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De Delfinópolis à Casca D´Anta.... a pé!


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DELFINÓPOLIS-CASCA D´ANTA: CLÁSSICA TRAVESSIA NA CANASTRA

 

A Serra da Canastra é sinônimo de natureza em meio a gdes espaços. Sua geografia é composta de amplas serras, muitas nascentes, largas chapadas e fundos vales, iluminados pela luz onipresente de um céu enorme. Incrivelmente, este belo lugar é o q menos conheço, onde minhas investidas limitaram-se a duas breves visitas já bem datadas. P/ sanar isto não hesitei em topar o convite tentador do meu amigo e fotógrafo de aventura André Dib em percorrer sua mais tradicional travessia e desfrutar de seus panoramas espetaculares: a Delfinópolis-Casca D´Anta, pernada tranqüila q durante 3 dias parte da pacata cidade mineira de Delfinópolis, serpenteia 62kms de serras, vales e chapadões por trilhas e estradas de terra, até culminar no sopé dos 200m imponentes do primeiro e salto do Rio São Francisco, a Casca D´anta, uma das maiores cachus do Brasil.

 

DELFINÓPOLIS

Eram exatas 15:30 qdo eu e a Vivi saltamos do busão em Ribeirão Preto, horário ate bem mais adiantado q o previsto, tendo em vista as tediosas 4hrs de viagem de Sampa. Sendo assim, nos resignamos a passar o tempo no boteco da rodô, bebendo na cia de outra amiga, alem de dar retoques finais nas cargueiras. Mas qdo as 17:15 a possante Troller do André & Cassandra encostou do nosso lado, era hora de finalmente embarcar rumo Delfinópolis. Viagem esta q foi feita em meio a muita descontração e conversa colocada em dia, e dessa forma os 180km passaram bem desapercebidos. Tanto q após passar por Franca o sol já havia despencado no horizonte.

 

Após atravessar de balsa os quase 2km de águas esmeraldas da Represa do Peixoto em meio ao frescor do breu noturno já regados a varias taças de vinho, chegamos em Delfinópolis um pouco antes das 20hrs. A pacata cidade transpira ecos de um passado q teima em permanecer intacto, com direito a ruas de paralelepípedos bem tranqüilas, uma simpática pracinha central com coretos bem cuidados, prédios q não passam de dois andares e charretes circulando ruidosamente. Inicialmente nos dirigimos à Pousada Rio Grande pra deixar as coisas, onde fomos gentilmente recebidos pela proprietária, a Regina. O André já tinha armado um esquema de permuta "na faixa", esquemas estes q tb preciso adquirir know-how pra baratear minhas empreitadas. Na seqüência nos mandamos pro boteco da simpática Erica, o "Bar Co", onde mandamos ver uma deliciosa pizza regada a mais vinho, alem de já armar um esquema com a dita cuja de resgate no final da travessia. Tb no esquema de permuta. Ah, sim. Lá tb encontramos o ultimo integrante da trip, o mineiro Paulo, q como os demais tb estava "disponível no mercado" e consequentemente com tempo de sobra pra viajar em qq dia útil.

 

Troller_na_1102009_3511.jpg

 

O tempo passou rápido e se bobeasse ficaríamos a noite td papeando e enchendo a cara. Mas o dia sgte era obrigatoriamente reservado pra travessia e por isso retornamos à pousada, meio q à contragosto e trançando as pernas, afinal a ampla geografia local iria demandar otimização do dia inteiro em pernada. Lembrando q a topografia da Canastra é composta basicamente de 3 fileiras de enormes serras q correm paralelas, uma dobra maior q a outra, entremeada de fundos vales e pequenos serrotes: a 1ª é composta pela Serra Preta e Grande; a 2ª é feita das Serras do Cemitério, Sete-Voltas e Guarita; e a 3ª abrange o Chapadão da Zagaia e a Canastra em si. Nosso roteiro do dia sgte é nada mais q subir a Serra Preta, descer o vale contornando a Serra de Furnas pra dali chegar ao alto Serra da Guarita! Simples, não?

 

A SERRA PRETA, A FURNAS E O GALHEIRO

A manhã de segunda irrompe promissora, com uma bela alvorada esparramando seus acolhedores raios por td extensão dos paredões serranos, por sua vez siluetados contra um céu azul despido de nuvens! Sendo assim, levantamos bem antes das 6hrs, jogamos as cargueiras no teto da Troller e rumamos em direção ao sopé da Serra Preta. Mas não sem antes passar numa padoca pra rápido desjejum!

Delfinopolis ainda levantava preguicosamente qdo deixamos seus limites no sentido leste, acompanhando o emplacamento "Olhos D água". Agora com a serra à nossa esquerda, sacolejamos por empoeirada estrada de terra por quase 7km, até a deixarmos numa placa indicando "Camping Claro - Casa de Pedra". Tomando sinuosamente esta ramificação vamos de fato de encontro à serra, cada vez mais próxima.

