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Aloha galera,

 

Fiquei a semana passada na Chapada dos Veadeiros e como consegui MUITA informação aqui no Mochileiros vou postar meu relato com algumas impressões e dicas que espero que ajudem as pessoas por aqui. Vou começar dando uma visão geral da Chapada e depois vou postar o relato propriamente dito.

 

A Chapada dos Veadeiros fica localizada no estado de Goiás mas muita gente associa a Chapada à Brasília devido as cidades das atrações serem mais próximas do Distrito Federal do que da capital Goiânia.

 

ONDE FICAR

As cidades bases de exploração da Chapada dos Veadeiros são basicamente: Alto Paraíso de Goiás, São Jorge e Cavalcante.

Alto Paraíso de Goiás é a porta de entrada para a maioria das pessoas, vindo de Brasília é a primeira cidade. São Jorge dista 31 km de Alto Paraíso e Cavalcante 109 km.

A questão sobre em qual cidade ficar vai depender do seu roteiro, qual será seu meio de transporte e qual estilo de cidade você gosta mais. Vou fazer uma pequena co-relação de algumas atrações e cidades bases que eu acredito que ficaria mais perto e melhor para explorar:

 

ALTO PARAÍSO: Almécegas I e II/São Bento, Catarata dos Couros, Cachoeira dos Macaquinhos.

SÃO JORGE: Parque Nacional da Chapada, Cachoeira do Segredo, Águas Termais, Morada do Sol, Vale da Lua e Raizama.

CAVALCANTE: Cachoeira de Santa Bárbara, Cachoeira da Capivara, Cachoeira do Rei do Prata.

 

Existem muita mais atrações na Chapada do que essas, mas acredito que já seja um ponto de início na sua busca por onde ficar. A cidade de São Jorge é a mais rústica, não possui asfalto em nenhuma rua, todas são de barro, mas foi a que mais gostamos. Acredito que a cidade de Alto Paraíso seja a melhor em questão de transporte público para Brasília e outras cidades. Como fui de carro não sei informar bem.

 

COMO CHEGAR:

Muita gente vai de avião até Brasília e de lá pega um ônibus ou aluga um carro. Como disse antes eu fui de carro do RJ até lá, então não sei informar sobre como chegar de ônibus. Mas está cheio de relatos aqui no Mochileiros que a galera passa a dica.

Sobre ir com o seu próprio carro se preparem, pois as estradas para as atrações geralmente são de péssima qualidade e dizem que quando chove o negócio fica pior. Se você for enjoado com seu carro e ele for baixo, pense duas vezes antes de ir com ele, mas lembre-se também que a maioria das atrações são longe e ficar sem meio de transporte irá te limitar muito.

 

QUANDO IR:

Dá pra aproveitar a chapada o ano todo mas o pessoal de lá fala que a melhor época é a das secas que vai de maio a setembro. Durante a época das chuvas o medo é das famosas cabeças d'água nas cachoeiras. Mas os locais também já estão acostumados e indicam os locais que podem ser visitados e outros que não aconselham. Outro detalhe segundo os locais é que com o aumento do volume de água na época das chuvas algumas cachoeiras ficam mais bonitas.

 

Chega de blá blá blá e vamos ao relato.

 

Dia 1 - SÁBADO - VIAGEM DE CARRO DE MARICÁ-RJ ATÉ BRASÍLIA

Nosso plano era parar em Três Marias-MG que teoricamente seria o meio do caminho entre nossa cidade e São Jorge, mas como saímos cedo de casa resolvi tocar até Brasília para conseguirmos chegar mais cedo na Chapada no outro dia. Se dormíssemos em Três Marias chegaríamos só a tarde por lá.

Chegamos em Brasília a noite e só deu pra ir em um barzinho tomar um chopp e comer algo, foi uma pena pois ainda não conheço a capital. Achei engraçado que os prédios lá não possuem muros e você pode sair caminhando entre eles.

