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Estou postando o relatório que eu fiz da minha viagem ao México, Belize e Guatemala com meu colega Cláudio entre os dias 03 e 23 de janeiro de 2008.

 

Vejam o slideshow da viagem:

 

Coloco um breve itinerário e em seguida o relato:

 

Itinerário:

 

Dia 1: chegada na Cidade do México

Dia 2: visita à Catedral e Templo Mayor (Cidade do México)

Dia 3: Visita ao Museu de Antropologia e o Bosque de Chapultepec (Cidade do México)

Dia 4: Teotihuacán e partida para Oaxaca (ônibus noturno)

Dia 5: Chegada em Oaxaca e tour para Monte Albán, Santa María del Tule, Tenotitlán del Valle e San Pablo Villa de Mitla. Almoço no mercado 20 de noviembre.

Dia 6: Visita ao mercado de abastos de Oaxaca e partida para San Cristóbal de Las Casas (ônibus noturno)

Dia 7: Chegada em San Cristóbal de Las Casas e ida a San Juan Chamula.

Dia 8: Tour saindo de San Cristóbal de Las Casas para Água Azul, Misol-Ha e Palenque e partida para Mérida a partir da cidade de Palenque (ônibus noturno).

Dia 9: Chegada em Mérida e tour para Uxmal.

Dia 10: Tour saindo de Mérida para Chichén Itzá e deixando-nos em Playa del Carmen ao entardecer.

Dia 11: Snorkeling em Cozumel pela manhã e praia pela tarde (em Playa del Carmen)

Dia 12: Saída para Tulum. Visita ao sítio arqueológico de Tulum e partida para Chetumal (fronteira com Belize). Em Chetumal já tomamos o ônibus das 18h00 para Orange Walk (Belize).

Dia 13: Tour saindo de Orange Walk para Lamanai. À tarde, na volta do tour já partimos para Belize City e em seguida para Socotz, na fronteira com a Guatemala.

Dia 14: Visita ao sítio arqueológico maia de Xunantunich e partida para Guatemala. Cruzamos a fronteira e já partimos para Flores. Chegada em Flores.

Dia 15: Tour saindo de Flores para Tikal.

Dia 16: Partida de Flores para Palenque (México) – são 3h de ônibus de Flores a Betel (fronteira com o México), 30 mins de barco pelo rio Usumacinta, e mais 3h de ônibus da fronteira Mexicana em Chiapas até Palenque. À noite partimos diretamente para Puebla (ônibus noturno).

Dia 17: Chegada à Puebla, visita a San Andrés Cholula.

Dia 18: Saída de Puebla para Veracruz. Chegada em Veracruz e visita ao Museu Naval.

Dia 19: Visita ao Aquário de Veracruz e ida a La Antígua.

Dia 20: Volta para a Cidade do México.

Dia 21: Volta para o Brasil

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México, Belize & Guatemala

 

03 – Chegada a Cidade do México. Decidi ir de Metrô até o Albergue, atravessei todo o aeroporto e encontrei a estação do Metrô. O Metrô da cidade do México é incrivelmente barato (2 pesos, o que é por volta de R$ 0,30). Mas as baldeações são muito mal projetadas, eu fiquei prestando atenção em uma delas. Assim que saímos de um trem, descemos uma escada, subimos outra e viramos à esquerda, caminha-se uns 300 mts, vira-se à esquerda novamente e caminha-se mais uns 300 mts por outro corredor, desce mais dois lances de escada e chega no outra linha de trem. Aff! Tudo isso carregando 16kgs na mochila. Cheguei ao albergue às 22h30.

 

04 – Visita a Catedral, ao Templo Mayor e fui visitar o escritório da empresa que trabalho no México. À noite meus colegas mexicanos me levaram para comer em um restaurante típico mexicano e depois fomos em um barzinho. O Claudio ligou que havia cegado e fomos encontrá-lo no Albergue Catedral. Depois fomos a um outro bar na Zona Rosa com o Paco Aburto.

