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Chile, Bolívia e Peru: Diário de uma carioca


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Prometi que faria um relato da viagem e aqui estou eu.

 

Minha saga começou dia 31/03 num vôo RJ-SP-Santiago. Quando chegamos em SP, houve um problema com a aeronave (segundo a Varig) e acabei só viajando no dia seguinte. Minhas férias começaram com um pernoite em Sampa.

 

01/04: Cheguei em Santiago por volta de 12:30. Eu havia contratado um transfer do aeroporto até o albergue, mas isso era pra ter sido no dia anterior. No avião conheci uma brasileira e acabamos dividindo o táxi: $10 mil pesos chilenos (5.000 p/ cada). Saiu um pouco mais barato, o albergue havia me cobrado 8 mil.

 

Fiquei hospedada no Che Lagarto (Tucapel Jimenez, 24 - em frente ao terminal Rodoviários Los Heroes , tel 56 (2) 699-1493). Diária a UD$10,00 ou 7.500,00 pesos. Inclui café da manhã, acho que foi o melhor de toda a viagem.

 

Pagando em pesos sai um pouco mais caro pq o pagamento do imposto IVA é obrigatório, o que não acontece quando um turista paga em dólares. O imposto custa 19%.

 

O hostel é uma gracinha, um clima de confraternização. Muito bem localizado, é possível ir a todos os pontos turísticos caminhando. Pelo menos pra quem não se incomoda de andar.

 

A cotação estava variando bastante, mas no geral 1 dólar =580 pesos.

 

O tempo estava ótimo, dias claros, com muito sol. Durante o dia uma camiseta era mais do que suficiente, mas o final da tarde já pedia um casaco.

 

Comer na capital chilena é um verdadeiro prazer, principalmente se você é louco por peixe e frutos do mar. Não deixe de ir ao Mercado Central. Um grande mercado com várias barracas de pescado e frutas, e também muitos restaurantes.

 

No miolo do mercado você vai encontrar o restaurante Donde Augusto, o mais conceituado e mais caro. Um prato de salmão custa em média 7.500,00 pesos. Com uma entrada e vinho, não espere gastar menos que 15.000/ pessoa. Mas vale a pena!

 

Você também pode almoçar em um dos restaurantes mais simples que têm ao redor. Fui ao Mares do Chile e não me decepcionei. De entrada uma salada de frutos do mar, depois a melhor sopa de mariscos da minha vida, e uma garrafinha pequena de vinho. Total: 7.000 pesos.

 

É fácil comer bem por algo em torno de 2.500 pesos,pelo menos nos arredores do Centro da cidade. Há varios restaurantes onde eles colocam amostras dos pratos num tipo de vitrine. Recomendo o Nurya que fica na passeio Ahumada.

 

Dos pontos turísticos, o que mais gostei foi o Cerro San Cristóbal. Neste Cerro fica um imenso parque. O zoológico tbm fica ali. Além disso, existem duas piscinas públicas que devem ser ótimas no calor. O parque possui várias entradas, a mais comum para os turistas é pela calle Pio Nono. Dali basta pegar o funicular(um tipo de bondinho, que nos leva até p topo. Neste topo fica uma grande estátua branca que se pode avistar em algumas partes da cidade. Há ainda um teleférico ( muito legal) que leva de um lado a outro do Cerro. Passagem do funicular + teleférico = 2.300,00 pesos.

 

A Plaze de Armas é um passeio por si só. Vários museus a sua volta, a belíssima Catedral e também o único moai fora da Ilha de Páscoa.

 

Vida noturna: como toda cidade grande, não faltam opções.

Amo dançar e sou fã de salsa. As três noites que fiquei em Santiago fui ao mesmo lugar: Maestra Vida. Ambiente muito bom, quase não tem turistas, e as pessoas realmente te chamam pra dançar! Fica no final da Calle Pio Nono, ingresso a 2.500,00 pesos.

 

Na Rua Suécia também há muitos bares e casas noturnas. Bom pra quem está um pouco mais afastado do Centro. De qualquer forma, ´táxi não é caro. Dificilmente você pagará mais que 2.000,00 pesos pra ir a algum local.

