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Duas semanas de férias, de 13 a 28 de novembro de 2010. Entre as várias opções de viagens pelo planeta, eu e Katia decidimos pelo deserto do Atacama, incluindo o tour de 4 dias à Bolívia (Uyuni), Santiago e as litorâneas Valparaiso e Vina Del Mar. Muita gente pode dizer que seria muito tempo para o deserto, mas eu realmente queria “esgotar” nossas atividades por lá. E queria subir o vulcão Lascar.

 

Agradecimentos e leituras:

Antes do relato, preciso dizer que agradeço demais a este fórum, que contribuiu com boa parte das informações de que precisei para a viagem. Além deste fórum, usei o Guia do Viajante (Chile), li um livro/guia da Marta Medeiros sobre Santiago e peguei outras informações pela Internet (sobretudo sobre gastronomia e cervejas artesanais em Santiago).

 

É muito injusto com muita gente que fica de fora (e a esses eu peço imensas desculpas), mas quero registrar aqui algumas postagens que me foram de imensa valia, tanto para esta viagem quanto para comprar alguns equipamentos que eu queria:

 

Relatos do gustavogoias, do ermagotto e do felipenedo.

 

Manual básico de "sobrevivência" no Salar do Uyuni, de Gabriella Talamo

 

O guia do LeoRJ sobre "Como vestir-se em Locais Frios", além das opiniões assertivas dele em diversos fóruns sobre equipamentos e também o relato sobre bicicleta no Atacama.

 

Roteiro básico:

2 noites em Santiago

10 noites no Atacama (incluindo tour de 4 dias para Uyuni)

3 noites em Santiago (incluindo ida/volta para Valpo/Vina)

 

Onde ficamos:

Hotel Vegas (Santiago)

Hostal Katarpe (Atacama)

Radisson (Santiago) -- esquema-patrão total pra fechar a viagem!!

 

Impressões gerais: a época em que fomos estava tudo bem seco, tanto em Santiago quanto no Atacama, com praticamente nenhuma neve nos picos mais próximos. Muitos cachorros nas ruas no Chile, em qualquer cidade. Incrivelmente consegui melhor câmbio para dólar em SPAtacama do que em Santiago (?!). Digo com segurança que presenciamos algumas das mais belas paisagens do planeta no Atacama e sobretudo na Bolívia. Como em qualquer viagem, mas de forma superlativa por conta das paisagens espetaculares que presenciamos, vivemos momentos para guardarmos na memória para o resto da vida.

 

Importante: quem quiser ler o relato da Katia, bem mais sucinto e com muito mais fotos (as poucas daqui eu tirei de lá), clique aqui:

http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com/2010/12/resumao-das-ferias-no-deserto-do.html

 

 

[1º dia, sábado – Santiago]

Chegamos, sacamos alguma plata num caixa do Aeroporto e nos dirigimos para a parte de fora, devidamente driblando os agenciadores de taxis, pra pegar o busum Centropuerto, que nos deixaria no centro da cidade. Se você não carrega malas/cofres como bagagem, recomendo pegar o ônibus. Muito mais barato e te deixa tranquilamente no centro, parando em algumas estações de metrô pelo caminho.

 

Saltamos no ponto final (estação Los Heroes, mas eu sugeriria aos viajantes que saltassem na Pajaritos -- melhor pegar logo o metrô do que ficar no trânsito), porque era bem próximo do nosso hotel -- Hotel Vegas (reservado pelo site e bem recomendado tanto aqui no Mochileiros quanto no Guia do Viajante). Dali fomos andando até o hotel, já que eram apenas duas estações de metrô e ainda passamos pela La Moneda.

 

De fato, a localização do Hotel Vegas é muito boa, a Paris-Londres é um pedaço muito charmoso. E o hotel também valeu a pena, recomendo (é bom, mas não é barato, novembro já era alta temporada, saiu por US$ 75 a diária). Deixamos as mochilas por lá, trocamos de roupa e saímos para passear pela cidade.

 

Visitamos rapidamente a igreja de San Francisco, logo ali perto do hotel, e seguimos para o Cerro Sta Lucia, onde já provei o famoso ‘mote con huesillos’, uma bebida. É interessante, mas enjoa. Dali seguimos para o Museu de Belas Artes (só passamos pela fachada), Parque Forestal e seguimos pelo bairro Belavista na C. Constituicion, onde queria provar a cerveja Die M no bar Budapeste. Cerveja provada (e aprovada!), seguiríamos para o Cerro San Cristobal. Ainda passamos pelo Patio Bellavista, para tomar uns piscos e comer alguma coisa. Depois dos piscos, pegamos o funicular para o Cerro e fomos curtir a vista de cima, com entardecer da cidade. Relaxamos com o belo visual e curtimos bastante e sem correria.

 

Na volta encaramos alguma fila (era sábado e me parece que o Cerro fica mais cheio no fim de tarde) pra descer e a idéia era jantar no “Como Água para Chocolate”, restaurante recomendado pelos Destemperados, que ficava ali mesmo na Constituicion. Mas antes eu queria provar outra cerveja da região, no bar Dublin (bar irlandês é parada quase obrigatória para nós!), na mesma rua. E lá fomos, em mais um pit-stop, que fez a noite ser mais alcoolizada que do que deveria.

