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19 dias no Ceará e Rio Grande do Norte - jan/2009 - Parte 3: Jericoacoara


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Período: 16 a 19/01/2009

Cidades: Jijoca de Jericoacoara, Vila de Jericoacoara

 

Jeri é a praia que ficou famosa depois do artigo no jornal Washington Post. Há controvérsias sobre essa matéria, mas o que importa é que o local é muito bonito e diferente. A primeira atração é a forma de chegar ao local. O ônibus vai até a Estação Pau d'Arara, na cidade de Jijoca de Jericoacoara, onde é necessário pegar uma jardineira, que leva até a Vila de Jeri, passando ao lado de dunas que parecem surgidas do nada. As surpresas não param por aí, pois apesar da rusticidade, as ruas são de areia e não há postes de iluminação nas ruas, há lojas de grife e joalherias.

 

Confira abaixo as dicas e informações gerais sobre a cidade.

 

Obs.: "Outras opções" referem-se às indicações que não foram testadas. ATENÇÃO: não possuo nenhum vínculo com pousada, hotel, restaurante, agência, loja e qualquer outro tipo de estabelecimento divulgado nos meus relatos de viagem. Alguns dos pontos turísticos, bem como alguns estabelecimentos, não foram visitados por mim e as informações foram pesquisadas em guias. Portanto, recomendo que antes de utilizar qualquer serviço, verifique com a secretaria de turismo da cidade, se os dados são atualizados e/ou verossímeis.

 

A cidade

 

Jijoca de Jericoacoara está situada no litoral Atlântico. Faz limite com as cidades de Bela Cruz, Cruz e Camocim. Possui cerca de 15mil habitantes (dados IBGE 2007) e área de 121Km². Apresenta clima tropical.

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Jijoca de Jericoacoara está localizada a cerca de 327Km da capital Fortaleza. O acesso pode ser feito de carro ou ônibus. De carro, podem ser utilizadas rodovias federais e/ou estaduais. De ônibus, a Empresa Redenção é responsável pela linha. Também podem ser utilizados os transfers de agências de turismo. Os ônibus param na cidade e o último trecho de aproximadamente 25Km, até a vila, é feito de jardineiras. Para quem está de carro, sugere-se deixá-lo na cidade e ir de jardineira, buggy ou veículo 4x4.

 

* Ponto de ônibus e venda de passagens, Pousada do Norte

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Dizem que é alta temporada o ano inteiro, tal o fluxo de turistas, mas acredito que janeiro, fevereiro e julho concentrem os picos de visita à cidade. Alguns usam o critério das estações de ano, para se decidir. Localmente, o "verão" é o período que vai de janeiro a julho, época chuvosa, e o "inverno" compreende o período de agosto a dezembro, época de seca. No entanto, normalmente as chuvas são esparsas e o sol e o calor são garantidos o ano todo.

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• Praia de Jeri, uma duna enorme à esquerda e do outro lado da duna, a praia do Mangue Seco

• Duna do Pôr-do-sol, fica à esquerda da praia principal de Jeri, sempre tem um bocado de gente lá em cima. Olhando de longe parece um formigueiro. Lá pelas 17h começa a procissão, todos saem em direção a duna, como formigas atraídas pelo açúcar. Embora você vá ver o por do sol na praia ou em qualquer outro lugar, suba a duna, pois a vista la de cima é incrível, para qualquer lado que você olhe a paisagem é muito bonita. Em épocas de muito vento, me disseram que é bom levar uma toalha ou canga para enrolar nas pernas, pois a areia bate