 

Uma vez passado o referido camping, nossa referencia são placas apontando uma tal "Pousada/Cachoeira Paraíso", à qual não tardamos em chegar num piscar de olhos após algumas bifurcações. A tal "pousada" não passa de duas casas q agora se encontram abandonadas, mas q durante feriados devam ficar lotadas alem de ser cobrado algum valor de acesso, pois aqui é propriedade particular. Mas como esta td vazio, não tivemos problemas em deixar o carro ali mesmo, q depois a Erica virá buscar pro nosso resgate. Até pq ela reside numa casa bem próxima dali.

Após alongar aqui e ali, dar últimos retoques nas cargueiras e passar protetor no rosto, damos inicio propriamente dito à pernada as 6:40. O gps do Paulo marca exatos 870m de altitude. Daqui parte uma picada bem conhecida dos locais q leva a varias cachus no alto da serra, a "Trilha da Casinha Branca", bem mais demorada.

 

Mas nossa trilha é outra, mais rápida e direta, a "Escada de Pedra". Ela parte logo atrás da casa e já de cara bifurca, onde tomamos o ramo da esquerda q desce suavemente pelo pasto, atravessa um capão de mata e dá num belo remanso, o Ribeirão do Claro, q cruzamos saltando por cima das pedras. A picada então envereda em meio ao pasto e vegetação de cerrado pra logo dar nos fundos doutro casebre, q por sua vez nos leva a uma precária estradinha de terra. Andando um pouco pela dita cuja, logo desembocamos numa porteira marcada por uma lacônica placa proibindo o tráfego de motos, pois estamos numa área de proteção ambiental. Da porteira parte uma trilha q acompanha a cerca, agora sim indo de encontro aos paredões da Serra Preta, já quase à nossa frente. Aqui uma breve pausa pra coletar água (próxima,num riachinho escondido) e visu de um belo cânion à esquerda.

 

Andando pela picada não demora a sermos recebidos por nova placa, agora indicando "Escada de Pedra". Daqui em diante não tem mais erro. Começa a subida íngreme da serra por lajotas de quartzito q formam degraus irregulares erodidos, q são vencidos com relativo fôlego e, aos ziguezagues, logo ganhamos altitude de modo a apreciar o belo visu de Delfinópolis ao lado do espelho d´água da Represa do Peixoto, reluzindo lá embaixo.

 

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Um tempo depois a trilha arrefece e nivela numa espécie de descampado ou pré-platô q antecede o topo, e o caminhar torna-se bem mais agradável, sempre em suave aclive e tendendo pro leste. Andando pela vasta campina salpicada por canelas-de-ema e alguns campos rupestres, finalmente chegamos aos 1145m do alto da serra, mais precisamente na tal "Casinha Branca",onde outras trilhas tb convergem. São 8hrs e o termômetro já marca 30 graus, e nos presenteamos com um breve pit-stop ao lado de um belo riacho q molha nossa goela, enche os cantis e refresca nossos rostos suados.

 

Uma vez na ampla e larga crista da serra, da "Casinha Branca" parte uma picada pro norte q logo dá lugar a uma precária estradinha de terra q atravessa um vasto capinzal dourado, q basta apenas acompanhar. A medida q avançamos os horizontes se ampliam e logo temos uma visão da enorme muralha da Serra da Guarita, se esparramando de noroeste pra sudeste a nossa frente,assim como o enorme Vão do Ribeirão das Posses, separando-a da Serra do Cemitério. Mas logo a estrada começa a descer, desviando abruptamente pra direita, perdendo altitude imperceptivelmente pelas encostas da Serra Preta.

 

À nossa esquerda vamos examinando terreno, pois daqui temos q buscar algum acesso descendo o vale ao lado de modo e ganhar as encostas opostas da Serra de Furnas, uma pequena costela serrana no caminho antes da Guarita. Mas como aqui a navegação é puramente visual este acesso é descoberto c/ facilidade na forma de uma picada transversal à estrada. Deixamos a mesma em favor desta picada pra assim perder altitude de forma abrupta, em curtos ziguezagues em meio a pasto,arbustos e pequenas arvores de galhos retorcidos. A trilha parece sumir, mas após saltar uma cerca logo encontramos vários caminhos de vaca indo no sentido desejado. Porém por pouco tempo, pq só após um curto trecho de vara-mato é q chegamos de fato no fundo do vale, onde o bem-vindo Córrego do Ouro nos brindou com refrescantes tchibuns em seus pequenos poços cristalinos. Pausa pra descanso e lanche sob o forte e inclemente sol das 10hrs,claro!

 

Na seqüência tocamos vigorosamente pelo pasto acima, agora nas encostas da Serra de Furnas, ate dar numa picada q a recortava a meio-caminho. Tomando p/ esquerda, não tarda pra ganhar a crista da mesma ate dar noutra precária estrada, q contorna e desce a serra em sucessivos cocorutos rumo ao próximo vale, o do Ribeirão da Babilônia, já ao sopé da Guarita. A medida q perdemos altitude sinuosamente em meio a morraria, a vegetação de cerrado vai dando lugar a uma vegetação mais rica e densa. No caminho, destaque prum enorme grilo laranja escondido em voçorocas de samambaias a beira da estrada.

