveniente, confortável, confiável... eu não acho bom. Vc entra na van e eles ficam dando volta nos hotéis, vc tem que se adequar aos horários deles, o espaço é pequeno caso vc decida fazer compras volumosas. Realmente não acho que vale a pena. É mais confortável que ônibus, mas o custo-benefício é pior, definitivamente!

- ônibus: é o que eu recomendo. Todos os locais de interesse na região são atendidos por ônibus. Esse é o meio de transporte que a grande maioria dos turistas estrangeiros utiliza. E isso considerando que eles têm que se virar, pois a maioria das pessoas nativas da região não fala inglês, e a maioria dos turistas não fala português. Aí vc vai querer ser o brasileiro dondoco que não aceita andar de ônibus? Pior pra vc.

A cidade de Foz funciona com sistema de terminal de transbordo, chamado aqui de TTU. Vc paga uma passagem apenas e com ela pode ir ao terminal e pegar ônibus para qualquer outro ponto da cidade sem pagar outra. Os ônibus são bons e frequentes. Os motoristas já são acostumados a lidar com turistas. Quando te vêem no ponto com bagagem, já abrem a porta de trás para facilitar sua vida.

A única informação LAMENTÁVEL: não existe ônibus ligando diretamente o aeroporto de Foz à rodoviária! Um absurdo o turista chegar cansado, com malas, e ter que ficar se deslocando para o terminal de transbordo para depois ir ao aeroporto. Numa cidade que tem a pretensão de ser turística, é errado porque:

a. Foz é muito quente ou muito gelada. Os ônibus não são climatizados. Com as malas é ainda mais desconfortável.

b. vc perde tempo, pode perder seu vôo ou seu ônibus, é obrigado a pegar horários de ônibus e vôos bem mais inconvenientes, e fica impedido de chegar ou sair da cidade tarde da noite, porque sabe Deus como serão os horários.

c. É cruel com os estrangeiros que não falam nossa língua ter que ficar se deslocando assim.

d. os ônibus aceitam pagamento SOMENTE em reais, isso é uma sacanagem os estrangeiros. Tentei pagar em outras moedas e nunca consegui. Ainda bem que sou brasileiro, mas e os que não são? E os que descem de avião aqui? E os que atravessam a fronteira de ônibus e não têm como fazer câmbio por causa dos horários ou falta de casa especializada?

Continuando sobre os ônibus: no Paraguai também tem ônibus pra todo lado. Eles são carros velhos, pintados e enfeitados. A maioria lembra aqueles trenzinhos da alegria que fazem passeios com as crianças. Só falta os animadores vestidos de Fofão e Turma da Mônica. Sério mesmo, tem uns que ficam iluminados à noite igual árvore de natal. A passagem custa 2.500 Gs, cerca de R$ 1,50. Bem menos que Foz, que custa R$ 3,45 . Os motoristas paraguaios costumam parar para o passageiro subir e descer onde quer que se dê sinal.

Existem também ÔNIBUS INTERNACIONAIS. Pra mim, são de longe, a melhor maneira de atravessar qualquer uma das fronteiras!! Não param nas filas de checagem, praticamente não são parados para verificação, passam frequentemente, e o preço é ótimo.

A linha BR/PY sai do terminal rodoviário de Foz, passa pelo terminal de transbordo (mas sem entrar! Vc tem que descer e pegar do lado de fora, pagando outra passagem), atravessa a ponte, sobe a Av. San Blás (que é a rua do comércio em Ciudad Del Este) e vai até a rotatória Oásis. Essa linha é atendida tanto por empresas paraguaias quanto brasileiras, que concorrem entre si. Ambas cobram o mesmo preço (9.000 Gs ou 5,25 reais). Para identificar o ônibus, vc tem que ler o letreiro que fica no para-brisa do busão, perto da porta de entrada.

Tem também um ônibus que faz BR/AR, mas eu não sei direito as informações, pois nunca peguei ele. Se não me engano, funciona bem parecido: vc pega na rodoviária ou do lado de fora do terminal de transbordo, e para na rodoviária de Puerto Iguazu, na Argentina.

Existe ainda um outro ônibus que faz a linha PY/AR. Como não existe uma ponte ligando o Paraguai à Argentina, esse ônibus tem um itinerário interessante: ele também sai da rotatória que eles chamam de Oásis (PY), atravessa para o Brasil (sem parar nas fiscalizações!), vai pelo nosso território direto para o lado argentino (sem ficar dando voltinhas em Foz). Chegando lá, vc faz os trâmites na fronteira (rapidinho) e depois segue até a rodoviária de Puerto Iguazu. A passagem custa 35 pesos argentinos ou 12.000 guaranis, o que equivale a aproximadamente R$ 7,00.

IMPORTANTE: todos os ônibus internacionais param no período noturno, por falta de público. Me disseram que o BR/AR vai até as 21:00, mas os outros param por volta das 18:00. Lembre-se de verificar e considerar o fuso horário.

- Travessia de balsa: as três fronteiras são coladinhas. As cidades são Foz do Iguaçu (BR), Ciudad del Este (PY), e Puerto Iguazu (AR). Porém, ao lado de Ciudad del Este existe uma cidadezinha chamada Presidente Franco. Esta é a cidade paraguaia mais próxima da Argentina. Só que não existe ponte entre elas, a travessia é feita de balsa. Tentei fazer isso, pois seria mais pitoresco, mas me ferrei: esqueci de dar saída do lado brasileiro, portanto não pude passar na imigração paraguaia para a Argentina. Lembre-se: vc pode andar sem dar saída apenas entre Foz e CDE, mas para as outras cidades do Paraguai, se for passar em posto de imigração, terá que apresentar seu comprovante de saída do Brasil e entrada no Paraguai. Esqueci desse detalhe. Vc pode fazer o mesmo passeio que eu, mas lembre-se de dar saída e entrada.

Para fazer essa travessia, vc vai até a rotatória Oásis, em CDE, e lá pega os ônibus Matiauda, mas pergunte ao motorista antes de embarcar. O ponto fica na esquina da Av. San Blás com a General Bernadino Caballero, em frente ao posto de gasolina. Qualquer pessoa te informa lá perto (vide mapa). De lá, vc pede o motorista para te avisar do ponto mais perto da balsa. Desce, caminha aprox. 1km morro abaixo e chega na balsa. Lá tem um posto de imigração. Apresente seu comprovante de saída do Brasil, e o cara vai carimbar sua saída do Paraguai. Depois da travessia, o cara do posto Argentino vai carimbar sua entrada naquele país.

A travessia por terra é melhor e mais conveniente. Mas por balsa é mais pitoresco, mais turístico, mais “exclusivo”, e rende melhores fotos. Além disso, o ponto onde vc atravessa é justamente onde os “marcos das três fronteiras” de cada um dos países se vêem. Vc vê três margens de rio, onde cada uma delas pertence a um país diferente. Além disso, é a única forma de vc fazer aquilo que a maioria das pessoas nunca fez: passar pela foz do Rio Iguaçu! Ali é exatamente o ponto onde o Rio Iguaçu tem sua foz no Rio Paraná!

 

ONDE SE HOSPEDAR:

Sempre fui fã de passeios mais alternativos, ou como dizem os especialistas do ramo, “off the beaten path”. Então darei aqui para vcs as opções para quem quer curtir a região se hospedando nos outros países também!

Em todos os três países vc vai achar hospedagem luxo, hospedagem familiar, etc. Basta procurar. Existem sites tipo AirBNB, couchsurfing, etc, que também te darão opções legais. Eu, por exemplo, escolhi pelo AirBNB um apto a 2km da fronteira (1km das compras) dentro do Paraguay. Paguei 60,00/dia para um apto com cama de casal, TV a cabo, frigobar, banheiro e ar. A média na região nesta época do ano estava de 100 paus para cima.

Quando for se hospedar, vc terá que considerar algumas coisas, como preço, fornecimento ou não de café-da-manhã, deslocamentos, o tipo de programa que vc quer, etc. No meu caso, eu queria muito curtir as compras, não tenho problema em me deslocar até os pontos turísticos, queria poder passar uma semana em outro país... Não ligo pra café-da-manhã de hotel, então eu comia na rua mesmo, podendo viver uma rotina matinal parecida com a dos paraguaios. O supermercado próximo da rotatória tem refeitório, e o caminho passa por um lindo lago que os turistas nem sabem que existe ali.

 

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Próximo à rotatória tem um terminal de ônibus, e há várias pessoas vendendo sucos, chipa, sanduíche, etc. Preço 1 por Gs 3.000, dois por 5.000 (=R$3,00).