 

05- Museu de Antropología e Bosque Chapultepec. Na chegada ao museu vimos que logo em frente estavam realizando um espetáculo e um filme sobre os Voladores, que sáo loucos que vão se desenrolando de ponta cabeça presos em um poste por uma corda até chegarem ao solo.

 

06 – Teotihuacan é um lugar impressionante! Saímos cedo e pegamos o metrô até o terminal norte de onde saem os ônibus para lá. Chegamos na Avenida dos Mortos: 3kms com a pirâmide da Lua ao final. A pirâmide do Sol é muito maior e fica quase na metade da avenida no lado direito. Sei que são muitos degraus pra subir na pirâmide do Sol...Na volta de Teotihuacán visitamos o palácio nacional (mural do Diego Rivera) e logo pegamos nossas coisas no albergue e partimos para Oaxaca, pelo terminal TAPO (existem diversos terminais de ônibus na cidade do México divididos por origem x destino). O curioso do terminal é que ao embarcar deve-se despachar as malas como se fosse um embarque aéreo.

 

07- Chegamos à 5h30 da manha e fomos para o Albergue Paulina. Tomamos um banho e café e já fomos para Monte Albán. O tour saía de um hotel perto de onde estávamos. Me impressionou o fato de terem aplainado uma montanha para a construção de Monte Albán. Além disso a acústica é perfeita em todo o sítio, pode se escutar perfeitamente o discurso feito no topo dos edifícios. Em seguida fomos pra Santa María del Tule, onde existe uma árvore gigantesca. Comprei uma batatinha com salsa Habanera com limão. Depois fui descobrir que habanera era uma das pimentas mais fortes, precisamos de quase um litro de água e um gatorade para comer a batatinha. Em Tenotilán del Valle fomos ver a fábrica de tapetes artesanais feitos de lã, nos explicaram também como se enrolava a lã e como se tingia para obter as diferentes cores. Em San Pablo Villa de Mitla vimos as ruínas pós-clássicas zapotecas e mixtecas e visitamos também uma fábrica de mezcal. Aí o Claudio provou e comprou mezcal e também provamos os gusanos do algarve. No tour conhecemos um casal de franceses e na volta à Oaxaca fomos juntos almocar na fonda do mercado 21 de noviembre. Comemos Mole Negro com frango e arroz e tomamos água de horchata, que é horrível, parece água com maizena.

 

08- Fomos no mercado de abasto e saímos para conhecer a cidade. Fomos na biblioteca, nas igrejas, na catedral. Esperamos um pouco também sentados no Zócalo. De tardezinha partimos para San Cristóbal de las Casas. Antes de embarcar ainda houve tempo de comprar um super sanduíche (club), praticamente um X-Tudo para comer no ônibus.

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09-. O casal de franceses de Oaxaca nos havia indicado um albergue chamado Mi Casa e lá nos hospedamos. A dona era uma suíça que acordou quando chegamos. Ela havia ido para San Cristóbal e resolveu ficar por lá. Enquanto tomávamos café, conhecemos um casal de americanos e convidamos eles para irem à San Juan Chamula (uma aldeia indígena) conosco pela tarde. Pela manhã fomos então no mercado da cidade e compramos mantimentos para preparar o almoço. Preparamos uma galinhada e convidamos a Carmela, uma moça que trabalhava no albergue para comer conosco. Ela gostou bastante. Ela nos contou que não sabia onde ficava os Estados Unidos e que tinha que caminhar todos os dias 2h para chegar em sua casa, em uma aldeia próxima. À tarde fomos até San Juan Chamula, pegamos uma van que saía de um local próximo ao mercado. No caminho um casal nos contava que a esposa lecionava totzi em San Juan Chamula. Lá duas indígenas de uns 10, 11 anos nos “alugaram” e queriam explicar tudo. Ficaram chamando o americano de porquinho e o Claudio de elefantito, muito engraçado. Eu era o japonés. Pagamos 10 pesos a entrada na igreja para ver que lá dentro haviam santos ao redor da igreja com espelhos presos ao pescoço, no piso folhas de pinheiro e muitas velas. Algumas mulheres, sentadas ao chão realizavam atos pagãos e inclusive sacrificaram uma galinha preta para espanto dos estrangeiros. Depois fomos no museu que estava com o teto queimado, onde uma das indinhas nos explicou tudo lá. Pedi para que elas cantassem em totzi, mas elas ficaram com vergonha. Depois que demos 2 pesos pra cada uma delas elas mais do que depressa desapareceram. À noite fomos asistir uma peça chamada Palenque Rojo, toda falada em Maia. Entendemos pouco pois não lemos o prospecto da peça antes, e acabamos até dormindo no meio, mas o espetáculo estava muito bonito, principalmente as fantasias.