 

DIA 2 - DOMINGO - VIAGEM DE BRASÍLIA ATÉ A CHAPADA / ALMÉCEGAS I, II e SÃO BENTO

Acordamos cedo e caímos na estrada novamente. Chegamos em Alto Paraíso por volta das 10 hs e fomos direto ao CAT(Centro de Atendimento ao Turista) para pegarmos informações de como chegar, da trilha e se valia a pena ainda ir(por causa do horário) nas cachoeiras Almécegas e São Bento. Um guia nos auxiliou e fomos para a fazenda São Bento que fica no caminho entre Alto Paraíso e São Jorge. Na estrada possui uma placa indicando a entrada da fazenda que cobra uma taxa de R$ 20 para quem vai visitar Almécegas I,II e São Bento. Se você for só na São Bento custa R$ 10.

A trilha para Almécegas I é a maior então começamos por essa. A cachoeira é muito bonita e possui um poço fundo para banho. Segue abaixo a foto:

 

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Depois de um banho revigorante voltamos e fomos para a cachoeira Almécegas II que é menos bonita que a I mas também tem o seu valor. OBS: essa estou sem foto.

 

Depois da Almécegas II voltamos para a entrada e fomos visitar a Cachoeira São Bento que também possui um ótimo poço para banho e uma pequena queda d'água. Além disso a cachoeira forma um rio que segue com algumas piscinas naturais e alguns pequenos poços para banho. Como era domingo tinha bastante gente na São Bento. Segue foto:

 

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A dica é levar lanche e água pois no local não vende nada.

Depois de aproveitarmos esse belo local pegamos a estrada em direção a São Jorge e paramos para almoçar no famoso restaurante do Waldomiro. Comemos a famosa Matula, que é um feijão com carnes, e gostamos muito. Lá você pode escolher entre comer um prato feito que custa R$ 20 ou uma refeição por R$ 30 na qual come-se a vontade. Nesse primeiro dia que almoçamos lá, comemos o prato feito e estava muito bom. Vale a visita!

Chegamos no vilarejo de São Jorge e fomos para nossa pousada chamada Cristal da Terra. Achamos que a pousada possui uma excelente relação custo/benefício, os quartos eram simples porém limpos, com ar-condicionado e ótimo café da manhã sem pagar caro por isso. Sem falar na equipe que trabalha no local que era muito simpática e solícita.

 

Resumo do dia: Almécegas I, II e São Bento - 2,5 km de trilha(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 20 por pessoa.

 

DIA 3 - SEGUNDA - CATARATA DOS COUROS

Acordamos cedo, tomamos café e fomos pegar informação com a pousada sobre o CAT de São Jorge. Infelizmente eles nos disseram que quase nunca tem ninguém lá. Não cheguei a ir no local para verificar a informação, pois acreditamos na recepcionista e na dona da pousada. Pegamos informação com elas mesmo sobre os Couros e elas indicaram fazer o passeio com guia pois o caminho de carro era longo, com várias "quebradas" que não tinham placa.

Ela nos indicou o guia Irani que já tinha marcado com uma menina esse passeio e aproveitamos para rachar. A entrada da estrada de barro da cachoeira possui placa e fica no caminho voltando de Alto Paraíso pra Brasília. É longe........ Depois de pegar a estrada de barro você dirige, dirige e dirige. Fica a uns 50 km de carro de Alto Paraíso, entre barro e asfalto. Chegamos ao que eles chamam de estacionamento e começamos a trilha andando. A trilha é tranquila e após uns 800 metros já chegamos a primeira cachoeira que possui um bom poço para banho. Segue foto:

 

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Após nos refrescarmos continuamos a trilha seguindo o rio por uns 900 metros até chegarmos a queda batizada de Almécegas 1000. A queda é muito bonita e possui alguns pontos para você ficar embaixo dela. Segue foto:

 

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Se você continuar por uma trilha mais íngreme por 400 metros você chega a mais uma cachoeira com boas duchas. Nós paramos por ali mesmo e ficamos passando o nosso tempo naquelas duchas iradas.

Na trilha de volta paramos na Cachoeira da Muralha para refrescar a cuca e seguimos para a trilha do estacionamento.

Após a longa volta pela estrada de barro na saída para a estrada de asfalto paramos para observar o lindo pôr do sol da chapada. Valeu a pena, segue a foto:

 

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Chegamos no vilarejo comemos uma pizza e tomamos uma cerveja na pizzaria ao lado da operadora de turismo Segredo.