Mas pra facilitar, vou fazer um resumo das suas possibilidades a seguir:

 

Hospedando-se em Foz: logicamente é o mais comum para os brasileiros. Vc não sai da sua zona de conforto. Vai pagar mais caro nas coisas, pq a cidade é turística, mas talvez vc já esteja se programando para isso. Existem várias opções de comida, passeios, etc. Tem passeios e hospedagens para todos os gostos, todos os bolsos. Desvantagens: vc também tem que se deslocar pela cidade, pois as coisas não ficam tão perto. Os preços são os mais altos dos três países, no geral. Provavelmente, mais caro que a sua cidade também. Foz é um município pequeno (250mil hab) e portanto sem muitas opções, exceto as turísticas.

 

Hospedando-se em Ciudad del Este: é super pitoresco, claro. Vc fica dentro de outro país, vê a cultura deles. Existem vários refrigerantes de sabores incomuns, e comidas que vc nunca viu. Os preços são bem melhores também, no geral. Vc fica pertinho das compras, então se gosta de passear pelas lojas e barraquinhas, andar pela cidade, respirar esse ar típico, procurar as melhores barganhas, etc, é maravilhoso. Desvantagens: precisa barganhar nos táxis. Existem poucas opções de restaurantes depois das 20:00 (horário local). Posso afirmar que algumas ruas do centro comercial têm restaurantes, a região da Adrian Jara também tem e também na Rogério Benitez. Existem vários outros lugares, pois CDE tem 400 mil hab. O negócio é procurar. Mas não é tão fácil quanto nas outras duas cidades. Ouvi falar que não é tão seguro ficar de bobeira nos lugares desertos depois das 20:00. Não sei dizer até onde isso é lenda. Na dúvida, pegue ônibus ou táxi.

 

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Hospedando-se em Puerto Iguazu: é uma cidade de 80 mil hab. A menor das três. Porém é a que tem maior concentração de restaurantes, casas noturnas e a noite mais animada. Se vc prioriza curtir a night com las chicas e com as outras turistas gringas, é uma boa opção. Se tem uma boa condição financeira e quer uma viagem romântica ou com a família em um local mais marcante, gosta de comer comidas de bom padrão e não se importa de pagar mais caro por isso, também compensa ficar aqui. Desvantagens: os argentinos são mesmo insuportáveis, às vezes. Alguns são bem educados, mas não espere por isso. A cidade vive de sacanear turistas com preços absurdos. É tipo um esporte nacional. Só vale a pena se vc não vai se importar de gastar mais. Outra coisa: TODA vez que vc for atravessar a fronteira para o Brasil e, por conseguinte, para o Paraguai, terá que dar entrada e saída na imigração argentina.

Uma coisa que eu nunca experimentei fazer é ficar um pouco em cada um dos países e curtir o que tem de melhor ali. Pode ser uma opção, se vc não se importar com as mudanças de ambiente, nem tiver preguiça de refazer as malas.

 

CÂMBIOS E MOEDAS.

Esse merecia um livro à parte. Já aviso o seguinte: muita gente entende que perder dinheiro nas conversões de moeda faz parte. Entendem ainda que turismo implica em pequenas perdas, preços mais caros. Tem gente também que, por sua situação financeira mais tranquila, entende, e com certa razão, que ficar prestando atenção nessas merrecas é uma perda de energia tão grande que tira o prazer da viagem. Não vale a pena. Melhor pagar logo o que estão pedindo para não ter que se aborrecer fazendo contas. Essa postura não está correta nem errada. Só não é a minha. Se é a sua, pode pular este tópico e adiantar sua leitura. Eu já sou da ideia seguinte: numa viagem dessas, considerando-se que eu adoro fazer compras lá, vou gastar pelo menos uns dois mil reais. Se eu puder e economizar PELO 10% disso sabendo viajar melhor, essa diferença de 200 reais pode não fazer diferença no meu orçamento atual, graças a Deus, mas me incomoda saber que eu entreguei de bobeira, então me importo com o câmbio, sim! E te digo mais: se vc prestar atenção em todas as minhas dica aqui, pode ter certeza que sua viagem vai sair pelo menos uns 30% mais barato, e bem mais legal. Isso, eu garanto!

Sem mais demoras, vamo lá:

Nessa região, se não quiser perder dinheiro, vc vai ter que trabalhar simultaneamente com pelo menos três moedas diferentes: real, guarani, dólar e, se for pro lado argentino, peso.

Passarei aqui um guia rápido e prático de como fazer isso de maneira mais fácil, mas sugiro fortemente que vc também faça sua parte. Anote os valores das transformações numa tabelinha, e procure se acostumar com as conversões mais comuns.

Em início de janeiro de 2017, as cotações estavam mais ou menos assim:

PESO ARGENTINO

R$ 1,00 = AR$ 5,12 (*)

(*) Então é fácil. Tudo que vc for transformar de peso argentino pra real, vc divide por 5. Se a conta for difícil, ou quebrada, vc multiplica por 2 e divide por 10 (e vice-versa). Isso equivale a dividir por 5. Ex: se o produto custa AR$ 130,00 e vc tá com preguiça de dividir por 5 para saber o valor aqui, basta dividir por 10 e multiplicar por 2. Ou seja, 13x2=26, então rapidinho vc descobre que AR$ 130,00 = R$ 26,00

 

GUARANIS

R$ 1,00 = G$ 1.650

G$ 1.000 = R$ 0,60 (**)

(**) ou seja, a cada real, vc consegue aproximadamente mil e quinhentos guaranis. E a cada mil guaranis, sessenta centavos de real.

Vamos aos macetes: quando vc vê o preço em guaranis, vc separa a dezena de milhar, divide por 10.000 e multiplica por 6. O resto, vc faz separadamente. Parece complicado, mas não é.

Ex: G$ 135.000 para real, quanto fica?

Vc sabe que Gs 100.000 = sessenta reais. Os outros 30mil, vc corta os zeros mentalmente e multiplica por 6 (3 x 6 = 18). E os 5 mil, mesma coisa, lembrando apenas que neste caso, vai ter que tirar um zerinho no final. 5x6=30. Então 60 reais, mais 18 reais, mais 3 reais = 81 reais.

Lógico que esses valores são aproximados. É só pra vc acostumar a fazer rápido na cabeça e não ficar comendo mosca quando as pessoas te passarem os preços das coisas. Juro que é mais simples do que parece, desde que vc pratique umas poucas vezes.

Para fazer o valor de real para guarani, vc faz o oposto. É como se multiplicasse por 1,5.

Ex: R$ 70,00 vai dar quanto em guaranis?

Simples: vc sabe que metade de 7 é 3,5, então já soma 70 com 35 e chega a 105 reais.

Além disso, como vc já tinha ouvido meu conselho anterior e estava acostumado com a ideia de que 100 mil guaranis equivalem a 60 reais, então sabia que setenta reais seriam pouca coisa acima de cem mil guaranis.

 

DÓLAR

US$ 1,00 = R$ 3,45 (***)

Mesma coisa. Pra simplificar, já que 3,50 é inexato, vc calcula a cada dois dólares, e usa o número 7 como referência. Ou seja, cada dois dólares equivalem a 7 reais. Então vc divide o preço em dólares por 2 e multiplica por 7. Assim 18 dólares vai ser 9x7= 63 reais. Vc também pode arredondar as contas, se quiser.

Ex: US$ 57,00 dá quanto em reais?

Rapidinho: basta arredondar pra 60. Sessenta dividido por 2 é 30. E 30 vezes 7 é igual a 210. Então seriam 210 reais. Porém, como vc aumentou três dólares para arredondar, e já sabe que isso é aproximadamente 10 reais, então o valor é próximo de 200 reais.

 

Agora que vc já viu como fazer a conta em segundos, vamos às outras dicas:

Antes de viajar, trate de comprar dólares na cotação baixa, se estiver planejando ir. Depende de sorte, claro. Mas tente. Se for comprar nos bancos para levar, a Caixa Econômica é o mais barato, de longe.

Se for trocar lá na região, fuja das casas de câmbio mais centrais, mais óbvias. Ex: No aeroporto, de Brasília, estavam me oferecendo R$ 0,44 para cada mil guaranis. A cotação correta está 1.000 pra R$ 0,60. Ou seja, a casa de câmbio do aeroporto de Brasília está roubando 25% do meu dinheiro! É normal a casa de câmbio levar uns 3 a 5%, mas 25% já é demais, não acham?

