Bolívia/Chile/Peru jul 2010 7 pessoas, 18 dias, com fotos (menos de R$2000 por pessoa)

Bolívia, Chile e Peru – Sucre. Uyuni, Salar, San Pedro do Atacama, Arica, Arequipa, Cusco, Ollantaytambo, Machu Picchu, Puno, La Paz.

 

Então gente, vou contar um pouco do que foi essa mochilada de 18 dias com 7 pessoas, sendo que três delas eram 3 crianças de 6, 8 e 10 anos. Essa foi minha segunda vez no Peru e Chile, porém a Bolívia não conhecia.

Demorei um pouco pra postar meu relato pois foram surgindo novas mochiladas e sabe como é... espero que esse relato colabore com informações para quem deseja conhecer esses lugares fantásticos, em especial pro pessoal do "mochilando com a crianças" que não param a vida depois que pintam os filhos!

Gastamos ao todo para 3 pessoas (alimentação, estadias e transporte) R$4500,00 (Eu, maridão e filho de 6 anos) poderia dizer que o gasto ficou em um pouco menos de R$2000,00 por adulto considerando que crianças pagam muito menos em praticamente tudo, mas repito: os gastos mencionados são exclusivamente com ESTADIAS, TRANSPORTE (inclui avião), ALIMENTAÇÃO e PASSEIOS (Salar, museus,...).

 

Roteiro : São Paulo- Santa Cruz de La Sierra/ Sucre/ Uyuni/ Salar de Uyuni/ San Pedro do Atacama/ Arica/ Arequipa/ Cusco – Ollantaytambo - Machu Picchu/ La Paz/ São Paulo

 

 

Cotação para o real

Bs: 3,85

S/:1,42

U$: 1,85

 

Dicas: no Peru sempre negocie os valores do taxi antes de entrar no veículo. Sempre pergunte nos hostels, pousadas etc se o "banho é caliente e privativo" se desejar água quente e banheiro no quarto.

 

1° dia (18.07.2010)

Saímos de São Paulo rumo à Santa Cruz de La Sierra no vôo das 22:00.

 

2° dia (19.07.2010) Sucre - La Ciudad Blanca de las Américas

Depois de um vôo rápido de cerca de 4h chegamos em Santa Cruz de la Sierra à 1:00 da madrugada, como o vôo para Sucre era às 10:00h acabamos ficando pelo aeroporto mesmo. Fomos pela Aero Sur, mas vale conferir as passagens da empresa BOA, é mais em conta e o serviço igual. Partimos para Sucre, vôo super rápido, chegamos lá por volta das 10:30. A altitude é de 2.800m, já dá pra sentir.

Pegamos um taxi para o centro histórico de Sucre (Bs 30,00), já dando uma olhada nos preços das estadias, percebemos que não valia a pena ficar distante do centro porque os preços não estavam muito diferentes, já os serviços sim. Optamos pelo Grand Hotel, pois todos ficaram encantados com o lugar que apresenta dois pátios coloniais, um deles ornado com diversas plantas. Os quartos apresentam banheiro privativo, com ou sem café da manhã. Diária de Bs240,00 para 3 pessoas.

Almoçamos por ali mesmo, comemorando a chegada claro. Bs20,00

A tarde passeio pela espaçosa Plaza 25 de Mayo e arredores, a Plaza é ótima para apreciar o movimento, onde pessoas de todas as classes sociais se encontram. O centro histórico foi declarado patrimônio mundial pela UNESCO, é uma obra-prima da arquitetura colonial.

Passamos pelo mercado central, uma loucura, muitos locais vendendo de TUDO: carne, mat. de limpeza, roupas, verduras, etc. No entorno há também gente vendendo prata, vale dar uma conferida.

Fomos até um supermercado compramos algumas coisas (tudo muito barato) e fomos para o hotel comer, já aproveitamos para comprar alguma coisa para levar ao Salar, à noite demos mais uma volta pelos arredores da Plaza que iluminados rendem lindas fotos!

3° dia (20.07.2010) Sucre

Partimos para o Museo de Arte Indígena (três quarteirões da Plaza 25 de Mayo) – entrada Bs. 20,00 - magnífico lugar dedica-se ao peculiar trabalho têxtil dos grupos indígenas locais de idioma quíchua (os jalq'a e tarabuceños), é possível observar indígenas tecendo, peças femininas e masculinas. A região de Sucre é conhecida pelas melhores e mais belas peças de toda Bolívia. Chá de cortesia. http://www.bolivianet.com/asur/

Seg - sex 8h30-12:00 / 14:30-18:00 - sábado 9h30-12:00 / 14:30-18:00 Lá também é possível adquirir algumas peças lindas, porém os preços são maiores.