 

10- Saimos para o passeio para Água Azul, Misol-Ha e Palenque. Pedimos ao motorista para nos deixar na cidade de Palenque, onde tomamos o ônibus para Mérida. Água Azul é um complexo com centenas de quedas d’água. Muito bonito e fazia muito calor. Dava vontade de entrar na água. Os indígenas de Água Azul vendiam artesanatos e comida em volta das cachoeiras. Caminhamos pela margem do rio parando para tirar fotos até sermos parados por algumas crianças: “Dame un chicle!”. Dei um chiclete pra cada uma. Fiquei com vontade de pedir pra cantarem uma canção em tzetal, mas não o fiz. Em seguida fomos para Misol-Ha, uma cachoeira enorme com uma gruta que passa por trás. Fomos lá, mas fiquei com receio de estragar minha câmera. Muitas pessoas entravam na água. Logo partimos para Palenque. Palenque é fascinante. Muitos edifícios maias cercados de florestas. Na chegada escutava-se macacos. Encontrei uma moça que estava vendendo artesanatos e lhe perguntei sobre o calendário maia, pois havia comprado um colar com o símbolo da data do meu nascimento no calendário maia, mas os artesanatos que ela vendia não continham este símbolo. Ela me explicou que havia mais de um tipo de calendário. Ela estava correta, como entendi posteriormente há um calendário ritual (tzolkín) de 260 dias e o calendário civil (haab) de 365 dias. Terminamos de visitar o sítio arqueológico e ao sair do parque o Cláudio notou que a moça da banca de artesanatos não parava de me olhar. Ela havia gostado de mim, mas infelizmente o ônibus já estava partindo e não pude falar com ela, somente acenei o que foi retribuído com um sorriso. Já na cidade de Palenque, compramos uma passagem para Mérida que saía somente à noite. Tivemos tempo então de acessar a internet e jantar.

 

11- Chegamos em Mérida às 5h00 e fomos andando até o albergue. Nos hospedamos no Hostel Santa Lucia. Na mesma manhã, após tomar banho e café, fomos para Uxmal e Kabah. Uxmal nos impressionou muito por ser uma cidade grandiosa do período pós-classico, ou seja, a arquitetura é mais requintada do que em Palenque, por exemplo. Na volta pedimos uma pizza da Domino´s e comemos com o Rafael que gerenciava e fazia tudo no albergue. Fiquei curioso como uma só pessoa podia fazer tudo no albergue, compras, preparar o café, limpeza, recepção. O coitado dormia no albergue e praticamente não fazia outra coisa. Ficamos conversando com ele sobre a grandiosidade das construções maias e as curiosidades. Ele nos indicou para comprarmos o livro “As Profecias Maias”. O Claudio também discutiu com ele sobre o programa Chaves e as Lutas Livres, que são uma febre entre os mexicanos. O Rafael confessou que brincava de luta quando era mais novo. No Brasil, dissemos, as máscaras de luta livre seriam consideradas de gays. Mais tarde jogamos cartas com duas americanas, parecia uma canastra. Estava ganhando quando elas tiveram que ir pois acordariam muito cedo no dia seguinte.