 

Fiquei de sexta a segunda à noite em Santiago. Foi tempo suficiente pra ter uma ótima idéia do clima da cidade.

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Rumo ao Sul do Chile.

 

Saí do albergue, atravessei a rua e lá estava eu na rodoviária. Bom, né? rs

 

Saí de Santiago para Puerto Varas com a viação Cruz del Sur. Paguei 18 mil pesos na classe salon-cama, o equivalente ao executivo. São 12h de viagem, mas não é tão ruim.

 

Acabei conhecendo um casal de brasileiros que estavam hospedados no mesmo albergue, eles me disseram que tbm foram de Cruz del Sur, mas no ônibus comum e pagaram apenas 8.000 pesos. Segundo eles, dava pra encarar a viagem numa boa.

 

O que dizer da cidade? Simplesmente encantadora!! A cidade toda parece uma casinha de boneca, muito bem cuidada, colorida...

 

Fiquei na Hospedaje Casa Magouya (ex Colores del Sur). O albergue foi todo reformado, está brilhando de tão novo.

 

Fiquei num quarto com 3 camas, mas eu estava sozinha.Ahhh, o quarto tinha uma linda vista para o Lago.

Diária a 7.500,00 pesos. Nao é exatamente barato, mas gostei muito. Quem cuida do lugar é a Karin, super gente boa. Pros rapazes ainda tem uma vantagem: ela é lindinha e não tinha namorado..rs. O dono do hostel é um francês: Nicol. Batemos altos papos sentados à mesa do jantar.

 

Cozinha liberada para preparar o rango, café da manhã incluído.

 

Fui a Puerto Varas apenas com a intenção de ir aos Saltos de Petrohue. O passeio até lá custou 7.500 pesos numa agência que tem ali perto, logo virando a esquina.

 

Os Saltos são maravilhosos, mesmo nessa época de seca quando o volume de água está muito abaixo do normal. Não, você não verá quedas d'água, mas o azul das águas já compensa.

 

De Puerto Varas também saem os pacotes de escalada para o Vulcão Osorno. Não sei quanto custa, mas o tempo não estava bom para escaladas no único dia em que fiquei por lá.

 

No dia seguinte fiz uma passeio ultra rápido por Frutillar. A cidade também é um encanto, gostaria de ter tido mais tempo pra curtir. Já Puerto Octay, que feia! Não se incomode se o tempo estiver apertado, siga em frente sem dó.

 

15h da tarde de quarta: pego meu ônibus para Pucon. $5.600,00 pela Buses Jac. A empresa é bem ruinzinha. Foram 06 horas até lá, mas fui conversando com umas suiças e passou bem rapidinho.

 

Cheguei em Pucon, o tempo estava horrível, chovia muitooooo! Depois descobri que chuvas saõ frequentes nessa época, principalmente no Sul do Chile.

 

Vesti minha capa de chuva e lá fui eu correr atrás de um lugar pra ficar. Acabei ficando na Hospedaje Mayra, já conhecida aqui do pessoal do Mochileiros.

 

Meu quarto era horroroso! Fiquei bastante mal impressionada, mas pelo menos eu estava sozinha. Pensei em mudar pra outro lugar, mas chovia tanto. Para minha sorte, tudo não passou de uma má impressão. O lugar é aconchegante, estava cheio de gente jovem, fiz muitas amizades.

 

À propósito, meu quarto era o número 01, bem ao lado da cozinha e meio barulhento. Depois me puseram no quarto 03, uma gracinha. Papel de parede, poltrona, e somente duas camas. Esqueci de falar sobre o preço. $5.000,00, sem café da manhã. Acho que ela foi com a minha cara, só me cobrou 4 mil.

 

O banheiro era coletivo, como em todos os lugares em que fiquei no Chile. Ter seu próprio banheiro custa uma fortuna!!!

 

O que eu fiz por lá? De tudo e mais um pouco.

 

Rafting, trekking, escalada no Villarica, bicicleta. Não falta coisa pra fazer na cidade, mas quase tudo custa um (bom) dinheiro.