 

Depois de um belo jantar no “Como Água para Chocolate” (com direito a entrada, saída, vinho e etc.), voltamos caminhando até o hotel, curtindo um passeio noturno pela cidade. Bebemos demais naquela tarde/noite. Chapamos na cama após o banho.

 

[2º dia, domingo – Santiago]

Leve ressaquinha de manhã, nada que atrapalhasse os planos do dia. Após o café, saímos para bater perna pelo centro. Seguimos pelo Paseo Ahumada -- mas só entramos num tradicional “café com piernas” no final da viagem -- até a Plaza de Armas, onde passeamos um pouco ao redor. Visitamos a Catedral Metropolitana. Era domingo, então entramos gratuitamente no Museo Histórico Nacional, um lugar que eu gostaria de ter dedicado mais tempo. Recomendo para quem tiver interesse na história chilena. Seguimos “subindo” as ruas da cidade até o Mercado Central. Felizmente era cedo, então fomos pouco incomodados pelos garçons -- e eu não como frutos do mar, então estava descartada qualquer parada maior ali. Dali passamos rapidamente pela frente da Estacion Mapocho e fomos caminhando até o Cerro Blanco, onde eu achava que havia alguma vista bacana. Engano meu, mas valeu pela caminhada numa área fora da rota turística.

 

Finalmente usamos o metrô de Santiago e fomos até o Bairro Brasil -- já era hora em que a Kátia pedia uma breve parada em nosso passeio (para uma cerveja, claro).

 

Pausa para impressões sobre o metrô de Santiago: são limpos e há ventiladores com água para refrescar nas estações. Bela idéia refrescante, porque não fazemos isso aqui em nosso verão infernal (além, claro, do ar condicionado, que já não dá conta)? Achei os usuários do metrô de lá mais educados que no Rio, eles normalmente esperam um pouco que as pessoas saiam, antes de entrar. No Rio ocorre praticamente uma disputa ignorante em relação às leis da física.

 

No bairro Brasil eu tinha a indicação de um bar, mas estava fechado àquela hora. Tinha indicação de outro lugar, que felizmente estava aberto e que é MUITO bacana: Boulevard Lavaud (aka peluqueria francesa). Acabamos excepcionalmente almoçando por lá, porque o lugar pedia por uma parada mais longa que o habitual.

 

Seguimos de lá para a Quinta Normal, um parque por onde passeamos um razoável. O Museu de História Natural ainda estava se recuperando do terremoto, só uma pequena parte da entrada estava aberta. Os outros museus do parque ao que parece estavam fechados (na verdade não os procurei), havia uma grande área fechada para reforma. Além de dar uma volta no parque, fomos até a Basílica de Lourdes (fica ao lado da Quinta, mas tem de sair e dar toda a volta), que nos parecia imponente e bonita -- como de fato é, mas estava fechada. Seguimos de volta ao metro e, antes, ainda passamos num espaçoso memorial dos direitos humanos, bem em frente à Quinta.

 

Pegamos o metrô para Baldaqueano, para voltar ao Cerro San Cristobal -- queríamos andar no teleférico (Katia já estivera lá anos antes e se lembrava disso). Chegando lá, fomos informados que o teleférico estava sem funcionar há alguns anos! Plano B: andar até o Parque Arauco, alternando ruas principais com residenciais, o que daria uma caminhada de mais de quase 10 km. Mas foi uma bela e longa jornada pela cidade, daquelas que adoramos fazer -- porque no nosso conceito é exatamente assim que vivemos/sentimos/respiramos uma cidade. Não sei exatamente quanto tempo durou (2 horas?), mas chegamos lá. Katia estava cansada e com os pés doendo de tanto andar, mas curtiu o passeio por alguns bairros bem charmosos e modernos por onde passamos. Era bacana ver como a cidade ia mudando sua face conforme progredíamos bairro após bairro.

 

No shopping, tínhamos uma missão: comprar roupas de frio, de preferência na The North Face ou Columbia (as outras lojas indicadas aqui no Mochileiros, Tatoo e Andes Gear, estavam fechadas no domingo). Achei a Columbia com uma linha muito shopping e pouco eficiente, então Kátia comprou um casaco daqueles que vem com fleece + corta-vento na TNF. Finalmente ela iria parar de usar casacos grandes e pesados para o frio. Compramos outros itens menores e fomos jantar no shopping mesmo. Pegamos um taxi de volta para o hotel, reservamos um transporte para o Aeroporto para a manhã seguinte (o vôo era muito cedo, achei melhor não arriscar o esquema de ônibus) e chapamos na cama.

 

[3º ao 7º dias, segunda a sexta – Atacama]

Tudo ok com o vôo, chegamos no Aeroporto de Calama e lá estava o transfer Licancabur (recomendação que peguei aqui no Mochileiros) com meu nome devidamente listado. Reservei ida/volta para San Pedro de Atacama por e-mail. Aliás, a viagem até San Pedro de Atacama já é uma curtição, só pelo visual que você tem na estrada.