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12 – De manhã fomos para Chichén Itzá. Não gostei muito. Parecia uma Disneylândia Mexicana. Tudo muito comercial e feito para vender. Bancas de artesanatos por todos os lados e pessoas tentando fazer com que você gastasse. Nos templos não se podia subir, não se podia tocar e sempre havia muita gente na frente para que você conseguisse tirar uma foto legal. Sem embargo o local é muito bonito, isto não podemos negar! É uma beleza plástica. Logo em seguida fomos almoçar em um restaurante para turistas com shows de danças típicas e em seguida fomos para Playa del Carmen. O ônibus originalmente iria para Cancún primeiro, mas graças a um casal de australianos que arranjou confusão o itinerário foi mudado e chegamos uma hora antes em Playa del Carmen. O guia queria que pagássemos ainda uma “propinita para el chofer”, o que negamos veemente pois já havíamos comprado o tour até Playa. Muito esperto ele. Chegamos lá e fomos caminhar um pouco pela cidade e comer um Subway onde encontramos um goiano que estava estudando na cidade. Ficamos em um albergue chamado El Palomar que o Rafael nos havia indicado, na frente da praia e do Terminal rodoviário. Ele havia dito, entretanto que tinha piscina no albergue. Não encontramos a piscina. Depois do Subway, fomos comprar um pacote para fazer snorkling. O rapaz da agência nos pediu para procurarmos “El Chaparro” e repetiu este nome uma dezena de vezes.

 

13 – Pela manhã fomos tomar café no Starbucks e depois fomos pra o cais procurar “El Chaparro”. Mas onde estava “El Chaparro”??? Não encontramos este senhor em lugar algum. Felizmente conseguimos repassar o ticket para uma outra agência que nos atendeu em Cozumel. Pegamos a balsa para Cozumel. O trajeto dura cerca de 30 mins. No caminho uma banda vai “animando” o barco com músicas locais para gringos. Voltamos para Playa del Carmen e fomos passear na praia. À noite formos procurar uma fonda para comer, pois os restaurantes para gringos eram muito caros. As fondas que encontramos tinham uma qualidade duvidosa e entramos então em um restaurante intermediário onde comemos umas fajitas muito boas. Os restaurantes para gringos se localizavam todos na 5a avenida, que é a avenida principal de Playa del Carmen. A maioria toca músicas típicas para gringos que não conhecem a cultura mexicana, ou seja, praticamente todos tocam “La Bamba”. Muitos restaurantes também estavam transmitindo jogos da NFL de futebol americano. Saindo desta avenida, que parece mais o shopping iguatemi, as outras ruas deixam de parecer a gringolândia e se tornam muito mais mexicanas, com comércio e restaurantes para os locais. Na volta, ficamos conversando com alguns mexicanos, chilenos, ingleses e poloneses que estavam no albergue. Eles estavam escutando música altíssima no terraço do albergue e fazendo um esquenta. Não ficamos muito tempo lá e fomos dormir.

 