Se o câmbio estiver ruim na sua cidade ou em Foz, deixe para trocar no Paraguai, especialmente os guaranis. Procure dar uma pesquisada nas casas antes de fazer negócio. Quanto mais afastadas, melhor o câmbio, mas aí vc tem que pesar se vale a pena gastar tempo e dinheiro procurando câmbio melhor em relação ao volume que quer trocar. Calcule aí uma perda de 2% nas casas mais centrais de CDE, em relação às casas com melhor câmbio. Então nas casas de pior câmbio, vc vai perder 20 dólares a cada mil que negociar. Se for negociar muito, vale a pena. Se não, perca dinheiro e ganhe tempo.

Fazer compras em Guaranis vale a pena em várias lojas, dependendo do produto, especialmente os de menor valor agregado. Pois são produtos que os comerciantes costumam vender para os próprios paraguaios. Portanto, o preço é mais amigável. Vale a pena especialmente para comprar aquela muambinha básica, comprar comida nos restaurantes, nos supermercados, táxi, etc. Se vc estiver hospedado em Ciudad del Este (CDE), vai precisar. Se for só passear, fazer compras e voltar pro Brasil, então troque apenas o suficiente. Tipo, uns cem reais, pra comida, bugingangas e táxi, por exemplo. Se vai comprar certos produtos mais caros, mesmo assim compensa ver o preço em guarani. Conforme o caso, vale a pena vc ir a uma casa de câmbio e trocar o dinheiro só pra comprar com câmbio melhor.

O mesmo acontece com dólar. A maioria dos produtos à venda no Paraguai é precificada em dólar. É assim que os comerciantes compram, e é assim que eles calculam o lastro na hora de vender. Podem te passar o preço em real, mas na cabeça deles, o preço tá em dólar, pois o investimento foi feito em moeda americana.

Porém, existe algo muito peculiar (e TRISTE) no Paraguai: a cotação do dólar é aquela que o dono da loja decidir. Em cada loja, vão te dar uma cotação diferente. E essa cotação é sempre acima da oficial. Inclusive, já vi comerciantes malandros que fazem o seguinte: o cliente pechincha e ele dá o desconto que o cliente quer, mas quando o cliente pergunta quanto dá aquele valor em reais, ele infla o câmbio para poder tirar essa diferença quando o cliente for pagar em reais. Algumas poucas lojas te darão uma boa cotação, mas certamente porque eles já estão ganhando no lucro do produto.

Portanto, o macete é sempre esse: saiba quanto vc pagou pelos dólares que vc tem no bolso!!!

Darei um exemplo prático disso adiante.

Quando for comprar, pergunte na loja quanto está a cotação do dólar NAQUELA loja. Conforme o valor que ele te der, vc decide se paga em dólar, ou real. Se vc for um “usuário avançado”, perguntará também o preço em guarani. Fazendo isso, vc sempre conseguirá baixar o preço das coisas em pelo menos 5%. Em determinados casos, 10% ou mais. Isso pq conforme a cabeça do vendedor, ele tem o preço original que ele deseja numa determinada moeda. Quando ele “estabelece” o preço em outra moeda, ele aumenta um pouco, já prevendo perdas no câmbio, já imaginando um gringo endinheirado que nem vai se tocar que tá pagando mais, ou um brasileiro burro que não se dá ao trabalho de fazer as contas. Isso acontece demais por lá, nas lojas de tamanho pequeno e médio. Então vc vai se surpreender em vários momentos com as diferenças de preço.

Pode ocorrer, porém, de vc perguntar o preço em outra moeda, e ele apenas converter pra vc. Nesse caso, geralmente não vale a pena. Eles fazem isso quando percebem que vc está ciente das malandragens, e daí eles não utilizam mais o raciocínio que eu descrevi no parágrafo anterior. Eles apenas convertem o valor pra vc, como uma contramedida para brasileiros “espertinhos”. Saia e vá comprar noutro canto.

Exemplo prático (e infeliz): em setembro de 2016 o dólar estava na casa do R$ 3,20 Eu não estava prevendo viajar, e portanto não comprei. Deixei pra comprar nos últimos dias. Só que o preço aumentou muito, e logo antes da minha viagem. Dividindo o valor total que eu paguei em reais na Caixa Econômica Federal (incluindo as taxas deles) pela quantidade de dólares que eu comprei, paguei 3,55 em cada dólar. Chegando lá nesta minha última viagem, eu fiquei uma semana e adivinha o que aconteceu? Isso mesmo, o dólar baixou. Mesmo com o câmbio safado que eles praticam, a maioria das lojas estava negociando o dólar a R$ 3,45. Algumas a 3,40, outras a 3,50. Resultado: não paguei nada em dólar. Tirei mais reais no banco brasileiro e paguei tudo lá em reais ou guaranis (que comprei lá mesmo, usando reais).

Outra coisa: eles têm uma birra enorme de cédulas de dólares manchadas, velhas, rasgadas, etc. Muitos deles não vão aceitar. Então, não aceite receber também. Verifique seu troco. Se vier nota manchada ou velha, peça para trocar. Ou então invista dois dólares numa dessas canetinhas que verificam a autenticidade da cédula e pronto.

Outra coisa importante: se for à Argentina, faça um grande favor a vc mesmo e leve pesos argentinos. Faça outro favor a vc mesmo e não compre esses pesos no Brasil, e nem nas casas de câmbio do centro de Puerto Iguazu!! As cotações deles são leoninas, as filas demoram séculos, eles te pedem pra assinar uma série de declarações, etc. É uma bosta. Compensa comprar no Paraguai. As casas de câmbio lá têm as melhores cotações, e são mais descomplicadas. Vc chega na casa de câmbio, dá sua identidade, ele anota, te passa o dinheiro e um recibo. Pronto.

Muitas vezes, conforme a quantidade de dinheiro e a preguiça de ir em casa de câmbio, compensa trocar dinheiro nos pontos de táxi. Alguns te darão cotações justas, mas o primeiro preço costuma ser ruim, claro. Só quando vc rejeita o negócio é que eles melhoram a oferta. Verifique as cédulas que está recebendo.

Na argentina, sempre que vc decidir não pagar em peso, saiba que estará levando uma naba de pelo menos 10%. E nem adianta reclamar, pois no Brasil a gente faz pior com os estrangeiros: simplesmente não aceitamos a moeda deles. Já vi estrangeiro passando sede porque ninguém aceitava vender água pra eles em dólar. Isso DENTRO da Rodoviária “Internacional” de Foz.

Os argentinos vão tentar te sacanear de tudo que é jeito. Exemplos reais: Em Ciudad del Este, comprei pesos pra levar, mas calculei mal os preços. Tava tudo muito mais caro do que eu previ. Comprei no Paraguai com a cotação seguinte: R$ 100,00 = AR$ 512,00.

Quando fui comprar mais pesos na casa de câmbio em foz, dei R$ 100,00 e o cara me voltou AR$ 480. Ou seja, só aí, eu perdi 32 pesos, ou 6% do meu dinheiro. O mais impressionante foi depois. Como eu já tinha levado pesos em notas miúdas, estava com um bolo grande na mão. Daí juntei 500 pesos em notas miúdas e dei para ele, pedindo que me trocasse em notas de 100 pesos para não ficar volumoso demais. Sabe o que ele fez? Me deu quatro notas de 100 e mais 80 pesos em miúdos. Ou seja, quis me cobrar 20 pesos pra trocar o dinheiro pra mim!!! Fiquei muito puto!!

Outro exemplo: meu dinheiro em pesos acabou novamente e eu lembrei que queria comprar um presente para um amigo, e ainda tinha que pagar passagem pra voltar. Fui no balcão da Rio Uruguai, que é uma das empresas de ônibus argentinas que vendem passagem para a linha Rodoviária de Puerto Iguazu até Cataratas Argentinas, e também vende para a linha regular AR/PY. Eu sabia que o dólar estava cotado como sendo US$ 1,00 = AR$ 17,00. Falei com a atendente o seguinte: “vou comprar com vc as passagens com dez dólares e o troco vc me dá em pesos”. Quando pedi a ela, primeiro ela recusou minha nota de 10 dólares, dizendo que era velha. Depois dei a ela uma nota novinha, ela foi lá, conversou com uma mulher, e depois voltou com as passagens e o troco. Mas somando o valor das passagens com o troco, ela havia feito pra mim o seguinte: US$$ 10,00 = AR$ 100,00. Em dez dólares, ela queria me roubar 70 pesos argentinos, o que equivale a 14 reais!! Ou seja, numa cédula que vale R$35,00 ela queria levar R$ 14,00!! No final das contas, troquei o dinheiro no próprio ônibus que me levaria a CDE e o motorista me deu o valor justo.

 

 

COMPRAS NO PARAGUAIel guía explicadito

Antes de mais nada, vou colocar el mapito que fiz para facilitar.

 

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Agora, vamos ao assunto.

