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Oi pessoal.

 

 

Ao longo do 1º semestre de 2000 tivemos uma greve na Faculdade em que eu estudava que se prolongou por alguns meses e com tempo disponível no trabalho, decidi fazer uma caminhada. Chamei o Marcos e o Sérgio e resolvemos marcar a travessia da Serra dos Órgãos para o início de Agosto.

Tínhamos a pretensão de fazer em 3 ou 4 dias, mas não conhecíamos nada sobre a travessia e com o retorno das aulas ainda incerto, o Ronaldo se mostrou disposto a embarcar junto com sua namorada na trip.

 

Fotos, mapas e croquis:

 

O Marcos e o Sérgio eram velhos conhecidos de faculdade (até tínhamos feito algumas trilhas juntos) e o Ronaldo eu tinha conhecido naquele semestre, mas parecia que estava disposto a caminhar por vários dias, assim como a sua namorada (no final não aconteceu isso).

Peguei algumas anotações do livro Caminhos da Aventura do Sérgio Beck e também da extinta Revista Família Aventura e sem necessidade de reserva para a travessia junto do PN, lá fomos nós.

 

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Na noite do dia 12 de Agosto todos nós 5 (eu, o Marcos, o Sérgio, o Ronaldo e a namorada dele - não consigo lembrar o nome dela) nos encontramos na Rodoviária do Tietê para embarcar em direção a Petrópolis no horário das 23:00 hrs.

O tempo até que estava relativamente bom e a viagem foi tranquila.

Na madrugada o ônibus fez uma parada no Shopping Graal em Resende e pouco antes das 06:00 hrs estávamos chegando na Rodoviária de Petrópolis.

Só foi descer do ônibus e já fomos atrás do circular que seguia para o Terminal Correas e ele até que não demorou muito para sair.

O ônibus seguiu quase que vazio, mas foi lotando ao longo do caminho e como era Domingo encontramos muita gente que estava voltando da balada e conversando com alguns passageiros, ficamos sabendo que no dia anterior tinha chovido muito durante a noite e dava para ver que em vários pontos da serra a neblina encobria tudo.

 

O percurso até o Terminal Correas foi rápido e uns 30 minutos depois já estávamos tomando um outro circular, agora para o Bairro do Bonfim que nos deixaria no vale que dá acesso a portaria do Parque Nacional.

Logo que descemos no ponto final, já arrumamos nossas mochilas e preparamos para começar a subida do vale até a portaria.

Esse trecho é todo feito subindo por uma estrada de terra e conforme íamos subindo, a neblina ao redor dos picos ia se dispersando prometendo um dia de muito Sol.

 

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Ao longo da subida, enquanto ganhávamos altitude, de vez em quando o Rio do Bonfim aparecia à esquerda ou à direita e em algumas das bifurcações tivemos de perguntar qual caminho seguir até a portaria e por volta das 07:30 hrs chegamos.

Aqui tivemos de assinar o Termo de Responsabilidade, colocando os nomes de todas as pessoas que iriam fazer a travessia e fomos avisados de algumas normas do parque.

Enchemos também nossos cantis em uma torneira ao lado, mas que se revelou desnecessário, pois até o Ajax, água de qualidade não é tão difícil encontrar.

Nesse primeiro dia tínhamos a pretensão de chegar até pelo menos o Ajax ou até um pouco mais.

Depois que passamos a portaria, a trilha vai seguindo paralelamente ao Rio Bonfim à esquerda e com isso não ganhávamos muita altitude nesse trecho.

Depois de quase 1 hora de caminhada chegamos a uma bifurcação que leva até a Gruta Presidente.

Se seguíssemos em frente a trilha seguiria até o Morro do Açú, mas resolvemos virar na bifurcação para conhecer a Gruta, que estava toda pichada.

Seguindo a mesma trilha que passa pela Gruta Presidente em cerca de 10 minutos se chega na Cachoeira Véu da Noiva.