 

Numa rara atitude, eu não havia reservado qualquer hotel em SPA. Mas tinha um leque de opções nas mãos. Considerando que a cidade é pequena, achei que valia a pena perder um pouco de tempo nisso. A opção 1 era o Hostal Katarpe, que felizmente tinha um quarto para nós dois (apesar de ter dito que não, quando mandei e-mail semanas antes; vai entender!). Fomos muito bem atendidos e tratados no hostal durante toda nossa estadia, o clima local é bem agradável. Recomendo bastante.

 

Largadas as mochilas, fomos direto na agência Layana para ver a coisa dos passeios. Há várias agências que fazem passeios na região, mas uma alma aqui do fórum (e que eu injustamente não me lembro quem) postou alguns jpgs, e um deles era um folheto da Layana. Usei como referência de preços e fui na loja deles. Como fui muito bem atendido, havia um desconto para o “pacotão” e a impressão geral foi boa, fechei os passeios com eles. Passeios, a saber: os básicos (Laguna Cejar e etc.; Lagunas Altiplânicas, El Tatio e Valles) e o Salar de Tara, que era o “extra” mais em voga na vila. O Salar de Tara dependia de mais duas pessoas saindo, o que aconteceu logo no dia seguinte. A idéia era mesmo preencher de segunda a quinta com passeios e deixar sexta para um dos dois outros extras planejados: o vulcão Lascar ou bicicleta.

 

Além disso, queria fazer todos esses passeios necessariamente antes da Bolívia e de subir o Lascar, para facilitar a adaptação à altitude, visto que três deles (Tatio, Altiplanicas e Tara) vão a altitudes acima dos 4.000 m.

 

Feito isso, fui na porta seguinte (fica literalmente ao lado) fechar nossa excursão a Uyuni com a Cordillera Traveller. Esse era um ponto mais delicado da viagem, tive de alertar a Kátia sobre o perrengue que é, conforme vários relatos lidos aqui no Mochileiros. Diante dos relatos eu vetei a Colque, fiquei com receio da Atacama Mística por conta do relato do ermagotto (santiago-san-pedro-de-atacama-uyuni-13-dias-com-muitas-fotos-t46198.html) e considerei que a Cordillera uma opção mais segura. Sentamos para conversar e a pessoa que nos atendeu, a Mijal, fez questão de relatar os prós e contras da excursão. Fez as recomendações que eu já conhecia, tanto pelos relatos quanto pela postagem de Gabriella Talamo -- comida extra, água, saco de dormir, etc. Enfim, Mijal fez um bom trabalho e fechamos com a Cordillera para sairmos no sábado, exatamente conforme planejado. Já adianto que a excursão foi exatamente dentro do previsto. Dessa forma, recomendo a Cordillera, assim como recomendo que conversem com a Mijal calmamente antes de viajar.

 

Aliás, um ponto que nos deu certa apreensão para essa viagem foi o saco de dormir, dito como necessário sobretudo para a primeira noite. Nós não temos saco de dormir, e fui pra lá acreditando que seria tranqüilo alugar algum. Não é. Perguntamos em vários cantos, mas não há lugar para alugar. Felizmente a própria Cordillera (viva a Mijal!) nos arrumou um.

 

Depois de agendados os tours, passeamos pela cidade, almoçamos um belo sanduba no La Estaka e logo já fomos fazer o primeiro passeio na região

 

[Laguna Cejar, Ojos Del Salar e Laguna Tebinquinche]

Fomos com o guia Victor, que curte o Brasil e música sertaneja brasileira. Nadamos na Cejar, mergulhei num dos Ojos e curtimos um pôr do sol extraordinário na Tebinquinche. Belíssima forma de começar a conhecer o Atacama.

 

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[salar de Tara]

Saímos cedo com o guia Mario e um casal espanhol. Foi excelente para a aclimatação (e frio!), porque na estrada chegamos até a cerca de 4.800m. O lugar é sensacional, com uma “entrada” de rochas imponentes como marco mais conhecido. O carro vai até o outro lado do salar, onde o guia prepara um almoço bacana num abrigo -- enquanto ficamos passeando pela área.

 

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Voltamos para a cidade e, embora tivéssemos tempo para encarar outro passeio, decidimos descansar. Lembrei-me de uma das recomendações de aclimatação: descanse. Descansamos, passeamos por SPA, jantamos e fomos dormir cedo porque teríamos de acordar de madrugada.

 

[Geisers El Tatio]

É aquela coisa tradicional: você acorda de madrugada e vai pra porta do hostal às 4 da manhã pra esperar o transporte (que só chegou às 4:30, mas felizmente não era inverno, então a temperatura noturna estava tranquila). Fomos com a guia Fabiola (muito divertida), que nos deu cobertor e apagou a luz para dormirmos durante a viagem. Achei que o trajeto seria pior em termos de solavancos, mas de qualquer forma mantive-me acordado. Queria curtir o sol raiando, ainda que dentro do ônibus.