Saber comprar no Paraguai é que nem lutar boxe: uma arte que vc aprende levando cacete. Hoje as coisas já evoluíram muito. Comecei a ir lá adolescente. Sou da época em que se comprava um aparelho qualquer e vinha um tijolo, ou aparelho com defeito.

Vou colocar aqui o que melhorou, e alertar para as pegadinhas.

- Hoje em dia, existe uma polícia turística que pode te socorrer caso vc tenha sido vítima de golpe. Não é certeza absoluta que resolverão seu problema, mas já ajuda.

Além disso, várias lojas trocam suas mercadorias, caso vc leve de volta e informe o defeito. Cada comerciante tem sua política diferente. Alguns só trocam certos tipos de mercadoria, ou apenas dentro de certos prazos, etc. Alguns falam que testam na hora: se de problema na sua casa, problema seu. Outros falam que a garantia deles é a embalagem não violada (mas isso é balela, pq eles colocam o que querem lá dentro. Os produtos chegam para eles em containers tudo separado. Não vem assim de fábrica, eles “fabricam” a embalagem lá.

Via de regra, eles NUNCA te devolvem dinheiro, então caso esteja desconfiado da vibe da loja, melhor comprar em outra. Ou então pelo menos verifique se naquela loja tem outros produtos do seu interesse, ou outros itens iguais o que está comprando, caso queira arriscar a compra e depois precise trocar.

Por conta de toda essa malandragem, é bom ficar esperto e só comprar itens de maior valor em lojas de confiança.

- Vá cedinho. Eles abrem cedo, tipo às 8 da manhã (horário do Brasil) e começam a fechar por volta das 4 ou 5 da tarde.

- Se puder, vá duas vezes. Vá no primeiro dia e olhe tudo que te interessa, anote, tire fotos. Depois vc pesquisa os preços na net, vê se os produtos compensam e quais lojas têm os melhores preços. Depois vc volta no outro dia só para arrematar. Lógico que só compensa fazer isso com itens de maior valor. Os baratinhos, nem compensa vc perder tempo, a não ser que vá comprar em quantidade. Se for o caso, vc pode já no primeiro dia olhar preços e já levar as coisas de menor valor (guloseimas, badulaques, bugingangas), e deixar o resto para voltar em outro dia. Na segunda ida, não precisa perder o dia inteiro. Se vc estiver no Brasil, acorde cedo de forma que esteja lá às 8. Antes das 10 da manhã, vc já estará voltando para casa, e pode aproveitar o dia em outros passeios.

- Cuidado com marcas duvidosas, que eles vendem apenas porque dão lucro pra ELES, mas cuja qualidade é fraca. É muito comum vc chegar lá e ver um monte de propaganda sobre marcas desconhecidas. Mas o marketing é tão bom, que vc acaba tentado a experimentar, em função das propagandas e dos preços competitivos. Mas são quase sempre produtos de segunda linha. Pesquise antes de comprar. Ex: eletrônicos das marcas Blu, MOX, Sky, etc.

Quando falo que é importante pesquisar é por isso. Mas atenção: existem produtos já consagrados, mas que a maioria não conhece aqui no Brasil, e talvez vc não conheça também (Ex: celular HTC). Existem também marcas que não são de primeira linha, mas que pode valer a pena comprar conforme o preço, pois estão se consolidando lá fora (Ex: eletrônicos Satellite, celular Xiaomy). Esse produtos podem ser bons ou ruins, dependendo do modelo, ou de como a empresa dá continuidade em sua política de fabricação. Claro que complica para comprar um celular que não tem assistência aqui, mas nada te impede de comprar um produto que vc já não levaria em assistência técnica, como um GPS, um teclado... Em todo caso, te aconselho fortemente a dar uma boa olhada na internet antes de comprar. Por isso que sempre aconselho saber bem o que quer comprar e/ou ir duas vezes, tendo um intervalo de tempo entre elas para pesquisar procedência e reviews daqueles produtos.

- Lojas de árabes e chineses: que me desculpem os politicamente corretos, mas abram seus olhos nessas lojas. Pronto, falei!

Na região, existe uma presença fortíssima de árabes (sírios, turcos, libaneses, etc) e eles se dão super bem entre si. Saber que aqui no Brasil tem Xiitas se casando com Sunitas é algo que nos enche de esperança de que um dia haja paz entre esses povos que eu admiro tanto. Dito isso, tome muito cuidado ao comprar nas lojas deles. Já fiz isso várias vezes e já tive problemas em grande número delas. Em geral, são lojas menores, com um atendimento mais intenso, opressivo. Eles te pressionam mais a levar. Muitas vezes, o preço está um pouco melhor. Mas saiba que ninguém é besta. Já comprei produtos com defeito, e nas vezes em que queria trocar, eles eram grossos, diziam que já tinham testado, que eu estava criando caso, que não devolviam dinheiro nem debaixo de bala, que eu estraguei o produto em casa por mau uso, que saiu da loja perfeito, etc. Estou generalizando, eu sei, mas já tive MUITAS decepções. É que nem vc jogar em cassino e negociar com banco: pode dar certo algumas vezes, mas rotineiramente, vc sai perdendo e eles, ganhando. Hoje em dia, penso três vezes antes de comprar com eles.

Os chineses não são muito diferentes. São menos brutos, menos agressivos, mas são super mal-humorados. Geralmente trabalham com badulaques, ao invés de eletrônicos, então costuma dar menos problema. Mesmo assim, fique esperto, pq se der, também é chato de mexer.

- Verifique muito bem o que vai comprar, veja o produto na internet, veja as desvantagens do produto, confira se a voltagem é compatível com sua região, etc. Tudo tem um motivo para estar com preço muito baixo. Ex: eu estava olhando um celular com preço bom e ótima configuração. Depois de pesquisar, descobri que a memória interna dele é apenas 16GB e que ele NÃO ACEITA cartão de memória. Se eu tivesse comprado, teria me ferrado. Outro exemplo: Vi um celular super legal, dual chip. Mas descobri pesquisando que ele funciona assim: se vc colocar cartão de memória, só pode colocar um chip. Se colocar dois chips, não pode colocar cartão de memória. Sacou? E se eu não tivesse pesquisado?? Depois que já comprou, complica, né!

- Quando estiver usando dinheiros de países diferentes, coloque-os em bolsos separados e reserve aquele bolso só para aquilo. Uma bermuda cargo é ideal.

- No Paraguai vc vai achar muita coisa interessante pra comprar. Se puder, fique nas semanas anteriores à viagem fazendo uma listinha e anotando no celular. Mas chegando lá, vc sempre acha algo que não tinha pensado antes. Ex: da última vez, fiquei louco querendo comprar uma panela coreana, estilo frigideira, feita de granito revestido. MUUUITO boa e custa 40 dólares. Olha se eu ia pensar em comprar isso?

- Cuidado ao atravessar a fronteira, pois o celular entra em roaming internacional. Cada operadora faz de um jeito, dependendo dos planos dela no estado do Paraná, e de ter torres ali por perto ou não. Em todo caso, não vale a pena arriscar. Assim que atravessar, ou logo antes, coloque em modo avião e evite dor de cabeça. Se vc usa pré-pago, blz. O pior que pode acontecer é comer todos os seus créditos. Mas se usa pós-pago, pode ter uma surpresona enorme na conta. As boas lojas lá sempre têm WiFi liberado para os clientes. Utilize-o mesmo estando em modo avião para pesquisar algum produto, para se comunicar com amigos e parentes via internet.

- Fuja de lojas que não dão recibo, ou que dão recibo sem nome da loja, sem descrição correta do produto. Se o vendedor se recusar, desfaça o negócio ali mesmo e comece a exigir seu dinheiro de volta. Muito comum tentarem te vender sem recibo, ou com recibo contendo apenas rabiscos ilegíveis, ou aquele recibo de papelaria sem nome da loja, ou recibo em que o nome impresso não confere com o da loja. Em todos esses casos, se der problema no produto, vc não tem pra onde correr, porque nem mesmo o setor de reclamações turísticas vai poder ajudar. Vai ser sua palavra contra a do lojista. E vc vai ficar chupando dedo.

Esta regra só não vale se vc tá comprando produtos simples, tipo uma garrafa térmica. Ou produtos que não têm muito o que discutir. Ex: uma jarra, um caderno, uma mochila... vc só vai descobrir se é durável ou não com passar do tempo.

- Não se iluda com os valores em dólar. A gente entra numa loja cheia de produtos legais com etiquetinhas de valor irrisório. O detalhe é que esses valores estão em dólar e a gente só enxerga os números. Não estamos acostumados a fazer a conversão. Policie-se para sempre fazer conversão ANTES de colocar o produto no carrinho.