14 – Partimos no primeiro ônibus para Tulum onde fomos conhecer as ruínas maias. Chegando em Tulum deixamos nossas mochilas em um hotel na beira da estrada e caminhamos até o sítio arqueológico. Que lugar mais bonito! Ruínas maias em frente à praia!!! Descemos um pouco na praia e caminhamos. Infelizmente não podíamos tomar banho de mar, pois iríamos pegar o ônibus para o Belize. De Tulum partimos para Chetumal. O ônibus parou por sorte em um cidade chamada Felipe Carillo Puerto, onde corri e comprei uns tacos de frango. Estava muito bom e foi o que salvou até que chegássemos em Chetumal. Chegamos em Chetumal e tomamos um taxi até o mercado novo de onde partiam os ônibus para o Belize. Entramos em um desses ônibus de escola americana rumo a Orange Walk Town. O cobrador aparecia depois para perguntar o destino e cobrar a passagem. Não sei como ele conseguia memorizar quem já pagou e quem não pagou ainda. Na fronteira nos pediram os passaportes e nos informaram que precisávamos de vistos para entrar no Belize. Como não tínhamos visto somente tivemos que pagar a taxa de USD 50,00 e o visto foi emitido na hora. Com a demora achei que o ônibus partiria sem nós, mas o cobrador se lembrou e veio nos buscar. No ônibus entrou um senhor vendendo “pepitas”. Algumas mulheres compraram e nos ofereceram. Depois descobri que eram sementes de abóbora, mas elas riram que eu não sabia o que era. O sotaque dos cidadãos de Orange Walk era igual ao dos paraguaios, muito engraçado. Chegamos em Orange Walk Town e duas belizenhas nos deram carona até o hotel que ficamos, o Akihito Hotel, que pertencia a uns japoneses. O Cláudio ficou com medo, mas fomos até a praça compra o passeio do dia seguinte. Entramos no escritório da Jungle River Tours, que parecia cair aos pedaços, o senhor que nos atendeu nos indicou um lugar para ficarmos no dia seguinte para ver as ruínas de Xunantunich. Voltamos e fomos comer no Restaurante Hong Kong.

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15 – Acordamos, tomamos café bem reforçado (tortilhas, feijão, ovos com queijo, café adoçado com leite condensado) e fomos em no tour para Lamanai, um passeio de barco de cerca de 40 mins até as ruínas maias a través do New River. O passeio saía de um cais próximo à praça, mas fomos de van até o local. O guia Gilberto ia parando no caminho a cada animal, planta ou curiosidade. Logo de início vimos um filhote de crocodilo. Paramos também para ver pássaros, flores, outros crocodilos e morcegos, que voaram em nós. Nos faziam companhia um casal de americanos, um casal de ingleses, uma japonesa e sua filha que moravam nos EUA. A filha no entanto, falava português. Chegamos em Lamanai e já almoçamos. Frango com arroz, tortilhas e salada. Estava muito bom! A visita em Lamanai seguiu por uma trilha. Parecíamos os únicos seres humanos no parque, pois haviam poucas pessoas por lá. Na volta, o guia parou de repente e falou pra gente descer que ali estava mais perto para voltarmos para a cidade e ele estava com medo de que perdéssemos o ônibus já que partiríamos na mesma tarde para Socotz. Ávido por descer do barco, acabei escorregando na água o que me fez machucar a perna no cimento e molhar os meus tênis. A japonesinha americana que falava português me deu alguns curativos. Corremos então pra pegar o ônibus e embarcamos logo no primeiro que vimos, mas teríamos que fazer baldeação em Belize City. Aí começou a aventura. No ônibus um homem que parecia o Jimmy Cliff veio conversar conosco e disse que estava machucado. Havia sido esfaqueado e nos mostrou os cortes, ainda semi abertos soltando pus. Ele mal andava e tremia com o vento que entrava pelas janelas do ônibus. em Belize City ele nos indicaria o ônibus que teríamos que pegar. Chegou um ônibus escrito Benque. Era esse que teríamos que pegar. Ele nos indicou e saiu correndo para a traseira do ônibus, onde ficava o porta malas e por onde muita gente estava entrando. Quando pensamos em correr pro ônibus muita gente se es debatia tentando entrar no ônibus. Algumas pessoas ficaram nervosas conosco, pois como estávamos com as mochilas não conseguimos entrar rápido no ônibus. Quando enfim conseguimos entrar tivemos que ficar de pé, pois não havia mais lugares livres. Em pouco tempo levantou uma pessoa em minha frente e sentei. Coloquei minha mochila no colo e a do Cláudio em cima. Estava uma montanha de mochilas em cima de mim. Logo, um negro forte gritou lá do fundo que havia um lugar guardado para o Cláudio. Ele segurou a mochila dele com uma só mão e colocou lá no fundo. Falou que poderíamos ficar na casa de um conhecido dele. O Claudio ficou com medo de ficar lá no fundo com ele. Eu, no meio do ônibus conversava com o cara da facada e também com uma mulher que tinha 8 filhos e vendia jornais guatemaltecas no Belize. Todos os dias ia com 150 cópias ao Belize (3 horas de viagem a partir de Melchior – na fronteira) para vender de porta em porta aos guatemaltecas que viviam no Belize. Assim ganhava muito mais, dizia que se estivesse na Guatemala ganharia cerca de 20 quetzales por dia (cerca de USD 3,00). O cara da facada também queria que descéssemos em Cayo, onde ele disse que seria melhor que ir pra Socotz. Não dei muita atenção pra ele e seguimos. Um outro rapaz que morava em Benque nos indicou que onde ficaríamos em Socotz era um bom hotel. Ele já havia trabalhado em muitos hotéis no Belize. Em Socotz nos hospedamos no Xunantunich Hotel