 

A atração mais comentada é escalar o vulcão. Minha experiência foi cheia de conflitos. Foi uma das melhores e piores coisas que fiz na minha vida. O frio é absurdo, mesmo vestindo casacos e roupa apropriada. Dica: leve um gorro para montanha, daqueles que cobrem todo o rosto.

 

Quando chegamos à cratera não dava pra ver muita coisa, há tempos não saía tanta fumaça. Escalei no sábado, depois fiquei fiquei sabendo que ele entrou em atividade na segunda. Acho que deve ter algo a ver...risos! Preço da brincadeira: 30.000 com a Trancura, mas não recomendo. As outras agências melhores cobram entre 35 e 40 mil.

 

O que mais gostei foi o rafting. Muitooooooooo irado! Também fiz com a Trancura, mas foi ótimo! 16.000 pesos. Nosso guia foi o Aldo, que tentava a todo custo me derrubar. Pra quem gosta de aventura, imperdível!

 

Aqui no site todos dizem que 05 dias é o mínimo pra ficar em Pucon. Não concordo. A cidade em si não tem grandes atrações. Ou você gasta um dinheiro fechando passeios, ou vai ficar sem ter muito o que fazer.

 

Fiquei 3 dias e uma noite por lá e achei mais do que suficiente.

 

Saindo de Pucon,começa minha viagem até San Pedro do Atacama. Com direito a uma parada em Santiago, aguardando o ônibus que me levaria ao norte do país.

 

Continua mais tarde, ok?

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Deixei Pucon as 21h de sábado. Cheguei em Santiago por volta das 07:30h da manhã. O café da manhã foi dentro do próprio ônibus, incluso na passagem.

 

Boa notícia: o ônibus direto para San Pedro só sairia na segunda. Acabei optando por pegar um busão até Calama, e de lá pegar outro até SP.

 

Comprei minha passagem para às 14:00h pela TurBus. 30.300 pesos, bus-cama, o equivalente ao leito.

 

Assim sendo, ainda me restavam 06h até a partida para San Pedro. Peguei o metrô que fica dentro da estação de ônibus (Universidad do Chile) e fui até a estação U.L.A, bem em frente ao Passeio Ahumada.

 

Aos domingos funciona uma feira de artesanato naqueles arredores. Andei, vi mil coisas, mas não comprei nada.

 

Fui almoçar mais uma vez no Mercado central. Aquilo é uma tentação!!! Comprei alguns mani ao aji (amendoim com um tipo de pimenta vermelha).

Aliás, o AJI é um molho que você vai encontrar em tudo quanto é lugar. É bem picante, e típico do Chile. Acabei trazendo dois frascos na minha bagagem.

 

Quase 14:00h e corro pra rodoviária. A passagem de metrô custa 320 pesos. Tudo muito limpo, rápido e eficiente.

 

Meio dia de segunda: finalmente chego a Calama. O próximo bus para San Pedro sairia somente às 14:30h. Fiquei ali mesmo pela garagem da TurBus, esperando o bendito ônibus. Pelo menos era baratinho: 1.200,00 pesos.

 

17h de segunda-feira: San Pedro do Atacama!!! Nem acredito! Em pensar que deixei Pucon às 21h de sábado!

 

Chegando lá, tinha um monte de gente oferecendo hospedagem. Acabei acompanhando um cara até um lugar que era uma verdadeira espelunca. Agradeci, mas claro que não fiquei por lá.

 

Hostel Sonchek: foi nesse hostel lindinho que me hospedei. Diária a 5.000,00 pesos, sem café da manhã, banho compartido, mas com direito a usar a cozinha. Os banheiros eram imensos, e água quente 24h. Esse também foi o único hostel em que não havia acesso gratuito a internet.

 

Existe um albergue da HI por lá, diária a 7.500,00 pesos, café da manhã e net. Parecia ser legal, mas não entrei pra conferir.

 

Mal pisei na cidade e fui logo fechar meus pacotes. Contratei com a Cosmo Andino, dizem ser a melhor. O diferencial é que os guias são mais bem preparados, e costumam ficar mais tempo nos locais.

 

No Chile eles não são muito chegados a dar descontos. Pedi em todos os lugares, e nada! Mas na Cosmo foi diferente. Dei uma chorada dizendo que eu era uma "hermana sul americana", e os 3 passeios que custavam 45.000 acabaram saindo por 40.