 

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Quase no fundo do amplo vale, cruzamos com o minúsculo "vilarejo" de Itajuí onde não vimos sinal de vida, mas q se resume a algumas casinhas, roçados e uma simpática igrejinha. Ainda acompanhando a estradinha pra leste e cada vez mais próxima do sopé da Guarita, cruzamos uma ponte, algumas porteiras e cortamos alguns atalhos pra depois subir uma pequena colina. Foi aqui q um negrume tomou conta do firmamento e se adensou subitamente, acompanhado de estrondosas trovejadas, sinal pra apressamos o passo o qto antes.

 

Dito e feito. Passada uma ultima porteira o céu desabou e mandou muita água sobre nossas cabeças! Pior q não havia onde nos refugiar senão no "puxadinho" de um pequeno paiol q nem sequer nos comportava totalmente! Havia um casebre abandonado ao lado, o qual tivemos a infeliz idéia de invadir pra sermos recebidos pelos furiosos marimbondos q lá residiam e deixaram marcas na minha barriga e no braço do Paulo. Porem, insatisfeitos em permanecer naquele fedorento paiol - até pq um raio caíra bem ao nosso lado - insistimos ainda em invadir outro cômodo (pela janela) daquele casebre, pelo menos pra termos mais espaço disponível pra lanchar,pois a fome já apertava. Uma vez lá dentro e com metade das cargueiras alojadas, fomos outra vez enxotados pelos marimbondos q decididamente não desejavam nossa presença de jeito nenhum. E lá voltamos desesperadamente pro maldito paiol, pra diversão das vaquinhas q assistiam aquilo td de camarote. Agora o problema era ir buscar as cargueiras q deixáramos lá dentro. Daí eu e o Andre nos cobrimos de roupa de modo a proteger qq parte exposta e partimos na missão de "resgate", q por sorte foi bem-sucedida. Pois bem, como já estávamos molhados e ficar parado não adiantava nada, resolvemos continuar a pernada sob chuva, ao menos pra manter o corpo quente.

 

O Ribeirão Babilônia foi transposto sem dificuldade, com água ate o tornozelo, e dali prosseguimos pela lamacenta estradinha rumo o sopé da serra. No caminho topamos com a humilde casa do Paulo Pião e da Rosi, onde nos refugiamos da tempestade de forma bem mais satisfatória q o paiol, já na cota dos 830m. Enqto nos secávamos e mastigávamos algo, a Rosi contava alguns "causos" interessantes q iam desde a vida sofrida na roça, q nunca havia subido ao alto da serra e detestava comer galinha caipira! Sua casinha, de uma simplicidade enorme, tinha particularidades q merecem destaque, como a ossada de uma queixada como decoração e um cômodo reservado apenas pra privacidade de uma galinha e sua barulhenta prole.

 

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As 14:30 e de bucho cheio, nos despedimos da Rosi dando continuidade à pernada, ainda sob chuva e forte vento. Aqui a estradinha terminava dando lugar a uma picada q costeava a serra, mas logo tomamos outra q deriva da principal e ia de encontro à mesma frontalmente através do capinzal. De onde estávamos já podíamos vislumbrar a continuidade do carreiro costurando o paredão serra acima. No caminho, um cruzeiro assinala o curioso "Cemitério de Pedras", local onde antigamente eram enterrados os leprosos da região.

 

A subida da serra transcorreu em largos ziguezagues, sendo q já na metade a chuva havia desaparecido por completo, permitindo bela panorâmica de td trajeto percorrido ate então, alem de visu privilegiado da Cachu do Córrego do Galheiro, despencando dos paredões da Guarita, à leste. Em passadas curtas através das lajotas e pedregulhos de quartzito q forram a estreita trilha, ganhamos altitude através daquela encosta íngreme, pipocada de canelas-de-ema, campos rupestres e matacões de arnica. Num pequeno platozinho de pasto, marcado por uma gomeira solitária nos 1197m, fizemos uma pausa pra retomada de fôlego e alguns cliques do belo visual q se descortinou, pra depois vencer o ultimo degrau ate o alto da serra.

 

As 16hrs alcançamos os amplos e vastos descampados q predominam no alto da serra, agora na cota dos 1268m. A trilha aqui nos leva inicialmente pela beirada da serra, mas depois deriva pro interior das campinas. O passo aqui é rápido, pois qq parada é motivo pra nuvens de borrachudos se fartarem conosco, razão q nem fotos deste trecho alguém se atreveu a tirar sem ficar com pontinhos vermelhos no corpo. Mas finalmente as 16:45 damos nas margens do Córrego do Galheiro, onde um bucólico cocho divide espaço com um belo gramado ideal pra acomodar varias barracas, desde q se desvie das trocentas sujeirinhas bovinas, claro!

 

Montado acampamento, as tarefas do povo se revezam entre tomar banho no rio, remover carrapatos ou simplesmente adiantar a comilança, q por sinal nunca esteve tão saborosa. Destaque especial pra janta do André e da Cá à luz de velas e regado a vinho! Mas não tardou pra respingos começarem a cair, nos obrigando a adentrar em definitivo em nossas barracas bem antes das 19hrs. A noite intercalou chuva intermitente com fortes rajadas de vento fustigando nossas tendas. Uma leve dor-de-garganta insistia em prejudicar minha merecida noite de sono, assim como a umidade acumulada no saco-de-dormir. Levantei diversas vezes pra mudar de posição e desviar das pequenas infiltrações, mas de resto td correu bem. Enqto isso, lá fora a chuva teimava em cair, quica achando q tb fossemos anfíbios, q por sinal coaxavam aos montes a nosso redor.

