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Tínhamos as passagens de ida e volta nas mãos, chegada em Salvador e partida de Ilhéus. Os pontos que ligam essas duas cidades seriam nossa viagem. Apenas por desencargo de consciência (e por chegarmos a Salvador tarde da noite) optamos por reservar uma pousada para o primeiro dia.

Salvador.

 

Em nossa primeira viagem à Bahia eu esperava encontrar os lugares descritos por Jorge Amado em Capitães da Areia, um porto, um trapiche, anti-heróis travestidos de crianças em ruas movimentadas.

 

Na verdade, a propaganda que se faz de Salvador é superlativa. Como toda cidade grande ela tem altos e baixos, extrema riqueza lado a lado com a triste miséria. O que vi foi, infelizmente uma brutal exploração ao turista. A cada parada pra pedir informação nos era solicitado um “axé”, fomos assaltados por uma quadrilha de capoeiristas que ficam no farol da Barra. Lá também fomos cercados por vendedores ambulantes achando que éramos milionários. Em suma, em Salvador se você tiver um sotaque diferente fique esperto. A cidade é linda mas os altos índices de desemprego somado ao explicito descaso das autoridades políticas resulta em um local nada amigável. Obviamente que nem todos são assim. Lembro com saudade da senhora que num dos becos do Pelourinho fez propaganda de seu restaurante e ao ouvir que ainda estávamos sem fome e estávamos só conhecendo a cidade, manteve o mesmo sorriso e simpatia para nos dar algumas dicas da região central (sem falar que no fim das contas almoçamos lá uma tal de moqueca mista que alimentaria 3 pessoas com muita fome). No fim das contas, um dia de Salvador estava de bom tamanho. Conhecemos alguns dos principais pontos turísticos como a igreja de São Francisco (arquitetura barroca, TODA de ouro). É um impacto grande, a saber que Francisco de Assis abandonou uma vida de riquezas para viver como eremita mas isso não tira o charme da arquitetura barroca, nem tampouco a beleza daquela imensidão dourada. Fomos também ao elevador que divide a cidade alta e cidade baixa, mercado modelo, farol da barra (onde fomos assaltados, extorquidos, enganados... ...enfim, passados pra trás pela “gentileza” com a qual algumas pessoas recebem os turistas, morro do cristo, cruz caída, algumas ruas do Pelourinho. Apenas sinto por não ter visitado a Igreja do Bonfim, fica pra uma próxima vez.

 

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Nosso próximo destino seria o sul. Rumamos para Morro de São Paulo no dia seguinte. Pra lá existem 3 opções de traslado.

-via aérea (+/- 20min de vôo) – caro, muito caro

Via Catamarã saindo do Mercado Modelo – se não me engano 2h no mar. O preço gira em torno de R$ 70,00 mas tínhamos uma idéia melhor....

 

Morro de São Paulo

 

Segundo o pessoal da pousada, deveríamos pegar o ônibus que vai pra Bom Despacho, dito e feito. Logo cedo estávamos no ponto de ônibus em frente ao shopping Barra esperando o Busão. Demorou um pouco, é verdade mas uma vez dentro do ônibus... ..também demorou pra chegar a Bom Despacho. O terminal fica distante do centro. Descemos no meio de uma avenida e para achar o terminal, seguimos o escasso fluxo de pessoas por uma ruazinha.

 

Compramos os bilhetes por 7 Dilmas cada e esperamos pra atravessar a Baía de Todos os Santos rumo a Itaparica. Eu, caipira que sou, achava que um Ferry Boat era um barquinho que levava meia dúzia de pessoas pro outro lado da Baía. Jovem tolo... ...o barco é grande, GRANDE!! Leva gente, muita gente e leva carros, muitos carros. Lá fomos abordados por um cara oferecendo traslado de Itaparica pra Valença, como estávamos calejados graças a péssima recepção turística de Salvador, dei de ombros para o que o cara falava mas fazendo as contas (de tempo e de grana) vi que talvez valesse a pena. Ficamos de conversar direito assim que aportássemos em Itaparica. Para a viagem ficar viável pro cara, dependíamos de um casal de argentinos com os quais o cara iria conversar já que pra levar somente a Ju e eu não valeria a pena. Em Itaparica eu não achava o cara (é porque o Ferry Boat leva muita gente mesmo) então entrei na fila pra comprar as passagens de bus pra Valença. Nesse meio tempo passa o casal “argentino” pela gente e entra na fila também, surge também o cara do traslado alternativo pra confirmar o que estava claro. O casal recusou então a viagem alternativa seria inviável. Passagens compradas entramos no Bus e bem a nossa frente sentaram-se os “argentinos”. Entre uma tentativa e outra de tirar uma foto minha e da Ju, a gringa olha pra trás e se oferece pra tirar nosso retrato. Em algumas frases descobrimos que os argentinos eram alemães. A garota até que simpática mas o cara mal olhos pra gente pra conversar. Enfim, não sei de onde o cara da van tirou que os alemães eram argentinos. Seu destino era Itacaré, nosso destino Valença, bem antes. O Ônibus não para ao lado do atracadouro. Tivemos que dar uma boa caminhada a pé. Caminhada que rendeu um almoço de meio da tarde quando finalmente chegamos ao arredores do atracadouro.