Almoçamos nas proximidades (há muitas opções) pagamos Bs. 10,00 com refri

A tarde fomos ao Parque Cretácico/ Pegadas de Cal Orko (maior conjunto de pegadas de dinossauro do mundo)

Pegamos um “veículo com decoração temática” kkk por Bs 10,00 (ida e volta) em frente à Catedral/Plaza por volta das 14:00h, ele leva até o Parque Cretácico – entrada – Bs 30,00 - (http://www.parquecretacicosucre.com/) que conta com inúmeras réplicas de dinos em tamanho real. Lá é possível observar o Sítio Arqueológico de Cal Orko- (apresenta cerca de 5 mil marcas deixadas por pelo menos 150 tipos diferentes de dinossauros que habitaram a região) indispensável a orientação de um guia e um pouco de imaginação kk. Na entrada do parque é possível optar por tirar fotos ou não, a diferença de preço é simbólica. Vale a pena optar por tirar fotos. Retornamos para o ônibus que leva para a Praça.

Visita ao Templo/Convento de San Felipe, construído em 1794, apresenta um belíssimo pátio interno porém o mais impressionante mesmo é subir no terraço onde domina-se a cidade. A entrada custa Bs3,00 e é preciso tocar uma campainha para que uma das sorridentes irmãs venha abrir a porta.

Outras dicas de lugares: Castelo/Palácio de Glorieta

Vilarejo de Tarabuco (60Km de Sucre) porém a feira de tecidos artesanais ocorre só nos domingos.

 

4° dia (21.07.2010) Ida a Uyuni

Logo pela manhã partimos rumo a Uyuni (9:00 horas), optamos por não ficar em Potosi. Há vários horários de ônibus. A viagem dura cerca de 10:00 horas, pegamos a empresa 9 de Julio, nos pareceu ser uma das melhores hehe, os ônibus não apresentam banheiro e é feita apenas uma parada de 15 minutos em Potosi, nessa parada corremos pra usar um banheiro e comprar mais alguma coisa pra comer. Não dava pra dormir no ônibus pois a música boliviana que estava rolando estava muuuito alta. Também não era possível pedir pra descer pelo caminho pois o corredor estava inteiro ocupado por cholas e seus pertences. Na verdade o ônibus saiu da rodoviária só com passageiros nos assentos mas depois subiu mais uma galera. Bem, o jeito foi curtir a paisagem... e que paisagem... altas fotos. Trajeto cansativo mas completamente suportável. O melhor mesmo é estar preparado.

Chegamos em Uyuni por volta das 18:00horas a cidade estava sem luz, fomos procurar um lugar pra dormir.

Para fazer o Salar queríamos a famosa Colque Tour, porém quando mandei um e’mail para eles (ainda no Brasil) queriam pagameto adiantado e estavam cobrando caro (U$90,00 por pessoa). Preferi deixar pra arranjar em Uyuni mesmo e não me arrependi. Cruzamos em Uyuni com uns curitibanos que nos recomendaram a Avi Tours, acabamos ficando no hotel deles por Bs 120,00 para 3 pessoas e fechamos com eles o Salar de três dias a U$70,00 por pessoa. Muito prestativos, serviço excelente!

A noite demos uma volta e aproveitamos pra jantar, apesar de não ser recomendado comer muito logo de cara em altitude elevada estávamos morrendo de fome e encaramos sopa e macarrão. Bs 10,00. Muito bom! A luz não voltou, isso é bem comum em Uyuni.

 

5° dia (22.07.2010) Salar de Uyuni

Pela manhã a luz ainda não havia voltado e fomos dar uma circulada por Uyuni, passando pela Igrejinha Central, dando uma olhada nos artesanatos. Aproveitamos para carimbar a saída no posto de migración, situado na avenida Potosí, já que nosso destino seria o Chile, para só depois ir para o Peru.

O guia, Ivan, que nos levaria para o Salar já estava a nossa espera, o cara muito gente boa!! Ele carregou a 4X4 e fomos embora rumo ao Cemitério de Trens, ele fica muito próximo a Uyuni e tem empresas que não o colocam no roteiro, mas vale a pena pedir.

Uyuni começa a ficar para trás, só paisagem árida, passamos por um pastor com ovelhas, paisagem totalmente surreal. Surge o pequeno vilarejo de Colchani, porta de entrada para o Salar onde todos os carros param, lá é possível comprar artesanatos, logo todos partem.

Agora sim vem o Salar de Uyuni, simplesmente tudo aquilo que eu imaginava e muito mais. A primeira parada no sal é fantástica e não tem como não tocá-lo. Ivan nos explica como acontece a exploração do sal. Os óculos de sol são in-dis-pe-sá-veis!

