Membros Rick rj Postado Agosto 5, 2013 Membros Compartilhar Postado Agosto 5, 2013 (editado) Cara, é difícil d+ escrever um relato de uma viagem que você não consegue explicar muito bem só descrevendo as experiências, que foram as melhores, e as amizades que tu faz, com pessoas iguais a você, com pessoas completamente diferentes de você e com pessoas que nem sua língua falam, mas a afinidade bate, e bate mesmo. Talvez por causa da euforia de fazer uma parada maneira, de compartilhar experiências, de falar das mancadas que acontecem, de beber a mesma cerveja ou de comer o mesmo ceviche ou ainda de passar mal por causa de uma sopa esquisita e de todo o resto. Mas o que posso dizer com toda a propriedade é que essa trip foi FODAAA!!!! Quem que quando estudava os Incas na escola, nunca teve vontade de ir a MachuPicchu??? Bom, eu pelo menos sempre tive! E nem foi só pelo o que esses caras fizeram, mas por tudo dos outros países latinos, nossos vizinho, que não temos conhecimento, por toda a cultura dessas caras, que é foda, muito diferente da nossa! Posso dizer que a Trip de fato começou em fevereiro numa sexta sinistra aqui em Gizdfora (Juiz de Fora), que peguei um plantão pequeno de 12h até às 8 da noite. Só queria chegar em casa e dormir e quando cheguei na minha rua descobri que tava tendo um bloco de carnaval (faltava uns 15 dias pro carná ainda) bem na esquina, bem debaixo da minha janela, e acreditem, nada pior que samba mineiro, ainda mais quando tu tá puto querendo dormir e não pode, um calor do cão e ter q deixar a ventana fechado por causa do samba ruim. Então restava a internet e pensei comigo..."vou pra MachuPicchu!!!" Caí direto aqui no Mochileiros e comecei a pesquisar os tópicos do pessoal que estava marcando de ir e tal, e fui estudando sobre os lugares que nunca tinha ouvido falar antes... Li e reli o relato do Mauro umas 300 vezes, trocava ideia no face, enchi o cara de perguntas e pensava na viagem todos dias e todas as horas, as vezes nem trabalhava ficava aqui lendo os relatos e viajando nos sites das cidades e tal. Ae, eis que surge, o Férnando lá de Salvador, procurando galera pra ir em julho, data perfeita pra mim: http://www.mochileiros.com/bolivia-chile-peru-bolivia-20-dias-julho-2013-t78988.html Começamos a nos falar em março, e o cara e o Davi (Londrina), já tinha comprado as passagens da GOL pra Santa Cruz e tal, começamos a trocar ideia, facebook toda noite quase, tentando definir roteiro, decidi que ia com eles, afinando as datas de chegada ao Salar, Atacama, Arequipa...valores, passeios, documentos e tal. Fim de março a Laura (Fortal) aparece falando que ia na mesma data com uma amiga. Blz, grupo de 5! Inicio de abril passagens compradas pro dia 07/07. Como os vôos partindo do Galeão já estavam todos cheios, tive que comprar embarcando em GRU, paguei R$ 672,00 pelas passagens de ida e volta (27/07) hasta Santa Cruz de La Sierra! Ae eis que aparece o Yago (Sampa) dizendo que ia com a gente, e foi mesmo, e a Bianca, uma amiga de uma amiga minha de Valença (minha terra). E a gente sempre tava trocando mensagens no face e tal, todo dia praticamente. Preparativos Eu como bom brasileiro que sou, deixei tudo pra última hora Em maio fui me preocupar com o passaporte (queria só pra ter mesmo). Fui ver aqui em JF, agendamentos só pra AGOSTO, liguei pra PF de VR City, (agendamentos só pra JULHO), Petrópolis ( sem agendamento), RioSul (nada), restava mesmo o GIG, agendamento pra 21/06, ou seja, prazo curto pra parada ficar pronta!!! Ae pensei né, tenho que ir no Rio mesmo, já resolvo tudo lá mesmo, como ir na Decathlon e tomar a bendita vacina de Febre Amarela. Blz, fui pro GIG tranquilo, semana de protestos, e o transito de boa de manhã. Fiz a parada do passaporte em menos de 1 horas na PF e com a entrega do passaporte pro dia 01/07 , fui na Anvisa , mas lá eles só emitem o cartão, não aplicam a vacina. Por mim blz, como tinha que ir na Decathlon (Barra), pensei, paro na Gávea, tomo a parada e vo