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Fast Trip Ceará – Fortaleza, Jericoacoara e P. Canoa Quebrada (+ arredores) em 4 dias (com gastos)


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Fast Trip Ceará – Fortaleza, Jericoacoara, P. Morro Branco, P. Fontes e P. Canoa Quebrada em 4 dias líquidos (com gastos e serviços/contatos)

 

 

Contexto

A viagem surgiu a partir de uma promoção da Gol no dia 02.12.2011 (meu aniversário!), divulgada no site Melhores Destinos (recomendo o cadastro de e-mail no site, pois fui alertado na primeira hora da promoção). Embora não estivesse de férias, poderia negociar no trabalho para compensar horas e partir no final da tarde de quarta-feira e retornar na segunda-feira pela manhã.

 

As datas e rotas escolhidas, em função de minhas restrições de dias e horários, foram:

 

Ida 08.02 (quarta-feira)

18:10 FLN Florianópolis – GRU São Paulo 19:15

20:25 GRU São Paulo – FOR Fortaleza 22:55 (-1)

 

Volta 13.02 (segunda-feira)

04:27 FOR Fortaleza – GIG Rio de Janeiro (Galeão) 08:50 (+1)

10:20 GIG Rio de Janeiro (Galeão) – FLN Florianópolis 11:55

 

Destaco que no Ceará não há horário de verão e por isso os ajustes -1 e +1. Após a compra, tratei de ver os tópicos e relatos do CE, Fortaleza, Jericoacoara e Canoa Quebrada. Agradeço a todos por postarem seus relatos, por isso faço o meu aqui!

 

Valores

R$ 179,00 passagem

R$ 20,66 taxa de embarque

R$ 179,00 passagem

R$ 20,66 taxa de embarque

 

Serviços

Melhores Destinos

http://www.melhoresdestinos.com.br/

ou, direto, o link da promoção

http://www.melhoresdestinos.com.br/gol-responde-promocao-da-tam-com-precos-melhores.html

 

Gol

http://www.voegol.com.br

 

Mochileiros.com

Fóruns de Jericoacoara, Fortaleza, Ceará e Canoa Quebrada (obrigado a todos!)

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Voo até Fortaleza

 

Cheguei ao Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz – com antecedência de aproximadamente 40 minutos, com direito a lanche antes. Como viajo somente com uma mochila grande, não houve necessidade de check-in no balcão e tratei de fazê-lo no toten de autoatendimento. A conexão no Rio de Janeiro foi tranqüila. Aliás, nenhum dos voos atrasou, pelo contrário, houve ganhos de alguns minutos em todos os trechos. Naturalmente houve lanche nos vôos: pacote de batatinhas fritas, de bolachas e de amendoins com opções de bebidas (“manga light?”).

 

Valores

R$ 2,90 passagem até o Terminal Central (TICEN) (i)

R$ 7,50 lanche antes do embarque no TICEN

R$ 2,90 passagem do TICEN até o aeroporto (ii)

 

Serviços

(i) Transol Transportes Coletivos

http://www.transoltc.com.br/

(ii) Insular Transportes Coletivos (linhas N-183 ou N-186 – Corredor Sudoeste, as quais levam ao aeroporto)

http://www.insulartc.com.br

 

 

08.02 Fortaleza (quarta-feira)

 

Desembarquei em Fortaleza pouco antes das 23 horas. Conforme informado pelo hostel, neste horário não há transporte coletivo de ônibus do aeroporto até o centro. Deste modo, a saída foi pegar um táxi de uma das cooperativas que operam no aeroporto. Embora haja “concorrência”, os preços são os mesmos, tabelados.

Após pesquisa na internet, decidi ficar no Albergaria Hostel, lá cheguei uns 30 minutos após o desembarque. Eles não são credenciados às redes internacionais de albergues, mas aceitam carteirinhas daquelas e fornecem desconto aos conveniados. Informei meus horário de check-in e check-out e cobraram-me 1,5 diária, a qual foi garantida através de depósito antecipado e envio de recibo por e-mail. A escolha de acomodação foi em quarto coletivo com ar-condicionado, havendo ainda quartos privativos e coletivos sem ar, por gênero (masc. ou fem.) ou mistos.

 

Após check-in, tratei de pegar algumas informações com o atendente (que era estrangeiro e não tinha muito conhecimento da cidade) e dar uma olhada no (excelente) guia produzido pela prefeitura de Fortaleza, disponível no hostel, numa das redes ao lado da piscina do Albergaria... deveria ter aproveitado e dado um mergulho ..rs, mas o banho foi o convencional, especialmente porque o WC estava limpo, convidativo.

 

Valores

R$ 40,00 táxi do aeroporto até o centro (aceita cartões de débito e crédito)

R$ 60,00 albergue (1,5 diária) para não-conveniado, quarto coletivo com ar-condicionado, café da manhã incluído (aceita somente cartão de débito).

 

Serviços

Coopaero – Cooperativa dos Motoristas Profissionais Autônomos do Aero. Int. Pinto Martins (táxi)

http://www.coopaero.com.br/

 

Albergaria Hostel

http://www.albergariahostel.com.br/

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120304002235.JPG 500 375 Legenda da Foto]Albergaria Hostel.[/picturethis]

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09.02 Fortaleza e viagem a Jericoacoara (quinta-feira)

 

Acordei às 07:40 pois o café, infelizmente, era servido apenas a partir das 8 horas: banho para acordar beeem e café da manhã. O hostel tem uma aparência muito boa: decoração, opções de entretenimento (vídeo-game com TV plana grande, piscina, sinuca, rede sem fio, um computador para uso), além da localização próxima à orla da P. de Iracema (uma quadra). O café da manhã continha café (claro!), achocolatado, leite (somente quente ..rs), sucos (de pó ..rs), cereal, frutas, pão integral fatiado “de saco”, mortadela roots (..rsrsrs, muito roots) e queijo (fatiado na hora de uma peça e jogado num pote). Confesso que o café da manhã ficou aquém das minhas expectativas, mas assumi tal risco ao não ficar em um hostel credenciado. Assim, recomendo o Albergaria para quem quiser apenas dormir e usufruir do entretenimento, mas tome seu café da manhã em outro lugar (há padarias e confeitarias na orla da P. de Iracema, que fica a uma quadra do hostel).

 

Deixei a mochila no armário (com fechadura, pelo menos no meu quarto, não necessitando cadeado) e saí apenas com grana, mapa e máquina rumo à orla e área histórica de Fortaleza. Dicas e dúvidas foram tiradas com outro atendente, o Lucas, que é local e manja da cidade. Mapa em mãos, o roteiro foi:

- Estátua de Iracema;

- Espigão;

- Ponte dos Ingleses (em obras, fechada ..rs);

- Centro Cultural Dragão do Mar (tem uma cafeteria lá);

- Mercado Central;

- Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção (sede do Exército, mas basta identificar-se e pedir escolta para a visita, não adentre sem identificar-se! ..rs);

- Passeio Público;

- Centro de Turismo (lojas com artesanatos, caixas eletrônicos, lanchonetes e restaurante);

- Estação Ferroviária João Felipe;

- Praça e Theatro José de Alencar;

- Praça do Ferreira;

- Museu do Ceará;

- Catedral;

- Paço Municipal e Palácio do Bispo (onde hoje é a Prefeitura, estava fechado em função de ser meio-dia ..rs).