 

Dez entre dez pessoas falam: não subestime o frio neste passeio, é MUITO gelado por lá quando você chega. É mesmo, repito e reforço o que disseram. Meus pés pareciam congelar. Mas não é tão desesperador, você agüenta, até porque o sol vai chegando e esquentando tudo rapidamente. Esquenta tanto que chega a hora de tirar a roupa e curtir um banho quente (que realmente “descongela” algumas partes do corpo). Eu tinha dúvidas se não era arriscado (por conta de gripe/resfriado) entrar naquela água com aquela temperatura, mas na hora o desejo de entrar foi maior. E valeu muito a pena, é muito revigorante. É importante ressalvar novamente, no entanto, que eu fui no verão.

 

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Na volta passamos por Machuca, onde saboreamos o tradicional churrasquinho de Llama. É muito bom, sobretudo pelo tempero.

 

Chegando na cidade, almoçamos o menu do dia num bom restaurante (acho que se chamava Casanova), descansamos um pouco e fomos para o passeio seguinte.

 

[Valle de La Muerte e Valle de La Luna]

Fomos novamente com a guia Fabiola. Curtimos mais um espetacular pôr do sol, agora observando as sombras se elevando sobre as montanhas coloridas (e que vão se “recolorindo”, conforme o sol vai baixando) na direção do onipresente Licancabur.

 

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Voltamos e fomos direto pro hostal pra tomar um banho e dormir.

 

[Lagunas Altiplanicas]

Dessa vez a Layana não tinha gente suficiente e nos colocou em outra agência. Não me lembro do nome do guia, mas era tranqüilo.

 

Primeiro paramos na Quebrada de Jere, literalmente um oásis (ainda que reconstruído) no deserto. Difícil de acreditar que aquele visual de mata relativamente fechada com rio passando fica no meio do deserto. Dali seguimos para a Laguna Chacha, uma porta de entrada do Salar de Atacama. E de lá seguimos para o principal (que fica realmente longe), as lagunas Miscanti e Miniques.

 

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Eu teria trocado a meia hora que nos deixam em Toconao na volta por mais tempo admirando aquelas espetaculares lagoas no meio do deserto, mas... excursão é assim mesmo.

 

Katia desistira de subir o Lascar (melhor antes do que na hora!), então eu saí pela cidade buscando alguma agência que estivesse indo no dia seguinte – é necessário pelo menos duas pessoas para que eles saiam. Nenhuma ia. Deixei meu nome para o dia 24, depois de voltar da Bolívia, seria minha última chance. Fiquei meio desolado, subir o Lascar era um dos pontos principais da viagem para mim -- simplesmente por ser um vulcão ativo.

 

Fomos jantar no La Eskina, que foi o único lugar que fomos que não recomendo. Pedimos uma pizza que parecia ter massa pré-pronta de supermercado.

 

[bicicleta por Quitor, Cueva Del Diablo, Quebrada de Chulacao e Catarpe]

Sem Lascar para subir, ativamos o plano B: um dia de bicicleta pela região. Foi planejando integralmente graças às postagens que li aqui no Mochileiros.

 

Alugamos as bicicletas numa Lan house na Plaza de Armas (acho que a mesma do Gustavogoias, mas felizmente tivemos melhor sorte), que também nos forneceu todos os apetrechos para conserto (e quem disse que saberíamos consertar?!) e lanterna de cabeça. Fizemos o passeio tradicional, por Quitor (curtimos bastante o local, fomos até o ponto mais alto do local), Cueva Del Diablo (estava fechada por possibilidade de desmoronamento), Quebrada de Chulacao (adorei e tentei ir o mais longe possível para encontrar alguma saída, mas Kátia quis voltar desde o primeiro ponto em que tivemos de saltar e subir um obstáculo com a bicicleta na mão – acabamos voltando quando a Quebrada ficou excessivamente arenosa) e Catarpe (fomos até a Capilla San Isidro). Eu queria ainda passar pelo túnel, mas a perspectiva de ter de subir por alguns km não agradou à Kátia, então retornamos.

 

O passeio é mesmo muito bacana, vale a pena. Cruzar o rio antes da Quebrada de Chulacao é divertido -- mas ao menos em novembro a água estava refrescantemente fria, nada de doer canela. Havia alguns tábanos (algo como moscas varejeiras) me picando enquanto calçava novamente o tênis (eu tenho alergia a picada de alguns bichos, mas felizmente não tive nada), foi o único incômodo. Estava muito calor, consumimos muita água (3 litros para os dois não foi suficiente) e ficamos ao todo por sete horas com as bicicletas.

 

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Devolvemos as bicicletas e fomos relaxar ali mesmo na Plaza de Armas. Havia um hotel que servia chope, e nada melhor que um chope para relaxar naquela tarde. À noite jantamos no Lo Blanco, o mais refinado (embora não necessariamente o mais caro) da região, e também onde comi o melhor filé.