 

A GUARITA, O TAMANDUÁ E A CANASTRA

Levantei por volta das 5:30 com o som da algazarra de maritacas próximas, revigorado e disposto a sair cedo. Mas aquela terça-feira amanhecera com tempo incerto, nublada e envolta em fina garoa, nos prendendo a nossos casulos por mais tempo. Só começamos a nos mexer de fato uma hora depois, qdo o tempo continuava cinzento, mas a chuva já tinha ido embora. Tomamos um farto café-da-manhã e prontamente arrumamos nossas coisas, sem tempo ate de secar barraca ou roupa molhada, o q deixou nossas cargueiras relativamente pesadas.

 

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Lançamos-nos então à trilha por volta das 8:45, tomando um caminho pro norte q não demorou a se tornar uma precária estrada de terra, e por ele seguir durante td manhã. Apos cruzar com uma simpática casinha abandonada, à direita, q antigamente servia como refugio de retirantes, nossos horizontes logo se ampliam permitindo gde visual do Vão dos Cândidos ao sopé da tb grandiosa Serra da Canastra, cujo perfil se esparrama por td extensão do horizonte. Mas logo a estrada vira p/direita, desvia de uma enorme grota e passa a percorrer indefinidamente a vasta campina q domina o topo da Guarita, numa sucessão de descampados intermináveis, sempre pra sudeste. Diferentemente do cerrado da Serra Preta, aqui domina a vegetação de savana, isto é, uma vasta extensão de campinas balançando ao sabor do vento! O visual tb merece destaque, pois temos o Vale do Babilônia à direita, ao sopé da Serra de Furnas; e o Vão dos Cândidos, alternando costelas da Serra Quebrada antes da Canastra.

 

Este trecho é bem tranqüilo, e sem gdes desníveis a pernada rende muito mais! No caminho cruzamos com cupinzeiros pipocando o pasto, uma seriema desengonçada, uma enorme aranha cruzando a estrada e varias nuvens de borrachudos. As 10:30 e com o sol ameaçando surgir, nos permitimos um breve descanso na relva dourada na cota dos 1350m, o pto mais alto da serra ate então. Beliscando e bebendo alguma coisa, apreciamos agora ao sul a "Serra dos Cofrinhos", extensão da Serra Preta, cortada por uma tal "Estrada do Céu", pela qual provavelmente retornaríamos pra Delfinópolis.

 

Retomamos a pernada em seguida, sempre no mesmo compasso anterior, ate q lentamente a vegetação q se resumia a puro pasto, começa a se complementar com pequenos arbustos e arvores solitárias, alem de algumas formações de arenito passam a ornar a beira da estrada. Não tardam a surgir tb vaquinhas pastando, q param de ruminar pra nos observar passar, curiosas, no mesmo momento em q começamos a descer suavemente a Guarita, em definitivo. Daqui temos uma bela noção de como a Guarita converge e se dilui em morros à frente do Chapadão da Babilônia, uma depressão atravessada por elevações sem rumo definido.

 

A estrada então desce suave e vira abruptamente pra esquerda, indo de encontro pros campos rupestres q compõem a Serra Quebrada; pra direita temos gdes visus dos morros e vales q constituem parte do Chapadão da Babilônia, lugar este q merece uma trip exclusiva pra ele. Contudo, antes de galgar a colina rumo o alto da Serra Quebrada, no selado de ligação esbarramos com um casebre abandonado q ostenta uma decrépita placa "Faz. Sierra Madre", ao lado de um agradável córrego onde temos mais um pit-stop pra descanso, lanche e tchibum (eu, no caso!), as 12:30. Acompanhando o córrego, o mesmo se perde em pequenos cânions e cachus pro sul, pra depois serpentear os meandros do Babilônia.

 

As 14hrs damos continuidade a pernada subindo lentamente ao alto da Serra Quebrada, onde tivemos a felicidade de observar um tamanduá vagando despreocupadamente pela encosta de capim do morrote ao lado. Pausa pra fotos e perceber o qto o bichão é enorme, mesmo à distancia. Ainda bem, pois suas garras cortam enormes cupinzeiros feito manteiga. Uma vez no alto da serra, a estrada segue pra noroeste e depois pra nordeste, cruzando com campos rupestres, afloramentos rochosos, algumas quaresmeiras e belos campos de capim estrela. Mas as 14:45, qdo a mesma começa a derivar pra direita (leste) temos nossa primeira panorâmica integral da Serra da Canastra em td sua extensão e do risco branco q corresponde à Casca D´Anta! Dali tb constatamos a possível origem do nome da serra, pois o enorme chapadão realmente se assemelha a uma canastra ou baú, embora outra versão menos poética diga q um rico fazendeiro sonegou impostos e os escondeu numa canastra no dito chapadão. Pois bem, o tempo já ameaçava abrir, mas opta por manter-se apenas naquela nebulosidade clara. Melhor assim, do contrario o sol daquele horário fritaria nossos miolos, conforme atesta o chiado estridente de um gavião.