 

San Pedro é ma-ra-vi-lho-sa!!!! Foi minha cidade preferida. Logo quando a gente chega é uma sensação meio estranha. Tudo marrom, muito árido, mas logo você percebe que esse é o grande charme dessa cidade no meio do deserto.

 

Falando em charme: eles têm vários barzinhos mega fofos! Luz de velas, fogueiras no meio do salão, música bacana. E nem é tão caro assim. 5.000 dá pra jantar e tomar uns gorós básicos.

 

Outra coisa impressionante: NUNCA vi um céu tão lindo. Tanto de dia quanto de noite. Tem um francês que faz um Tour Astronômico, que infelizmente eu não pude fazer. Tava muito podre de cansada, mas deve ser indescritível.

 

A única coisa que não achei nada demais foram os Geysers de El Tatio. Sei lá, eu esperava muito mais. Acordar às 04:00h, um frio do cão e chegar lá pra ver aquilo??? Fiquei decepcionada. Mas o guia me disse que quanto mais frio, mais bonito eles ficam. Nesse dia estava apenas 3 graus negativos.Pouca coisa, né? Depois rolava um passeio numas águas termais. Maior enganação: a água até era quentinha, mas e pra sair dali depois? Tá louco!!!

 

Valle de la Luna: LINDOOOOOO!!! Pense num lugar muito lindo! Pensou? É lá! Tem um astral, uma energia, me arrepio só de lembrar. Nossa guia foi a Marcela, excepcional! Ela sacava muito de geologia.

 

Durante o tour pelo Valle é possível escutar uns barulhinhos ao final da tarde. Sabe o que é? É o som do sal se cristalizando!

À medida que a temperatura no deserto vai caindo, as moléculas de sal vão se contraindo e produzem esse som. Energia pura!

 

Internet: a melhor conexão e computadores são na Entel, logo ali na praça em frente à igreja. E não é nada caro.

 

Outro ponto alto da viagem: Tour entre San Pedro e o Salar de Uyuni. Proibido não fazer !! Não tem nem o que discutir!

 

Contratei o tour com a Colque Tours. U$65,00. Baratíssimo!!!! São 3 dias de tour, com direito a café, almoço, jantar e hospedagem.

 

Fiquei em San Pedro por 4 dias. Foi pouco, muito pouco. Eu poderia ficar uma semana sem nem sentir o tempo passar.

 

Continua...

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Daniela, gostei das dicas, é bom sabermos o que podemos encontrar;saber de antemão o que evitar e o que fazer, é uma ajuda preciosa; evita varios dissabores.

 

 

O Deserto de Atacama é uma obra prima da natureza! Nunca lá estive mas só de ver imagens em revistas e na televisao, dá para perceber que é algo de indescritivel, algo de poderoso que nos atrai, liberta uma energia incrivel! e so de pensar que tem locais onde NUNCA choveu!!!! é um local único! [8D]

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Daniela, eu fui para o Atacama em março, além de outros lugares próximos.

 

É realmente um lugar MARAVILHOSO e a Cosmo Andino é a empresa mais recomendada mesmo.

 

Mas, na travessia do deserto de Uyuni, tive vários problemas com a empresa COLQUE TOURS.

 

Por sorte levei muita água mineral (tinha de usá-la até pra escovar os dentes, pois não havia água corrente). E o carro da empresa quebrou três vezes no deserto.id="Verdana">id="size2">

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Dete, eu tava com uma baita preguiça de escrever o relato, mas não seria justo com todos daqui que me ajudaram tanto. Acabei deixando vários detalhes de fora, senão seria complicado.

 

Pedro, o Atacama é mágico. Assim que vc puder, não deixe de ir.

 

Gabriela, que pena que vc teve problemas. Não tenho uma vírgula pra reclamar sobre a Colque. Coisas da vida, né?

 

Aiiii que preguiça,mas voltei pra continuar a saga.

 

SALAR DE UYUNI:

 

São três dias de tour. Saímos da frente da agência em San Pedro às 08:00h. Uma parada para assinar os papéis de saída do Chile, e meia hora depois já estávamos na fronteira com a Bolívia.