pra Barra. Fiquei só umas 2:30 na fila no Posto de Saúde da Gávea, já que era dia de vacinação infantil, pqp, foi foda! E do nada uma enfermeira apareceu correndo no corredor chamando uma outra enfermeira por que tinha acabado de sair notícia que ia ter protesto na Barra e iam fechar a Avenida das Américas Ae pensei...fodeooo!!! e fiquei na Gávea mesmo. Tomei a vacina, peguei o cartão e fui beber Dia 04/07 fui finalmente buscar o passport e na Decathlon. Gastei não mais de 200 reais em segunda pele, camisa dry fit e fleece, lembro que o fleece foi 30 reais, mas o bagulho esquenta d+!!! Finalmente dia 05/07, sexta ultimo dia de trampo antes das férias, e ainda era dia de treinamento, fiz o que tinha q fazer e fui no shops cambiar, na pior cotação dos últimos tempos, Dollar turismo a R$ 2.40, mas enfim, era o que tinha né. Já tava lá... Saí de JF no sábado de manhã rumo a Valença, já que a sexta foi corrida, não tinha arrumado tudo na mochila ainda e perdi o buzão noturno. E faltava pouco pra tão sonhada viagem, e preparando as músicas, as roupas, preparando o sonho e nada de sono. Ae fiquei no skype com o Yago vendo o que cada um estava levando e lembrando dos básicos..tipo papel higiênico, cortador de unha, pente etc. Quando deu 6 da matina acordei desesperado porque o buzão era às 7. Colekei a cargueira nas costas, a ataque na frente e partiu Valença!!! Cargueira: 1 par de havaianas (que todos os gringos de fato conhecem!) 4 pares de meia (que ficaram todos pra lá) 1 calça segunda pele 3 jeans ( 1 pra estragar, e 2 sei lá pra quê, mas foram úteis) 1 calça napa 1 par de tênis de trekking 1 par de sapatos normais 7 cuecas 1 sunga (águas termais é claro) 2 camisas dry fit 5 camisas comuns 1 blusa segunda pele 1 fleece 1 blusa de lã (nem precisei usar) 1 japona (só usei 2 vezes) 2 casacos de malha (muito quentes) *Nem vou listar as coisas de uso pessoal, porque não dá pra viver sem...e pra não esquecer, foram as primeiras coisas pra mochila de ataque! Dia 06, sábadão, tava eu e Bianca saindo de Valença rumo a Volta Redonda, onde meu irmão foi encontrar comigo na rodo antes do buzão pra Sampa. Ae foram os primeiros 450 km da viagem. Chegamos no Tiête umas 5h da manhã e o Yago ia passar com o Davi e a Alessandra (amiga dele) umas 7:30 mais ou menos pra levar a gente pro Tietê. Todos no carro e partiu GRU! Lá encontramos com o Cristian ( que chegou pr ultimo no grupo, quase no dia da viagem já) e com a Laura e Talita dentro do mesmo buzão pro embarque na remota e começou a festa ali mesmo com a gente chamando na Vodka que compramos no DutyFree. Sentamos no fundão do avião, numa fileira estava eu, um brasileiro doido que trabalha em Santa Cruz e a bianca, rindo a viagem toda e uma boliviana no banco de trás bolada com a gente, na do outro lado o Davi e o Yago e o restante da galera mais pra frente. Santa Cruz de La Sierra e a Tripa! Chegamos em Santa 15h e um calor do cão, tipo o de Brasília durante o dia. Depois da imigração no ViruViru, que é sinistra onde o alarme fica vermelho a cada 10 pessoas que passam pelo scanner, fomos direto procurar passagens pra Sucre na mesma tarde, mas os voos já estavam lotados, então compramos pra segunda 9h pela BOA. Passagens compradas por 328 bob + 63 bob de taxa, tomamos nossa primeira Huari, já que o brasileiro que estava com a gente no voo disse que era melhor que a Paceña (nesse momento comecei a desconfiar desse cara . A Huari é boa, mas a Paceña de fato é muito melhor! E como não podia deixar de estar, a cerva tá quente d+ pra uma cidade quente! Fomos cambiar um pouco das dolletas no aero mesmo, 6,80 a cotação! Fomos os 7 atrás de um taxi. Entramos todos em um que o moto era meio doido, mas gente boa. 70 bob até o Jodanga é claro! 