 

Tínhamos 2 opções. Lancha rápida e barco lento. A população local utiliza o barco lento que além de ser mais barato, permite que possamos olhar a paisagem a nossa volta. Decidido.

 

Com alguns telefones de pousadas nas mãos mas sem nada garantido, começamos a ligar. Uma era cara, uma estava cheia, uma não tinha telefone, só o endereço. Ligamos então para a pousada Escorregue no Reggae, cujo dono é o Rasta (parece o Alway do Hermes e Renato). Gente finíssima, pagamos R$ 70 pela diária do quarto “Bob Marley” com café da manhã incluso. Pousadinha bacana, preço justo mas nada que uma boa caçada na vila não faça render algo igual.

Deixamos as coisas na pousada e fomos procurar um mirante para ver o por do sol. Pelo que entendi existem duas boas opções. Uma é a gratuita. Sobe-se a praça até as proximidades da capela e lá vira-se a direita. E sobe, sobe, sobe... no meio do caminho tem um bar chamado “bat” alguma coisa, lá eles cobram R$ 5,00 pra vc ver o por do sol, se continuar a subir chega-se a um mirante bacana e obviamente, gratuito. Subimos.

Neste mirante da pra ver boa parte do braço de mar que separa Morro de São Paulo do Continente. O por do sol é mesmo lindo, tiramos algumas fotos, ouvimos diversos sotaques e por fim descemos.

 

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A noite de Morro de SP.

 

Ao sairmos pra jantar comecei a prestar mais atenção nos sotaques e idiomas a nossa volta. Parecia que não haviam outros brasileiros fora nós dois e de fato, haviam pouquíssimos brasileiros mesmo. Inclusive os funcionários e proprietários de muitos comércios são pessoas que vieram pra visitar e nunca mais voltaram. O lugar é mesmo propicio. Lindas praias, uma arquitetura que remete a um Brasil Colonial que nos faz sentir em uma época de ameaças piratas e de nações inimigas, sedentas pelas riquezas de nossa terra. O forte no ponto mais alto da cidade, bem como seu antigo farol comprovam a importância estratégica de Morro de SP.

No fim da rua de areia e terra começa uma passarela de madeira que passa por todos os bares da 2ª praia. Não lembro de ter visto alguma praia em que a interferência humana deixasse algo bonito. À esquerda, diversas barracas que fazem batidas e caipirinhas das mais diversas frutas. À direita restaurantes pra todos os gostos e bolsos. A Passarela se estende até o final da segunda praia. Como havíamos almoçado tarde, voltamos à praça próxima a pousada e comemos um acarajé cada um.

 

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Morro de SP de dia.

 

Logo pela manha, após o café saímos pra conhecermos as praias de Morro. Tomamos o mesmo caminho da noite anterior mas antes do final da rua entramos à esquerda e saímos na primeira praia ao invés da passarela da segunda. A primeira praia é bem pequena, algumas pedras e ondas, salvo por um ou outro morador passando, estava vazia. Nesta praia tem uma tirolesa que desce do alto da vila e para.... ...numa pedra. Eu queria ver aquilo em funcionamento porque se por um lado, o mar é raso demais pra ser uma tirolesa que desce na água, por outro lado, se não desce na água ela vai direto pras pedras. Enfim, não vi aquilo em funcionamento e não teria coragem de testar....

 

Na segunda praia andamos a beira da água. Uma pessoa ou outra andava pela passarela em frente aos bares e restaurantes, o movimento era bem tranqüilo e paramos pra algumas fotos. Como a maré ainda estava recuando, a passagem da segunda para a terceira praia foi feita pelo que no futuro será a continuação da passarela da segunda praia. Tem um pessoal trabalhando num calçamento do mesmo tipo em um corredor de areia que liga ambas as praias.

Terceira e quarta praias.