- Fuja das lojas que não têm preço marcado. Lojas sérias têm etiqueta de preço. Nas lojas que não têm preço, a pessoa já olha pra sua cara e joga o preço lá em cima, para o caso de vc pechinchar. Se vc for ruim de pechincha, vai pagar o primeiro preço, ou sair sem comprar nada. E se for bom, provavelmente ainda vai pagar mais caro, embora saia com a sensação idiota de que levou a melhor. Então nem perca tempo. Isso vale principalmente para lojas de eletrônicos e produtos mais caros.

- Cuidado com panfletos de promoções genéricas. Os paraguaios são espertos, e muitos deles são inescrupulosos (para os nossos padrões). Então muito comum te darem o panfleto de uma loja que mostra vários produtos interessantes, mas NENHUM deles com preço. Ou então panfletos falando “apresente este panfleto e ganhe desconto”. Mas quando vc entra na loja, nada tem preço determinado, então o vendedor já vai te sacanear do mesmo jeito. Só vai te dar um desconto em cima da facada que ele está te dando. Fuja dessas lojas.

- Direito do consumidor na fronteira é tipo missão religiosa em zona de guerra. Está lá só pra constar, mas ninguém respeita. No Brasil, as empresas são obrigadas a honrar o que anunciam em termos de preços, modelos, quantidade, qualidade, etc. E a gente se acostumou com isso. Por isso, quando vemos um anúncio, já acreditamos nele automaticamente (exceto quando a gente vê letras miúdas ou asterisco, pq já sabemos que é roubada). Só que as lojas do Paraguai anunciam livremente dos dois lados da fronteira sem que ninguém as puna. Portanto, cabe a vc exigir melhores condições e boicotar as lojas que adotam práticas abusivas, como as que eu citei.

- Apesar de tudo que eu falei, é bem provável que vc seja sacaneado do mesmo jeito. Algumas vezes, vc vai perceber quando isso acontecer. Nessas horas, não adianta vc argumentar gentilmente, pois eles terão resposta pra tudo. Se vc deixar barato, vão te passar a perna na cara dura. Só quando vc demonstra indignação é que eles entram na linha. Se acharem que vc vai aceitar o golpe calado, fica por isso mesmo. Só desistem de te sacanear quando percebem que vc vai “dar trabalho”. Ex: vc pergunta quanto é o táxi até a fronteira. O cara te fala que é 15 reais. Vc entra. Depois ele te cobra 30 reais. Vc argumenta e ele explica que não tinha visto que vc tinha bagagem, ou fala que aquele preço era para uma pessoa apenas, ou diz que 15 reais era até a aduana paraguaia, mas como vc quis ir até o lado brasileiro, a tabela é outra... esse tipo de coisa acontece lá com frequência em todo tipo de variação que vc imaginar. Tem que ficar esperto e deixar claro que apesar da sua cara de otário manso, vc não é (na vdd, é um otário bravinho).

- Há alguns anos, era comum vc ouvir história de gente que comprou um blu-ray e veio um tijolo. Hoje não se ouve mais falar disso, exceto nas lendas urbanas. Porém, muito sites ainda te dirão o seguinte: se vc escolher o produto, faça o vendedor testar na sua frente e se certifique de que ele não saia da sua vista depois disso.

Esse conselho hoje tem valor apenas se vc for comprar nas lojas menores, especialmente nessas “galerias” e “shoppings” aglomerados que eu mencionei. Nas lojas grandes, o sistema sempre será diferente: vc olha o produto, escolhe, o vendedor faz a nota com tudo que vc quis, vc paga, eles carimbam o recibo como PAGO e vc retira o produto no “paquete” (pacote), que é um setor de entrega deles. Bem parecido com o que acontece no Brasil. Aqui também vc não vai na gôndola das Casas Bahia e sai da loja carregando a TV do mostruário pra passar ela no caixa. Eles te dão uma outra. No Paraguai isso acontece há vários anos e não dá problema, pois são o tipo de loja que não faz esse tipo de trambique (fazem outros, como toda loja).

Se vc quiser, e tiver tempo, ainda é aconselhável vc pegar o produto que tirou do paquete e levar no setor de teste. Eles testam na sua frente. Opcionalmente, vc pode levar casa, testar, e voltar no dia seguinte para trocar, caso tenha dado problema.

- Assim como no Brasil, pode ocorrer do vendedor jogar aquele papo de “esse preço só serve pra levar agora. Pegar ou largar”. Sua reação deve ser a mesma que no Brasil. Largue. Sempre. Nunca compre na pressão. Sempre que um vendedor em qualquer lugar do mundo te pressionar, vc tem uma razão fortíssima para sair e só comprar depois de dar uma boa pensada. Se o produto fosse tão bom e o preço fosse aquele mesmo, não haveria necessidade de pressão. Ninguém te pressiona para comprar uma Ferrari na hora, uma joia, um bom relógio, uma roupa de grife.

- Tem gente que tem vergonha de conversar com eles pq não fala espanhol. Ledo engano. Todo mundo lá vai falar com vc em português. Eles vivem disso. Mas lembre-se, eles são os primeiros vendedores paraguaios da sua vida, vc é o milésimo otário brasileiro esta semana. Tem muita malandragem que eu não conseguiria explicar nem em um livro. E pode ter certeza: toda vez que eu vou lá, descubro que sei apenas uma fração.

Vou passar algumas informações a respeito:

 

Ambulantes: eu tenho uma regra de nunca comprar de ambulantes, e ponto. O ambulante não tem compromisso com nada, pois vc nunca vai achá-lo de novo. Ele não tem ponto comercial, não tem carteira de clientes, vc não vai queimar o nome dele, não tem recibo, não pode reclamar com as autoridades, enfim... E isso, eu estou falando é do Brasil! No Paraguai, então, nem pensar! Não compre NADA.

 

Barraquinhas: lá vc vai achar roupas de todo tipo, calçados, facas, cuias de tereré, e uma infinidade de outras coisas. Eu evito comprar nesses lugares, pois ao passo que no Brasil existe uma certa regulação dos camelódromos, lá não há controle de nada. Outra coisa: os preços são baseados na sua cara. Nada tem preço pendurado, o cara te dá o preço que ele quer, e pode ter certeza que é sempre um preço “turístico”. Mais um detalhe: alguns produtos são bonitos, enquanto novos, mas a durabilidade deixa muito a desejar. Agora, nada te impede de olhar, ver se acha algo que te interessa e cujo valor vc acha que compensa. Verifique, porém, se os mesmos produtos não são vendidos em lojas.

 

Galerias e “shoppings”: existem grandes galerias no Paraguai. Algumas são até chamadas de “shopping”. Não passam de aglomerados de lojas individuais. A grande maioria não tem compromisso com nada. São apenas “camelôs que trabalham em barraquinhas de alvenaria”, ao invés de camelôs de rua, mas o conceito é o mesmo. Conforme o produto que vc está procurando, vale a pena dar uma olhada, principalmente se vc for ficar na região por mais tempo e tem pelo menos dois dias de compras para pesquisar. Daí vc analisa os riscos e vê se vale a pena. Se não, nem perca tempo (ou dinheiro).

 

Lojas famosas: existem algumas lojas e galerias bem conhecidas, cujo nome vc vai sempre ouvir. Cuidado, pois muitas lojas usam o nome de fabricantes, lugares ou produtos famosos, mas não tem nada a ver Ex: a Loja Nippon não pertence a japoneses, A Loja Bravia não tem nenhuma ligação com a Sony, etc.

 

Grandes lojas: Compre apenas nas lojas mais distintas e que te fornecem nota direitinho. Verifique as políticas de troca de CADA loja antes de comprar. Compensa verificar e anotar os preços em todos os lugares, depois chegar nas lojas maiores e pechinchar. Vou te mostrar como logo adiante.

Existem algumas lojas que vc pode comprar de olho fechado (mas apenas UM, papito!). Exemplo: Mega eletrônicos é ótima nessa área de informática e câmeras, e tem um site muito bom para vc pesquisar os preços das coisas com antecedência. Nave shop é outra muito boa para eletrônicos. Para cosméticos, tem o Shopping Terra Nova.

Algumas lojas começam com um setor, ficam famosas, e depois expandem para várias vertentes, tornando-se literalmente uma megastore. Um exemplo clássico ali de CDE é a Monalisa. Começou ficando famosa por trabalhar apenas com cosméticos originais, mas hoje em dia tem de tudo. Os preços não são bons, mas tudo é original.

Dessas lojas recomendáveis, a que eu mais gosto é o Shopping China (não confunda com a Casa China!). O Shopping China fica dentro do Shopping Paris (kkkkkkkkkkk, isso não é piada minha! A realidade é mais engraçada do que eu seria capaz de inventar). Enfim, o Shopping China é uma megaloja com TUDO. Vc vai descobrir um monte de coisas que nem sabia que queria comprar, mas agora quer!