 

Resumo e Dicas:Catarata dos Couros - 4 km de trilha(ida e volta); com guia = R$ 120; não paga entrada; dia todo. De São Jorge a distância é de cerca 160 km de carro ida e volta. Indico o guia Irani que é muito gente boa, ele é marido da Nenzinha do restaurante e todo mundo conhece ele no vilarejo de São Jorge. Ele leva no carro dele também mas ai eu não sei o preço.

 

DIA 4 - TERÇA - TRILHA DOS CÂNIONS E CACHOEIRA DAS CARIOQUINHAS NO PARQUE NACIONAL

Como na segunda feira o parque não abre, deixamos para visitá-lo na terça. Resolvemos fazer a trilha dos Cânions nesse dia. No parque a contratação do guia não é obrigatória mas o pessoal da segurança só libera a visitação ao Cânion 1 com a presença do guia. Encontramos com um casal de Belo Horizonte que também estava indo fazer essa trilha e resolvemos rachar o guia. A dica que o próprio guia deu é muito pertinente: escolher um grupo com idades e condicionamento físico parecidos. Na hora de escolher uma galera pra rachar o guia não esqueça disso para não atrasar ou ser atrasado!

A caminhada pelo parque é puxada devido ao calor forte e ao tempo seco. Chegamos a um primeiro ponto do Rio Negro e demos um mergulho para refrescar a cuca e seguir até o Cânion 1. Chegamos ao Cânion 1 e eu achei interessante. Segue foto:

 

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O guia mostrou o caminho para dar um mergulho no poço que se forma embaixo, descendo pelas pedras e subindo pela cachoeira.

Depois do mergulho seguimos beirando o rio Negro em direção ao Cânion 2. O caminho é um pouco complicado pois segue pela beira do rio e vai subindo e descendo pedras. Achamos o Cânion 2 mais maneiro que o Cânion 1 e o acesso do poço para banho é mais fácil também. Segue foto:

 

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Após mais um "mergulho cuca fresca" seguimos para o local que para mim foi o ponto alto da trilha: Cachoeira das Carioquinhas. A cachoeira possui um ótimo poço para banho e dá pra ficar embaixo de algumas quedas só relaxando. Segue abaixo a foto:

 

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Depois das Carioquinhas começamos nossa volta e terminamos a trilha por volta de 16:30(eu acho hehehehe).

Saímos do parque e fomos almoçar no Restaurante Buritis. O restaurante é no estilo do Spoleto, você escolhe a massa, o molho e os ingredientes. Você paga R$ 15 e tem direito a repeteco. Achei o restaurante bom e o dono uma simpatia.

Saindo do Buritis fomos para as Águas Termais que fica em direção a Colinas do Sul. É um sítio de onde brota uma água quente e formam piscinas naturais onde o horário ideal pra curtir é a noite. Pagamos R$ 15 por pessoa e ficamos lá até as 20:00 hs conversando com a galera. A água não é quente como imaginamos mas é muito agradável. No local não vende bebida nem comida, apenas na entrada da fazenda tem um pequeno restaurante que dá pra tomar uma cerva e comer alguma coisa. De lá eu não tenho foto.

 

Resumo do dia: Trilha dos Canions - 12 km(ida e volta); com guia = R$ 120(divido por 4 deu 30 pra cada); não paga entrada; dia todo.

Águas Termais - trilha de 400 m(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 15; noite.

 

DIA 5 - QUARTA - CACHOEIRA DO SEGREDO

O ponto alto da viagem! A cachoeira do segredo fica localizada em uma fazenda em direção a Colinas do Sul saindo de São Jorge. Para se chegar até a cachoeira você tem duas opções: carro + trilha(3km só ida) ou só trilha(7 km). Na época da seca dá para adiantar a trilha indo de carro até uma parte da fazenda. O problema é que você atravessa o rio 4 vezes só na ida mais 4 vezes na volta. Com isso é aconselhável que o carro seja alto. Como o nosso carro é bem alto e tem tração 4x4, optamos pelo roteiro carro+trilha. Mas se o seu carro for baixo e você não tiver frescura, vale arriscar pois vi uns 3 carros baixos passando pelo rio (só não esqueça de pedir para os outros passageiros saírem para o carro não ficar tão baixo assim). Durante o período chuvoso acredito que só dá pra fazer a trilha andando. Chegando na fazenda, paga-se a entrada de R$ 25 por pessoa + R$ 5 do estacionamento. Entramos e começamos trilha de carro, atravessamos os rios e chegamos ao começo da trilha a pé. A trilha a pé tem a extensão de 3 km e é necessário atravessar o rio