 

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Clics da cachoeira e logo em seguida voltamos para a trilha principal para seguirmos serra acima e daqui para frente a trilha toma um rumo ascendente muito forte e fomos parando em vários momentos, mas apreciando o belo visual do Vale do Rio Bonfim que vai ficando para trás.

 

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Depois de mais de 1 hora chegamos na Pedra do Queijo, onde paramos por um certo tempo para descansar.

 

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Daqui a trilha se torna menos íngreme, mas o Sol nos castigava a todo momento, porque a caminhada é sempre em campo aberto.

Desse ponto em diante, já conseguíamos ver a crista da serra onde chegaríamos no final da tarde e depois de passar por um trecho de vegetação alta, tínhamos novamente um outro vale, do lado esquerdo e o Ajax logo à frente à direita.

 

Ao lado do Ajax existe um ponto de água potável, do lado esquerdo, sendo um bom lugar para reabastecer.

Mais 1 hora desde a Pedra do Queijo e junto do Ajax, vimos uma longa subida íngreme até a crista e só de olhar a inclinação dá para desistir, mas ainda era cedo demais, então resolvemos seguir em frente.

Normalmente da portaria até o Ajax o pessoal chega a fazer em 4 horas de caminhada.

 

Passado esse trecho de subida íngreme, já planejávamos chegar no Açú, mas não contávamos com a neblina (mais conhecida como ruço - se escreve com ç mesmo) que chegou assim que terminamos a subida.

Eu e o Marcos resolvemos deixar nossas mochilas e fomos seguindo pelo chapadão na direção do Morro do Açú para ver quanto tempo ainda tínhamos de caminhada, mas tava arriscado, já que a visão estava prejudicada pela neblina.

 

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Era por volta de 16:00 hrs e resolvemos voltar para o lugar onde o pessoal estava e acampar por lá mesmo.

Segundo anotações do Sérgio Beck, o local é conhecido como Isabeloca e nesse primeiro dia tínhamos vencido um desnível de mais de 1000 mts.

Se não fosse o ruço até poderíamos ter avançado um pouco além, mas já era o suficiente para o dia.

Achamos uma clareira com antigos vestígios de uma fogueira e resolvemos montar as barracas.

 

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Só havia um pequeno problema: tínhamos pouca água e seguir até o Açú, onde havia água, estava fora de questão; o jeito seria descer até um pouco abaixo e procurar águas nos pequenos vales, voltando em direção ao Ajax.

Achamos um pequeno filete de água na subida da crista e ali todos nós se abastecemos para o jantar.

Voltamos para as barracas e de vez em quando o tempo abria e conseguíamos ter vistas a oeste e ao norte, mas a leste e ao sul, o ruço ainda continuava impedindo a visão.

 

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Nessa noite até que não ventou tanto assim, mas o frio foi muito forte, chegando até a criar uma crosta de gelo nas barracas e nos fogareiros que deixamos fora das barracas, mas o frio foi muito forte chegando a temperatura de -3 ºC.

 

Continua

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2º dia

 

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Barracas desmontadas e um breve café da manhã, seguimos rumo ao Morro do Açú.

A trilha é bem demarcada e com vários totens, sempre seguindo pela crista no sentido leste.

Depois de pouco mais de 1 hora de trilha, já conseguíamos ver um cruzeiro no alto de uma pedra à esquerda e à direita o Morro do Açú (alguns chamam de Castelos do Açú), que lembrava uma tartaruga.

A visão é impressionante, pois o tempo estava totalmente aberto e o Açú é de uma beleza sem comparação.

 

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Lá encontramos somente 2 jovens que tinham bivacado embaixo das pedras e diziam que logo estavam retornando para Petrópolis.

Um deles se ofereceu como guia quando dissemos que estávamos fazendo pela primeira vez a travessia e é claro que recusamos.

 

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Eles nos apontaram a Pedra do Sino visível bem a leste e disse que a trilha até lá era só seguir naquela direção, se orientando por alguns totens.