 

[8º ao 11º dias, sábado a terça – Bolívia, excursão a Uyuni e volta]

Acordamos cedo, deixamos o grosso da nossa bagagem no hotel mesmo e partimos para a Cordillera para começar o tour. Longa fila para fazer a saída do Chile, tudo normal na migração boliviana e aí começa a excursão. Não vou discorrer sobre o roteiro (são praticamente iguais de agência para agência, e você pode ver no site da Cordillera), vamos aos comentários gerais.

 

O espetáculo natural:

É desnecessário descrever as belezas que vimos pelo caminho. Vá e veja. Quem for, faça como recomendado: deixe para o fim (se você vai pelo Chile), porque o que você verá na Bolívia é ainda mais bonito. E saiba que se trata de uma excursão-perrengue (alojamentos no meio do nada, banho dia sim, dia não, banheiros sinistros, comida estranha -- mas gostosa, etc.). Mas curta o perrengue, porque faz parte do barato da viagem. Torça para pegar um grupo legal -- deve ser chato pacas conviver com um grupo-mala por 4 dias. Lembre-se de que no fim você terá mais uma boa lembrança na sua mente.

 

Ventava muito, e o vento cortante era bem frio, nas paradas do primeiro dia. Como todas as excursões da região, é sempre muito naquele esquema de jipe anda, jipe para, desce, passeia, sobe no jipe, jipe anda, jipe para, etc. Isso cansa -- eu adoraria andar mais a pé e menos de carro, mas a logística da coisa impede isso. Mas jamais deixe de descer do carro, porque o espetáculo que você tem pela frente vale qualquer coisa.

 

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A galera com quem convivemos:

Eram 3 jipes, 18 pessoas. Nosso grupo só havia nós dois de latino-americanos, o restante contava com gente da Holanda, Suíça, Rep. Checa, Alemanha, Austrália, França, EUA e Canadá. O casais da Holanda e da Suíça felizmente ficaram conosco no jipe. Felizmente porque eram ótimos e porque nenhuma língua natal dominava o ambiente -- todos tínhamos de nos comunicar em inglês (“international english”, expressão clássica cunhada pelo holandês) ou espanhol (alguns deles arranhavam bem). De qualquer forma nas noites havia uma boa confraternização com a galera de todos os jipes. Fazia muito tempo que eu não trocava idéias com tanta gente viajante diferente.

 

Nosso guia (Alejandro):

Felizmente não ficou bêbado, o que já é grande vantagem. Ou ao menos nós não percebemos. Ele mandava uns foras na galera de vez em quando (depois de dois pra mim, eu parei de tentar ser simpático), mas acho que era o jeito dele. Depois que combinei com ele de sairmos de madrugada para ver o sol nascer no Salar de Uyuni (ele disse ok, mas insinuou que passaria o chapéu no fim), ele tornou-se mais dócil (aliás, para ver o sol nascer em Uyuni você precisa combinar com seu grupo e com seu guia). De um modo geral, foi tranqüilo. Ele estava sempre na frente dos outros, e isso significou tomarmos banho antes dos outros quando chegamos ao Hotel de Sal (o que foi uma GRANDE vantagem, acreditem). Algum ponto ou outro eu gostaria de ter ficado mais tempo (os geisers, por exemplo!), mas é aquela coisa: é excursão, é grupo, etc. Eu me conformo.

 

Curiosidade: descobrimos com nosso guia que a famosa lambada “Chorando se foi” (ou coisa parecida) foi um plágio descarado de uma canção folclórica boliviana. De fato, conferindo agora na Internet (sob o subterfúgio de “tradução não autorizada”), vejo que todo aquele sucesso mundial foi em cima de um plágio.

 

As noites:

(1ª noite, Laguna Colorada) A primeira noite era temida por ser na altitude (4.500m), por ser frio, etc. Kátia tinha um saco de dormir (aquele que pegamos emprestado da própria agência), eu não. A Cordillera recomendava que tivéssemos um saco de dormir para esta noite pelo menos. Estava confiante de encarar a noite sem o saco – ou de compartilhar o que tinha, mas fui buscar um alugado no próprio refúgio. Conforme orientação da galera daqui, fui lá catar alguém pra alugar o saco de dormir assim que chegamos.

 

Achei uma boliviana perto da cozinha e enquanto eu falava com ela, ela me olhava de lado, parecia que com medo de mim (?!), sei lá, eu parecia um ET pra ela. Sei lá porque até hoje. Muito estranho. De qualquer forma ela falou que sim, tinha saco pra alugar, mas só mais tarde. Ok. Mais tarde os suíços foram lá tentar. Resposta: mais tarde. Depois da janta, tentaram de novo. Resposta: mais tarde. Daqui a pouco, só no dia seguinte! Desistimos. E eu dormi um sono MUITO bom, sem qualquer problema. Apenas com o cobertor local, sem casaco (mas com roupa de frio). Atenção, aviso novamente: eu fui em novembro, no inverno deve ser muito pior! De qualquer forma, verificamos que muita gente teve problemas de dormir na altitude.