A próxima parada é o Hotel de Sal, hoje é mais um museu, famoso lugar por ser todo construído com sal, pelas escullturas internas e pelas bandeiras de diversos países na parte externa, a do Brasil inclusive disputadíssima. Os artesanatos aqui são mais “salgados”.

Cerca de 60 Km depois do Hotel de Sal chegamos na famosa Islã Del Pescado, ou Inca Wasi. A entrada custa Bs 15,00, o local preserva um ecossistema espetacular, cactus gigantes de centenas de anos. Por uma trilha dá pra chegar ao ponto culminante da ilha e é possível contemplar a beleza do Salar. Ivan já estava a nossa espera com um almoço muito arregado, bife, salada, arroz, refri e banana de sobremesa. O local tem umas casinhas muito bacanas e banheiro, o único que lembro.

Ficamos por ali mesmo tirando as inesquecíveis fotos no sapato, garrafa etc etc etc.

Partimos então para o alojamento, todo de sal, na chegada serviram um chá com bolachas, tudo de bom pois o friozinho já começava,

ficamos por lá conhecendo o pessoal, jogando... a criançada ficou louca com o sal no chão... no jantar uma comida ótima, sopa e depois frango com batatas e legumes. Ficamos por ali tomando um vinhozinho, meu cunhado encontrou uns camaradas no alojameto... coincidência... Os corajosos tomaram banho, estava frio porém ainda não tanto, o bicho pegou mesmo na segunda noite...

 

6° dia (23.07.2010) Lagunas

Acordamos bem cedo, o nascer do Sol mais espetacular que já vi.

Dia de visita às inúmeras lagunas... uma mais bela que a outra... isso sem contar os flamingos, as cores das montanhas, algumas cobertas de neve, as formações rochosas pelo caminho...

o caminho ultrapassa os 4.500m de altitude. Logo após a Arbol de Piedra chegamos a Laguna Colorada onde a administração da Reserva Eduardo Avaroa cobra uma taxa de Bs 150,00, detalhe eles não aceitam dólares e a essa altura você já está louco pra chegar no alojamento, então leve bolivianos.

Esse segundo alojamento é mais precário, a comida estava ótima novamente, o problema mesmo é o frio muito forte, no auge da noite pegamos -18°C. Banho nem pensar, não vi ninguém encarar o chuveiro naquela noite... Também dei uma maneirada no vinho e peguei leve com a comida, a altitude é bem grande. Um argentino tomou um monte e passou mal a noite inteira...

Levamos tudo que era necessário... X thermo, fleece, saco de dormir pra negativo, meia especial... deu pra dormir... afinal foram -18°C.

 

7° dia (24.07.2010) Lagunas / San Pedro do Atacama

Pela manhã fomos tomar café ( iogurte/café/leite/pão/manteiga/sucrilhos/geléia/etc etc) e vimos o vidro cheio de cristais de gelo...

os que queriam ver os gêiseres saíram rapidamente o frio ainda era grande. Partimos para Laguna Polques, ela apresenta uma série de fontes de água quente, o legal já é sair do alojamento com roupa de banho ou pelo menos com algo que possibilite molhar os pés. Passamos pelo deserto de Salvador Dali, impressionante. A parada seguinte é a Laguna Verde, tons de esmeralda devido ao arsênico e outros minerais, fantástica.

Partimos rumo a São Pedro do Atacama, como já havíamos avisado o pessoal da agência já havia transporte nos esperando para a travessia da fronteira, é necessário apresentar o carimbo de saída da Bolívia depois de 35Km chegamos na imigracion chilena, proibido passar com folhas de coca e frutas. Eles são bem rigorosos na entrada do país.

Chegando em San Pedro do Atacama fomos procurar um lugar pra dar uma descansada, tomar um banho, já sabiamos que por lá tudo seria caro... a cidadezinha é voltada totalmente para o turismo e os preços são pra gringo mesmo. Queríamos apenas meia diária pois a intenção era partir para Arica ainda naquela noite, conseguimos por U$ 47,00 quarto para 7 pessoas. Compramos uns pães e comemos um lanche ali na pousada mesmo afinal já eram 13:00h e todos queriam tomar banho e dar uma volta...

As construções são simples por fora, a aridez toma conta do local, porém por dentro tudo é muito confortável e bem decorado. Vale a pena dar uma volta pela feirinha próxima à Igreja de San Pedro, há na cidade artesanatos feitos de cactus que só vi por lá. A impressão que tive de San Pedro é que não querem te deixar sair de lá... falam que não há passagens... tivemos que dar uma chorada e acabaram nos vendendo passagens pois falavam que não havia mais lugares, na verdade o ônibus partiu quase vazio... partimos às 20:00h, fomos pela empresa Fronteira Del Sur até Calama onde foi feita uma troca de ônibus e continuamos até Arica. Passagem: U$ 17,00 por pessoa.