 

Nos despedimos e logo em seguida voltamos à caminhada, mas a trilha não estava tão visível, já que a vegetação estava um pouco alta, mas fomos nos orientando por alguns totens e com isso não tivemos problemas.

Muitos deles estavam em cima das pedras, então era fácil localizá-los.

Na descida do 1º vale depois do Açú, o ruço voltou novamente e tomou conta de tudo, mas íamos sempre seguindo rumo leste os totens bem visíveis ao longo da trilha.

 

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As vezes consultávamos as anotações para ver quantos vales ainda tínhamos de atravessar e se estávamos no caminho certo.

 

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De vez em quando apareciam algumas aberturas de tempo e já conseguíamos ver o Dedo de Deus e o Pico do Escalavrado bem visíveis à direita.

A subida do primeiro vale não foi fácil, pois existem alguns lances de escalaminhada e + - 1 hora desde o Açú, chegamos no topo do Morro do Marco (conhecido também como Morro da Sela) e aqui uma trilha segue para a direita onde encontramos um enorme totem de pedras (se puder, deixe a sua contribuição).

 

Logo depois a trilha vai descendo a encosta por entre algumas lajes de pedras e tufos de capim até chegar a um trecho de mata fechada onde encontramos um pequeno riacho com água de qualidade.

Desde o topo do Morro do Marco foram cerca de 30 minutos até aqui.

Por entre as árvores vamos subindo a trilha morro acima, mas devido à chuvas dos últimos dias, a trilha estava toda enlameada e escorregadia, fazendo com que a gente parasse várias vezes.

 

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E depois de mais de 1 hora de subida, chegamos na crista do Morro da Luva (na verdade o topo desse morro está bem à esquerda) e nossa direção agora é descer até o vale do outro lado. A continuação da trilha aqui é um pouco confusa, mas é só seguir para direita e depois em linha reta como se estivesse indo na direção do Dedo de Deus e evite seguir nas bifurcações que levam para a esquerda.

Seguimos descendo até quase o fundo do vale, mas sempre mantendo um riacho a esquerda, visto lá do alto.

 

Descendo entre lajes de pedras e tufos de capim e tendo o riacho à esquerda, é possível ver inúmeros totens lá embaixo e alguns que apareciam do outro lado do riacho, por isso atravessamos ele quase lá no fundo do vale.

Aqui a trilha segue para esquerda e vai passando por alguns trechos onde fomos desviando de várias lajes de pedras.

Mais alguns minutos e chegamos a um trecho onde tivemos que pular algumas pedras, pois não havia outra opção. É um local perigoso, pois um escorregão pode ser fatal (hoje em dia colocaram uma pequena ponte de madeira no local - está bem melhor).

Ao atravessar esse trecho, deixei cair todas as anotações que estavam comigo.

Problemão. E agora José?

 

Como nenhum de nós tinha feito a travessia, achamos arriscado seguir sem elas, por isso nem pensei 2x e retirei da mochila uma pequena corda e fiz uma espécie de rapel descendo até o fundo das pedras, onde passava um riacho, a cerca de uns 7 mts de altura. De posse das anotações novamente, voltei rapidamente para a superfície com a ajuda da galera e novamente começamos uma outra subida de morro, mas bem no início da subida, tivemos uma certa dificuldade, pois existe uma parede de pedras bastante inclinada.

Alguns degraus de metal fixados na rocha facilitam um pouco a subida. O local é conhecido como elevador e a subida pelos degraus fixados na rocha é um pouco cansativo.

Seguindo por entre os sulcos e sempre se segurando nos tufos de capim, logo chegamos no topo do Morro do Dinossauro.

O tempo de caminhada desde o Açú até aqui foi de umas 4 horas e meia e aqui outra visão indescritível.

 

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Estávamos diante dos paredões da Pedra do Sino e do Garrafão e aqui paramos para alguns clics.