 

Ao entrarmos na terceira praia nos deparamos com uma pequena amiga. Uma caravela jazia na areia, pelo jeito ela acabara de repousar por ali. Essa malandra queima tanto quanto água viva, nesse caso apenas tiramos algumas fotos e continuamos. Alguns bares e barracas e nada mais. Ao dobrar a esquina e entrar na quarta praia notamos a presença de uma pequena piscina natural. Entramos e ficamos. Depois de uns 40 minutos a maré já havia recuado bastante. Cardumes de peixes coloridos passavam a nossa volta e ao longe, uns 150 a 200 metros mar adentro víamos as ondas quebrarem. Esses recifes que formam piscinas estão em toda extensão da quarta praia até onde conseguimos andar. A vista é de tirar o fôlego. Enquanto estávamos nas piscinas uma senhora veio pro nosso lado com um baita sotaque de carioca pedindo “you my picture?”. Quando ela percebeu que éramos brasileiros (os únicos na piscina natural) ela colou na gente e começou a conversar. Aí de repente a mulher saca duas long necks de bohemia de um envoltório que chamam de munição e acabou virando nossa amiga. É uma professora aposentada que ao invés de gastar com remédios gasta com viagens. Ta certa ela!! Nessas de planejar viagens sempre ela já conheceu muitos lugares do Brasil e da America do sul e está com planos pra Europa. É a prova de que com planejamento e paciência no lugar de se fazer de vitima e reclamar da vida pode ser bem proveitoso. Deixamos nossa amiga nova assim que a amiga dela chegou (outra senhora que viaja bastante mas com um humor péssimo) e andamos praia afora. Passamos por uma barraca que vende de tudo que o mar pode dar. Centenas ou até milhares de coqueiros, algumas pessoas de bicicleta, de vez em quando um cachorro. Era praia e corais até onde a vista alcançava. O calor e a sede estavam começando a bater então resolvemos voltar. A quarta praia era grande demais pra ser percorrida ida+volta a pé com aquele sol e com uma única garrafa de água.

Um ponto interessante que lembrei agora. Lá em Morro tudo é negociável. Nunca aceite o preço que o vendedor te fala! Negocie, resmungue, fala que não vai comprar. Isso da certo pelo menos na baixa temporada.

 

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Morro de São Paulo, o outro lado.

 

Morro não tem apenas as praias “numeradas”. Subindo uma rua onde tem a fonte chega-se a uma pequena trilha que leva às praias de Gamboa, argila e mais algumas praias pequenas. Saímos logo cedo da pousada e claro, pegamos a maré cheia. Foi um tanto difícil andar pelas pedras, onde batendo e desequilibrando a gente, mas ainda assim chegamos bem a Gamboa pra tomar uma.

Gamboa em si é uma praia bacana mas caia fora quando alguém te oferecer um “passeio à praia da Argila” por qualquer valor que seja. Primeiro porque da pra ir tranquilamente a pé e segundo porque a praia da argila não passa de um pedaço de terra que cedeu, deixando a mostra a terra da ilha direto no mar. Dizem que é medicinal, enfim....

 

Em Gamboa paramos em uma barraca de praia pra tomar uma. Aí tomamos outra, e mais uma e mais outra. Resolvemos almoçar. Comida caseira, barata e feita na hora. Não lembro exatamente o preço mas era barata mesmo. Voltamos à vila pelo mesmo caminho e nem sequer molhamos os pés visto que a maré havia baixado.

No dia seguinte logo cedo deixamos morro. A próxima parada seria Barra Grande, mais ao Sul.

 

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Barra Grande.

 

Saímos de morro com uma lancha rápida, assim ganharíamos tempo. Ganharíamos...

A sem vergonha quebrou no meio do caminho entre ilha e continente. Ficamos a deriva por alguns bons minutos. Uma moça grávida começou a falar que estava enjoada. Uma outra lancha chegou pra nos pegar e finalmente deixar a gente em Valença. Parecia que tudo havia sido cronometrado. Com esse atraso nós tivemos tempo suficiente apenas pra ir pra rodoviária, comprar as passagens pra Camamu e esperar 5 minutos para a saída do Bus.

Preços:

 

Lancha rápida: R$ 15,00 per capita

Ônibus Valença – Camamu: R$ 13,00 (não lembro exatamente)

 

Chegamos em Camamu, a cidade não tem rodoviária, tem apenas os pontos de venda das empresas de ônibus, bem em frente ao cais.

Assim que descemos com as enormes mochilas começamos a ser assediados por pessoas que queriam a todo custo que entrássemos numa lancha por R$ 30,00. Conforme você se aproxima do cais o preço vai caindo. A lancha que começou em R$ 30,00 terminou em R$ 15,00 mas ainda assim optamos pelo barco que custava R$ 6,50. Bando de filadaputa explorador. Devem ter feito estagio com o pessoal lá de Salvador.