Uma dica importante: nessas lojas grandes, a coisa funciona tipo aquele supermercado da sua cidade, que tem a terça da carne, quinta-feira verde, etc. Eles colocam algumas coisas baratas, mas descontam no preço de outros itens. Alguns preços são muito bons, outros são quase tão caros quanto o BR (e não compensa carregar peso por uma diferença tão pequena). Tem também muita coisa que custa mais caro que aqui!

Outra coisa pra ficar esperto: as lojas grandes também vendem produtos de qualidade duvidosa, marcas de segunda e terceira linha (como a MOX, por exemplo). Não é porque se trata de uma megaloja conceituada que tudo que vc comprar lá vai ser bom!

Para resumir, as três diferenças marcantes entre essas lojas mais conceituadas e as demais são as seguintes:

a) Vc sempre sabe o preço. Tá escrito. Não tem risco do vendedor olhar na sua cara e dar o preço que ele quer. Na vdd, até isso é meio variável, pois como explico adiante, ainda tem uma margem de pechincha nos preços do Shopping China. Porém, no Paraguai, sempre é importante vc ver o preço da mercadoria escrito, pois caso contrário fica sujeito a malandragens com o preço.

b) O produto é o que ele diz que é. Se vc vir um perfume da Calvin Klein, ele é original da Calvin Klein. Se vc vir um produto fuleiro da MOX, ele é um produto fuleiro da Mox. É tipo no Brasil: várias lojas vendem produtos de qualidade duvidosa, mas não é falsificado. Então vc também tem que ter critério na hora de comprar.

c) Para eletrônicos, eles testam na saída, caso vc queira, e ainda trocam no prazo de 30 dias (mas verifique a informação antes de comprar, para garantir)

 

Agora, para facilitar sua vida um pouco mais, vou te passar algumas considerações sobre como e onde comprar certos tipos de produtos:

 

COMIDINHAS: Geralmente chocolates, azeites, temperos, etc, não são tão baratos. Se vc não ficar esperto, paga mais que aqui e ter que ficar carregando um produto que dá peso e volume. A única vantagem é vc poder comprar itens que não encontra no Brasil.

Quando vc compra caixa fechada, às vezes vale a pena. Mas se vc quer comprar em quantidade, compensa mais ir num supermercado da cidade. Perto do Restaurante Man Man tem um, bem no centro (vide meu mapito). Provavelmente vai estar mais barato. Nas lojinhas dos turcos que ficam na Emiliano R. Fernandez também (vide el mapa). Se for pros bairros de CDE, mais barato ainda. Mas é que só compensa para comprar em maior quantidade. Ex: eu adoro Rocklets de amendoim, que não vende mais aqui no BR. Para comprar no Shopping China, só tinha M&Ms de amendoim, por US$ 1,20 (R$ 4,10) cada pacotinho. Caríssimo. Nesse supermercado Gran Via (R. Pa’i Perez, quase esquina com R. Abay), eu comprei Rocklets de amendoim por Gs 2.300 (aprox. R$ 1,30). Mas só compensou porque eu comprei uns 20 pacotinhos, e porque eu já estava ali perto para almoçar, entendeu? Se eu tivesse procurado pelos bairros de CDE, teria achado mais barato, mas não valia a pena pela quantidade que eu queria.

 

ROUPITCHAS: Se vc pretende comprar roupas de marca, a primeira coisa que eu sugiro é que aprenda a distinguir uma falsificação. Tem tutoriais na internet sobre várias marcas. Ex: eu queria comprar uma bota Caterpillar, mas estava por fora dos preços praticados no Brasil, e não tive tempo de pesquisar sobre como identificar as falsificações dessa marca. Resultado: não comprei. Se vc não confia no seu taco, melhor pagar mais e comprar nas melhores lojas. O resto é praticamente tudo falsificado. Vc nem sempre vai saber que é, mas é.

O problema é que nas lojas de renome, os preços geralmente não compensam. Se vc mora numa cidade onde tem outlet (ex: SP, Rio, BH), ou visita uma dessas cidades com certa frequência, compensa mais comprar lá, especialmente nas promoções de saldão! Preços bem menores. No Paraguai, a melhor loja que eu conheço para esse tipo de produto é o Shopping China, mas os preços são mais caros que as lojas de BH, quando tem promoção. Então é burrice comprar lá. Existem exceções? Claro, em todo lugar. Mas vc tem que estar bem a par dos preços praticados aqui para poder julgar isso.

A quem interessar: No Shopping Jardín, que fica um 500m depois da rotatória. Ou seja, aproximadamente 1,5km da fronteira (vide mapa), tem uma loja Nike Factory e uma loja da Adidas. Para quem não conhece aqui no Brasil, as lojas Nike Factory são os outlets oficiais da Nike, e vendem as pontas de estoque deles. Aqui no Brasil, de vez em quando, vc acha ótimos preços nessas Factory, quando consegue comprar a ponta da ponta da ponta do estoque. Mas tem que ter paciência para procurar, e sorte de chegar no dia em que o produto que te interessa está na promoção. No Paraguai, não achei nada que prestasse, mas talvez eu não estivesse procurando na seção certa, ou não estivesse com sorte naquele dia. Mas olhei o preço de várias coisas e estava igual os preços do Brasil, ou pior. Na Adidas, eu nem me dei ao trabalho de entrar. Mas pra quem quiser olhar, fica a dica.

 

ELETRÔNICOS: Shopping China, Nave Shop e Mega Eletrônicos. Se quiser arriscar comprar em outro lugar, problema seu. Não incluí a Monalisa porque os preços deles são péssimos.

Agora, vou te dar o “salto del gato”: os produtos mais caros que vc vai comprar no Paraguai são eletrônicos. É a única coisa que realmente compensa comprar lá, em relação ao preço nosso. Além disso, são os produtos que realmente trazem um valor agregado maior. Claro que vc pode comprar bolsas e perfumes caríssimos, mas em geral, os eletrônicos são mais valiosos. Então, se vc tiver tempo, faça o seguinte: monte uma lista do que quer comprar. Deixe sua lista o mais específica possível, ou acrescente as variações separadamente: Ex: se for comprar um celular, especifique qual código do modelo, pois hoje as fabricantes colocam no mesmo modelo algumas diferenças na memória interna, câmera, etc, que fazem o preço variar. Ou então faça uma entrada na lista para cada variação daquele celular.

Daí vc vai nas lojas médias (ex: Mundo Celular, Casa Americana, as lojas maiores da Galeria Jebai, Galeria Madrid, Casa BO, etc). Em cada lugar, vc pergunta o melhor preço, anota o nome do vendedor e o valor. Depois de tudo, vc pega o melhor preço e leva no Shopping China ou na Mega Eletrônicos, ou na Nave Shop e fala que achou mais barato, e pergunta se não cobrem o preço. Na maioria das vezes, eles igualam ou cobrem. Em vários casos, até telefonam para a outra loja (que vc anotou nome da loja e vendedor) para confirmar o preço e ver que não é malandragem sua.

Se a loja maior não cobrir o preço vc pode optar por comprar lá assim mesmo e pagar mais caro pela tranquilidade, ou comprar numa das outras lojas que pesquiso, se tiverem te passado confiança.

Aliás, fica a dica: no Shopping China, existem VÁRIOS produtos de valor mais alto que, se vc chorar, o vendedor daquela seção consegue diminuir o valor, mesmo que vc não tenha visto preço em outros locais. Ex: da última viagem, achei mochila Samsonite de US$ 58. Conversei com o vendedor e comprei por 54. Tinha uma mala da Caterpillar que eu ia comprar. Tava de US$120, mas fazia por 100. Tinha mala Benetton na promoção. Qualquer uma delas, com 30% de desconto sobre o preço da etiqueta. Mas o detalhe: nada disso tá escrito em lugar nenhum!!! Fazendo amizade com o vendedor é que ele me falou tudo isso. Eles não são bestas, não ficam fazendo alarde que naquele preço tem choro. Se vc for bobo e pagar, problema seu. Agora, se vc chegar e pedir um descontito, quem sabe. Nessa viagem, apesar das promoções na Caterpillar e Benetton, acabei comprando uma mala da Luxor. Motivo: no dia que eu fui pra pesquisar preço, ela tava a US$ 100,00. Nesse valor, compensava a Caterpillar, que dura forever. Mas no dia que eu voltei para arrematar as compras, a Luxor tinha acabado de entrar na promoção, estavam colocando a plaqueta naquele instante. Preço de US$ 63,00. Daí compensou mais.