 

Em breve posto mais

 

Continuando...

8°dia (25.07.2010) Arica

Chegamos em Arica às 6:00h, ficamos no hotel República Azul, caro comparado com Bolívia e Peru mas foi o que deu pra encontrar U$30,00 para 3 pessoas com café e banheiro. Conhecemos o centro e imediações do Morro de Arica, linda vista do Pacífico, sobre o morro há o Museu Del Morro de Arica, sem grandes comentários. De volta ao mundinho capitalista comemos no Mc Donalds...

Para quem está sem muita grana o melhor é não parar em Arica e seguir direto para Tacna, a diferença de valores é bem grande, sem contar que Tacna tem eletrônicos baratinhos hehehe

 

9° dia (26.07.2010) Tacna – Arequipa

Acordamos cedo, tomamos café... ônibus para Tacna às 9:00, são ônibus comuns de linha, há vários, é só chegar na rodoviária e pegar, custam U$2,00, é necessário pagar uma taxa de embarque, não lembro o valor mas era irrisório. Passamos pela imigración chilena e em seguida já passamos pela do Peru. Chegando na rodoviária de Tacna já compramos passagens para Arequipa, S/20,00. Cerca de 6:00h de viagem com a empresa Expresso Arequipa, excelente empresa. O ideal é comprar sempre direto no guichê.

Como já conhecemos Arequipa fomos direto para o Hostal La Posada Del Sol, que já ficamos ano anterior. S/ 60,00 para 3 pessoas, com café e banheiro privativo, calle Melgar, n° 119, vale pechinchar. Ele é próximo da Plaza das Armas, cerca de 3 quadras. Circulamos pelas imediações da bela Plaza de Armas, a Catedral com o vulto do Misti ao fundo são um cartão postal para qualquer fotógrafo, em seguida jantamos (S/ 36 pizza, cerveja e refris para 3 pessoas), a cidade tem ótimos restaurantes e bons preços.

Arequipa é toda construída com rochas vulcânicas brancas, elas dão um ar diferente à cidade.

 

10° dia (27.07.2010) Arequipa

Logo após o café partimos para a Praça principal de Yanahuara, lá tem um mirante (mirador) onde é possível enquadrar o Misti por trás de arcos de pedra branca. Também tem a pequena igreja de Yanahuara de fachada barroca, com belíssimos desenhos em relevo e ao lado uma loja de artesanias.; tudo isso em frente a uma bela praça. Taxi por S/3,00.

Almoçamos um sanduíche maravilhoso na Rua Jerusalém quase esquina com a Santa Maria, a frente do lugar não é muito chamativa tem um espeto, tipo espeto grego, na frente, mas dentro apresenta espaços bem agradáveis, tipo pátios internos, o preço também era ótimo rss

Depois do almoço fomos visitar o Mosteiro de Santa Catalina, já o conhecia mas não resisti e fui de novo, adoro aquela sensação de labirinto do Mosteiro, os inúmeros claustros, praças... O projeto do Mosteiro é de 1570 e é impressionante sentir um pouquinho do que foi a vida no passado. Vale visitá-lo quando começa o entardecer pois é possível apreciá-lo com a luz do dia e a noite, pois é quando os lampiões são acesos e dão um ar sombrio às celas, é possível vizualizar melhor alguns espaços. Há guias em espanhol, inglês e francês, mas é perfeitamente possível conhecê-lo seguindo pelo mapa que recebe na entrada desde que se tenha bom senso de orientação. A desvantagem sem guia é que se perde algumas boas histórias, a vantagem é que se pode ir calmamente observando cada detalhe. Há um café muito bom dentro do mosteiro porém ele fecha à noite, o espaço também conta com lojinhas de lembranças. Entrada a S/35,00 por pessoa. http://www.santacatalina.org.pe/

As irmãs enclausuradas dessa congregação vivem agora em uma construção ao lado, porém as atividades das religiosas eram no Mosteiro até 1970, quando foi aberto ao público.

Partimos para Cusco às 20:30 pela Taurus , passagem S/60,00 o preço é mais em conta(S/30,00) porém devido ao Feriado da Independência o valor estava diferente. Como haveria também um manifesto/paralisação muitas empresas não estavam nem vendendo passagens.

 

Para quem não conhece Arequipa é legal reservar 2 a 3 dias para o Cânion do Colca, porque Arequipa pode ser conhecida rapidamente.