pisando em pedras umas 4 vezes mais ou menos. No meio da trilha tem um poço com água verdinha que dá pra dar uma parada para refrescar. Segue foto:

 

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Seguindo a trilha caminha-se por mais uns 50 minutos chega-se a famosa cachoeira. Acredito que seja a cachoeira mais bonita que já fui pelo tamanho, cor da água e bom poço. Não consegui pegar uma foto tão bonita como ao vivo, mas segue abaixo a minha tentativa:

 

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O grande problema de conhecer um local como esse é que o nível de exigência sobe, e as outras atrações ficam "menos bonitas", se é que me entendem.

Deu a hora pegamos a trilha de volta, paramos no poço no meio do caminho e voltamos pra São Jorge. Chegamos lá no fim de tarde e fomos almoçar no restaurante da Nenzinha. É um restaurante com comida a quilo, simples, porém gostosa. A parte de traz do restaurante possui um quintal com mesas que é bem gostoso de ficar.

Na parte da noite ficamos na pousada tomando uma cerveja e curtindo a piscina normal e aquecida do local com um belo céu estrelado.

 

Resumo do dia:Cachoeira do Segredo: 6 km de trilha(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 25 por pessoa + R$ 5 de estacionamento; dia todo.

 

DIA 6 - QUINTA - TRILHA DOS SALTOS NO PARQUE NACIONAL

Combinamos com o casal de BH que conhecemos na terça de fazermos essa trilha na quinta juntos e sem guia. Como não existe nenhuma contra-indicação por parte do parque chegamos 8:30 hs e começamos a caminhada. Nesse percurso são 3 atrações: Salto de 120 m, Salto de 80 m e Corredeiras. Fizemos nessa sequência e gostamos bastante. São ao todo 10 km de caminhada, ida e volta, mas vale muito a pena. Seguem abaixo as fotos:

 

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Como já disse nós fizemos a trilha sem guia e foi muito tranquilo. O único detalhe ficou por conta do salto de 80 metros. Na chegada do parque o guarda perguntou se já tínhamos ido ao parque e nós falamos que fomos 2 dias antes. Com isso nós não assistimos ao briefing de segurança que passa algumas coisas que podem e não podem nas cachoeiras. No salto de 80 metros nós nadamos até embaixo da queda e ficamos lá amarradão sendo que era proibido.

hehhehehe. O guia que nos levou nas catarata dos couros chegou um pouco depois por lá e ficou batendo papo conosco, ai falei que tinha ido embaixo da queda. Ele deu uma risada e perguntou se nós tínhamos assistido ao tal vídeo e eu disse que não. Ai ele explicou que depois da corda não é permitido nadar pois um rapaz já morreu ali e o parque ficou uns 7 meses fechados. Eu não vi problema nenhum mas para não ser chamado a atenção ou até mesmo multados(assim ele disse), fiquem espertos!

Voltamos da trilha do parque umas 15:00 hs e fomos pro restaurante da Nenzinha de novo. Ficamos lá no quintal dela tomando uma cerveja e jogando papo fora e depois almoçamos por lá mesmo. Saindo de lá fomos curtir o pôr do sol no mirante. Vale muito a pena ir e pegar umas fotos.

A noite fomos jantar em uma risoteria que tem lá em São Jorge. Rola uma música ao vivo e o ambiente é bem legal vale a visita.

 

Resumo do dia: Trilha dos Saltos no Parque Nacional: trilha de 10 km(ida e volta); sem guia; não cobra entrada; dia todo.