 

PEÇAS PARA CARRO: É muito comum as pessoas que moram (relativamente) próximo da fronteira levarem seus carros lá para trocar pneus, instalar som, fazer serviços mecânicos, etc. Sai mais barato e elas passam batido na fiscalização. Então é mais um “ganho” para elas. Não deve ser seu caso, mas vc pode comprar aparelhagem de som, GPS, multimídia, etc. Lembre-se porém, que não estarão instalados em seu carro e farão parte da sua cota.

 

 

 

 

ONDE COMER

Ali no centro comercial de CDE, o espaço comercial é muito caro. Então existem poucos restaurantes naquela “meiuca”. Tem um McDonalds (bem detonado) e um Burger King (trambiqueiro!) por ali. Só olhar nos mapas. Eu particularmente, acho uma idiotice viajar pra outro país e comer numa franquia que tem perto de casa. No McDonalds, deu até medo de ir. No Burger King eu só fui por causa do horário (que já não tinha mais almoço em restaurantes), e mesmo assim, arrependi.

Para quem gosta de comida boa, especialmente com um toque oriental, tem um restaurante ali perto chamado "Man Man" que é MARAVILHOSO, um verdadeiro achado. Eu comi lá várias e várias vezes. Nunca decepcionou. Comida ótima e preço também. Eles são especializados em comida coreana, mas existem alguns pratos de outras culinárias. Quem não está acostumado, pode ir experimentar sem medo: a maioria dos ingredientes é conhecida nossa. O que muda é o estilo do preparo. Fica na Rua Abay, quase esquina com a R. Pa’i Perez). Para vc se localizar, fica no rumo da Monalisa, duas quadras pra dentro, ou pode ver no meu mapito. Recomendo demais!!! Caso vc precise pedir informações, fica pertinho da loja de malas Chenson.

 

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Para vc se localizar com as palavras espanholas e facilitar na hora de pedir, algumas dicas:

cerdo: carne de porco

fideo: macarrão

pollo: frango

gaseosa: refri

 

Existem vários outros restaurantes orientais ali pela região da Adrian Jara. Só perguntar ou dar uma pesquisada. De preferência, pergunte pros orientais, lógico!

Em Foz do Iguaçu, recomendo a Churrascaria do Gaúcho. Tem filiais em pontos diversos, sendo que uma fica quase do lado do terminal de transbordo de Foz (TTU). Ótimo custo benefício!

Existem outras churrascarias na cidade com valores em torno de 30/40 reais pelo rodízio. Umas melhores que as outras, lógico, mas vc vai ter que decidir sozinho. Cada um tem um gosto diferente, né!

Existem as mais caras também, e até aquelas voltadas para o turista, com shows, etc. Vai de vc.

 

TURISMO EM FOZ (e na ARGENTINA)

Vou colocar aqui os programas mais importantes, e sua duração.

 

City Tour: É um passeio que custa 50, 60 reais. São três horas num ônibus turístico. Vc visita o marco das três fronteiras (apenas o lado brasileiro. Existe outro marco no Paraguai e outro na Argentina), a mesquita muçulmana (muito bonita) e o templo budista (maravilhoso, imperdível). O guia que vai narrando o passeio é bem simpático e o tempo todo passa voando. Vc pode visitar esses mesmos lugares sozinhos, se quiser. De todos, eu considero que apenas o templo budista é imperdível. Mas vale a pena fazer os três. Considerando o tempo gasto para visitar os pontos por conta própria, compensa fazer o passeio. Tem saídas às 09 e às 14. Recomendo ir de manhã, por causa do sol.

 

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Salto del Monday: É um lugar interessante. Dá dó de falar a verdade rasgada, mas vamos lá: o esquema é o seguinte: trata-se de uma queda d’água enorme e linda! Procure fotos no Google pra ver. É muito bonito mesmo, e tenho certeza que se ficasse a algumas horas de viagem da sua casa, vc iria com a família sempre. Se fosse localizado em qualquer outro lugar do mundo, seria um sucesso. Mas como fica pertinho das Cataratas do Iguaçu, fica humilhado. É como se vc casasse com a irmã da Gisele Bündschen: pegou uma mulher com o mesmo nível de beleza, mas acaba ficando apagadinha diante da outra. Se vc acabou de ir às Cataratas, vai achar o Salto del Monday bobo. Mas se não foi ainda, vai achar lindo! Então tem que ir antes. Para ir, vc pega um ônibus na Rotatória Oásis (vide el mapa). Peça o motorista para te indicar o ponto, desça e ande mais ou menos 1 a 2 km até chegar no Salto. Tudo asfaltado. É um parque lindo e limpo. Paga uns 15 reais pra entrar, mas o preço é melhor em Guaranis! Também segue aquele esquema: leve o que for comer, ou coma em outro lugar. Pode ser feito em meio dia, só vc chegar cedo ao Paraguay. Se vc tem mais idade, problemas de locomoção, ou viaja com crianças, tem passeios turísticos saindo de Foz. Se for por conta própria, procure ir de manhã, para facilitar o transporte. Se for de excursão, tanto faz o horário.

 

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Hidrelétrica de Itaipu: também é imperdível. Vc pode fazer por conta própria, com facilidade. Pega um ônibus que te deixa na porta e pronto. Lá dentro os deslocamentos são feitos com ônibus deles. É um complexo extremamente organizado e limpo. Existem visitas normais durante o dia, bem como as visitas mais “aprofundadas”. Essas últimas são um pouco mais caras e precisam ser agendadas. Nelas, vc passeia pela sala de máquinas. São boas para quem curte engenharia e ciências. Tem ainda outras opções de passeios, como ir à noite para ver o acender das luzes, ou ir fazer um test drive num carro elétrico, passeio de barco, etc. Mas caso vc não se interesse por nenhum desses, faça pelo menos o tour normal. Vc pode fazer esse passeio em apenas uma manhã ou tarde, o que facilita pra fazer uma casadinha com o City Tour.

 

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Asuncíon: caso vc queira esticar a viagem, pode visitar Assunção, capital do Paraguai. É uma cidade bonita e provinciana. Não tem muito o que fazer, mas enfim, vc pode ir, pelo menos pra falar que foi. De foz até Assunção são 6 horas. Se sair diretamente da rodoviária de CDE, vc não perde tempo na imigração e paga mais barato na passagem. Pode viajar à noite, aproveitar o dia para conhecer a cidade, e voltar na noite seguinte, se for um turista bem disposto. Não esqueça de registrar saída do Brasil antes de ir, e entrada na volta.

 

Cataratas do Iguaçu: Nem preciso enfatizar o quão imperdível é. Aí vem a grande questão: visitar o lado brasileiro ou o lado argentino. Cada um tem sua opinião, e compensa visitar mais páginas a respeito, para formar a sua. Vou dar a minha: o lado brasileiro é mais organizado, acessos mais confortáveis e custa mais caro. Passeio no estilo família com crianças ou terceira idade. O lado argentino é mais hardcore, vc anda nas trilhas, tem um visual mais bonito, bem mais próximo das quedas d’água, e custa menos (250 pesos, ou seja, R$ 50,00). Vc pode optar por fazer trilhas andando ou de trem.

 

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Macuco Safari: para quem não conhece, é aquele passeio em que vc navega de barco pela Garganta do Diabo, pertinho das cataratas. Acho que vale a pena fazer, especialmente do lado argentino. Do lado brasileiro o passeio é bem mais caro e um pouco mais longo, mas a parte que o nosso tem “a mais” que o argentino é bobinha, apenas uma navegação rio abaixo. Não justifica pagar mais. O que todo mundo quer fazer é ir na queda d’água, e isso os dois fazem, só que os argentinos fazem por menos. O lado deles tem três tipos de passeio:

a. Passeio ecológico (que é uma descidinha light de barco) – custa 200 pesos

b. Aventura náutica (que é aquele passeio em que o barco te leva debaixo da cachoeira) – 450 pesos

c. Gran aventura (que é a aventura náutica, acrescida por uma navegaçãozinha). 800 pesos.