 

Logo na fronteira fica a Laguna Verde. Muito bonita. São os ventos que fazem a lagoa ter aquela cor, pelo menos foi o que disse nossa guia Silvéria.

 

O passeio não foi feito num desses jeeps 4x4.Em geral são 6 pessoas num jeep + motorista e guia.

 

Éramos uma grupo de 13 pessoas,e nosso tour foi feito num ônibus bem confortável. Cheioooooo de espaço pra sentar e esticar as pernas. Eu podia sentir a inveja no olhar comprido das outras pessoas,hahaha!

 

Já no início do tour muita gente começou a sentir os males da altitude: basicamente dor de cabeça, enjôo e falta de ar.

 

Por volta das 14h paramos em frente à Lagoa Colorada. Ali fica o alojamento. Existem dois, um ao lado do outro. Ficamos no pior deles.

 

Os dormitórios não eram tão ruins, mas os banheiros... Pra começar, lógico que não tinha chuveiro. Nem água na pia.

 

Dica: ajuda muito se vc tiver um saco de dormir. Faz muitooooooooo frio durante a madrugada. Mas caso vc não tenha, basta roubar os cobertores dos quartos ao lado..rs

 

Almoçamos por ali, e a comida estava muito melhor do que havia imaginado. De entrada, uma sopa de macarrão, legumes e frango. Depois tivemos arroz fresquinho, salada de tomate, pepino e cebola, e atum enlatado para comer. Tinha até Coca-cola!

 

A Lagoa Colorada seria o melhor lugar para observação das espécies de flamingo. Pra ser sincera, naquele dia eles estavam tímidos. Não vi muitos, nem de muito perto.

 

Segundo dia, deixamos o alojamento após o café da manhã. Várias paisagens interessantes no meio do nada, é o Deserto de Pedra.

 

O almoço num vilarejo, uma espécie de ponto de apoio para o tour. A comida tbm estava muito boa. Ficamos conversando e brincando com 3 meninhas fofas que moravam no lugar. Elas não estavam estudando. Por alguma razão, a única professora da escola tinha ido embora.

 

Fim da tarde chegamos ao novo alojamento. Parecia até um hotel de luxo, comparado ao anterior,é claro.

 

O alojamento pertence à Colque. É bem bonitinho. Todos os quartos têm banheiro, e água quente! Pena que eles apaguem as luzes às 22h.

 

Sequestramos o violão de um dos funcionários e fizemos uma noite regada à música ,cerveja Pacena, velas e gargalhadas.

 

Terceiro e último dia de tour: finalmente vamos ver o Salar propriamente dito.

 

MA-RA-VI-LHO-SO !!!!! Só isso que tenho pra dizer. É gigante, todo branquinho, parece neve.

 

Tivemos sorte, havia chovido uma noite antes e assim a experiência fica ainda mais emocionante. A água sobre o sal forma um imenso espelho natural. O céu, as montanhas, vulcões, tudo refletido nesse espelho!

 

Andamos mais um pouco, e pausa para visitar um dos hotéis de Sal. Na entrada tinha uma placa avisando que era preciso comprar alguma coisa pra poder fotografar. Comprei um pacote de MM´s por absurdos 9 bolivianos.

 

Logo depois fomos até a Ilha del Pescado: lá ficam os tais cactus gigantes. Alguns têm mais de 10 metros e mais de 1.000 anos. Impressionante, e com uma vista fenomenal do salar.

 

Deixamos a Ilha em direção à cidade de Uyuni. O almoço desse dia tbm estava incluso. Almoçamos na hotel da Colque.

 

A guia havia nos alertado que a viagem de ônibus até Oruro era feita em estradas ruins e ônibus piores ainda. Diante desse fato, resolvemos pegar o trem, que só saia à meia noite!!!

 

Cansados e sem ter o que fazer (a cidade é muito sem graça), fomos todos caçar um hotel pra descansar e tomar banho.

 

É possível encontrar espeluncas por 20 bolivianos, num quarto com banheiro coletivo.

 

Como sou chata e meio fresca, acabei ficando num hotel melhorzinho, quase em frente à estação de trens.