 

Há a opção de locar uma bike e capacete na Loc Bike, rua dos Tabajaras, 580, (85) 9948-1753 e (85) 3231-8825, mas não loquei pois amigos que estiveram em Fortaleza disseram que não seria seguro andar de bike por lá. Eu não tenho prática de andar de bike, mas quem tem, vale a pena arriscar. O problema, talvez, seja onde deixar a bike quando parar nos lugares, não vi suportes para atar a bike com cadeado. Não sei os valores cobrados pela empresa.

 

Todo esse tour demorou aproximadamente das 9 às 12 horas. Após fechar o roteiro no Paço Municipal, segui uns 200 metros até a Av. Monsenhor Tabosa, onde peguei a linha 52, microônibus que leva até a orla da Praia do Futuro.

 

Desci no ponto bem em frente ao Crocobeach, av. do Dioguinho, P. do Futuro. O “Croco” é um complexo de serviços à beira-mar, há música ao vivo e da rádio Crocobeach (playlist semelhante à do site), bons banheiros, diferentes opções de restaurantes, lanchonetes, duchas, mesas cobertas em calçamento, muitas mesas (cobertas com palhas de coqueiro e com opção de um mini-cofre de madeira) à beira-mar. E o principal: piscinas, uma infantil com pequenos toboáguas e outra relativamente grande e profunda (de 0,80 m a 1,75 m de uma ponta a outra) com bar “imerso”, sauna, mesas à beira e sombra de coqueiros. Tem pessoas locais, casais, gringos(as), turistas; enfim, bem freqüentado! Vida ruim, não? Quem “cansou”, tem a opção do mar, serviços de massagem, aluguéis de prancha e outros esportes aquáticos... Dizem que a P. do Futuro é uma das poucas com condições para banho. Vale destacar que além do Crocobeach há outros bares, alguns com estrutura semelhante, outros bem mais simples (sombra & cerveja). O “almoço” foi uma baguete de cubos de frango ao molho de champignon.

 

A vida seguia mansa até lembrar do meu embarque a Jericoacoara! Eram 16 horas e precisa ir até o hostel, de transporte público, claro, e dirigir-me à rodoviária até às 18:30! Fui pagar a conta do lanche e um pequeno atrito: me obrigaram a pagar a taxa de 10%. Como o atendimento não foi tão solícito e demorou mais de 30 minutos, não queria pagar tal taxa. Houve certa pressão e tive que engrossar o tom da conversa. Enfim, não paguei e, após ver o “comprovante fiscal”, ainda exigi um cupom fiscal. O argumento do garçom era de que eles apenas recebiam aquela taxa como salário; minha sugestão, então, foi de ele ir até o Ministério do Trabalho (além de uma denúncia à Secretaria da Fazenda, claro; cidadania acima de tudo ..rs). Saindo dali peguei um microônibus (linha 12, salvo engano) e desci a algumas quadras do hostel.

 

Banho tomado, mochila pronta e um problema: 17:15! O pessoal comentou que provavelmente perderia o ônibus a Jeri caso fosse de microônibus. Táxi sairia aproximadamente R$ 40 (caro!). A opção foi uma moto táxi! Liguei para a central e, após uns 20 minutos, o motorista apareceu. A viagem foi uma aventura, “com emoção” todo o percurso, as ruas estavam lotadas pois era a hora do rush. Cheguei à rodoviária faltando 15 minutos para o embarque e ainda precisava emitir as passagens na agência da Viação FretCar, pois havia comprado “pela internet” através da Beach Point. Felizmente duas pessoas que estavam à frente na fila cederam a vez e fui atendido rapidamente. Aproveitei o tempo que faltava para comprar um baita bolo de tapioca e sucos para a viagem.

 

Os ônibus da Viação FretCar são novos e cômodos, mas não há sequer água mineral (portanto, comprar algo antes de embarcar). Levei sorte e fui boa parte da viagem sem ninguém ao lado, na poltrona 1, o que possibilitou colocar a mochila ao lado e esticar-me para um bom ronco. A empresa disponibiliza 3 horários de ida a Jeri (às 08:00, 16:00 e 18:30, sendo que os dois primeiros horários param apenas em Jijoca e o último em outras cidades do caminho além daquelaa) e 3 de retorno a Fortaleza (08:00, 15:00 e 22:35, com a mesma regra dita acima em relação às paradas). O tempo gasto é de 6 horas, ou 7 se pegar a linha “pinga-pinga”. Todas as opções param em Jijoca de Jericoacoara (município, posto que Jericoacoara é um distrito deste) e há a troca de veículo: do ônibus confortável migramos para um caminhão adaptado com fileiras de assentos – a Jardineira! O veículo não tem o mesmo conforto, mas não é nada intragável, além de ser o único meio viável de levar vários passageiros (até 57) pelas estradas de chão, caminhos na areia e dunas até Jeri. Quem quiser algo VIP, há opções de buggy, Toyotas e camionetes, cujo serviço de transporte pode ser acionado no aeroporto, agências de viagem, rodoviária e Jijica, além da locação desse tipo de veículos (mas os veículos não entram em Jeri, ficam em um estacionamento na “entrada” da cidade, pois há controle do número de carros na vila; nesse local há um carro próprio que te leva te o centrinho, no caso da opção desse tipo de transporte “VIP”).

 

Chegamos em Jijoca 00:20 hora e em Jericoacoara pouco antes da 01:30 hora. Via Jardineira a viagem também foi “com emoção”, especialmente pela farra de um grande grupo de argentinos animados (ou seriam uruguaios?) na boleia. Chegando lá, no breu da noite, há certo assédio de locais para te guiarem até as pousadas, ou os recepcionistas destas lhes aguardam com uma placa com seu nome [bebê da Mamãe :D]. Como tinha um mapa de Jeri, foi fácil encontrar o hostel.

 

Hostel credenciado há apenas um – o Jeri Brasil Hostel. Você encontra outros pela net, mas o que era de um alemão a galera aqui no Mochileiros metia o pau, e decidi ficar naquele. O atendente, Zequinha, estava a postos, deitado numa das redes da área de recepção. Como havia reservado com antecedência duas noites, bastou apenas preencher o formulário de check-in e ir pro quarto.