20 km do aero até o jodanga. Chegamos no famoso em uns 20 min. Na divisão de quartos, Laura e Talita quiseram ficar num quarto de casal (sacanagem ) e a gente num quarto com uma italiana e uma alemã gente boa. No fim da noite chegou um israelense que combateu no exército e agora estava querendo paz! Blz, jogamos as mochilas na cama, colocamos a vodka em um copo com coca (Cola) e caímos na piscina. Depois fomos dar um rolé na cidade, e já tava fazendo um certo frio (típico de Brasília na noite), e o Jodanga não mal localizado como dizem. Basta ser mochileiro de verdade e explorar o terreno Saímos andando e fomos parar num posto de gasolina onde compramos a primeira paceña, e que delícia de cerva, pqp! Aproveitei e comprei o saco de folha de coca e umas pastilhas de coca tbm, além de uma trochinha de pano de uns 3 cm mas bem gorducha com folha picada dentro, que segunda a mulé q vendeu era pra deixar na boca e esquecer, mas era sinistro o bagulho ( no fim da viagem aquela porcaria ia dar o que falar). Localização do posto de coca e da tripa - numa rua bem movimentada, como muitas barraquinhas e alguns restaurantes fuleiros, mas no caminho tem uns muito bons! Paceña de lei! Logo depois fomos procurar um lugar pra comer, e eu queria comer algo típico na rua mesmo. Acabamos numa barrinha bem fulera, mas o prato tava bonito, com salada, arroz com creme de milho, linguiça, bife e um troço esquito que parecia queijo, a gente cortava o queijo e nada, então perguntamos e a cozinheira disse que era tripa de vicuña, tamo aqui, vamo comer né! Agora pensa num bagulho ruim, mas ruim de verdade, era essa tripa . Cara, era encostar na boca e vomitar, pqp q troço doido!!! Comemos e voltando andando pro hostel, tomei um banho como se fosse o último da vida, ou pelo menos o último banho de verdade em um bom tempo. Acordamos cedo, ee na correria deixei a garrafa de vodka ainda cheia no sofá da recepção e fomos correndo em 2 táxis pro ViruViru. Todos foram pra sala de embarque e não lembro o que estava fazendo, só sei que quando ouvi meu nome sendo anunciado saí correndo pro embarque. Era um 737 até bom, mas a Bianca cismou que tava com cheiro de queimado no avião e perguntei pra aeromoça e ela disse q não era nada e ficou rindo da nossa cara... Próximo destino: SUCRE!!! OBS.: Infelizmente, mas infelizmente o Fernando, o cara que juntou todo mundo aqui no mochileiros, não pode ir na viagem por motivos pessoas, mas Fernando, como te disse cara, tu tava com a gente lá parceiro!!! :'> - Santa é uma cidade boa, muito parecida com as cidades do Centro-Oeste, agropecuária bem desenvolvida, ruas amplas... - Levem tudo em Dollar. - Conversem com todo mundo que encontrar pela frente! - F da-se os problemas. - Não abram e-mails do trabalho ( Abri o meu no Jodanga só pra avisar aos meu diretores o dia da minha volta). Gastos básicos, as bebidas são outros 500: Antes da viagem = passagens da GOL + Decathlon + coisas pessoais + bus p/ GRU = R$ 900,00 Taxi ViruViru - Jodanga = 10 bob Jodanga = 60 bob Tripa = 15 bob Jodanga - Viru = 18 bob (4 pessoas no taxi) Passagem hasta Sucre = 391 bob Café da manhã no caminho do aero = 10 bob Editado Agosto 12, 2013 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra Aletucs Postado Agosto 5, 2013 Membros de Honra Compartilhar Postado Agosto 5, 2013 promete... Esse relato promete. manda bronca e escreve logo esse negócio que pelo jeito vai ser fodastico! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Paulo Andrade silva Postado Agosto 5, 2013 Membros Compartilhar Postado Agosto 5, 2013 Vai ser show!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Alanzera Postado Agosto 5, 2013 Membros Compartilhar Postado Agosto 5, 2013 Esse vai ser top! Acompanhando... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra MariaEmilia Postado Agosto 5, 2013 Membros de Honra Compartilhar Postado Agosto 5, 2013 Aguardando os próximos capítulos. Maria Emília Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros ellentsq Postado Agosto 6, 2013 Membros Compartilhar Postado Agosto 6, 2013 Ótimo início, Rick! To preparando a minha viagem pro verão, então to ansiosa pelo resto do teu relato. Continua aí! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Renato Pinto Postado Agosto 6, 2013 Colaboradores Compartilhar Postado Agosto 6, 2013 Acompanhando aqui Rick, Viajo dia 1º de Setembro e todas as dicas serão uteis. Parabéns pela trip, e continua aeee o relato. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rick rj Postado Agosto 10, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Agosto 10, 2013 Acompanhando aqui Rick, Viajo dia 1º de Setembro e todas as dicas serão uteis. Parabéns pela trip, e continua aeee o relato. Cara, vai na fé!!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rick rj Postado Agosto 10, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Agosto 10, 2013 promete... Esse relato promete. manda bronca e escreve logo esse negócio que pelo jeito vai ser fodastico! Hehe, to tentando, mas o trabalho e os amigos não me dão tempo huahua Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rick rj Postado Agosto 12, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Agosto 12, 2013 Segundona, 08 de julho = SUCRE > POTOSÍ y UYUNI!!! Como disse no fim do último relato, a Bianca apavorou todo mundo com o cheiro de queimado que não era queimado, era só um cheio ruim, que logo passou. Claro que fomos pro fundão do avião, fundão mesmo! Eu na janela, Bianca no meio e Yago no corredor, as vezes ele ia pra outra janela sacar unas fotos. E a gente rindo de tudo e de todos, chamando na folha de coca e nas pastilhas, que eram ruim d+. As folhas a gente mastigava igual boi e dava um gosto ruim na boca, só mais tarde, bem mais tarde, descobrimos que é só deixar na boca que fica tudo de boa. Começamos a usar a coca no voo com medo da altitude e tal, já que Santa Cruz está 420m e Sucre a 2.800m, que nem é tanto assim. Era mais vontade de usar folha de coca mesmo O Boing da BOA pra Sucre era mais ou menos novo, com um pouco mais espaço que os da GOL, o problema era o voo em si. São 30 minutos com o avião praticamente em pé!!! É sinistro o bagulho, mas a vista do início dos Andes é bonita d+, você realmente viaja muito (literalmente) rs. Eu deixo bem claro que gostaria de ter ido de ônibus no domingo para conhecer mais. Mas tudo até agora foi super válido! :'> Creio que todos em alguma vez na vida já tenham ouvido alguma coisa sobre Sucre, nem que seja só o nome da cidade... Sucre pra gente foi só uma baldeação pra Uyuni, infelizmente, gostaria de ter passado uma noite lá. Desembarcamos em Sucre às 9:30 de la mañana, estava bem mais frio que Santa Cruz, e fizemos a festa na pista , já que lá não tem fingers, tirando fotos e tal até os guardas expulsarem a gente como sempre rs. Entramos no desembarque e o aero é bem pequeno mesmo, acho que deve ser o menor que já v na vida. O maluco do Davi jogou a etiqueta da bagagem fora, e tínhamos que apresentar aquilo pra alguma coisa, como éramos os únicos falantes de português no aeroporto, todo mundo ficava olhando claro, e o Davi no lixo caçando a bagulho dele. Saímos do desembarque e cruzamos o aero em menos de 30 segundos, sem sacanagem! O pessoal foi pra porta caçar taxi e eu entrei numa lojinha lá e perguntei como poderia fazer pra chegar ao centro de BUS (finalmente eu ia andar num ônibus boliviano como os buses de Havana ). A mulé (de uns 35 anos) la explicou muito gentilmente e cheguei no pessoal que já estavam conversando com um taxista, e falei que tinha um buzão desses antigos (todos que circulam no centro das cidades lá são assim) que custava 1,50 bob, o pessoal relutou um pouco mas foram, ora, estamos de mochilão, temos que conhecer tudo po! Ae fomos pro ponto (o mejor, parada), uns 20 min do aero, sendo que desses 20, 10 ficamos tirando foto na estátua de uma mulé lá - Dona Juana - uma libertadora. Então não dá nem 10 min do terminal até o ponto de buzão. Eis que do nada surge um buzão daqueles antigos já com todos os bancos ocupados e me veio um sorriso no rosto, fiquei feliz mesmo, cheguei a conclusão que prefiro pagar as passagens caras do Brasil, que ter um transporte público barato com ônibus caindo aos