Como deixamos para trás a estabilidade e o conforto de bons empregos para viver o sonho de viajar?
A história do Memórias de Mochila começa em 2016, quando eu e o Ricardo (meu namorado) estávamos desmotivados em nossos respectivos empregos e descobrimos um sonho em comum: viver viajando.
A princípio parecia apenas uma ideia mirabolante, mas ler relatos de outras pessoas que fizeram algo similar fomentou aquilo que parecia tão distante da nossa realidade.
Assim, depois de meses de conversas, livros, relatos, entrevistas e blogs lidos sobre o tema, decidimos que seria possível e que iríamos, mesmo que apenas por um tempo, viver na estrada.
A partir da dai veio um dos mais importantes desafios da aventura: planejar!
Como ir? Quando ir? Quanto gastaríamos por dia? E a hospedagem? A comida? Vamos trabalhar? Mil perguntas sem resposta, mas que teriam que ser levadas em consideração para que pudéssemos partir.
Decisões tomadas, unimos nossas economias, pedimos demissão, comunicamos as famílias da nossa deliciosa maluquice e compramos o que seria a nossa casa: o nosso carro, um Land Rover Defender 110 carinhosamente apelidado de Charlie.
Levamos o Charlie ao mecânico para revisões, ao marceneiro, ao eletricista, ao MacGyver que entendia de hidráulica, ao cara que faria nosso estofado e à fábrica que faria e instalaria a barraca de teto, onde dormiríamos. Foram mil coisas pra se pensar e fazer a fim de deixá-lo o mais preparado possível, pois completamente sabemos que não daria!
Em paralelo tomávamos decisões sobre o roteiro, as especificidades de cada país por onde queríamos passar, o melhor caminho para se percorrer, nos informávamos a respeito da segurança de cada lugar, como tomaríamos conta da nossa saúde, como faríamos com o câmbio e mais detalhes do que hoje conseguimos nos lembrar.
Em Abril de 2017 o carro estava pronto e o roteiro definido: 19 países, saindo da cidade de Limeira (interior de São Paulo) até Ushuaia, no extremo sul da Argentina e depois até o Alaska. Uma estimativa de 1 ano para o percurso, 50.000 km de estrada e de uma infinidade de histórias para contar.
E então partimos. Sem saber onde dormiríamos mesmo naquela primeira noite, com a ansiedade e alegria de crianças que acabaram de ganhar o melhor presente de suas vidas!
7.000 km, alguns perrengues, muitos amigos e aprendizados depois, escrevo esse post de um fuso horário diferente e levo comigo lembranças de lugares e pessoas incríveis que temos encontrado pelo caminho!
Dizer que foi fácil chegar até aqui e que tudo isso não requiriu uma dose extra de coragem seria mentir. É um estilo de vida não mais baseado em acúmulo de bens, mas de experiências!
Já passamos frio, já ficamos um dia inteiro comendo bolachas para não sair do planejamento financeiro, dormimos em um posto de gasolina na estrada, acampamos em uma oficina mecânica quando o carro quebrou, passamos por tempestades de areia, lama que cobria o carro, estradas boas e tão esburacadas quanto possível.
Mas, ao mesmo tempo, também vimos paisagens inesquecíveis como a praia de La Pedrera, o contraste do branco da construção com o azul do mar em Punta Ballenas, o pôr do sol avermelhado de Puerto Madryn, o horizonte montanhoso em Ushuaia, a beleza da Bahía Lapataia e o verde da Laguna Esmeralda.
O aprendizado é diário e a rotina inexistente. O que temos de mais certo hoje é a vontade de querer continuar até quando possível e de inspirar outras pessoas a também saírem por esse mundo lindo que tem tantos lugares para se explorar!
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ainda estao na estrada? estao vivo?!!!!
Voces ja chegaram no Alaska?