Como concluir a cura de uma forte depressão, ocasionada por levar uma vida, nos últimos anos, em que eu não conseguia mais lidar com tantos percalços e problemas? Procurar profissionais de saúde especializados em tratar de depressão? Sim. Contar com os fundamentais apoios da família e de amigos de verdade? Sim. Isso tudo foi suficiente? Em primeiro momento, claro que sim, mas eu precisava de um plus decisivo.
Pois bem, isso posto, comecei a pensar em qual seria o próximo passo para retornar a ser quem sempre fui, uma pessoa alegre, tranquila e, na maioria das vezes, de bem com a vida, superando com luta, mas de maneira serena, os obstáculos rotineiros, que todos têm. Jornalista que sou, comecei a ler muito sobre meios para se livrar de vez da depressão e cheguei nas viagens.
A luz maior, então, surgiu por acaso. Não estava lendo sobre o que citei acima, mas me deparei, na internet, com uma publicação em facebook de alguém que mencionava Worldpackers. Me perguntei: ‘que raios é isso?’. Descobri, portanto, após pesquisar, um meio importantíssimo que facilita para que as pessoas consigam economizar muito, ao trocar hospedagem e refeições por trabalho digno.
Li, reli, li de novo e resolvi arriscar (sou habituado a viajar muito por aí. No entanto, dessa forma, foi a primeira vez). O destino: Viña del Mar, no Chile, mais precisamente a linda praia de Reñaca, destino que sempre sonhei em conhecer, por curiosidade pessoal. Me candidatei ao Reñaca Beach Hostel e fui aceito para aquela que seria uma das melhores experiências da minha vida, sem sombras de dúvidas.
Passagem comprada em promoção de companhia aérea, parti para um mês e pouco naquele lindo país. Pouso, ônibus, mais um ônibus e, por fim, novo ônibus…ufa, cheguei ao hostel. Não consigo encontrar palavras para descrever a incrível receptividade que tive por lá, por parte de Cata, a responsável pelo hostel, e Jonathan, o proprietário do local.
Quatro horas de trabalho por dia, como combinado, e, depois, todo o tempo do mundo livre para desfrutar de todas as imediações. Valparaíso e sua fantástica arquitetura, Viña del Mar, dunas de Con Con, encontro do Rio Aconcágua com o mar e muitas praias, além de gastronomia de primeira linha e ampla atividade cultural (aprimorar a língua espanhola, na prática, é outra coisa). Tudo isso não gastando quase nada, pois é possível ir a pé ou de ônibus de linha aos locais (em um mês, somando tudo, exceto passagens aéreas, não gastei nem 400 reais. É sério!).
Mas, a mim, a parte que ficará marcada ao resto de minha vida serão as amizades que fiz por lá, no hostel. Especialmente com a chilena Cata, os venezuelanos Engel e Isa e os franceses Gui e Margot.
Dica: fundamental, a nós brasileiros, combinarmos tudo o que faremos no hostel, quando chegarmos, e, mais que isso, cumprirmos e não sermos folgados.
Erik Oliveira
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