 

A opção de foi de quarto coletivo com banheiro, ar-condicionado e café da manhã. Os armários tinham fechadura, o que dispensa cadeado. Embora coletivo, estava sozinho no quarto: bom por um lado, não tão bom por outro. Pedi para o Zequinha arranjar um adaptador ou uma tomada “das antigas”, pois o carregador da câmera não é do padrão novo e todas as tomadas do hostel o são: adaptador na mochila sempre (esqueço) ..rs! Banho e cama, pois no outro dia acordaria “cedo”! Imaginei que cansaria com a viagem, mas o ronco durante o percurso tirou o cansaço do dia e “amorteceu” o efeito de ficar algumas horas viajando. Aliás, a escolha dos horários de ida e saída de Jeri visava esse objetivo (;D fica a dica!).

 

Valores

R$ 6,00 suco natural de cajá e água mineral num dos quiosques do Centro de Turismo;

R$ 7,00 McFlurry e água mineral no Mc Donald’s próximo ao Theatro José de Alencar;

R$ 2,00 microônibus

R$ 53,65 “almoço” (baguete, jarra de suco, água mineral e duas latas de refrigerante – R$ 30,65), cofre (R$ 8) e acesso à piscina (R$ 15);

R$ 2,00 microônibus;

R$ 20,00 moto táxi;

R$ 83,30 Beach Point/FretCar;

R$ 8,00 bolo de tapioca e duas latas de chá na lanchonete da rodoviária;

R$ 90,00 Jeri Brasil Hostel (2 diárias)

 

Serviços

Microônibus

...não entendi o transporte público em Fortaleza! Creio que haja empresas legais e ilegais; os veículos no geral não são novos, apenas alguns tem ar-condicionado. Você tem que ficar ligado e acenar para que eles parem. É sempre bom lembrar o cobrador onde queres descer e se fazer de tolo perguntado “ta chegando?.. e agora, ta chegando?.. agora tá?.. chegou?”.

 

Crocobeach

http://www.crocobeach.com.br/

 

Moto Táxi

Lúcio (85) 8631-8851, (85) 9999-6622, (85) 9124-0445 (não anotei o número da central);

 

Beach Point

plal@globo.com

Por este e-mail eles passam o número da conta bancária e esclarecem os lugares de embarque e para emitir as passagens (perguntem isso!). Em regra eles não divulgam os horários de ida e retorno de Jeri que levam 7 horas, dizem que não é o “turístico”, mas vendem se for solicitado. Pedirão envio do comprovante e dados para identificar o passageiro na hora da emissão da passagem, como de praxe.

 

FretCar

http://www.fretcar.com.br/

Embora haja esboço da opção, não é possível comprar pela internet. Um dos intermediários é o Beach Point ou outras agências.

 

Jeri Brasil Hostel

Credenciado à Hostelling International (http://www.hihostels.com/), recomendo muito! Pelo que vi, é melhor que muitas pousadas e “quartos de aluguel”.

http://www.jeribrasil.com.br/

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10.02 Jericoacoara (sexta-feira)

 

Acordei às 07:40, tomei uma ducha e desci para o café. Aí uma surpresa! Depois do trauma do rango matinal do Albergaria Hostel, o café do Jeri Brasil é de deixar no chinelo até mesmo muitas pousadas! Opções de bolos e pães (observe o plural em todos os termos), sucos (naturais), cereais, frutas e outras opções. Mas o ponto forte mesmo vem com a pergunta: “aceita um ovo na chapa com queijo e presunto?”. Bah, é a alegria do caboclo! Insisto em citar sempre o café da manhã pois muitas vezes opto por almoçar qualquer coisa ($) e jantar algo típico, local ($$) ou mais elaborado. Sem falar que algumas vezes me empolgo nos percursos e esqueço de almoçar ..rs. Enfim.

 

[ADENDO EM 16.01.2013: A partir de eleição de alberguistas, o Jeri Brasil Hostel foi considerado o melhor Hostel do Brasil em 2012. "Os quesitos avaliados foram Gentileza da Equipe, Qualidade do Serviço, Conforto, Limpeza, Segurança e Localização." Mais informações em: http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2013/01/ranking-traz-albergues-da-juventude-mais-bem-avaliados-por-viajantes.html]

 

O pessoal do hostel é muito, mas muito solícito! Trataram de fazer o levantamento de quem gostaria de fazer passeios e “enquadrar” as opções nas vagas dos buggies. No caso de sobrar alguém, ainda há a chance de o buggueiro saber de algum grupo incompleto; do contrário, o rateio ficará mais caro. Levei sorte e tinha três pessoas afim do passeio a Tatajuba: F. (SP), M. (SP) e M. (BSB). Pela costume, esse é o passeio que dura “o dia inteiro”, por isto leia-se das 9 às 16/17 horas.

 

Nove da manhã partimos para um dos roteiros clássicos de Jeri: rio Guriú em Mangue Seco, duna do Funil, ruínas de Tatajuba e a lagoa homônima. Ao término do passeio você pode “negociar” para que o buggueiro te deixe na duna do Por do Sol e no caminho da Pedra Furada.

 

Na foz do rio Guriú há um manguezal com algumas espécies típicas desse bioma. É cobrado um valor por pessoa e eles levam o grupo em um barco a remo. O mais bacana (e divulgado) é a visita aos cavalos marinhos, mas também é possível observar caranguejos, jacarés, aves diversas e a flora particular do mangue (destaque às raízes aéreas e as expostas pela erosão natural ocasionada pelo movimento da maré). Naquele dia conseguimos observar cavalos marinhos, dos quais um estava “prenho”, caranguejo e alevinos. Jacaré não rolou, mas valeu a experiência. O sr. que nos guiou demonstrou atenção aos turistas e contou-nos detalhes do bioma, com informações passadas por profissionais do governo (IBAMA ou ICMBio), que supervisionam a exploração sustentável da atividade. Destaco também que um grupo da capitania dos portos (Marinha) estava lá fiscalizando as embarcações e segurança dos usuários. O passeio é opcional, quem não estiver afim espera no buggy (dura aproximadamente 30 minutos).

 

Dali partimos à beira-mar até uma balsa que faz a travessia individual dos buggies. Pelo caminho a paisagem é muito show, ora o mar azul cearense com areias finas e brancas, ora nos carreiros de troncos secos pela água salgada da maré alta. Não é à toa que as crianças querem ser buggueiras quando crescer!

 

No meio do caminho há a Nova Tatajuba, um povoado. “Nova” porque a “antiga” foi soterrada pela areia! Há uma historiadora que relata o “causo”, mas acho que ela não estava lá aquele dia. Do antigo vilarejo restam apenas algumas ruínas, ilustrativas de como é viver no meio daquele mar de areia, moldado dia a dia pelo tino do vento. Em Nova Tatajuba há algumas barraquinhas onde é possível comprar bebidas, tirar fotos com papagaios (ou seriam caturritas?) e porcos(!) – achei incrível a relação doméstica que eles tem com os porcos, criados como cachorros de estimação. Ainda bem que não sou sanitarista...