• Pedra Furada, se a maré estiver baixa, geralmente até o início da tarde, pode-se ir caminhando pela praia, seguindo à direita, A paisagem é muito bonita, tem muitas pedras de formatos diferentes, incluindo uma "gruta", é um rochedo com um grande buraco no meio. Em alguns locais, as pedras formam piscinas de águas límpidas onde é possível ver peixinhos. Porém se a maré estiver alta, deve-se subir uma pequena serra e, embora esse caminho seja mais cansativo, a vista lá de cima é muito bonita. Como essa caminhada é mais longa e tem pedras na serra, um tênis vai bem. Recomendo ir pela praia e voltar pela serra, pois os dois caminhos têm paisagens belíssimas. Guia é dispensável, caminho é fácil de ser seguido, não tem erro, basta ir sempre margeando a costa que você chega lá. Para quem não quer caminhar, parece que tem a opção de ir à cavalo ou charrete

• Lagoa Paraíso ou Lagoa da Jijoca, é bonita, água bem transparente e tem trechos de cor diferente, acho que é devido a cor da areia e também devido a profundidade. Fui de jardineira, mas já estava no pacote. Disseram que opção mais em conta é pegar a jardineira que vai para Jijoca

• De Jeri saem vários passeios para Camocim, os mais comuns são Tatajuba e Ilha do Amor

• Passeio de buggy para Nova Tatajuba. O passeio segue pela praia e a primeira parada é no Mangue Seco, onde eles oferecem o passeio Ecológico do Cavalo Marinho. Esse passeio é questionável. O local é bonito, um manguezal bem grande, de águas azuis, cheio de caranguejos vermelhos, mas quase sem nenhum cavalo-marinho. Eles vendem o passeio dizendo que se você não ver um cavalo-marinho, você não paga, mas se você pensa que vai ver um monte de cavalos-marinhos na água, esqueça. O cara fica procurando um cavalo-marinho e com muito custo acha um que ele põe numa espécie de cuia com um pouco de água e essa cuia passa de mão em mão para as pessoas tirarem fotos. Tiramos fotos rapidinho e depois soltamos os bichinhos, pois eles estavam meio caidinhos, estávamos com medo que morressem. Então achei uma judiação, não tem nada de ecológico, vale a pena para ver o mangue, que é muito bonito, mas não para ver os cavalos-marinhos. Depois prosseguimos de buggy até o Rio Guriú, onde fazemos a travessia de balsa. Em seguida passamos pela beira da praia, por um lugar repleto de árvores mortas, acho que é conhecido como "Cemitério". Vamos em direção às dunas até chegar a Duna do Funil. É bem alta e lá embaixo tem uma área meio úmida e com umas gramíneas verdinhas. Essa área abriga uma lagoa na época de chuvas. Alguns praticam o esquibunda lá. Depois prosseguimos até um local onde a Dona Delmira conta a história de como Tatajuba foi soterrada pela areia, sendo por isso que a cidade agora é conhecida como Nova Tatajuba, pois foi reconstruída. Vimos algumas das ruínas da "velha" Tatajuba e depois passamos pela cidade, até chegar a Lagoa da Torta, onde paramos para um banho. A lagoa é bem grande e tem umas barracas servindo petiscos e refeições. Acho que o mais interessante são as paisagens encontradas no meio do caminho

• Há quem contrate um bugueiro para fazer o passeio de Tatajuba, das lagoas e ainda dar uma passadinha na Pedra Furada, para ver em um 1 dia os principais atrativos do local

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Outras Opções:

• Lagoa Azul. Infelizmente não fui lá, pois um guia me disse que não valia a pena ir por causa da seca. Disseram que acesso para lá é mais difícil, não tem alternativa além de comprar o passeio que vai para lá

• Praia do Preá. Jangadas e pescadores fazem parte da paisagem. No caminho para a praia, uma das atrações é a Árvore da Preguiça, que se encontra deitada por causa dos ventos

• Tem gente que emenda Jeri com Delta do Parnaíba, São Luiz e Lençóis Maranhenses

• Ilha da Testa Branca ou Ilha do Amor, em frente à cidade e possui manguezais, dunas e belas praias, oferece bela visão da cidade. É muito visitada por banhistas que cruzam o rio Coreaú de barco para praticar esqui nas dunas, caminhadas e banho de mar

• Praia de Camocim formada pelo conjunto do Rio Coreaú, com muitas dunas, mangues e ilhas ao longo do rio