 

Caminhando em nível durante um bom tempo pra sudeste, após cruzar com uma simpática muretinha de pedras caímos numa bifurcação relevante: seguindo reto vamos dar no Babilônia, mas como nosso destino é outro tomamos o ramo q sai pra esquerda (norte) devidamente sinalizado de "Casca D´Anta-Vão dos Cândidos". Agora sim começamos a descer bem pela estrada, q por sua vez bordeja a morraria de pasto e campos rupestres ao redor. Nosso destino é perfeitamente visível e parece inalcançável: uma pequena casinha/capelinha no alto de um morrão q antecede a Serra da Canastra! E tome chão! Após algumas porteiras, mata-burros e breves sobe-desce, cortamos caminho através de uma trilha íngreme no morro sgte, q nos poupa alguns bons quilômetros de estrada, apesar das curicacas presentes não gostarem nada de nossa intromissão em seu habitat.

 

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Uma vez no alto do mesmo e topar com nova sinalização (pro Rolador e Vão dos Cândidos), nosso rumo é obvio ate q finalmente desembocamos na tal casinha avistada, as 16:30! Esta atende por Bar-Restaurante-Pousada Mirante Natureza e nossa esperança era de q estivesse aberta a pto de bebemorármos a travessia, pois ate então já estávamos bem cansados. Ledo engano, estava fechado. Mas logo uns tiozinhos passaram num fusquinha afirmando q os donos logo estariam ali, mas não sem antes nos proporem pernoite na pousada deles, quase do lado da Casca D´Anta, lá embaixo! Apesar da proposta tentadora, esta logo foi descartada diante dos preços absurdos cobrados (R$100 a diária!) e pelo fato q ainda teríamos q andar 6km tediosos ate lá. Dessa forma resolvemos estacionar ali mesmo ate aguardar chegarem os donos. E se estes não chegassem simplesmente acamparíamos nos vários lugares disponíveis, pois ali havia água alem de dois banheiros com chuveiro a disposição. Assim, enqto uns tomavam banho os demais já adiantavam sua janta, principalmente eu e a Vivi, ao mesmo tempo em q não nos cansávamos de apreciar o belo visual q faz jus ao nome da pousada, q se situa no alto de 1260m! O espetáculo dos poucos raios solares filtrados pelas nuvens iluminando em tons alaranjados os paredões da Canastra foi um show a parte naquele fim de tarde.

 

O tempo passou e os donos só chegaram de fato por volta das 21hrs, mas não sem antes um dos funcionários (q por ali passava) já providenciar um quarto a nossa disposição, assim como alguns petiscos pra beliscar. Edmar e Simone, os donos do lugar, estavam fazendo as compras do mês em São Roque de Minas, relativamente distante dali. Pra isso haviam tido q sair ainda de madrugada pra encarar o sacolejo das poeirentas estradas da Canastra. Alem disso, ambos são ótimas fontes de informação, alem de q não perdem oportunidade pra um dedo de prosa.

 

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Devidamente instalados naquele local acolhedor q guarda um charme e rusticidade tipicamente mineira, nos reservamos a simplesmente curtir o inicio de noite com muita conversa fiada regada a muita cerveja, pinga caseira e generosas porções de queijo canastra! Espiando pela janela podíamos ver o tempo abrindo esplendorosamente, com as nuvens se dispersando no firmamento dando lugar a um negrume salpicado de estrelas e um luar inspirador banhando td extensão serrana, contrastando com as luzes cintilantes de São Jose do Barreiro, à leste. E assim as 21:30, vencidos tanto pelo cansaço como pelo álcool, nos dirigimos a nossos aposentos pro dia sgte visitar o cartão postal da região com tempo favorável. E se a noite anterior foi embalada a dor de garganta, esta aqui foi na base de espirro e tosse q por pouco não expulsaram meu cérebro junto durante as maiores crises!

 

A CACHU E O PERRENGUE OFF-ROAD

Contrariando nossas previsões mais otimistas chovera forte a noite inteira, e pela manhã continuava do mesmo jeito. Levantei desanimado ao me deparar com o tempo lá fora encobrindo td, sem permitir visu algum da enorme serra a nossa frente. Diante disso, levantamos sem pressa apenas pra passar o tempo jogando sinuca e aguardar o farto café q nos foi servido. E tds as calorias gastas na travessia foram certamente recuperadas apenas nesse desjejum, nos quais não faltou leite fresco, bróa, bolo, queijos, pão-de-queijo, etc!

 

A chuva começou a dar trégua depois das 9hrs, no mesmo instante em q a Erica chegou dirigindo a Troller pro nosso resgate. Mas conversa vai e conversa vem, toma mais um "cafezim" aqui e "queijim" ali, só embarcamos no veiculo hora e meia depois rumo a Cachu Casca D´Anta, já dentro dos limites do Pque Nac. Serra da Canastra.

 

Pé-na-estrada novamente, desta vez motorizados, sacolejamos os 6kms morro abaixo com cautela devido ao péssimo estado da estrada, q com chuva fica pior ainda. Nestas bandas um 4x4 até q vem a calhar! Uma vez no fundo do vale, bastou atravessar uma simpática e rústica ponte de toras, onde uma placa do parque já nos dava boas-vindas, e após subir uma curta e lamacenta piramba em meio a um samambaial, chegamos na entrada do mesmo, as 11hrs.