Lá aproveitei e comprei um artesanato muito bacana! Uma luminária feita de cabaça (moringa) e escamas de peixe (esqueci o nome... Curupi, Purucu... enfim) penduradas. Ainda não testei, mas dizem que com a luz as escamas “acendem”.

 

Nosso próximo destino foi a duna do Funil. Na época “pós chuvas”, aos pés da duna forma uma lagoa, o que não é o caso nessa época do ano. Ela é realmente alta e extensa, e lá há a opção de locar uma pranchinha para um ski bunda. Depois da emoção da descida, há uma corda que ajuda a subida, posto que a areia é bem fofa e a subida fica bem foda. Entretanto, para os assumidamente sedentários, há um quadriciclo que regressa até o topo da duna. Confesso que planejava descer várias vezes. Tal idéia mudou depois dos primeiros passos da subida pela cordinha – a areia é muita fofa, não rende! Fui apenas mais uma vez e ainda pedi “penico” para o quadriciclo.

 

Bom, o que rolou depois da duna do Funil foi um pouco chato, mas importante para aprendizado vida afora. Ocorre que logo depois de embarcarmos no buggy, e seguíamos a uma velocidade razoável, nos deparamos com uma “duna quebrada”: ao invés do contorno suave, havia uma brusca “falha”. Creio que não se tratou de irresponsabilidade do buggueiro, pois havia “trilho” de outros bugguies, mas o fato que é que com o solavanco os três que estavam na boleia machucaram os pulsos. A colega que estava sentada machucou o olho ao batê-lo na garrafa d’água que carregava. O susto foi grande e, o pior, uma das colegas que seguia em cima reclamava de forte dor no pulso e estava sem cor, quase desmaiando. O buggy teve o tanque furado e ficou com um ronco estranho. Infelizmente não pudemos sinalizar, não havia nenhum arbusto por perto. Seguimos dali direto para o povoado. Lá mudamos de buggy (você percebe muita solidariedade entre os buggueiros) e partimos para Camocim, a 17 km de distância, pois nossa colega reclamava muito de dor e sequer movia a mão.

 

Chegamos a Camocim e tivemos que aguardar pouco mais de 1 hora até o ortopedista chegar. Antes trataram de medicá-la para a dor e fazer uma radiografia. O diagnóstico, por fim, foi de uma pequena fratura, com direito a uso de “meio gesso” e tipóia por 30 dias. Na hora o pulso dos demais não doía tanto, mas depois tivemos que nos automedicar em Jericoacoara. Como Camocim fica às margens de uma rodovia estadual, seguimos por ela para Jijoca e de lá para Jericoacoara, chegando apenas no início da noite.

 

Entretanto, a viagem até Jijoca contou com muita emoção (como todas as demais ..rs). Nosso buggy substituto já era velho e servia apenas como meio de transporte, não fazendo mais passeios. Sem falar que não é permitido, em rodovia, o transporte de passageiros “sentados no capô”, e é (quase) impossível sentarem três adultos na parte traseira. “Quase” porque conseguimos essa façanha! Como ventava muito, tratamos de sentar e nos abrigar, enquanto a colega (mais) acidentada seguia no banco da frente ao lado do motorista. Após alguns kilômetros, fomos parados por policiais e “autuados”: teríamos que seguir por outro meio, o buggy seria apreendido e o motorista multado. Após “uma conversa” com os policiais, fomos liberados, e seguimos pelo asfalto até Jijoca, onde pegamos a trilha convencional que vai até Jericoacoara.

 

Chegamos lá era início da noite, cansadíssimos e com fome. Como o pessoal iria atrasar por estar em função do banheiro compartilhado, acabei indo jantar sozinho. No Nordeste uma das coisas bacanas é a oportunidade de vc desfrutar de rangos que são caros no sul, sendo exemplo a lagosta! Pois, logo na descida do hostel já dei de cara com um restaurante que divulgava o prato. Escolhi a lagosta e o preço foi feito a partir do peso dela, sendo que naquele preço estaria incluído os complementos (salada, arroz branco, farofa e feijão(?!)). Para acompanhar, sempre os sucos naturais (em jarra, pois a sede era tremenda!).

 

Alimentado, tratei de conhecer Jericoacoara à noite. E aqui poderia escrever páginas... ..rs: Jeri é muito, mas muito bacana à noite! Como comentei, a cidade não tem iluminação pública e calçamento, por opção dos próprios moradores. Sem dúvida isso da todo o charme à cidade! Não é mentira que Jeri tem uma energia especial: as pessoas assimilam a calma do lugar, seu desprendimento, seu lance natural. Desci a rua do Forró até uma das tapiocarias e lá tratei de pedir a sobremesa: tapioca de brigadeiro! Eram várias opções, sendo que uma das mais indicadas é a de banana com canela e mel.

 

Percorrendo um dos “passadouros”, cheguei à rua Principal. Como o nome pode sugerir, ali ficam bons restaurantes, pousadas e outros serviços se concentram ali também (lojas, buggueiros, etc.). Nela há uma praça com bancos convidativos a uma sesta – ou ficar ali curtindo a lua e as estrelas (vá, preferencialmente, na lua cheia)! As lojas de artesanato nessa rua são fantásticas, vão do típico artesanato de Jeri, do Ceará e do Nordeste, ao “luxo” (peças caríssimas!).

 

Atravessando mais um passadouro (e são vários deles), cheguei à rua São Francisco, na qual predomina a área residencial. Lá encontrei uma sorveteria cujos sabores eram os dos frutos típicos da região! Fui de acerola e graviola, muito bons.

 

Todo esse percurso op. cit. foi feito ao som de forró, MPB, clássicos do rock no modo acústico e muito artesanato fazendo as vezes de luminárias! Irado! Esses são alguns dos elementos que compõem a energia de Jeri!

 

Como já era tarde, começaram os comentários sobre a balada/night do dia em Jeri. Explico: a noite de cada dia da semana em Jeri tem um lugar pré-determinado, uma espécie de “conluio” dos comerciantes da cidade. Entretanto, antes, o lance é o agito das barraquinhas de caipiroscas (vodcas ou cachaças de todas as qualidades com suco de fruta natural batidos na hora) no final da rua Principal, pouco antes de chegar à praia. Nesse dia havia uma puta fogueira para clarear a beira-mar, onde alguns arriscavam um mergulho noturno. A festa daquele dia era o forró! Esqueci o nome do lugar, mas era na área descoberta de um restaurante muito bacana da rua do Forró! Eles divulgavam o início para as 23 horas, mas, quem foi, afirma que o lance é bem rápido – anima perto da 1 a.m. e às 3 a.m. já é hora de bater em retirada. Portanto, sejam objetivos! ..rs

[vale lembrar que essa época, fevereiro, não é o auge da temporada, e talvez essa regra não valha para a alta temporada, indo o agito noite adentro].