 

16- Acordamos cedo e fomos conhecer as ruínas de Xunantunich, atravessando o rio através de uma balsa gratuíta presa em cabos de aço. Pegamos então uma carona até as ruínas que fica a 1 milha do rio. Voltamos após o meio dia e fomos direto para Flores na Guatemala, uma ilha que fica no lago Petén Itzá. Uma ponte liga Santa Elena à Flores. Flores é uma cidade que só tem hotéis, restaurantes e lojas de artesanatos. Em Flores ficamos no Albergue Los Amigos, cujo dono era um holandês que casou-se com uma guatemalteca e resoveu abrir o albergue. A comida lá é muito boa e basicamente vegetariana.

 

17- Saímos as 3h15 da manhã para ver o nascer do sol em Tikal. O tempo estava nublado e nao pudemos ver muito, mas pudemos escutar os gritos dos macacos no parque nacional e conhecer as ruinas. Voltamos às 11h00. À tarde descansamos no albergue.

 

18- Partimos às 5h00 da manhã para Palenque, o que significa 3h de ônibus até Betel e daí seguimos pelo rio Usumacinta, 30 mins de barco até a fronteira com o México em Chiapas e em seguida mais 3h até Palenque. Ao chegar em Palenque já partimos na mesma noite para Puebla.

 

19 – Chegamos em Puebla pela manhã. Buscamos um albergue mas estava difícil de encontrar, pois os locais que procuramos estavam todos lotados. Decidimos então esperar até 8h30 quando abria o café com internet. Procuramos mais alguns endereços de albergues e fomos no Hostel Santo Domingo. Conhecemos uma australiana, a Rachel, que estava há seis meses viajando pela Am. Latina e a convidamos a ir à San Andrés Cholula, onde poderíamos ver a igreja e o vulcão. Não conseguimos ter a mesma visão dos cartões postais, o que nos leva a crer que é uma montagem. Voltamos e fomos almoçar em um restaurante vegetariano. Na volta comprei um hamburguer para o Cláudio que não quis ir conosco. À tarde ficamos descansando no albergue.

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20- No dia seguinte partimos pela manhã para Veracruz, onde chegaríamos em 4 horas. Passamos por Orizaba e Córdoba. Chegando em Veracruz visitamos o museu naval e fomos para a Boca del Río onde encontramos a Ariadna, sua prima Geraldine e uma amiga para tomar café. Foi muito legal encontrá-la. Elas nos deram algumas dicas para conhecer no dia seguinte.