 

Na portaria, após pagar uma taxa e assinar um livro de controle do Ibama, fomos informados q agora o acesso à parte alta do parque (mediante trilha) é feito obrigatoriamente com guia! Lembro de ter feito a trilha mto tempo atrás e q ela não demandava mta dificuldade e mto menos de q me "levassem pela mão". Porem, com recente mudança de administração do pque essa medida (estúpida e desnecessária) havia sido recém instaurada, nos obrigou a abrir mão desse passeio, ate pq não havia nenhum guia disponível no momento e nosso tempo era enxuto pra aguardar vir algum de São Roque! Parabéns à nova gestão por nivelar os turistas por baixo! Meio desapontados com tal medida, procuramos tirar proveito ao máximo do único passeio q tínhamos disponível: a parte de baixo da Casca D´Anta. E lá fomos nós! Pra ajudar, o tempo melhorava cada vez mais e já ameaçava emergir um belo sol através das frestas das nuvens, ainda perambulando acima.

 

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O percurso à cachu não dá menos de 2km e parte descendo a estrada da portaria ate uma área de quiosques reservada aos visitantes. Daqui tb inicia a trilha para a parte alta, a qual ficamos tentados em subir, e q não demora nem 2hrs ate os poços e piscinões q são a atração principal, pelo q vagamente me recordo. Mas o principal é q daqui já se tem um primeiro vislumbre da cachu, imponente e altiva, despencando dos paredões serranos a nossa frente. Pois bem, a trilha mergulha numa florestinha de encosta, por sua vez bordejando um rio q marulha bem a nosso lado.

 

E não demora a cairmos no 1º mirante da dita cuja, onde a mata parece emoldurar o belo espetáculo q se descortina a nossa frente. No entanto, nos apressamos em chegar o mais próximo possível da mesma, no 2º e ultimo mirante, pois somente assim tem-se uma idéia da grandiosidade e de td q se fala a respeito da cachu. A medida q avançamos o rugido da queda d´água aumenta consideravelmente, e após descer um tanto emergimos da mata bem próximo das margens do rio e do poção, onde somos fustigados constantemente pelos respingos e borrifos constantes da água despejada pela grandiosa queda. E finalmente ali esta ela bem na nossa frente, téte a téte.

 

A Casca D´Anta não é uma cachu qq. Ela é resultado dos primeiros suspiros do Velho Chico, q nasce perto dali, na parte alta do parque. Já havia estado aqui a mais de uma década atrás, mas ainda assim não pude deixar de me maravilhar com o espetáculo q a cachu reserva a quem a visita. Estava tão pasmado com a imponência da cachu qto o naturalista Auguste Saint Hillaire, q ha dois séculos atrás percorreu estas bandas, q as impressões desta ocasião não deviam em nada àquelas q tivera na primeira vez q aqui estivera. Enfim, um majestoso véu d água escorrendo de um paredão esmeralda a quase 200m de altura, pra finalmente repousar numa generosa piscina natural de quase 30m de diâmetro! A formação rochosa do paredão faz com q a água caia em diversos filetes q vão se abrindo conformem se aproximam do poção. A cachu faz a alegria de trocentas andorinhas que vão e vem, sendo efemeramente siluetadas pelo véu alvo despencando. O borrifo de água é constante e não demora a ficarmos bem ensopados, embora anorakes não resolvessem muita coisa.

 

Após varias fotos, muita admiração e ainda nada satisfeitos, começamos a desescalaminhar cuidadosamente pedras lisas feito sabão rumo as margens do poção, o q não nos tomou nem 5 minutos. Próximo de uma lacônica placa proibindo o banho, alem de indicar q o poço tem quase 30m de profundidade (!), estar já naquela beirada do poço já valia a pena. No entanto, o André e o Paulo encararam um tchibum no piscinão gelado.

 

Voltamos a portaria do parque extremamente satisfeitos e tomamos rumo à pousada do Edmar e da Simone, onde chegamos as 13:47, a pto de garfar o delicioso almoço q já havíamos deixado encomendado. Antes, porem, nos vimos degustando uma bem-vinda entrada regada a brejas e porções de queijo e torresmo crocante pra "engraxar as juntas". Dessa forma, o turismo gastronômico mineiro é totalmente contra-indicado pra quem deseja perder peso, pois aqui isso é bem difícil. Na seqüência arrumamos nossas coisas, acertamos os custos da estadia, nos despedimos do simpático casal e ate do Paulo. Paulo? Sim. Pro retorno o carro apenas comportava 5 pessoas, daí o Paulo se prontificou a retornar por conta, de carona ou pé. Mas ate q ele não reclamou nadicas, tendo em vista q ficou o restante da tarde bebericando da "marvada" com o Edmar.