• Praia das Barreiras: visão panorâmica, a partir de suas falésias elevadas, de grande parte da costa leste do município. Fica na foz do rio Coreaú, a 2 km do centro de Camocim

• Praia do Farol do Trapiá: a 2 km da praia das Barreiras, possui uma barraca de praia com infra-estrutura completa, contando com restaurante de comidas típicas, especialmente frutos do mar

• Praia de Maceió, a 15 km do centro de Camocim, a partir do Lago Seco. Nela fica a Vila de Pescadores, que possui lindos coqueirais, casas de veraneio e uma extensa praia. Recentemente foram instalados bares, restaurantes e barracas

• Praia das Caraúbas, situada entre a praia do farol do Trapiá e a Praia de Maceió. Ecoturismo

• Praia da Barrinha: a 21 km de Camocim. Possui areias brancas e vermelhas. No lugar habitam apenas pescadores que se fixaram ao redor de um imenso coqueiral. O acesso é feito com buggy ou veículo com tração nas 4 rodas, a partir da Praia de Maceió

• Praia das Imburanas, entre Camocim e Tatajuba, Área apropriada para o desenvolvimento do turismo ecológico. Acesso de barco ou balsa

• Prédio da Antiga Estação Ferroviária, 1881, Camocim, funciona o balcão do Sebrae e um Campus da Univ. Est. Vale do Acaraú - UVA

• Igreja Matriz de Camocim

• Praça José Severiano Morel, Camocim. É onde está localizado o prédio da Prefeitura Municipal

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• Pousada do Norte, R. das Dunas, 99, Vila de Jericoacoara, perto da Duna do Pôr-do-sol. Local bonito, varandas com sofás e redes. Café da manhã bom. Situação ficou um pouco complicada com a chuva. Num dia que choveu muito, a área de café da manha, ficou toda molhada, cheia de vazamentos, foi meio caótico. Ficamos no andar superior e não tivemos problema, mas algumas pessoas que estavam no térreo reclamaram de muito barulho por causa do piso de madeira

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• Rest. Sabor da Terra, Jericoacoara. À la carte, local simples, mas agradável, comida muito boa, porção grande bem servida para 2 pessoas, custo médio

• Rest. Pizza Banana, Jericoacoara. Local agradável, pizzas gostosas, custo médio

• Rest. Cata-Vento, Jericoacoara. À la carte, com opções de PFs. Local bem simples, tem cara de bar. Comida estava boa e gostosa, mas atraiu muita mosca, o que prejudicou a avaliação do local

• Rest. Sítio Paraíso Lagoon, Jericoacoara. À la carte, local bem simples, à beira da lagoa. Pratos de custo médio, tamanho médio, servem 2 pessoas. O local estava infestado de mosca, a gente não sabia se abanava a comida ou se comia. Comemos camarão frito e vimos algumas bolotinhas pretas no prato, eram aquelas bolotinhas de farinha (da milanesa), que queimaram no processo de fritura, com exceção de uma que tinhas asinhas! Era uma mosca frita! Foi a última tentativa de comer em beira de praia, lagoa, etc. Decidimos que iríamos comer apenas algum petisco durante o dia e deixaríamos para jantar cedo na cidade

 

Outras opções:

• Padaria Santo Antônio, Vila de Jericoacoara, disseram que funciona das 2 às 7h da manhã, para alimentar depois da balada

• Mama África, R. da Praia, s/n, Vila de Jericoacoara, aperitivos regionais

• Tudo na Brasa, R. Principal, Vila de Jericoacoara, churrascaria

• Café Brasil, no "beco" entre a R. São Francisco e a R. do Forró, Vila de Jericoacoara, lanches e sucos

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Links úteis:

Jericoacoara

Guia do litoral - Jericoacoara

 

Dicas:

• O translado de Fortaleza para a Vila de Jericoacoara pode ser contratado com agências de turismo em Fortaleza ou pode-se comprar a passagem de ônibus na rodoviária e ir por conta própria. Leva-se aproximadamente 5h para chegar a vila. São quase 5h de ônibus até chegar a cidade de Jijoca de Jericoacoara e depois mais alguns minutos de jardineira para chegar a Jeri. A jardineira tem umas fileiras de banco de fibra, mas é toda aberta, apenas com uma cobertura, aonde vão alojadas as malas, amarradas com uma corda e cobertas por um plástico. Se chover, acredito que passageiros e malas vão acabar se molhando. Quem quiser mais conforto pode contratar translado de caminhonete 4x4 com ar condicionado e tal. Tinha vários carros (de passeio, sem tração nas 4) em Jeri. Parece que eles percorrem outro caminho, pois o seguido pelas jardineiras é de areia fofa. Normalmente eles contratam guias na cidade, que mostram o melhor caminho e dão dicas de como dirigir, acho que eles esvaziam um pouco os pneus para andarem na areia fofa. Acho arriscado e que não compensa, uma vez que carro não é necessário na vila, que é bem pequena. E para sair da vila e fazer passeios, é preciso um jipe, ou melhor, um buggy

• De preferência deixe a bagagem maior em Fortaleza e leve apenas uma mala/bolsa/mochila pequena. Mala com rodinha é totalmente dispensável, pois você não vai conseguir arrastar a mala nas ruas de areia da vila. Quem contrata translado com agência, é deixado na porta da pousada, mas quem vai de transporte público não sei o que faz, acho que tem que contratar um bugueiro para ir até a pousada ou ir a pé, por isso mesmo fica bem mais fácil se levar pouca bagagem

• Se não me engano o ponto de ônibus e venda de passagens é na Pousada do Norte

• Acho que compensa ficar pelo menos 3 dias (2 noites) em Jeri. Como é longe e o translado demora, você consegue fazer pouca coisa no dia em que chega e no dia em que vai embora, então precisa ter pelo menos 1 dia inteiro para fazer um dos passeios de buggy pela redondeza. Os passeios mais comuns são Tatajuba, Praia do Preá e Ilha do Amor

• A vila é bem agradável e, embora pequena, tem certa estrutura, vi 2 farmácias e vários mercadinhos. Porém, na dúvida é bom levar tudo o que precisar, principalmente remédios e outros itens que podem ser mais difíceis de serem encontrados

• São 4 ruas principais paralelas (R. Principal, R. São Francisco, R. do Forró e R. das Dunas) e pequenas travessas meio confusas que interligam essas ruas, todas de areia. Levar chinelo, tênis e no máximo uma sandália rasteirinha, pois salto alto naquelas ruas de areia não vai dar certo. Seria mais agradável se o trânsito fosse proibido, pois você anda no meio de carros e buggys

• Tem muitas pousadas, restaurantes e lojas. Tem lojas de grifes e de artesanato bem caras, provavelmente para os estrangeiros, que dominam o local, tanto como turistas, como donos de estabelecimentos

• Não há banco, mas vários estabelecimentos aceitam cartão. Entretanto é bom ir prevenido com dinheiro, principalmente trocado. Disseram que o pessoal lá não trabalha com trocado, uma vez que tem muitos estrangeiros e estes costumam pagar com notas altas e não pegam troco

• Há energia elétrica, mas não tem iluminação pública nas ruas. Entretanto as luzes dos estabelecimentos iluminam bem as principais ruas e dá para andar tranquilamente. Talvez uma lanterna vá bem se você tiver que percorrer algumas travessas mais isoladas

• É bem agradável para dar uma volta à noite, olhar as lojas, jantar, tomar sorvete. Para quem quer agito, tem uns barzinhos e forró

• A praia principal, em frente a vila, não tem nada de especial em si, mas o conjunto todo é incrível, inusitado sem dúvida, começando pelo acesso a ela, através das jardineiras, passando pelo meio de dunas que parecem surgidas do nada, no meio da paisagem, culminando com a Duna do Pôr-do-Sol, cuja vista é de tirar o fôlego. Do outro lado, o Serrote fornece também uma vista ímpar

