Não. O controverso mapa não traz dados do Brasil, mas do Japão – país cuja maioria dos moradores aparenta ser quieta e reservada.
O mapa Dorozoku – termo online usado no Japão para aqueles que falam alto em público – é alimentado por comentários enviados por residentes irritados. Cada comentário gera um ícone para as “zonas de incômodo” que podem ser mais ou menos “intensas”.
De acordo com o jornal The Asahi Shimbun o site existe desde 2016 e foi criado para “pessoas que desejam viver em ambientes silenciosos”. O mapa mostra (no momento da publicação deste post) mais de 7.000 pontos registrados em todo país. Eles mostram áreas específicas onde há por exemplo, “crianças brincando ruidosamente com bolas” e “seus pais envolvidos em fofocas por horas”, comenta o periódico. A palavra “irritante” aparece fortemente nas mensagens apresentadas, destaca a reportagem de Seiko Sadakuni e Yasukazu Akada.
O desenvolvedor do mapa explicou ao jornal que começou o serviço para “fornecer informações para que os usuários possam escolher os melhores lugares para se mudar”.
O mapa divide opiniões. Alguns o elogiam por considerar que as informações nele publicadas são úteis, outros acreditam que ele possa alimentar a intolerância.
Norihisa Hashimoto, professora emérita de engenharia acústica de ambiente no Hachinohe Institute of Technology, observou que os julgamentos sobre se os sons da vizinhança são “ruídos irritantes” podem ser determinados pela solidão do indivíduo, humor e outros fatores psicológicos. A forma como a pessoa está lidando com a nova crise do coronavírus também pode afetar o julgamento. “Aqueles que postam comentários devem ser tolerantes e repensar com calma se o comportamento dos outros é realmente um incômodo”, comentou.
Bem, o mapa pode ser utilizado tanto por aqueles que querem estar bem longe de bairros assim, como por aqueles que preferem ambientes um pouco mais agitados, digamos assim…
Você pode conferir a matéria completa (em inglês) sobre o ‘Dorozoku map’ aqui e visualizá-lo (em japonês) no https://dqn.today/drzqn-map/ (se ficou curioso/a e como nós não lê japonês, ative o Google Tradutor)