 

(2ª noite, Hotel de sal) Passei uma noite de terror no Hotel de sal, mas foi só comigo. Em determinada hora da noite, acordei e comecei a me sentir meio mal. Meus pés estavam frios. Mas meu corpo não sentia frio. Só que eu não conseguia dormir, havia algum incômodo, que eu não conseguia identificar (teria sido o vinho?, pensava eu). Comecei a tentar esquentar os pés, mas não conseguia. E, com o tempo, comecei a tremer de frio -- embora eu realmente não estivesse com frio no corpo. Rapidamente coloquei meu casaco e me enchi de coisas (gorro, cachecol, luvas, etc.), pra esquentar o corpo e parar a tremedeira. Tremi ainda durante *muito* tempo, mas parou em algum momento. De manhã cedo, quando acordamos, eu estava destruído. E com muito calor, embora estivesse bem frio. Ou seja, tive febre (mas só fui me dar conta disso horas mais tarde).

 

A noite ruim, e a febre que ia e voltava, me deixaram muito baleado para o dia mais importante da viagem. Eu mal conseguia ficar de pé e, em todas as paradas “menores” (café da manhã, almoço, povoado daqui e dali), eu pedia pra ficar no jipe e dormir. Logo que o jipe nos deixou no Salar, para assistirmos o nascer do sol, desabei no chão e me deitei. Fique boa parte do tempo ali, curtindo deitado aquele espetáculo ao redor. Não conseguia me manter acordado enquanto o jipe percorria o salar (e eu jamais havia dormido no carro nos dias anteriores). Pelo menos consegui curtir o indescritível nascer do sol, com direito à lua cheia se pondo do outro lado. De um modo geral, consegui curtir todas as paradas no Salar.

 

Aproveitei muito pouco da fantástica Isla Del Pescado, simplesmente não tinha forças pra andar rápido. Naquela hora eu provavelmente estava com febre, sentindo um frio muito maior do que realmente estava, e com uma irremediável vontade de me deitar onde quer que fosse, estava muito fraco. Fiz o circuito normal da Isla, mas logo voltei para o jipe para dormir, enquanto a galera tomava café. Ao longo do dia, fui me recuperando, melhorando levemente. Só tive alguma fome de tarde, já em Uyuni.

 

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(3ª noite, Hotel Villamar?) A terceira noite foi absolutamente revitalizadora para mim. Talvez por ter sido uma boa noite de sono somado ao Trimedal que passei a colocar pra dentro desde a tarde anterior, o fato é que acordei novo, como antes. O holandês passou a me chamar de Mr. Happy pelo meu semblante feliz logo às 5 da manhã, quando saímos. Tinha de estar, eu estava novo!

 

O retorno:

O trajeto Uyuni – refúgio – migração boliviana tem algumas paradas no caminho. Geralmente para banheiro. Mas são horas apenas viajando de volta.

 

Chegamos de volta ao Atacama e fomos recebidos carinhosamente pela equipe do hostal. Tomamos um belo e merecido banho, descansamos. Ficamos no mesmo quarto em que estávamos. Saímos para passear e comer.

 

E, claro, ver se rolaria o Lascar no dia seguinte. Nada feito, não havia ninguém saindo em nenhuma das agências onde deixei meu nome. Era melhor não ficar me remoendo de decepção, vamos ao plano B. Quem não tem Lascar, caça com Cerro Toco e foi pra lá que fomos no dia seguinte com a Cosmo Andino.

 

[12º dia, quarta - Cerro Toco]

Acordamos apenas 10 minutos antes de sair, estávamos ainda com o horário boliviano (1 hora a menos) no celular/despertador! Felizmente deu tudo certo, sem atrasos. Havia duas suíças indo conosco e o guia Ivan. Em resumo, subimos muito bem os 5.600 m, estávamos realmente aclimatados. Kátia foi na frente e, a despeito de um rápido mau humor de início (trekking não é a praia dela), esteve sempre à frente. As suíças estavam meio devagar, especialmente uma delas, que passava realmente mal. Mas subiram.

 

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O visual é estonteante e emocionante. Vá e veja.

 

Nada de passar mal ou dor de cabeça. Único resultado foi uma grande preguiça que me deu quando voltarmos (fui dormir um pouco). Kátia teve dor de cabeça, mas ela teve quase todos os dias. Saímos para jantar -- fomos no Adobe pela última vez -- e depois curtir um pouco uma festa de SPA, que comemorava 30 anos de “comuna”, de existência (ou coisa parecida). Era uma típica festa do interior. Ficamos por lá um pouco, depois voltamos para dormir.

 

[13º dia, quinta – retorno a Santiago]

O transfer da Licancabur passou cedo pela manhã e nos levou ao Aeroporto de Calama. Chegamos a Santiago no começo da tarde, pegamos o busum, depois metrô e chegamos ao nosso hotel. Agora ficamos na Providência, em hotel requintado, esquema patrão total!! Graças a uma bela promoção que consegui via booking.com, achei que valia a pena nos dar um conforto maior na volta do Atacama + Bolívia. E valeu muito a pena!