 

70 bolivianos por um quarto duplo, banheiro compartido. E não interessa que só iria passar 08h no quarto, nada de desconto na diária. Em Uyuni é assim e ponto final. O nome do hotel era Julia.

 

Jantamos no restaurante Kactus. Saiam correndo!!! A comida é péssima! Lá tive o prazer de tomar o que considero a pior sopa de toda a minha vida.

 

Vejam que coisa inteligente: o trem sai às 24h, mas eles só começam a vender os bilhetes uma hora antes. Resuiltado? Fila kilométrica de mochileiros e suas bagagens.

 

Duas empresas fazem o trajeto, mas em dias alternados. Fomos com a Expresso del Sur, a passagem no ejecutivo custava 81,00 bolivianos.

 

No dia seguinte por volta das 08h chegamos à Oururo.

 

Táxi até o terminal rodoviário: 3 bs.

 

Passagem Oruro-La Paz (03h): 15bs pela empresa 06 de Agosto.

 

O ônibus nem era tão ruim, tinha até televisão!

Nenhum deles têm banheiro, não importa se a viagem dure 01, 06 ou 24h.

 

Continua...

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Ella voltou... a Dani !!!

 

Oi Dani, tudo bem ? Valeu pelo teu relato, além de vc mandar muito bem na "pre-trip" ainda nos premia com um relato "pós-trip" com riqueza de detalhes e sem "ataque de frescura".

 

Parece mesmo q vc curtiu bastante a trip (espero q minhas dicas tenham ajudado em algo) mesmo com alguns pequenos percalços aqui e ali mas convenhamos, trip sem percalços não existe, certo ? Na hora é um saco mas depois vira uma boa história pra contar. E mais, com um planejamento legal sempre dá pra dar uma aliviada ou pelo menos saber de antemão algumas coisas básicas, o q resulta num plano B. O único problema dos planos B é q na maioria das vezes eles não existem...rsrsrs

 

Um beijo, aguardo pelo resto. Quero só ver a descida de bike !

 

Zeba

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Zebaaa,

Que saudade de vc, minino! Suas dicas ajudaram sim, e muito! A viagem foi fantástica, depois te conto as partes sórdidas..rs

 

LA PAZ:

 

Difícil definir essa cidade, mas acho que meu irmão conseguiu fazer muito bem.

Ele disse:" A Rocinha é a maior favela da América Latina. E La Paz é a maior rocinha do mundo."

 

À primeira vista soa pejorativo, mas não é. Olhando La Paz do alto, a impressão que se tem é que ali é uma gigantesca favela. Tudo muito pobre, tijolos aparentes, um emaranhado de gente humilde.

 

Mas basta andar um pouco pela cidade e perceber que apesar da pobreza, ali há muito o que ser visto e apreciado.

 

A melhor notícia: toda a Bolívia é baratérrima! Até mesmo para nós brasileiros. A cotação estava em 1 dólar = 8,10 bolivianos.

 

Pretendia ficar no hotel Estrela Andina, mas estava lotado. A diária custava em torno de 80 bs.

 

Uma inglesa que conheci durante a viagem havia me falado sobre um outro local: Hostal Maya (calle Sagarnaga - Centro). Foi lá que fiquei.

 

Até que enfim eu teria um quarto só pra mim, com banheiro e tv a cabo. Parecia um sonho! A diária era de 70 bs pelo quarto single. Pechinchei e saiu por 50. Café da manhã incluído.

 

Pechincha: essa é uma instituição boliviana.

 

Nunca aceite o primeiro preço, ele sempre pode baixar. Às vezes o desconto pode ser de mais de 50%. Quem não chora, não mama. Confesso que algumas vezes me senti mal em pedir descontos, já que todos são muito pobres.

 

A Calle Sagarnaga fica bem perto do Mercado das Bruxas, é super movimentada, dezenas de agências de viagem, cybers, hotéis, restaurantes. Resumindo, ficar nesta rua ou em seus arredores é uma grande sacada.

 

Cheguei em La Paz num domingo, era início da tarde. Depois de alojados, fomos procurar um lugar pra comer.

Acabamos num restaurante super familiar, éramos os únicos turistas.