 

11° dia (28.07.2010) Cusco/Ollantaytambo

Chegamos em Cusco às 11:00 depois do horário previsto pois ficamos mais algumas horas devido à paralisação/bloqueio. Almoçamos em Cusco mesmo, nossa intenção era chegar o quanto antes em Ollantaytambo, desta vez não faremos a Trilha Inca dedicaremos os três dias que corresponderiam a trilha para algo mais light, Machu Picchu de trem e explorar as imediações de Ollantaytambo que foi algo que nunca tivemos a oportunidade.

Pegamos um taxi por S/50 para Ollantaytambo (existe a opção de ir de van ou ônibus a custos baixos), dias próximos ao feriado de independência tudo fica mais movimentado e caro. Adoro Ollantaytambo! Largamos nossas coisas na Pousada Las Portadas (fica logo na entrada, acesso único via carro) e fomos rever alguns amigos, dar uma volta por esse lugar mágico que ainda apresenta grande essência inca considerando que está encravado sobre construções incas. Infelizmente uma amiguinha do meu filho estava viajando, foi para o Brasil afff ele ficou decepcionado...

Pousada Las Portadas diária S/60,00 para 3 pessoas com banheiro privativo com água quente mas sem café. Outra excelente opção é o Kuychi Punku mais próximo das ruínas (se bem que Ollantaytambo é relativamente pequena), dessa vez não havia vagas, mas apresenta quartos agradáveis e limpos e ótimo café da manhã maveme80@hotmail.com

Recomendo no caminho para Ollantaytambo parar em Muray, Salineiras e Chincherro, é só conversar com os taxistas que eles já vão parando e dando uma de guias, o preço do taxi muda claro... Para entrar em algumas dessas atrações é necessário comprar o boleto turístico, você paga um valor único e pode entrar em diversos lugares.

 

12° dia (29.07.2010) Machu Picchu

Acordamos super cedo 4:00h para pegar o trem das 6:10, já havíamos comprado os bilhetes meses antes no Brasil, eles custaram: U$66,00 por pessoa (ida e volta) o preço varia conforme o serviço que se escolhe e a compra online se faz pelo http://www.perurail.com/por/, é necessário garantir com antecedência, tanto ida como volta. Chegando em águas Calientes já fomos direto providenciar os bilhetes de entrada para Machu Picchu e bilhetes para os microônibus que levam até MP. Custos: Machu Picchu: S/ 126,00 (com carteira de estudante preço menor) Ônibus: U$14,00 (ida e volta).

Machu Picchu é aquele deslumbramento de sempre, tá eu sei que já ficou um “tanto” comercial mas ainda me impressiona... fotos e mais fotos. Dessa vez pegamos tempo perfeito, céu super azul, porque as vezes dá aquela neblina que vai e volta e dessa vez não foi o caso. Carregados com muita água (estava bem quente) lá fomos nós fazer o percurso... esse ano o lugar estava bem lotado...

Comemos em Águas Calientes, no geral tudo tem maior preço por lá, pagamos S/15 por pessoa, pratinho básico...

Retornamos à tarde, o caminho de trem percorrendo o Urubamba rendeu mais algumas fotos excelentes.

13° dia (30.07.2010) Imediações de Ollantaytambo

Pela manhã fomos procurar meios para visitar Punamarca, Patacancha, Huilloc, etc todos nas imediações de Ollantaytambo, são ruínas incas (andares agrícolas e casinhas) além de nativos que ainda vivem da agricultura, tecelagem e criação de ovelhas/llamas. Como o caminho é pura subida fomos atrás de um meio de transporte, cavalos, bikes ou taxi mesmo, como os cavalos saíam o dobro do preço acabamos por ir de taxi. Também é legal ir com alguém que conhece a região porque lá em cima todos falam somente quíchua, daí fica difícil a comunicação. O caminho é todo de terra e são paisagens para todos os lados, fomos pedindo para o taxista parar o tempo todo. O custo do taxi foi de S/70,00. Ida e volta, na volta optamos por fazer um trecho a pé e ir curtindo o visual.

O ideal é visitar o local no domingo porque rola uma feira em Huillos onde as mulheres expõem seus artesanatos. Como fui em dia de semana conseguimos, graças ao taxista que falava quéchua, que algumas delas expusessem rapidamente seus tecidos, toalhas bolsas, bonequinhos. Não há possibilidade de dormir nos povoados, há um camping entre Huilloc e Patacancha, mas não faço idéia do valor, só sei que o visual é lindo e que o frio a noite deve ser grande, pois a altitude é elevada.