 

Ainda mais chegando de mochila (e bem sujinhos da terra boliviana e atacamenha, tanto as mochilas quanto nossas roupas) ao Radisson, algo saboroso. O hotel é MUITO acima do nosso padrão, parecíamos pobres em dia de rico.

 

Depois de 10 dias fazendo excursões dentro de carros, jipes, vans, micro-ônibus, era hora de voltar a andar, e andar muito, como habitualmente fazemos. Saímos para passear pela cidade. Kátia queria ficar vendo lojas, mas logo esse mal se esvaiu e fomos visitar o La Moneda e arredores, passear um pouco pela C. Huerfanos, tomar um café num café con piernas e voltar caminhando até o hotel.

 

Jantamos no conceituado Astrid y Gaston naquela noite, um dos melhores jantares da viagem. Dói no bolso, mas valeu.

 

[14º dia, sexta – Valparaiso e Vina Del Mar]

Parte da família da Kátia estava em Santiago e ela tirou o dia para ficar com eles. Eu decidi ir conhecer as duas famosas cidades litorâneas por conta própria. Saí cedo do hotel em direção à estação rodoviária. Peguei o busum das 8:15 (tem a cada 15 minutos, de diferentes cias), cheguei a Valpo em torno das 10. Procurei pelo ônibus “La O” (612), que me deixaria na Sebastiana. Basta sair da rodoviária e ir para a Av. Argentina, onde passa o ônibus.

 

Curti a Sebastiana (muito interessante, muito bonito o visual) e dali segui andando por cima do que me pareceu ser uma Santa Tereza chilena. Belas vistas, planos inclinados, local aprazível. Segui a Av. Alemania até o fim e desci até Paseo Yugoslavo. O ascensor ali de perto estava parado, então desci a pé até a praça central (a famosa Sotomayor). Dali fui até o ascensor Artilleria, que felizmente estava funcionando. Só que tinha uma enorme fila escolar pra subir! O jeito foi subir a pé e descer tranquilamente, sem fila. Isso sem contar o belo visual que você tem lá de cima. Desci e fui pegar o metrô para Vina.

 

Em Vina Del Mar, uma cidade ao lado, mas bem diferente de Valpo, fui caminhando em direção ao museu Fonk, onde entrei e curti bastante. Muito interessante, recomendo. De lá, segui até Sausalito, para conhecer o estádio onde o Brasil jogou a primeira fase e as quartas da Copa de 1962. Um barato ver como o estádio é honesto, mas relativamente pequeno para o que se pensa de uma Copa do Mundo hoje em dia. Em frente tem uma bela lagoa (Sausalito também) rodeada de um parque. Infelizmente não tinha tempo de curtir como gostaria (adoro parques), então voltei para cruzar a cidade para o outro lado, em direção ao litoral.

 

Fui ver o Pacífico novamente e caminhar um pouco pela orla. Passei nos castillos (belíssimas vistas), e segui até o relógio de flores. Em frente tinha uma praia, fui dar uma olhada. Divertido ver como os costumes de lá são diferentes das praias cariocas. De lá fui voltando para a região central, queria conhecer a Quinta Vergara. Passeei um pouco por lá, vi o enorme anfi-teatro (estavam preparando para um show), mas o cansaço do dia (já eram quase sete horas andando com poucas e breves paradas, sob um sol constante, só com café da manhã e muita água ao longo do dia) me levou à rodoviária pra retornar a Santiago.

 

É tão tranqüilo conseguir ônibus para essa rota (ao menos em novembro foi) que era chegar na rodoviária, escolher uma cia. e embarcar.

 

Sobre Valpo e Vina, são cidades bacanas, que merecem maior dedicação. Achei pouco tempo fazer um passeio de um dia, não pude conhecer bem tudo o que queria.

 

De volta a Santiago, aproveitei pra passar na Andes Gear (recomendação aqui do mochileiros) e dar uma olhada geral no material. Comprei uma segunda pele para as pernas de marca neozelandeza. Vamos ver como se sai na próxima viagem.

 

Voltei para o hotel e fui curtir o esquema patrão: por do sol do alto, na piscina, depois sauna e etc. Vida boa!!

 

Fomos jantar no restaurante Giratório, bem perto do hotel. A comida não é nada de mais -- foi das mais fracas da viagem --, mas o clima é bacana. Vistão da cidade, o restaurante girando lentamente (ficamos mais de uma hora e só demos uma volta completa). Já fomos esperando por isso e curtimos bastante. Chapamos na cama.

 

[15º dia, sábado – Santiago]

Descansei depois do café, deixei a cidade amanhecer, só fui sair depois das 9. Saí para passear mais pelo bairro Brasil, dessa vez ao sul da Av. Libertador. Fui num museu de arte dedicado ao Salvador Allende, tentei ir no Palacio Cousino (fechado para manutenção), desci até o Parque O’ Higgins (enorme, parece ser muito bacana, queria ter explorado mais), subi de volta para ir no Museu de arte precolombino (muito interessante). Passei rapidamente pelo C. Sta. Lucia de novo, onde dei de cara com o casal holandês que esteve conosco durante a viagem a Uyuni.