 

O barco é o meio utilizado pela população local pra fazer o trajeto entre Camamu-Barra e vice e versa. O percurso é longo e o barco leva de tudo. De tudo mesmo. Tinha cesta básica lá pra uns 6 meses. Sinal que a estrutura da vila era pouca. Já havíamos ouvido que lá não haviam caixas eletrônicos e nem todos os lugares aceitavam cartão. Também estávamos carentes de informações sobre pousadas. Chegaríamos praticamente às cegas, não fosse a amizade que fizemos com um cara no barco. Morador da Vila ele era o responsável por ir a Camamu comprar mantimentos e realizar serviços bancários para seu patrão. Gideon é seu nome. Pessoa nitidamente humilde mas que tem a plena noção de que mora num paraíso. Ele comentou que haviam muitas pousadas por lá mas que devido à baixa temporada algumas estariam fechadas. Quanto aos preços ele também comentou que variavam bastante. Nos informamos também sobre pousadas na praia de Taipus de Fora, conhecida pelas riquíssimas barreiras de corais que formam piscinas naturais na maré baixa. Gideon comentara que lá haviam pousadas sim mas não tinha nada pra fazer. Taipus é interessante pra ir, passar o dia e voltar pra Barra, sendo assim desembarcamos em Barra Grande dispostos a andar de pousada em pousada em busca de um bom preço. Pesquisamos umas três com valores que variavam de R$ 70,00 a R$ 120,00 a diária, até que paramos em frente à Galeão Sant´Anna. Pagamos R$ 80,00 a diária e vou fazer propaganda gratuita deles pro resto da vida. O lugar não tem muitos quartos, é bem arrumado e a “tripulação” é fantástica. Pessoas simples, conversadoras. Não da pra não ficar amigo deles logo na primeira prosa. O café da manha deles merecia até um capitulo a parte no relato. A própria dona da pousada o prepara. Tem de tudo!! Sucos naturais de frutas da região, um cuscuz de tapioca muito bom também, trouxinhas fritas de massa de pastel e recheadas com frango desfiado temperado e um tal de bolinho de estudante que parecia algo de outro mundo. É uma massa de tapioca com leite de coco frita e passada no açúcar com canela. A relação custo beneficio era excelente. Com um café daqueles sentíamos fome só no fim da tarde. E isso nos fazia economizar bastante, o que é muito importante em viagens independentes. Prezamos pela fuga do status, pela fuga do sossego. A viagem pra mim é o caminho. Ir do ponto A para o ponto B é apenas um detalhe. Entre esses dois pontos existem universos infinitos, dimensões infinitas. Um casal de estrangeiros, um acampamento dos sem-terra, pessoas, rostos lugares que talvez não veremos nunca mais. Um casal de gringos nos disse que o “Brasil é Grande”, e ainda assim boa parte do nosso povo glorifica tudo o que vem de fora, fechando os olhos para o fato de que em se tratando de folclore, beleza natural e cultura, damos de 10x0 na somatória de quase todos os países da Europa juntos, por exemplo.

 

Na primeira noite na Barra saímos para o centro da vila. Por ser baixa temporada e por Barra ser um destino com acesso um tanto difícil (vide a foto da BR 001, única alternativa terrestre pra se chegar à vila), haviam poucas pessoas na rua, em sua maioria moradores. Em frente à capela existe um palquinho que parece ter outrora pertencido a um coreto. Ali algumas pessoas jogavam capoeira no começo da noite. Muito, mas muito bacana mesmo. Nesse dia não lembro onde jantamos acho que foi numa pequena pizzaria onde às sextas o rodízio custava a bagatela de R$ 10,00. Custo beneficio fenomenal.

 

No dia seguinte após conhecermos o farto café da manhã já descrito, nos pusemos a caminhar pra Taipus de Fora, seriam 8km por praias desertas. Existe a opção de pegar uma jardineira (pick-up com bancos e uma cobertura na carroceria) mas eu recomendo a caminhada que passa por praias desertas de beleza indescritível. Já pra voltar a jardineira vale a pena, desde que assim que chegar a Taipus já converse com o motorista perguntando que horas ele volta pra Barra, esses transportes não tem horário definido. Infelizmente chegamos cedo a Taipus então a maré não havia secado completamente. Já dava pra notar a presença dos corais em boa parte da praia mas ainda não haviam formado piscinas. Passamos parte da tarde em um quiosque na praia que por incrível que parece não vende coco. Seu concorrente ao lado vende, mas não é gelado só natural! Vai entender...

 

O pessoal que estava com o cara da jardineira resolveu voltar pra Barra antes que a maré recuasse mais, como era a única jardineira disponível, voltamos com eles e com a promessa de retornar no dia seguinte.

 

Na primeira noite conhecemos um morador que trabalha como guia na região. Ele comentou de alguns passeios mas o que nos chamou a atenção foi a possibilidade de se locar um quadriciclo. Estudamos um pouco nossa disponibilidade de tempo e nosso orçamento. Valeria a pena. Foram R$ 120,00 pra passar o dia com o veículo. Como a vila é praticamente isolada, somado ao fato de a região estar repleta de lugares interessantes (distantes um do outro) e de que nos passeios ficaríamos presos a vontade do guia e das demais pessoas que nos acompanhassem, a locação valeu muito a pena mesmo.