Chegamos beeem cansados, fomos pra pousada tomar um banho, a criançada ainda foi jogar o “Jogo do Sapo”... muito bacana... criança não cansa... kkk Depois jantar por cerca de S/5,00 por pessoa (sopa de entrada, mais um prato – chamado de segundo e refri)

 

14° dia (31.07.2010) Cusco

Pela manhã retornamos a Cusco de taxi S/ 60. Fomos para o Hostal Del Inca na Calle Quera 251, diária de S/90,00 para 3 pessoas e’mail reservashostaldelinca@hotmail.com, ele não é o mais barato mas é bem confortável e já conhecíamos, não queríamos perder muito tempo procurando... há pousadas mais baratas com certeza.

• Opções de compra de artesanatos em Cusco: Feira de Artesanato/ Mercado Central no final da Calle Del Sol, trata-se de um enorme galpão onde muitos artesãos expõem de forma muito organizada seus artesanatos (encontrei coisas em conta por ali) também o Bairro San Blas, apesar de até existir lugares com preços ainda mais baixos vale a pena fuçar por ali, sem contar que pechinchando eles sempre fazem um precinho ainda mais camarada.

• Em Cusco há inúmeros museus. Gosto do Convento de Santo Domingo Del Cusco – Qorikancha. Há o Convento e o Museu Arqueológico do Qorikancha, nesse último a entrada se dá com o boleto turístico, já o Convento é preciso pagar, mas é barato, uns S/10,00.

• Passear pela Plaza das Armas à noite é obrigatório.

 

Abraços a todos e logo termino de postar...

 

Continuando...

15° dia (01.08.2010) Cusco

Logo após o café seguimos rumo à Pisac, pelas manhãs de terça, quinta e domingo acontece em Pisac uma feira, bons preços e belas cerâmicas.

Taxi até Pisac S/ 40,00, mas também é possível ir de ônibus. Com o boleto turístico dá pra visitar a cidadela, altamente recomendável pois é muito bonito!!

À noite partimos de ônibus direto para La Paz, S/60,00 pela Transcontinente. Pra quem não conhece o Titicaca é possível partir direto para Puno e conhecer as ilhas flutuantes dos Uros, passeio rápido e imperdível. Como fomos para lá em 2009 seguimos rumo La Paz. Dica em Puno: deixe para comprar o passeio às ilhas flutuantes no porto de embarque pois é muito mais em conta, sai por S/25,00, os guias espalhados por toda cidade chegam a oferecer por S/100, S/70. É possível desembarcar em Puno conhecer as ilhas flutuantes em passeios que duram cerca de 2 a 3h e já partir rumo a La Paz, se alguém precisar de mais infos sobre as ilhas, chulpas... é só perguntar...

 

16° dia (02.08.2010) La Paz

Após cerca de 14h de viagem chegamos à La Paz, foram inúmeras paradas, desce e sobe do ônibus, uma delas foi para a imigración, bem demorada... O importante é não esquecer de levar saco de dormir, os ônibus tem cobertores mas não achei suficientes.

Chegamos no terminal rodoviário e já seguimos rumo ao centro de La Paz, mais precisamente Plaza Murillo, só pra variar rs era dia de manifesto, como a intenção da multidão era chegar na praça, a polícia tentando evitar claro, preferimos sair dali e antes de seguir pro hotel almoçamos, tudo muito barato Bs6,00 por pessoa com refri.

O hotel escolhido foi a sugestão mais vista aqui no mochileiros, o Hostel Copacabana é citado como o melhor custo benefício, fica na Calle Illampu, diária de Bs150,00 para 3 pessoas. Ele apresenta café da manhã e quartos com TV e banheiro, encontramos vários brasileiros por lá. Quase na frente do hotel tem uma pizzaria ótima.

No próprio hotel há esquemas para se visitar o Vale de La Luna entre outros.

 

17° dia (03.08.2010) La Paz

O que encanta mesmo em La Paz é a energia da vida cotidiana, a grande quantidade de cholas transitando contrastando com o restante da população, os variados trajes indígenas utilizados por inúmeros grupos, os ônibus antigos e coloridos. Há vários museus mas só as ruas já são um ótimo ponto de observação.

Pela manhã caminhamos até o centro (Plaza Murillo) pois as proximidades apresentam boa quantidade de museus. Optamos seguir pela Calle Jaen por ser a rua colonial mais preservada da região e diversos museus, inclusive um de Instrumentos Musicales bolivianos onde é possível manusear alguns instrumentos, o ingresso era cerca de U$1,00.

Almoço no Burger King, que além de todos os sanduíches que já conhecemos por aqui tem um frango show e tudo muito barato, só pra ter uma idéia 4 adultos + 3 crianças comendo muitissimo (sanduíches, sorvetes, refris, frango etc) saiu por cerca de R$40,00 e ainda pagamos no cartão de crédito.