 

Fui até o Zoo (queria ver o tigre branco e o urso polar, e vi!), curti mais uma tarde no Cerro San Cristobal e tomei meu último mote com huesillos (está de bom tamanho, comprovei que me enjoa). Na descida, parei novamente no Bar Budapeste pra tomar a cerveja Die M. Estava bem cansado de tanto andar, já era meio da tarde. Mas ainda passei pela Tatoo (outra recomendação daqui) e fiz minhas compras finais.

 

Pra fechar o esquema patrão do hotel, fui novamente usufruir da piscina com por do sol e sauna, além de uma bela e relaxante massagem.

 

E, para nos despedirmos da cidade, fomos jantar na badalada pizzaria Tiramisu, na também badalada C. Isidora Goyenechea (ou coisa parecida). Pizza MUITO boa, tanto que sobrou e levamos pra comer no... avião, no dia seguinte!

 

E assim foi, voltamos, dormirmos e no dia seguinte cedo retornamos ao Rio.

 

Abraços,

Marcelo.

  • 5 meses depois...
  • Membros de Honra
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Ótimo relato. As fotos também ficam muito belas.

Agora me tira uma dúvida: A que horas chegaram em SPA vindo de Uyuni?

 

Chegamos +- na hora do almoço. Os jipes saem ao amanhecer (madrugada mesmo) do último abrigo e seguem quase direto até a fronteira (só param nas termas). Na fronteira vc fica um tempo (migração, troca de tranporte), depois tem de fazer alfândega no Chile (isso é demorado) e aí sim chega a SPA.

  • 5 meses depois...
  • Membros
Postado

Olá Marcelo,

 

as fotos são sem duvida alucinantes ! estou indo ao Chile com meu marido agora em dezembro e queremos incluir o Atacama, minha duvida é: como adquriram as passagens para Calama, direto em alguma cia aerea ? E quanto a roupa para usar no frio do deserto, acha que basta apenas um casaco fleece ou precisamos levar calças e blusas termicas para vestir por baixo (ou de algodão seriam suficientes ?). Se puder me ajudar, será ótimo.

obrigadão !

Denise

  • Membros de Honra
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Denise, obrigado.

 

Comprei todas as pernas da viagem com a Lan Chile, via Internet.

 

Sobre o frio nesta época, eu diria que há alguns passeios que é bom ter um casaco completo (ver o guia do LeoRJ sobre como se vestir em locais frios, link no começo do post) sobretudo pq venta muito. Salar de Tara e Lagunas Altiplânicas fazem algum frio (fica a mais de 4000m de altitude), e venta muito. O Geiser faz frio pacas, mas a temperatura sobe rapidamente com o sol.

 

Se vc fizer a excursão a Uyuni, é muito recomendado que esteja bem agasalhada, mesmo nessa época.

 

Usando meu casaco -- o vermelho que aparece em todas as fotos (fleece + corta-vento) -- não passei frio em lugar algum. Por dentro eu até tinha uma camisa térmica, mas ela "venceu" rapidamente (tecido sintético é complicado nesse aspecto), então mal usei (no Geiser, por segurança, eu usei mesmo estando "vencida"). Roupas de algodão me foram suficientes.

  • 5 anos depois...
  • Membros
Postado

Ola MArcelo,

 

li o relato de voces e ainda tenho algumas duvidas.

Pretendo ir inicio Maio com meu marido, voce acha que seria uma boa data por se tratar de estar proximo da alta temporada?

Eu tenho os casacos de frio mas ele nao, e aqui no Brasil nunca achamos essas marcas tops, como pretendo ir ao Chile primeiro, voce acha que poderiamos comprar la?

Depois do relato de voces sobre a Bolivia, fiquei meio receiosa, tem mesmo que ter saco do dormir? Nao ha hostel por la? Acampamos?

Quanto aproximadamente em dinheiro eh gasto numa viagem dessa por dia para duas pessoas? Alguma sugestao de valor?

 

Grata

Karine

  • Membros de Honra
Postado

Oi, Karine.

Não vejo problemas com maio.

Compre roupas de frio lá! Mais variedade, melhor qualidade/preço.

A coisa do saco de dormir vc pode conferir com a própria agência com que vc fechar o passeio. Eu fui em novembro e me satisfiz com o cobertor local. Em maio deve ser mais frio. E não existe acampamento nessa travessia (ou melhor, não existia) pela Bolívia, que eu saiba.

O quanto se gasta por dia varia bastante, depende muito de cada um (o cara que fica num coletivo no albergue e que come a refeição mais econômica que encontra e evita passeios pagos vai ter um custo/dia muito diferente do cara que fica num hotel 3 estrelas, que come em restaurantes mais bacanas e que faz todos os passeios). Dito isso, vc pode pensar em algo como 100 USD/dia por cabeça, exclusive passagens aéreas e compras. Se não me engano, foi isso que orcei para mim (com exagero, para não faltar) e sobrou.

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