 

Não podemos rodar na praia, portanto seguimos pela estrada de terra em busca de um dos pontos fortes da região, a Lagoa Azul e a lagoa Cassange. Rodamos bastante, em alguns momentos eu acredito que me perdi. Pedimos informação a um casal que estava em uma praia que só não era deserta por conta da presença deles. Estávamos no caminho certo mas com uma ressalva. A lagoa azul estava fechada. Motivo; motoqueiros faziam trilhas pela região e rumavam à lagoa pra lavar as motos. Tem que ser muito filho da puta mesmo pra fazer essas coisas. Com isso o proprietário do imóvel resolveu cercar a lagoa e, se é pelo bem da mesma, fez muito bem. Ambas as lagoas são alimentadas pela água das chuvas. Não há nascentes na região. São de fato muito bonitas. Com o tempo nublado a lagoa azul não estava tão azul, já a Cassange em sua imensidão de águas turvas abriga até alguns peixes que nadavam junto a nossos pés. Ficamos lá um pouco e fomos para a praia de Cassange, também deserta e muito bonita. O que separa a Lagoa da praia são apenas algumas dezenas de metros de areia e uma vegetação rasteira.

 

Continuamos em frente, até Saquaíra onde conhecemos o quiosque do Raul. Não da pra passar por Saquaíra e não ir até lá. Gente fina, pessoal bem simples. Da pra reconhecer o quiosque dele por conta de duas engenhocas inventadas por essa figura pra pescar (e ele jura que dá até arraia com a engenhoca)

Consiste em um bambu que parte do quiosque. Na ponta uma linha vai até a água, na ponta da linha há um galho em forma de gancho preso nos corais e dos quais saem pequenos anzóis. Quando o peixe fisga o gancho solta dos corais tirando o peixe da água. Infelizmente ficamos pouco tempo por lá. Estava armando chuva. Resolvemos pegar o caminho de volta.

 

Como prometido no dia anterior, paramos em Taipus e lá ficamos um pouco. Já era fim de tarde e a maré estava bem baixa mas ainda assim não era possível ver a barreira de corais que torna a praia famosa. Estávamos na hora certa mas na lua errada.... ....ainda assim foi possível aproveitar as piscinas, já a riqueza desses corais vamos deixar pra próxima, infelizmente.

 

Um ponto interessante sobre Taipús é que um biólogo submarino que atuava em Fernando de Noronha visitou Taipus e lá ficou. Em levantamento que ele fez, descobriu-se que apesar de menores que os de Noronha, aqueles corais possuem uma variedade muito maior de espécies, sendo um berçário de lagostas, polvos, peixes, tartarugas, entre outros.

 

Já começava a escurecer quando devolvemos o quadriciclo. Foi um dia bem proveitoso. No dia seguinte andamos até a ponta do Mutá, local próximo a vila e de onde os turistas, em sua maioria, vão ver o por do sol. Chegamos lá cedo e saímos a tarde. No fim da tarde ao invés de ir ver o famoso por do sol de lá, resolvemos pegar um caminho oposto. Chegando no cais e virando à esquerda, chega-se a um rio. Além desse rio, uma ilhota com uma cabana toda construída de folhas de coqueiro, além dessa ilhota, praias completamente desertas. Esse rio é na verdade um braço de mar e as praias desertas fazem parte de uma ilha bem na ponta da Baía de Camamu. Quando chegamos ao rio a correnteza estava muito forte. Tínhamos plano de atravessar e para tanto eu não levei minha câmera. Foi a maior cagada!!

Ficamos esperando a maré colaborar e sentamos na beira do rio. À nossa direita o mar, à nossa esquerda, cabanas caiçaras, algumas crianças brincando, um adulto cortando folhas de um coqueiro, provavelmente para reforçar o teto. Cenas que são impossíveis de transcrever, nem tampouco de esquecer. A maré já baixara o suficiente para permitir nossa passagem. Pontos de areia começaram a surgir no meio do mar. Com sorte passaríamos sem problemas até a ilhota, e assim o fizemos. Dava pra passar com a câmera, pra falar a verdade a água não passou da altura da cintura. Nessa ilhota de apenas um morador haviam pássaros, siris passeavam tranquilamente. Haviam também algumas galinhas ciscando a areia. Ficamos um pouco nessa ilhota mas como já estava escurecendo, achamos que seria arriscado continuar a caminhada para depois atravessar o rio novamente, sem luz.

 

Voltamos pelo mesmo caminho, a água estava mais baixa ainda. Sentamos e o espetáculo começou. Não vou tentar descrever o por do sol que vimos daquela beirada de praia. Eu nunca vi nada igual aquilo. Se por um lado eu sinto não estar com a câmera, por outro, se estivesse com ela, me preocuparia com as fotos e não com o momento. Foi impar. Surreal, não posso dizer mais bonito porém completamente diferente de qualquer espetáculo que eu tenha visto. O lance foi tão intenso que ao final, como se estivéssemos em São Thomé das Letras, aplaudimos o sol e um tanto sem graça (mesmo tendo por testemunhas apenas alguns siris que procuravam por comida), voltamos pra pousada. No dia seguinte, pé na estrada novamente.