 

DIA 7 - SEXTA - MORADA DO SOL / RAIZAMA / POÇO ENCANTADO

Esse era o dia de pegar estrada pra Cavalcante então deixamos para fazer trilhas mais leves. Começamos pela Morada do Sol. A fazenda de entrada fica no caminho para Colinas do Sul. Chegamos cedo, paramos o carro e começamos a trilha que consiste em três paradas: primeiro uma cachoeira com um pequeno córrego, segundo um pequeno cânion e por último um poço para banho. Cobra-se R$ 10 por pessoa e não é necessário guia. A trilha é de 2,4 km, total ida e volta e eu achei a atração razoável. Muita gente falava desse lugar e de Raizama então eu esperava mais. Não sei se na época de chuvas a cachoeira fica melhor. O que eu achei melhor de lá foi o poço para banho que possuía água muito limpa. Seguem abaixo as fotos:

 

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Saindo da Morada do Sol pegamos a estrada voltando em direção a São Jorge e paramos no Raizama. Cobra-se uma entrada de R$ 20 por pessoa e não é necessário guia. A trilha possui 2,4 km de extensão, ida e volta. O local está passando por reformas e recebe até shows a noite. Não achei muito legal também mas tem uma pequena cachoeira e alguns pontos para tomar banho e gastar o dia. De repente na época de chuvas deve ser mais legal o lugar. Vou colocar só uma foto da entrada e começo da trilha:

 

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Terminando o passeio ao "Santuário" Raizama pegamos a estrada em direção a Alto Paraíso para depois seguirmos para Cavalcante. Paramos no restaurante do Waldomiro de novo para encararmos novamente a Matula. Dessa vez optamos pela refeição que custa R$ 30 por pessoa e pode-se comer a vontade. Estava muito boa como sempre e depois de estarmos "Matulados" pegamos a estrada em direção a Alto Paraíso e depois, Cavalcante. No caminho de Alto Paraíso para Cavalcante tem uma cachoeira chamada de Poço Encantando e como devia ser umas 15 hs resolvemos parar por lá pra conhecer. A trilha é bem pequena e nós entramos pensando que não íamos pagar. Primeiro porque já era tarde e depois porque não tinha ninguém cobrando na entrada. Leve engano, heehehehhe. Entramos para conhecer rapidinho, demos um breve mergulho mas na hora de sair tinha um cara lá cobrando!! hehehehe Tivemos que pagar R$ 20 por pessoa por 30 minutos de cachoeira. Mas tá valendo, mais um local que conhecemos e colocamos no nosso mapa. Segue a foto:

 

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Chegamos em Cavalcante e fomos procurar a pousada que reservamos. O nome dela é Manacá é ela é bem legalzinha. Achei um pouco caro pelo o que oferecia. Mas o café da manhã era muito bom e o Chalezinho que ficamos era bem legal também.

A noite ficamos sabendo que tinha uma cervejaria artesanal de um chileno na cidade e partimos pra lá. A cervejaria tem um barzinho que serve algumas comidas típicas do Chile e a cerveja produzida lá. Não gostei muito da cerveja mas a empanada estava boa e o dono, senhor Manolo, é uma simpatia e só por ele já vale a visita. Trocamos uma ideia e ele nos contou sua história de vinda para o Brasil, muito simpático e divertido.

 

Resumo do dia: Morada do Sol - trilha de 2,4 km(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 10 por pessoa; duração = meio dia ou menos.

Raizama - trilha de 2,3 km(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 20 por pessoa; duração = meio dia ou menos.

Poço Encantado - trilha de 200 m(ida e volta); sem guia; entrada = R$ 20 por pessoa; duração = meio dia ou menos.

 

DIA 8 - SÁBADO - SANTA BÁRBARA E CAPIVARA

Saímos da pousada após um bom café da manhã e seguimos pra nossa missão em Cavalcante: Cachoeira da Santa Bárbara. Pegamos informação do caminho no CAT da cidade e pegamos o rumo. A cachoeira fica na comunidade Kalunga que é a maior comunidade de remanescentes de quilombos do Brasil. Fica um pouco distante do centro de Cavalcante. Mas a distância não seria tão perceptível se a estrada não fosse toda de barro e com muitas "costelas"! Chegando ao povoado fomos ao CAT para ver como chegar à cachoeira. É necessário a contratação de guia que custa R$ 50 e pode ser dividido por até 6 pessoas. Se o grupo for maior do que 6, cobra-se R$ 10 por pessoa. Além do guia, paga-se uma taxa de entrada de R$ 10 por pessoa. Chegamos quase na mesma hora que um casal de Brasília bem gente boa e resolvemos rachar um guia com eles.