• Disseram que há 2 coisas imperdíveis em Jeri: o pôr-do-sol na Duna do Pôr-do-sol e o nascer do sol no farol, mas deve ser muito difícil estar lá no amanhecer, pois é uma boa caminhada até o farol e o sol nasce muito cedo, então somando-se esses dois fatores, você precisa acordar muito cedo para chegar a tempo. Comprovei que é o pôr-do-sol é muito lindo, mas o nascer do sol não foi comprovado

• Hospedagem é mais cara, porém mais simples do que a encontrada em Fortaleza

• Localização da hospedagem não é um grande problema, pois a vila é pequena e a maioria dos locais é bem próxima da praia

• Tem várias opções, inclusive PFs e lanches para quem não quer gastar muito. Embora seja isolada, tem churrascarias e pizzarias para quem não quer comer peixe e frutos do mar

• Souvenir é muito caro, nas lojas. Uma simples camiseta custa mais que o dobro do quem em Fortaleza

• Algumas moças vendem artigos de crochê, que elas próprias fazem (elas colocavam um peso na ponta da agulha muito engraçado que eu nunca tinha visto), em frente a Pousada do Norte, no ponto de chegada/partida das jardineiras. Os preços são muito bons, considerando-se o trabalho que dá para fazer aquelas peças. Elas tinham um chapéu que era ótimo, um fio de silicone mantinha a aba no lugar, sem precisar engomar e assim dava para dobrar o chapéu para guardá-lo, além de ter um cordão para amarrar e ajustar, tornando-o à prova de vento, até mesmo no passeio de buggy. Foi usado e comprovado pela Rosana, que disse que o chapéu não voou nem mesmo quando o buggy corria

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Sexta, 16/01/2009 - Manhã chuvosa em Fortaleza, nublado/ensolarado em Jeri

Translado Fortaleza-Jeri, Pousada do Norte, Pedra Furada, Duna do Pôr-do-sol

 

Fui de agência de viagens, pacote. Leva-se aproximadamente 5h para chegar em Jeri. Paramos no meio do caminho num restaurante bem simples, na beira da estrada, onde almoçamos no sistema self-service por Kg. Não lembro se o nome Nascente era do restaurante ou da cidade. São quase 5h de ônibus até chegar à cidade de Jijoca de Jericoacoara, onde paramos num local conhecido como Estação Pau d’Arara, uma espécie de rodoviária, posto de combustível e restaurante. Nesse ponto embarcamos numa jardineira com destino a Vila de Jericoacoara, passando por um trecho no meio das dunas. Percorre-se um trecho de areia com uma vegetação bem rasteira e no do meio do nada aparecem algumas dunas enormes, sem vegetação e por isso bem clarinhas, que se destacam. Chegamos a Pousada do Norte, mais rústica, simples, embora preço seja salgado. Resolvemos ir para a Pedra Furada. Fomos por cima do Serrote Vista lá cima é bonita. A gente levou mais de 1h da Duna do Pôr-do-sol até a Pedra Furada, andando calmamente, parando para admirar a paisagem e para tirar fotos. Na volta a gente pegou outro caminho, meio que por trás do Serrote e descemos no meio da vila e não na beira da praia. No alto dá para ver uma praia, depois da Pedra Furada, que talvez seja a Praia do Preá. Do outro lado, dá para ver, além da vila, várias dunas bem claras em contraste com a areia coberta de vegetação rasteira. Andamos pela vila até chegar a Duna do Pôr-do-sol e já tinha um bocado de gente lá em cima. Olhando de longe parece um formigueiro. La pelas 17h começa a procissão, todos saem em direção à duna, como formigas atraídas pelo açúcar. Eu vi um pôr-de-nuvem, pois estava meio nublado e não dava para ver o sol, mas mesmo assim estava muito bonito, pois criava um efeito interessante nas nuvens. A vista lá de cima é incrível, para qualquer lado que você olhe a paisagem é muito bonita. Ficamos lá até começar a escurecer, quando descemos, voltamos à pousada e nos arrumamos para sair para jantar. Seguindo a dica de um colega, fomos jantar no Rest. Sabor da Terra, muito bom, comemos peixe com molho de camarão. Reparamos que a cadeira de madeira era super pesada. A vila é bem agradável e, embora pequena, tem certa estrutura, vi 2 farmácias e vários mercadinhos.