A galera já estava bastante cansada, então eu e o Marcos resolvemos deixar as mochilas e seguir na trilha para ver se o Vale das Antas ainda estava muito longe (local onde tinha água e bons locais para acampar).

A trilha seguia para a esquerda e vai bordejando o morro, mas depois de caminhar uns 20 minutos chegamos a conclusão que não valeria a pena, já que estava um pouco tarde e o resto do pessoal não aguentaria, por isso resolvemos voltar e montarmos nossas barracas em um local plano bem de frente para os paredões.

 

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Acampar no Morro do Dinossauro até que se revelou uma ótima escolha, pois o pôr do Sol foi maravilhoso.

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Água tínhamos em pouca quantidade, mas que serviria para o jantar e a única desvantagem do local era que estávamos exposto demais, então procuramos fixar bem as barracas, mas a noite foi tranquila, sem ventos.

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Continua

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3º dia

 

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Na manhã do terceiro dia, a galera já estava bem mais descansada e disposta a chegar no topo da Pedra do Sino.

Seguindo para esquerda, a trilha vai ao mesmo tempo subindo e bordejando o pequeno morro e depois de uns 20 minutos chegamos no topo do Morro da Tartaruga. Agora é só seguir pelas lajes de pedra contornando pela direita até avistar um local plano: o Vale das Antas, onde chegamos depois de quase 1 hora.

O Vale das Antas é um ótimo local para acampar, com um pequeno riacho que passa ao lado. O problema é que muitos não respeitam o local e não é difícil encontrar fezes em alguns lugares e por isso a qualidade da água não é confiável (hidrosteril é obrigatório se for pegar água).

 

Aqui a continuação da trilha é só atravessar o riacho um pouco mais abaixo, do lado direito.

Daqui para frente ela vai subindo por entre o bambuzal e as árvores, mas que é bem fácil de encontrar.

O problema é que ela estava enlameada e quando cruzamos com um pequeno riacho, em uma área de brejo, tivemos que enfiar o pé na lama, literalmente.

Daqui para frente surgem algumas bifurcações para a direita e logo emergimos no capim elefante. Outras bifurcações aparecem, mas procure sempre seguir nas da esquerda (as da direita provavelmente levam para a beirada do precipício). O lugar é conhecido como Vale dos Ecos; faça um teste para saber.

Subindo pela trilha, logo passamos em cima de uma pedra que lembra o dorso de uma baleia e aqui paramos para descansar um certo tempo e apreciar o lindo visual por onde tínhamos passado. Mais uns 15 minutos de subida pela crista e alcançamos o topo, onde existem alguns lugares planos.

 

Seguindo para a direita, descemos por uma pedra onde tivemos que tirar as mochilas e um ajudando o outro, passamos fácil por aqui.

A trilha agora segue por um dos piores trechos, o da canaleta da Pedra do Sino.

 

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O perigo aqui é cair no abismo do lado esquerdo. Existe um trecho chamado de Cavalinho onde tivemos de tirar as mochilas e subi-las com a ajuda da corda uma a uma e aí seguimos em frente.

 

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Mais uns 15 minutos chegamos em um ponto onde existe uma escada de metal e seguimos subindo pela estreita canaleta para emergir de frente para um cata-vento que fornece energia para o Abrigo 4.

Aqui resolvemos seguir na trilha para a direita até o topo da Pedra do Sino subindo pelas lajes de pedra em zig-zag e depois de umas 4 horas desde o Morro do Dinossauro alcançamos o nosso objetivo.

 

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Depois de vários clics com vistas desimpedidas em todas as direções, onde conseguíamos visualizar até o Cristo Redentor, comemoramos.

 

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O topo da Pedra do Sino é lindo e se tem um visual de toda a Baia da Guanabara e de toda a crista da Serra dos Órgãos.

 

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Descansamos por um certo tempo e seguimos em direção ao Abrigo 4, onde nos abastecemos de água e resolvemos descer para Teresópolis.