 

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Itacaré

 

Nos despedimos com o peito cheio de saudades do pessoal da Galeão Sant´Anna e rumamos ao cais.

Lá um sem vergonha nos cobrou R$ 30,00 de cada um pra tomarmos a lancha rápida ao que a Ju, antes mesmo que o cara terminasse de falar já emendou que o valor era R$ 15,00 e que a gente não ia pagar R$ 30,00 nem com um pedido oficial do Papa. O cara ficou sem graça e já diminuiu um pouco o valor mas ainda assim era caro. Descobrimos que não haveria barco no horário que queríamos, somente a lancha mesmo. Depois de muita negociação fechamos em R$ 17,50 cada um, o que ainda era mais caro do que o valor real mas tudo bem, sem nós dois eles encheriam a lancha de qualquer maneira, demos sorte de conseguir negociar esse principio de assalto. Na lancha conhecemos a proprietária de uma pousada da Barra, ela e o Marido são do Espírito Santo, sua história é interessante.

 

Ao casarem, saíram por aí em busca do lugar onde criariam raízes. Aportaram numa Barra Grande ainda mais rústica do que é hoje. Na base de muito trabalho compraram um terreno. Seu preço? Frutos do mar por determinado período de tempo. Exatamente. No final do século XX aquela região ainda trabalhava (e hoje, inicio do século XXI ainda trabalha) com parte de sua economia baseada no escambo. Sua pousada também foi construída a custo de frutos do mar que ela e seu marido pescavam. Foi ela quem nos contou o motivo que levou ao proprietário do terreno cercar a lagoa azul. Comentei com ela da falta de estrutura pra população, das condições da estrada que tornavam mais fácil voltar de barco pra Camamu do que ir de carro pra Itacaré direto. Ela tocou num ponto que eu não havia percebido. Esse acesso difícil é o que mantém Barra Grande como um paraíso quase intocado. Políticos da região já cogitaram de asfaltar a BR mas com muita luta os moradores clamaram primeiro por condições básicas como escola e posto de saúde. Com isso eles vão mantendo a farofa longe da região, ao passo que ganham em condições de vida.

 

Uma vez em Camamu, não esperamos nem 15 minutos pra tomar o Ônibus pra Itacaré. Saiu algo em torno de R$ 12,00 (foram tantos ônibus que acabo confundindo mas considerem uma media de R$ 12,00 cada deslocamento entre cidades). A estrada é muito bonita. Alias essa zona de transição entre Mata Atlântica e Caatinga que toma o litoral sul baiano é muito bonita mesmo. passaríamos apenas um dia e meio em Itacaré, assim que chegamos fomos abordados por um garoto que oferecia opções de pousadas. A prefeitura local incentiva o turismo de uma maneira bem interessante. As pessoas são credenciadas na secretaria de turismo, os hotéis fazem sua “propaganda” e essas pessoas levam os turistas aos hotéis credenciados, pagando uma comissão ao trabalhador. Este serviço é gratuito aos visitantes. Dessa forma o turista não é explorado e a economia da região não fica estagnada (o pessoal de Itacaré precisa dar uns cursos em Salvador de como ganhar dinheiro com turismo sem assaltar ninguém), alias o pessoal de todas as cidades que visitamos poderia dar algumas aulas de bons modos a alguns soteropolitanos. Ficamos na pousada Lanai, que correspondia bem às nossas expectativas de baixo custo e local seguro pra deixar as mochilas mas o que não falta em Itacaré são opções de onde ficar. Saímos pra conhecer algumas a praia do “centro” da cidade, muitos quiosques “pé na areia” fazem com que a areia em si seja uma fina faixa entre água e quiosque. Tem ondas fortes, boa pra surfistas. Ficamos nas pedras próximas ao farol por alguns minutos. A fome começou a falar alto então saímos em busca de um almojanta. Pegamos os últimos minutos de funcionamento de um restaurante por kg. Enquanto comíamos percebemos que na mesa ao nosso lado haviam alguns turistas que falavam de passeios pela região e de lugares pra ir à noite. Eles comentavam sobre um eventual passeio à Baía de Camamu (Barra Grande) e também sobre um passeio de canoa em Itacaré. Trocamos algumas infos falando de como chegar à Camamu sem passeio, de como vale a pena ir pra ficar ao invés de ir passar algumas horas e ouvimos aquilo que já estávamos acostumados ao explicar de onde vínhamos e pra onde iríamos (nossa, vcs são loucos!! Parabéns!! Que viagem bacana). Eram pessoas bacanas, todas do estado de SP que se conheceram em uma viagem de agencia e que apesar de estarem gostando, comentaram de se sentirem um pouco presos por conta justamente dos pacotes. Conforme nós explicávamos nossa rota e exacerbávamos Barra Grande os olhos de uma senhora até brilharam. “Essa é das nossas”, pensei.