 

Minha opção foi curtir os hippies tocando um reggae roots na praia. Afinal, “se nada der certo, viro hippie!” ..rs.

 

Valores

R$ 25,00 Passeio de Buggy a Tatajuba por pessoa (seria R$ 50, mas pedimos desconto pelo imprevisto do acidente)

R$ 10,00 “almoço” numa loja de conveniências de Camocim

R$ 15,00 farmácia (antiinflamatório e atadura)

R$ 50,60 lagosta, complementos e sucos

R$ 8,00 tapioca de brigadeiro

R$ 5,00 sorvete

 

Serviços

Associação dos Bugueiros de Jericoacoara

(88) 3669-2284

 

Mariana Peixe na Brasa (lagosta)

Rua do Forró, próximo à FretCar

 

...os demais serviços eu não anotei a referência, mas são fáceis de serem encontrados por estarem nas três principais ruas de Jeri, além das várias opções existentes ;)

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11.02 Jericoacoara e retorno a Fortaleza (sábado)

 

O início do dia foi semelhante ao anterior: acordar às 07:40, banho e descer para o café da manhã. Como o próprio dono do hostel trata de otimizar os grupos nos bugguies, ficou acertado o passeio com outras alberguistas – muito animadas, por sinal! O passeio do dia seria o das lagoas Azul, do Paraíso e do Coração, passando antes pela árvore da Preguiça e, no retorno do passeio, me deixar na trilha que leva à pedra Furada!

 

O tempo não estava muito animador quando saímos. E foi mudando ainda mais: garoa, chuva fina, chuva e chuva de lanhar o lombo! ..rs

Sou suspeito por sempre ser otimista ..rs.. mas achei o banho de chuva ótimo! Após um longo percurso à beira-mar, chegamos à árvore da Preguiça: torta, para não dizer até “invertida”! Dessa parte, o mais bacana é o trajeto feito costeando o mar, especialmente se estiver fazendo sol. É possível observar alguns praticantes de kitesurf (meu Projeto Verã 2018 ..rs!).

 

Cruzamos um povoado e logo chegamos à lagoa Azul. Chegando lá há opção de travessia de balsa (R$ 2 ida + volta) ou a nado mesmo, algo entre 100 e 150 metros, e foi esta a que encarei. Depois dessa travessia há um bar onde você desfruta daquelas clássicas imagens de Jeri – cadeiras, mesas e redes parcialmente cobertas pela água. As gurias do grupo evocaram os poderes de “uma dança do sol” e logo ele saiu! Nada como energias positivas ..rs! É com ele que a cor da água se transforma: de cristalina, ela fica azul, nos tons entre o turquesa e o royal, muito show!

 

Aquela parada era mais para conhecer a lagoa e tomar alguma coisa (água de coco estupidamente gelada, recomendo!) e comer algum peixe ou frutos do mar. Dali, cruzamos com a balsa e nos dirigimos para a lagoa do Paraíso, num percurso pelas dunas e alagados. Lá, um reencontro – os amigos do hostel e do acidente do dia anterior, os quais haviam optado por transporte “mais objetivo”, um Toyota adaptado com bancos cujo preço é bem mais baixo e apenas leva até a lagoa do Paraíso. Nessa lagoa há dois bares/restaurantes, um cuja estrutura é melhor e outro cujos preços são melhores (infra inferior, mas nada ruim). A lagoa do Paraíso é realmente um paraíso! Naquela área o azul é ainda mais vivo e, às margens, a água é ainda mais cristalina! Nessa hora o sol já estava a pino, e foi muito bom ficar jogando conversa fora nas redes “imersas”, bebendo e comendo frutos do mar – fantástico! Embora não tenha encarado (fiquei na rede boa parte do tempo, oras), há pedalinhos, caiaques, uma jangada que faz um tour pela lagoa (que é bem extensa e tem uma ampla vegetação composta de coqueirais à volta). A lagoa é funda, mesmo agora na “baixa das águas”, algo superior a 2 metros a uns 40 metros da margem.

 

Chegamos lá no início da tarde, almoçamos, e, às 16 horas, o bugueiro sugeriu que partíssemos, pois nós gostaríamos de retornar a Jeri em tempo de ver o por do sol na duna homônima. Aceitamos a sugestão. No caminho do retorno, o trajeto é outro, passando pela lagoa do Coração. Chegando lá, uma indagação: Coração, onde?! Hahaha! É preciso estar bem apaixonado para ver um coração, mas ainda assim o lugar é muito bacana. Ao lado da lagoa há uma duna relativamente alta que dá uma boa visão da imensidão de areia – e é possível fazer skibunda, claro –, sendo que o horizonte é cravejado de coqueirais, uma vista muito bonita e que se assemelha, em partes, aos lençóis maranhenses. Lá a paisagem é a típica dos cartões postais do Ceará, muito bacana! Como estava “limpinho”, não arrisquei o skybunda, nem o banho na lagoa (profundidade de 1 metro agora na “baixa das águas”).

 

Da lagoa do Coração até Jericoacoara a paisagem é – como sempre – fantástica. Esse trajeto é feito pelas dunas, à beira-mar, com vegetação típica ao fundo. Um tempo depois já avistávamos o farol de Jeri, sinal de que eu saltaria logo. Havia combinado com o bugueiro de ficar no caminho da pedra Furada. As gurias já conheciam e decidiram seguir até a duna do Por do Sol. Há uma demarcação que limita a passagem de bugguies, de forma que só é possível chegar lá a pé. Alguns metros depois dessa demarcação é possível observar a areia mudar de cor, ficando avermelhada, alaranjada, gerando um belo contraste com o forte azul do alto mar. Há muitas pedras no meio do caminho, de forma que parte dele é feito bem devagar, passando por pedregulhos e entre grandes pedras com formatos exóticos. Percorrendo os 1.600 metros é possível ver a pedra Furada – símbolo de Jericoacoara! A formação é realmente exótica, irregular, com destaque para o estrondo da água do mar no “furo”. Dizem que em setembro é possível ver o por do sol pela fresta, sendo esta uma das melhores épocas para visitar Jeri, também em função das lagoas estarem mais cheias e a temperatura ser mais agradável que no verão (quente demais). Como havia certa confusão para tirar fotos, com uns saindo nas fotos dos outros, tratei de organizar uma fila para que cada um tivesse uma foto singular com a pedra. No começo fui “excomungado”, mas depois acho que entenderam a ideia.