 

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Lógico que o passeio que realmente vale seu dinheiro é o Aventura Náutica. O resto é encheção de linguiça. É um passeio muito legal. Caso resolve fazer, aqui vão “los macetes”:

a. vc VAI ficar encharcado. Aceita, que dói menos. Use roupas leves, ou leve uma muda de roupas na mochila. Ou vá de roupa de banho. Muita gente faz isso, especialmente os gringos.

b. se der, leve chinelos para usar no barco. Se não der, pode ficar descalço, na boa.

c. muita gente usa capa de chuva. Ela não serve pra te proteger da água, pois o volume é enorme, mas tem uma vantagem: quando chega muito perto da queda, a água respinga de baixo pra cima, e de lado. O capuz evita que ela entre nos seus ouvidos. Se não estiver de capuz, use uma das mãos para tapar o ouvido do lado exposto.

d. se tiver celular ou câmera à prova d’água, leve! Vale a pena!

e. Se puder, leve um óculos de natação ou de mergulho (não precisa do snorkel). Vai te ajudar a manter os olhos abertos quando chegar perto da queda. Senão, vc é obrigado a fechar.

f. antes de entrar no barco, eles te dão uma sacola para proteger seus pertences. Tem um jeito certo de fechá-la. Peça para te ensinarem, senão pode entrar água do mesmo jeito.

g. bem próximo de onde vc pega o barco tem várias lixeiras. Vários turistas descartam ali suas capas de chuva assim que saem do passeio. Se vc não tiver nojinho, pode pedir para alguém que esteja acabando de sair, ou abrir a tampa da lixeira e pegar uma. Não fica sujo. É tudo água!

h. Leve tudo que for comer. Comer no parque é atraso de vida. Comida caríssima e ruim. Deixe para comer nos restaurantes da cidade, quando voltar. Ou almoce antes de ir. A passagem de ida e volta entre a rodoviária de Puerto Iguazu e as cataratas custa 130 pesos (ida e volta).

 

Feirinha de Puerto Iguazu: Só visite se tiver tempo, ou se não tiver dó de dinheiro. Produtos a preços turísticos abusivos. Alguns de boa qualidade, outros nem tanto. Todos a preços acima do Brasil.

 

Observación 1: Eu, se fosse vc, desapegava dessa ideia idiota de que tem que comprar alfajor na Argentina. Os preços são caros e praticamente todos eles ficam abaixo do padrão de qualidade dos chocolates brasileiros. Tipo... vc vai se divertir mais comendo um Prestígio ou um Charge, do que um alfajor. E pagar menos.

Se quiser realmente comprar, saiba que as embalagens não refletem o sabor do conteúdo. Tem aqui um link ótimo de comparação:

http://finestrino.com.br/comparando-alfajor-argentino/

Porém, mais um detalhe: praticamente todas as marcas são industrializadas, e a maior parte delas vc acha mais barato no Paraguai. Especialmente se for nos supermercados. Detalhe: dos melhores citados na matéria, eu só achei para comprar o Cofler Block. Esse realmente é diferenciado dos demais. Ainda assim, não sei se vale o preço. Que estavam cobrando (3, 4 reais por CADA alfajor).

 

Observación 2: Então, só pra concluir, se vc for fazer o passeio pelo lado argentino com o Macuco Safari incluso, calcule o quanto deve levar de pesos para saber uma média de quanto comprar: 130 para o ônibus rodoviária-cataratas (ida e volta), 250 pesos para entrar no parque, 450 pesos se for fazer o macuco safári, mais o que vc for gastar na feirinha (se for besta o bastante) e mais o que for gastar no almoço. Calcule aí de R$ 50,00 a R$ 100,00 por cabeça, o que equivale a 250/500 pesos argentinos. Esses valores são para alta temporada. Na baixa, eles podem diminuir. O tempo gasto para fazer o passeio das cataratas, mais uma refeição na cidade e mais uma passeadinha é mais ou menos um dia.

Existe também um duty free na Argentina, bem pertinho da imigração, mas nem vou comentar, né? Ideia de jerico!

 

ARMADILHAS DO BRASIL:

A gente adora descer a lenha nos hermanitos, só que o nosso país também é cheio de sacanagens, mas a gente não enxerga. Vou colocar algumas aqui pra vcs ficarem espertos:

- No meu relato sobre a Bolívia, comentei que naquela viagem, o banheiro da rodoviária de Foz era pago. Hoje em dia é gratuito, mas fica um tiozinho da limpeza encostado na entrada cumprimentando todo mundo na entrada e saída, só pra ganhar um trocado.

- Tem um cartaz de WiFi gratuito, mas é MENTIRA. Para liberar, eles pedem que vc insira seu número de celular a aceite os termos. Já sabemos como isso termina. Vc fica recebendo SMS promocional pro resto da vida. Quem quer dar WiFi, simplesmente libera o acesso. Não fica pedindo pra vc dar seus dados, ou exigindo que vc faça check-in no Facebook para promover artificialmente o estabelecimento. Acho essa prática ridícula.

 

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- O estabelecimento Bud Café não aceita moeda estrangeira, não aceita cartão de débito e nem crédito, e ainda por cima os preços são remarcados (ex: um sorvete que custa R$ 6,50 no cartaz, eles colocam um adesivo por cima no valor de R$ 11,50). Ou seja, o turista estrangeiro morre de fome se não tiver reais na mão. Se tiver vindo do aeroporto, ou no ônibus de Buenos Aires, por exemplo, vai comprar comida como??

- A taxa de embarque é mais de R$ 4,00. Até aí, ok, mas os ônibus NÃO PARAM fora da rodoviária. Mesmo se vc estiver no caminho dele e fizer sinal, ele não pega vc fora da rodoviária. Numa cidade turística, isso é péssimo.

- Como já mencionado antes, não existe uma linha ligando diretamente com o aeroporto. Ridículo.

- Aliás, nada é mais ridículo do que chamarem aquele lugar de Rodoviária INTERNACIONAL de Foz do Iguaçu. O que a torna internacional?? Se for pq tem uma cabine de informações turísticas em outras línguas, então a Rodoviária de Bonito no MS também seria internacional. Se for pq tem ônibus pra Argentina e Paraguai, então as rodoviárias de BH, Rio, SP, Curitiba, etc, também seriam. Pior de tudo... se é internacional, por que é que ninguém aceita outra moeda naquele lugar?? Isso é muita sacanagem com os estrangeiros, porque além de tudo, não tem casa de câmbio lá!

- No ônibus brasileiro até o terminal, eu facilitei o troco e o cobrador simplesmente não me deu as moedas. Tive que cobrar dele “escuta, não ficou faltando uma parte do troco?”.

- Vamos reconhecer: o serviço de informações ao turista é importante, e ajuda muitos deles, de fato. Outra coisa legal da Rodoviária de Foz: o guarda-volumes te cobra 5 reais por dia. Ou seja, se vc deixar a bagagem de manhã e pegar à noite, vão te cobrar apenas uma diária. Se pegar no dia seguinte, duas. É justo assim, pois o preço compensa. Parece que também não cobram valores diferenciados pelo tamanho das malas. O ponto ruim é que fecham de 00h00 às 05h30.

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Carai... devi ler isso antes de vir kkk mas ainda dá para viver os outros 2 diad bem informado. Valeu!!! Tem algum sobre Bonito e Campo grande (MS) ?

Não tenho relato feito, mas morei anos e anos em Campo Grande. Conheço muito bem, caso vc tenha perguntas específicas.

Bonito, eu já fui três vezes, mas não acho que saberia dar dicas.

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  • 2 semanas depois...
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Olá Yuri, blz ?

 

Primeiramente, muito bacana o seu relato, essa do refri me lembrou o episódio do "El Chavo", suco de tamarindo, com gosto de limão, feito de sei lá o que kkkk

 

Você mencionou que no mínimo 4 dias pra dar uns rolês na fronteira e etc, to pensando em ir dia 05/08 até 13/08, tirando os dias de chegada e saída, terei 7 dias pra curtir.

 

Você acha muito tempo ?

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Depende da sua grana! Com certeza lá vai haver coisas pra fazer com todo esse tempo. Eu, por exemplo, fiquei 7 dias nesta última viagem. 4 dias é o mínimo.

Vc pode revisitar lugares, fazer passeios diferentes do convencional, ou mesmo ir a lugares menos conhecidos. Ex:

Vc pode fazer vários passeios alternativos em Itaipu. Tem um que vc vai à noite para ver o acender das luzes, tem um passeio de barco, tem um passeio pelo maquinário, tem um passeio em que vc dirige um carro totalmente elétrico...

O mesmo vale para as Cataratas: além de vc poder tirar um dia inteiro para visitar cada um dos lados, ainda tem passeio de helicóptero, etc.

Em Foz do Iguaçu existem outros passeios que eu não citei, por não achar essenciais, mas muita gente curte: parque das aves, outros parques temáticos na região, pulo de paraquedas.... como eu disse, depende da sua grana.

Outra opção que eu acho legal e que pouquíssimas pessoas se tocam: vc pode pegar um busão à noite, amanhecer em Assunção, passar o dia lá, e depois voltar na noite seguinte. É um pouco cansativo, mas se vc tiver pique, pode curtir a capital de outro país assim, do nada!

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