Membros de Honra mcm Postado Novembro 22, 2013 Membros de Honra Postado Novembro 22, 2013 Desbravando o Brasil, agora foi a vez de conhecer Manaus. Floresta Amazônica. Rio Amazonas. Ícones brasileiros que tantos turistas vão conhecer e que nós ainda não conhecíamos. Felizmente houve o feriado de 15 de novembro e uma belíssima promoção de milhagem da Gol (uns 6 meses antes...). Manaus, fomos nós! Chegamos tarde da noite na sexta-feira, apenas rumamos para o albergue. Um rasgo de 58 pratas de taxi, tarifa fechada. Ficamos no Big Hostel Brasil, em quarto de casal. Queria ficar no centro, e optei por albergue -- para não perder as raízes. Fazia algum tempo que não nos hospedávamos em albergue. No dia seguinte já tínhamos agendado um passeio previamente pela Inet para o hotel de selva Ariaú Towers. Achei meio estranho estar mais barato do que constava do meu guia 4 Rodas de 2010 (!!), mas vamos em frente (o custo foi de 220 por cabeça, com visita ao hotel, interação com botos e almoço inclusos). Entre ir para o escritório deles, pegar van até um ponto do rio, depois pegar barco até o hotel, pode contar aí umas 2 horas ou mais. Chegando lá, entendi o motivo de o passeio estar mais barato que anos atrás: o hotel tem seus melhores dias em anos passados. O projeto é do cacete, extraordinário. Sensacional ter toda aquela estrutura de passarelas pela selva, interligando torres, chalés (“Casas do Tarzan”) e etc. Mas o hotel nitidamente demanda por reformas. Algumas torres até estão sendo reformadas, outras estão largadas. Muita coisa parece precisar de uma boa guaribada. Parte da estrutura local; qdo chove a água normalmente chega perto da altura das passarelas Mal chegamos no deck do hotel e o céu estava negro. A previsão para o dia era de bastante chuva mesmo. Era para irmos fazer a interação com os botos assim que chegássemos, mas o guia mudou os planos diante do tempo. Ficaria para depois do almoço. Foi certeiro: minutos depois desabou um temporal tropical sinistro, daqueles com trovoadas, raios e o escambau. Só nos restava ficar na sede obsevando a chuva e alguns macaquinhos que apareciam na área. Macaquinhos Cerca de uma hora depois ela deu uma trégua e pudemos passear um pouco pelo hotel. Conhecemos, de forma guiada, uma das torres e uma das Casas do Tarzan. Depois tivemos alguns minutos até o almoço e fomos explorar a área por conta própria. Foi quando vimos umas áreas (uma das torres inclusive) bem largadas. Abandonadas mesmo. O almoço era bom, nada de mais. Na hora marcada para sairmos para ver os botos... novo temporal desabando. PQP! Pra piorar, o guia disse que teria de cancelar, porque não daria tempo. E não tinha muito o que fazer, exceto olhar a chuva. Felizmente o temporal terminou em pouco mais de meia hora, a galera pressionou e o gerente local disse que dava pra fazer o passeio sim (o guia estava receoso de atrasar o retorno, que tinha de ser às 15hs). Fomos! A interação com botos é muito legal! O guia dos botos – se não me engano, João “do Boto” – é muito bom. Foi explicando como viviam os botos, o projeto que eles tem com crianças excepcionais, bototerapia e tudo mais. E fez lá o espetáculo com os botos. Como o tempo era meio curto, havia aquela pressão para voltarmos, acabamos não entrando na água. Tiramos, então, dezenas de fotos. Interação com botos Na hora marcada para voltar, 15hs, lá estávamos nós no deck. Apenas para saber que a volta iria atrasar. PQP, poderíamos ter curtido mais os botos! Foi dito que o atraso seria de uns 20, 30 minutos. Ou seja, naturalmente, atrasou mais de uma hora. No fim das contas deu tudo certo, retornamos ao centro no começo da noite. Naquele dia optamos por uma esbanjada gastronômica e pegamos um taxi para jantar no Banzeiro. Excelente! Comemos um Pirarucu Amazônico que estava delicioso. Voltamos direto para o albergue para dormir pesadamente e descontar as poucas horas de sono do dia anterior. Sábado foi dia de explorar a cidade. Muita gente torce o nariz