 

Zarpamos de fato as 16hrs, tomando a estrada rumo a Babilônia, dando as costas pra Canastra. Atravessamos o chapadão da "Estrada do Carvão", localizado nos descampados da serra homônima, onde os afloramentos rochosos são predominantemente enegrecidos por algum minério. No caminho muitas porteiras nos forçam a parar diversas vezes, mas q são a deixa pra clicar os detalhes naturebas desse trajeto motorizado q tb guardam seu charme, como os espigões sulcados de lajes claras da Serra Branca ou os fundos e verdejantes vales transversais da Serra da Matinha. Como tb os detalhes sociais e das poucas pessoas q vivem isoladas neste fim de mundo, como uma tal "casa de oração" e uma simpática casa com telhado feito de lajotas!!

 

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O tempo foi passando e o sacolejo constante nos mantêm plenamente acordados, embora o sono nos surpreenda vez ou outra. A estrada alterna areão, terra, pedra e cascalho, tornando a viagem um chacoalho só q deixa moído corpos desacostumados. Em alguns trechos o veiculo sacode violentamente e não raramente meto o chifre na lataria do mesmo. Após uma bifurcação, ignoramos a entrada pra "Serra do Rolador" e seguimos em frente, rumo a "Estrada do Céu", mais rápida. Entretanto, foi ai q o céu se cobriu de medonhas nuvens negras, q não demos atenção. Mas após mergulhar sinuosamente num vale florestado e cruzar um rio pra em seguida bordejar nova morraria, é q o mundo desabou na forma de muita água! Foi ai q nosso motorista redobrou sua atenção pq daqui em diante a estrada se transformava num lamaçal só!

 

Dito e feito. Numa aparente e inofensiva subida a estrada estava coberta de um barreiro imenso, q por sua vez fez o veiculo patinar sem sair do lugar! Resolvemos sair pra ver se a redução de peso ajudava em algo. Nada. Acionadas tds as teclas de tração e o carro cismava em não sair do lugar, emburrado! Daí então decidimos retornar um pouco de modo a ganhar velocidade e subir a tal piramba lamacenta. Contudo, pra isto o André precisou dar ré num terreno pra lá de duvidoso, no exato momento em q a chuva redobrou sua força e nos deixou ensopados num piscar de olhos! O carro foi retrocedendo lentamente naquele mar de lama mas resolveu encalhar a quase dois palmos de uma valeta, q aumentava de tamanho conforme a água barrenta escorria por ela em quantidades de dar inveja à Casca Dánta!

 

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"Putaqueopariu! Fudeu!", pensei. Ai não deu outra, tds nos empenhamos a fazer o possível pra tirar o veiculo dali o qto antes pq se ele caísse na valeta ai sim q não sairíamos mesmo naquela tarde. A Vivi pegou pedras, a Erica arrumou tufos de capim, a Cá descolava gravetos e eu buscava juntar td isso ao redor das rodas q deslizavam, alem de rezar pra td dar certo! O carro gingou e patinou ainda mais um pouco em direção da valeta! Puts! Ate lá já chafurdávamos na lama tal qual suínos e o carro continuava atravessado na estrada com a dianteira virada pra valeta, daí tentamos limpar as rodas com gravetos, lavá-las com água enlameada, empurrar a dianteira, etc. Nada. Foi ai q alguém teve a bendita idéia de "rebocar" o veiculo com as cordinhas do bagageiro "na unha". Amarramos as ditas cujas na traseira e lá só dava a gente puxando com força, em meio aquele temporal, ao mesmo tempo q o André acelerava de ré na sua derradeira tentativa de remover o veiculo daquele encalhe. E eis q o bicho retrocedeu! Urramos de alegria e repetimos o processo, ate q finalmente a valente Troller livrou-se de seus grilhões de areia lamacenta!

 

Sem perder tempo, embarcamos no carro emporcalhando td seu interior e zarpamos pra longe daquela estrada infernal. Voltamos então ate a ultima bifurcação e decidimos retornar pelo Rolador. Ensopados e tiritando de frio, observamos pela janela o tempo subitamente melhorar qdo a noite caiu, mas ainda assim a estrada mostrava alguns trechos q demandaram cautela e alguma ginga do nosso intrépido motorista. Assim, ganhamos a Serra da Calçada, o Vão da Babilônia, ignoramos a entrada pra Cachu Quilombo e depois a q nos levaria pro Vale do Céu, ate finalmente dar no vilarejo de Ponte Alta, as 19:30, onde trocamos de roupa. Chegamos em Delfinópolis somente uma hora depois, após passar pelo vilarejo de Olhos D´água.

 

Em virtude do horário avançado, tivemos q pernoitar mais uma vez na pousada da Regina, mas não sem antes mandar ver um rango no único restaurante aberto na cidade. Banho tomado, o restante da noite foi embalado a muito vinho! Só assim pra relembrar e rir do perrengue de horas antes. Pra variar, choveu durante td madrugada.

 

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O dia sgte zarpamos de Delfinópolis por volta das 10hrs, após um farto café-da-manhã. O bom tempo e a luminosidade favorável permitiram boas fotos da travessia de balsa da Represa dos Peixoto. Dali despedimo-nos da serra, cuja crista encontrava-se imersa num negrume só, q contrastava com o tom esmeralda das águas da represa. Chegamos em Ribeirão Preto as 13hrs, onde nos despedimos do simpático casal André & Cá, com promessas de próximos perreng.. ops, travessias pela frente! Pegamos o bus pra Terra da Garoa meia hora depois, viagem esta embalada nos braços de Morpheus, não fosse o tradicional transito de final de dia nas Marginais. Saltamos na rodoviária somente as 18:30, já pronto pra encarar mais transito pra chegar em casa. Enfim, tem q ter muito saco e paciência de Jó pra viver na paulicéia desvairada, mas feliz por termos estado mesmo q brevemente num local q atende pelo nome de Canastra.