Fomos para a Plaza San Francisco uma das mais agitadas e movimentadas da capital boliviana, reduto da comunidade aimará, seguimos pela Calle Sagárnaga que apresenta incrível variedade de artesanias e o fluxo de pessoas (gringos, indígenas,...) é intenso.

Uma das travessas da Sagárgana é a Calle Linares onde se encontra o fascinante Mercado de Hechicería (a famosa rua das bruxas) ele é imperdível, são inúmeras tendas apinhadas de ervas, talismãs, fetos de llamas, etc etc o lugar tem um cheiro diferente... As vendedoras não gostam de fotógrafos então é melhor não pegar pesado... o ideal é comprar algo e já pedir pra tirar uma foto...

 

 

18° dia (04.08.2010) La Paz

Esse seria nosso último dia em La Paz e queríamos aproveitar ao máximo, dedicamos parte do dia no centro e o restante no impressionante mercado Buenos Aires, são cerca de 30 quarteirões abarrotados de gente e de tudo que você puder imaginar, cada região se dedica a um tipo de produto, então são algumas quadras com roupas, outras com tênis, outras com eletrônicos, brinquedos, lãs, doces, produtos de higiene, carnes e tudo que sua imaginação for capaz... por mais que não se pretenda comprar nada vale a pena ir dar uma olhada pois faz parte da essência da vida em La Paz. Não preciso nem mencionar que tudo é muitíssimo barato e dá pra ver vários gringos se entupindo de tênis Nikes, Adidas etc... rs O mercado funciona de dia mas pela madrugada todos aqueles que não tem espaço durante o dia expõe seus produtos madrugada adentro.

No mercado Buenos Aires presenciamos mais um manifesto, foram centenas e centenas de diferentes grupos indígenas passando com faixas, algo impressionante, jamais vi nada do gênero (no quesito n° de pessoas e organização) pelo Brasil...

O formigueiro humano formado pelos manifestantes...

 

Às 20:00 tinhamos vôo para Santa Cruz de La Sierra pela BoA, ótima empresa altamente recomendável.

Chegando em Santa Cruz ficamos pelo aeroporto mesmo aguardando o vôo das 4:00 para São Paulo.

 

Então gente... fico por aqui qualquer dúvida é só chamar...

Abraço a todos!!

Editado Novembro 9, 2010 por Visitante

Muito bom o teu relato!!! Eu tenho um casal de filhos, uma menina de 6 e um menino de 2.

A menina é doida pra ir conosco pra Machu Picchu, ano que vem, mas infelizmente eu não vou poder levar, mas fico feliz por ver no seu relato que dá pra ir tranquilo com criança dessa idade!!

Parabéns! Aguardo o restante.

 

Abraços.

Oi "fergeoli"!

Seu relato tá muito bom!

Vou aproveitar para atualizar varias informações e dicas no meu roteiro (vou a Bolívia em Janeiro).

 

Tenho umas perguntas para vc:

1) essa cotação de 1R$=3,85b$ vc conseguiu aonde? Achei excelente! Foi pq vcs trocaram em Santa Cruz ou em outras cidades da Bolivia vcs tb conseguiram uma cotação proxima?

2) Vc tem o endereço ou email ou site desse Gran Hotel onde vcs ficaram em Sucre? No google aparecem váaaaarios Gran Hotel mas nenhum com uma cara bonita como esse da sua foto rsrs.

3)Tb entrei em contato com a Colque por email e tb quiseram q eu pagasse adiantado por deposito bancario (oq ia fazer ficar mais caro ainda por ser deposito internacional e nada muito garantido) e ainda estava cobrando mais do que vejo o pessoal relatar aqui no forum. Vc tem o contato ou mesmo o endereço/telefone dessa empresa que contratou para o tour do salar?

4) os R$4000 que vc gastou incluem passagens aereas? Achei um otimo valor!

 

estou ansiosa para ler suas dicas de La Paz,

abs, Marla.

Ei fergeoli,

 

Gostei muito do seu relato!!!

 

Eu tbm tenho dois filhos, um menino de 8 e uma menina de 3.

O mais velho já fez várias viagens com a gente, a pequenininha ainda não.

 

Ficava meio receosa quanto as altitudes, mas como você postou, parece que foi bem tranquilo.

 

Abraços!

Puxa que bacana, bastante gente com filhos!

 

Olá pdavid, que bom que gostou... a primeira vez que meu filho foi para o Peru tinha 5 anos, adorou, espero que logo pinte uma oportunidade de vc levar os seus. Tenho certeza que todos vocês passarão momentos incríveis.

 

 

Oi Marla Santos, então...

1. sobre a cotação, conseguimos esse valor em La Paz, Sucre e creio que por todos os lugares que andamos. A cotação do dólar também era boa U$1 por Bs6,95.