Antes de começar a trilha a guia perguntou se queríamos almoçar por lá, pois no povoado tem um restaurante bem simples. Topamos e marcamos o almoço para 16:00 hs. O almoço é bem simples mas gostoso e cobra-se R$ 25 por pessoa comendo a vontade.

Como era época de seca conseguimos chegar com o carro bem próximo da cachoeira e só fizemos uma trilha de 1 km até lá. Quase chegando a cachoeira já tem um poço com água com azul único bem bonito. Segue foto:

 

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Caminhando mais um pouquinho chegamos a bela cachoeira de azul único. Segue foto:

 

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Ficamos por lá tomando banho e apreciando a beleza do local e infelizmente deu a hora de partir para curtirmos a outra cachoeira da comunidade, Cachoeira da Capivara. Voltamos de carro até a comunidade e pegamos outro caminho até chegar ao início da trilha para a cachoeira. A trilha é pequena e no meio do caminho também possui um poço bem legal para banho. Tocamos direto até a cachoeira e como não estava esperando muito do lugar acabei gostando muito. A cachoeira também é bem bonita, com algumas pequenas quedas para ficar embaixo e com um poço fundo para banho. Segue foto:

 

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Infelizmente deu a hora de ir e tivemos que levantar acampamento. Voltamos para a comunidade almoçamos e fomos embora. Valeu a pena ter reservado o almoço que estava bem gostoso. Ficou faltando conhecer a Cachoeira do Candaru que fica na comunidade também e dizem que é muito bonita. Fica a dica que peguei com a guia: se você quiser chegar bem cedo na comunidade e combinar com o guia, dá pra conhecer as três no mesmo dia. Não sei se o preço muda.

A noite fomos comer em uma pizzaria muito boa da cidade chamada Pizzaria da Júlia. Valeu a pena e eu recomendo!

 

Resumo do dia: Cachoeira Santa Bárbara e Capivara - trilha de 3 km(ida e volta); guia = R$ 50; entrada = R$ 10 por pessoa; duração = dia todo.

 

O nosso passeio terminou por aqui e os outros dois dias foram na estrada voltando para casa. Ficamos impressionados com a beleza das cachoeiras e com a certeza que ficou faltando muito para conhecermos bem a chapada. Faltou a cachoeira do Rei do Prata, Macaquinhos, Vale da Lua, etc.

Uma coisa que deixei de falar é sobre os lanches: sempre leve lanche e água para as trilhas pois na maioria dos lugares não vende ou quando vende o preço é maior. Protetor solar é indispensável pois o sol do Cerrado castiga! Repelente também é muito importante devido aos famosos borrachudos que arrancam pedaços da pele mesmo.

Acho que é isso e se eu lembrar de mais alguma coisa posto por aqui. Espero que ajude a galera e se precisarem de alguma coisa é só falar.

 

Valeu!

  • Amei! 1
  • Membros
Postado

Valeu galera!

 

José Luiz to partindo pra Chapada Diamantina em Dezembro. Vou fazer sul da Bahia e Chapada de carro. Já tem ou vai postar o relato?

 

Abraço.

  • Colaboradores
Postado

Fala Thiago,

 

Cara, eu ainda não fiz o relato mas pretendo fazê-lo... eu fiquei 2 semanas na Chapada Diamantina, sendo que na 1ª semana fiz o Trekking do Vale do Pati e depois me juntei ao grupo do Lucas que se formou aqui no Mochileiros.

 

Abraço

  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
Postado

Thiago,

 

Como você tinha comentado, já comecei a fazer meu relato sobre a Chapada Diamantina. Ainda não está concluído, mas já terminei de relatar a parte mais turística do meu roteiro na Chapada Diamantina. Dá uma olhada lá se quiser mais informações e pode perguntar se tiver dúvidas =)

 

Abraço!

  • 1 mês depois...

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