 

Como a maré estava alta, não foi possível fazer o percurso mais breve, à beira-mar, para se chegar à praia da Malhada, sendo necessário o caminho pelo morro do Serrote. Pela praia (à beira-mar) é possível chegar, geralmente, na parte da manhã, bem cedo. Pela trilha do morro do Serrote o caminho é mais penoso, especialmente porque a areia é fofa, o percurso é maior e, ao chegar ao morro que antecede a pedra, há muitas pedras e pedregulhos, sem falar que o morro é meio íngreme (nada impossível, mas é o caminho mais difícil). Embora difícil, a paisagem “via morro do Serrote” é fantástica: o alto mar em vários tons azuis, a pedra Furada vista de cima, a areia avermelhada, o fim de tarde, a sombra do por do sol nas partes mais baixas do relevo... indescritível, tal qual a energia de Jeri, e eis aqui mais um dos elementos dessa energia!

 

No topo do morro do Serrote há alguns moradores com suas charretes guiadas a jegue que oferecem o serviço de transporte até a vila. Estava tão cansado que paguei sem nem pestanejar! Dividi o valor com um cara da Bahia, com quem rolou a parceria de um servir de fotógrafo do outro. O sr. que nos transportou era muito calmo e de “boa prosa”, e tratou de relatar como se deu o boom do turismo em Jeri, entre outras histórias de “como era antigamente”. No trajeto até Jeri foi possível ver, longe, o sol se pondo na duna do Por do Sol... realmente era para encerrar o dia com chave de ouro!

 

Chegamos à vila pouco depois das 19 horas e tão logo tratei de tomar um banho para tirar “os litros” de protetor solar do couro ..rsrsrs. Já tinha a passagem comprada para as 22:35, e tinha algumas horas para aproveitar e noite. Convidei os amigos “do acidente” para irmos ao Tamarindo, um restaurante que havia chamado minha atenção no dia anterior. Ele é amplo, repleto de velas, móveis rústicos e fica “a céu aberto” (há umas tendas, diga-se), debaixo de uma grande árvore que tem galhos bem abertos. Para os mais apaixonados há uma peça com rosas vermelhas e velas especiais. A música era excelente, e o cardápio de abrir qualquer apetite. Pedi nhoque ao molho de frutos do mar e sucos (o de tamarindo não gostei). Um dos colegas pediu salmão, cujos acompanhamentos eram manga grelhada e arroz à maracujá; as meninas apenas beberam para acompanhar. Sim, tudo muito gostoso e em ótima companhia! O serviço dos garçons do Tamarindo foi o melhor – e mais profissional – de todo os restaurantes do Ceará.

 

Encerrado o jantar, os demais retornaram ao hostel, pois alguns deles seguiriam no mesmo ônibus para Fortaleza. Como já havia deixado a mochila pronta, aproveitei para transitar novamente pela vila, degustando de algumas coisas que o pessoal sugeriu aqui no Mochileiros, especialmente para a sobremesa. Tive que repetir o sorvete (rua Principal, lado esquerdo, indo em direção ao mar) do dia anterior pois haviam vários sabores a serem provados (ele é bem natural mesmo). Também era inevitável dar um pulo no Naturalmente, um restaurante/pizzaria/creperia/bar (“considerada a melhor creperia do Brasil”, dizem) que fica à beira-mar (no final da rua Principal). Lá pedi o crepe de Nutella – excelente mesmo, com massa bem fininha, meio que folhada, um crepe realmente muito bem elaborado (não é naquelas “forminhas” convencionais, é O crepe). O cardápio também é de abrir qualquer apetite (almoçar lá deve ser muito bom!).

 

Na volta percorri todas as ruas novamente... até meio chateado por estar indo embora. Jeri é um vila fantástica para se ficar alguns dias, pois com dois dias e duas noites você vê apenas o essencial.

 

Hostel. Ducha. Mochila e embarque na jardineira – rumo a Fortaleza noite adentro!

 

Aqui deixo uma dica: se puder escolher uma época para ir a Jericoacoara, verifique bem qual é o mês em que o sol se põe no “olho” da pedra Furada (dizem que setembro, mas isso tem que ser confirmado) e, neste mês, escolha a semana de lua cheia, sendo que esta foi o meu caso. O caminho, pelas dunas e areias, à beira-mar, até Jijoca de Jericoacoara, é fantástico com a lua cheia!

 

Valores

R$ 40,00 passeio de buggy

R$ 3,00 água de coco

R$ 1,00 travessia de balsa na lagoa Azul

R$ 48,00 camarão à alho e óleo com complementos, garrafas d´água, jarras de suco (almoço)

R$ 7,50 transporte de charrete no morro do Serrote

R$ 42,68 restaurante Tamarindo (jantar descrito acima, sucos e garrafa d’água + serviço) (VISA)

R$ 5,00 sorvete (duas bolas)

R$ 12,50 crepe no Naturalmente e garrafa d’água

R$ 45,00 +1 diária no hostel

 

Serviços

Associação dos Bugueiros de Jericoacoara

(88) 3669-2284

 

Restaurante (da esquerda) e balsa da Lagoa Azul

 

Restaurante (da direita) na lagoa do Paraíso

 

Sorveteria “no final da rua Principal”, no sentido à beira-mar

 

Restaurante Tamarindo

Travessa Ismael (entre a rua do Forró e rua Principal)

(88) 9937-9057

 

Naturalmente

Praia de Jericoacoara, no final da rua Principal

 

FretCar

passagens compradas com antecedência através da Beach Point, conforme já descrito dia 09.02.

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12.02 Fortaleza e tour pelo litoral leste – P. Morro Branco, P. das Fontes e P. Canoa Quebrada (domingo)

 

Chegamos a Fortaleza era pouco mais de 5:30 da manhã. A rodoviária de Fortaleza não tem boa conservação, de forma que o aspecto não é muito legal, pareceu até meio perigoso. Felizmente estava com um dos amigos do hostel e dividimos o táxi até o hostel. Dessa vez fui para o Fortaleza Hostel, especialmente para dividir a corrida. Até encararia novamente o Albergaria Hostel, mas tomaria café na rua ..rs. O hostel é bem básico, pode-se dizer até que sem identidade. Acabei não tomando café lá, então não posso falar disso.

 

No primeiro dia em Fortaleza (08.02) já havia me ligado que algumas empresas (vans, microônibus ou ônibus, dependendo da demanda) faziam tours às praias do litoral leste, as do litoral oeste e para o Beach Park (“o maior e mais bem equipado parque aquático da América Latina”). Os passeios saem, em regra, nas primeiras horas da manhã e, por isso, nem dei entrada no hostel, até mesmo porque pagaria meia diária à toa. Nisso, a atendente do hostel – Patrícia, muito atenciosa – tratou de agendar o meu nome para o tour pelo litoral leste como uma das empresas.

 

Alguns minutos de cochilo na rede da área do hostel e, pontualmente, às 7 da manhã o microônibus me apanhou na portaria. Também foi junto uma argentina, engraçadíssima, com quem fui conversando parte do percurso. As empresas que fazem esses passeios passam nos hotéis da orla “recolhendo” os passageiros, todos com cara de sono! Hahaha!