pedaços, mas isso são outros 500 . Enfim, entramos os 7, cada um com suas mochilas gigantes nas costas, mais a de ataque na frente ou na mão, e as bolivianada tudo olhando pra gente com uma cara esquisita, mais depois caíram na risada. A Talita conseguiu um banco vago e sentou, e a gente falando alto no buzão, o Davi e o Yago começaram a conversar com uma doninha que tava na frente e a dona só sabia sorrir . Eis que do nada Talita começa a cantar : Estoy aquí quieréndote Ahogándome Entre fotos y cuadernos Entre cosas y recuerdos que Estoy enloqueciéndome Cambiándome un pie por la cara mía Esta noche por el día ie Estoy aquí quieréndote Ahogándome Entre fotos y cuadernos Entre cosas y recuerdos que Estoy enloqueciéndome Cambiándome un pie por la cara mía Esta noche por el día ie Estoy aquí quieréndote Estoy aquí Estoy enloqueciéndome Estoy aquí quieréndote Inclusive a parte difícil da música (para nosotros), e a gente acompanhado é claro, durante uns 10 min, e o pessoal do buzão morrendo de rir, e a gente rindo mais ainda : . A risada da Talita é realmente contagiante! Fortaleza né, ela consegue rir com sotaque cara, muito massa! Uns 10 min depois disso entrou uma mãe (de uns 20 anos) com su hija (de 9 meses). Talita e eu oferecemos à mãe que deixa-se a filha no colo da Talita, ela olhou ressabiada, mas no fim deixou e começamos a conversar normalmente, coisas sobre a cidade, de o terminal de buses estava lejos, y em quanto tiempo, coisas de Brasil e ela o tempo todo nos alertando sobre os furtos que acontecem nas ruas de Sucre, as vezes os caras metem a mão pelas janelas do ônibus e roubam e tal, e a gente só arregalava uns zóião pra ela e fechamos todas as janelas perto da gente. Ae eu pergunto o nome da filha, ela responde...Camila, em conjunto todos os sete começam a cantar “CAMILAAAA –AA CAMILAAAAAAA” , cara, a menina arranca um choro no mesmo segundo e as bolivianada rindo e a mãe bolada, pegou na hora a menina assustada, devia tá pensando que a gente era um ET . Tu via a cara de medo dela, a Talita até tentou levantar para a mãe sentar, mas era impossível, o buzão tava lotado e a gente cheio de mochilas. Quando a Camila se acalmou a mãe a colocou no colo da Talita novamente, mas sem música dessa vez. São pouco mais de 7km do aero até o terminal, bem, o buzão não foi até exatamente ao terminal, nos deixou há 2 quadras e continuou seu rumo. O bairro ao redor do terminal é de ruas estreitas e cheio de tienda de todos os tipos, de comida (vimos nossa primeira chollita, vendendo sopa na rua), de sapato, de roupa, de mato, de tudo. Descemos ali cagando de medo e fomos ao terminal. A Bianca começou a sentir um pouco de cansaço (por causa da altitude), e a gente nem tinha andado mais que 20 metros. Fui ver com um cara que estava gritando ”Potosí” na rua, e era um van nova, ele disse que faria pra gente até Uyuni por 50 bob cada. Falei que depois voltava, e isso eram umas 11 da manhã. Lembro do Yago reclamar de algo sobre a altitude também. Entramos no Terminal e uma gritaria de cidades infernal, “Santa Cruxxxxxxxxx” (virou bordão da galera), “Potosíííííííííí”, “La Pazzzzzlapazlapazlapazlapaz” . A galera fica na frente dos guichês (que são muitos) gritando até não querer mais. O terminal é pequeno e muito movimentado, com uns corredores bem apertados, não me pareceu bom ficar no terminal por muito tempo. Bem na entrada tem uma empresa ( Emperador) que fazia Potosí de hora em hora, custava 17 bob. Fomos caminhando e estavam todas mais ou menos isso mesmo, até chegarmos no final, compramos por 15 bob pro bus dás 13:30 na 10 de Noviembre. Ou seja, teríamos pouco mais de 2 hora pra comer algo na cidade e tal. Deixamos nossas cargueiras no terminal (5 bob pra guardar a mochila o dia todo) e fomos pra rua caçar um taxi até o centro. O primeiro taxista do terminal cobrou 10 por pessoa, choramos e ele fez por 7 cada, até a Plaza 25 de Mayo. Como sete é um número sinistro, na mesma hora hora me prontifiquei a ir no porta-malas