para Manaus, mas eu queria conhecer a cidade. Primeiro passeamos pelo belo Parque Jefferson Perez, que fica logo em frente ao albergue. Pena que o orquidário não estava aberto. Parque Jefferson Perez Seguimos para o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, que fora reaberto poucas semanas antes, depois de anos em obras. O Mercado é muito bonito, e limpo. Os arredores do mercado são grandes mercadões de rua, aquela coisa bem muvucada. Mas o Mercado em si é mais organizado. A área de peixes no Mercado Em frente ao mercado você pode inclusive fazer passeios pelo rio. Geralmente as pessoas por lá não recomendam acertar passeios com barqueiros, e sim com agência. Enfim, fica a critério. Passamos pela Praça do Relógio (que tem uma lojinha de copiar chaves dentro!), conhecemos a Igreja Matriz e seguimos para conhecer o Teatro Amazonas. O Teatro é belíssimo por dentro, e ainda estava rolando um ensaio de orquestra que melhorava ainda mais o ambiente. Infelizmente o suposto tour guiado resumia-se a entrar no Teatro e subir ao Salão Nobre, nada além disso (nada de falar de história do teatro, nada de falar sobre o que quer que seja). E paga-se por isso: 10 pratas. Teatro Amazonas, com uma lamentável construção ao fundo da paisagem O Salão Nobre do Teatro Ao lado do Teatro tem a Praça São Sebastião, com um belo monumento no meio. A praça é área de lazer que fica mais movimentada no fim de tarde e à noite. Praça São Sebastião Saboreamos um sorvete Glacial ali na praça, mas confesso que me decepcionei. Não é ruim, mas não é o que eu esperava -- esperava um sorvete tipo Cairu, achei o Glacial bem abaixo. Em paralelo estávamos buscando uma agência para fechar o passeio do dia seguinte, o tradicional do Encontro das Águas, mas com a coisa de nadar com os botos. Antes de ir eu havia contatado algumas agências sobre esse passeio. O primeiro preço que recebi me assustou: 250 por cabeça. O segundo, pior ainda: 300. Fiquei com essa referência. Ali perto da praça São Sebastião, quando eu ia atravessar a rua para ir numa agência, um cara me viu e veio me oferecer tours e etc. Era da Amazon Backpackers, que eu tinha boa referência. Ok, fui lá conferir. Quando ouvi o preço, 190, fechei na hora. Não deveria, acho que poderia ter chorado desconto. Ainda assim, foi o mais em conta que encontrei! E ainda foram nos buscar no albergue. Paramos no Café do Pina para provar guaraná e o sanduíche de tucumã. Gostamos muito, tanto que pedimos uma tapioquinha também. Só achei estranho não ter guaraná puro! Só tem guaraná com alguma outra coisa (mel, limão, etc.). O Palácio Provincial, ali na praça mesmo, estava fechado para visita, infelizmente. Aliás, a praça (Roosevelt) é bem legal. X-Caboclinho (com bastante tucumã) De tarde pegamos o busum para a Ponta Negra, depois Marina do Davi e, ufa, Vila Paraíso/Museu do Seringal. Mais de uma hora no total pra chegar lá! Mas valeu a pena, foi muito maneiro. Uma aula sobre o seringal, muito mais do que apenas a réplica de um cenário para filme, ainda que várias histórias naquela linha sejam contadas. Vila Paraíso Extraindo da seringueira Retornamos à Ponta Negra e fomos andando até a praia. Caminhada meio longa desde a Marina, sem atrativos, mas que dá pra encarar na boa. Curtimos o calçadão da praia, recentemente reurbanizada. Deu 17hs, hora que não se pode mais ficar na água (!!), porque é hora de os salva-vidas irem embora. E não pode ficar na água sem salva-vidas. Ponta Negra Curtimos um bom momento por lá e pegamos o busum de volta. De noite jantamos na casa de uma amiga, um verdadeiro banquete! Costela de tambaqui deliciosa, mas também tinha pirarucu e outras delicias mais. Curtimos bastante! Ainda voltamos de carona. Galera muito legal mesmo. Dormimos tarde. No domingo fizemos o check-out logo cedo e largamos as mochilas lá. Um carro nos pegou e levou na estação hidroviária, onde fizemos o passeio. Ao que parece, havia passageiros de várias agências diferentes ali. Certamente valores diferentes foram pagos pelo mesmo passeio, mas não perguntei. 