 

2. O Gran Hotel fica na Rua Aniceto Arce, ou simplesmente Arce n° 61, fica a meia quadra da Plaza 25 de Mayo, excelente localização, o telefone/ fax é (591) 64-52461, e'mail: grandhotel_sucre@entelnet.bo

A frente é simples, como todas as construções, mas por dentro é bem bacana. O pátio de trás é ainda mais belo do que o da frente.

 

3. A empresa que nos levou para o Salar foi a Avi Tours, sem e'mail mas o endereço fica na Avenida Arce s/n entre Cabrera casi esq. Perú. Tel/fax 693 2994, Cel 724 29005, 733 35393, 723 65280. O gerente de vendas é o Luis Cuadros e nosso motorista/guia foi o Ivan, muito gente boa. O ideal é dar uma boa pechinchada, a empresa é excelente. Em La Paz recomendamos para um amigo de São Paulo e por e'mail ele nos agradeceu e disse que foi ótimo, ele porém não foi até San Pedro, ficou só na Isla del Pescado e retornou.

 

4. Os R$4.000,00 foram com passagens aéreas sim, só que compradas com bastante antecedência (uns 6 meses), nós somos bastante econômicos, sem preguiça de caminhar até encontrar o preço que quero, mas também fizemos nossas "pequenas extravagâncias" hehe, é que lá é tudo realmente barato.

Sobre os vôos: até Santa Cruz- Gol

depois dá pra pegar companhias nacionais, que pessoalmente achei até melhores, pro padrão que estamos acostumados no Brasil...

 

Olá Carol Adler, legal que gostou,

a primeira vez que levei meu filho para o Peru a maior altitude que ele pegou foi no Titicaca, fiquei antenada, perguntando se estava legal, caminhando mais devagar e tudo certo... esse ano a mesma coisa com meu filho e sobrinhos e ficamos bastante tempo em locais com mais de 4.000m, foi tranquilo, minha sobrinha de 10 anos teve um pouco de dor de cabeça, nosso guia no Salar (Ivan) arranjou uns pirulitos para a criançada dizendo que açucar ajudava no mal de altitude... só sei que deu certo rsss

No Salar encontramos uma criancinha de uns dois anos com uns alemães... uma graça.

Acho que vale sempre dar uma perguntada ao pediatra da criança. Antes de nossa primeira viagem consultei o pediatra, ele me tranquilizou dizendo que crianças são até mais adaptáveis.

 

Abraços a todos!!

Puxa adorei o seu relato, tenho um filho de 5 anos, e penso muito em levar ele em alguma dessas minahs aventuras. Seria ideal que tivesse outras crianças, a adaptação e socialização seriam rapidas!!!! Ano passado fiz um roteiro parecido com o seu.

 

Quando pensa em viajar de novo???? Poderiamos combinar algo o que acha?

 

Um beijo

Puxa Erika que legal!!!

Tá rolando encontro dos mochileiros, de repente bolamos uma mochilada pra galera que tem filhos rs

 

Estamos estudando nossas próximas mochiladas, o que já está meio certo é Argentina pra final desse ano, 2011 ainda estamos na dúvida, pois queremos Europa: Portugal, Espanha, Itália e França ou de repente aqui pelo Brasil mesmo... tudo vai depender do nosso tempo e da grana é claro... rs

 

Abraço!!

Ola Fergeoli,

 

O encontro dos mochileiros para novembro não poderei ir, moro em fortaleza e como ja vou para as serras gauchas no feriado de novembro, ai complicou tudo!

No final do ano para argentina ta complicado tb, pois este ano decidi nao viajar, para fazer uma cirurgia palstica.... kkkk esta marcada para o final de novembro, assim estarei de repouso. Contudo para 2011 está tudo em cima. Poderiamos ir para argentina, bariloche,patagonia, acho que as crianças iriam gostar... Ou entao no Brasil, para pantanal,bonito, o que acha???

Oi de novo Fergeoli:

Estou acompanhando a edição do teu relato. To esperando o restante. Anotei algumas informações importantes para meu roteiro.

Abraços.

Nossa erika

 

essas duas opções me agradam muito rs... Argentina com Barilche, Patagônia,... ou Bonito.

 

Sobre o encontro de novembro também não posso ir mas digo de um encontro com os mochileiros que tem filhos, possivelmente em 2011, mas claro só uma idéia surgindo... Inclusive postei um tópico no "mochilando com crianças" a sugestão de um possivel encontro... vamos ver o que dá...

www.mochileiros.com/encontro-dos-mochileiros-com-criancas-que-tal-t48470.html

 

Grande abraço nos falamos!!!