e o Yago também, se ando em porta-malas de carro aqui no Brasil, vo andar lá também e feliz da vida. O motorista só ria. Chegamos na praça em 5 minutos, e tu só desce do terminal até o centro, e a vista é linda cara. Sucre de fato é uma cidade muito bonita. Pagamos o moto, fomos dar um rolé juntos pra ver um lugar pra cambiar e almoçar. Bem do lado da Plaza hay una calle (Aniceto Arce, onde fizemos tudo na verdade). Cambiamos e a Laura e Talita tinham visto um restaurante que parecia bom, fomos lá e era realmente muito bom. Na verdade era um hotel - Grand Hotel Sucre – que deixa o restaurante liberado. Estava cheio e fomos almoçar do lado de fora, num átrio muito foda o bagulho! Mas infelizmente o almoço começava a demorar, tinha só um garçom atendendo o átrio e outras mesas do lado de dentro. Um senhor muito simpático, mas ele percebeu nossa cara de descontentes, mas ele não teve culpa de nada! A comida, muito boa por sinal, chegou, pedimos umas cervejas é claro, e coca (Coca-Cola) para as meninas. Paguei não mais que 40 bob por um almoço bom com cerveja! E foi dando 1 hora e a gente tinha acabado de receber os pratos. Conversamos um pouco de decidimos perder o buzão e comer em paz! Afinal, talvez poderíamos trocar as passagens pra outro horário. Comemos, bebemos bem, carregamos os celulares e desfrutamos um pouco do lugar. Fomos pra rua comprar algumas coisas. Marcamos de nos encontrarmos na Plaza às 15h. Entrei numa lojinha na própria Aniceto Arce, um pouco depois da Plazuela Santa Cruz, comprei um par de meias-doble (15 bob), um par de luvas de alpaca (muito boas) por 20 bob, e uma banderola de uns 30 cm da Bolívia por 10 bob = preço total de 45 bob, mas tu tens que negociar sempre , dei uma chorada e paguei 35 por tudo no final! Em outra tienda, bem na plazuela, comprei um gorro (o das fotos) por 25 bob e uma camisa da cidade por 20 bob, mas ae você chora e o preço final foi 35 bob Às 15 nos encontramos na Plaza, sacamos algunas fotos e fomos para o terminal, e novamente fiz questão de ir no porta-malas :'> , mas dessa vez foi foda, porque a cada balançada a lataria encostava nas rodas , a gente só levava um susto com o barulho e o motorista não estava nem aí. Esse taxi saiu por 6 cada. Chegamo no terminal, fomos correndo na 10 de Noviembre que tínhamos comprado as passagens, mas eles disseram que não tinha mais bus pra Potosí naquele dia, perdemos as passagens . Pegamos nossas mochilas e fomos Trans Emperador. Perguntei e a vendedora disse que era 17 bob, ae falei que a outra vendia por 15, então ela fez por 15 ! Eram dois ônibus, o A(ou 1) e o B (ou 2) saindo às 16h. Compramos todos para o B (2), nos últimos lugares do bus é claro, e como sempre, temos que pagar o direito de uso do terminal, 2 bob. Na fila o moto disse que as cargueiras tinham que ir no bagageiro e a gente disse que não, ele fez uma cara feia e entramos . Lembro que o meu assento era o 37 e tinha um boliviano lá. Falei com ele na boa que era o meu, e o dele também era 37 no bus B (ou 2), fomos juntos falar com o motorista e na mesma hora o moto mandou eu subir no ônibus e ficar quieto e mandou o boliviano pra outro ônibus , não gostei da atitude e do tratamento do moto comigo e com o outro boliviano, mas enfim, subi e fui em paz! Do meu lado sentou o Miguel, um boliviano muito gente boa, atrás estava um outro que não lembro o nome, mas era Dj e estava indo tocar em uma festa em Potosí, Davi estava na minha frente e o restante da galera na outra fileira, e a gente trocando ideia com o Dj, Miguel ainda estava calado. O Dj o tempo todo perguntado coisas sobre o Brasil e sobre a nossa viagem e tal, ae ele disse que iria dormir pra estar bem à noite. Logo comecei a puxar papo com o Miguel (isso com o buzão andando já) e perguntei quanto ele tinha pago pela passagem, ele falou 17 e eu falei 15. O cara ficou puto mas enfim, comecei a perguntar como era Potosí, quanto tempo até lá, "só 4 horas" ele respondeu, o cara perguntava sobre futebol, falava