 

21 – Fomos tomar café no Gran Café de la Parróquia, um café tradicional desde 1808. Pedimos um Lechero (café com leite) em que nos trazem um copo com café e deve-se tilitar a colher no copo para que o garçom traga o leite. Em seguida fomos visitar o Aquário de Veracruz que é o maior da América Latina. Em seguida caminhamos até a estação de ônibus de onde partimos para La antígua, uma cidade minúscula em que há a casa de Hernán Cortés e a árvore onde prendiam os barcos espanhóis. Estavam filmando “El maestro prodigioso”, uma minissérie em 3 capítulos que será exibida em um ano na televisão Mexicana. Depois voltamos a Veracruz, caminhamos um pouco pela cidade onde assistimos uma cerimônia de arriamento da bandeira com banda.

 

22 – Partimos cedo para México DF, onde descemos no terminal TAPO. Fomos diretamente para o Albergue Catedral. Procurei a Rachel no Albergue Mexico City, mas não consegui falar com ela. À noite fui me encontrar com a Noelle. Fomos em uma taqueria em que experimentei os tacos “al pastor” (com churrasquinho grego). Depois fomos em um barzinho no bairro La Condessa, espécie de Vila Madalena mexicana. O Cláudio ficou no albergue tomando umas com uns quebéquoises que conhecemos.

 

23 – Volta para o Brasil.

  • 5 meses depois...
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Regis, obrigada pelo relato detalhado! Li toda a parte do México, pois estou planejando ida paralá em jan. 2009, 10 dias, com grande grupo (6 adultos e duas crianças de 1 e 5 anos). Será muita ousadia? Tenho horror a destinos muito turísticos, sou do tipo alternativo até o osso, mas na viagem vão também amigos mais "tradicionais".

Tenho particular interesse nas ruínas maias, mas queremos desfrutar uns dias de praia. Você recomenda alguma praia ou cidade mais alternativa? Pelo que vi, Cancun, no meu gosto, é um terror. Odeio praia com aquele estilo. E quanto ao clima, janeiro faz calor?

 

Nas cachoeiras da água azul, pode entrar?

 

Desculpe-me a enxurrada de dúvidas..... Temos muitas milhas para voar, mas antes de emitir os bilhetes, preciso firmar o destino, e só vou ao México se chegar a conclusão que "existe vida alternativa" por lá! Gosto mesmo é da cultura local, e o menor assédio possível.

 

Muito muito obrigada, e responda o que puder e quiser...

abs

Joana

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Olá Joana...se as crianças são pequenas complica um pouco porque a maioria dos lugares tem que caminhar bastante...e ir nas ruínas e não caminhar para explorá-las é um desperdício...Uma praia "alternativa" e muito bonita é Tulum...pena que eu não tive tempo de ficar mais por lá...mas vale muito a pena e não tem muitos turistas...é relativamente perto de Cancun, Praia del Carmen e Chichén Itza...e também dá pra ir ver as ruínas de Tulum que são pequenas...daria até para fazer um roteiro mais tranquilo para ir com as crianças...

 

Na cachoeira de água azul pode entrar sim! Tem um lugar que é bem tranquilo...Mas leve bastantes toalhas pq não tem muito lugar para tomar uma ducha depois e trocar de roupa...

 

Mas se o que vc está buscando é um pouco da vida local, eu te recomendo San Cristóbal de las Casas!!! Não tem como se arrepender de ir pra lá e conhecer a linda cultura de Chiapas!!!

 

Espero ter ajudado. Se tiver mais dúvidas avise...

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Valeu Regis!

 

Adorei suas dicas, vou me preparando, até janeiro acho que dá para planejar um roteiro bem legal. Já desisti de ir a Cancun, mas as ruínas eu vou encarar com criança e tudo, é o nosso maior interesse lá. Vou fazer um plano de condicionamento físico também (rsrsrsrs).

 

Mas, quanto às praias, eu gostei mesmo da idéia de Tulum, e a dica de Chiapas também, vou juntando as informações e planejando.

 

Abração,

Joana

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