 

Através deles conseguimos o telefone de um canoeiro e ficamos sabendo e ficamos sabendo que ia rolar um arrasta pé em um bar por ali. E é claro que não dava pra deixar um forró pé de serra passar em branco. La fomos nós ao tal bar (eu realmente não gosto de esquecer o nome dos lugares). É interessante sentar na mesa e observar as pessoas. 3 senhoras sentaram-se em uma mesa próxima a nossa. Uma delas nitidamente dondoca, é engraçado porque até o jeito que ela mexe os braços parece medido e cronometrado. As amigas dela pareciam normais mas ela me lembrava a personagem da Cristiane Torloni na novela das 21:00h. Uma das amigas foi tirada pra dançar por um funcionário que fica lá justamente pra “tirar as donzelas para o baile”. Bacana essa atitude. Resolvemos arriscar uns passos também. Até que não fui tão mal (o que não quer dizer que dancei bonito) mas foi interessante.

 

No dia seguinte havíamos marcado um passeio por uma cachoeira e uma praia deserta. Isto foi algo que mesmo que passássemos um mês em Itacaré não faríamos por a trilha é escondida, longe da parte urbana da cidade. O passeio valeu muito a pena. Passamos pela cachoeira da Usina, mangue, vimos diversas espécies vegetais, entre elas Abacaxi, Jaca, Dendê... ..tudo nativo, sem mão do ser humano!!

 

No fim do mangue chegamos na praia. Haviam duas barracas e um cheiro de peixe assado bom pra caramba.

Outro ponto forte da região. O guia é local. O pessoal das barracas são pescadores. Mais uma forma de fomentar a economia local sem exploração. Chegamos nesta praia por volta de meio dia. Foi o tempo de escolher o peixe na caixa de gelo e ficar um pouco na água desta e de outra praia semi-deserta mais a frente. O peixe chama Vermelho. Nunca havia ouvido falar. É acompanhado por vinagrete, arroz e farofa de banana, seguido de suco natural de tangerina com aquele limão vermelho. Não sei se é porque estávamos com fome mas foi uma das melhores refeições de toda a viagem. Descansamos um pouco no rio que desemboca do mangue de onde viemos. A maré começava subir e a água estava boa. Começamos a nossa volta , vimos alguns pés de Cacau e ouvimos historias do nosso guia que já fez de tudo nessa vida.

Um causo engraçado que ele contou foi em uma vez em que ele fez essa mesma trilha.... ....com 18 mulheres. Uma delas viu um lagarto e mandou “se tem lagarto tem cobra, não vou andar por aí” (sim, totalmente cientifica a afirmação dela).

 

Eu imagino a cena. Uma delas, provavelmente a líder gosta de fazer trilhas e conseguiu arrastar as amigas que em sua maioria devem ser da cidade grande e o maior contato que já tiveram com a natureza foi plantar um feijão em um chumaço de algodão. Assim que entraram em contato com uma lagartixinha de nada perceberam que não estavam no país das maravilhas e surtaram. Nosso amigo disse que ficou sem trabalhar por dois dias depois de guiar a mulherada.

Outro ponto interessante. Estávamos tirando algumas fotos quando nosso guia saca o celular e fala alto “Nasceu?!”. Achamos que ele havia virado papai e estava por aí andando no mato mas depois ele disse que sua gata havia tido filhotes.

 

Voltamos à cidade com algumas horas de sol, o que foi suficiente pra conhecer algumas praias de Itacaré, entre elas, Tiririca, Concha, Costa. Uma delas tem uma bica natural de onde sai uma água bem gelada, excelente pra refrescar a cachola depois de andar no sol.

Todas as praias tem ondas fortes, boas pro surfe (considerem que meu maior contato com o esporte é o filme “ta dando onda”) Elas se interligam por paredões de rocha (e uma estradinha que torna a vida muito fácil). Na volta nos deparamos com uma sorveteria. Olhamos, olhamos e fomos convidados pela dona a experimentar um sorvete diferente.

 

Eles são especializados em sorvetes com frutos típicos do Cerrado, a maioria dos quais nós nunca tínhamos ouvido falar. Vale muito a pena passar por lá e trocar um dedo de prosa com o Eduardo e a Flavia. Casal de Brasilia que após passar lua de mel em Itacaré prometeram voltar de mala e cuia e assim o fizeram.

Duas recomendações: sorvete de Cagaia e o de Cajá (no caso do de Cajá, jogue um pouco de sal.. ..é viciante).

Naquela mesma noite passamos por uma doceria que vendia chocolate artesanal (já estávamos na costa do cacau) e experimentamos um vinho de cacau. Bom pra caramba, fiquei de levar uma garrafa pro meu pai mas acabei “deixando” pra comprar em Ilhéus, só esquecendo que o vinho era “artesanal” e não vende em qualquer lugar.