 

Como estava na filosofia da “day trip”, tive que encarar essa “excursão”, pois não tenho boas lembranças de locar carro (viagem a Natal – RN), mas o custo-benefício não é dos mais interessantes. Seria viável ter alugado um carro, especialmente se pudesse entregá-lo no aeroporto, pois aí não gastaria com o táxi até lá (meu voo era de madrugada, quando o transporte coletivo é nulo). Sobre a “excursão”, ela é bem “família” mesmo: casais, famílias, playboys, solteiros e mochileiros. Acho que o maior problema dessas excursões são os guias: cantam, dançam, “bom diaaaaa!!!!”... fala sério

::toma::

 

Nesses roteiros é preciso ficar bem ligado: leve uma boa quantia de grana! Explico: logo que embarcamos fomos avisados que o trajeto da P. Morro Branco à P. das Fontes “poderia ser feito” de buggy, e claro que esse valor não estava incluído no pacote. O fato é que era uma grana a mais que algumas pessoas não haviam planejado, especialmente algumas famílias. Quem não fosse de buggy, iria de microônibus, ou seja, pela rodovia estadual, fazendo uma viagem sem graça alguma e deixando de conhecer esses dois lugares. Fiquei no grupo de dois irmãos do Rio, sem interagir muito porque eram meio malas.

 

Chegamos à P. de Morro Branco (Beberibe) e fomos recepcionados por um guia, o Alexander, um cara que falava pelos cotovelos, muito engraçado! E o melhor, fazia piadas a todo momento da sogra. O guia é bem rápido, tem horas que vc se sente correndo, o lance é que ele quer voltar logo para guiar outro grupo. A vista é realmente bacana, especialmente quando se chega às falésias: o cenário é meio desértico, alaranjado, avermelhado, com direito a cactos, contrastando bem com o mar. Hoje é proibido, mas era dali que eles tiravam as diversas cores (quentes) daquelas garrafinhas típicas do Ceará. Há até uns “fiscais” no topo das dunas para que o pessoal não fique depredando as falésias, um lance de sustentabilidade do turismo na região. Lá rolaram as gravações da novela Tropicaliente.

 

No final do percurso a frota de buggies já espera o pessoal, e partimos pela faixa de areia até a P. das Fontes. O lance de lá são as falésias multicoloridas de onde há umas fontes de água (doce, claro). O mar nessa praia parecia muito bom, pelo menos para o meu gosto – bravo, fundo, ondas bem definidas e de um azul bem forte. Nem descemos para banho, seguimos direto para um tour pelas dunas até chegarmos a uma lagoa (nome?, não lembro!). O lugar é legal e há um bar que cadeiras dentro d’água, o que pelo visto é típico em todo o Ceará. Dali fomos pelas dunas, sem emoção, pois estava grilado com o acidente e convenci o pessoal ..rs

::quilpish::

 

Desde a praia de Morro Branco até a praia das Fontes é possível ver aqueles hélices enormes de energia eólica, o que deixa a paisagem bacana. Sem dúvida a região é muito boa no que se refere a ventos – são bem fortes mesmo, o tempo todo, óculos e boné sempre!

 

Depois disso, os bugguies pararam em um posto e embarcamos no microônibus novamente. Dali seguimos pela rodovia até Canoa Quebrada, chegando lá às 12 horas. Há vários restaurantes, mas o que tem melhor estrutura é o Bom Motivo, bem no canto esquerdo (embora não tenha sondado outros, que conste). Cada um recebe um cartão onde pode computar os gastos; há opção de armário com chaves, tal qual no CrocoBeach. Chegamos e tratamos de fazer os pedidos, ficando à espera nos grandes sombreiros de palha à beira-mar. Muito suco, sempre (por Deus, era sede que não acabava mais).

 

Canoa Quebrada também tem uma vibe bacana: o mar, muitas jangadas navegando ou recolhidas na areia, as grandes falésias que “abrigam” a praia, os bares, os frutos do mar... é um lugar para quem curte praia, ficar deitado e torrar no sol! 8) Nem preciso comentar que a água no Ceará é quentíssima (superlativo porque sou do sul, onde as águas são beeem frias, geladas!).

 

Durante o percurso é possível ver esculpido e pintado, nas falésias, os símbolos de Canoa: a estrela e a lua, emblemas daqueles que à época trabalhavam duro de dia, mas, à noite, aproveitavam o lugar como ninguém, especialmente porque o lugar preservava suas características bem naturais. Uma foto lá é imperdível! Os hippies também exigem uma parcela de "significado" nos símbolos...

 

Outra coisa bacana são os esportes disponíveis, até mesmo voos de parapente bem baratos (R$ 75). Impossível não citar também um bar reggae roots que tem lá! Sugiro quem curte esse tipo de som ficar por ali mesmo, pois os outros lugares são bem “família”.

 

Deu 16 horas e anunciaram que partiríamos em breve. O tempo foi suficiente para pagar a conta, tomar uma ducha, trocar de roupa e “se aprumar” no busão para tirar aquele sono até Fortaleza! Estava bem cansado pois havia passado a noite no ônibus (Jeri > Fortaleza) e tinha acordado bem cedo. Fui acordar na entrada de Fortaleza, umas três horas depois (19:30 horas). O micro te deixa na porta do hostel.

 

Aí, enfim, fiz check-in no hostel. Tomei um banho de limpar até a alma e fui até a praia de Iracema, umas das principais de Fortaleza. Fui a pé, uma boa pernada, pois são 1,3 km. A orla ferve à noite, é onde ocorre as tais feirinhas. Tem artesanato, comidas típicas, itens para troca, shows de humor e, principalmente, muita gente. Em alguns pontos você se esquiva a todo momento para não esbarrar nas pessoas. Há muitos praticantes de esportes também.

 

A orla está quase toda em obras, seja construção de prédios, de infraestrutura e mobiliário urbano. Creio que há relação com o fato de Fortaleza ser uma das cidades-sede da Copa do Mundo. Por estar em obras, estrutura não é das melhores, mas o mais interessante é observar o povo nas ruas: jeito de falar, de fazer negócio, de se vestir, o que as pessoas conversam; enfim, as características próprias dos nordestinos, cearenses, fortalezenses!

 

Embora houvesse várias opções de bares à beira-mar, acabei cedendo e comendo no Subway, em parte por não ter nenhuma referência de restaurante típico na orla e por ser mais prático e rápido.

 

Ao pedir informação de como retornar ao hostel para uma moça na rua, fui alertado de que o percurso que passei era perigoso, mais ainda naquele horário (perto das 23 horas). Nesse horário, a frequência dos ônibus é ainda mais esparsa, especialmente por ser domingo. Aí veio a solidariedade do nordestino! A moça, Alexandra, pediu para que esperasse mais alguns minutos que seu irmão, o Tiago, viria apanhá-la e poderia me dar uma carona até a porta do hostel. Melhor, impossível! Eles foram extremamente atenciosos e se colocaram à disposição para que, na próxima visita ao Ceará, ficasse na casa deles, pois faríamos uma pare do litoral oeste, anterior a Jericoacoara, que também é muito bonito (Mundaú, Lagoinha e P. Cumbuco).