O "menu del dia" era uma salada crua, uma sopa deliciosa, três opções de prato principal, mais um flan de sobremesa. Preço: 15bs, equivalente a menos de R$6,00.

 

Estava bem assustada com todas as histórias sobre assaltos, falsos policiais e tal. Nada disso aconteceu! Achei a cidade muito bem policiada, não senti medo em nenhum momento.

 

Um dos melhores programas da cidade é caminhar. Há prédios muito bonitos.Também é interessante sentar na Plaza Murillo e apenas observar o movimento. A linda catedral fica localizada nesta praça.

 

Não fiz muitas coisas na cidade. Não fui às Ruínas de Tiahuanaco, ou à montanha de Chacaltaya. Mas ao invés disso, fiz um downhill alucinante até Coroico. (depois conto a história)

 

Noite:

 

absolutamnete todo mundo fala sobre o pub Mongo´s (calle Hermanos manchego,2444, aberto todos os dias). Fica na região mais nobre da cidade, nem parece que estamos em La Paz. Divertido,lotado de turistas,e a azaração rola solta.

 

Também fui ao Ramjam, o mais novo point da cidade. Esse sim me impressionou. Lugar descontraído, a dona é uma inglesa divertidíssima, não estava tão cheio e nem calorento. Provavelmente pq fui numa segund.

 

Bebi três drinks doidos, duas cervejas, comi um chilli delicioso e tudo isso não me custou mais que 70bs. Menos de U$10,00, coisa que eu jamais encontraria por esse preço no Rio ou SP.

 

 

Quer comer muito bem e pagar um preço razoável? Vá ao restaurante do Hotel Plaza. Um hotel cinco estrelas, mas nada daquele monte de frescuras em que a gente nem se sente à vontade.

Tem um buffet que é qualquer coisa de bom! 49bs. Com direito à massas, saladas variadas, grill onde você escolhe as carnes e até mesmo um pequeno buffet de sobremesas.

 

Definitivamente La Paz é a cidade para a gente esquecer que está na vida dura de mochileiro. Gaste sem medo de ser feliz!

 

Também é a melhor cidade para se fazer compras.

Gostou? Leve! Com certeza você não encontrará mais barato no Chile, Peru ou mesmo dentro da própria bolívia.

 

Museu de Coca: um museu mínimo, são apenas duas salas cheias de painéis onde há informações sobre a coca, suas folhas e o importante papel que ela representa na sociedade boliviana. Vale a pena conferir, mesmo! Ainda que tanta leitura seja um pouco cansativo.

 

Continua, com a descida de bike e o restante da trip...

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Downhill La Paz - Coroico

 

Fiz o downhill em meu terceiro dia na cidade(terça).

 

No dia anterior fomos eu e um amigo até a agência Gravity. http://(www.gravitybolivia.com)

 

Essa agência é citada por todos como sendo a melhor delas. Chegamos lá às 11:00h e havia apenas duas vagas para o dia seguinte: eba!

 

Eles dão um contrato para ler e assinar. O seguro de saúde é obrigatório, a não ser que você já possua um e o mesmo inclua cobertura para mountain bike. Se você não quiser o seguro, também não faz o tour.

 

Depois de preencher uma ficha com nossos dados e nível (iniciante, intermediário ou avançado), fomos escolher nossos capacetes e o tipo de camiseta que ganharíamos de recordação. A minha é vermelha, com uma diabinha nas costas. Fashion!

 

O passeio(se é que se pode chamar assim) inclui o transporte ida-e-volta, água mineral, algumas frutas, chocolate e um sanduíche. A comida é apenas pra dar uma força, afinal ninguém quer que a gente caia duro de fraqueza.

 

A saída é às 07:30h. Leva-se mais ou menos 2h até o início do trajeto.

 

Três guias, dois microônibus e um jeep fazem a parte de apoio. Os guias carregam apitos e rádios para comunicação.

 

Antes de começar a pedalar são passadas instruções de segurança. Leve essa parte bemmmmm a sério, pode custar sua vida.

 

O começo da aventura é numa grande e larga estrada asfaltada. Faz bastante frio, eu estava vestindo três casacos.