Tínhamos a informação que saia um ônibus da cidade no horário das 22:00 hrs para Sampa, mas nenhuma garantia se encontraríamos passagens para nós 5, mas mesmo assim resolvemos arriscar.

 

A trilha de descida é bem demarcada e bem longa e depois de 4 horas desde o Abrigo 4, chegamos ao final da trilha e ao trecho asfaltado, que na verdade é uma estrada de paralelepípedos que leva até a portaria.

O problema é que já tinha escurecido e o stress tinha tomado conta de alguns.

Em uma trilha como essa, sempre tem alguém que fica para trás e não deu outra: o Ronaldo discutiu com sua namorada e resolveu seguir na frente, só porque estávamos acompanhando sua namorada que estava lenta demais e cerca de 1 hora desde o fim da trilha chegamos na portaria do parque.

 

Já era por volta de 20:00 hrs e não encontramos ninguém para efetuar o pagamento da travessia e ao passarmos pelo portão principal, o guarda só pediu os nossos nomes para dar baixa na nossa saída.

Já fora do parque tivemos que caminhar rapidamente até o ponto final de um circular onde pegamos um ônibus em direção a Rodoviária, chegando um pouco antes das 21:00 horas.

 

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Aqui demos sorte porque encontramos as 5 passagens para Sampa onde chegamos no dia seguinte pela manhã cansados, mas felizes por termos feito a travessia. Agora era voltar para as aulas.

Cerca de 1 ano depois, em Julho/2001 retornei sozinho para fazer a travessia novamente.

Fotos:

 

 

Abcs

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  • 3 semanas depois...
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Em 1998, dando proseguimento a minha febre de exploração, parti com mais 2 amigos pra fazer a travessia. O tempo estava extremamente ruim. Choveu o tempo todo e nossa barraca inundou e ficou com um palmo de água dentro. Pra piorar não dava pra enxergar uma palmo na frente do nariz. Naquele feriado todos desistiram da travessia, apenas nós , juntamente com 2 Petropólitanos seguimos em frente. Fomos apanhados pelo mau tempo junto ao vale das Antas. Quase morremos todos de hipotermia e acreditem se quiser, tivemos que atravessar o corrego das Antas a nado. Pra piorar, seguindo o conselho dos meninos de Petrópolis, tentamos sair sem pagar as taxas do Parque e fomos presos pelo Ibama.

Voltei lá o ano passado e fiz a travessia também com o tempo ruim e mais uma vez, passei um frio desgraçado. Mas tive o prazer de contemplar uma paisagens, que se ve em poucos lugares do mundo.

PARABÉNS AUGUSTO, por fazer me lembrar destas histórias inesquecíveis.

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  • Membros de Honra
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Blz Divanei.

 

Presos pelo IBAMA?????

Que roubada foi essa?

Nessa travessia que a gente fez até queriamos pagar no final, mas não tinha ninguém lá. Até já tinhamos separado o valor. Hoje em dia tá caro p/ caramba fazer essa travessia. Querem segregar cada vez quem faz essa caminhada.

 

Pegar tempo ruim nessa travessia é risco de se perder. Principalmente hoje em dia.

Nas 2x eu que passei por lá, só tivemos problemas com o ruço (a famosa neblina da região), mas ela é passageira.

Em vários relatos que eu já li dessa travessia, o pessoal sempre fala dos totens falsos.

Antigamente isso não tinha. Os totens eram bem visíveis e dava p/ fazer a caminhada só se orientando por eles.

 

Deve ter chovido muito então hein. Esse riacho do Vale das Antas hoje em dia é bem pequeno que dá p/ ser cruzado só com um pulo.

Mas p/ nós que moramos no estado de SP fica complicado ir p/ lá e depois desistir e voltar p/ casa né?

Acho que seu eu fosse vc também não teria desistido viu.

Minha última travessia lá foi em 2001 e ainda volto lá qqer dia desses, mas no inverno.