 

Cheguei ao quarto moído! Acabei andando alguns kms pela orla, tanto que cheguei até a P. do Meirelles sem saber. Tomei um banho, arrumei a mochila, acertei o chamado do táxi para as 03:15 e capotei na cama.

 

Valores

R$ 50,00 Tour das 3 praias em um dia

R$ 35,00 “transfer” de buggy de P. Morro Branco até P. das Fontes

R$ 6,00 garrafas d’água (ambulantes)

R$ 48,40 almoço no Bom Motivo (filé ao molho de camarão, sucos e água + serviço) (VISA)

R$ 10,00 picolés e sorvetes (ambulantes)

R$ 45,00 diária no Fortaleza Hostel (quarto coletivo, masculino, com ar-condicionado)

R$ 25,00 castanhas de caju e bombons, na feirinha da P. de Iracema

R$ 24,25 Subway (combo: 30 cm, Refri 500 ml, cookie + 1 lata de chá) (VISA)

 

Serviços

Vitorino Turismo

(85) 3047-1047

(85) 3047-1447

Ambos atendem das 07 à 0 hora. Recomendo, especialmente, se você tiver pouco tempo e quiser conhecer as 3 praias. Eles também fazem os passeios para o litoral oeste e tranfer até o Beach Park.

 

Bugueiros de Beberibe

Av. Maria Calado, s/n.

Pelo que vi, eles se organizam em um grande terminal bem na região central de Beberibe, não tem erro encontrá-los

 

Fortaleza Hostel

http://www.fortalezahostel.com.br/

Como disse, é meio sem identidade, é uma casa adaptada com vários quartos, não havendo elementos da cultura local. Nada contra, algumas coisas a favor, especialmente a disponibilidade do staff em ajudar e dar informações. Não toparam negociar o valor da diária, mesmo eu ficando umas 6 horas lá.

 

Subway

Quiosque

Av. Beira-Mar, 2361. P. do Meirelles

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13.02 Retorno a Florianópolis (segunda-feira)

 

03:10 o celular despertou e corri tomar uma ducha e ajeitar as últimas coisas na mochila. O táxi atrasou e comecei a ficar meio aflito, especialmente por já ter agendado com antecedência, mas por fim deu tudo certo. Do hostel até o aeroporto não leva nem 20 minutos durante a madruga (semáforos abertos e vias sem movimento).

 

Voo até Florianópolis

 

Fiz o check-in no toten e fiquei no aguardo do embarque. O regresso foi:

 

04:27 FOR Fortaleza – GIG Rio de Janeiro (Galeão) 08:50 (+1)

10:20 GIG Rio de Janeiro (Galeão) – FLN Florianópolis 11:55

 

O voo foi para dormir, os dois trechos. Viajo com um daqueles protetores de ouvido (o de enfiar no canal auditivo) e com óculos de sol (..rs), de for que o barulho e a claridade não perturbam quase nada. Cheguei em Floripa com alguns minutos de vantagem, e me dirigi direto ao trabalho.

 

Valor

R$ 40,00 táxi

 

Serviço

Táxi

Central, agendado previamente na recepção do hostel. Atrasou mais de 15 minutos – fique ligado!

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Anexo I

Roteiro pelo Centro Histórico e CrocoBeach (09.02)

 

[googlemap]http://maps.google.com.br/maps?saddr=Albergaria+Hostel+-+Rua+Ant%C3%B4nio+Augusto,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1&daddr=Estatua+de+Iracema+Guardi%C3%A3+-+Avenida+Beira+Mar,+Fortaleza+-+Ceara+to:Ponte+dos+Ingleses+-+Rua+dos+Cariris,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Centro+Cultural+Drag%C3%A3o+do+Mar+-+Avenida+Almirante+Tamandar%C3%A9,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Mercado+Central+Municipal+-+Avenida+Alberto+Nepomuceno,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Comando+do+Ex%C3%A9rcito+-+Avenida+Alberto+Nepomuceno,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Passeio+P%C3%BAblico+Fortaleza+to:Esta%C3%A7%C3%A3o+Ferrovi%C3%A1ria,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Rua+Liberato+Barroso,+525+-+Centro,+Fortaleza+-+CE,+60030-160+(Teatro+Jos%C3%A9+de+Alencar)+to:Pra%C3%A7a+do+Ferreira,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Museu+do+Cear%C3%A1,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Igreja+da+S%C3%A9+Catedral+-+Rua+Sobral,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Prefeitura+de+Fortaleza+-+Rua+S%C3%A3o+Jos%C3%A9,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1+to:Crocobeach+-+Avenida+Zez%C3%A9+Diogo,+Fortaleza+-+Cear%C3%A1&hl=pt-BR&ie=UTF8&ll=-3.727655,-38.494549&spn=0.05216,0.077162&sll=-3.72316,-38.495115&sspn=0.052161,0.077162&geocode=FZE0x_8dIF-0_SHmMPMcVNRHTimlBSo2QUjHBzHugN1XeZNdkg%3BFYs6x_8dCmS0_SFcLNM1u0iniQ%3BFUNDx_8dMEe0_SG6cdFNzPXkaQ%3BFVA3x_8djDq0_SFSYoaUca-csA%3BFXsvx_8d5Sq0_SH9YZkJoTXVbg%3BFUgyx_8dACu0_SFZYkZ1RA0ItCnly8thTEjHBzHHVMAaqpVx7w%3BFZUwx_8dpiC0_SEpOd5lWpvbTylf2wW0TEjHBzH1Mcbzb2WNyw%3BFUg1x_8dEBW0_Sn73Lp_tEnHBzHyO0y5-BCOXA%3BFV4gx_8dawy0_SG2G69nqbqdHimx2pXErUnHBzF81FxhbMYd8Q%3BFZYhx_8dNyO0_SFRvPCFJDOkKw%3BFXMjx_8dHCG0_SEF7b44ZKiRXykbwyCkUkjHBzHdxTaz1E8GEg%3BFS4px_8d8Ca0_SEhEKhNojr3Tymf1q4NTUjHBzHa1Z46gLU4fQ%3BFUMvx_8dWSy0_SF8R89ZTef0Fg%3BFYsMx_8dAjK1_SHQaIllcYttxA&dirflg=w&mra=ltm&t=h&z=14[/googlemap]

  • 4 semanas depois...
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Caramba Diego, seu relato me fez querer ir pra Jeri correndo, muito obrigada! Já estava cogitando a possibilidade de ir em novembro e aproveitar a junção de 2 feriadão que teremos aqui no Rio (15 e 20 de novembro). Serão 6 dias, acho que vai dar pra aproveitar bem. Vou tomar por base as suas dicas. Valeu mesmo!

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