A estrada tem lindas paisagens. A vegetação é bem parecida com a das florestas tropicais, mas ao redor é possível avistar vários picos nevados. Uma mistura bem intrigante, diga-se de passagem.

 

Tudo muito legal, todos se divertindo e sem entender porque aquela é considerada a "estrada mais perigosa do mundo".

 

Acabou a brincadeira. Finalmente chegamos na parte hardcore do nosso passeio.

 

Sabe quando você olha e não acredita que vai ter que passar por ali? É assim! Pra começar, nessa estrada usa-se a mão é inglesa. Motivo: fica mais fácil ver quem vem pela frente.

 

Como assim frente? Você não pensou que fosse mão única, né?

Claro que não! Além disso, não faltam dezenas de caminhões, ônibus e vans. E nós lá com nossas tímidas bicicletas.

 

Sabem qual o maior perigo? Ficar olhando a paisagem e despencar abismo abaixo. Sim, porque além da estrada ser estreita, existe apenas montanha de um lado e um vertiginoso precipício do outro.

 

Não sei se o problema era comigo, mas realmente eu estava ficando meio assustada. A bike ia numa velocidade tão grande que várias vezes eu pensei que fosse levantar vôo, igualzinho ao filme do ET.

 

Numa das paradas falei com o guia que eu não conseguia frear direito. Ele me disse pra entrar no ônibus e descansar. Descansar? Até parece! hahahaha! Eu disse a ele que não ia ficar em ônibus nenhum.

 

Agora vem a parte emocionante.

 

A estrada de cascalho onde não passava nem um caminhão, um pequeno riacho à direita, o abismo colossal à esquerda e uma curva na minha frente. Alguma coisa não se encaixava nesse enredo.

 

Resultado? Me estabaquei! Eu pra um lado, bike pra outro bem longe, um joelho todo ferrado e pernas raladas.

 

Um canadense veio me ajudar, mas quem disse que eu conseguia levantar? Uma outra garota que é médica veio me examinar e estava tudo inteiro. Menos mal.

Uns minutinhos de descanso e consegui entrar no jeep. Todos foram bastante atenciosos.

 

Faltava pouco mais de uma hora pro final do downhill, e euzinha tive que acompanhar tudo de dentro do carro de apoio.

 

Na parte final da trilha são distribuídas máscaras, daquelas usadas em hospitais. São pra proteger da poeira. Todos terminaram o tour com a cara imunda de terra. Alguém insatisfeito? Que nada, todos sorrindo de animação.

 

Terminado o downhill, rola uma paradinha pra tomar uma cerveja super geladas. Foi uma de minhas partes favoritas.

 

Isso já era por volta das 16h. Antes de retornar a La Paz havia um almoço num hotel de Coroico.

 

O hotel era o Esmeralda, bem no meio desses bosques maravilhosos. Chuveiros, piscina e sauna esperavam por nós. Quem quisesse poderia pernoitar por lá por apenas mais US15,00. Acho uma ótima opção.

 

O almoço era do tipo buffet, mas não achei grandes coisas. Poder comer muito não significa que vamos comer bem, mas também não era nenhuma gororoba.

 

Por volta das 18h começamos o caminho de volta. Foram quatro horas intermináveis, já que meu joelho doía pacas e eu chorava que nem criança. O choro nem era tanto pela dor, mas sabem como é quando ficamos doentes num país estranho e sem a família.

 

Chegamos a La Paz às 22h. Exausta, toda ruim, mas muito feliz!

 

AMEI!!!!!! Foi sensacional!

 

Uma das coisas mais legais e emocionantes que já fiz. Com certeza farei de novo se eu for novamente à Bolívia.

 

O downhill custa U$50,00 + 10,00 pelo seguro.

 

Se você quiser um cd com as fotos e o vídeo é preciso desembolsar mais 10 dólares.

 

À propósito: eu viajei sem seguro de saúde. Eu sei, não deveria, mas acabei não fazendo por uma enrolação da seguradora.

 

Graças a Deus o seguro para o passeio era obrigatório. No dia seguinte fui ao hospital. Joelho enfaixado, três caixas diferentes de remédio e uma história pra contar.

 

Continua...

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