2012 foi o ano de maior cheia na história recente de Manaus Seguimos para o Encontro das Águas, que é mesmo um belo espetáculo da natureza. Tinha lido o Ricardo Freire recomendando um barco alto, porque é melhor ver o encontro mais de cima. Acho que ele tem razão (nosso barco era baixo), mas é maneiro da mesma forma. Os dois rios se encontram De lá seguimos para uma parada numa casa flutuante, onde a galera fica tirando foto com bichos (Sucuri, Preguiça, Jacaré pequenininho). Aquela coisa turistaça. O barco segue então para o Parque Ecológico Januari, onde tem Vitória-Régia (agora Vitória-Amazônica). A melhor época de ver é na cheia, mas felizmente ainda havia algumas poucas por lá na seca. Além disso, o turistismo de fotos com Sucuri, Preguiça e etc. se repete por lá. Em ambos os casos, solicita-se uma “contribuição” de quem fotografar. O bacana de lá é que há vários macaquinhos pulando pelas árvores (claro, umas bananas na mão fazem a mágica), muito legal. É programa turistaço, mas o bichinho é uma graça Vitória-Régia; Vitória-Amazônica Os macaquinhos Lá também é local de almoço da galera. Saboroso almoço, diga-se. Após a comida, seguimos para nadar com os botos. Leva cerca de uma hora de barco até lá. Apenas uma meia dúzia (nós dois inclusos!) que entrou no rio para nadar com os botos, os demais ficaram no deck tirando fotos. Dessa vez os botos não estavam muito a fim de nadar não, um ou outro aparecia, mas a moça não conseguia fazer com que ele ficasse e fizesse aquelas piruetas legais. Ainda assim, foi bem divertido. Por fim o passeio leva a galera numa aldeia indígena, onde há um rápido showzinho. Achei a coisa bem pobrezinha, com o cacique local pedindo uma contribuição “para quem quiser ajudar o índio” e tal. De lá o barco retorna para a estação hidroviária. No total é um passeio de umas 6-7 horas. De volta à cidade, ficamos pelos arredores da Praça São Sebastião. Fizemos tours guiados no Palácio da Justiça e no Palácio Rio Negro, ambos bem interessantes (e grátis). A Casa de Eduardo Ribeiro estava fechada, infelizmente. Jantamos na Casa do Pensador, comida boa. Depois de muitas cervas, foi a hora de pegar o taxi para o Aeroporto (deu menos de 50 pratas no taximetro, com bandeira 2). Fim da jornada! Palácio da Justiça Palácio Rio Negro Curtindo o fim de viagem na Praça São Sebastião Sobre Manaus: Acho que alguns dos argumentos para detonar Manaus na verdade se aplicam a qualquer cidade brasileira. Por exemplo: a cidade é suja. Na boa, acho que todas as capitais brasileiras são sujas. Umas mais e outras muito mais. Sim, o centro de Manaus é sujo – tal qual todo centro de capital que conheço no Brasil. Mas lá tinha um agravante, que é a escassez de lixeiras. Uma lixeira perto do albergue onde estávamos não foi esvaziada nos dias em que lá estivemos. Acho que os atrativos talvez sejam um tanto dispersos. O centro tem atrações bacanas para você curtir num dia, e ainda tem as atrações mais distantes, que nem conheci. Dicas 1) Pesquise preços dos passeios Parece óbvio, né? Mas há locais no Brasil onde os preços de passeios são tabelados (Bonito, por exemplo), ou com mínimas diferenças. Em Manaus encontrei grandes diferenças. Por exemplo, o tradicional passeio do encontro das águas eu vi desde 120 até 150. Deve ter mais caro, deve ter mais barato. Se você for no porto e negociar, deve pagar até menos (e se pegar a balsa na Ceasa, sai grátis). O passeio mais completo, incluindo interação com botos, consegui por 190, mas vi até por 300. Talvez o barco seja diferente, talvez os botos sejam diferentes, talvez a comida seja diferente, não sei. 2) Vai do centro para a Ponta Negra? De taxi sai muito caro. 50 pratas, preço fechado, conforme me disse um taxista. Busum sai por 2,75 e leva meia hora até lá. Pegue o número 120 na Av. Getúlio Vargas. Basta perguntar à galera qual é o ponto. Citar
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