 

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Ilhéus, Jorge Amado e a saga do Vinho de Cacau

 

Deixamos Itacaré rumo a nosso ultimo destino. Ilhéus. Terra do Amado Jorge. Sofremos um pouco pra achar pousada. Chegamos quase sem informações. Tudo o que fizemos foi, depois de finalmente instalados na pior pousada de toda a viagem foi dar uma volta no quarteirão. No dia seguinte fomos ao centro histórico, local que inspirou o romance Gabriela do bom baiano. As ruas ao redor da sua casa foram palco da historia de Gabriela e Nacib. Conhecemos tudo o que dava pra conhecer em um dia. Bar Vesúvio, Igreja Matriz, Casa de Jorge Amado, Casa dos Artistas, Loja Maçônica que... ....não lembro porque ela é ponto turístico mas fomos lá também.

Conhecemos também a loja da fabrica de chocolate da cidade. Cheguei lá com “água no nariz” em busca do vinho de cacau e ninguém nunca havia ouvido falar nisso. Não compramos nada, queríamos algo artesanal e claro, o bendito vinho.

 

Fomos ao Mercado de Artesanato onde finalmente achamos duas lojas que vendem o tal vinho. Inclusive em uma das lojas (onde compramos) soubemos que é a própria dona da loja que faz o vinho. Nessa loja também compramos doce de cacau. Não é igual chocolate mas lembra. Tem um sabor peculiar. Bom pra caramba. Se pudesse traria uma caixa daquele doce pra São Paulo!

 

No dia seguinte nosso vôo partiria as 10:00h da manhã. A única vantagem do hotel ruim é que ele ficava a 5min a pé do aeroporto.

Desci primeiro que a Ju e conversei 2min com o recepcionista:

-Opa!

-Já vão?!

-Sim, nosso vôo sai daqui a pouco

-Ah... ontem 3 pessoas voltaram pra cá depois do vôo ser cancelado por causa da chuva

-é......

-É! Esse aeroporto está entre os 3 mais perigosos do Brasil porque a pista é muito pequena e seus limites são, de um lado o rio e do outro o mar

-ah......

 

Nisso a Ju apareceu e eu preferi guardar essas “preciosas” informações comigo. O caminho pro aeroporto pareceu curto demais dado meu cagaço natural por altura, potencializado pela historinha do cara do hotel. Começou a chover forte e quando eu já começava a considerar a idéia de passar mais um dia em Ilhéus nossa “condução” chegou. Era o vôo da gol que fazia Salvador – SP com escala em Ilhéus. Ok, entre ele chegar e sair... ....se essa chuva continuar... ..sei não.

Nossas duvidas acabaram quando anunciaram o “embarque imediato” pra São Paulo. Grudei na cadeira igual carrapato em lombo de boi e enquanto o avião acelerava eu imaginava a praia no fim da pista. Entre pistas curtas, chuva e medo de altura chegava ao fim nossa viagem. Meu nariz começava a coçar só de saber que São Paulo se aproximava. De volta à labuta!

 

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  • 4 meses depois...
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Postado

Olá Marcos!

 

Estou admirando seu relato a muito tempo...agora resolvi enviar os parabéns agora (pela clareza, fotos e dicas) porque daqui a alguns dias irei para Barra Grande e Taipus de Fora.

 

Você tem o contato da pousada que ficou em Barra Grande ou pode me dizer a localização da mesma? Tipo, perto de onde? Até então não fiz reserva e será dia das mães.

 

Obrigada e parabéns,

 

karis

  • Amei! 1
  • Membros
Postado

Olá Marcos, muito legal seu relato!!!!

 

Referente a capital da Bahia... apesar de ter lugares lindos.... deixa muito a desejar!! Eu e minha noiva e outros amigos que já fomos e passamos os mesmos "perrengues" que vc passou..desde assalto durante o dia...exploração, esmolação, chateação exaustiva...e tudo + de negativo que se tem direito!rsss

 

E eu que achava que São Paulo e Rio era perigoso!!! A mídia esconde verdadeira Salvador e nosso MPB faz parte do passado, quando tudo era bom!!!!....infelizmente né!!!

 

É isso... ai!!! Parabéns.. Eu também vou fazer o litoral da Bahia futuramente!!!

  • 1 ano depois...
  • Membros
Postado

Marcos,

 

Parabéns pelo relato. Fotos e prosa bem interessantes!

 

Eu e minha namorada planejamos passar pelas mesmas cidades agora em maio gastando os mesmos 15 dias. Porém, percorrendo o caminho inverso.

Anotamos algumas dicas suas!

 

Ah, para termos uma base, quanto foi o gasto de vocês, fora passagens aéreas?

Abraços

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