 

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Sábado, 17/01/2009 - Dia nublado/ensolarado/chuvoso

Passeio de buggy para Nova Tatajuba

 

Acordamos cedo e fomos para a Duna do Pôr-do-sol. Estava quase deserto, só vimos algumas pessoas que passaram caminhando. Voltamos para tomar café da manhã na pousada, que é bom. A pousada é limpa, mas tem um bocado de moscas, por conta disso fica tudo coberto, até as frutas. Depois saímos para o passeio de buggy para Nova Tatajuba. Vamos pela praia e a primeira parada é no Mangue Seco, onde eles oferecem o passeio Ecológico do Cavalo Marinho. Esse passeio é questionável. O local é bonito, um manguezal bem grande, de águas azuis, cheio de caranguejos vermelhos, mas quase sem nenhum cavalo-marinho. Eles vendem o passeio dizendo que se você não ver um cavalo-marinho, você não paga, mas se você pensa que vai ver um monte de cavalos-marinhos na água, esqueça. O cara fica procurando, procurando um cavalo-marinho e com muito custo acha um que ele põe numa espécie de cuia com um pouco de água e essa cuia passa de mão em mão para as pessoas tirarem fotos. Nosso barqueiro não conseguiu achar o cavalo-marinho e pegou a cuia de outro barqueiro. Tiramos fotos rapidinho e depois soltamos os bichinhos, pois eles estavam meio caidinhos, estávamos com medo que morressem. Então achei uma judiação, não tem nada de ecológico, vale a pena para ver o mangue, que é muito bonito, mas não para ver os cavalos-marinhos. Depois prosseguimos de buggy até o Rio Guriú, onde fazemos a travessia de balsa. Em seguida passamos pela beira da praia, por um lugar repleto de árvores mortas, acho que é conhecido como Cemitério de árvores de mangue, na Praia do Guriú. Vamos em direção às dunas até chegar a Duna do Funil. É bem alta e lá embaixo tem uma área meio úmida e com umas gramíneas verdinhas. Essa área abriga uma lagoa na época de chuvas. Alguns praticam o esquibunda lá. Depois prosseguimos até um local onde a Dona Delmira conta a história de como Tatajuba foi soterrada pela areia, sendo por isso que a cidade agora é conhecida como Nova Tatajuba, pois foi reconstruída. Vimos algumas das ruínas da “velha” Tatajuba e depois passamos pela cidade de Nova Tatajuba, até chegar a Lagoa da Torta, onde paramos para um banho. A lagoa é bem grande e tem umas barracas servindo petiscos e refeições, mas comemos um lanchinho que levei. Pegamos uma chuva na lagoa, mas passou logo. Fizemos o caminho de volta e chegamos em Jeri, no começo da tarde. Resolvemos ir à Pedra Furada, por baixo, caminhando pela praia. Caminho é bem interessante cheio de pedras de formatos engraçados, incluindo uma “gruta”, que é uma espécie de buraco escavado numa pedra. No meio de tantas pedras formam-se piscinas, onde peixinhos podem ser vistos. Porém não fomos até a Pedra Furada, voltamos no meio do caminho, pela serra e ficamos deitados na praia até dar 17h30min, quando resolvemos retornar para subir a Duna do Pôr-do-sol de novo. De longe já dava para ver o “formigueiro” e mais dezenas de “formigas” rumando em direção à duna como se esta fosse um monte de açúcar. Subimos e vimos mais um pôr-de-nuvem, pois estava nublado. Voltamos a pousada, nos arrumamos, jantamos de novo no Rest. Sabor da Terra, comemos peixe. Demos uma voltinha pela vila e retornamos a pousada.