do Flamengo e o cara não conhecia o Rio cara, impossível conhecer o Fla e o não saber sobre o Rio. O ônibus era daqueles modelos antigos daqui do Brasil, nem banheiro tinha, mas era até que conservado, nada de mais. E assim fomos conversando boa parte da viagem. P.S.: Perguntei ao Miguel qual era o preço das corridas de taxi em Sucre, ele respondeu que qualquer corrida não sai por mais de 10 bob, qualquer corrida!!! E os caras cobrando 7, 8 por pessoa!!! Fique bolado Fomos conversando até a primeira parada, uns 40 min depois de Sucre, é um posto de controle policial, um vilarejo que se chama Totacoa, e tem umas mulheres e umas bolivianas bonitinhas que vendem umas empanadas (ficaram me dando tchau quando o buzão saiu), acho que de pollo (claro) com queijo, perguntei ao Miguel se era confiável, ele disse que sim, então Yago e eu compramos, acordei o Dj ele aceitou de prontidão, devia tá com fome o moleque, Miguel também, uma senhora que estava ao lado do Dj pegou um pedaço também. Cara, e estava gostosa pracaramba, até que o Yago achou um cabelo gigante na parada , mas tava tão boa que eu nem liguei, tava boa mesmo. Quem parar lá, pode comprar!!! :'> Eu evitava dormir pra poder curtir a viagem, coloquei o Ipod pra funcionar(só nos Kings: of Convenience e of Lions) e partiu subir os Andes! Cerca de 1 horas depois da primeira parada, paramos no pedágio, sim, há pedágios na Bolivia!!! Pelo menos a carretera estava em perfeito estado, melhor que muitas do Brasil. O problema é a lerdeza do motorista. A essa hora já estávamos todos loucos pra ir ao baño. Ms a vista que você tem da estrada é foda, só respirar fundo um pouco e esquecer a vontade que tá de boa . Ainda estávamos a 2.500 metros, nada de altitude ainda, nem frio estava, mais baixo que Sucre. A partir do posto de peaje, começamos a subir, mas bem de leve e a noite já estava caindo. Quando começam as curvas fechadas ae tu tem a certeza que esta subindo muito, o buzão parecia que ia a 30 por hora só. Já era umas 19h e até então era o céu mais estrelado que já tinha visto, tu se sentia próximo do céu mesmo, de um lado a cordilheira, do outro um barranco sem tamanho e lá em baixo tu podia ver alguns carros subindo também. Quando tu lá em cima já, tem uma hora que a estrada fica plana e tu vê algumas luzes, perguntei ao Miguel se já estava chegando, ele disse que tava lejos ainda. E o frio já estava comendo solto, ninguém com segunda pele, só calça jeans e casacos mesmo, só sei que peguei o gorro e as luvas, porque tava frio mesmo. E vão em bora, subir mais um pouco. Finalmente passamos em frente ao aero de Potosí, chegamos na cidade mais alta do mundo , logo o bus fez uma parada, Miguel desceu, se despediu da galera e disse que faltava uns 15 min até o terminal, o cara estava certo, só 15 minutos mesmo. Fiquei surpreso, pois o buzão tava lotado, mas nada de gente em pé, nada de pollos ou outras coisas, foi uma viagem bem tranquila mesmo :'> . 20:30h Saímos do buzão congelando . O terminal novo é bem funcional, bem arrumado, e muito limpo. Fomos todos correndo pro baño claro. Talita estava tão desesperada que entrou sem pagar e segundo a ela a tiazinha que toma conta começou a socar a porta da cabine dela kkkkk, saiu e não pagou. Era barato, acho que 2 bob. Ouvimos em algum lugar em Sucre que o último buzão pra Uyuni era 11 da noite. Então tava de boa :'> , fomos tomar um café, que só servia pra esquentar a mão, pq a mulé faz o café na hora, na sua frente, coloca um litro de água fervente na garrafa, joga o café que ela fez na garrafa também, sacode um pouco e te dá. Bom d+ pra não dizer o contrário . Tinha uns outros mochilieors lá também, acho que franceses, brasileiros até então não tinha visto. Só no Jodanga mesmo. Esquentamos a mão, pegamos 2 taxis, já que tava difícil achar 1 para levar os 7. Chegamos no terminal velho, onde tudo é velho mesmo, muito feio o bagulho lá, deserto o lugar, estava estranho aquilo. Fomos no guichê de boa da Trans Emperador, perguntamos