 

 

 

Valeu

 

 

 

 

Em 1998, dando proseguimento a minha febre de exploração, parti com mais 2 amigos pra fazer a travessia. O tempo estava extremamente ruim. Choveu o tempo todo e nossa barraca inundou e ficou com um palmo de água dentro. Pra piorar não dava pra enxergar uma palmo na frente do nariz. Naquele feriado todos desistiram da travessia, apenas nós , juntamente com 2 Petropólitanos seguimos em frente. Fomos apanhados pelo mau tempo junto ao vale das Antas. Quase morremos todos de hipotermia e acreditem se quiser, tivemos que atravessar o corrego das Antas a nado. Pra piorar, seguindo o conselho dos meninos de Petrópolis, tentamos sair sem pagar as taxas do Parque e fomos presos pelo Ibama.

Voltei lá o ano passado e fiz a travessia também com o tempo ruim e mais uma vez, passei um frio desgraçado. Mas tive o prazer de contemplar uma paisagens, que se ve em poucos lugares do mundo.

PARABÉNS AUGUSTO, por fazer me lembrar destas histórias inesquecíveis.

  • Membros de Honra
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Augusto,

Na decada de 90, você entrava pela portaria de Petrópolis e só pagava as taxas em Teresópolis. Acontece que os 2 garotos de Petrópolis que estavam conosco não tinham dinheiro pra pagar e então eles sugeriram sair ao lado da portaria, cruzando o rio.Fizemos uma operação de guerra pra empreitada dar certo, só não contávamos que o pessoal do Ibama já tinha "ganhado a fita" . Quando pulamos a cerca já na estrada, caimos quase encima da van do Ibama e aí não teve geito, presos por algumas horas e multados. Foi hilário.

  • Membros de Honra
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E aí Divanei.

 

Um p. perrengue como esse e vc ainda não criou um relato desse episódio?

Vai dar um bela estória.

 

 

Abcs

 

 

 

Augusto,

Na decada de 90, você entrava pela portaria de Petrópolis e só pagava as taxas em Teresópolis. Acontece que os 2 garotos de Petrópolis que estavam conosco não tinham dinheiro pra pagar e então eles sugeriram sair ao lado da portaria, cruzando o rio.Fizemos uma operação de guerra pra empreitada dar certo, só não contávamos que o pessoal do Ibama já tinha "ganhado a fita" . Quando pulamos a cerca já na estrada, caimos quase encima da van do Ibama e aí não teve geito, presos por algumas horas e multados. Foi hilário.

  • 1 mês depois...
  • Membros de Honra
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Então Augusto,

Esta é uma parte das minhas aventuras quando a grana era muio mais curta que agora, os equipamentos improvisados e a experiência era quase nenhuma. Saia na cara e na coragem e tocava sempre o foda-se. Essa história alem de muito cômica quase nos levou realmente a morte por hipotermia. Pura porralouquisse, que agora anos depois ainda nos rende muitas risadas. Não temos nenhuma foto, só apenas uma filmagem em fita vhs. A viagem pra começar foi de carona em um caminhão até o Rio. É uma pena que passado quase 15 anos desta caminhada, os amigos daquela aventura sumiram das trilhas, foram fazer outras coisas, cuidar das proles, tentar inrriquecer e se esqueceram das coisas simples da vida, perderam o gosto pela aventura. Quem sabe eu ainda escreva alguma coisa algum dia. Um abraço.

  • 4 meses depois...
  • Membros de Honra
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E aí Marcelo.

 

As barracas autoportantes que não precisam de estacas p/ montá-las podem ser usadas em qqer parte da travessia, principalmente nos pontos de campings oficiais do Parque, que são no Açú e na base da Pedra do Sino.

Esses são lugares protegidos e vc sempre encontra pedras p/ fixar melhor a barraca.

Em caso de emergencia em outros pontos da serra, aí o que vale é o bom senso.

 

 

Abcs

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