 

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Domingo, 18/01/2009 - Manhã chuvosa, tarde nublada

Vila de Jeri

 

Choveu muito a madrugada toda e amanheceu chovendo muito forte, com direito a alguns trovões e quedas de energia. A pousada é boa em dias ensolarados, mas a situação ficou meio caótica com a chuva, aquela madeira toda ficou com cheiro de cachorro molhado, algumas áreas com vazamento, etc. As áreas são separadas e não cobertas, então foi complicado para chegar na área de café da manhã, que estava toda molhada, cheia de vazamentos. Local não é preparado para dias de chuva. Uma travessa ao lado da pousada parecia um rio de tanta água que escoava por ela. Ainda choveu um bocado na parte da manhã, mas depois parou. Como o dia estava nublado e com cara de chuva ainda resolvemos ficar pela Vila de Jeri, andando a toa. Almoçamos no Rest. Cata-vento, super simples com cara de bar, comi um PF de moqueca de arraia, a comida até que era boa, mas quando a comida chegou apareceu tanta mosca, que a gente não sabia se abanava a comida ou se comia. Nunca tinha visto tanta mosca na minha vida. Depois do almoço, fomos para a praia principal da vila. A faixa de areia é bem larga, mas varia bastante de acordo com a maré. Quando a maré esvazia, ela deixa vários locais com água empoçada formando umas faixas interessantes alternando água e areia e no meio de tudo isso ficam uns barcos encalhados na areia, formando um visual muito bonito. Com sol, o reflexo da paisagem na água deve criar uns efeitos ótimos, principalmente para fotos. Subimos até o meio da Duna do Pôr-do-sol, não fomos até o alto, pois o céu estava muito fechado e não dava para ver nada, nem um pinguinho do sol, mas tinha um bocado de gente na duna. Saímos para jantar no Rest. Pizza Banana, agradável e pizza gostosa.

 

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Segunda, 19/01/2009 - Manhã chuvosa/nublada em Jeri, nublado/ensolarado na Lagoa Paraíso, nublado/chuvoso no retorno a Fortaleza

Lagoa Paraíso, translado Jeri-Fortaleza

 

Tirei umas fotos das ruas da vila e depois fomos para a Lagoa Paraíso, de jardineira, com mala e cuia, pois de lá íamos direto para Jijoca. O local é muito bonito, a água é bem transparente e tem trechos de cor diferente, acho que é devido a cor da areia e também devido a profundidade. É lá que tem as famosas redes na beira da lagoa, então você deita na rede e fica meio que dentro d’água. Tem pousadas e casas de moradores perto da lagoa. O ponto de apoio era o Rest. Sítio Paraíso Lagoon. O local estava infestado de mosca, a gente não sabia se abanava a comida ou se comia. Comemos camarão frito e vimos algumas bolotinhas pretas no prato, eram aquelas bolotinhas de farinha (da milanesa), que queimaram no processo de fritura, com exceção de uma que tinhas asinhas! Era uma mosca frita! Foi a última tentativa de comer em beira de praia, lagoa, etc. Decidimos que iríamos comer apenas algum petisco durante o dia e deixaríamos para jantar cedo na cidade. Depois do inesquecível almoço, voltamos para Jijoca de Jericoacoara, onde desembarcamos da jardineira na Estação Pau d’Arara e embarcamos no ônibus de volta à Fortaleza. Voltamos ao Hotel Diogo. Jantamos no Rest. Tia Nair, um filé de frango e depois fomos a Feira de Artesanato, comprar mais algumas castanhas.

 

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Terça, 20/01/2009 - Manhã chuvosa em Fortaleza, nublado/ensolarado em Canoa Quebrada

Translado Fortaleza-Canoa Quebrada, Passeio de buggy

 

Continua no outro relato...

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