a hora do buzão pra Uyuni, a vendedora disse que o buzão já tava saindo, ae indagamos se não teria um as 23h. Ela disse não e que o último era às 21:00h. Isso já era 21:10h. Disse a ela que precisávamos pegar aquele bus, ela desceu com a gente, chegamos lá e só tinha um único lugar vago no buzão. Falei que precisávamos pegar aquele buzão, ela disse poderíamos ir em pé e no caso de sentar, poderíamos ficar na cabine do motorista. Beleza, reunimos o grupo, todos concordaram, pagamos 10 bob cada + 2 bob de uso do terminal e vão bora, já tava ali mesmo ...se fico em pé em buzão no Brasil porque não ficaria na Bolívia também O engraçado é que o cara que pegou nossas cargueiras, era o mesmo do busão de Sucre. (tivemos que deixar as cargueiras no bagageiro, senão não ia caber a gente no buzão!) O lugar era bem lá trás, a Talita sentou e ficamos todos no fundão (tinha um espaço entre as últimas cadeiras e o fim). Yago tinha essas caixinhas de funkeiros, e fomos cantando na cabeça dos bolivianos até o nosso chegar, pensando que quando quiséssemos sentar, poderíamos ir pra cabine do moto. Eu tava feliz demais, finalmente a caminho de Uyuni, em pé no buzão, brincando e cantando e os bolivianos putos com a gente já. Lembro que o buzão parou em algum lugar e ninguém desceu, mas também não vimos ninguém entrar. Era quase meia noite já quando fomos na cabine do moto, abrimos a porta e tinha uns 7 caras . Voltamos pro fundão, fazer o que né , deitamos todos no corredor do buzão, vire e mexe, as mulé se revezavam no banco, e que chão gelado, pqp. Tava gelado d+ aquela porr@ daquele chão . A Ninguém conseguia dormir direito. Tinha um casal na frente da Talita que estava no mó amasso lá, e deitavam o banco em cima dela e ela começava a cutucar com a perna. A nossa sorte é que tínhamos biscoitos e muita água, afinal estávamos desde a hora do almoço sem comer nada decente, só as empanadas e o café. E a sede era grande. Eis que do nada o Davi, que estava deitado lá na frente aparece desesperado dizendo que alguém passou a mão na cabeça dele mas foi engraçado d+ isso . Às 01:46 da manhã o buzão parou em Uyuni, descemos congelando mais ainda, -3ºC ,em frente a Hospedaje El Salvador, tinha uns mochileiros dormindo, ou tentando, na calçada mesmo . Não pensamos duas vezes e fomos direto na recpção, o cara disse que tinha vaga, 30 bob a noite, fomos pros quartos que ficam no segundo piso, passamos em frente o banheiro no térreo e veio um cheiro de podre . As meninas ficaram num quarto ao lado, o nosso tinha 4 camas, todas machadas, todas as cobertas machadas também, não sabemos de que, se era de sangue ou de (deixa pra lá). Mas já estávamos lá mesmo, vão dormir né . Lembro que coloquei a segunda pele, contei a grana, ainda tinha bastantes bolivianos, colocamos as câmeras e os celulares pra carregar, tomei meio litro de água, respirei fundo e deitei, e no mesmo momento apaguei. Proxímo destino:SALAR! Obs.: Em Sucre, se for de avião, pegue um bus antigo do aero até o centro! Almoce pelo menos uma vez no Grand Hotel, é muito bom mesmo! Se eu tivesse tempo, com certeza passaria uns 2 dias na cidade. Deixe as coisas ruins que possam acontecer de lado e improvise! Cuidado no terminal de buses de Sucre. Coma a empanada no caminho hasta Potosí e vá encapotado no buzão. O último ônibus de Potosí até Uyuni é às 21h, pelo menos en lunes. Não fiquem na Hospedaje El Salvador! Como não levamos nossos roteiros, entramos no primeiro lugar que vimos em Uyuni. Sucre e Potosí são mais caras que La Paz! Gastos: Busão Aero x Centro (Sucre) = 1,50 bob Passagen p/ Potosí = 15 bob (perdida) Cargueira = 5 bob Taxi = 7 Almoço com cerva = 40 bob Gorro+meia+luvas+camisa+bandeira pequena = 75 bob Taxi = 6 bob Nova passagem = 15 bob Água e biscoitos = 10 bob Uso do terminal Sucre = 2 bob Uso do terminal antigo Potosí = 2 bob Hospedaje El Salvador = 30 bob Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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