 

Se a dois séculos atrás a Serra da Canastra encantou o naturalista Auguste Saint Hillaire, imagine então os rincões q lhe passaram desapercebidos ou q nem sequer sonhou em percorrer. Pois a enorme e vasta Canastra é um daqueles lugares impossíveis de conhecer plena e integralmente numa, duas ou três visitas prolongadas! Seus campos, vales e rios se estendem por muitos quilômetros em tds as direções e sua geografia favorece longas travessias (de carro ou a pé) de cristas, de fácil orientação e muitas vistas cênicas, embaixo de um céu q a altura torna imenso. E o melhor, longe das restrições e limites do Pq Nacional homônimo. Nesse contexto td, a Delfinópolis-Casca D´Anta é somente uma das inúmeras possibilidades de caminhadas desta região privilegiada de MG. Cabe agora à sua determinação, disponibilidade e criatividade explorar as demais.

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  • 1 mês depois...
  • Colaboradores

Jorge, como sempre seus relatos são ótimos. Parabéns pelo relato e pela trip!

 

comentários:

1 - que azar pela chuva, pelos marimbondos e por não ter conseguido ir pela estrada do Céu! esse caminho é, na minha opinião, o mais bonito da região.

2 - a "Serra dos Cofrinhos", a que voce se referiu, provavelmente é a Serra da Bateia. É essa mesma?

3 - O Edmar, Simone e a filha deles, são ótimas pessoas, Ja me hospedei la umas 4 vezes... muito "hospicioso"...

 

dúvidas:

como voces conseguiram o esquema do Resgate? voces ja conheciam a pessoa que resgatou voces lá no Morro do Carvão?

essa pessoa costuma fazer isso? onde ela mora? voce tem o telefone, ou outra forma de contacta-la?

quanto ela cobrou?

 

bom, pra finalizar, eu to preparando ha 1 ano uma travessia saindo de Sao Roque e chegando a Delfinópolis, agora só ta faltando tempo pra colocar em prática. O esquema do Guia pra descer a Casca D´anta também ta melando minha trip.

Eu ja tenho um trajeto "pré mapeado" mas, seria possível voce me enviar o track log que voces fizeram para eu comparar com o meu? marcelomoraisfilho@yahoo.com.br Eu agradeço

 

mais uma vez parabéns! Abraços, Marcelo

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  • 3 meses depois...
  • Colaboradores
Fala Jorge, parabéns pela trip, muito bacana.

Marcelo, essa sua travessia ainda tá de pé?

 

e ai Lico, a travessia ta de pé sim, só não vou fazer agora no carnaval porque vou manguaçar com uns velhos amigos em Angra..

mas to disposto a ir em qualquer fim de semana. Acho que 3 dias são suficientes.

vamos nos falando! Abraço

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  • 4 meses depois...
  • Membros

Dei uma volta por aqueles lados em abril agora e de fato a região tem visita obrigatória!

 

Não cheguei a ir até a Cachu d'anta...mas dps de ler o seu relato, confesso que fiquei com vontade de fazer o mesmo trecho. Só queria algumas maiores informações quanto ao seu "resgate". Da cachu d'anta, tem como eu pagar só a volta desse trecho até delfinópolis? Ou vale apena fazer só a ida e eu faria o percurso contrário do seu? O que indica?

 

Qdo montou acampamento, pegou mto frio? Ventava bastante?

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  • 5 anos depois...
  • Membros

Estamos pensando em fazer este caminho no feriado de Pascoa. Alguém fez nos ultimos anos (ou ainda melhor meses)? Alguma coisa mudou? Há tracklog? A descrição acima faz pensar que é tranquilo, mas estando lá, as coisas sempre são diferentes, e sendo só 3 dias não temos muito tempo para nos perder e ainda chegar no trabalho na segunda :lol:

 

O outro assunto é como sair: não apatece muito andar até São Roque para pegar taxi de volta até o carro. Tem jeito de voltar desde a cachoeira para Delfinopolis sem ter Troller e motorista? Aceito que taxi pode sair caro, mas enquanto não é absurdo, podemos pensar.

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  • Colaboradores

pra voltar da casca D'anta para Delfinópolis, tem 3 opções:

 

1) Combinar um resgate com alguém em Delfinópolis.. não conheço ninguém, mas não deve ser difícil.

2) Conseguir uma carona (C D'anta-Delfin direto). Nos feriados prolongados sempre tem muita gente fazendo esse trajeto, mas eu não confiaria tanto assim na carona.

3) pegar uma carona da Casca Danta pra Vargem Bonita.

de Vargem bonita, uma carona ou onibus para Piumhi

de Piumhi, um bus ou carona para Passos.

de passos um bus ou carona para Delfinópolis.

 

me manda uma mensagem com seu e-mail que eu te passo os mapas

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